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sexta-feira, 12 de janeiro de 2024

HPV é diagnosticado em 1 mulher a cada 2 horas

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), haverá 17 mil novos casos até o final de 2025 

 

O câncer de colo de útero é um dos mais incidentes entre as mulheres, ficando atrás apenas do câncer de pele não melanoma e do câncer de mama. Segundo dados do Instituto Nacional de Câncer (Inca), apesar de ser prevenível, devem ser diagnosticados mais de 17 mil casos novos até o final de 2025. 

Para o desenvolvimento do tumor, a presença do Papiloma vírus humano (HPV) é necessária, por isso, para evitar a infecção, foi desenvolvida uma vacina anti-HPV, destinada a meninas e meninos de 9 a 14 anos e pessoas imunossuprimidas (vivendo com HIV/aids, submetidas a transplante de órgãos e pacientes oncológicos de 15 a 45 anos). A vacina está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2014 e em instituições privadas. 

Segundo a Dra. Michelle Samora, médica oncologista do Hcor, atualmente, há dois tipos de vacinas no país: a quadrivalente e a novavalente, que previnem contra quatro e nove tipos de HPV. “O problema do câncer de colo de útero no Brasil é agravado porque, no país, a cobertura vacinal está abaixo da necessária para erradicar a doença. Enquanto a recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) é que 90% da população de até 15 anos seja imunizada, aqui no Brasil registramos 75,81% nas meninas e 52,16% nos meninos em 2022”, afirma. 

Apesar de prevenir a maioria das Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), somente o uso de camisinha não impede a infecção pelo HPV, pois é comum que as lesões estejam presentes em áreas que a camisinha não protege, como vulva, região pubiana, perineal ou bolsa escrotal. Portanto, a vacina é o método indicado e, além da vacinação, os exames preventivos de rotina têm importância fundamental. A partir deles é possível detectar a persistência dos vírus e lesões precursoras do câncer de colo do útero. 

“Algumas lesões precursoras de câncer de colo de útero ou mesmo tumores iniciais, que não apresentam sintomas, são detectados nos exames de rotina. Quanto mais precoce o diagnóstico, mais eficaz é o tratamento e menores são as chances de ter sequelas”, conclui Dra. Michelle.



Hcor

Otite externa, um problema recorrente nos meses de verã

Também chamada de "otite de nadador", infecção está relacionada ao contato frequente e prolongado com a água; médica do Hospital Paulista explica como evitá-la 

 

Dor de ouvido é um problema recorrente nos meses de verão. E o motivo é, justamente, o contato frequente e prolongado com a água, nos banhos de mar e de piscina, o que nos torna mais propensos a inflamações ou infecções no aparelho auditivo. 

Não é por acaso que a otite externa aguda é também chamada de “otite de nadador”. Esse tipo de infecção, conforme a médica otorrinolaringologia Dra. Cristiane Passos Dias Levy, do Hospital Paulista, é decorrente da proliferação de bactérias ou fungos, ocasionada pelo acúmulo de umidade no ouvido. 

“A otite externa acomete, especificamente, o conduto auditivo. Isto é, o canal que começa na parte externa da orelha e vai até a membrana do tímpano. Ela provoca uma dor muito intensa nesse canal, que é constituído de osso e cartilagem, e tem a função de direcionar e amplificar as ondas sonoras que chegam até o ouvido. Os pacientes, em geral, têm a sensação de que estão com água no ouvido e a percepção de sons abafados", resume a Dra. Cristiane.
 
Dentre as principais características que diferenciam a otite externa das demais existentes, a especialista destaca a ausência de febre. "Diferentemente da otite média, que também é muito comum e costuma estar associada a quadros de gripe e resfriado, a otite externa não tem essa relação. A causa quase sempre está vinculada ao contato prolongado com a água. Por isso, é mais comum no verão, quando as pessoas geralmente vão à praia, piscina."
 
Esportistas aquáticos, contudo, devem ter atenção ao problema o ano inteiro, alerta a médica. A começar pela secagem adequada dos ouvidos, após a conclusão das atividades na água, e pela manutenção de uma boa higiene auricular. O uso de cotonetes também deve ser evitado, segundo a Dra. Cristiane.


 
Abaixo, os principais cuidados indicados pela médica a quem deseja evitar a otite externa:

 

1. Após nadar ou praticar esportes aquáticos, seque cuidadosamente os ouvidos com uma toalha ou use um secador de cabelo no modo frio e com uma distância segura.


2. Evite o uso de cotonetes ou objetos pontiagudos dentro do ouvido, pois eles podem causar lesões ou empurrar a cera para o fundo do canal auditivo.


3. Mantenha uma boa higiene auricular, limpando suavemente a parte externa da orelha com um pano macio.


4. Se você sentir dor, coceira, desconforto ou perda de audição, consulte um médico para avaliação e tratamento.

 

Imunidade e diabetes 
 
A especialista também faz um alerta em relação à baixa imunidade e ao diabetes, que também podem estar associados a quadros de otite.
 
"Embora estejam mais distantes do cotidiano de atletas e esportistas, existe, sim, essa relação e é importante destacar. Quem tem um sistema imunológico comprometido, de certo, vai ter maior chance de desenvolver uma infecção. E, no caso específico da otite externa, o diabetes pode também ser uma das grandes causas predisponentes", observa a Dra. Cristiane.
 
Portanto, visitar o otorrinolaringologista regularmente é sempre recomendável.

 

Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Janeiro Verde: 30 mil brasileiras são diagnosticadas com cânceres ginecológicos a cada ano

 Durante o mês de conscientização, é fundamental ir além do câncer do colo do útero e abordar também outros tumores que atingem o aparelho reprodutor feminino; Oncologista comenta como identificar, prevenir e tratar

 

Ao longo do mês, a campanha Janeiro Verde vem para alertar sobre a prevenção e conscientização do câncer do colo do útero, o terceiro tipo de câncer que mais afeta as mulheres, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). E a data no calendário deve ser também uma oportunidade para ampliar a conscientização sobre outros tipos de tumores ginecológicos, entre eles os de corpo do útero (endométrio) e ovário. Juntos, os cânceres que afetam o sistema reprodutor feminino correspondem a mais de 30 mil novos diagnósticos todos os anos e ainda esbarram na falta de conhecimento sobre prevenção e formas de detecção precoce, essenciais para frear as taxas de letalidade pela doença. 

O Inca aponta que para 2024 são esperados 17.010 novos casos de câncer de colo de útero, mais comum em mulheres consideradas jovens, na faixa dos 35 a 44 anos. Já os tumores ovarianos e de corpo uterino se tornam mais prevalentes naquelas acima de 50 anos e são responsáveis por mais de 6.500 novos diagnósticos a cada ano, respectivamente. 

A oncologista Angélica Nogueira, do Grupo Oncoclínicas, alerta a importância da vacina contra HPV, um fator importante e que não pode ser deixado de lado. “Mais de 90% dos casos do câncer do colo do útero estão ligados ao HPV. Infelizmente, apenas um terço das meninas são vacinadas no Brasil e isso pode impactar diretamente no problema. Isso poderia reduzir em até 95% as chances de desenvolvimento da neoplasia”. 

Desde 2014, a vacina contra o HPV é oferecida gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde no Brasil e está disponível atualmente para todas as crianças e adolescentes de 9 a 14 anos. "A imunização pode ajudar não só a prevenir o câncer do colo do útero, como também o de vulva, vagina e ânus nas mulheres e de pênis nos homens". Além disso, vale lembrar que a vacina também é indicada para pacientes com câncer, HIV e transplantados (até os 45 anos nas mulheres e 26 anos nos homens). 

"O câncer do colo do útero ainda é, infelizmente, considerado um problema mundial de saúde. Nos países em que há uma alta taxa de infecção pelo HPV, a neoplasia possui uma maior repercussão. Apesar de na grande maioria dos casos as mulheres terem a infecção resolvida por volta de seus 30 anos, ainda existe a probabilidade de o vírus evoluir para o câncer do colo do útero", comenta a oncologista.

 

Como identificar tumores ginecológicos 

Considerado grave e silencioso, em 75% dos casos o câncer ginecológico é descoberto em estágio avançado. Contudo, alguns sintomas podem indicar que algo está errado com o corpo, por isso, fique de olho se houver: 

  • Sangramento vaginal anormal
  • Febre que persiste por mais de 7 dias
  • Inchaço abdominal
  • Gases
  • Dor pélvica ou pressão abaixo do umbigo
  • Dor de estômago
  • Alterações intestinais
  • Mamas sensíveis, com secreção, nódulos, inchaço ou vermelhidão
  • Fadiga
  • Vulva e vagina com feridas, alteração da cor ou bolhas
  • Perda de peso sem motivo (10kg ou mais)

Quanto ao rastreamento dos cânceres ginecológicos, Angélica Nogueira comenta que o Papanicolau é uma maneira de identificar as lesões pré-malignas antecipadamente. “Ele pode ajudar a diagnosticar precocemente o câncer do colo do útero e evitar que o tumor seja encontrado em estágios mais avançados, prejudicando o tratamento e deixando-o mais complexo”. 

Já nos casos de câncer de ovário e endométrio, ainda não existem bons exames de rastreamento precoce. Em casos como esse, o médico pode solicitar exames clínicos ginecológicos, laboratoriais e também de imagem que ajudam a identificar a presença de ascite ou acúmulo de líquidos, além da extensão da doença em mulheres com suspeita de disseminação intra-abdominal. Contudo, se houver suspeita de câncer de ovário, por exemplo, é necessária uma avaliação cirúrgica. 

Além disso, o raio-x ou tomografia computadorizada do tórax pode auxiliar na análise de derrame pleural, metástases pulmonares ou ainda quaisquer outras alterações.

 

Fatores de risco 

  • Câncer do colo do útero: HPV, ter tido cinco ou mais partos, HIV, tabagismo e constante troca de parceiros
  • Câncer de ovário: menarca precoce (antes dos 12 anos) ou menopausa após os 52 anos, mulheres que nunca tiveram filhos ou que possuam histórico da doença na família.
  • Câncer de endométrio: menarca precoce (antes dos 12 anos) ou menopausa após os 52 anos, mulheres que nunca tiveram filhos, idade acima dos 50 anos, obesidade, diabetes, ou que realizaram terapia de reposição hormonal de maneira inadequada após a menopausa.

 

Prevenção 

De acordo com a oncologista do Grupo Oncoclínicas, no caso do câncer do colo do útero, a prevenção deve ser realizada através do Papanicolau (a partir dos 25 anos), sendo repetido uma vez por ano por três vezes e, se não houverem alterações, uma vez a cada três anos após esse período, vacinação contra o HPV e uso de preservativos durante a relação sexual. 

"No caso dos cânceres de útero e endométrio, por não existirem exames específicos de rastreamento, é fundamental praticar regularmente exercícios físicos, manter uma dieta equilibrada e, caso seja indicado pelo especialista, o uso da pílula anticoncepcional", comenta a especialista.

 

Tratamento 

O tratamento adequado irá depender do estadiamento das neoplasias e também se existem metástases. "Podem ser recomendadas radioterapia, cirurgia, quimioterapia, braquiterapia, ou ainda a combinação de dois ou mais tratamentos". 

“Não podemos esquecer que quando falamos de prevenção e tratamento, é muito importante buscar por fontes de informação seguras. Na internet, por exemplo, existem diversos boatos que podem impactar de maneira negativa na saúde da população. Por isso, sempre tire as principais dúvidas com um especialista e confirme quaisquer informações recebidas pelas redes sociais antes de compartilhar ou iniciar tratamentos milagrosos. Isso pode trazer consequências graves para os pacientes oncológicos e até mesmo dificultar e agravar o quadro de saúde", finaliza Angélica Nogueira. 



Oncoclínicas&Co.
Para mais informações, acesse Link


O verão chegou! Saiba como cuidar da saúde do idoso durante a época mais quente do ano

A enfermeira Izabelly Miranda dá dicas voltadas para a hidratação, alimentação e proteção solar para os idosos

 

A época mais quente do ano chegou oficialmente no dia 22 de dezembro, quando entramos no período do verão. Os termômetros e as temperaturas alcançam altos valores, sendo comum vermos máximas de 37° a 40°, por exemplo. Com o calor intenso, os alertas para os cuidados com o clima quente começam a surgir, principalmente para a população idosa, que está mais propensa a desenvolver complicações durante a estação. 

Dessa forma e pensando nos cuidados da saúde dos idosos, Izabelly Miranda, enfermeira, fundadora e CEO da Cuidare Brasil, uma das maiores redes de cuidadores de pessoas do país, preparou algumas dicas e tópicos para prevenir e promover o bem-estar desse grupo. Por conta do processo de envelhecimento, eles podem apresentar dificuldades relacionadas à desidratação e hipertermia.

 

Hidratação: o primeiro fator está ligado à diminuição da quantidade de água nos corpos dos mais velhos – muito por conta do processo de envelhecimento. Com isso, sinais de que o idoso está desidratado começam a aparecer, como lábios e língua secos, redução da quantidade de urina e, claro, a sensação de sede. Outros incômodos que refletem a falta de água também são traços de confusão mental, fadiga, mal-estar, entre outros. Por isso, Miranda alerta para a importância do consumo frequente de água, além de frutas, verduras e legumes, a fim de repor nutrientes perdidos enquanto transpiram.

 

Evite a hipertermia: a enfermeira também atenta para os indicativos de hipertermia, que acontecem quando a temperatura corporal aumenta por conta do calor. Nesse caso, sintomas como náuseas, convulsões, dores de cabeça e contrações musculares são comuns de se manifestarem, além da queda de pressão de forma repentina, o que pode levar a acidentes graves de quedas. O ideal é estar sempre em um lugar que esteja refrescado, com sombras e boa passagem de vento e ar.

 

Atividade física e quando praticar: Izabelly recomenda, ainda, que as práticas de atividades físicas sejam feitas em horários em que a temperatura esteja amena, como no fim da tarde ou à noite. Ela também aconselha que o protetor solar seja um grande aliado dos idosos.

 

Atenção aos alimentos e bebidas: ligado ao primeiro tópico, é extremamente importante se atentar ao consumo de alimentos e determinadas bebidas, como as que levam álcool e cafeína, já que aumentam consideravelmente a quantidade de idas ao banheiro, levando à desidratação. Determinadas comidas podem acarretar em intoxicação alimentar, causando diarreia e vômitos no idoso, também ocasionando a falta de água no corpo. 

Como diz o ditado, “todo cuidado é pouco”. Então, é nosso dever auxiliar aqueles que tanto já nos ajudaram, como uma retribuição. Cuidar da saúde é sempre necessário, o que não é diferente ao chegar na terceira idade.


Compras online de material escolar acende alerta para as fraudes

Shutterstock


 Especialista em direito digital dá 5 dicas de proteção virtual


A temporada de compra de material escolar já começou e com ela, as infinitas listas solicitadas por parte das escolas. Muitos pais e/ou responsáveis trocam as filas em papelarias pela praticidade, rapidez e preços diferenciados encontrados nas plataformas digitais. Mas, como em qualquer compra online, é preciso ficar atento para garantir segurança e proteção na hora de realizar as compras. 

O advogado Francisco Gomes Júnior, especialista em direito digital, responde a perguntas e dá dicas. Confira:


  •  Posso passar meu CPF em lojas e sites de compras? 

Nas compras na própria loja (compra física) não há obrigação de fornecer o CPF, sendo essa uma decisão do cliente. Já nas compras online o fornecimento do CPF é necessário para a emissão da NFE (nota fiscal eletrônica). O mais importante é fornecer apenas os dados necessários para a concretização do negócio. Caso entenda que estão sendo solicitados mais dados do que os necessários, entre em contato com o Serviço de Atendimento ao Cliente da empresa ou outra forma de contato oferecida no site/rede social ou aplicativo.


  •  Como saber se a empresa é confiável?

Sempre pesquise na internet a idoneidade e reputação da empresa. É possível pesquisar em site de reclamações de consumidores, sites de Institutos de Defesa do Consumidor ou mesmo do PROCON. Além disso, verifique a razão social, endereço, telefone e CNPJ, que devem estar visíveis e de fácil acesso para os consumidores. 


  •  Como avaliar se o site é confiável? 

Um fator importante é a certificação digital. O e-commerce que preserva os dados dos clientes, oferece segurança da compra, possui selos de segurança e certificações digitais (ISSO) são em tese seguros. Outra dica importante é optar sempre por endereços de URL que apareçam com o símbolo do cadeado. Se o cadeado não estiver fechado os dados podem estar vulneráveis a eventuais ataques.


  •  Qual a forma mais segura na hora de efetuar o pagamento? 

Os cartões virtuais têm sido grandes aliados dos consumidores na hora da compra. Por possuírem código e número de cartão único válidos somente para aquela transação específica, o roubo das informações e possíveis fraudes ficam mais difíceis.

Realizar uma TED ou DOC é uma operação que não é tão ágil como um PIX, mas que para valores significativos pode ser uma melhor opção, já que são necessários mais dados para que a transferência de valores se realize e pode haver reversão da operação.


  •  Devo confiar em links para pagamento online? 

Os links para pagamentos online sempre são gerados a partir de uma plataforma de gestão de pagamento junto ao comerciante. Vale sempre ficar alerta sobre a idoneidade de quem você está comprando, além da origem deste link. Sempre dê preferência para sites que começam com “https” e não “http”. Ainda mais importante do que ter segurança e conhecimento sobre quem está vendendo, é ter a mesma sensação sobre os parceiros de negócios dessa empresa. Para isso, você pode utilizar sites como Reclame Aqui e o próprio Procon, para fazer pesquisas. As plataformas de pagamento com boa credibilidade são bastante conhecidas, caso se depare com alguma plataforma que nunca ouviu falar, pesquise sua procedência. 


FIQUE DE OLHO - Muitos podem não saber, mas os itens cobrados de uso coletivo são regulados pelas leis. De acordo com o Procon – Instituto de Defesa do Consumidor, fica proibido, por exemplo, impedir a participação ou a permanência do aluno nas atividades escolares caso esse não esteja com o material escolar requerido na lista de material escolar. “Indicar marca, modelo ou estabelecimento para realizar a compra dos materiais escolares também é proibido pelos órgãos de defesa, além da exigência de produtos de limpeza e higiene, administrativos e remédios nas listas escolares” alerta o especialista. 

 

Custo da guerra: saiba quanto a indústria militar movimenta no mundo

 

A guerra entre Ucrânia e Rússia já dura quase dois anos
  
Créditos: Freepik

Enquanto o mundo deseja a paz, a indústria militar prospera; uma análise do impacto econômico e político das operações militares e seu papel no PIB e financiamento político


Nos últimos meses, a atenção global se voltou para dois conflitos intensos: a guerra entre Ucrânia e Rússia e o persistente conflito entre Israel e Palestina. Enquanto o mundo clama por paz, uma análise aprofundada revela que, para muitos países, a paz não é tão lucrativa quanto a guerra. Esse fenômeno é especialmente evidente ao observarmos quem são os principais financiadores dos conflitos globais.

Segundo o professor da Escola de Negócios e coordenador de Comércio Exterior da Universidade Positivo (UP), João Alfredo Lopes Nyegray, doutor e mestre em Internacionalização e Estratégia, é preciso explorar os complexos motivos por trás da persistência da máquina de guerra. "Especialmente após a Segunda Guerra Mundial, os esforços militares que deveriam ter diminuído continuaram a expandir-se, impulsionados pela Guerra Fria e pela necessidade dos Estados Unidos de alimentar seu proeminente setor industrial militar", pontua.

Um levantamento da Freakonomics apontou que, de 1776 a 2020, os Estados Unidos estiveram em guerra durante 93% do tempo, ou seja, em 225 de 243 anos como nação independente. O especialista destaca que o complexo industrial militar nos Estados Unidos traz alguns “benefícios” à nação com as guerras. “Desde 1960, no final da década de 1950, esse complexo industrial militar dos Estados Unidos vem intensificando suas relações com o governo, não apenas financiando campanhas eleitorais de deputados e senadores, mas também gerando empregos qualificados em vários estados. Isso torna os tempos de paz economicamente pouco atrativos para a maior economia do mundo”, explica.

Nyegray analisa o discurso dos EUA. “Eles dizem que um determinado lugar precisa de democracia e liberdade. Mas o oposto nada mais é do que a necessidade de girar um setor que não apenas é muito importante para a economia, mas que acaba tendo laços políticos muito claros com os poderes Legislativo e Executivo do país”, observa Nyegray.

Os números falam por si. Os Estados Unidos lideram os investimentos militares globais, ultrapassando os 2 trilhões de dólares anuais, com mais de 40% desse montante proveniente dos próprios gastos. É o maior orçamento militar do mundo, quase três vezes o orçamento militar da China, que está em segundo lugar. Em terceiro lugar, fica a Índia, seguida da Rússia e Reino Unido. “Essa realidade destaca o papel dominante do complexo industrial militar americano, em que seis das dez maiores empresas do setor são estadunidenses”, esclarece.


O custo da guerra ao redor do mundo

Os dados levantados sobre os custos da guerra nos países em foco revelam um cenário complexo. A Rússia, por exemplo, destinou cerca de US$ 101 bilhões à guerra em 2023, quase três vezes o gasto anual com defesa antes da invasão da Ucrânia, em fevereiro de 2022. “Esses gastos, embora impactem a economia russa, também impulsionam o PIB do país, evidenciando o paradoxo econômico da guerra”, avalia Nyegray.

A Ucrânia, ao gastar US$ 44 bilhões, experimentou um aumento significativo de 640%, influenciando até mesmo decisões de gastos em outros países europeus, como Polônia, Suécia e Holanda, por exemplo, que decidiram incrementar os gastos militares justamente após a invasão russa. Além disso, essa ação beneficiou os Estados Unidos, impulsionando as exportações de armas em mais de 14%.

Em Israel, a guerra em Gaza, que já chega a três meses, teve um custo considerável de US$ 1,44 bilhão para a economia, enquanto a Palestina estima que os custos de guerra variem entre US$ 4 e 6 bilhões.

Esses dados, aliados à análise do professor Nyegray, revelam a intrincada teia de interesses que alimenta a indústria militar global. “Enquanto o mundo clama por paz, a lucratividade da guerra continua a impulsionar uma máquina complexa e poderosa, na qual os custos humanos e sociais muitas vezes são ofuscados pelos ganhos econômicos”, conclui. 



Universidade Positivo
up.edu.br/


VAI DIRIGIR POR MUITO TEMPO? SAIBA COMO EVITAR DORES DURANTE O PASSEIO

Viagens longas em estradas exigem muito da postura, fisioterapeutas dão dicas de como aliviar sintomas de dor pelo corpo.

 

Quem não gosta de viajar? A verdade é que dezembro e janeiro marcam a alta temporada, impulsionando viagens longas e a busca por novas experiências culturais, momentos com familiares e amigos. No entanto, nem todas as experiências são positivas, especialmente quando se trata das dores associadas a jornadas prolongadas enquanto dirige.

Bernardo Sampaio, fisioterapeuta especialista em membros superiores, e diretor clínico do Instituto ITC Vertebral, de Guarulhos, aponta que a má postura é uma das principais vilãs em viagens. Quanto mais tempo se passa dirigindo de maneira incorreta, mais intensos e prejudiciais podem ser os efeitos. "A falta de oportunidades para movimentação adequada pode levar a rigidez muscular e tensão nas costas, enquanto a pressão constante em áreas de suporte, como o cóccix, contribui para o desconforto persistente."

Raquel Silvério, Fisioterapeuta especialista em membros inferiores, e Diretora Clínica do Instituto Trata unidade de Guarulhos, concorda, e ressalta que a própria estrutura do assento e as restrições impostas pela disposição do veículo podem contribuir para a má circulação, aumentando as chances de cãibras e dormência por conta da compressão. “Durante períodos prolongados de imobilidade, os músculos das pernas, tornozelos e pés podem ficar tensos e doloridos. A falta de movimento adequado compromete a circulação sanguínea de um modo geral, aumentando o risco de edema e contribuindo para a sensação de pernas pesadas”, diz. 

Para ajudar a aliviar esses incômodos, conversamos com especialistas na área de fisioterapia músculo esquelética, que destacam algumas dicas, veja:
 

Arrume a postura: Assegure-se de que os joelhos apresentem uma leve flexão e que os pés estejam em contato com o solo. Garantir que toda a coluna esteja devidamente apoiada no assento principal é essencial, enquanto o pescoço deve manter um alinhamento adequado. Quanto aos cotovelos, é recomendável mantê-los ligeiramente flexionados/numa posição mais relaxada , evitando a completa extensão.
 

Realize exercícios de alongamento: Faça pausas regulares para alongar o pescoço e os ombros, esticando-os delicadamente para cima, para baixo e para os lados. Isso ajudará a liberar a tensão acumulada e evitará dores musculares.
 

Ajuste a posição do banco e do volante: Certifique-se de que a posição de seus assentos é ergonômica, com apoio lombar adequado. Ao segurar o volante, utilize ambas as mãos sempre que não for necessário operar o câmbio.
 

Faça paradas para caminhar: Por mais ansioso que esteja para chegar rapidamente ao destino, é desaconselhável permanecer ao volante por várias horas consecutivas. A cada duas horas de viagem, faça uma pausa para caminhar e se alongar. Isso estimula a circulação sanguínea e alivia o estresse nos músculos.
 

Faça exercícios para melhora da mobilidade: Quanto aos pés, faça exercícios movimentando os tornozelos de forma circular para estimular a circulação sanguínea, prevenindo cãibras e dores nas pernas.
 

Utilize almofadas de suporte: Evite desconfortos na região lombar usando almofadas de suporte ou travesseiros ao longo da viagem. Isso ajuda na manutenção da postura correta e alivia tensões nos músculos das costas.
 

Mantenha-se hidratado: Beber água regularmente durante a viagem mantém seu organismo hidratado, auxiliando o sistema circulatório e reduzindo o risco de dores nas pernas 



Bernardo Sampaio: Fisioterapeuta pela PUC Campinas, possui especialização e aprimoramento pela Santa Casa de São Paulo e é mestrando em Ciências da Saúde pela mesma instituição. Atua como professor universitárioem cursos de pós-graduação na área de fisioterapia músculo esquelética e é Diretor Clínico do Centro Especializado em Movimento (CEM), ITC Vertebral e Instituto Trata, de Guarulhos.

Sobre a Raquel Silvério: Fisioterapeuta e Diretora Clínica do Instituto Trata, a profissional possui especialização em fisioterapia músculo esquelética pela Santa Casa de São Paulo, além de formação em terapia manual ortopédica nos conceitos Maitland e Mulligan e forte experiência em tratamentos da coluna vertebral.

 

Networking forçado: Quando a busca por conexões profissionais pode prejudicar seu desenvolvimento

 

Tentar forçar o contato com outros profissionais surte o efeito contrário de um bom networking, afirma o advogado e Sócio Diretor da Nelson Wilians Advogados, Sérgio Vieira

 

O networking diz respeito à construção e manutenção de conexões profissionais. Essa prática é muito importante para potencializar a sua vida profissional e auxiliar no seu desenvolvimento. No entanto, para que ela seja realmente eficaz é preciso evitar alguns erros comuns durante o processo.

 

Um dos erros mais cometidos na prática de Networking é a busca forçada por novos contatos, o que acaba surtindo o efeito contrário, explica o advogado e Sócio Diretor da Nelson Wilians Advogados,  Sérgio Vieira.

O chamado ‘networking forçado’ é um passo para trás na sua carreira profissional, ele pode ser bastante negativo fazendo com que você, na verdade, seja mal visto pelas pessoas com que você desejava formar uma conexão”.

 

O que é o Networking forçado?


O networking forçado é uma prática que tenta simular situações para aumentar sua rede de contatos, ele busca criar conexões em eventos ou situações onde a interação é artificial ou constrangedora. 

Normalmente, essa estratégia usa abordagens muito diretas para estabelecer contatos profissionais, resultando em conversas superficiais e pouco produtivas.

Quando você pensar em ampliar sua rede de contatos profissionais e, por exemplo, vai jogar golf, mas você não gosta de golf, vai jogar tênis, mas você não gosta de tênis, frequenta um determinado clube, mas você não gosta desse clube… Todos percebem que seu objetivo lá é se aproximar deles, o que faz com que eles, na verdade, se afastem”, explica Sérgio Vieira.

 

Como fazer networking corretamente?


Para construir uma rede de contatos profissionais corretamente deve-se buscar situações naturais para contatar outras pessoas, destaca Sérgio Vieira.

Para um networking eficaz, é importante focar em construir relacionamentos autênticos. Sempre ouça atentamente as outras pessoas, demonstre interesse genuíno e ofereça ajuda sempre que puder. Participe de eventos relevantes para ambas as partes e mantenha contato regular”, reforça.

 

 


Sérgio Vieira - Formado em Direito em 2006 na Universidade Salvador, assumiu o cargo de Sócio Diretor do escritório Nelson Wilians Advogados em Manaus, que é atualmente é o maior escritório do país e conta com filiais em todos os Estados da Federação, empregando cerca de 2.000 colaboradores e com 450.000 processos ativos em sua base.


Começando o ano novo de 2024 com uma liderança inspiradora

 O que aprendi com o Galileu (Lições de Jesus Cristo)?

Ao virar o ano de 2023 para 2024, encontramo-nos em um momento de reflexão, esperança e planejamento. Como líderes, este é um período crucial para avaliar nossas abordagens, inspirar nossas equipes e estabelecer o tom para os meses que estão por vir. Em meio a essa jornada, voltar-se para exemplos históricos de liderança pode oferecer insights profundos e orientação valiosa. Um desses exemplos é a liderança transformadora de Jesus Cristo, cujas práticas continuam a ressoar através dos séculos.


Capacitação e Desenvolvimento

Jesus Cristo não era apenas um mestre na arte da oratória. Ele era um líder prático e envolvente que capacitava seus discípulos por meio de experiências diretas e aprendizado imersivo. Ele não apenas compartilhou ensinamentos teóricos, mas também os demonstrou em ações, permitindo que seus seguidores participassem ativamente de missões e ministérios. Neste início de 2024, os líderes podem se beneficiar ao adotar uma abordagem similar de capacitação, proporcionando oportunidades tangíveis para aprendizado, crescimento e desenvolvimento profissional dentro de suas organizações.


Estímulo e Incentivo

A habilidade de Jesus de estimular e motivar seus discípulos é palpável em várias passagens bíblicas. Ele reconheceu seus pontos fortes individuais, encorajou seus talentos e habilidades, e os motivou a enfrentar desafios com coragem e determinação. No amanhecer deste novo ano, líderes contemporâneos podem extrair valiosas lições dessa abordagem, buscando reconhecer e celebrar as conquistas de suas equipes, fornecer feedback construtivo e criar um ambiente que cultive a autoconfiança, resiliência e colaboração.


Motivação e Propósito

Jesus Cristo sempre conectava seus ensinamentos a um propósito maior, inspirando seus discípulos a enxergar além das circunstâncias imediatas e a se comprometerem com uma missão mais ampla e significativa. Ele compartilhou visões, valores e princípios que serviam como alicerce para suas ações e decisões, guiando seus seguidores em direção a um objetivo comum. Ao iniciar este novo capítulo em 2024, líderes visionários são desafiados a comunicar uma visão clara, alinhar objetivos estratégicos com valores organizacionais e inspirar suas equipes a se dedicarem a um propósito compartilhado, cultivando um senso de pertencimento, engajamento e realização coletiva.


Envio e Empoderamento

Um dos pilares centrais da liderança de Jesus foi seu desejo de enviar seus discípulos para realizar obras significativas em seu nome. Ele os empoderou com autoridade, confiança e os recursos necessários para cumprir suas missões, demonstrando uma profunda confiança em suas capacidades e um compromisso inabalável com a causa que os unia. Em 2024, líderes modernos são chamados a abraçar uma abordagem semelhante de envio e empoderamento, reconhecendo o potencial único de seus liderados, delegando responsabilidades com confiança e criando um ambiente onde a autonomia, a criatividade e a inovação floresçam.

À medida que o sol nasce sobre o ano de 2024, somos lembrados da importância de liderar com integridade, compaixão e propósito. Inspirando-nos nas práticas transformadoras de Jesus Cristo, podemos cultivar um ambiente de crescimento, inovação e realização coletiva, capacitando nossas equipes, estimulando talentos individuais, motivando com propósito e enviando com confiança. Que este novo ano seja marcado não apenas por realizações tangíveis, mas também por um legado de liderança inspiradora, impacto positivo e um compromisso renovado com os valores que nos unem como líderes, equipes e comunidades. Que cada decisão, cada ação e cada palavra reflitam nossa dedicação coletiva a fazer a diferença, tornando 2024 um ano de crescimento, transformação e sucesso duradouro para todos.

Para mais conteúdos como este, recomendo a leitura do meu mais novo livro, “O galileu – o maior líder de todos os tempos”, lançado pela editora Literare Books International.

 

Marcelo Simonato - Diretor e conselheiro de empresas, escritor, palestrante em Liderança e Gestão.
www.marcelosimonato.com
@marcelosimonato.oficial
@ogalileu_livro

 

 

Quais os desafios para a inclusão de PCDs no setor de tecnologia?

As pessoas que vivem com algum tipo de deficiência têm maior dificuldade de acesso à educação e de inserção no mercado de trabalho: esse foi o resultado do último levantamento, realizado pela Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Além disso, a mesma pesquisa apontou que, no final do ano passado, somente 26% das pessoas com deficiência (PCDs) estavam trabalhando.

Mesmo com os avanços no debate de Diversidade & Inclusão, ainda é nítido que a inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho enfrenta resistência. Criada há mais de 30 anos, a legislação brasileira determina que empresas com 100 empregados ou mais reservem vagas para PCDs e, mesmo assim, existe dificuldade para a inserção desse público.

 

Se no segmento geral esse é o cenário, quando pensamos no setor de tecnologia é ainda pior. Segundo um levantamento, realizado pelo Relevo em 2021, apenas 1,6% dos convites de empresas de tecnologia são para candidatos com deficiência. Levando em consideração que a pesquisa do IBGE revelou que quase 9% da população com 2 anos ou mais têm algum tipo de deficiência, o número de vagas ofertadas para esse público é muito abaixo do esperado. 

 

Diante de uma realidade como essa e com o objetivo de ‘hackear’ esse sistema e mudar o atual panorama, é importante que sejam criadas mais oportunidades. É necessário que exista um compromisso das empresas de tecnologia – desde as maiores até as MPEs – para engajar na causa e contribuir com a inclusão e formação de PCDs no setor. Neste sentido, é interessante observar o nascimento de iniciativas que auxiliem na formação, preparação e inclusão desses profissionais.

 

Assim, não basta somente o investimento financeiro, é preciso que as companhias também se preparem para receber as pessoas. A realização de letramento para a equipe pode auxiliar neste momento, além de contar com o suporte de algum especialista da área para orientar as ações da empresa e do time. Por fim, é necessário que haja um ambiente acolhedor onde o colaborador PCD sinta-se confortável, seguro para se expressar e pertencente à cultura da organização. 

 

Já para as pessoas com deficiência que se interessem e desejem ingressar no segmento de TI, a dica é apostar no desenvolvimento pessoal, investindo nas habilidades de soft skills, além de focar nas habilidades técnicas relacionadas à área de tecnologia que desejam seguir. Participar de eventos, talks e meetups, também podem contribuir para a evolução e inserção na área de TI, isso porque nesses espaços há a oportunidade de aprendizado, se conectar com muitas pessoas e criar networking, além de conhecer empresas e garantir visibilidade como profissional, pois cuidar da sua marca pessoal é muito importante.

 

Ainda que haja uma legislação para garantir a contratação de pessoas com deficiência, é preciso que as companhias olhem para esse público como profissionais com potencial e que podem contribuir para o crescimento do negócio. Por isso, a criação de programas de formação é uma forma de investir no desenvolvimento técnico e pessoal, possibilitando que as pessoas com deficiência conquistem novas oportunidades e impulsione a sua carreira. O caminho para a inclusão passa pelo engajamento das empresas na causa, aquelas que desejam ser plurais devem investir em programas de formação e iniciativas, deixando de lado o preconceito e o capacitismo, garantindo oportunidades para todos.

 

Morgana Goulart -Training Developer Manager da Probies na ilegra, empresa global de design, inovação e software

 

Paulistanos e turistas aprovam o Réveillon na Paulista

 

Pesquisa realizada pelo Observatório de Turismo e Eventos (OTE) da cidade de São Paulo apontou que 98% do público aprova o investimento da Prefeitura de São Paulo na festa que comemora a virada do ano no cartão-postal da cidade, a Avenida Paulista

 

O Observatório do Turismo e Eventos da Cidade de São Paulo (OTE) realizou pesquisa de perfil e de satisfação de público durante o Réveillon na Paulista para aferir o impacto econômico que este evento, que integra o Calendário de Eventos Estratégicos da Cidade de São Paulo. 98% dos presentes declararam que a Prefeitura de São Paulo, promotora do evento, deve continuar realizando a festa que marca a virada do ano na cidade de São Paulo. 

“O Réveillon na Paulista representa um momento de encerramento oficial do ano num lugar que marca a vida de muitas pessoas que vivem e visitam a nossa cidade. É uma alegria poder promover esta festa que atrai muitos turistas que estendem a sua estadia aqui para conhecer melhor nossos pontos turísticos, fazer compras e aproveitar a gastronomia diversa, que é destaque em todo o mundo o ano inteiro”, afirma o Secretário Municipal de Turismo, Rodolfo Marinho. 

O relatório prévio aponta um perfil de público com uma sutil predominância de pessoas do sexo masculino (50,7%) com idade entre 25 e 49 anos (60,5%). Os entrevistados responderam que foram ao evento acompanhados de familiares (25,6%) e amigos (25,3%). 

Para chegar até a Avenida Paulista, a mais conhecida da cidade, cartão-postal com inúmeros espaços culturais e escritórios, as pessoas priorizaram o transporte público, optando por Metrô (52%) e Ônibus (23,1%). 

As principais motivações para ir ao Réveillon na Paulista foram curtir a própria Avenida Paulista (32,1%), a programação de atrações musicais (30%) e a queima de fogos (10,2%). Os fãs do cantor Zezé di Camargo marcaram presença, correspondendo a 40,7% das pessoas que estavam na Avenida motivadas por alguma atração artística. Na sequência, com 34,4% aparecem os fãs da dupla Chitãozinho e Xororó, que comandou a contagem regressiva para a virada do ano ao som da música Evidências, um clássico do repertório dos artistas. 

A nota geral dada pelo público é de 8,8, com destaque para a sonorização, aprovada por 91,5% dos presentes; posicionamento da sinalização (90,6%) e a circulação (88,8%). Entre os pontos de melhoria apontados estão as opções de alimentação. 

“A aprovação confirma a qualidade dos eventos organizados na cidade, a começar pela inovadora proposta do palco cenográfico e a qualidade do som, itens reconhecidos pelo público”, acredita Gustavo Pires, presidente da São Paulo Turismo, empresa da Prefeitura.
 

Turistas tiveram o gasto médio superior ao ano passado

O relatório traz ainda informações de impacto econômico na cidade, que já revelam tendências para o ano de 2024. Nesta edição do Réveillon na Paulista, o gasto médio dos turistas na cidade cresceu 17,1% em comparação com o mesmo período em 2022, saindo de R 1.507,32 para R 1.765,24. Somente este público de fora de São Paulo teve um impacto na economia da cidade de R 140 milhões. 

Formado em sua maioria por moradores da cidade de São Paulo (64,2%), o público do Réveillon na Paulista é diverso, atraindo muitas pessoas da Região Metropolitana (15,9%) e Interior de São Paulo (6,8%). Os visitantes estrangeiros (1,2) eram de países como Alemanha, Argentina, Bolívia, Chile, Espanha, entre outros. Entre os brasileiros de outros estados, se destacam baianos (1,5%), mineiros (1,5%) e fluminenses (1,1%). 

Quem veio de fora da cidade optou pelo carro (31,5%), avião (24,3%) ou trem (21,5%). O famoso bate e volta, modalidade que não conta com pernoite na cidade, concentrou 50,2% das respostas. Em seguida, aparece a hospedagem em hotel ou flat (26,4%) e casa de amigos ou parentes (13,4%). A estadia média dos entrevistados na cidade é de 4 noites.
 

Gastronomia, Compras e Turismo

Quem veio curtir o Réveillon também aproveitou para visitar bares e restaurantes, valorizando a gastronomia da cidade (52,1%), fazer compras (50,2%) e passeios turísticos. As opções culturais da cidade também atraíram muitos visitantes: 20,5% das pessoas foram a museus e 15,3% responderam que foram ao cinema, ao teatro ou a shows. 

A estrutura de turismo da cidade foi bem avaliada pelos visitantes. A qualidade da hospedagem foi aprovada por 84,2% das pessoas, assim como a mobilidade que teve 89,3% de validação.

As Centrais de Informação Turística - CITs, disponíveis em pontos estratégicos da cidade como aeroportos, Terminal Rodoviário do Tietê, Avenida Paulista, entre outros, foram aprovadas por 70% dos visitantes. Atualmente em fase de adaptação para as novas necessidades da cidade, as CITs terão um novo perfil de atendimento em 2024.



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