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quarta-feira, 17 de janeiro de 2024

Morrem por afogamento 236 mil pessoas todos os anos nas Américas

 Clínica geral do Hospital Alemão Oswaldo Cruz esclarece medidas de prevenção para evitar afogamentos durante o verão

 

No primeiro mês do ano, com a chegada do calor intenso e das férias escolares, muitas pessoas aproveitam para frequentar regiões litorâneas. No entanto, os cuidados para evitar afogamentos devem ser redobrados, principalmente para aqueles que adoram um mergulho, seja em rios, mares, represas e piscinas. De acordo com dados de 2023 a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) 236 mil pessoas morrem por afogamento nas Américas Central, do Norte e do Sul. Segundo boletim epidemiológico de afogamentos no Brasil da Sociedade Brasileira de Salvamento Aquático (Sobrasa), de 2022, entre os meses de dezembro e março são registradas cerca de 45% das ocorrências desse tipo em todo no país.

A Dra. Letícia Jácome, clínica geral do Hospital Alemão Oswaldo Cruz dá orientações para garantir a diversão sem que haja risco de morte aos banhistas. “As pessoas não podem deixar o cuidado em segundo plano. O excesso de confiança e o descuido com a segurança, pode levar a casos de afogamento, mesmo de quem sabe nadar”, afirma.

Outro ponto importante é evitar ingerir bebidas alcoólicas para não ter os reflexos alterados e acabar se descuidando ao entrar no mar, rios, piscinas, lagos ou represas. A especialista faz alertas também para quem está fora d’água e pode presenciar banhistas necessitando de socorro. “Não entre na água sozinho para prestar socorro. Primeiro ligue para o 193 e acione a equipe de salva-vidas mais próxima. Caso não tenha outra opção, entre na água somente com algo que flutue, como uma boia ou prancha, para que o banhista se apoie nesse material e não em você. Dessa forma, você reduz as chances das duas pessoas se afogarem”, disse.

Segundo o Corpo de Bombeiros do Estado de São Paulo, foram registradas nove mortes por afogamento durante o fim de semana prolongado do Natal em 2023. A corporação informou ainda que, entre os dias 23 e 25 de dezembro, os profissionais foram acionados para mais de 30 ocorrências em rios, praias e represas do Estado. 

Confira outras dicas de segurança para evitar afogamentos: 

  • Respeite a sinalização. As placas de advertência reforçam sobre os limites e avisos de perigos; 
  • Procure o salva vidas local e verifique os pontos mais seguros para banhistas; 
  • Procure reconhecer a profundidade do local, principalmente em regiões que contenham pedras, como rios e cachoeiras; 
  • Evite nadar próximo a barcos, navios e outras embarcações; 
  • Insira equipamentos de proteção nas piscinas, como grades, cercas e tablados; 
  • Atente-se com as crianças: pais e responsáveis devem manter o olhar constante para evitar perigos na água, uso de boias são recomentadas para os pequenos; 
  • Utilize coletes salva-vidas em barcos e para realização de atividades esportivas na água, como o stand-up padle, a canoa havaiana etc.; 
  • Mantenha objetos flutuantes por perto. A boia é uma excelente alternativa para auxiliar durante o mergulho.

  

Hospital Alemão Oswaldo Cruz
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Câncer de pele: aprenda a identificar pintas suspeitas

Saber reconhecer alterações no corpo é fundamental para um diagnóstico precoce e um tratamento efetivo

 

O verão chegou e, junto com ele, costumam vir as férias, as viagens e uma maior exposição solar. Ainda que hoje exista uma consciência maior sobre a importância de proteger a pele, muitas pessoas costumam aplicar fotoprotetores apenas em situações pontuais, como durante um dia na praia ou na piscina. No entanto, a inconsistência do cuidado aumenta as chances de aparecimento de diversas pintas pelo corpo, que podem até serem malignas. Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), todos os anos, aproximadamente 185 mil brasileiros são diagnosticados com câncer de pele. O número representa 33% de todos os casos de câncer do País. 

Os mais comuns são o carcinoma basocelular (CBC) e o carcinoma espinocelular (CEC), somando cerca de 177 mil novos casos por ano. O melanoma, ainda que menos frequente, é o mais agressivo. “A doença é ocasionada pelo crescimento anormal e descontrolado das células que compõem a pele, formando diferentes tipos de câncer. Fatores como pele clara, propensão a queimaduras solares e histórico familiar podem aumentar o risco de desenvolvimento do câncer de pele”, ressalta Dr. Ricardo Motta, cirurgião oncológico do Hcor. 

A doença pode se assemelhar a pintas, eczemas ou outras lesões benignas. Assim, conhecer bem a pele e saber em quais regiões existem pintas, faz toda a diferença na hora de detectar qualquer irregularidade. “O diagnóstico precoce e o tratamento imediato são essenciais para todos os casos de câncer de pele, inclusive para os de baixa letalidade que, embora menos agressivos, podem causar lesões graves e desfigurantes em áreas expostas do corpo, gerando grande impacto emocional nos pacientes”, alerta. 

Atualmente, há uma variedade de opções terapêuticas para o câncer de pele não melanoma, cada uma adaptada ao tipo e à extensão da doença. “Além das modalidades cirúrgicas, a radioterapia, quimioterapia, imunoterapia e os medicamentos orais e tópicos são opções adicionais para tratar os carcinomas. A escolha do tratamento mais adequado deve ser feita por um médico especializado em câncer de pele, levando em consideração o tipo específico da doença e suas características individuais”, reforça o médico. 

Evitar a exposição ao sol e proteger a pele dos raios UV são fundamentais para prevenir o melanoma e outros tumores de pele. “Escolha protetores com boa absorção de raios UVA e UVB, não irritantes, resistentes à água e de amplo espectro. Reaplique a cada duas horas e utilize uma quantidade adequada. Vale ressaltar que o bronzeamento artificial é proibido no Brasil e aumenta significativamente o risco de câncer de pele”, finaliza. 

A seguir, a metodologia indicada por dermatologistas para reconhecer as manifestações dos três tipos de câncer da pele: carcinoma basocelular, carcinoma espinocelular e melanoma. Para auxiliar na identificação dos sinais perigosos, basta seguir a Regra do ABCDE. Em caso de sinais suspeitos, procure sempre um dermatologista. Nenhum exame caseiro substitui a consulta e avaliação médica:

 

Assimetria

Assimétrico: maligno

Simétrico: benigno

 

Borda

Borda irregular: maligno

Borda regular: benigno

 

Cor

Dois tons ou mais: maligno

Tom único: benigno

 

Dimensão

Superior a 6 mm: provavelmente maligno

Inferior a 6 mm: provavelmente benigno

 

Evolução

Cresce e muda de cor: provavelmente maligno

Não cresce nem muda de cor: provavelmente benigno
 

Hcor


Janeiro branco: a importância de falar sobre saúde mental nas escolas

 

Ambiente positivo: Fomente um ambiente escolar
positivo e inclusivo para todos 
 (Imagem: Acervo Colégio Marista Glória)
Problemas de saúde mental podem prejudicar o aprendizado. Como identificar problemas e cuidar dos alunos?



O mês de janeiro é dedicado à conscientização sobre a saúde mental (Lei nº 14.556). Por ser o primeiro mês do ano, este é um período marcado por emoções, reflexões e estabelecimento de metas. Inspirado nisso, o Janeiro Branco é um convite para que, enquanto sociedade, seja possível cultivar a cultura do cuidado, por meio de hábitos e ambientes saudáveis e da constante valorização da vida. 

 

Um relatório recente da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostrou que quase um bilhão de pessoas no mundo sofrem com algum transtorno mental, sendo 14% deles crianças e adolescentes de 10 a 19 anos. Nos últimos anos, sobretudo no cenário pós-pandemia, os índices de casos de depressão e ansiedade aumentaram 25%. 

 

No entanto, em meio a tudo isso, ainda existem muitos tabus e dificuldades na forma de como abordar esse assunto. 

 

“Se a vida emocional dos estudantes é parte fundamental da sua formação, a conversa sobre saúde mental não pode ficar fora das escolas. A instituição de ensino é cenário importante para socialização de crianças e adolescentes e o lugar onde muitas delas passam a maior parte do seu tempo”, avalia Cláudia Ayres Paschoalin, diretora geral do Colégio Marista Glória, localizado na Zona Central de São Paulo (SP). 

 

Segundo a diretora, por ser um espaço de coletividade, a escola é um ambiente propício para trabalhar o tema da saúde mental. “Por isso, precisa ser um espaço que se fundamente em uma educação humana, comprometida com a formação de cidadãos e abraçando todos os estudantes e suas particularidades”, afirma Cláudia. 

 

A diretora do Colégio Marista Glória cita 7 sugestões para abordar esse aspecto dentro do ambiente estudantil:

 

1. Educação sobre saúde mental

 

Integre programas de educação sobre saúde mental no currículo escolar para aumentar a conscientização e reduzir o estigma. Inclua temas como gestão do estresse, resiliência, autoestima e habilidades interpessoais.

 

2. Aconselhamento e apoio

 

Ofereça serviços de aconselhamento psicopedagógico na escola, com profissionais treinados. Crie espaços seguros para que os estudantes possam compartilhar preocupações e buscar apoio.

 

3. Formação para professores

 

Forneça treinamento para educadores identificarem sinais de problemas de saúde mental. Ensine estratégias para lidar com situações delicadas e encaminhar alunos apropriadamente.

 

4. Ambiente positivo

 

Fomente um ambiente escolar positivo e inclusivo para todos. Incentive a gentileza, respeito e empatia entre os alunos.

 

5. Programas de prevenção

 

Desenvolva programas de prevenção focados em temas como bullying, cyberbullying e abuso. Realize campanhas de conscientização sobre saúde mental.

 

6. Incentivo à participação dos pais

 

Envolver os pais em programas de conscientização e atividades relacionadas à saúde mental. Fornecer recursos para que os pais possam apoiar seus filhos em casa.

 

7. Flexibilidade acadêmica

 

Promova uma abordagem mais flexível nas exigências acadêmicas, reconhecendo a diversidade de ritmos e estilos de aprendizagem.

 


Colégios Maristas
maristabrasil.org/


Janeiro Branco: Depressão vai afetar 15,5% dos brasileiros nos próximos anos

 

Nutricionista da NPV explica a importância da alimentação para prevenir doenças mentais, promover o bom funcionamento do cérebro e a neuroproteção 


Cerca de um bilhão de pessoas vivem com algum tipo de transtorno mental, segundo o relatório da Organização Mundial de Saúde (OMS). Quando o assunto é ansiedade, o Brasil ocupa o primeiro lugar no mundo e o quinto em número de depressivos. Dados do mais recente mapeamento sobre a doença, realizado pela OMS, apontam que 5,8% da população brasileira sofre de depressão, o equivalente a 11,7 milhões de brasileiros. Estudo epidemiológico do Ministério da Saúde revela ainda que, nos próximos anos, até 15,5% da população brasileira poderá sofrer depressão pelo menos uma vez ao longo da vida. 

De acordo com a coordenadora nutricional da NPV – Nutrientes Para a Vida, é importante destacar o quanto a nutrição e a saúde mental têm relação direta, e que uma dieta equilibrada inserida em um estilo de vida saudável pode contribuir para a prevenção e o tratamento de doenças mentais. 

Muitas desordens mentais são afetadas por processos inflamatórios, que prejudicam o funcionamento do sistema nervoso central. As fibras, presentes em frutas, verduras, legumes e leguminosas, são nutrientes conhecidos por prevenir e reduzir a inflamação; portanto, sua inclusão na dieta alimentar pode trazer vantagens ao bom funcionamento do cérebro e à neuroproteção”, explica Bianca. 

Além das fibras, a nutricionista destaca que nutrientes como vitaminas do complexo B, magnésio, vitamina E, vitamina C e zinco possuem ação benéfica e protetora. “Gorduras saudáveis como as monoinsaturadas (presente no óleo de oliva e oleaginosas) e ômega 3 (presente no salmão, sardinha e atum) também apresentam efeito anti-inflamatório, contribuindo para o bom funcionamento do sistema nervoso”, afirma. 

A coordenadora da NPV alerta ainda que é preciso ter atenção para os hábitos alimentares, principalmente nos dias atuais, em que o fast-food, o refrigerante e o açúcar são consumidos de forma desenfreada. “Repense seu modo de vida, seus hábitos alimentares e lembre-se que você é aquilo que você come. Alimentos ultraprocessados e excesso do consumo de álcool e cafeína também podem ser prejudiciais”, completa. 

Por todas essas evidências, a Dieta do Mediterrâneo - conjunto de conhecimentos, práticas, rituais, tradições e símbolos relacionados com as culturas agrícolas, segundo a especialista, é muito bem recomendada para a saúde mental. “Um fator importante é levar em consideração todo o processo de produção agrícola, já que a composição dos alimentos está diretamente associada aos cuidados com as plantas. Por isso a importância de um solo fértil, bem cuidado, com o uso de fertilizantes adequados para, assim, garantir a nutrição adequada e balanceada das plantas, animais e seres humanos”, finaliza.

 


NPV - Nutrientes para a Vida
Saiba mais aqui

 

Com um novo ano letivo iniciando, é importante falar da saúde integral dos professores

CEO do Instituto Suassuna explica que é preciso estar atento a diversas áreas da vida para o estresse não se tornar crônico


No início de um novo ano letivo é preciso considerar a importância dos professores, profissionais tão importantes na vida de qualquer pessoa. Mas o cenário atual não está muito fácil para quem escolhe a missão de lecionar. Baixos salários somados a altas cargas horárias, violência e desrespeito em sala de aula, entre outros problemas, fazem com que, cada vez mais, seja necessário cuidar da saúde dos mestres.
 

Segundo Danilo Suassuna, idealizador do Instituto Suassuna, que organiza e realiza congressos, seminários, workshops e extensões voltadas aos profissionais da psicologia, muitos professores passam por situações de estresse crônico e não sabem nem onde e quando buscar ajuda. “É preciso pensar na saúde desses profissionais de forma integral para que consigam lidar melhor com sentimentos de ansiedade, baixo rendimento ou cansaço excessivo. Eles não estão livres de sofrerem com burnout e outros problemas”, diz. 

O especialista explica que pensar na saúde integral é dar atenção a várias áreas da vida que precisam ser cuidadas em paralelo. “Trata-se de pensar na dimensão física, espiritual, social, racional e afetiva. Isso significa, entre outras coisas, que é necessário cuidar do corpo, realizando atividades físicas e uma alimentação equilibrada, e cuidar do relacionamento com as pessoas, buscando melhorar o convívio social”. 

Alguns sinais podem indicar que um professor precisa de ajuda para encontrar mais equilíbrio: cansaço constante, falta de motivação para preparar as aulas, irritabilidade ou retração social, faltas frequentes no trabalho, ansiedade e tristeza quando pensa em trabalho, choro frequente, pensamentos negativos e descuido consigo mesmo. “São muitas as evidências e é necessário que não apenas o professor, mas os colegas de trabalho, amigos e familiares estejam atentos para ajudar caso notem que ele precisa de suporte em alguma área da vida”, conclui Danilo Suassuna.

 

Danilo Suassuna - Doutor em Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás (2008), possui graduação em Psicologia pela mesma instituição. Autor do livro “Histórias da Gestalt-Terapia – Um Estudo Historiográfico”. Professor da Pontifícia Universidade Católica de Goiás e do Curso Lato-Sensu de Especialização em Gestalt-terapia do ITGT-GO. Coordenador do NEPEG Núcleo de estudos e pesquisa em gerontologia do ITGT. É membro do Conselho Editorial da Revista da Abordagem Gestáltica. Consultor Ad-hoc da revista Psicologia na Revista PUC-Minas (2011). Para mais informações acesse o instagram: danilosuassuna.



Instituto Suassuna
Para mais informações, acesse o site ou através do instagram e canal no youtube.

 

Alergias alimentares ganham um novo capítulo

Ovo ocupa 1º lugar no ranking dos alimentos mais alergênicos, desbancando o leite

Banana, sementes, frutas e o aumento expressivo das oleaginosas, como amendoim e castanhas chamam atenção

 

Novos alimentos estão ganhando destaque nas alergias alimentares. Se antes o leite liderava como sendo o alimento que mais causava alergia, agora ele perde posição de líder para o ovo. A lista dos principais alérgenos alimentares ainda é composta por soja, trigo, amendoim, castanhas, peixes e frutos do mar. Porém, outros alimentos como frutas, gergelim, chia e linhaça emergem como desafios.

 

“Apesar de ainda ocupar papel de destaque entre as alergias na infância, o leite de vaca parece estar perdendo a primeira posição para o ovo. Além disso, alimentos como amendoim, castanhas, sementes e frutas, especialmente a banana, ganham destaque nas estatísticas de alergias”, conta a Dra. Renata Cocco, membro do departamento Científico de Alergia Alimentar da Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI).

 

Aumento substancial das alergias a amendoim e castanhas: o número de crianças com sintomas de alergia após a ingestão de amendoim e/ou castanhas alcança pouco a pouco uma realidade semelhante às referidas em países como os Estados Unidos e Reino Unido. As alergias se manifestam ainda nos primeiros anos de vida, caracterizam-se pela gravidade das reações e podem ser desencadeadas por quantidades ínfimas dos alimentos, incluindo a inalação.

 

Persistência das Alergias na Vida Adulta: Paralelamente ao aumento do número de alimentos responsáveis pelas alergias, o tempo para sua remissão (isto é, a perda da alergia) também é maior. “Alergia ao leite, ovo, soja e trigo eram geralmente remitidas até os 5 a 7 anos de idade. Atualmente acompanhamos muitos pacientes até o final da adolescência ainda com reações alérgicas a estes alimentos”, explica a Dra. Renata.

 

Importância da Introdução Alimentar: A especialista da ASBAI ressalta a importância da introdução alimentar adequada como uma possível forma de minimizar o aparecimento das alergias. “Aleitamento materno exclusivo até os seis meses, seguido pela introdução gradual de alimentos, especialmente aqueles nutricionalmente essenciais, a partir do sexto mês”, recomenda a médica.

 

Riscos da Dieta de Restrição sem Acompanhamento: Atenção ao perigo que as dietas de restrição, sem orientação adequada, podem causar. Além dos prejuízos nutricionais, os impactos sociais e psicológicos podem criar estigmas e afetar a qualidade de vida.

 

Evolução no Tratamento: A imunoterapia, por diferentes vias de administração, e os imunobiológicos surgem como opções promissoras, proporcionando avanços significativos na qualidade de vida dos pacientes.

 

A dessensibilização oral não leva à cura da alergia, mas pode melhorar muito a qualidade de vida do paciente, especialmente daqueles que reagem a quantidades muito pequenas dos alimentos. Existem várias linhas de pesquisa em andamento, envolvendo novas abordagens terapêuticas, que devem nos trazer soluções mais seguras”, alerta Dra. Renata Cocco. 



ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia
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Família e rede de apoio: pilares essenciais na construção da autoestima de crianças com transtornos específicos da aprendizagem

 Instituto ABCD aborda o papel dos familiares no desenvolvimento de crianças com dislexia, e sugere estratégias para melhorar o dia a dia e aumentar a confiança dos pequenos

 

O papel da família e da rede de apoio no processo de aprendizagem e na construção da autoimagem de crianças com transtornos específicos da aprendizagem, como a dislexia, é de extrema importância. Crianças com essa condição enfrentam, frequentemente, barreiras em suas jornadas educacionais, podendo fazer com que se sintam menos capazes do que seus colegas, afetando negativamente sua autoestima e autoimagem. 

Segundo um levantamento da Cisco e do Instituto IT Mídia, em conjunto com o Instituto ABCD, 80% das crianças e jovens com dislexia enfrentam tristeza, ansiedade e/ou baixa autoestima - porcentagem muito superior aos dados gerais da Organização Mundial da Saúde (OMS), que apontam algum problema de saúde mental em 20% das crianças e adolescentes. 

Cada criança é única e suas necessidades também. No entanto, uma coisa é comum a todas: o papel insubstituível e fundamental que a família ocupa em sua vida e na construção de sua autoestima. 

O Instituto ABCD, organização social sem fins lucrativos que se dedica a promover e divulgar conhecimentos que tenham impacto positivo na vida de brasileiros com dislexia e outros transtornos de aprendizagem, listou de que maneiras a família pode contribuir para a construção da autoestima de suas crianças com transtornos de aprendizagem: 

Apoie sempre: Lembre-se de que a criança ou adolescente com dislexia precisa de acolhimento e suporte para enfrentar e superar as barreiras que lhe são impostas cotidianamente. 

Valorize os acertos: Para quem tem dislexia é muito comum que sempre tenha um adulto indicando seus erros. Seja aquele que ressalta os avanços ao invés de enfatizar suas dificuldades. 

Use uma comunicação acolhedora: Promover um ambiente onde as crianças se sintam à vontade para expressar seus sentimentos e preocupações é essencial para o seu desenvolvimento emocional. 

Conheça a dislexia: Os membros da família devem se informar sobre os transtornos da aprendizagem específicos para conseguir apoiar o tratamento e auxiliar a criança na escola. 

Promova a sensação de sucesso: Dê oportunidades para a criança realizar atividades de que gosta e nas quais tem sucesso. 

Seja parceiro da escola: Mantenha a comunicação com os professores e com a escola para garantir que a criança tenha os suportes necessários para aprender. A Lei 14.254/21 assegura o acompanhamento integral e específico de educandos com dislexia e outros transtornos da aprendizagem nas escolas. 

Uma rede de apoio amorosa, bem informada e acolhedora cria um ambiente propício para o crescimento e o desenvolvimento saudável das crianças, independentemente de suas habilidades e desafios individuais.

 

Instituto ABCD - organização social sem fins lucrativos que se dedica, desde 2009, a gerar, promover e divulgar conhecimentos que tenham impacto positivo na vida de brasileiros com dislexia e outros transtornos de aprendizagem, com o objetivo de garantir que todos tenham sucesso na escola, no trabalho e na vida.
Instagram: @iabcd

 

Doenças cardiovasculares são as principais causas de mortes de mulheres em todo o mundo

Embaixadora da Inspirali enfatiza os riscos da subestimação e falta de informação entre o público feminino 

 

Mulheres estão mais sujeitas a sofrerem um infarto agudo do miocárdio do que os homens, e este tipo de doença já é responsável por mais mortes entre o sexo feminino do que o câncer de mama ou de útero. Este é o alarmante relato da Dra. Marianna Dracoulakis, embaixadora da Inspirali, principal ecossistema de educação médica do país.

Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que as cardiopatias respondem por um terço das mortes de mulheres no mundo, com 8,5 milhões de óbitos por ano, ou seja, mais de 23 mil por dia. Entre as brasileiras, principalmente acima dos 40 anos, as doenças do coração chegam a representar 30% das causas de morte, a maior taxa da América Latina.

Segundo a Dra. Marianna, o risco cardiovascular nas mulheres é frequentemente subestimado, tanto pela sociedade quanto pelos profissionais de saúde. “Existem fatores de risco específicos das mulheres que não são considerados na avaliação médica e não estão incluídos nos escores de risco tradicionais. Além disso, mulheres demoram mais tempo para procurarem o atendimento médico em caso de urgência por dificuldade no autoconhecimento do quadro clínico”, declara.

Os sinais e sintomas do infarto agudo do miocárdio podem ser diferentes nas mulheres. Além da clássica dor torácica, frequentemente elas apresentam outros sinais, como fadiga e tontura, que desviam o foco da suspeita diagnóstica. “Os profissionais de saúde, médicos e não médicos, demoram mais tempo para suspeitar e diagnosticar infarto nas mulheres e, assim, elas acabam não recebendo o tratamento adequado, como intervenção coronária percutânea, por exemplo”, comenta a médica. “Por tudo isso, as mulheres têm alta taxa de complicações e mortes relacionadas ao infarto. Precisamos mudar esse cenário”, finaliza.


HPB ou câncer de próstata?

 Urologista explica como saber a diferença entre as duas doenças

 

Com temas relacionados à saúde masculina ganhando destaque, a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB) e o câncer de próstata emergem como temas cruciais. No cenário urológico, diferenciar entre essas condições torna-se vital, e é aqui que o Antígeno Prostático Específico (PSA) desempenha um papel crucial no diagnóstico. 

Para explicar melhor, o urologista Dr. Roberto José Colombo, a Hiperplasia Prostática Benigna, ou HPB, é uma condição urológica comum que afeta a próstata, uma glândula do sistema reprodutor masculino. “Por isso é fundamental entender a importância dos seus sintomas e buscar orientação médica especializada para um diagnóstico preciso”, afirma. 

O médico reforça que para distinguir HPB e câncer de próstata é necessário estar atento aos sintomas, realizar exames de sangue, toque retal e biópsia como ferramentas essenciais. O aumento do PSA pode indicar ambas as condições, mas níveis mais elevados estão frequentemente associados ao câncer. 

“Exploramos os principais métodos diagnósticos, como o exame de toque retal, a dosagem do PSA e exames de imagem. A combinação dessas abordagens é muitas vezes necessária para um diagnóstico preciso da HPB”, explica o especialista. 

Alguns fatores como idade, histórico familiar, hormônios masculinos, etnia, estilo de vida e doenças crônicas podem influenciar o desenvolvimento da HPB, por isso, compreender esses fatores é importante para a prevenção e o manejo da condição.

Para finalizar, o médico explica que embora ambas as condições afetem a próstata, a HPB envolve um crescimento não canceroso, não aumentando o risco de câncer de próstata. “Manter a frequência nas consultas médicas e entrar em contato sempre que surgir alguns dos sintomas é crucial para o diagnóstico precoce e tratamento adequado”.

Dengue em crianças: vacinação, sinais de alerta e tratamento

Foto: Marieli Prestes/Hospital Pequeno Príncipe
Ministério da Saúde vai priorizar crianças e adolescentes na campanha de imunização contra a doença


Na segunda-feira, dia 15, o Ministério da Saúde anunciou que irá priorizar a faixa etária de 6 a 16 anos na campanha de vacinação contra a dengue que iniciará a partir de fevereiro. O Brasil é o primeiro país no mundo a disponibilizar o imunizante na rede pública, mas também é o que tem o maior número de casos da doença, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS). Somente em 2023, foram 2,9 milhões de casos – mais da metade dos cinco milhões registrados globalmente. 

O Hospital Pequeno Príncipe alerta sobre a atenção especial da dengue em crianças, principalmente abaixo dos 2 anos, pois pode haver um agravamento súbito de sintomas se a doença não for identificada precocemente, devido à baixa imunidade. “Em pacientes de pouca idade, a febre alta gerada pela dengue pode ocasionar aumento da frequência respiratória e cardíaca, sudorese mais intensa, além de acarretar quadros de desidratação”, explica o infectologista Victor Horácio, vice-diretor de Assistência e Ensino da instituição.
 

Sinais da dengue em crianças

A dengue em crianças possui um agravamento súbito de sintomas, que podem levar a sequelas graves ou a óbito, caso não seja tratada adequadamente. O sangramento (na gengiva, na pele, na evacuação ou no vômito) indica a dengue hemorrágica, que exige um atendimento médico emergencial. Veja os principais sinais da doença em crianças:

  • febre alta [39°C a 40°C];
  • dores musculares e nas articulações;
  • lesões de pele;
  • fraqueza em geral; e
  • sonolência, choro e irritação excessivos.

Como os sinais podem confundir-se com as viroses, que são muito comuns na infância, o diagnóstico médico por meio de análise clínica, epidemiológica e de exames laboratoriais é essencial.
 

Tratamento da dengue

O acompanhamento com um pediatra durante e após a detecção da doença é fundamental para evitar manifestações mais graves e até atípicas que cada criança pode apresentar. Nos casos mais leves, o tratamento é feito com repouso, hidratação e controle dos sinais clínicos. Já em situações mais graves, pode ser necessário o internamento para hidratação intravenosa e até mesmo suporte intensivo.
 

Vacina da dengue para crianças

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) recomenda a vacina QDENGA® contra a dengue preferencialmente para imunizar crianças e adolescentes. Aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o imunizante é aplicado em duas doses, com intervalo de três meses, e destinado a indivíduos de 4 a 60 anos de idade. 

O Ministério da Saúde incorporou a vacina ao Sistema Único de Saúde (SUS) e irá priorizar a faixa etária de 6 a 16 anos na aplicação que iniciará a partir de fevereiro. O público prioritário foi recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pela Câmara Técnica de Assessoramento em Imunização. 

O Centro de Vacinas Pequeno Príncipe oferece o imunizante para todas as faixas etárias recomendadas. Para mais informações, basta entrar em contato via WhatsApp: (41) 99972-3909.
 

Como se proteger do mosquito

A crise climática é apontada como uma das causas do aumento da dengue. Isso porque o mosquito transmissor (Aedes aegypti) se reproduz em regiões quentes e com água parada. Por isso, o especialista reforça que o principal cuidado é com a higienização dos ambientes. Confira os cuidados:

  • não deixe água parada e acumulada;
  • mantenha as lixeiras fechadas e protegidas da chuva;
  • mantenha os vasos de plantas limpos e utilizar areia até a borda;
  • guarde baldes, garrafas e outros recipientes com a boca para baixo;
  • cubra os reservatórios de água; e
  • retire a água dos pneus e reservá-los em ambientes protegidos.

Crianças: curiosidade coloca mãozinhas em risco

   As tomadas, muito procuradas, principalmente por crianças que ainda
engatinham, devem ser protegidas com tampas, fita isolante ou mesmo móveis
FreePik


 As mãos da criançada, que tudo querem tocar, estão expostas a sérios acidentes; SBCM ressalta cuidado redobrado no período de férias escolares

 


As mãozinhas curiosas das crianças tudo querem tocar e, no menor descuido dos adultos, graves acidentes podem acontecer. No último dia 4, por exemplo, um menino de 2 anos sofreu esmagamento de dedos após ficar com a mão presa em uma máquina elétrica de cilindrar pães, em Umuarama, no Paraná. De acordo com as informações, ele colocou os dedos no cilindro do equipamento enquanto a avó limpava o aparelho.

 

Em julho do ano passado, a imprensa noticiou o caso de um garoto, também de 2 anos e morador de Luziânia, em Goiás, que ficou com o dedo preso no buraco de um ralo de aço do banheiro. O Corpo de Bombeiros foi acionado para auxiliar e, apesar do susto, a criança ficou bem após o episódio.

Estima-se que os acidentes domésticos com crianças aumentem em até 25% no período de férias escolares e, portanto, a atenção dos pais deve ser redobrada para evitar acidentes, alerta a Sociedade Brasileira de Cirurgia da Mão (SBCM).

 

Para ajudar na prevenção de acidentes, o presidente da SBCM, Antônio Carlos Costa, afirma que algumas dicas simples podem ser adotadas para minimizar os riscos em casa. “Supervisionar as brincadeiras, proporcionar um ambiente doméstico seguro, utilizar equipamentos de proteção adequados durante a prática de esportes e ensinar as crianças sobre os cuidados básicos de segurança são de extrema importância para evitar que a diversão não acabe em transtorno”, fala.

 

As tomadas, muito procuradas, principalmente por crianças que ainda engatinham, devem ser protegidas com tampas, fita isolante ou mesmo móveis. Na cozinha, cabos de panela jamais devem estar virados para fora do fogão.


 

Quedas

 

As mãozinhas também correm risco de fraturas após uma queda, já que, ao cair, apoia-se a mão e o punho no solo, como uma forma de defesa. “Vários ossos podem ser quebrados nesta região, devido ao impacto”, diz. “As crianças estão em constante crescimento e desenvolvimento, e seus ossos são mais flexíveis e menos densos do que os dos adultos. Isso torna os pequenos mais suscetíveis a lesões ósseas, incluindo fraturas”, completa.

 

Quando uma fratura na mão de uma criança ocorre, o médico ressalta que é fundamental buscar atendimento médico imediato. “Em fraturas mais complexas ou deslocadas, pode ser necessário realizar uma redução fechada, onde os ossos são realinhados manualmente, ou até mesmo uma intervenção cirúrgica”, pontua. “O diagnóstico adequado e o tratamento precoce são essenciais para garantir uma recuperação sem complicações”, conclui o especialista.

 



SBCM - Sociedade Brasileira de Cirurgia de Mão
http://www.cirurgiadamao.org.br/

 


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