Nutricionista
explica como a melatonina pode ajudar na indução do sono, além de destacar a
importância de um cardápio equilibrado, exercícios físicos e hidrataçãoGeert Pieters - Unplash
A interação entre alimentação saudável, prática
regular de atividades físicas e qualidade do sono formam um triângulo essencial
para a saúde humana. Estudos científicos comprovam a eficácia desse conjunto na
promoção de um bem-estar geral, destacando-se o impacto positivo na redução da
insônia, um distúrbio que afeta significativamente a população mundial.
Um estudo publicado no "Journal of Clinical
Sleep Medicine" em abril de 2020, enfatiza a correlação direta entre dieta
equilibrada e melhoria na qualidade do sono. Segundo os autores, alimentos
ricos em magnésio, zinco e vitaminas B6 e B12
desempenham papel crucial na regulação dos ciclos de sono, pois estão envolvidos
na produção de melatonina,
hormônio responsável por regular o ritmo circadiano. A atividade física regular
mostra-se como um potente aliado no combate à insônia. Indivíduos que praticam
exercícios moderados a intensos por pelo menos 150 minutos por semana,
experimentam uma melhoria significativa na qualidade do sono, além de reduzirem
o tempo necessário para adormecer.
“Além dos benefícios diretos, a combinação de uma
dieta balanceada e exercícios físicos contribui para a diminuição do estresse e
ansiedade, fatores comumente associados à dificuldade de iniciar e manter o
sono. Estudos complementares sugerem que reduzir o consumo de cafeína e
alimentos pesados antes de dormir, estratégia recomendada por especialistas, é
eficaz no combate à insônia”, enfatiza Priscila Gontijo, nutricionista na
Puravida.
A especialista também destaca a importância da
hidratação que, apesar de menos estudada, não pode ser subestimada neste
contexto. “A prática de manter-se bem hidratado é universalmente recomendada
por profissionais de saúde, embora a relação entre hidratação e sono necessite
de mais investigação”, diz.
O ambiente também desempenha um papel crucial no
combate à insônia. Manter o quarto em uma temperatura confortável, minimizar a
exposição à luz e ruído antes de dormir e estabelecer uma rotina noturna
relaxante são medidas complementares que potencializam os efeitos benéficos ao
sono quando aliadas à dieta e exercício.
Outro ponto que pode ajudar é a introdução de
suplementos naturais, como é o caso do magnésio, triptofano e a melatonina.
“Segundo artigo publicado em 2021 pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e
Metabologia, o magnésio
contribui para a síntese da serotonina e da melatonina – hormônio regulador do
sono. Já o triptofano
pode trazer benefícios para pessoas com quadro de ansiedade, falta de sono,
depressão e sintomas de tensão pré-menstrual. E, por último, a melatonina ajuda o
organismo a adormecer e se aprofundar nos estágios do sono regenerativo”,
esclarece a nutricionista.
Mas apesar da melatonina ter ganhado popularidade
pela capacidade de induzir o sono, o ideal é começar com a alimentação,
complementar com a suplementação e verificar se isso já é suficiente. Caso os
sintomas persistam, o ideal é procurar acompanhamento clínico para ajustar as
doses caso haja necessidade.
Puravida
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