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quinta-feira, 7 de março de 2024

Principais mitos sobre vacinação: Desinformação ainda gera medo de reações adversas

Em estudo intitulado “As Fake News estão nos deixando doentes?”, para investigar a relação entre a desinformação e a queda nas coberturas vacinais verificadas nos últimos anos, feito pela Avaaz em parceria com a Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm), aproximadamente 67% dos brasileiros acreditam em ao menos uma afirmação imprecisa sobre vacinação. 

Para chegar ao resultado, as instituições encomendaram ao IBOPE uma pesquisa com cerca de 2 mil pessoas, de todos os estados. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, e o nível de confiança é de 95%. De acordo com infectologista do São Cristóvão Saúde Dra. Andréia Maruzo Perejão, “dentre os mitos mais disseminados, ouvimos falsas afirmações, como ‘vacina causa autismo’, ‘vacina da gripe causa gripe’, ‘criança só pode tomar uma vacina por vez, pois sobrecarrega o sistema imunológico’, dentre outros comentários”, salienta a especialista. 

As vacinas passam por diversas etapas de testes, de modo a comprovar sua segurança e eficácia. Normalmente, os eventos adversos são leves e temporários. Para a especialista, “a propagação de informações incorretas faz com que as pessoas hesitem em se vacinar, vacinar seus filhos e entes queridos, em razão do medo das consequências pressupostas e erroneamente atribuídas à vacina”.

 

Informação é a solução

Hoje existem vacinas disponíveis para proteger contra pelo menos 20 doenças, como difteria, tétano, coqueluche, gripe e sarampo. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o impacto da vacinação deve ser levado em consideração a todo o momento, uma vez que as vacinas são responsáveis por evitar entre 2 a 3 milhões de mortes por ano. 

De acordo com Dra. Andréia, divulgar benefícios e a segurança das vacinas, além de rebater as informações falsas através da mídia são caminhos a serem tomados. Além disso, sempre que surgir algum questionamento sobre possíveis efeitos de uma dose vacinal, pergunte a um profissional especializado. Afinal, na Internet encontramos muitas informações, além de conteúdos compartilhados em grupos de transmissão, muitas das vezes não são confiáveis. 

Afinal, as vacinas estimulam a proteção e produção de anticorpos para o sistema imunológico semelhante àquela produzida pela infecção natural, mas não causam a doença em si, sendo esta a forma mais simples, segura e eficaz de se proteger contra doenças virais e bacterianas. 

Em caso de aicmofobia, que acomete pessoas de várias idades e é caracterizada pelo medo de agulhas, comunique ao enfermeiro responsável e tente introduzir algumas técnicas de respiração, ou práticas como olhar para um ponto fixo ao invés de olhar para a agulha e tentar relaxar os músculos e manter a calma. Caso o estágio de fobia seja mais sério, procure pessoas especializadas no assunto para te ajudarem nesse processo, pois a vacina é o melhor remédio de combate às infecções.

 

Grupo São Cristóvão Saúde


Dia Mundial do Rim alerta para a importância da prevenção e acesso ao tratamento da doença renal crônica

 

Campanha mundial é tema de inúmeras atividades pelo Brasil em prol da saúde dos rins

A doença renal crônica (DRC) atinge cerca de 20 milhões de brasileiros, representando uma preocupante parcela de 10% da população. A doença renal crônica pode progredir de forma silenciosa, sem apresentar sintomas e sinais evidentes. Por isso, compreender a importância da prevenção, do diagnóstico precoce e do tratamento adequado é fundamental para preservar a saúde dos rins e prevenir complicações graves.

 

No Brasil, estima-se que cerca de 50 mil pessoas por ano com doença renal crônica morrem precocemente, antes de ter acesso à diálise ou ao transplante renal. Esses procedimentos tornam-se necessários quando os rins não conseguem mais desempenhar eficientemente sua função vital de filtrar o sangue e eliminar resíduos prejudiciais do organismo. 

Diante desse cenário alarmante, a Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) empreende esforços significativos por meio da campanha anual do Dia Mundial do Rim. “É uma campanha internacional, que visa promover a prevenção, diagnóstico e educação sobre a doença renal crônica. Nessa campanha, pretendemos alcançar públicos diversos, incluindo governantes, legisladores, educadores, estudantes, profissionais de saúde e, principalmente, a população!”, afirma José Moura Neto, Presidente da SBN. 

Este ano, o Dia Mundial do Rim será celebrado em 14 de março, e tem como tema: “Saúde dos Rins & Exame de creatinina para Todos: porque todos têm o direito ao diagnóstico e acesso ao tratamento”.

 

Exame de Creatinina para todos 

A creatinina é um marcador de função renal, e seu monitoramento regular pode identificar problemas renais ainda nos estágios iniciais, quando as opções de tratamento são mais eficazes. “Uma em cada 10 pessoas tem doença renal crônica. E a maioria não sabe! Exames como a dosagem da creatinina no sangue e o exame simples de urina estão disponíveis, inclusive na rede pública, e possibilitam o diagnóstico dessas doenças antes mesmo do aparecimento de sinais e sintomas.”, explica Moura Neto.

 

Todos têm o direito ao diagnóstico e acesso ao tratamento 

Ainda temos, no Brasil e no mundo, iniquidade na assistência à saúde renal, com regiões onde há barreiras no diagnóstico e acesso ao tratamento, especialmente à terapia renal substitutiva, feita por meio de hemodiálise, hemodiafiltração, diálise peritoneal ou transplante.

 

Sobre o Dia Mundial do Rim. 

É uma campanha mundial idealizada em 2006 conjuntamente pela Federação Internacional de Fundações Renais (IFKF) e pela Sociedade Internacional de Nefrologia (ISN) com o objetivo de informar a população sobre a importância dos cuidados com a saúde renal. Comemorado sempre na segunda quinta-feira do mês de março, as ações são coordenadas pela Sociedade Brasileira de Nefrologia (SBN) no país.

 

Alimentação equilibrada e exercícios podem ajudar a amenizar os sintomas da insônia

Geert Pieters - Unplash
Nutricionista explica como a melatonina pode ajudar na indução do sono, além de destacar a importância de um cardápio equilibrado, exercícios físicos e hidratação


A interação entre alimentação saudável, prática regular de atividades físicas e qualidade do sono formam um triângulo essencial para a saúde humana. Estudos científicos comprovam a eficácia desse conjunto na promoção de um bem-estar geral, destacando-se o impacto positivo na redução da insônia, um distúrbio que afeta significativamente a população mundial.

Um estudo publicado no "Journal of Clinical Sleep Medicine" em abril de 2020, enfatiza a correlação direta entre dieta equilibrada e melhoria na qualidade do sono. Segundo os autores, alimentos ricos em magnésio, zinco e vitaminas B6 e B12 desempenham papel crucial na regulação dos ciclos de sono, pois estão envolvidos na produção de melatonina, hormônio responsável por regular o ritmo circadiano. A atividade física regular mostra-se como um potente aliado no combate à insônia. Indivíduos que praticam exercícios moderados a intensos por pelo menos 150 minutos por semana, experimentam uma melhoria significativa na qualidade do sono, além de reduzirem o tempo necessário para adormecer.

“Além dos benefícios diretos, a combinação de uma dieta balanceada e exercícios físicos contribui para a diminuição do estresse e ansiedade, fatores comumente associados à dificuldade de iniciar e manter o sono. Estudos complementares sugerem que reduzir o consumo de cafeína e alimentos pesados antes de dormir, estratégia recomendada por especialistas, é eficaz no combate à insônia”, enfatiza Priscila Gontijo, nutricionista na Puravida. 

A especialista também destaca a importância da hidratação que, apesar de menos estudada, não pode ser subestimada neste contexto. “A prática de manter-se bem hidratado é universalmente recomendada por profissionais de saúde, embora a relação entre hidratação e sono necessite de mais investigação”, diz. 

O ambiente também desempenha um papel crucial no combate à insônia. Manter o quarto em uma temperatura confortável, minimizar a exposição à luz e ruído antes de dormir e estabelecer uma rotina noturna relaxante são medidas complementares que potencializam os efeitos benéficos ao sono quando aliadas à dieta e exercício.

Outro ponto que pode ajudar é a introdução de suplementos naturais, como é o caso do magnésio, triptofano e a melatonina. “Segundo artigo publicado em 2021 pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o magnésio contribui para a síntese da serotonina e da melatonina – hormônio regulador do sono. Já o triptofano pode trazer benefícios para pessoas com quadro de ansiedade, falta de sono, depressão e sintomas de tensão pré-menstrual. E, por último, a melatonina ajuda o organismo a adormecer e se aprofundar nos estágios do sono regenerativo”, esclarece a nutricionista. 

Mas apesar da melatonina ter ganhado popularidade pela capacidade de induzir o sono, o ideal é começar com a alimentação, complementar com a suplementação e verificar se isso já é suficiente. Caso os sintomas persistam, o ideal é procurar acompanhamento clínico para ajustar as doses caso haja necessidade.  

 

Puravida



Dez anos de vacinação: Março Lilás relembra a importância da imunização contra o HPV e prevenção ao câncer de colo de útero

  

Taxas de adesão vêm caindo e preocupam autoridades no país; Segundo o INCA, mais de 17 mil mulheres serão diagnosticados com tumores decorrentes da infecção viral
 

Março Lilás. O mês foi escolhido para conscientizar a população para o câncer de colo de útero, um dos tipos mais incidentes entre mulheres e que pode ser evitado com um medida simples: a vacinação, que entrou para o calendário oficial da população brasileira há exatos 10 anos. O imunizante protege o corpo do Papilomavírus Humano (HPV), vírus que é o principal causador da doença, correspondendo a quase 99% dos casos. A infecção sexualmente transmissível é a mais comum em todo o mundo, atingindo de forma massiva as mulheres. 

Segundo estimativas do Instituto Nacional de Câncer (INCA), em 2024 cerca de 17.010 mulheres serão diagnosticadas com câncer do colo do útero no Brasil a cada ano, o que representa um risco considerado de 13,25 a cada 100 mil casos. Vale lembrar ainda que a doença é o terceiro tipo de câncer que mais afeta o público feminino, por isso, é muito importante que o diagnóstico seja feito o quanto antes para o início do tratamento. 

Apesar desses números, as taxas de vacinação têm caído no país, o que vem levantando preocupações em todas as esferas da saúde e da sociedade brasileira. De acordo com dados recolhidos pelo Grupo Brasileiro de Tumores Ginecológicos (EVA) no DataSUS, do Ministério da Saúde, houve queda de 72% da aplicação em meninas e 52% em meninos, nos períodos de 2015 a 2021 e 2018 a 2021, respectivamente. 

“A tetravalente contra o HPV, atualmente disponível gratuitamente para meninas e meninos de 9-14 anos, e para adultos imunossuprimidos até 45 anos, protege contra os tipos 6, 11, 16 e 18 do vírus, os principais causadores da doença. É preocupante para todos ver esse tipo de tumor avançando quando sabemos que ele é altamente prevenível”, comenta Marcela Bonalumi, oncologista da Oncoclínicas. 

A taxa de infecção pelo HPV (papiloma vírus humano) atinge 54,4% das mulheres que já iniciaram a vida sexual e 41,6% dos homens. Os resultados são da pesquisa nacional sobre o tema, encomendada pelo Ministério da Saúde e feita por meio do Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional do SUS (Proadi-SUS). Apesar disso, em 2022, entre as meninas, a primeira e a segunda dose tiveram, respectivamente, 75,91% e 57,44% de adesão. Entre os garotos, os valores são ainda menores: 52,26% na primeira aplicação e 36,59% na segunda. 

Segundo o especialista, há estudos que comprovam que o vírus, além de estar diretamente ligado ao câncer cervical, também atinge cânceres de ânus, vulva, vagina, pênis e orofaringe.
 

De olho na prevenção 

Diante dessa realidade, é importante reforçar que a ferramenta essencial na luta contra o câncer do colo do útero é a vacinação contra o HPV. "A imunização pode prevenir também o câncer de vulva, ânus e vagina nas mulheres e de pênis nos homens. Por isso, o ideal é que esse cuidado ocorra antes do início da vida sexual, evitando assim que haja uma exposição ao vírus", diz a médica. 

Além da vacinação, que é considerada uma prevenção primária, é importante realizar os exames de rotina ginecológica, como o Papanicolau (anualmente e depois a cada três anos), dos 25 aos 64 anos de idade. "Ele é muito importante para identificar lesões pré-cancerosas e agir rapidamente contra o câncer do colo do útero", alerta Marcela. Vale lembrar ainda que os exames devem ser feitos mesmo se a mulher for vacinada contra o HPV, pois o imunizante não protege contra todos os tipos oncogênicos da doença.


Primeiros sinais 

O câncer de colo de útero em estágios iniciais é assintomática, em estágios mais avançados sintomas como dor na relação sexual ou sangramento vaginal podem estar presentes. Por isso, o rastreamento com o exame Papanicolau de rotina é importante, pois é possível diagnosticar lesões pré cancerígenas ou iniciais. 

Outros sintomas que podem estar presentes em estágios mais avançados são fraqueza decorrente da anemia, devido a perda de sangue, inchaço nas pernas e dores nas costas, problemas urinários ou intestinais e perda de peso não justificada. Os sangramentos podem acontecer durante a relação sexual, inclusive em mulheres que já estão na menopausa ou ainda fora do período menstrual. Por isso, é muito importante buscar o aconselhamento de um especialista ao notar sangramento vaginal anormal", orienta a Marcela. 

Ela explica que podem ser realizadas cirurgias, radioterapia e/ou quimioterapia. "Na cirurgia, ocorre a retirada do tumor, ou ainda do útero quando necessário. Quando a doença apresenta estágios mais avançados, são realizadas sessões de radioterapia e quimioterapia". 

Apesar da doença ser bastante silenciosa, quando descoberta precocemente pode haver uma redução de até 80% na mortalidade pelo câncer do colo do útero. "Muitas mulheres não descobrem na fase inicial. Sempre aconselho as pacientes a realizarem periodicamente seus exames de rotina, como o Papanicolau. Além disso, é fundamental que sejam consumidas informações de qualidade, sendo essa uma das principais aliadas ao combate do HPV", finaliza Marcela Bonalumi. 



Oncoclínicas&Co
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Dia Internacional da Mulher – 08 de março

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Quais os 4 desafios da mulher para promover sua saúde física e emocional?


Na sociedade atual, a maioria das mulheres está sobrecarregada por desempenhar vários papeis ao mesmo tempo: trabalhar fora, aprimorar os estudos para avançar na sua carreira, zelar pela casa e família. É neste cenário que acabam se descuidando e colocam, em segundo plano, prioridades como sua saúde e alimentação.

Mas como adotar práticas e hábitos saudáveis ​​para melhorar a qualidade de vida e promover a saúde física e emocional? As dicas são da Profa. Dra. Nadia Haubert, médica, nutróloga e diretora da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia) e são essenciais para colaborar no fortalecimento do organismo e bem-estar.

  1. Exercite-se - Muitos estudos já comprovaram os benefícios de uma atividade física regular, para a saúde física e mental. Para combater o sedentarismo, o ideal é encontrar formas de movimentar o corpo, mas que sejam prazerosas, para não se desistir já no começo. Essa rotina faz a diferença nos resultados a longo prazo.
  2. Sono e descanso - Entre as estratégias para uma boa noite de sono de qualidade é fundamental a prática de horários fixos e regulares para se deitar, deixando desligados qualquer aparelho eletrônico. Vale TVs e celulares, inclusive, pois o uso de telas e a exposição à luz azul pode suprimir a melatonina e acabar atrasando o adormecer.
  3. Saúde mental e emocional - Entre as várias técnicas, o mindfulness, a meditação, terapia e a conexão social, com atividades em grupo, podem auxiliar na redução do stress e ansiedade e contribuir para um melhor equilíbrio das emoções.

    4.  Nutrição - A escolha inteligente de alimentos, sempre com a opção pelos mais saudáveis, pode fazer a diferença ao longo da vida e ajudar a reduzir problemas de saúde nas mulheres, quando associados a uma dieta equilibrada, como por exemplo:

 . Tensão pré-menstrualcereais integrais (arroz, aveia, milho), leite, ovos, banana, leguminosas, nozes e castanhas. Quando consumidos periodicamente e sem excessos, importante prevenir uma possível anemia com a ingesta de alimentos ricos em ferro, como carnes, vegetais verde-escuros e feijão, além da vitamina C, encontrada na laranja, limão, acerola, abacaxi etc., que favorece a absorção do ferro.

 . Função intestinal - O intestino saudável promove a melhora da imunidade, redução de episódios de candidíase vaginal, proteção a vários tipos de câncer e traz benefícios para o humor e sono. Estudos já demonstraram a associação da função intestinal com doenças metabólicas, como obesidade e diabetes.  O ideal é o consumo diário de alimentos ricos em fibras como frutas, vegetais, cereais, leguminosas e sementes, além da ingestão adequada de água.

 . Prevenção de osteoporose e sarcopenia – A ingesta adequada de proteínas de boa qualidade, como carnes magras e fontes de cálcio e proteína dos laticínios desnatados é recomendável para as mulheres, especialmente após os 40 anos. A vitamina D é outro nutriente importante para saúde óssea e muscular.  Por isso, aconselha-se avaliar os níveis no sangue e a necessidade de suplementação, sempre com a recomendação de um especialista da área, como o nutrólogo.

 . Controle do peso - É importante destacar que a redução de 5 a 10% do peso corporal, já é suficiente para melhora metabólica, prevenção e tratamento de diversas doenças.  No processo de perda de peso deve-se, no entanto, evitar dietas restritivas ou que excluem grupos alimentares, pois estas condutas podem piorar o estado de saúde com deficiências nutricionais, além de favorecerem o desequilíbrio emocional.

 “Autocuidado é a palavra-chave. As mulheres precisam aprender a priorizar sua própria saúde e bem-estar e terem a capacidade para fazer suas escolhas de forma consciente, pensando em viver com qualidade e de forma plena”, ensina a Profa. Dra. Nadia Haubert.  



Profa. Dra. Nadia Haubert - médica, nutróloga e diretora da ABRAN (Associação Brasileira de Nutrologia)


Conheça as cinco doenças bucais mais comuns e saiba como evitá-las

 

O Cirurgião-Dentista, Dr. Victor Nastri, explica como a saúde bucal pode impactar em seu dia a caso seja negligenciada
 

A boca desempenha funções importantes para a saúde geral do corpo, influenciando desde a fala até a mastigação e a respiração, além de ser a principal entrada para microrganismos. Por isso, manter uma boa higiene bucal é essencial para reduzir doenças. Afinal, a saúde começa pela boca (tanto pelo que se come, mas principalmente pela maneira que cuidamos dessa região). “A boca é uma área úmida, e por isso a proliferação de bactérias acontece rapidamente, e ao deglutirmos estamos levando estas bactérias para dentro do nosso organismo” – resume o cirurgião dentista, Dr. Victor Nastri. 

Estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS) apontam que 3,5 bilhões de pessoas no mundo sofrem com doenças bucais, o equivalente a quase metade da população mundial. Algumas das doenças orais mais comuns incluem cáries, gengivite, mau hálito e tártaro, sendo que todas podem acometer pessoas das mais diversas idades, incluindo crianças, adolescentes, adultos e idosos. 

De acordo com o Dr. Victor Nastri, os problemas bucais mais comuns podem ser evitados por meio de uma higienização oral adequada. “Os tratamentos têm uma alta taxa de sucesso, especialmente quando detectados precocemente", finaliza.
 

Abaixo, o especialista destaca eles:
 

Cáries Dentárias: As cáries são uma das preocupações mais prevalentes em saúde bucal. Elas ocorrem quando as bactérias na placa bacteriana transformam os açúcares dos alimentos em ácidos que corroem o esmalte dos dentes. Para prevenir cáries, é fundamental praticar uma boa higiene bucal, incluindo escovação regular, uso de fio dental e visitas regulares ao dentista para exames e limpezas.
 

Gengivite: A gengivite é uma inflamação das gengivas causada pela acumulação de placa bacteriana ao longo da linha da gengiva. Os sintomas incluem gengivas vermelhas, inchadas e sangrando durante a escovação. Para tratar a gengivite, é essencial melhorar a higiene bucal, incluindo uma técnica adequada de escovação e uso de enxaguantes bucais antimicrobianos. Em casos mais graves, pode ser necessário tratamento profissional.
 

Periodontite: Se a gengivite não for tratada, pode progredir para periodontite, uma condição mais grave que afeta os tecidos de suporte dos dentes. Além dos sintomas da gengivite, a periodontite pode causar recuo gengival, mau hálito persistente e até mesmo perda dentária. O tratamento envolve uma limpeza profissional para remover a placa bacteriana e, em alguns casos, cirurgia periodontal.
 

Cárie Radicular: Esta é uma cárie que se desenvolve na raiz do dente, muitas vezes devido à exposição das raízes devido à retração gengival. A prevenção é semelhante à das cáries convencionais, mas o tratamento pode exigir procedimentos específicos, como restaurações de resina ou tratamento de canal.
 

Mau Hálito (Halitose): O mau hálito pode ser causado por várias razões, incluindo cáries, gengivite, dieta inadequada e má higiene bucal. Para combater o mau hálito, é importante manter uma boa higiene bucal, incluindo escovação da língua, uso de fio dental e enxaguantes bucais. Em alguns casos, pode ser necessário consultar um profissional de saúde bucal para identificar e tratar a causa subjacente.
 

“Lembramos que a prevenção é a chave para manter uma boca saudável. Ao reconhecer os sinais precoces de problemas bucais e buscar tratamento adequado, podemos garantir não apenas um sorriso bonito, mas também uma melhor saúde geral”, finaliza Nastri.
 

Victor Nastri - Cirurgião Dentista, membro da sociedade brasileira de odontologia estética, o profissional se consolidou como líder em inovação e excelência no Grande ABC (SP). Suas especializações abrangem facetas e lentes de contato dentais, sendo reconhecido por sua técnica e visão estética apurada. Além de sua atuação clínica, Victor Nastri é uma figura proeminente na educação odontológica. Como professor em programas de pós-graduação, ele compartilha seu conhecimento e experiência, contribuindo para a formação de futuros profissionais na área. Como palestrante, Victor tem sido uma fonte para a comunidade odontológica, participando de eventos nacionais e internacionais para compartilhar suas ideias inovadoras e perspectivas sobre o futuro da odontologia. Victor Nastri é reconhecido como um pioneiro na introdução de tecnologias avançadas no campo odontológico.


Clareamento dental: mitos e verdades sobre agentes clareadores vendidos em farmácias

Segundo José Todescan Júnior, membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética, muitos produtos possuem características abrasivas, prejudicando o esmalte dos dentes 


A busca por um sorriso mais branco e luminoso tem impulsionado uma crescente demanda por agentes clareadores disponíveis em farmácias. No entanto, é fundamental entender se esses produtos são realmente eficazes. 

De acordo com o Dr. José Todescan Júnior, especialista em Prótese Dental, odontopediatria e endodontia, além de membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética, o aumento na oferta de agentes clareadores nas prateleiras das farmácias coincide com a busca incessante por sorrisos mais brancos. “No entanto, muitas vezes, esses produtos não oferecem resultados tão eficazes quanto os procedimentos realizados por profissionais”, relata.

Uma consideração crucial mencionada pelo especialista é a necessidade de avaliações clínicas detalhadas antes de indicar qualquer tipo de clareamento. “Restaurações de resina ou porcelana não podem ser clareados, por exemplo, e por isso representam  desafios significativos, porque esses materiais não respondem da mesma forma aos agentes clareadores. Portanto, a individualidade de cada caso deve ser considerada, evidenciando a complexidade na escolha do agente clareador adequado”, pontua.

 

Desafios dos produtos abrasivos

Todescan alerta para a presença de cremes dentais no mercado, que inicialmente proporcionam um efeito branqueador, mas podem resultar em consequências indesejadas a longo prazo. “A camada de esmalte, ao ser desgastada por esses produtos, pode levar a uma mudança na tonalidade dos dentes, tornando-os mais cinzentos. Esse fenômeno destaca a importância de escolher produtos que ofereçam resultados duradouros e seguros”, alerta.

A expertise de um cirurgião dentista torna-se fundamental na escolha do clareamento adequado para cada paciente. “A consulta profissional vai além de uma simples recomendação de produto. É um processo que envolve avaliação clínica detalhada, considerando a saúde bucal do paciente, possíveis obstáculos e desejos estéticos. Não existe um produto universal para todos os casos”, declara.

 

A escolha por um sorriso branco e saudável

Em um mercado repleto de opções, a escolha consciente e informada é fundamental para quem busca um sorriso mais branco. Por essa razão, consultar um profissional para avaliações clínicas personalizadas é a chave para garantir resultados eficazes e seguros. “A estética do sorriso não deve comprometer a saúde bucal, e a orientação especializada continua sendo a melhor abordagem para alcançar o equilíbrio entre esses dois aspectos”, finaliza. 



José Todescan Júnior - Atuando com excelência na área de Odontologia há mais de 33 anos, José Todescan Júnior é especialista em Prótese Dental, Odontopediatria e Endodontia pela USP. Membro da Sociedade Brasileira de Odontologia Estética, membro da IFED (International Federation Esthetic Dentistry), membro da Associação Brasileira de Odontologia Estética e membro da ABOD (Associação Brasileira de Odontologia Digital). Ele acredita que o profissional que se aperfeiçoa em diversas áreas pode escolher sempre o melhor para os pacientes.


Clínica Todescan
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TDAH é condição que pode afetar vida das mulheres, mas nem sempre é compreendida

Neuropedagoga explica que as manifestações podem ser diferentes das que se dão em homens, o que leva a diagnósticos equivocados ou tardios

 

O Dia Internacional da Mulher é uma ocasião para celebrar conquistas, resiliência e contribuições das mulheres em todo o mundo. No entanto, também é importante reconhecer que as mulheres enfrentam desafios únicos, inclusive quando se trata de saúde mental. Um deles é o Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH).

Segundo Mara Duarte, neuropedagoga, psicopedagoga, psicomotricista e coach educacional, além de diretora do Grupo Rhema, o TDAH uma condição que pode afetar de forma significativa a vida das mulheres, mas que muitas vezes passa despercebida ou é mal compreendida. “O TDAH é frequentemente associado a crianças hiperativas e desatentas, mas a realidade é que essa condição pode persistir na idade adulta e afetar mulheres. No entanto, as manifestações do TDAH nelas podem ser diferentes das que se dão nos homens, o que muitas vezes leva a diagnósticos equivocados ou atrasados”, explica. 

A especialista afirma que, na infância, as meninas com TDAH podem apresentar sintomas semelhantes aos dos meninos, como dificuldade de concentração, impulsividade e hiperatividade. No entanto, esses sinais podem ser menos óbvios, levando a um subdiagnóstico em meninas. “Em vez de se comportarem de maneira hiperativa, as meninas podem ser rotuladas como"sonhadoras " ou"distraídas ", o que pode mascarar o TDAH”, conta Mara Duarte. 

Já na idade adulta, as mulheres com TDAH, podem enfrentar desafios adicionais devido à complexidade das demandas diárias. É comum haver problemas de organização, dificuldade em manter relacionamentos e baixa autoestima. Além disso, segundo a neuropedagoga, muitas mulheres com TDAH desenvolvem estratégias de compensação ao longo da vida.

“O reconhecimento precoce e preciso do TDAH em mulheres é fundamental para garantir o acesso ao suporte e tratamento adequados. Muitas mulheres com TDAH passam anos lutando sozinhas, sem entender por que enfrentam tantos desafios em suas vidas diárias. A conscientização sobre as características específicas do TDAH em mulheres pode ajudar a quebrar o estigma e garantir que essas mulheres recebam o apoio que precisam”, diz Mara.

Ela acredita que, ao reconhecer as características únicas do TDAH em mulheres e promover a conscientização sobre essa questão, é possível garantir que todas as mulheres, independentemente de sua condição, tenham a oportunidade de prosperar e alcançar seu pleno potencial.  



Mara Duarte da Costa - neuropedagoga, psicopedagoga, psicomotricista e coach educacional. Além disso, atua como mentora, empresária, diretora geral da Fatec e diretora pedagógica e executiva do Grupo Rhema Educação. As instituições já formaram mais de 80 mil alunos de pós-graduação, capacitação on-line e graduação em todo o Brasil. Para mais informações, acesse o site ou pelo instagram.



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Em 10 anos, o número de mortes de idosos por queda no Brasil quase dobrou

 


Dr. Marco Aurélio S. Neves fala sobre a importância de mais incentivo para os idosos fortalecerem suas musculaturas

 

De acordo com levantamento do Ministro da Saúde divulgado pela BBC News, a quantidade de idosos que faleceram devido à queda da própria altura em 2022 foi de 9.592, quase o dobro do que foi registrado em 2013 (4.816).

Segundo os dados, todos os dias, 63 idosos procuram atendimento hospitalar devido a acidentes desse tipo, sendo que 19 não resistem, o que aponta para uma aceleração de quedas da própria altura no país.

Sendo considerada a terceira maior causa de mortalidade entre pessoas com mais de 65 anos no Brasil, entre 2013 e 2022, o número total de mortes de idosos foi de 70.516. Especialistas ouvidos pela BBC News apontam que as principais causas para o número alarmante desses acidentes são: a expectativa de vida cada vez maior do brasileiro, menor subnotificação da rede hospitalar e falta de políticas públicas para locomoção da população nessa faixa etária.

O Dr. Marco Aurélio Silvério Neves, ortopedista e traumatologista especializado em cirurgia de quadril e joelho, aponta que o incentivo à mobilidade e a prática de esportes deveria ser maior, já que a prevenção é sempre a melhor solução. "Apesar de os tombos serem frequentes durante a vida, é após os 60 anos que eles podem se tornar mais comuns", complementa. 

De acordo com o Dr. Marco Aurélio, que também é membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT), com o envelhecimento natural, o corpo humano vai perdendo massa e força muscular, a chamada sarcopenia, daí vem a importância dos exercícios físicos para o fortalecimento dos músculos. "Essa perda de massa muscular faz com que os idosos tenham uma tendência maior de desequilíbrio, o que acaba gerando a maior parte dos acidentes", explica. 

Entretanto, o especialista reforça que não é apenas a perda de massa muscular que gera os acidentes. "Ao mesmo tempo, quem tem mais de 60 anos, possui maior tendência de ter comorbidades, como alterações neurológicas, que podem, por exemplo, gerar uma tontura e uma consequente queda".

Por fim, o cirurgião ortopedista, além de acompanhamento médico para que se possa adiantar o aparecimento de comorbidades e tratar o quanto antes, evitando acidentes de quedas e outros, recomenda que pessoas com mais de 60 anos foquem na realização de atividades como natação, caminhada, alongamento, pilates, entre outros exercícios que podem fortalecer a musculatura. “Mas sempre realizar as atividades indicadas pelo médico”, ressalta Dr. Marco Aurélio. 



Dr Marco Aurélio S. Neves - ortopedista e traumatologista, especializado em próteses de quadril e joelho. Pioneiro no Brasil em técnicas avançadas para realização de cirurgias de prótese de quadril e de joelho. Conta com especialização em Ortopedia e Traumatologia (2001) e em Cirurgia do Quadril e do Joelho (2002 e 2003), pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HC – FMUSP). Especializações em centros de referência em cirurgia ortopédica do mundo, entre eles: Presbyterian Hospital Plano (Texas, Estados Unidos, 2004), Hospital Jan Palfij (Gent, Bélgica, 2006), Clinic Dr. Decker (Munique, Alemanha, 2006), The Steadman Clinic (Vail, Estados Unidos, 2009), South West London Orthopaedic Center (Inglaterra, 2013), Le Centre Médico Chirurgical Paris V (Paris, França, 2015).
www.drmarcoaurelio.com.br
Instagram: @drmarcoaurelio.ortopedia
Linkedin: marco-aurelio-silverio-neves


Descubra os segredos da reflexologia

 Técnica de massagem que possibilita equilíbrio, energia, saúde e bem-estar para o corpo e a mente

 

Diferente do que muitos pensam, a reflexologia é muito mais que uma simples massagem nos pés. É uma terapia de relaxamento que age em pontos específicos dos pés e das mãos, estimulando o sistema nervoso e trazendo equilíbrio para todo o corpo. Segundo a Associação Brasileira de Reflexologia e Terapias Associadas (ABRTA), a reflexologia podal é aplicada como uma técnica de massagem em pontos existentes sobre a planta e o dorso dos pés que representam todos os órgãos e os membros do corpo humano, possibilitando um relaxamento e um equilíbrio corporal.

Para Cláudia Pereira dos Santos Silva, reflexoterapeuta e podóloga no Rondy Hair Experience, a reflexologia é uma técnica que ao ser aplicada, a transcende e a transporta para o melhor lugar da vida. “Me sinto tão iluminada aplicando reflexologia nas pacientes, que é nítido ver o bem-estar no rosto de cada uma. No final de cada sessão, a paciente faz questão de relatar a leveza que ela sente no corpo e na alma”, ressalta.

Ainda de acordo com Cláudia, o terapeuta de reflexologia desempenha um papel essencial durante a sessão. “Me sinto responsável por entender as necessidades da paciente e garantir que a experiência seja segura e eficaz. Durante a sessão aplico técnicas de massagem específicas nos pontos de reflexologia dos pés e/ou das mãos, utilizando movimentos precisos e suaves”, explica.


Outros benefícios da reflexologia podal:

1 – A reflexologia pode ajudar a equilibrar o sistema nervoso, aliviando a ansiedade e promovendo uma sensação de bem-estar.

2 – Muitas pessoas relatam sentir um aumento na energia e vitalidade após sessões de reflexologia.

3 – A reflexologia podal pode contribuir para um sono mais repousante e profundo.

4 – Ao equilibrar o corpo e estimular a capacidade de autocura, a reflexologia pode contribuir para a promoção da saúde e prevenção de doenças.


Queda de cabelo é uma das consequências da Dengue

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A perda dos fios, conhecida como eflúvio telógeno agudo, afeta um grande número de pessoas na fase de recuperação da doença


Nos primeiros dois meses deste ano, o Brasil superou a marca de 1 milhão de casos de dengue. O número representa mais da metade do total registrado em 2023. Com a perspectiva de crescimento em março e abril, o Ministério da Saúde estima em 4,2 milhões os diagnósticos da doença em 2024. Especialistas atribuem às mudanças climáticas a maior dispersão do Aedes aegypti, mosquito transmissor da dengue. Há também o ressurgimento recente dos sorotipos 3 e 4 do vírus no Brasil. Febre alta, dores de cabeça, nas articulações e atrás dos olhos, cansaço e manchas vermelhas na pele são alguns dos sintomas mais conhecidos da doença. Mas uma consequência pouco divulgada da dengue é a queda de cabelo. “Conhecido como eflúvio telógeno agudo, o processo pode ocorrer em até três meses após a infecção”, alerta o dermatologista Dário Rosa.

Por provocar a inflamação geral do organismo, a dengue, assim como a Covid-19, leva à diminuição da atividade do sistema imunológico. “No processo de combate à doença, a atuação do sistema imune é toda voltada aos órgãos vitais”, explica Dário Rosa. “Desta forma, estruturas secundárias como pele, cabelo e unha deixam de ser prioritárias no restabelecimento da saúde.”

Decorrente da dengue, o eflúvio telógeno agudo, caracterizado pela queda de cabelo, leva até três meses para se manifestar. “A pessoa infectada vai percebendo uma queda mais intensa dos fios durante o banho e no momento de penteá-los”, destaca a dermatologista Anelise Dutra. O evento evolui para a alopecia, em que os cabelos se tornam ralos, enfraquecidos e sem volume.

Nem todas as pessoas que contraem dengue são afetadas pela queda de cabelo. No entanto, os especialistas atentam para fatores que podem contribuir para a perda de fios após a doença. “Deficiências nutricionais e estresse estão no topo da lista”, indica Dário Rosa.

A queda de cabelo relacionada à dengue costuma ser temporária e ocorre de forma generalizada em todo o couro cabeludo, sem formar áreas calvas. A melhor maneira de lidar com a situação, segundo os dermatologistas, é garantir uma recuperação adequada, sempre com o acompanhamento médico.

Descanso é a primeira recomendação de Anelise Dutra. “No período de recuperação da doença, o paciente deve evitar se sobrecarregar com atividades físicas e emocionais intensas”, diz. Hidratação adequada é fundamental, assim como a alimentação. “Uma dieta rica em nutrientes, como proteínas e vitaminas, especialmente A, C, D e E, e minerais, como zinco, ferro e selênio, é mais que indicada.”

A prescrição dos produtos mais adequados deve ser feita pelo dermatologista. “Nesta etapa de recuperação, é importante utilizar xampus e loções capilares prescritas pelo especialista e eliminar substâncias químicas agressivas usadas em alisamentos e colorações”, recomenda Dário Rosa. “Para não danificar os folículos capilares, deve-se evitar prender os cabelos”, completa.

Como forma de prevenir a contaminação pelo vírus da dengue, os especialistas indicam a utilização de roupas que cubram a maior parte do corpo. O uso diário de repelente nos braços e nas pernas também é uma barreira para afastar o Aedes aegypti.

Diante da explosão de casos da doença no País, os dermatologistas Anelise Dutra e Dário Rosa concordam que cuidados e atitudes que visam à boa qualidade de vida são fundamentais para a manutenção de um organismo saudável.


Como usar repelente na pel

 

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O Brasil passa por uma epidemia de dengue e é importante a proteção tópica para evitar o contato com mosquitos. Mas como fazer isso de maneira correta?

 

Chuvas constantes e ondas de calor são condições perfeitas para a proliferação do mosquito Aedes aegypti - vetor do vírus da dengue. E como este ano essas condições estão acentuadas, o Brasil vive uma epidemia da doença. De acordo com o Ministério Público,  há pelo menos 1 milhão de casos suspeitos no país.

 

Como a vacina ainda não está disponível em larga escala, é importante usar outras estratégias para prevenir a picada do mosquito, como barreiras físicas (telas, mosquiteiros) e químicas: inseticidas, repelentes elétricos e tópicos. "Este último costuma ser eficiente, mas é preciso entender como e qual repelente aplicar e como", diz o dermatologista Otávio Macedo, da Clínica Otávio Macedo & Associados. Ele aponta aqui os impactos do produto na pele e quais cuidados devem ser seguidos:

 

Qual repelente usar?


A Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e a Anvisa recomendam que, para ser efetivo contra o mosquito da dengue, o repelente deve conter pelo menos uma das seguintes substâncias: Icaridina 20-25%, DEET 10-15%, IR3535. "As concentrações variam e por isso é importante checar o rótulo.  


Pessoas alérgicas ou com pele sensível devem fazer o teste em uma pequena região da pele para ver se não há reação", alerta o médico. 

 

Crianças podem usar o mesmo repelente que o adulto?


Assim como o protetor solar, o repelente também vem com versões formuladas para crianças ou adultos. Em geral, repelentes com concentrações mais baixas de Icaridina ou DEET são recomendados para crianças e gestantes. É importante evitar áreas sensíveis como olhos, bocas ou feridas e sempre lavar a mão após a aplicação.

 

Como usar e quantas vezes é necessário fazer a reaplicação do repelente?


Apenas a quantidade necessária para cobrir a área da pele exposta e no rosto, caso use o produto em spray, borrife nas mãos e passe na face. Outra questão importante é não aplicar próximo aos alimentos. O uso excessivo do produto ou reaplicação com frequência pode causar irritação na pele. A reaplicação só é necessária após contato com água ou tenha transpirado, mas é importante sempre verificar a indicação do fabricante porque alguns repelentes duram apenas 4 horas.

 

Aplicar repelente na pele e por cima da roupa, promove dupla proteção? E ficar com o produto 24h?


Não, ao contrário. Passar repelente na pele e cobrir com roupa pode causar irritação, porque o tecido acaba abafando o produto na pele. O mesmo acontece com o uso constante e sem pausa. "Quando estiver em local que não tenha exposição ao mosquito ou quando for dormir, aconselho a tomar banho para tirar o produto e hidratar a pele. A inalação do produto por muito tempo, pode causar irritação para pele e corre risco de causar intoxicação", diz Otávio Macedo.

 

Qual a ordem de aplicação do repelente e protetor solar durante o dia?


O protetor solar deve ser aplicado primeiro e aguardar 15 minutos para a absorção da pele e depois o repelente.

 

Repelente mancha a pele?

Não! O que pode manchar a pele são as reações com o uso do produto. Por exemplo, o excesso do produto ou de reaplicação pode levar a irritação, coceira, manchas vermelhas temporárias ou inflamação na pele que pode desencadear uma reação alérgica que leva a manchas na pele.


O mal do século: por que as mulheres continuam adoecendo mais?

No mês das mulheres, reumatologista reflete sobre como a ansiedade, a depressão e a sobrecarga podem se tornar gatilhos para doenças autoimunes como a artrite reumatoide

 

À medida que as mulheres conquistaram mais espaço na sociedade, também potencializaram a sobrecarga no gerenciamento de todas as jornadas da vida, que incluem o trabalho, as tarefas domésticas, a vida pessoal e os cuidados com a família. Seja pela maternidade, pressão social ou predisposições biológicas, as mulheres apresentam quase duas vezes mais depressão e transtorno de ansiedade em comparação aos homens, condições de saúde que podem contribuir para desencadear doenças complexas, como a artrite reumatoide (AR). 

Existem muitas doenças reumáticas, e a AR é, provavelmente, uma das mais conhecidas, acometendo cerca de 1% da população com sintomas como inflamação das articulações (juntas), levando à dor e ao inchaço.

As questões de saúde mental eram consideradas consequências da artrite reumatoide, e agora elas se tornaram perigosos gatilhos. A explicação, segundo a médica reumatologista, Mariana Ortega Perez da Imuno Brasil é multifatorial e envolve a interação entre questões sociais, emocionais e biológicas. O estresse crônico, a ansiedade e a depressão, que muitas vezes acompanham a sobrecarga de expectativas impostas às mulheres, desempenham um papel importante como gatilho à artrite reumatoide. 

De acordo com a médica reumatologista, é muito comum no consultório casos em que o início de doenças reumáticas esteja associado a eventos traumáticos. Um estudo realizado na Universidade de Calgary, no Canadá, apontou que a depressão aumentou a probabilidade em 38% do risco de artrite reumatoide. Agora, se pensarmos que os riscos para mulheres também são sempre dobrados quando falamos em doenças reumáticas, o resultado pode ser devastador. 

Outros fatores, como diferenças hormonais, podem influenciar a manifestação e a gravidade da artrite reumatoide. O estrogênio, por exemplo, pode modular a resposta do sistema imunológico, afetando a suscetibilidade à doença, bem como a resposta ao tratamento. 

As mulheres na faixa dos 30-50 anos de idade são as mais acometidas pela artrite reumatoide. A presença de dor, inchaço e rigidez nas articulações é sinal de alarme e necessita de avaliação cuidadosa de um especialista. O reumatologista é o médico que cuida de pacientes com artrite reumatoide e outras doenças reumáticas. A boa notícia é que o diagnóstico e tratamento precoces podem evitar a progressão da doença e o dano irreversível das articulações. 

Pesquisas por diagnósticos podem representar um período de vulnerabilidade para a doença em mulheres predispostas. Por isso, é essencial reconhecer os desafios únicos enfrentados por elas. A conscientização sobre esses fatores específicos e a implementação de medidas que visem mitigar o estresse, promover o autocuidado e fornecer suporte emocional são cruciais para o manejo adequado dessa condição e para melhorar a qualidade de vida dessa parcela da população. 

Neste mês das mulheres, é fundamental não apenas celebrar suas conquistas, mas também promover uma reflexão sobre como podemos melhor apoiar sua saúde física e mental em um mundo que ainda impõe tantas pressões e expectativas.


Mariana Ortega Perez – reumatologista e diretora da Regional São Paulo da Imuno Brasil. Reumatologista e doutora pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.

 

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