Pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz alerta sobre os desafios enfrentados pelo sistema respiratório nessa época
À
medida que o cenário muda de cor, o outono traz consigo não apenas uma mudança
na paisagem, mas também um aumento nas doenças respiratórias. A transição para
temperaturas mais amenas pode ser um gatilho para gripes, resfriados,
bronquites, pneumonia e asma, deixando muitos buscando maneiras de se proteger
e manter a saúde respiratória.
Os desafios do outono para a saúde respiratória
Segundo o Dr. Elie Fiss, pneumologista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, normalmente, nos próximos meses, há um grande aumento do número de doenças respiratórias. “O outono é particularmente uma estação desafiadora para a saúde respiratória devido a vários fatores interligados. As temperaturas mais frias levam as pessoas a passarem mais tempo em ambientes fechados, facilitando a transmissão de vírus. Além disso, o ar frio funciona como um irritante de vias aéreas, então essa irritação diminui o movimento ciliar, aumenta a produção de muco nasal e diminui a resposta imunológica.”, explica.
As
oscilações bruscas de temperatura obrigam o corpo a se esforçar para se manter
regulado. Essa adaptação pode enfraquecer temporariamente o sistema
imunológico, tornando as pessoas mais vulneráveis a infecções. “Indivíduos com
condições pré-existentes, como asma ou Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica
(DPOC), podem encontrar desafios adicionais, como dificuldades em respirar ou
agravamento dos sintomas, devido ao ar frio e seco, portanto não devem
interromper seu tratamento”, enfatiza o médico.
Doenças mais comuns
As
doenças respiratórias que frequentemente marcam o outono incluem:
- Gripe e resfriado:
caracterizados por tosse, dor de garganta e febre.
- Bronquite e pneumonia: infecções mais graves que afetam os pulmões, muitas vezes necessitando de tratamento médico.
"Além
das doenças infecciosas, observamos uma exacerbada incidência de sintomas
relacionados à rinite, asma, sinusite e agravamento do quadro em pacientes com
enfisema pulmonar. Isso se deve às abruptas mudanças de temperatura no outono,
que podem causar aumento da congestão nasal, produção excessiva de muco e
secreções nasais, criando um ambiente propício para o surgimento de
infecções", esclarece o Dr. Elie Fiss.
Medidas preventivas
Para
minimizar o risco de doenças respiratórias, as seguintes medidas são
recomendadas, de acordo com o médico pneumologista:
- Vacinação contra a gripe:
medida crucial para reduzir o risco de infecção grave.
- Higiene rigorosa:
lavagem frequente das mãos e uso de máscaras em locais públicos fechados.
- Evitar contato com pessoas doentes:
para reduzir a exposição a vírus e bactérias.
- Manutenção da higiene nasal e ambientes
ventilados: para evitar o ressecamento das vias
respiratórias.
Sintomas
É importante estar atento aos sintomas típicos como tosse, dor de garganta, coriza e dificuldade para respirar. A febre alta, fadiga e dores no corpo são sinais de alerta que exigem atenção médica, especialmente se não melhoram em poucos dias.
"É
fundamental buscar atendimento médico sempre que houver febre a partir de 39º
C, sintomas respiratórios persistentes, evitando a automedicação",
enfatiza o Dr. Elie Fiss. "Se os sintomas respiratórios se agravarem, é
importante procurar um médico pneumologista para identificar a causa do aumento
da tosse, falta de ar e chiado no peito, possibilitando o tratamento adequado
em cada caso."
Recomendações adicionais para a saúde respiratória
Além das medidas preventivas padrão, uma dieta equilibrada rica em vitaminas e minerais, exercícios físicos regulares e abandonar o tabagismo, além de evitar o contato com agentes poluentes, podem fortalecer o sistema imunológico e apoiar a saúde respiratória durante o outono.
Hospital Alemão Oswaldo Cruz
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