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segunda-feira, 6 de novembro de 2023

Combate ao trabalho escravo deve ser foco nas empresas e o olhar deve ser além do RH

 O trabalho análogo à escravidão vem ganhando cada vez mais visibilidade no Brasil, em razão do crescente número de casos. Isso também chama a atenção das empresas, que precisam estar atentas às condições a que são expostos seus colaboradores, principalmente, seus terceirizados, pois, também nesses casos, são corresponsáveis por esses atos. 

E não adianta, depois que os casos ocorrem, buscar afirmar que não sabiam, pois terão que responder judicialmente, e na grande maioria das vezes com razão. Além de ter que enfrentar um grande desgaste para a marca, que se vê prejudicada, impactando nos resultados dos negócios. Ou seja, é preciso entender muito o tema para poder combater tais práticas 

“O tema é complexo para empresas indo muito além da questão ética e humanitária, pois tem as questões criminais e trabalhistas que são muito graves e, além disso, o desgaste da imagem quando enfrenta uma crise gerada pela denúncia de trabalho escravo. Nos últimos anos, temos visto diversos casos de eventos que prejudicaram a imagem de empresas, o que demanda tempo e muito trabalho para recuperar o valor perdido pela marca”, alerta Rosa Sborgia, sócia da Bicudo e Sborgia Marcas e Patentes. 

O trabalho análogo à escravidão é aquele que resulta das seguintes situações:

  • submissão do colaborador a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva;
  • sujeição de trabalhador a condições degradantes de trabalho;
  • restrição da locomoção do trabalhador (por dívida contraída, impedimento do uso de qualquer meio de transporte por parte do trabalhador ou por qualquer outro meio com o fim de retê-lo no local de trabalho);
  • vigilância ostensiva a fim de retê-lo no local de trabalho;
  • posse de documentos ou objetos pessoais do trabalhador, por parte do empregador ou de seu preposto, a fim de retê-lo no local de trabalho. 

“É importante observar que o trabalho análogo à escravidão está, muitas vezes, ligado ao não cumprimento das normas de saúde e segurança do trabalho. Assim, as empresas expõem os trabalhadores a condições precárias e perigosas. Isso é uma violação dos direitos humanos e, além disso, é uma forma de desrespeito à vida e à integridade física e mental dos trabalhadores”, argumenta a CEO da Moema Medicina do Trabalho, Tatiana Gonçalves. 

Em relação aos casos recentes, ressalta-se a importância de as empresas garantirem um ambiente de trabalho adequado. “Para os empresários, fica a lição de que é fundamental que empresas e autoridades responsáveis garantam um ambiente de trabalho seguro e saudável. Isso se dá respeitando a legislação, adequando-se às normas técnicas a respeito do tema e promovendo condições dignas a todos os trabalhadores”, afirma Tatiana Gonçalves.

 

Cuidados com terceirizados

Segundo o advogado Mourival Boaventura Ribeiro, sócio da Boaventura Ribeiro Advogados, casos recentes como o de vinícolas no Rio Grande do Sul e de um grande festival em São Paulo têm em comum o fato de envolver funcionários contratados por empresas terceirizadas. 

“Se você se atentar bem, estes escândalos de utilização de mão de obra análoga à escravidão na maioria das vezes envolve a prestação de serviços terceirizados. Antes e durante a vigência destes contratos as empresas contratantes devem analisar e fiscalizar o cumprimento dos mesmos, exigir das contratadas documentos comprobatórios de registro dos profissionais, de pagamento de salários e benefícios, do controle de frequência com a carga horária efetivamente cumprida”, alerta Mourival Ribeiro. 

A empresa tomadora dos serviços será subsidiária ou solidariamente responsabilizada pelas violações aos direitos dos trabalhadores, o Ministério Público e a Justiça do Trabalho têm atuado no sentido de imputar responsabilidade à empresa que se beneficia desse tipo de mão de obra. 

A orientação de Mourival Ribeiro é que as empresas, ao contratar mão de obra terceirizada, fiscalizem e exijam o cumprimento das leis pela empresa contratada, até porque a empresa contratante poderá vir a ser responsabilizada em caso de inadimplência. 

Mourival Ribeiro conta que, como forma de prevenção, grandes redes têm adotado programas para monitoramento de cadeias produtivas e fazem estabelecer em contratos a obrigação ao integral cumprimento das leis trabalhistas e de outros incidentes na relação contratual, a fim de garantir a não utilização pela empresa parceira de mão de obra infantil ou trabalho escravo, com imposição de restrições em caso de violações a tais regras. 

Mas isso não vale apenas para as grandes empresas, as pequenas e médias precisam ainda mais se precaver. A descoberta de ações erradas ou associadas a esse tipo de trabalho é, com certeza, um grande golpe para os negócios, levando muitas vezes essas empresas a fecharem as portas. Lembrando que elas não possuem a mesma estrutura jurídica das grandes empresas, nem mesmo de marketing.

 

Cuidados em casa

A preocupação também vem aparecendo em relação aos contratos de trabalho domésticos, com muitos casos de famílias que mantêm funcionários em condições deploráveis e com restrições à liberdade do trabalhador. 

“No ambiente doméstico, essa situação se agrava. Via de regra, as empregadas domésticas acabam isoladas do convívio social e familiar. Na maioria dos casos, começam a trabalhar ainda quando crianças, e a situação persiste ao longo de quase toda a vida dessas pessoas, obrigadas ao cumprimento de jornadas excessivas de trabalho e sem direitos básicos ou mesmo sem remuneração regular”, explica Mourival Ribeiro. 

O advogado conta que, no ano de 2022, o TST julgou um caso no qual uma professora e suas filhas, durante 29 anos, mantiveram a empregada doméstica em condições degradantes de trabalho e confirmou a condenação imposta a elas ao pagamento de indenização por danos morais em valor de 1 milhão de reais. 

“Infelizmente, até mesmo em função do isolamento ao qual são submetidas essas pessoas, a maioria dos casos vem à tona por meio de denúncias, mas é preciso diferenciar a violação aos direitos trabalhistas com o trabalho em condições análogas à escravidão”, explica o advogado.

 

Normas regulamentadoras

Para minimizar os possíveis riscos existentes, as empresas devem se atentar e conhecer as regras regulamentares existentes para o ambiente de trabalho, conforme explica Tatiana Gonçalves. 

“As normas estão aí e qualquer pessoa pode ter acesso a elas. O importante é se atentar e avaliar se o ambiente de trabalho está condizente às regras. Um exemplo é a norma regulamentadora do trabalho, número 6, que trata dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI). O regulamento deixa claro que a empresa não pode cobrar por essas proteções, além de ser obrigada a fornecer, educar sobre o uso e acompanhar o uso correto”, explica a CEO da Moema Medicina do Trabalho. 

Contudo, Gonçalves detalha outra norma, a NR24, que estabelece as condições mínimas de higiene e de conforto a serem observadas pelas organizações. Nessa mesma linha, confira alguns pontos de destaque segundo Tatiana Gonçalves:

  • Locais para refeições: os empregadores devem oferecer aos seus trabalhadores locais em condições adequadas de conforto e higiene para as refeições por ocasião dos intervalos concedidos durante a jornada de trabalho.
  • Alojamento: é o conjunto de espaços ou edificações, composto de dormitório, instalações sanitárias, refeitório, áreas de vivência e local para lavagem e secagem de roupas, sob responsabilidade do empregador, para hospedagem temporária de trabalhadores. Esses espaços devem:
    1. ser mantidos em condições de conservação, higiene e limpeza;
    2. ser dotados de quartos;
    3. dispor de instalações sanitárias, respeitada a proporção de 1 (uma) instalação sanitária com chuveiro para cada 10 (dez) trabalhadores hospedados ou fração; e
    4. ser separados por sexo. 

Caso as instalações sanitárias não sejam parte integrante dos dormitórios, devem estar localizadas a uma distância máxima de 50 m (cinquenta metros) desses ambientes, interligadas por passagens com piso lavável e cobertura. 

“Esses são apenas exemplos básicos dos cuidados a serem tomados pelas empresas, mas existem muitos outros. Assim, a recomendação é entender as normas e se adequar. Feito isso, os riscos ficam muito menores, garantindo o normal funcionamento do negócio”, finaliza Tatiana.


Método baseado em imagens de satélite se mostra eficaz no mapeamento de áreas agrícola

Contraste entre vegetação e lavoura em área
de fronteira agrícola no Cerrado
(
foto: Marcos Adami/Inpe)
Modelo criado no Inpe usa dados da missão Sentinel-2 – par de satélites lançado pela Agência Espacial Europeia para o monitoramento da vegetação, solos e áreas costeiras. Resultados da pesquisa podem subsidiar políticas agroambientais

 

Usadas frequentemente em estudos relacionados à detecção de desmatamento e queimadas, imagens de satélite da missão Sentinel-2 têm se mostrado eficazes em análises com enfoque no avanço da fronteira agrícola, um dos fatores de mudanças abruptas no uso da terra. Pesquisa publicada recentemente por cientistas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) obteve precisão de até 96% na utilização do sistema para mapear culturas agrícolas no Cerrado.

Segundo maior bioma da América do Sul, o Cerrado registrou mensalmente neste ano recordes de desmatamento, pressionado principalmente pelo Matopiba – fronteira agrícola que abrange Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia –, onde há aumento da abertura de áreas de vegetação nativa para conversão em pasto e plantio de grãos. O bioma é o que tem a menor porcentagem de áreas protegidas integralmente e regras ambientais estaduais mais flexíveis. Nesse sentido, a obtenção de informações precisas sobre o uso e cobertura da terra é essencial para monitorar mudanças e subsidiar políticas agroambientais.

Com base em conjuntos de índices espectrais e na arquitetura de cubos de dados montada pelo Brazil Data Cube – projeto do Inpe que produz dados prontos para uso a partir de grandes volumes de imagens de sensoriamento remoto –, os pesquisadores mapearam o cinturão agrícola do Cerrado, localizado no oeste da Bahia.

Entre as culturas mais plantadas na região estão milho, algodão e, principalmente, soja, além do cultivo de café, essencialmente irrigado. A vegetação natural é composta por matas (ciliares, secas, de galeria e “cerradão”), savanas (Cerrado stricto sensu, palmeiral e vereda), campos e pastagens. Com paisagem heterogênea e dinâmica, foi necessário incorporar amostras coletadas em campo e calendários de culturas para aumentar a precisão da análise.

“A informação cartográfica de onde estão os variados tipos de vegetação, bem como a indicação de áreas naturais ameaçadas e vetores de expansão agrícola, é essencial para o setor agroambiental brasileiro. Como diz o pesquisador Dalton Valeriano, uma referência para nós, precisamos saber o que é que está onde. Imagens do Sentinel-2/MSI têm resolução temporal de cinco dias e espacial de 10 metros, o que aumenta a possibilidade de monitorar a superfície, incluindo culturas agrícolas e seus ciclos fenológicos, em nível de detalhe mais refinado. Isso amplia a capacidade de análise da sociedade, que passa a conhecer, com mais clareza, as mudanças que ocorrem ao longo dos anos. Para quem trabalha com agricultura é fundamental”, afirma à Agência Fapesp o pesquisador Michel Eustáquio Dantas Chaves.

Atualmente professor assistente na Universidade Estadual Paulista (Unesp), no campus de Tupã, Chaves assina o artigo Improving crop mapping in Brazil’s Cerrado from a data cubes-derived Sentinel-2 temporal analysis juntamente com a pesquisadora Ieda Sanches, que foi sua supervisora no pós-doutorado conduzido na Divisão de Observação da Terra e Geoinformática (DIOTG-Inpe). Publicado em junho na revista Remote Sensing Applications: Society and Environment, o trabalho recebeu apoio da FAPESP.

A missão Sentinel 2/MultiSpectral Instrument (MSI), da Agência Espacial Europeia (ESA na sigla em inglês), teve início em 2015 e, dois anos depois, contou com dois sensores. As imagens geradas passaram a ser mais utilizadas a partir de 2020, devido ao avanço da computação em nuvem.

“Essas imagens geram volume, exigindo processamentos que podem ser demorados e feitos apenas em computadores mais avançados. Cubos de dados reduzem o tamanho e o tempo das etapas, facilitando o acesso até mesmo de gestores públicos, produtores agrícolas e outros interessados. Fizemos os mapeamentos a partir de uma cadeia de processamento que criamos. Ela envolve desde a inserção de amostras para treinar o algoritmo até a avaliação da classificação e dá suporte ao uso de imagens. Na forma ‘antiga’, precisaríamos baixar dados e gerar informações com softwares específicos. Hoje, é possível acessar cubos de dados e outros arquivos armazenados em catálogos virtuais e fazer processamentos a distância, o que otimiza tempo e recurso e possibilita captar mais detalhes”, completa Chaves.

O pesquisador e Sanches são autores de um outro trabalho, publicado em fevereiro na Automation, que já mostrava a viabilidade da combinação de imagens da missão Sentinel-2/MSI e cubos de dados para melhorar o nível de detalhe de mapeamentos no Cerrado. Com informações da safra 2018-2019, a precisão chegou a 88%.

“A precisão aumentou de 88% para 96% e tende a ir além, mas o foco é que os três artigos que publicamos funcionam como uma coleção na discussão de novas tecnologias para o cenário agroambiental brasileiro. Apresentamos um método, sua funcionalidade e possibilidades de melhoria. Se a produção de alimentos e commodities não estiver alinhada à provisão de serviços ecossistêmicos, perderemos recursos naturais e dinheiro. Não há mais espaço para a dicotomia entre conservar e produzir. O que deve existir é integração e políticas públicas específicas. Se o aprimoramento do nível de detalhe permite reduzir incertezas e melhorar estimativas de área, monitorar desmatamento e rastrear ilegalidades com antecedência, ele é positivo para toda a cadeia produtiva”, avalia Chaves.

O terceiro artigo a que se refere foi publicado pela dupla na revista Land Use Policy, juntamente com o pesquisador do Inpe Marcos Adami, em que eles discutem a necessidade de o Brasil contar com segurança jurídica para o setor agroambiental. Destacam que a crise econômica brasileira vivida recentemente dificulta o combate ao desmatamento ilegal – apenas 1,3% dos alertas de desmate ilegal entre 2019 e 2020 resultaram em processos no país. Por outro lado, citam estratégias que podem ser efetivas e ferramentas que ajudam a monitorar o desmatamento e fortalecer a aplicação da lei.

Segundo o cientista, para resolver este “quebra-cabeça”, é preciso segurança jurídica e fiscalização eficaz, punindo crimes ambientais e estimulando a sociobiodiversidade. “A discussão deve ser diplomática e baseada na ciência, pois ordenamento territorial a partir do capital natural é questão de soberania epistêmica para o Brasil”, escrevem no artigo.

Ritmo acelerado

Com uma área de 2 milhões de quilômetros quadrados (km2), o equivalente ao território do México, o Cerrado é a savana mais biodiversa do mundo e também conhecido como “berço de águas” no Brasil por abrigar importantes bacias hidrográficas que abastecem o Sul e o Sudeste.

O desmatamento, no entanto, vem crescendo mês a mês – somente em setembro foram devastados 679,77 km2 no bioma, um aumento de 149% em relação ao mesmo mês do ano passado. Já de agosto de 2022 a julho de 2023, o crescimento foi de 16,5%, alcançando 6.300 km2 destruídos no período. Foi o pior resultado desde o início da medição, entre 2017 e 2018, feita com base no sistema de alertas Deter, do Inpe.

Segundo os pesquisadores, o ritmo acelerado da devastação associado aos impactos das mudanças climáticas, além de elevar as emissões de gases de efeito de estufa, resultam em perda de hábitat para várias espécies, em escassez de água potável e mudanças na precipitação, podendo alterar até mesmo a própria produção agrícola.

O Brasil é um dos maiores produtores de alimentos do mundo, com estimativa de novo recorde na safra de grãos 2022/2023, anunciada pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os brasileiros devem colher 315,8 milhões de toneladas na safra, o que representa 43,2 milhões de toneladas a mais em comparação com o período anterior (crescimento de 15,8%).

“A possibilidade de rastreamento é vantajosa do ponto de vista ambiental, social e econômico. Com o acordo Mercosul/União Europeia, a tendência é que o Brasil seja exigido a eliminar o desmatamento de sua cadeia produtiva para conseguir exportar. Análises com maior nível de detalhe favorecem a construção de políticas públicas e ajudam tomadores de decisão a melhor direcionar os esforços para o planejamento territorial”, conclui Chaves.

Mais informações sobre a cadeia de processamento de dados podem ser encontradas em: https://zenodo.org/records/8349288 e em https://zenodo.org/records/8349286.

o artigo Improving crop mapping in Brazil’s Cerrado from a data cubes-derived Sentinel-2 temporal analysis pode ser acessado em: www.sciencedirect.com/science/article/pii/S2352938523000964#gs1 


Luciana Constantino
Agência FAPESP
https://www.blogger.com/blog/posts/7871777308407342310


Enem 2023: primeiro dia de provas exigiu estratégia do estudante para leitura de textos

Vestibulandos tiveram que realizar uma prova de Redação e responder 45 questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e 45 de Ciências Humanas e suas Tecnologias

 

Ocorreu neste domingo (05) o primeiro dia do Enem 2023. Os estudantes tiveram 5h30min para realizar uma prova de redação e responder 45 questões de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias e 45 de Ciências Humanas e suas Tecnologias. 

Confira a seguir os comentários das provas do Enem 2023 realizados pelos professores do Etapa.

 

Redação 

O tema da prova de Redação do Enem 2023 foi “Desafios para o enfrentamento da invisibilidade do trabalho de cuidado realizado pela mulher no Brasil”. 

A proposta aborda questões sociais relacionadas a um tipo de trabalho que, muitas vezes, é invisibilizado pela sociedade. 

“Esse tema é bastante importante e possibilita que o estudante cuide da visibilidade do que se chama atualmente por ‘economia do cuidado’. Esse conceito envolve um conjunto de ações relacionadas aos cuidados para manutenção da vida de outras pessoas, e pode ser remunerado ou não, mas no âmbito doméstico ele não tem nenhum pagamento e está conectado aos afazeres domésticos e aos cuidados da casa, com filhos e familiares”, comenta a coordenadora de Redação do Etapa Valinhos, Nayara Natalia de Barros. 

A prova de Redação do Enem 2023 também traz em seu tema um sujeito específico, que é a mulher, como destaca o coordenador de Redação do Colégio Etapa, Luiz Carlos Dias. “Muitas vezes a figura central responsável pela família é a mulher: a dona de casa, que dedica muitas horas para a limpeza, cuidados dos filhos e gestão do lar. Esse setor da economia não é considerado”, analisa Dias. 

Dentre as propostas de intervenção possíveis, os estudantes poderiam abordar, por exemplo, assuntos relacionados a políticas públicas ou mesmo às questões sociais em discussão na atualidade. 

“Os estudantes tiveram um tema bastante relevante, com uma possibilidade de retomar, por exemplo, a Proposta de Emenda à Constituição que focava na questão das trabalhadoras domésticas, destacando, nesse caso, a importância da economia do cuidado como um elemento central da intervenção”, sugere Dias. 

“Os estudantes também poderiam discutir pautas como feminismo, a forma que é feita a divisão das tarefas domésticas e o desequilíbrio entre os homens e as mulheres em relação ao tempo dedicado para esses afazeres. A expectativa é que a proposta passe pela economia do cuidado e que os estudantes abordem a exaustão causada pelo trabalho doméstico, que é contínuo, exige doação física e emocional, planejamento e muitas vezes não tem qualquer tipo de reconhecimento”, reflete Barros.

 

Linguagens, Códigos e suas Tecnologias 

Língua Portuguesa

Literatura

Educação Física

Tecnologias da Informação e Comunicação

Artes

As provas de Língua Portuguesa, Literatura, Educação Física, Tecnologias da Informação e Comunicação e Artes do Enem 2023 seguiram a tradição das últimas edições do exame, com questões introduzidas por textos, muitos deles longos, o que exigiu uma boa estratégia para o estudante lidar com o cansaço. 

“O que chamou atenção na configuração geral da prova é que ela estava ‘blocada’, isso é, ao invés de as questões estarem espalhadas, houve blocos de questões de artes, educação física e outros temas, por exemplo”, pontua o coordenador de Português do Etapa, Heric Palos.

 

Língua Estrangeira

 

Inglês

A prova de Inglês do Enem 2023 contou com cinco questões que mantiveram o padrão de abordar assuntos plurais e diversos. Do total de questões, três tiveram como base poemas. “O que surpreendeu foi a ausência da pluralidade de gêneros textuais. A gente está acostumado com uma prova de Inglês do Enem com cinco textos de gêneros diferentes. Neste ano, nós tivemos predominância de poemas”, explica a coordenadora de Inglês do Etapa, Mariana Billia.

 

Espanhol

A prova de Espanhol do Enem 2023 também foi composta por cinco questões, que mantiveram o perfil das últimas edições do exame, cobrando do estudante bastante interpretação de texto (poemas, letras de canções e notícia) e um pouco de conhecimento de vocabulário específico. 

“Foi uma prova como as outras, se não fosse pelo fato de uma das questões apresentar gramática aplicada (questão 01 da prova amarela)”, menciona a professora de Espanhol do Colégio Etapa, Vivian Motta Pires.

 

Ciências Humanas e suas Tecnologias

 

História 

A prova de História do Enem 2023 contou com 12 questões assim classificadas, que dialogavam com outras disciplinas, mantendo uma das principais características do exame. Além disso, os exercícios exploraram paráfrases e sinônimos, o que exigiu que o estudante soubesse substituir palavras para entender a resposta correta. 

“Temas clássicos, como a época das grandes navegações, expansão marítima e comercial europeia e os governos militares na república brasileira estiveram presentes no Enem 2023”, menciona o coordenador de História do Etapa, Thomas Wisiak.

 

Geografia

 

A prova de Geografia do Enem 2023 foi considerada clássica, dividindo de forma equilibrada as questões de geografia do Brasil e geografia geral. Entre as questões da prova, 13 foram classificadas como de geografia, sendo 6 de Brasil, 6 de geral e 1 de regional do mundo. 

“Geografia regional do mundo é menos presente na prova do Enem. Esse ano caiu uma questão de geopolítica chinesa, sobre como o governo chinês trata a questão do movimento separatista uigures”, explicou o coordenador de Geografia do Etapa, Omar Fadil Bumirgh.

 

Filosofia e Sociologia

 

As provas de Filosofia e Sociologia do Enem 2023 tiveram uma presença importante no exame, como nas últimas edições. Foram 14 questões classificadas como Sociologia, que demandaram preparação e conhecimento dos estudantes, e 6 questões classificadas como Filosofia. 

“Sociologia dialogou com temas contemporâneos, como a questão de gênero e a relação com a condição feminina (questão 50 da prova amarela). No caso de Filosofia, tivemos uma questão mais clássica — relacionando os sofistas a um texto do Machado de Assis (questão 47 da prova amarela) — e também filosofia contemporânea, com um texto do filósofo francês Merleau-Ponty (questão 75 da prova amarela)”, avaliou o coordenador de Filosofia e Sociologia do Etapa, Thomas Wisiak.

 

Segundo dia de provas do Enem 2023

 

O segundo dia de provas do Enem 2023 será realizado no próximo domingo (12). Os estudantes terão 5h para responder 45 questões de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e 45 de Matemática e suas Tecnologias. 

Neste ano, 3,9 milhões de pessoas se inscreveram para participar do Enem. O exame, realizado pelo Inep, é considerado o maior vestibular do Brasil, podendo ser usado em programas educacionais do governo federal (como o Sisu e o Prouni) e também em sistemas de seleção próprios de universidades, como da USP, da Unicamp e da Unesp. 

O gabarito oficial do Enem 2023 está previsto para ser divulgado no dia 24 de novembro, no site do Enem. Os estudantes podem conferir o gabarito extraoficial das provas do Enem e os comentários realizados pelos professores do Etapa na página do Etapa Resolve.


Sebrae entra na defesa do parcelado sem juros

Para instituição, limitação ou fim da modalidade de parcelamento no cartão de crédito prejudica empreendedores e consumidores


O Parcelamento Sem Juros (PSJ) é considerado indispensável para a economia do país. A modalidade permite aos consumidores adquirirem um produto ou serviço em condições que se encaixam em seu orçamento e, para o empreendedor, funciona como uma linha de crédito para capital de giro mais barata. A ampla defesa pelo PSJ de compras no cartão de crédito foi feita pelo Sebrae.

O Sebrae vem monitorando a discussão de limitar o número das parcelas sem juros ou até mesmo extinguir essa possibilidade ao consumidor. O Sebrae entende que a justificativa para a extinção dessa modalidade de compra não encontra qualquer amparo técnico.

Para Décio Lima, presidente do Sebrae, impedir o parcelamento prejudicará as micro e pequenas empresas."Precisamos dar garantia para que as micro e pequenas empresas tenham longevidade e segurança. O parcelamento com taxação é inimaginável frente às naturais dificuldades econômicas enfrentadas pelo setor na voracidade própria do mercado. Os pequenos precisam ser protegidos para continuar tracionando a economia brasileira", argumenta.

Conhecido pelos juros elevados, o cartão de crédito é usado por 39% dos donos de pequenos negócios como modalidade de financiamento. O índice contrasta com a proporção de empresários que apontam os empréstimos em bancos privados (7%) ou públicos (4%). Os dados são da pesquisa “Financiamento dos Pequenos Negócios no Brasil”, realizada pelo Sebrae. As informações sinalizam a dificuldade de acesso a crédito junto ao sistema financeiro, levando os empreendedores a optar pelo cartão de crédito como principal modalidade de financiamento usada.

Por isso, o Sebrae se junta a uma série de entidades que já publicamente se colocaram em favor da manutenção do parcelamento sem juros, tais como: CNC, Proteste, Associação Brasileira de Atacadistas e Distribuidores (Abad), Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Associação Brasileira de Tecnologia para o Comércio e Serviços (Afrac), Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL).


Saiba mais:


Contexto:

Em 3 de outubro, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva sancionou o Projeto de Lei que regulamentou o Desenrola, programa que prevê a renegociação de dívidas e visa a criar solução para baixar os juros do cartão de crédito, o chamado rotativo. Para isso, o Congresso estipulou um prazo de 90 dias para que bancos elaborassem uma autorregulamentação para isso. Após o prazo, caso não haja uma proposta viável, a dívida no cartão não pode ser maior que 100% do bem. Para baixar os juros do rotativo, bancos defendem que o PSJ seja limitado ou até extinto.


Números:

  • O parcelamento sem juros movimenta R$ 1 trilhão, correspondente a 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do país.
  • 9 em cada 10 varejistas no Brasil adotam o parcelamento sem juros no cartão para efetivar ao menos parte de suas vendas, de acordo com pesquisa da CNC.
  • Instituto Locomotiva revelou que quase 115 milhões de brasileiros (78%) só conseguiram conquistar seus sonhos até hoje porque puderam comprar nessa modalidade.
  • A pesquisa mostra que 42% das pessoas reduziriam seus gastos pela metade sem o PSJ.
  • Segundo o Datafolha, 75% da população fez uso do crédito parcelado sem juros em 2022.

Otis abre inscrições para seu programa de estágio no Brasil, inclusive para região de Ribeirão Preto

Programa Rota Escola desenvolve talentos e forma força de trabalho diversa e qualificada para atuar com a manutenção de elevadores e escadas rolantes


A Otis abre as inscrições para o Rota Escola, seu programa de estágio técnico, que tem como objetivo formar profissionais para atuar com a manutenção de elevadores e escadas rolantes.

 

São mais de 50 vagas abertas nas cidades de Ribeirão Preto (SP), Aracaju, Belém, Belo Horizonte, Brasília, Campo Grande, Curitiba, Florianópolis, Fortaleza, Goiânia, Itajaí, João Pessoa, Londrina, Manaus, Natal, Niterói, Porto Alegre, Recife, Rio de Janeiro, Salvador, Santos, São Luis, São Paulo, Teresina e Vitória. Para se candidatar, é preciso ter, no mínimo, 18 anos e estar matriculado nos cursos técnicos e tecnólogos em elétrica, eletrônica, eletrotécnica, eletroeletrônica, mecatrônica, automação e mecânica. As inscrições estão abertas até 15 de dezembro pelo site da Super Estágios. É necessário fazer o cadastro no site caso o candidato ainda não tenha.

 

“Os profissionais técnicos representam mais da metade da nossa força de trabalho e são essenciais para o nosso sucesso em manter as pessoas em movimento por todo o Brasil”, diz Cristiane Fiorezzi, Diretora de Recursos Humanos da Otis para a América Latina. “O programa Rota Escola representa a importância do desenvolvimento dos nossos colegas como um pilar fundamental na Otis. Oferecemos capacitação de primeiro nível para que nossos colegas brilhem no trabalho que executam.”

 

O programa inclui treinamento dos estagiários com duração de oito meses, oferecendo mais de 1.200 horas de capacitação teórica e prática, realizada com acompanhamento de técnicos experientes, para que aprendam sobre o funcionamento de elevadores e escadas rolantes, além de desenvolverem habilidades comportamentais para atendimento ao cliente. Os estagiários passam por avalições trimestrais para, ao final do programa, serem elegíveis para uma possível efetivação como técnicos e técnicas da Otis.

 

Diversidade, equidade e inclusão


A diversidade, equidade e inclusão são parte da cultura da Otis. “Grande parte das profissionais mulheres que temos em campo chegam à Otis pelo Rota Escola. Nossa meta é que elas representem metade dos participantes do programa. Vimos o número de candidatas interessadas crescer ano a ano e, na edição do ano passado, as inscrições de mulheres bateram o recorde”, conta Fiorezzi.

 

Adriane Silva, Supervisora de Serviços da filial da Otis em Goiânia, é um exemplo de profissional que deu início à sua carreira pelo Rota Escola. Silva entrou na empresa por meio da edição de 2018 do programa e, após sua conclusão, foi a primeira técnica mulher a ser efetivada em sua filial. “Sempre fui muito bem recebida, tive o apoio de todos os colegas e isso fez a diferença em minha carreira. Uma das coisas que mais me deixam feliz é ver como a Otis se preocupa em oferecer oportunidades de desenvolvimento e em dar mais espaço às mulheres. Eu participei do Programa de Bolsas de Estudo para Funcionários e também fui mentorada, isso permitiu que eu descobrisse o que, de fato, queria para o futuro. E o resultado veio mais rápido do que eu imaginava: fui a primeira mulher em nossa filial a ser promovida para o cargo de Supervisora de Serviços”, diz Silva.




Otis
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Coisas que ninguém conta para a advogada que quer multiplicar seu negócio

A advogada e empreendedora serial Andressa Gnann cita desafios que envolvem crescer no empreendedorismo voltado ao Direito


A advocacia é uma carreira desafiadora e com muito propósito para quem a escolhe, mas deve ser encarada como um negócio também. Isso quer dizer que as mulheres advogadas que desejam multiplicar suas receitas precisam entender que o escritório é  uma empresa.

Segundo Andressa Gnann, advogada expert em Direito de Família para mulheres e sócia fundadora do escritório Gnann e Souza Advogados, além de empreendedora serial, a primeira questão a ser entendida é que são necessárias diversas habilidades além do conhecimento do Direito para se conseguir resultados. “A advocacia pode ser regada de propósitos, afinal de contas estamos falando sobre pessoas, mas, ainda assim, nosso escritório é uma empresa e precisamos de outras habilidades além do conhecimento da lei ou a montagem de um processo de forma espetacular”, explica. 

Outro ponto indicado por Andressa é que não existe mágica quando se trata de sucesso na advocacia. “Na internet muitas vezes parece tudo fácil, e faz algumas pessoas acreditarem que vão enriquecer da noite para o dia como prometem por aí, porém, isso não existe. O crescimento verdadeiro é estruturado e aplicado diariamente”, afirma. 

Outro mito muito comum é que, se o negócio está caminhando há algum tempo, já não é necessário mais aprender. “Muitas advogadas acreditam que só porque estão empreendendo e parece estar dando certo, não há mais necessidade de aprender coisas novas ou fazer de um jeito diferente. Mas é preciso entender que o mundo muda muito rápido e que a falta de disposição em aprender ou mudar pode fazer com que muitas mulheres percam a chance de crescer e multiplicar seus resultados por simples orgulho”, acredita. 

Finalmente, outro ponto citado por Andressa é que ter conhecimento focado apenas no Direito não basta. “Seu serviço pode ser muito bom, mas para fazer seu negócio crescer de fato, é preciso ter um conhecimento 360 graus do seu negócio e não apenas da sua área. Mesmo com pós-graduação ou qualquer outro tipo de diploma, ter conhecimento focado no direito material e processual é muito pouco para se alcançar os resultados desejados em um escritório. É preciso buscar orientação, estar aberta ao aprendizado e entender que o sucesso de qualquer negócio depende de muitas variáveis, inclusive na advocacia”, conclui. 


Andressa Gnann - advogada, empreendedora serial, com paixão pela instrução e empoderamento feminino. Também é reconhecida por suas habilidades de liderança, ética, resolução de problemas, criatividade e principalmente como estrategista. É sócia fundadora do escritório Gnann e Souza Advogados que é expert em Direito de Família para mulheres e referência nacional, reconhecido como Melhores do Ano em Advocacia e Justiça e com prêmio Quality Justiça. Ela já ajudou a mudar a vida de milhares de famílias, Para mais informações, acesse o instagram ou pelo site.


Derrotar a parte contrária nem sempre é a melhor opção em um divórcio

Advogado explica que não se deve querer sair vitorioso à custa da derrota do outro


Passar por um processo de divórcio não costuma ser fácil, afinal de contas, quem optou por um casamento certamente não estava pensando ou desejando uma separação no futuro. É normal, portanto, que além das questões legais a serem resolvidas, sobrem mágoas e conflitos emocionais na história. 

De acordo com Luiz Fernando Gevaerd, especialista na área de Direito da Família com mais de 40 anos de carreira, mais de 10 mil casos atendidos e diretor do escritório Gevaerd Consultoria Jurídica, o ideal é tentar buscar um equilíbrio para que ambos saiam em situações similares em um processo de divórcio. “Nas questões mal resolvidas do casamento desfeito, não se deve querer sair vitorioso à custa da derrota do outro, porque os problemas continuarão afetando a vida pessoal. Para que haja uma boa solução, a situação dos dois não deve ser muito desigual”, opina. 

O advogado explica que quando uma das partes é “derrotada”, num primeiro momento, um vai destruir o outro, mas quando este outro consegue se recuperar, naturalmente vem um contra-ataque e a briga não termina nunca. “Se as forças não estiverem razoavelmente equilibradas, o resultado não é bom e fica sempre uma injustiça a ser reparada. Em questões de família, soluções desiguais raramente são definitivas. Dentro de uns três meses o problema reaparece e a briga continua”, afirma.

Segundo o Dr. Gevaerd, é normal que alguns litígios durem até cinco ou seis anos, com enorme desgaste para todos os envolvidos, por isso, em questões de família, ele acredita que o ideal não é ganhar, nem perder, e sim ajustar. “O profissional do Direito que não tem essa clareza não consegue fazer bom exercício da advocacia. Litígios não são bons para ninguém, nem mesmo para os advogados. O profissional bem preparado prefere usar o seu tempo produtivamente e não com brigas eternas”, reflete.

Para o advogado, partir para o litígio ou passar anos resolvendo uma determinada questão relacionada ao divórcio só faz sentido se realmente não houver outra solução. “São muito grandes as chances de uma solução negociada satisfazer as partes, inclusive pelo fato de permitirem o encerramento de um assunto penoso. Em grande parte dos casos de litígio, uma negociação bem conduzida poderia interromper grandes sofrimentos e prejuízos. E essa é uma tarefa para o advogado, pois as partes envolvidas geralmente não têm a clareza e a calma necessárias”, finaliza. 



Luiz Fernando Gevaerd - Especialista na área de Direito de Família, o advogado Luiz Fernando Gevaerd possui 40 anos de carreira e mais de 10 mil casos atendidos. Gevaerd é graduado em Direito, Economia, Administração de Empresas, Contabilidade e especialização em Mediação de Conflitos. Por sua grande expertise, o profissional é fonte constante das grandes mídias (programas de TV, rádios, revistas, jornais e sites) em assuntos diversos. Um de seus diferenciais é a experiência em outras áreas relacionadas com o Direito de Família: Economia, Contabilidade e Negócios, permitindo-lhe falar sobre as repercussões do divórcio em grandes patrimônios.


Gevaerd Consultoria Jurídica
Para mais informações, acesse o site

Detran-SP lança três novas ferramentas de gestão que visam o aprimoramento e agilidade nos processos

Wiki Detran, Cadeia de Valor e Carta de Serviços são instrumentos que promoverão melhorias na prestação dos serviços ao cidadão paulista


O Departamento de Trânsito do Estado de São Paulo (Detran-SP) lançou na última quarta-feira (1) três importantes ferramentas de gestão com o propósito de aprimorar e agilizar seus processos e, consequentemente, elevar a qualidade dos serviços oferecidos aos cidadãos paulistas. 

As novas ferramentas, denominadas Wiki Detran, Cadeia de Valor e Carta de Serviços, são criações do órgão estadual de trânsito e têm o intuito de tornar mais acessíveis as informações sobre os procedimentos do Detran-SP, além de contribuir para a padronização e melhoria dos serviços prestados. 

Essas ferramentas já estão disponíveis para uso dos servidores do Detran-SP. O Wiki Detran pode ser acessado por meio do endereço http://wiki.detran.sp.gov.br, com login de usuário e senha idênticos aos utilizados para acessar os computadores. A Cadeia de Valor, por sua vez, é uma ferramenta de gestão que está livremente acessível aos profissionais da autarquia e auxilia na identificação de processos e macroprocessos, com o objetivo de otimizar a entrega de valor e proporcionar melhores serviços à sociedade. 

As novas ferramentas estão diretamente ligadas ao planejamento estratégico da autarquia. “Wiki, Cadeia de Valor e Carta de Serviços são itens essenciais na melhoria e padronização dos serviços do Detran-SP, para entregarmos serviços de alta qualidade, conforme pactuado no nosso planejamento estratégico”, ressaltou o diretor-presidente do Detran-SP, Eduardo Aggio. 

Os lançamentos refletem a cultura de inovação da nova gestão do Detran-SP, que visa impulsionar os resultados do órgão estadual de trânsito e tornar as informações atualizadas facilmente acessíveis e ágeis para todos.

Aqui está uma breve descrição de cada uma das novas ferramentas de gestão do Detran-SP: 

·       Wiki Detran: Essa plataforma foi criada para fornecer acesso a informações essenciais da autarquia, incluindo processos internos, legislações, regulamentações, pilares de atuação, mapa estratégico e governança multinível. Ela também serve como um repositório que contém informações sobre sistemas e responde a perguntas em linguagem natural. O Wiki foi desenvolvido pelo LabInova, o laboratório de inovação da autarquia, e é hospedado na nuvem, com curadoria das áreas de negócios do Detran-SP.

 

·       Cadeia de Valor: Essa metodologia de gestão, desenvolvida por Michael Porter, é utilizada para a captura e entrega de valor. Ela permite identificar macroprocessos e funções de negócios e aprimorar a entrega de resultados ao cidadão paulista, impactando positivamente a legitimidade do Detran-SP.

 

·       Carta de Serviços: Essa ferramenta proporciona transparência tanto para o público interno quanto para o externo, revelando os prazos de cada serviço oferecido pelo Detran-SP. A Carta de Serviços pactua o compromisso de cumprir esses prazos, tanto para os cidadãos quanto para os servidores. Além dos serviços externos, também foi criada uma Carta de Serviços Internos para colaboradores do Detran-SP, acessível por meio de um aplicativo (Power App), promovendo a padronização e a clareza das informações.

 

Laboratório de Inovação

 

O LabInova é o laboratório de inovação do Detran-SP, onde são testadas novas ideias e abordagens em um ambiente controlado. Integrado ao programa #SOUDETRANSP, o laboratório tem como objetivo promover a cultura de inovação e experimentação dentro da autarquia. Esse projeto faz parte do planejamento estratégico do Detran-SP para 2023-2030, focando na gestão de pessoas, educação corporativa, clima organizacional e no desenvolvimento das competências dos colaboradores. As experiências no laboratório contribuem para a melhoria contínua dos processos e serviços do Detran-SP, incluindo a capacitação em design thinking, a adoção de tecnologias emergentes e abordagens ágeis.


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