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quinta-feira, 4 de abril de 2024

Saúde Feminina: Infecções vaginais são uma das queixas mais comuns entre as mulheres que buscam atendimento ginecológico

 

Compreender o funcionamento da flora vaginal é fundamental para promover a saúde íntima feminina, especialmente no Dia Mundial da Saúde, celebrado em 7 de abril. As infecções vaginais são uma das queixas mais comuns entre as mulheres que buscam atendimento ginecológico. Sintomas como corrimento, irritação, coceira e ardor, experimentados por cerca de 75% das mulheres, são indicativos dessas infecções, causadas por micro-organismos como a candidíase, vaginose bacteriana e tricomoníase. 

A doutora Adriana Campaner, presidente da Comissão de Trato Genital Inferior da Federação Brasileira de Ginecologia Obstetrícia (FEBRASGO), alerta que existem medidas simples que a mulher pode adotar para uma higiene adequada. "A primeira em relação à limpeza, quando for ao toalete, limpe sempre de frente para trás e, ao evacuar, prefira realizar uma lavagem ou utilizar lenços umedecidos neutros, como aqueles próprios para bebês, limpando a área para remover os resíduos de fezes e bactérias. Na hora da limpeza, evite utilizar sabonetes muito perfumados, pois esses podem irritar a região. Se possível, utilize produtos específicos para higiene íntima, pois eles podem ser utilizados todos os dias", ressaltou. 

Há uma variedade de produtos de higiene íntima disponíveis no mercado, e é recomendável que as mulheres optem por aqueles produzidos por laboratórios farmacêuticos conhecidos. “É importante ter cautela, pois muitos desses produtos contêm fragrâncias intensas, o que pode resultar em irritação, alergias, coceira, e até mesmo lesões na pele se utilizados inadequadamente”, alerta a especialistas. 

A falta de higiene pode resultar em odor vaginal e desconforto, especialmente porque na região da vulva, mesmo na ausência de infecção vaginal, há produção de glândulas de suor e gordura, além de uma proliferação bacteriana. Os pelos longos também podem contribuir para esse desconforto, ao abafar a área. Dessa forma, mesmo sem qualquer infecção vaginal, a mulher pode experimentar um aumento no odor vaginal se não mantiver uma higiene adequada. Ao despir-se, a vulva pode apresentar odor devido a essa proliferação de bactérias e suor. Como alternativa, para pacientes com pelos longos, ao invés de depilar, recomenda-se simplesmente cortá-los com tesoura para mantê-los aparados. 

A médica reforça que quando não se mantém uma higiene adequada, a mulher pode ficar exposta à contaminação por bactérias provenientes do intestino, o que aumenta o risco de infecções na vagina. Em relação a essas infecções, podem ocorrer infecções urinárias, que exigem o uso de antibióticos. “Quanto às infecções vaginais, as pacientes podem apresentar corrimento, cuja coloração varia de acordo com o agente causador. Por exemplo, na candidíase, o corrimento é branco e lembra nata de leite; na tricomoníase, de cor amarelada, assemelha-se a pus. Já na vaginose bacteriana, o corrimento é de cor branca ou cinza em pequena quantidade, e a paciente relata um odor desagradável, semelhante ao peixe podre Além do corrimento, a paciente pode experimentar ardor local e irritação. O tratamento varia conforme a condição diagnosticada”, destacou. 

A longo prazo, essas infecções podem se propagar para o útero, especialmente se ocorrerem repetidamente, o que pode resultar em inflamação das trompas. Se não tratada adequadamente, essa inflamação pode levar à infertilidade ou à dor pélvica. Além disso, infecções urinárias recorrentes podem se agravar e também resultar em complicações.

 

Cuidados com as peças íntimas 

A atenção à escolha dos tecidos das roupas íntimas é fundamental para a higiene feminina. O algodão, por exemplo, é altamente recomendado devido à sua capacidade de permitir uma melhor circulação de ar, tornando as roupas mais respiráveis. Isso contribui para evitar o acúmulo de sujeira e odor nas peças íntimas. 

Optar por tecidos mais confortáveis também reduz os riscos de irritações na pele, especialmente na região genital. Portanto, escolher roupas íntimas feitas de materiais adequados é parte essencial dos cuidados diários com a saúde íntima.

 

Cuidados durante a menstruação 

Intensificar os cuidados durante o período da menstruação é essencial para manter a saúde íntima. Aqui estão algumas recomendações para diferentes tipos de absorvente:

  • Absorventes internos (tampões): Troque de preferência a cada 4 horas, dependendo do fluxo menstrual; a manutenção do absorvente por muito tempo no meio vaginal pode levar a proliferação bacteriana e risco de infecções.
  • Absorventes externos: Em geral, devem ser trocados a cada 3 a 4 horas, variando de acordo com a intensidade do fluxo.
  • Absorventes reutilizáveis (feitos de materiais laváveis, como pano ou silicone): As instruções de troca podem variar, mas costumam ser semelhantes às dos absorventes externos descartáveis. Sempre leia as orientações do fabricante.
  • Coletor menstrual: Esvazie de preferência a cada 4 horas, também dependendo da intensidade do fluxo menstrual e das instruções do fabricante. A manutenção do coletor por muito tempo no meio vaginal pode levar a proliferação bacteriana e risco de infecções.

Vacinas que protegem os pacientes com câncer

 

Dragon Images

Com a disseminação de diferentes vírus respiratórios no outono, Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) destaca os imunizantes que devem ser priorizados nos casos da doença

 

O boletim InfoGripe, divulgado no final de março pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), indica aumento de casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave entre crianças, jovens e adultos. A situação comum a todas as regiões brasileiras decorre da disseminação de diferentes vírus respiratórios, como influenza, causador da gripe, vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) avalia este quadro com preocupação. “Em pacientes com câncer, o risco de hospitalização por influenza quadruplica em relação à população geral. No caso de pneumonia, a probabilidade de desenvolvimento da forma invasiva da doença é ainda maior”, afirma o mastologista André Mattar, tesoureiro adjunto e membro do Departamento de Tratamento Sistêmico da SBM. A recomendação do especialista para quem recebeu o diagnóstico de câncer é vacinar-se.

Com melhores respostas ao tratamento do câncer de mama ao longo dos anos, outras infecções passaram a preocupar os mastologistas. “Entre as que chamam a atenção, estão a influenza e a pneumonia”, diz André Mattar. Além de reduzir o risco de hospitalização, quatro vezes maior se comparado a mulheres que não têm câncer, a vacina contra o vírus da gripe proporciona redução de mortalidade em quase 60%. “Nos casos de pneumonia, a propensão de desenvolver a forma invasiva da doença aumenta de 12 a 50 vezes entre pacientes oncológicos”, destaca.

Os imunizantes contra influenza e pneumonia fazem parte do rol das chamadas vacinas inativadas. Hepatite A e B, HPV, Herpes Zóster, Tétano, Coqueluche, Vírus Sincicial Respiratório, entre outras, compõem este grupo. Atualmente, todas as vacinas disponíveis contra Covid-19 também são inativadas. “Para as mulheres com câncer de mama, o ideal é utilizar estas vacinas 30 dias antes do início da quimio, ou três meses após o término da quimio ou da radioterapia”, diz. No entanto, se houver necessidade, o especialista pode recomendar a aplicação mesmo durante a quimioterapia. “Sabemos que a resposta vacinal é inferior em pacientes com câncer, mas o risco de complicações por outras doenças precisa ser avaliado.”

Todas as vacinas são indicadas para quem trata um câncer? “Nem todas”, enfatiza Mattar. Vacinas de bactéria ou que têm o vírus vivo atenuado não são recomendadas. Neste grupo estão incluídas BCG, Pólio oral (VOP), Varicela, Tríplice viral, contra sarampo, caxumba e rubéola, Tetraviral, que além das três doenças acrescenta a varicela, e Febre Amarela. Também o imunizante contra a Dengue deve ser evitado. “Estas vacinas são contraindicadas para pessoas imunodeprimidas, como é o caso dos pacientes oncológicos”, ressalta.

As situações que permitem a aplicação das vacinas de bactéria ou vírus vivo atenuado se restringem a quem ainda não iniciou o tratamento do câncer. “Idealmente, devem ser ministradas até 30 dias antes do início do tratamento imunossupressor. Se não aplicados antes, o paciente pode receber os imunizantes três meses depois do término da quimio ou da radioterapia, desde que o câncer esteja em remissão e a pessoa sem grave imunocomprometimento”, diz o mastologista.

De acordo com André Mattar, é importante que as pessoas diagnosticadas com câncer ou que já estejam em tratamento da doença procurem os Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). Estabelecidos em 1993, os CRIE integram o SUS (Sistema Único de Saúde) em todos os Estados brasileiros, incluindo o Distrito Federal. Estes centros contam com infectologistas para orientar a população e permitem acesso às vacinas a pacientes imunodeprimidos ou não.

“Especialmente neste período do ano, em que há uma prevalência de doenças respiratórias, nunca é demais recomendar que a população brasileira se vacine. A prescrição de imunizantes contra influenza e pneumonia deve ser avaliada como uma proteção a pessoas com diagnóstico de câncer”, conclui o especialista da SBM.

 

Veja os riscos de seguir dietas de redes sociais para saúde

Uma análise crítica sobre como dietas da moda promovidas nas redes sociais podem comprometer a nutrição adequada e o bem-estar psicológico

 

Segundo a Organização Mundial da Saúde, cerca de 2,6% da população mundial sofre de Transtorno Compulsivo Alimentar (TCA), mas o Brasil ganha destaque com uma taxa significativamente mais alta, chegando a 4,7%, quase o dobro da média mundial. A ascensão das redes sociais tem apresentado um impacto significativo na saúde das pessoas, particularmente no que diz respeito às dietas da moda. Estas tendências, muito divulgadas, prometem perda de peso rápida e fácil, mas normalmente não têm embasamento científico. 

Dietas como as cetogênicas, low carb, da sopa e jejum intermitente são exemplos que ganharam popularidade pela promessa de resultados rápidos, tendo como ideal baixos teores de carboidratos e calorias. Porém, seguir estas dietas sem a orientação de profissionais pode acarretar riscos à saúde​​. 

Para Caroline Medeiros, nutricionista e responsável técnica da policlínica universitária do UNASP (Centro Universitário Adventista de São Paulo), uma dieta precisa ser individualizada e personalizada, levando em consideração os aspectos socioeconômicos, culturais, pessoais e físicos de cada um. “Quando se faz uso de uma dieta generalizada, sem levar em consideração estes pontos pode acabar tendo consequências em diversos pontos da vida”, afirma a nutricionista. 

A preocupação é que muitas destas dietas promovem restrições alimentares que podem levar a deficiências nutricionais, alterações no metabolismo e até mesmo ao desenvolvimento de transtornos alimentares. A carência de ferro, zinco, vitaminas D, B12 e A, são algumas das mais comuns a longo prazo. 

“Ao seguir uma dieta geral ou padronizada sem levar em consideração as necessidades individuais, características físicas, condições de saúde, estilo de vida e restrições orçamentárias, o indivíduo pode enfrentar várias consequências adversas. Essas dietas, muitas vezes promovidas como soluções rápidas ou universais para a perda de peso ou melhoria da saúde, ignoram a complexidade e a singularidade do organismo de cada pessoa.”, destaca a especialista.
 

Profissionais recomendam uma abordagem mais leve para a perda de peso e manutenção da saúde, que inclua não apenas orientação nutricional, mas também apoio psicológico quando necessário. O objetivo é promover hábitos alimentares saudáveis que possam ser mantidos a longo prazo, sem sacrificar a saúde mental ou física. Além dos aspectos nutricionais, as consequências psicológicas de seguir dietas da moda através das redes sociais também são preocupantes. 

A constante exposição a imagens de corpos idealizados e as promessas de transformação rápida podem afetar negativamente a autoimagem, levando a uma relação prejudicial com a comida e, em alguns casos, ao desenvolvimento de distúrbios psicológicos como a ansiedade e a depressão. “Em geral o metabolismo e regulação hormonal ficam debilitados, fazendo com que haja uma maior dificuldade para perder peso novamente”, finaliza Caroline Medeiros.
 

Centro Universitário Adventista de São Paulo - UNASP


Entenda como e onde realizar seu check-up de saúde

Especialista do CEJAM fala sobre a importância dos exames preventivos para a detecção precoce de doenças e sobre como a população pode acessar esses serviços pelo SUS

 

O Dia Mundial da Saúde, celebrado em 07 de abril, reforça a importância de cuidar do bem-estar físico e mental. E uma das maneiras mais eficazes de manter o controle sobre o que está acontecendo com o organismo ao longo do ano é por meio da avaliação médica periódica.

A prática do “check-up” se refere à realização dos exames de rotina, também denominados exames complementares, que auxiliam na avaliação clínica do paciente. Normalmente, eles visam detectar precocemente algumas doenças ou alterações que, se não tratadas ou gerenciadas em sua fase inicial, podem evoluir para condições mais graves.

"Essas avaliações médicas abrangentes não apenas detectam problemas de saúde precocemente, mas também fornecem orientações valiosas para um estilo de vida mais saudável”, afirma o Dr. Raul Queiroz Mota de Sousa, Médico de Família e Comunidade da UBS Jardim Valquíria, gerenciado pelo CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.

O rastreamento é totalmente individualizado, uma vez que cada pessoa apresenta suas peculiaridades. "É por meio da avaliação integral, realizada pelo médico ou médica de família, que se torna possível identificar quais exames serão necessários. Diversos fatores são levados em consideração, tais como idade, gênero, estado nutricional, contexto social, hábitos de vida, exposição a situações de risco, história pessoal e familiar, entre outros”, explica o especialista.

Para pessoas a partir de 18 anos, independentemente de seu gênero, um dos exames essenciais tem sido o rastreio anual para hipertensão arterial, através da aferição da pressão, por exemplo. Nos casos dos adultos por volta dos 35 anos, as doenças relacionadas a eventos cardiovasculares, como infarto agudo do miocárdio, acidente vascular cerebral (AVC) e diabetes, passam a ser mais comuns. Logo, recomenda-se a realização de exames como dosagem do colesterol total e frações, triglicerídeos e glicemia.

Aos que apresentam vida sexual ativa, há também a necessidade de rastreio anual para infecções sexualmente transmissíveis, como sífilis, HIV e Hepatites B e C.

Já, especificamente, para mulheres entre 25 e 64 anos, são recomendados exames ginecológicos para o rastreio de câncer de colo de útero, que deve ser feito através da colpocitologia oncológica, popularmente conhecido como Papanicolau.

"O exame é realizado anualmente e, se houver dois resultados normais consecutivos, pode ser feito a cada três anos. Nós recomendamos que, antes disso, crianças e adolescentes de 09 a 14 anos sejam vacinados contra HPV, conforme calendário vacinal do SUS, reduzindo possíveis complicações no futuro, já que o objetivo da vacina é, justamente, diminuir os casos de câncer de colo de útero”, explica o Dr. Raul.

Quanto às que estão entre as faixas dos 50 até os 69 anos, o médico indica o rastreio de câncer de mama, que, normalmente, é realizado através da mamografia, a cada dois anos.

No que diz respeito aos homens, surge a questão do rastreamento de câncer de próstata, recomendado a partir dos 40 anos, até os 75 anos, se houver fatores de risco. "De início, eles podem ser avaliados por meio da dosagem no sangue do Antígeno Específico da Próstata (PSA). Caso haja alterações, o exame do toque retal pode complementar para o diagnóstico preciso", reitera o especialista.

Quanto aos idosos, Dr. Raul ressalta que uma das condições mais comuns é a osteoporose. Por isso, recomenda-se a realização de densitometria óssea, para mulheres, a partir dos 65 anos e, para homens, a partir dos 70 anos.

"Essa avaliação também pode ser solicitada anteriormente, se forem identificados fatores de risco para o desenvolvimento precoce dessa condição. Lembrando que a periodicidade de quaisquer exames é definida de acordo com os resultados obtidos.”

É importante destacar que os exames de rastreio se destinam aos indivíduos sem queixas, ou seja, são direcionados para aquelas pessoas que não apresentam sintomas. Contudo, na presença de qualquer alteração clínica, é altamente recomendável realizar uma avaliação e acompanhamento profissional.


É possível fazer tudo isso de graça

Para realizar o check-up gratuitamente, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece diferentes exames para a identificação precoce de doenças ou fatores de risco, inclusive nas unidades gerenciadas pelo CEJAM.

Lembrando que, para obter direcionamento sobre quais deles realizar, é necessário agendar uma consulta previamente, seja diretamente na recepção da unidade de saúde de referência ou pelo aplicativo Agenda Fácil. 



CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
@cejamoficial
site da instituição

 

Com o tempo mais seco e alta variação térmica, o outono traz alerta para doenças respiratórias


GetNinjas seleciona alguns cuidados simples que deixam a
 casa limpa, ajudando a evitar as alergias desta época do ano

Com a chegada do outono surge o alerta para as doenças respiratórias típicas da estação. Embora seja um período de temperaturas mais agradáveis, ocorre uma maior variação térmica, com tempo seco e consequente piora da poluição. 

 

Como resultado, os casos de doenças respiratórias aumentam e a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo (SES-SP) destaca quadros recorrentes de gripe, resfriado, sinusites, bronquites, bronquiolite, crises de asma e, também, pneumonias. 

Pensando no seu bem-estar, o GetNinjas, maior aplicativo de contratação de serviços do Brasil, selecionou algumas dicas simples e práticas, que deixam a casa limpa, ajudando a evitar as alergias dessa época do ano.

 

Confira abaixo quais são elas: 


1.   Menos espanador e mais paninho

 

A melhor maneira de retirar o pó dos móveis é utilizando um pano úmido. Ao contrário do espanador, que apenas transfere o pó de um lugar para outro da casa, o pano úmido consegue efetivamente retirar a sujeira dos espaços. 


1.   Lave bichos de pelúcia e cortinas 

Todos estes objetos acumulam muita poeira, por isso é importante mantê-los sempre higienizados. Panos úmidos são práticos e eficazes na limpeza das persianas. Cortinas de tecido e pelúcias devem ser lavadas à mão, preferencialmente. Aproveite os dias ensolarados e secos do período para fazer isso.


1.   Limpe o sofá 

Por ser um dos móveis com maior potencial para acumular poeira, é recomendado limpá-lo a seco, utilizando um aspirador de pó. Tenha atenção especial aos “cantinhos”, famosos por acumular sujeira.


1.   Higienize os tapetes 

Tapetes também são outros grandes acumuladores de poeira. Para fazer uma limpeza profunda, polvilhe bicarbonato de sódio por toda a superfície do objeto (utilize uma peneira para fazer isso) e deixe agir. No dia seguinte, retire o produto com um aspirador. 


1.   Cuidado com os vidros 

Vidros também podem acumular poeira. Para fazer uma limpeza profunda, dilua uma colher de sopa de bicarbonato de sódio em 250 ml de água e aplique o produto com um pano de algodão. 


1.   Atenção aos cobertores e edredons 

As noites de outono costumam ser mais frias, portanto perfeitas para dormir com um cobertor, uma manta ou um edredom. Antes de utilizá-los, no entanto, é importante lavá-los e deixá-los secar bem para ter certeza de que não transportem ácaros para a cama. 


1.   Menos vassoura, mais aspirador 

Varrer a casa é bom, mas pode suspender a poeira e os ácaros causadores das doenças respiratórias. Sempre que possível, opte por utilizar o aspirador de pó ou panos úmidos para fazer a higienização. Caso tenha de utilizar a vassoura, envolva-a com um pano úmido de modo a realizar a limpeza com mais eficácia.


1.   Armários entram na lista também! 

Limpe o móvel com uma solução de água e vinagre (diluídos em partes iguais). Após a higienização, feche as portas e deixe agir por duas horas. Na sequência, passe um pano com água e deixe secar naturalmente.


1.   Utilize produtos de limpeza com moderação 

Os produtos de limpeza convencionais costumam ter odores fortes que, por consequência, podem instigar as alergias. Escolha os que apresentam cheiros mais suaves.

 

1.   Deixe a luz entrar 

Tente manter as portas e janelas de casa abertas, sempre que possível. Aproveite os períodos da manhã e meio da tarde para deixar o sol entrar e arejar todos os espaços. Ele também é um excelente aliado na limpeza doméstica.

 

Com essas dicas em vista, basta aproveitar o tempo mais fresquinho sem risco de ficar doente.

No GetNinjas, é possível encontrar mais de 500 tipos de serviços, com profissionais como diaristas, médicos, enfermeiras entre outros que são oferecidos por mais de 5 milhões de profissionais cadastrados na plataforma. Para mais informações sobre a contratação de serviços, baixe o aplicativo "GetNinjas Clientes" e faça seu cadastro. Em seguida, é só escolher o tipo de serviço que deseja, e contar mais detalhes sobre a solicitação. Ao concluir o pedido, é possível acompanhar o status da solicitação em tempo real enquanto aguarda o contato de até quatro profissionais para realizar a negociação e escolher qual deles pode atender melhor a demanda.


GetNinjas


Como se proteger das mudanças bruscas de temperatura típicas do Outono

 Pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta sobre os desafios enfrentados pelo sistema respiratório nessa época

 

À medida que o cenário muda de cor, o outono traz consigo não apenas uma mudança na paisagem, mas também um aumento nas doenças respiratórias. A transição para temperaturas mais amenas pode ser um gatilho para gripes, resfriados, bronquites, pneumonia e asma, deixando muitos buscando maneiras de se proteger e manter a saúde respiratória.

 

Os desafios do outono para a saúde respiratória

Segundo o Dr. Elie Fiss, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, normalmente, nos próximos meses, há um grande aumento do número de doenças respiratórias. “O outono é particularmente uma estação desafiadora para a saúde respiratória devido a vários fatores interligados. As temperaturas mais frias levam as pessoas a passarem mais tempo em ambientes fechados, facilitando a transmissão de vírus. Além disso, o ar frio funciona como um irritante de vias aéreas, então essa irritação diminui o movimento ciliar, aumenta a produção de muco nasal e diminui a resposta imunológica.”, explica. 

As oscilações bruscas de temperatura obrigam o corpo a se esforçar para se manter regulado. Essa adaptação pode enfraquecer temporariamente o sistema imunológico, tornando as pessoas mais vulneráveis a infecções. “Indivíduos com condições pré-existentes, como asma ou Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), podem encontrar desafios adicionais, como dificuldades em respirar ou agravamento dos sintomas, devido ao ar frio e seco, portanto não devem interromper seu tratamento”, enfatiza o médico.

 

Doenças mais comuns

As doenças respiratórias que frequentemente marcam o outono incluem:

  • Gripe e resfriado: caracterizados por tosse, dor de garganta e febre.
  • Bronquite e pneumonia: infecções mais graves que afetam os pulmões, muitas vezes necessitando de tratamento médico. 

"Além das doenças infecciosas, observamos uma exacerbada incidência de sintomas relacionados à rinite, asma, sinusite e agravamento do quadro em pacientes com enfisema pulmonar. Isso se deve às abruptas mudanças de temperatura no outono, que podem causar aumento da congestão nasal, produção excessiva de muco e secreções nasais, criando um ambiente propício para o surgimento de infecções", esclarece o Dr. Elie Fiss.

 

Medidas preventivas

Para minimizar o risco de doenças respiratórias, as seguintes medidas são recomendadas, de acordo com o médico pneumologista:

  • Vacinação contra a gripe: medida crucial para reduzir o risco de infecção grave.
  • Higiene rigorosa: lavagem frequente das mãos e uso de máscaras em locais públicos fechados.
  • Evitar contato com pessoas doentes: para reduzir a exposição a vírus e bactérias.
  • Manutenção da higiene nasal e ambientes ventilados: para evitar o ressecamento das vias respiratórias.

 

Sintomas

É importante estar atento aos sintomas típicos como tosse, dor de garganta, coriza e dificuldade para respirar. A febre alta, fadiga e dores no corpo são sinais de alerta que exigem atenção médica, especialmente se não melhoram em poucos dias. 

"É fundamental buscar atendimento médico sempre que houver febre a partir de 39º C, sintomas respiratórios persistentes, evitando a automedicação", enfatiza o Dr. Elie Fiss. "Se os sintomas respiratórios se agravarem, é importante procurar um médico pneumologista para identificar a causa do aumento da tosse, falta de ar e chiado no peito, possibilitando o tratamento adequado em cada caso."

 

Recomendações adicionais para a saúde respiratória

Além das medidas preventivas padrão, uma dieta equilibrada rica em vitaminas e minerais, exercícios físicos regulares e abandonar o tabagismo, além de evitar o contato com agentes poluentes, podem fortalecer o sistema imunológico e apoiar a saúde respiratória durante o outono. 



Hospital Alemão Oswaldo Cruz
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BRUXISMO AFETA A ESTÉTICA DENTÁRIA: SAIBA COMO TRATAR

 O Cirurgião-Dentista, Dr. Victor Nastri, explica como o bruxismo pode causar danos aos dentes e à estrutura bucal se não tratado.


Caracterizado pelo apertar e ranger dos dentes, o bruxismo pode não apenas resultar em dores musculares e articulares, mas também ter sérias consequências para a estética dentária. Uma pesquisa realizada pela Organização Mundial da Saúde - OMS - aponta que cerca de 30% da população mundial é sofre com bruxismo. No Brasil esse número é ainda maior, pode chegar a 40%. 

O Cirurgião Dentista, Dr. Victor Nastri, especialista em odontologia estética, explica que embora muitas vezes subestimado, o bruxismo pode causar danos aos dentes e à estrutura bucal. “O constante atrito e pressão exercidos sobre os dentes podem levar ao desgaste excessivo da superfície dentária, perda de dimensão vertical e até mesmo problemas mais graves na articulação temporomandibular (ATM)”, resume. 

Nastri ainda pontua que além dos danos óbvios aos dentes, o bruxismo pode comprometer a estética do sorriso, isso porque o desgaste excessivo dos dentes pode levar a uma aparência desigual e envelhecida. O bruxismo crônico também pode causar fraturas ou lascas nos dentes, o que pode ser esteticamente desagradável. Em alguns casos, o bruxismo também pode causar a mobilidade dos dentes ou mesmo sua perda prematura, o que pode alterar a aparência do sorriso e da face, afetando a autoestima e a confiança do paciente.
 

Como tratar

Segundo o Dr Nastri, hoje existem abordagens eficazes para o tratamento do bruxismo. Desde dispositivos de proteção noturna, que ajudam a proteger os dentes do atrito durante o sono, até terapias de relaxamento muscular e ajustes oclusais, os pacientes têm várias opções disponíveis para controlar esse hábito prejudicial. 

"É fundamental que os pacientes reconheçam os sintomas e busquem ajuda profissional o mais rápido possível", enfatiza Nastri, que destaca também: "O tratamento precoce não só ajuda a preservar a saúde dos dentes e da articulação, mas também pode prevenir complicações futuras e melhorar a estética dentária".
 

Como é o tratamento?

O tratamento pode ser associado com outros profissionais como psicólogo e fisioterapeuta, mas o cirurgião-dentista é o profissional mais indicado para o problema. Há diversos tratamentos orientados pela odontologia, como botox relaxante para a musculatura e placa mio relaxante utilizada para dormir. Abaixo, o especialista destacou algumas alternativas de tratamento.
 

Dispositivos de Proteção Noturna: Os dispositivos de proteção noturna, como placas oclusais ou protetores bucais, são frequentemente prescritos para pacientes com bruxismo. Esses aparelhos são personalizados para se encaixar confortavelmente na boca e ajudam a proteger os dentes do atrito durante o sono. Eles também podem ajudar a reduzir a tensão nos músculos da mandíbula.

Ajustes Oclusais: A correção de problemas de oclusão, como desalinhamento dos dentes ou má oclusão, pode ajudar a reduzir o bruxismo. Por meio de ajustes oclusais, os dentistas podem modificar a maneira como os dentes se encontram durante a mastigação, aliviando assim a pressão excessiva sobre a articulação temporomandibular (ATM).
 

Tratamento medicamentoso: Em alguns casos, após orientação de um profissional, o tratamento medicamentoso pode ser recomendado para controlar os sintomas do bruxismo. Medicamentos como relaxantes musculares, analgésicos ou antidepressivos podem ser prescritos para ajudar a reduzir a dor e a tensão muscular associada ao bruxismo. 

Mas Nastri reforça, os hábitos saudáveis e levar uma vida mais tranquila ajuda a evitar o bruxismo. “Exercícios regulares, uma alimentação equilibrada e ingestão adequada de água contribuem para a saúde geral do corpo, incluindo a saúde bucal. Evitar o consumo excessivo de cafeína e álcool também pode ajudar a reduzir a ocorrência do bruxismo, pois essas substâncias podem aumentar a tensão muscular”, conclui.
 

Victor Nastri - Cirurgião Dentista, membro da sociedade brasileira de odontologia estética, o profissional se consolidou como líder em inovação e excelência no Grande ABC (SP). Suas especializações abrangem facetas e lentes de contato dentais, sendo reconhecido por sua técnica e visão estética apurada. Além de sua atuação clínica, Victor Nastri é uma figura proeminente na educação odontológica. Como professor em programas de pós-graduação, ele compartilha seu conhecimento e experiência, contribuindo para a formação de futuros profissionais na área. Como palestrante, Victor tem sido uma fonte para a comunidade odontológica, participando de eventos nacionais e internacionais para compartilhar suas ideias inovadoras e perspectivas sobre o futuro da odontologia. Victor Nastri é reconhecido como um pioneiro na introdução de tecnologias avançadas no campo odontológico.


Abril Marrom alerta para risco de cegueira

Levantamento mostra que a falta de consulta anual coloca a visão de 47% dos brasileiros em risco. Entenda.

 

Este mês acontece a campanha Abril Marrom, uma iniciativa do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) que reúne oftalmologistas de todo o País para celebrar na próxima quinta-feira (8), o Dia Nacional do Braille, e orientar a população sobre as doenças oculares que podem levar à perda da visão por falta de tratamentos preventivos. Dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) indicam que 80% dos casos de deficiência visual poderiam ser evitados com tratamento precoce. Segundo o oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier de Campinas, um levantamento feito no hospital com 814 pacientes mostra que 47% só buscam por consulta quando sentem alguma alteração na visão. O problema, afirma, é que muitas doenças só são percebidas em estágio avançado. 

Este é o caso do glaucoma em que ocorre a lenta perda do campo visual sem apresentar nenhum sintoma. Geralmente surge a partir dos 40 anos.  Tem como causa mais frequente o aumento da pressão intraocular acima de 21 mmHg, embora possa surgir em pessoas com pressão intraocular normal. O oftalmologista explica que a falta de sintomas faz mais da metade dos portadores de glaucoma chegarem à primeira consulta com perda irreversível do campo visual.

Queiroz Neto destaca que a condição também pode ser hereditária, especialmente entre negros e asiáticos, ou decorrente de alta miopia, escavação no nervo óptico, sangramento no fundo do olho, trauma. hipertensão arterial e diabetes. O diagnóstico é feito através da tonometria que mede a pressão intraocular, exame de fundo de olho e campimetria que mede o campo visual. O oftalmologista conta que a aplicação de laser é um tratamento de primeira linha para o glaucoma. A maioria dos pacientes, ressalta, usam entre dois e três colírios diariamente para manter a pressão intraocular sob controle. A descontinuidade do tratamento medicamentoso pode levar à perda da visão mas é o glaucoma secundário causado por trauma, hipertensão arterial, ou diabetes que mais causa a perda da visão.

 

Perda da visão aumenta 4 vezes em 3 anos

O censo 2022 do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) publicado em meados do ano passado revela que 3,1% dos brasileiros, ou 6,3 milhões não enxergam de modo algum mesmo usando óculos. Isso indica mais de quatro vezes os 1,5 milhão de brasileiros clinicamente cegos em 2019 segundo estudo do CBO. Queiroz Neto afirma que além do glaucoma, outras doenças que causam perda da visão entre adultos são a catarata, a degeneração macular e a retinopatia diabética.

 

Catarata

Para o oftalmologista o aumento exponencial do número de deficientes visuais no Brasil está relacionado ao rápido envelhecimento da população e à falta de políticas públicas de saúde que atendam às novas demandas na área da saúde. A boa notícia é que a catarata responde por 49% dos casos de cegueira no Brasil mas a visão pode ser recuperada por meio de uma cirurgia em que o cristalino do olho que fica opaco é substituído pelo implante de uma lente intraocular. A condição é diagnosticada em um exame de rotina. O especialista ressalta que a catarata  também pode ser causada por trauma no olho, tratamento contínuo com estatina, corticoide ou antidepressivo e em todos os tipos o tratamento é sempre cirúrgico.

 

Degeneração macular relacionada à idade (DMRI)

“A doença surge a partir dos 65 anos e tem como maior fator de risco modificável o hábito de fumar”, afirma Queiroz Neto. O último relatório da OMS sobre saúde ocular aponta 195,6 milhões de pessoas no mundo com degeneração macular que atinge a mácula, porção central da retina responsável pela visão de detalhes e   pode ser do tipo úmida ou seca. “A seca é tratada com compostos vitamínicos que retardam a progressão, mas não eliminam a condição”, explica. Já o tratamento da degeneração macular úmida é feita com injeções antiangiogênicas aplicadas que controlam a doença.

 

Retinopatia diabética

O Brasil é o quinto país com a maior incidência de diabetes no mundo com um total de 16,8 milhões de diabéticos segundo o atlas da Federação internacional de diabetes (IDF). Queiroz Neto esclarece que a retinopatia diabética geralmente surge após dez anos de convivência com a doença. O tratamento é feito com antiangiogênicos, tratamento que requer continuidade para evitar a perda da visão. O primeiro sinal perceptível da doença é enxergar tortuosidades em linhas retas, como por exemplo no batente de portas ou moldura de quadros. Nos consultórios é comum diabéticos que mantêm a glicemia sob controle serem surpreendidos pela piora da visão quando não seguem rigorosamente o tratamento da retinopatia, adverte.

 

Crianças

Na infância as principais causas de perda definitiva da visão são as doenças congênitas – catarata, glaucoma e retinoblastoma – diagnosticadas pelo teste do olhinho logo que o bebe nasce. A recomendação é repetir este exame a cada 3 meses até a idade de 3 anos. Isso porque nem sempre as doenças congênitas surgem logo após o parto. “Hoje a miopia, dificuldade de enxergar à distância, decorrente do excesso uso de telas e falta de exposição ao sol  é a condição que mais cresce entre crianças”, salienta. A progressão da miopia pode ser contida com lentes de contato multifocais, óculos com lentes especiais, lentes de contato ortoceratológicas que aplanam a córnea durante a noite e colírio de atropina que diminuem o comprimento axial do olho que é maior entre míopes.  Queiroz Neto afirma que o controle da miopia é importante porque acima de 6 graus estas crianças correm maior risco de terem descolamento de retina, glaucoma e degeneração macular.

 

Prevenção

Para todas as idades as principais recomendações para manter a saúde ocular são: exames oftalmológicos anuais, praticar atividades físicas regulamente, dormir de 6 a 8 horas/dia, incluir frutas, legumes e folhas verde escuro na alimentação, controlar o consumo de sal e de açúcar, evitar esfregar ou coçar os olhos, fazer hemograma completo anualmente e controlar a pressão arterial partir dos 40 anos, finaliza.

 

Complicações pós-transplante renal são comuns

 Acompanhamento médico é fundamental para detectar as alterações e intervir imediatamente, favorecendo o funcionamento adequado e evitando a perda do órgão

 

A longa jornada para tratar uma doença renal crônica nem sempre se encerra com o transplante de rim. Algumas vezes, pode haver problemas no pós-operatório causados, principalmente, por infecção, por resposta imunológica ou, até mesmo, por complicações durante a cirurgia. Geralmente, com a intervenção adequada no tempo correto, é possível reverter o quadro e salvar o órgão. 

“Entre os principais obstáculos que podem ocorrer durante a cirurgia estão o entupimento ou a trombose da artéria ou da veia do rim e a linfocele, uma complicação relativamente comum, que ocorre em até 18% dos pacientes. A maioria forma uma coleção de linfa (líquido linfático) e pode se resolver espontaneamente entre 15 dias e 6 meses após o transplante”, explica a nefrologista do Hcor, Dra. Leda Lotaif. 

O acúmulo de linfa acontece porque, muitas vezes, os vasos linfáticos que transportam o líquido são lesionados ou removidos durante o procedimento cirúrgico. Com isso, a substância acaba ficando represada na região pélvica, perto do rim, ou na região inguinal. “O excesso de líquido pode causar outros problemas e precisar de drenagem. A embolização (interrupção do fluxo) desses vasos impede que eles fiquem alimentando a produção de linfa para a região”, esclarece. 

Além de complicações por causas mecânicas, como a linfocele, há diversos outros fatores que influenciam na “pega” do rim transplantado. “Um órgão recebido de um doador vivo, principalmente se for da família do receptor, costuma começar a funcionar antes daquele proveniente de um doador falecido. No entanto, se o paciente não estiver em boas condições clínicas, ainda pode haver dificuldades”, alerta. 

Em geral, o prognóstico é muito bom. “Todavia, há casos em que o rim recebido não funciona adequadamente. Nessas situações, mantemos ou retomamos a hemodiálise. Se ainda não for o suficiente, existe a possibilidade de realizar um novo transplante. Há pessoas que já se submeteram ao procedimento mais de três vezes”, revela a especialista. 

A médica ressalta que o transplante não é a cura da doença renal crônica e sim umas das terapias. “Temos três tratamentos para a doença renal crônica: a diálise peritoneal, que é feita na barriga, a hemodiálise e variações, que são feitas no sangue, e o transplante de rim. Essa escolha, quando possível, é feita em conjunto, ao longo de toda a jornada. Conversamos sobre as possibilidades, os tratamentos, as diferenças, as opções disponíveis, as vantagens e desvantagens de cada uma e qual se adapta mais ao estilo de vida do paciente”.
 

Transplante de origem animal 

Em 16 de março, uma equipe em Massachusetts (EUA) transplantou com sucesso um rim de porco geneticamente modificado para um ser humano, pela primeira vez. “Esse rim já está funcionando e o paciente, um homem de 62 anos, se recupera bem. Está, praticamente, em condições de alta. Outras tentativas de transplante de origem animal foram realizadas, mas não obtiveram êxito”, conta a médica.
 

Saiba mais sobre transplante renal 

A doença renal crônica leva a uma perda progressiva da função dos rins, até o ponto que se torna incompatível com a vida. Quando isso acontece, é preciso iniciar uma terapia para reposição do funcionamento do órgão. Uma dessas terapias é a hemodiálise, outra é a diálise peritoneal e a terceira é o transplante de rim. 

Atualmente, há cerca de 30 mil pacientes no Brasil aguardando na fila para receber o órgão. Nos Estados Unidos, mais de 100 mil estão nessa mesma situação. A doação pode ser proveniente de indivíduo falecido ou vivo. A fila de transplante é única para cada estado e segue uma lista de prioridades. Uma pessoa que já tenha sido transplantada tem prioridade na fila do transplante de qualquer outro órgão. 

O rim recebido de um doador falecido demora de sete a dez dias para começar a funcionar. “Nesse período o paciente continua fazendo diálise até que ele apresente um débito urinário adequado e que esse rim passe a filtrar o sangue adequadamente. Por outro lado, quando o órgão é de um doador vivo e quanto maior a compatibilidade, maiores são as chances de o paciente sair da sala cirúrgica já com o rim transplantado funcionando”, revela a especialista. 

Os desafios dos transplantados, no entanto, não terminam depois da cirurgia e do funcionamento do novo rim. “A imunossupressão, a qual o receptor do órgão é submetido, faz com que ele fique mais vulnerável a infecções, inclusive de germes oportunistas, que podem ser fatais. Em longo prazo, o deixa mais suscetível a cânceres. Por isso, é importante o controle regular”, reforça a Dra. Leda.
 

Hcor

 

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