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terça-feira, 6 de fevereiro de 2024

O que é vassoura de bruxa? Veja a importância da produção do cacau no desenvolvimento do Brasil

Professores contextualizam o período histórico e explicam temas que estão em alta na novela ‘Renascer’

 

Imagens da produção de cacau e florestas imensas do Sul da Bahia chegaram às telas da TV nos últimos dias com a adaptação da novela “Renascer”. Além das cenas, a história trouxe temas ligados ao cultivo do cacau no país, e a importância dessa produção para o desenvolvimento das cidades, principalmente na Região Norte e Nordeste.

 

Com uma primeira fase que se passa nos anos 90, um termo muito utilizado na trama é “vassoura-de-bruxa”, uma praga que devastou as lavouras de cacau no início daquela década. Segundo o professor Samuel Cunha, de Biologia do Colégio Marista Anjo da Guarda, “a praga é causada pelo fungo Moniliophthora perniciosa, que causa deformação e morte de cacaueiros e cupuaçuzeiros. As folhas e os galhos ficam secos, semelhantes a uma vassoura, por isso, a origem do nome”. 

 

A importância da produção do cacau 

 

Os anos 90 no Brasil representam o momento de redemocratização do país, período em que a produção de cacau foi importante para o desenvolvimento da Região Norte e Nordeste, segundo dados da Organização Internacional do Cacau (ICCO) e fornecidos pela Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC). O Brasil ocupa o sexto lugar na lista, com uma produção de 273 mil toneladas em 2022, segundo informações do IBGE.

 

Para o professor de História do Marista Escola Social Lucia Mayvorne, Carlos Gregório dos Santos Gianelli. “Assim como outras atividades agrícolas e extrativistas como a produção de cana de açúcar e borracha, a produção de cacau impacta diretamente no desenvolvimento da região. Desde a abertura de estradas, o crescimento de cidades, incentiva também a produção cultural do local, que consegue se estabelecer devido aos investimentos realizados que acabam impactando a vida das pessoas”.

 

Assunto em sala de aula

 

Assunto recorrente em sala de aula e nos vestibulares, a produção de cacau pode ser tema de provas como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e vestibulares. “O tema pode aparecer em questões tanto no contexto histórico da atividade, quanto na importância para o desenvolvimento geográfico da região”, reforça Gianelli. 

 

Assim como nas aulas, os alunos também podem buscar fontes no audiovisual e na literatura. “Além da novela Renascer, a obra de Jorge Amado, Gabriela, Cravo e Canela também é ambientada na Bahia, produtora de cacau da década de 1920. Cruzando a história abordada no livro com o contexto histórico, é possível uma abordagem que mistura o lúdico da narrativa do livro com a história por trás do desenvolvimento da obra, todos esses elementos auxiliam os estudantes”, finaliza o professor. 



Motores da economia: micro e pequenas empresas geraram 8 em cada 10 empregos em 2023

 

Setor de Serviços segue sendo o segmento responsável pelo maior volume de contratações, seguido do Comércio


Pelo terceiro ano seguido, as micro e pequenas empresas foram as grandes protagonistas na geração de novos postos de trabalho no país. De acordo com o estudo feito pelo Sebrae a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), os pequenos negócios responderam por 8 em cada 10 empregos criados na economia em 2023.

No acumulado do ano, o Brasil alcançou um saldo de 1,48 milhão de novas contratações, o que resultou no menor patamar de desemprego registrado desde 2014. Desse total, as MPE criaram 1,18 milhão de empregos (80,1%) e as médias e grandes empresas responderam por 209,99 mil vagas, o equivalente a 14,2% do total.

Para o presidente do Sebrae, Décio Lima, o estudo comprova a importância fundamental que os pequenos negócios têm para a economia e para a população brasileira. “As pequenas empresas são o principal motor da nossa economia e responsáveis pela sobrevivência de 86,5 milhões de brasileiros, o que equivale a aproximadamente 40% da população do país”, comenta. “Nós estamos trabalhando, juntamente com o governo federal, para ampliar e qualificar a participação dessas empresas, que hoje representam aproximadamente 30% do Produto Interno Bruto (PIB). Acreditamos que esses números podem ser ainda melhores este ano, na medida em que a taxa Selic caia com uma velocidade maior. Com mais inovação, mais acesso a crédito e um melhor ambiente de negócios, esses empreendedores poderão contribuir ainda mais com a redução das desigualdades sociais e com o desenvolvimento sustentável”, acrescenta.


Serviços continua em alta

No acumulado do ano, o setor de Serviços liderou a criação de empregos. Entre as MPE, foram 631 mil novas vagas; já entre as MGE, o saldo foi de 181,87 mil novos empregos. Outros setores como Comércio (263,25 mil) e Construção (180,52 mil) se destacaram entre as micro e pequenas empresas, sendo que nenhum dos setores ficou com saldo negativo entre janeiro e dezembro. Já entre as médias e grandes, os outros destaques foram para a Indústria da Transformação (23,5 mil vagas) e o Comércio (13,23 mil).

Entre as atividades econômicas, o destaque no ano passado foi para “Restaurantes e outros estabelecimentos de serviços de alimentação e bebidas” (responsável por 69 mil contratações), “Construção de edifícios” (com 58,1 mil vagas) e “Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - hipermercados e supermercados” (com 47,9 mil vagas).


Dezembro de 2023

No último mês de 2023, a diferença entre o total de admissões e demissões gerou saldo negativo de 430 mil vagas. Esse resultado é similar ao que tem ocorrido nos últimos anos. Entre as micro e pequenas empresas, foram fechados 178 mil postos de trabalho; já entre as médias e grandes, o saldo negativo foi de 195 mil vagas. Do saldo total de postos encerrados, as MPE representaram 41,4%, enquanto as MGE corresponderam a 45,4%. Contudo, comparando o saldo negativo do último mês de dezembro com o saldo de dezembro de 2022, quando foram encerrados 455,7 mil postos de trabalho, é possível constatar que houve uma redução no número de empregos encerrados.

No último mês de dezembro, as atividades que mais contribuíram para a geração de empregos foram “Comércio varejista de mercadorias em geral, com predominância de produtos alimentícios - hipermercados e supermercados” (com 7,6 mil vagas), “Comércio varejista de artigos do vestuário e acessórios” (4,8 mil empregos) e “Hotéis e similares” (3,6 novas vagas).

 

Revisão da Vida Toda: especialistas rebatem "terrorismo financeiro do INSS" e clamam por segurança jurídica para os aposentados

O Supremo Tribunal Federal (STF) deverá retomar, no próximo dia 7 de fevereiro, o julgamento sobre a Revisão da Vida Toda de aposentadorias do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). O processo estava previsto para ser avaliado no Plenário físico na última quinta-feira (1º), mas mesmo com os pedidos de diversos aposentados na entrada do STF, o tema será avaliado apenas na próxima semana, porque os processos remanescentes do dia 1º de fevereiro serão julgados no dia 7. Os ministros vão decidir se haverá alterações na decisão da própria Corte Superior, que, em dezembro de 2022, reconheceu a revisão e permitiu que aposentados que entraram na Justiça possam pedir o recálculo do benefício com base em todas as contribuições feitas ao longo da vida.  

E, apesar da decisão, a Revisão Da Vida Toda não foi aplicada ainda não é aplicada devido a um recurso do INSS. O órgão entrou o recurso, embargos de decisão, para restringir os efeitos da validade da revisão. O INSS quer excluir a aplicação da revisão a benefícios previdenciários já extintos, decisões judiciais que negaram direito à revisão conforme a jurisprudência da época e proibição de pagamento de diferenças antes de 13 de abril de 2023, data na qual o acórdão do julgamento do STF foi publicado. 

Além disso, o INSS está utilizando uma tática de bastidores para tentar seduzir os ministros do Supremo a anular o julgamento com números irreais sobre o processo. "Em matérias publicadas na mídia, recentemente, alguns jornalistas, baseados em informações reforçadas pelo INSS, estão proliferando dados irreais de impacto nos cofres públicos. Em uma matéria recente, um jonalista chegou a citar em rede nacional que o impacto da Revisão da Vida Toda seria de R$ 500 bilhões. Este número é absurdo e irreal", destaca o advogado Murilo Gurjão Silveira Aith, que representa centenas de aposentados no processo. 

O especialista destaca um parecer do ano de 2023, elaborado pelo Doutor pela UERJ, Fábio Zambitte Ibrahim, demonstra que a Revisão da Vida Toda é uma ação com impacto muito menor até mesmo que outras revisões já pagas pelo INSS, como, por exemplo, a revisão do artigo 29, que o INSS pagou de forma administrativa. Diz o estudo:  "A Revisão da Vida Toda é 4610% menor que a R29 (considerando dados potenciais da R29 e efetivo da RVT) e 85,46% menor que a R29 (considerando os dados efetivos produzidos neste parecer), com gasto em valores atrasados de apenas 13,5% do que foi gasto com a R29". 

Ainda de acordo com o estado do professor Fabio Zambitte, o número aproximado de pessoas que, efetivamente, buscariam e teriam esse direito seria de cerca torno de 250 mil pessoas.  

Em agosto do ano passado, o Instituto de Estudos Previdenciários (IEPREV) protocolou no Supremo Tribunal Federal, um documento em que apontou “impossibilidade” da modulação dos efeitos da decisão da Corte na revisão da vida toda dos aposentados e pensionistas do INSS. Na manifestação, subscrita pelo advogado João Badari, que atua como amicus curiae no processo, foi é demonstrado aos ministros do Supremo “a discrepância entre os números demonstrados pelo INSS para requisitar a modulação dos efeitos e atrasar o pagamento da revisão”.  

“Nosso objetivo, desde o início desse processo foi o de dar aos ministros maiores esclarecimentos sobre os números fantasiosos do INSS, que busca fazer um terrorismo estrutural e financeiro que não corresponde à realidade da ação, onde o alcance prático da tese se mostra 2000 vezes menor que os números inflados que ele (INSS) tem divulgado”, assinala João Badari. 

O Instituto de Estudos Previdenciários destaca um dado que reputa importante para rebater o cenário apontado pelo INSS. No segundo semestre do ano passado, uma consulta realizada com a Secretaria de Comunicação Social do Conselho Nacional de Justiça, por meio do seu painel de estatísticas do Poder Judiciário, revelou que estão em curso 24.373 processos sobre a Revisão da Vida Toda em todo o país. “Isso demonstra de forma cristalina que o ‘terrorismo’ estrutural e financeiro trazidos pelo INSS para a mídia e o poder judiciário, não se sustentam”, afirma João Badari. “Ao longo desse processo está sendo divulgada uma narrativa falaciosa, que se utiliza de números que não correspondem ao impacto real da ação, se mostrando uma busca cega e desenfreada para jogar a Corte contra a opinião pública.” 

“Estimar em 52 milhões de possíveis ações sobre o tema e um impacto de R$ 500 bilhões é superestimar em mais de duas mil vezes o real impacto da demanda, uma estratégia que deve ser severamente combatida pelo poder judiciário, pois a lealdade processual deve ser sempre respeitada”, prega o advogado.  

E a nova decisão da Corte Superior poderá atingir milhares de aposentados, pensionistas e suas famílias. "Os ministros terão a missão de dar um desfecho ao tema que se arrasta por anos na Justiça e causa aflição para diversas pessoas, muitas com doenças graves e passando por necessidades financeiras. E além de salvaguardar os aposentados, o Supremo também tem a missão de garantir a segurança jurídica das questões previdenciárias no Brasil", conclui Murilo Aith.



Boleto bancário se torna uma ferramenta de inclusão em cursos e na educação

De acordo com Reinaldo Boesso, especialista financeiro e CEO da TMB Educação, essa opção é democrática e elimina diversas barreiras para aqueles que buscam capacitação


O acesso à educação é um direito fundamental, mas muitas vezes é limitado por barreiras financeiras e pela falta de opções de pagamento acessíveis. No entanto, empresas como a TMB Educação oferecem a possibilidade de pagamentos parcelados por meio de boletos bancários, maximizando as oportunidades para indivíduos que buscam aprimorar seus conhecimentos, mas enfrentam restrições financeiras ou dificuldades no acesso a métodos de pagamento convencionais, como cartões de crédito.

Existem pessoas apaixonadas por uma vocação, ávidas por aprimorar suas habilidades e técnicas. Porém, devido a limitações financeiras, adquirir um curso na área se torna um desafio. 

De acordo com Reinaldo Boesso, especialista financeiro e CEO da TMB Educação, é nesse ponto que a opção de pagamento via boleto se revela como uma solução inclusiva e acessível. “Ciente das dificuldades que muitos profissionais enfrentam, passamos a possibilitar não apenas a alternativa de pagamento por boleto, mas também um parcelamento, ampliando as oportunidades de aprendizado para uma parte da população que, muitas vezes, é excluída devido a falta de um cartão de crédito ou outras limitações”, revela.

O boleto bancário representa uma maneira democrática de permitir que mais pessoas tenham acesso a capacitação e cursos, eliminando uma das principais barreiras para muitos interessados.

Ao disponibilizar um parcelamento via boleto, a TMB Educação não apenas facilita o acesso aos mais diversos cursos, mas também mostra seu comprometimento com a inclusão social e o apoio para aqueles que buscam melhorar suas habilidades, independentemente de suas condições financeiras. “Essa prática não só expande as oportunidades educacionais, mas também promove um impacto positivo na sociedade, abrindo portas para indivíduos que, de outra forma, poderiam não ter a chance de buscar aprimoramento e crescimento profissional”, pontua.

A abordagem da TMB Educação não se limita apenas a oferecer crédito para estudantes, mas também a criar um ambiente inclusivo e acessível, proporcionando caminhos para o desenvolvimento pessoal e profissional. “Estamos plenamente comprometidos em construir um futuro mais abrangente para todos os interessados em expandir seus conhecimentos e habilidades para, assim, maximizar suas chances de sucesso no mercado de trabalho”, finaliza Boesso. 

 

Reinaldo Boesso - CEO da TMB Educação, uma fintech especializada em crédito educacional, que tem como grande missão democratizar o conhecimento para transformar a economia através da educação. É formado em Análise de Sistema e possui pós-graduação em gestão empresarial e gestão de projetos. Também é especialista financeiro liderando times de M&A em fundos de investimento.


TMB
Para mais informações, acesse o site ou pelo @tmbeducacao.

 

Conheça 5 medidas para diminuir o lixo nas ruas no Carnaval

Especialista dá dicas de como agentes públicos, blocos e foliões podem ajudar a reduzir os danos ao meio ambiente durante a folia  


Carnaval de rua leva multidão às ruas e, muitas vezes, deixa um rastro de sujeira; organizadores e foliões podem tomar medidas para evitar danos ao meio ambiente.


O Carnaval é um espetáculo de alegria e celebração que reúne milhares de pessoas nas ruas pelo país e que, muitas vezes, acaba colocando em destaque um problema que é global e está no nosso dia a dia: o descarte dos resíduos sólidos.  

A ressaca dos blocos nas ruas se reflete em praias e calçadões sujos. Isso porque, neste período, é usa uma quantidade significativa de itens descartáveis, que desempenham sua função por apenas alguns segundos ou minutos, causando um impacto expressivo e duradouro no meio ambiente.    

Gabriela Gugelmin, diretora de inovação e sustentabilidade da ERT (Earth Renewable Technologies), maior fabricante de plástico 100% biodegradável e compostável da América Latina, alerta para a urgência de despertar a consciência e educar a população para que todos possam contribuir para um cenário diferente.   

“Nosso objetivo é transformar não apenas a festa, mas também o amanhecer do dia seguinte, garantindo que a celebração não deixe rastros negativos no meio ambiente”, afirma Gabriela.  

Para evitar que atrás do bloco não fique só um rastro de sujeira, a especialista em sustentabilidade relaciona medidas que ainda podem ser adotadas por cidades e comunidades, assim como pelos próprios blocos e foliões. 

 

Incentivo à redução de descartáveis

Promova a conscientização entre bares, restaurantes, ambulantes e foliões sobre a importância de reduzir o uso de descartáveis e optar por produtos feitos de materiais que não agridem o meio ambiente, como o plástico biodegradável e compostável, que pode ser encontrado em copos, pratos e talheres. Ofereça informações sobre a correta destinação desses materiais após o uso, destacando que são mais amigáveis ao meio ambiente, pois viram adubo no seu fim de vida. 

 

Pontos de coleta seletiva 

Estabeleça e comunique aos foliões de pontos estratégicos de coleta seletiva ao longo do trajeto dos blocos de Carnaval. Disponibilize lixeiras identificadas para diferentes tipos de resíduos, incluindo uma específica para plástico comum e um para produtos orgânicos/compostáveis. Incentive os participantes a separarem os resíduos adequadamente. 

 

Educação ambiental em blocos e eventos 

Realize e engaje-se em campanhas educativas nos locais de concentração e nos desfiles, para informar sobre a importância do descarte correto de resíduos. Explique como o uso de materiais compostáveis contribui para a redução do impacto ambiental. 

 

Parcerias com empresas de reciclagem e compostagem 

Estabeleça parcerias com empresas locais de reciclagem e compostagem para garantir a destinação adequada dos resíduos. Forneça informações claras sobre como os participantes podem contribuir entregando seus resíduos nos pontos de coleta específicos. 


Recompensas e reconhecimento para práticas sustentáveis  

Crie iniciativas de reconhecimento para blocos e foliões que adotarem práticas mais sustentáveis. Premie os grupos que gerarem menos resíduos ou que se destacarem pelo uso de produtos compostáveis. Isso pode promover a conscientização sobre a importância da sustentabilidade durante o Carnaval.

 

Entenda como vai funcionar o pacto antenupcial para casais acima de 70 anos após decisão do STF

 Especialistas explicam como cônjuges dessa faixa etária podem proceder na partilha de bens e sucessões, com ou sem filhos 

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu nesta semana, por unanimidade, contra a imposição do regime de separação total de bens em casamento e união estável para pessoas acima de 70 anos. Pelo Código Civil, versa a obrigatoriedade de casais nesta faixa etária a adotarem o regime. Agora, os cônjuges podem decidir o melhor tipo de partilha de bens conforme sua vontade.

Mas por que o entendimento dos ministros foi para ampliar a partilha de bens? O principal motivo defendido no julgamento dialoga com a própria Constituição Federal. “A imposição feria o princípio da dignidade da pessoa humana, como se toda e qualquer pessoa com mais de 70 anos não tivesse discernimento sobre sua vida afetiva e patrimonial”, explica Amanda Hélito, sócia do escritório PHR Advogados e especialista em Direito de Família e Sucessões.

A advogada ainda salienta que a lei no Brasil que impõe o regime da separação obrigatória de bens para pessoas com 70 anos ou mais que vierem a se casar foi uma forma do legislador preservar os interesses dessas pessoas que podem ser mais vulneráveis do que pessoas mais novas.

Antes do julgamento do STF, a decisão já previa a possibilidade de os noivos afastarem o regime de separação total de bens pela base da escritura pública, conforme explica Virgínia Arrais, 32ª Tabeliã de Notas da Cidade do Rio de Janeiro e especialista em Direito Notarial.

“[É possível], por escritura pública de pacto antenupcial, afastar os efeitos da comunicação dos aquestos no regime da separação obrigatória de bens, para que não exista a comunicação do patrimônio após o casamento. Caso não for efetuado o pacto para afastar, haverá a comunicação do patrimônio adquirido onerosamente e com o esforço comum do casal após o casamento”.


Pacto antenupcial acima de 70 anos de idade

A ideia é que o companheiro com mais de 70 anos que vá se casar ou vá declarar sua união estável tenha o direito de escolher outro regime de bens para reger seu casamento ou sua união estável, por pacto antenupcial, no caso de casamento, ou por escritura pública, no caso de união estável.

Se preferir, os cônjuges podem não efetuar nenhuma escolha diferente e casar ou manter união estável no regime da separação obrigatória de bens.

“É importante lembrar que a escolha de regime diverso ou a manutenção do regime da separação obrigatória influencia diretamente na sucessão (inventário) do interessado quando ele for maior de 70 anos e possuir descendentes”, alertou Virgínia Arrais.

A especialista traz um cenário hipotético para contextualizar a situação para cônjuges com filhos: caso alguém tenha mais de 70 anos, com filhos e decide se casar pelo regime de separação obrigatória de bens, com o falecimento, o cônjuge não concorre com os filhos na herança.

“Entretanto, se optar em seguir a decisão do Supremo Tribunal Federal e escolher outro regime, a separação convencional de bens, com a morte, o cônjuge ou companheiro sobrevivente concorrerá com os filhos na herança”, concluiu.

  


Fontes:

Amanda Helito - sócia e co-fundadora do PHR Advogados, especializada em Direito de Família. Membro da Comissão de Direito de Família e Sucessões da OAB/SP.


Virgínia Arrais - 32ª Tabeliã de Notas da Cidade do Rio de Janeiro, professora e fundadora do Cursos Virgínia Arrais e da Escola Nacional do Extrajudicial, Doutoranda e mestre em direito. MBA em Poder Judiciário pela FGV/Law e em Gestão de Pessoas pela USP/SP. Especialista em Direito Notarial e Registral, é ex-coordenadora da Escola de Escreventes do Colégio Notarial Brasileiro-RJ. Cursou Negócios Internacionais na Universidade da Califórnia de Berkeley/USA. Autora de diversos artigos publicados em revistas e em livros especializados. Coordenadora e autora da Série de Direito Notarial e Registral do Cursos Virgínia Arrais.


ViaMobilidade promove Campanha de Conscientização sobre IST e Aids no período de Carnaval

 Estações Barueri e Itapevi da Linha 8-Diamante recebem equipes de saúde para distribuição de preservativos e folders informativos

 

Mundialmente reconhecida como a principal festa brasileira, o Carnaval reúne milhares de pessoas pelas ruas de todo o país. Dentre danças, músicas, trocas e diversão, o período também registra aumento no número de Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), assim como a Aids. Para auxiliar no combate à transmissão do vírus da imunodeficiência, as estações Barueri e Itapevi, da Linha 8-Diamante, recebem a Campanha de Conscientização sobre IST/Aids hoje, no período das 10h às 15h.

 

A ação é uma parceria entre a ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação e manutenção das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos, e as Secretarias de Saúde das Prefeituras de Barueri e Itapevi. 

 

Na semana que antecede a maior movimentação de foliões pelos trilhos da Grande São Paulo, a iniciativa tem como objetivo alertá-los sobre os cuidados com a saúde sexual no período de Carnaval. Preservativos e folders informativos serão distribuídos nas estações, que também contam com uma equipe técnica para dúvidas e orientações.

 

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE mais recente, a transmissão de IST costuma se intensificar na comemoração mais festiva do Brasil e o uso de preservativos masculinos na faixa etária entre 15 a 24 anos está abaixo do ideal, com 56,6% de adesão. O Ministério da Saúde ainda aponta que houve aumento no número de infecções por HIV e mais de 52 mil jovens que já portavam o vírus passaram a desenvolver Aids na última década. 

 

Aids x HIV

Ainda que diretamente relacionados, Aids e HIV são comumente confundidos como o mesmo diagnóstico. Enquanto o HIV refere-se ao Vírus da Imunodeficiência Humana, a Aids é a doença causada por essa infecção. 

 

Os pacientes soropositivos são portadores do vírus e podem transmiti-lo a outras pessoas por meio de relações sexuais desprotegidas, compartilhamento de seringas contaminadas ou de mãe para filho durante a gravidez. Já a Aids é a reação do agente dentro do corpo humano, que afeta o sistema imunológico e causa infecções recorrentes.

 

É possível retardar o progresso da doença e controlar o HIV através de tratamento com medicamentos antirretrovirais. O remédio é capaz de reduzir a carga viral e, até mesmo, evitar a transmissão da doença. Ainda assim, o meio mais eficaz de se proteger é apostar no uso de preservativos. Por esse motivo, a Campanha de Conscientização sobre IST/Aids reforça com o público jovem todos os cuidados necessários para a saúde sexual. 


 

Serviço- Campanha de Conscientização sobre IST/Aids

 

Local: Estação Barueri- Linha 8-Diamante

Data: 6 de fevereiro

Horário: 10h às 15h

 

Local: Estação Itapevi- Linha 8-Diamante

Data: 6 de fevereiro

Horário: 10h às 15h



segunda-feira, 5 de fevereiro de 2024

Mais de 1 milhão de estudantes da Rede Municipal voltam às aulas nesta segunda-feira (5)

Créditos para a compra de materiais e uniformes escolares estão disponíveis há dois meses; famílias podem fazer as aquisições nas lojas credenciadas da capital

 

Mais de 1 milhão de estudantes da Rede Municipal de São Paulo voltam às aulas nesta segunda-feira (5) para o início de mais um ano letivo. São mais de 4 mil escolas preparadas para acolher os estudantes com garantia de alimentação e corpo docente qualificado. 

É hora de as famílias retomarem a rotina com as crianças e recomeçarem as atividades escolares. O retorno também é marcado pelo importante trabalho das mulheres que desempenham o papel de Mães Guardiãs, tanto no apoio à Busca Ativa quanto na administração das hortas pedagógicas dos estudantes nas escolas da Rede Municipal, juntamente com os professores, gestores e funcionários dedicados ao melhor desempenho dos educandos. 

Diariamente, a Prefeitura de São Paulo serve 2,3 milhões de refeições nas unidades educacionais. Nas creches, por exemplo, as crianças têm direito a cinco refeições diárias, com cardápio elaborado por nutricionistas priorizando a oferta de alimentos in natura e minimamente processados, de acordo com as diretrizes nutricionais estabelecidas pelo Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). 

 

Aquisição de material escolar e uniforme

As famílias que ainda não adquiriram os itens do uniforme e do material escolar podem fazer as compras nas lojas credenciadas. Os créditos estão disponíveis há dois meses. São mais de 490 pontos físicos em todas as regiões da cidade para aquisição do uniforme, e mais de 519 endereços para compra do material escolar. A maioria dos fornecedores são pequenos comerciantes e empreendedores, gerando emprego e ajudando a economia local. 

Assim como no ano passado, o acesso para liberação de ambos os auxílios é feito por meio do aplicativo Kit Escolar DUEPAY, cujo download poderá ser feito em qualquer smartphone. O responsável legal pela criança matriculada na rede, só precisa ter o CPF cadastrado no sistema da escola, que por sua vez, está na base de dados da Secretaria Municipal de Educação.

Todos os estudantes têm direito ao material escolar, inclusive as crianças matriculadas nos CEIs, os créditos são disponibilizados às famílias através do aplicativo DuePay. Cada ciclo trabalha com os itens necessários para serem utilizados durante todo o ano letivo. Entretanto, os valores mudam, de acordo com o ciclo de ensino.


Escorpiões: quem são esses animais temidos pela população humana



Veneno produzido pelo animal é usado para o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos para doenças crônicas


Poucos sabem, mas o escorpião, aracnídeo temido pelos humanos, desempenha papel importante no equilíbrio do ecossistema natural ao agir em níveis elevados da cadeia alimentar, controlando outras espécies. Desafiando a reputação negativa, no último balanço divulgado pelo Ministério da Saúde, foram registrados mais de 154 mil acidentes por picada de escorpião no Brasil, com 88 vítimas fatais.

 Para além da imagem como "vilão", o veneno desse animal peçonhento abre portas para pesquisas científicas promissoras, levantando especulações sobre o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos para condições como o Alzheimer. O professor de Ciências Biológicas do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Fabrício Escarlate, cita curiosidades sobre a dualidade e o poder do veneno dos escorpiões. 

 

Confira a entrevista

 

Qual é a importância ecológica dos escorpiões em seus ecossistemas naturais?

FE: Os escorpiões não são exatamente predadores de topo de cadeia, mas ocupam níveis tróficos elevados. Embora os escorpiões sejam uma preocupação em termos de saúde pública, eles fornecem um serviço valioso, controlando organismos problemáticos, como as baratas e lacraias, que representam riscos de acidentes e outros problemas. Entender essa dinâmica e como os escorpiões contribuem para esse processo é interessante. Ao falar do tema, a associação com o escorpião amarelo é comum, especialmente em ambientes urbanos, periurbanos e rurais. No entanto, esse grupo é muito mais diversificado do que apenas a espécie amarela. 

 

Existem adaptações específicas que tornam os escorpiões bem-sucedidos em diferentes ambientes?

FE: Os escorpiões são artrópodes, assim como as baratas, lacraias, centopeias, besouros, cigarras, caranguejos, lagostas, entre outros. O que torna esse grupo notável é a presença de um exoesqueleto rígido de quitina, funcionando como uma armadura. Esse exoesqueleto possui camadas contendo pigmentos e proteínas, o tornando capazes de reter água e enfrentar ambientes desafiadores, como os desertos áridos. 

 

Os hábitos noturnos dos escorpiões e sua aversão à luz são características marcantes. Muitas espécies são ativas durante a noite, o que, combinado com sua habilidade de evitar a luz, contribui para sua adaptabilidade a diferentes ambientes, inclusive permitindo que algumas espécies vivam integralmente em cavernas escuras. A preferência por ambientes com fendas, buracos e cavidades destaca a adaptabilidade única desses animais e como esses habitats são propícios para sua sobrevivência. 

 

Existem espécies de escorpiões mais peçonhentas do que outras?

FE: Ao lidar com animais peçonhentos, como os escorpiões, a preocupação principal está relacionada à inoculação da toxina através do aguilhão, estrutura localizada na ponta da cauda. A toxicidade varia entre as espécies. Algumas podem ter toxinas mais reativas, causando problemas e lesões mais significativas. No entanto, existem espécies – muitas vezes encontradas em ambientes rurais e semi-preservados – que não representam risco iminente para os seres humanos. 

 

Quais são os perigos mais comuns associados à presença de escorpiões em ambientes urbanos?

FE: A lógica é simples: mais recursos resultam em maior proliferação. No ambiente urbano, a oferta de recursos para escorpiões é maior, favorecendo sua sobrevivência e proliferação. Acúmulo de entulho, matéria orgânica e resíduos são propícios para a proliferação de espécies de escorpiões, especialmente o escorpião amarelo, que se adaptou bem a esses locais. Portanto, a manutenção e limpeza desses ambientes são medidas importantes para prevenir a presença excessiva desses aracnídeos e reduzir os riscos associados a suas picadas.

 

Quais são os sintomas de uma picada de escorpião e como as pessoas devem reagir em caso de picada?

FE: Os sintomas geralmente se manifestam no local, com sensação intensa de ardência e dor no local afetado. O grau de dor varia de pessoa para pessoa, algumas relatam dores insuportáveis e outras apenas uma dor intensa, porém suportável. Além da dor, é comum ocorrer inchaço, vermelhidão e coceira na área afetada. Em casos mais graves, a reação pode evoluir, levando a sintomas como febre e, em situações extremas, até mesmo choque anafilático. A gravidade da reação depende de fatores individuais, como idade, saúde geral e presença de outras condições médicas. 

 

O contato muitas vezes ocorre quando a pessoa pisa ou toca acidentalmente no animal, provocando uma reação defensiva por parte do escorpião. Nesses casos, recomenda-se buscar imediatamente assistência médica, de preferência em hospital ou unidade de saúde adequada. Em casos mais leves, pode ser suficiente o uso de um antialérgico ou anti-inflamatório prescrito pelo médico. No entanto, em situações mais graves, pode ser indispensável a administração de um soro antiescorpiônico. Após o atendimento médico, a pessoa pode ser mantida em observação no hospital para avaliação contínua do quadro clínico, vitando complicações adicionais. 

 

De que maneira os escorpiões contribuem para estudos científicos relacionados à medicina, biotecnologia ou outras áreas de pesquisa?

FE: No Brasil, as pesquisas bioquímicas, especialmente aquelas relacionadas à composição da peçonha do escorpião-preto ou marrom (TYTIUS bahiensis), são recentes, com o Instituto Butantan realizando sua primeira análise há menos de cinco anos. Este campo oferece um amplo potencial de estudos, principalmente nas áreas farmacológica, médica e bioquímica. A neurotoxicidade da toxina abre perspectivas promissoras sobre o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos para condições como o Alzheimer. Este é um terreno fértil para investigações adicionais sobre o uso dessas substâncias no tratamento de doenças que impactam o sistema nervoso.


Crianças e Dengue: como prevenir?

 

Freepik

Número de casos é alto entre os pequenos e algumas faixas etárias não podem sequer usar repelentes contra insetos


Em 2024, o Brasil já registrou mais de 21 mil casos suspeitos de dengue entre crianças de zero a nove anos, de acordo com o Ministério da Saúde. E, embora a vacina contra a doença tenha previsão de aplicação a partir de fevereiro, o público-alvo ainda será restrito. Com base na incidência de casos, apenas crianças e adolescentes com idades entre 10 e 14 anos poderão tomar a vacina pelo SUS. Como, então, proteger as crianças que não estão contempladas nesta primeira fase da campanha?

Segundo a pediatra e professora de Medicina da Universidade Positivo (UP), Gislayne Souza Nieto, o mais importante é investir na prevenção da doença. “É preciso ter cuidado redobrado com os pequenos para evitar a picada do Aedes aegypti, que é a única forma de barrar a transmissão do vírus da dengue”, explica. O primeiro passo para isso é, naturalmente, impedir a proliferação do mosquito, eliminando recipientes e plantas que possam acumular água parada, o que se torna o ambiente ideal para que a fêmea ponha seus ovos. Mas, apesar dos esforços feitos em campanhas de conscientização, o país ainda não conseguiu sucesso nessa empreitada.


De zero a três meses

O uso de repelentes é indicado para adultos e crianças maiores de três meses e é um importante aliado no combate à dengue e às outras doenças causadas por mosquitos, como zika e chikungunya. No entanto, crianças menores de três meses de idade ainda não podem fazer uso desse tipo de produto. Por isso, é preciso tomar outros tipos de cuidado, principalmente em regiões com grande incidência de mosquitos. “Devemos evitar a exposição das crianças usando proteção física, ou seja, não deixar áreas do corpo expostas. Isso pode ser feito com o uso de blusas de manga longa e calças compridas. Também podemos usar repelentes de parede, aqueles que vão na tomada, por exemplo”, detalha a especialista.


A partir dos três meses

Para crianças a partir de três meses de idade, é possível prevenir as picadas do Aedes aegypti utilizando bons repelentes. “Alguns produtos são liberados a partir de três meses, com algumas marcas de boa eficácia em apresentação baby, que o próprio pediatra vai saber indicar”, pontua. Nesse caso, a proteção física, com roupas adequadas, e o cuidado com a exposição a locais com grande infestação de mosquitos também ajuda a prevenir os casos.


Vacina para crianças e adolescentes dos 10 aos 14 anos

Liberada para uso em pessoas de quatro a 60 anos, a Qdenga só estará disponível no Programa Nacional de Imunização (PNI), do SUS, neste primeiro momento, para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos. A escolha pela aplicação da vacina pelo SUS nesse grupo tem lastro no fato de que essa é uma das faixas etárias com maior número de casos graves da doença. “A dengue é uma doença que pode ter formas hemorrágicas, o que leva a complicações importantes e infelizmente até à morte de indivíduos, principalmente nos extremos de idade, que são as crianças e os idosos, além daquelas pessoas que têm algum tipo de imunossupressão”, afirma Gislayne.

Esse é justamente o cenário que a vacina ajuda a evitar: casos graves, internamentos e complicações. A Qdenga - vacina que será adotada no SUS - induz resposta imunológica contra os quatro sorotipos do vírus da dengue. “Ela é segura e tem como principal diferencial o fato de que mesmo os pacientes que já tiveram dengue podem tomá-la sem fazer prova sorológica anterior à aplicação.” A vacina que era aplicada anteriormente no Brasil tinha essas exigências e só podia ser aplicada em indivíduos que já tivessem tido a doença.


Mais imunizantes

Recentemente, o Instituto Butantan publicou resultados positivos de uma vacina contra a dengue desenvolvida por ele. A publicação é o início de um longo processo e o imunizante precisa passar por algumas etapas até que esteja disponível para uso pela população. “Por fim, é importante lembrar que, na rede privada, é possível encontrar a Qdenga para aplicação em pessoas de quatro a 60 anos”, completa.


CARNAVAL E SALTO ALTO POR MUITO TEMPO: VEJA COMO AMENIZAR AS DORES DAS VARIZE

 

As passistas e rainhas de bateria são peças chave do carnaval brasileiro, mas especialista alerta para os riscos do uso contínuo dos saltos para a saúde vascular. 

 

Conhecidas por sua beleza, talento e energia inigualáveis, as passistas e rainhas de bateria são peças chaves para o carnaval brasileiro. O carnaval, para elas, exige muito esforço, preparo e condicionamento físico. Contudo, o uso frequente de saltos altos e por tempo prolongado pode agravar problemas vasculares, como varizes e trombose. 

A Dra Carol, especialista em cirurgia vascular e membro da SBACV, esclarece que as varizes são causadas principalmente por problemas de circulação e perda da tonificação dos vasos sanguíneos, além de predisposição genética. Assim, embora o salto alto não seja a causa dessa doença vascular, é importante evitar saltos muito altos por períodos prolongados, pois isso pode agravar a condição. 

“O uso de saltos altos, quando usados diariamente e por períodos prolongados, pode piorar a bomba muscular da panturrilha, exacerbando doenças da circulação como as varizes. Esse processo pode resultar em desconforto, dor e inchaço nas pernas” explica Mardegan. 

Além disso, a alteração na postura e biomecânica das pernas decorrente do uso frequente de saltos altos pode intensificar a tensão nos músculos da panturrilha, impactando as válvulas nas veias e promovendo o agravamento das varizes. 

Carol também chama atenção para a estação em que o Carnaval é celebrado: “A festa é celebrada durante o auge do verão, as elevadas temperaturas provocam dilatação das veias nas pernas, sobrecarregando a circulação sanguínea. Com isso, é possível que pessoas com predisposição a problemas vasculares experimentem desconfortos e a sensação de pernas pesadas” complementa.
 

Para diminuir o desconforto das pernas causado pelo salto, o que fazer?

“A prática de atividades físicas regulares e de alongamentos específicos para as pernas, antes do desfile, aliada ao uso intercalado de calçados mais confortáveis e adequados para o impacto, antes e depois de desfilar ou ensaiar, são opções excelentes para diminuir os impactos do salto a médio e longo prazo. A hidratação é muito importante, principalmente em dias de calor e drenagem linfática pode ser uma ótima aliada para reduzir o inchaço e as dores nas pernas.

 

Carol Mardegan - Graduada em medicina pela Universidade de Taubaté, com residência médica em Cirurgia Vascular pela Pontifícia Universidade Católica (PUC-SP), especialização Fellowship em Cirurgia Endovascular. Carol Mardegan é membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular (SBACV) e tem como foco a Cirurgia Endovascular buscando sempre os melhores resultados através das modernas técnicas minimamente invasivas.

Você sabia que sinusite pode levar à cegueira

Otorrinolaringologista do Hospital CEMA alerta para os riscos de uma sinusite mal curada

 

Mudanças climáticas, tempo seco, poluição e poeira: todos esses fatores são determinantes para as crises de sinusite. Sem falar nas dores frequentes de cabeça, caracterizadas por uma pressão na nuca e face com obstrução ou corrimento nasal. Todos esses sintomas, aparentemente, parecem inofensivos e por vezes as pessoas até se acostumam, mas não imaginam que uma sinusite tratada incorretamente poderá levar à cegueira.

“Uma das complicações das sinusites agudas ou crônicas que se agravam e comprometem toda órbita é o risco da perda da visão”, explica o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Cícero Matsuyama܂Os sinais da sinusite começam com um pequeno edema na pálpebra. Quando não tratado adequadamente, o processo inflamatório se agrava e provoca acúmulo de secreção purulenta originária dos seios paranasais, que acaba invadindo o espaço orbitário. 

Essa doença não tem um grupo de risco (gênero e raça), o fator determinante é a idade. Pacientes idosos e pediátricos acima de 2 anos têm maior propensão em adquirir a enfermidade. Pessoas com imunidade baixa, diabetes não controladas, portadoras de doenças autoimunes e transplantados que usam medicamentos imunossupressores também são mais suscetíveis. 

Por isso, é necessário ficar atento a todos os sinais do sistema respiratório. Na fase inicial, o tratamento é feito com antibióticos e anti-inflamatórios em ambiente domiciliar e acompanhamento diário em consultas ou hospitalar com medicações endovenosas. Já em estágios mais graves, com comprometimento ocular, como visão turva ou dupla, a intervenção cirúrgica é imprescindível com drenagem e limpeza exaustiva do foco infeccioso.

“Quando a sinusite chega no estágio avançado, que é quando há um embaçamento na visão, ela é classificada como rinossinusite aguda com complicação orbitária. Nessa fase já não há mais tratamento e a cegueira é irreversível”, alerta o otorrinolaringologista do Hospital CEMA, Cícero Matsuyama.

 

Remédios de ressaca para carnaval realmente são benéficos

 


 

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Amanda de Oliveira, coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, explica a eficácia e os potenciais riscos associados aos remédios de ressaca populares durante os períodos de folia


O Carnaval, conhecido por sua animação e festividades, muitas vezes deixa os foliões enfrentando os efeitos colaterais da diversão, como a temida ressaca. Com a crescente disponibilidade de remédios específicos para combater esse mal-estar pós-festa, surge a dúvida: esses produtos são realmente benéficos ou apenas uma ilusão de alívio? 

A Dra. Amanda de Oliveira, coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, esclarece que os remédios de ressaca estão disponíveis em diversas formas, desde comprimidos efervescentes até bebidas isotônicas e suplementos vitamínicos. "Prometendo alívio rápido para os sintomas desconfortáveis da ressaca, esses produtos são muitas vezes a escolha inicial para aqueles que buscam recuperar-se rapidamente após uma noite intensa de festa." 

Em períodos de ressaca é de extrema importância a hidratação com a reposição hídrica, e reposição de nutrientes. "Muitos remédios de ressaca enfatizam a reposição de eletrólitos e vitaminas, o que pode ser benéfico para combater a desidratação e os efeitos da perda de nutrientes durante a ingestão de álcool," orienta a professora. 

Entretanto, Amanda adverte que alguns remédios de ressaca podem funcionar mais como efeitos placebo do que soluções reais. "Existem ainda possíveis mitos relacionados a certos ingredientes, como cafeína, que podem mascarar temporariamente os sintomas sem tratar efetivamente as causas da ressaca, por exemplo." 

A Dra. Amanda enfatiza a importância da moderação no consumo de álcool como a melhor prevenção para a ressaca. “Os remédios de ressaca podem ocasionar efeitos colaterais e interações medicamentosas também, por isso, é relevante consultar profissionais de saúde antes de usar esses produtos para garantir a segurança, especialmente para aqueles que têm condições médicas pré-existentes ou estão em uso de outros medicamentos”. 

Por fim, a professora aponta que alternativas naturais podem ser benéficas para combater a ressaca. “Ingestão de água, alimentos ricos em nutrientes e descanso adequado são ações básicas que podem auxiliar no alívio sem medicação”.



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