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terça-feira, 31 de outubro de 2023

Feriados prolongados podem agravar ainda mais a situação dos estoques nos bancos de sangue

Às vésperas do Dia de Finados, os estoques sanguíneos do GSH Banco de Sangue de São Paulo estão muito baixos, cerca de 60% abaixo do nível ideal. De acordo com a instituição, a situação tende a se agravar nos períodos de feriado, pois muitos doadores viajam, deixando de doar sangue temporariamente, ao passo que a demanda nos hospitais cresce, principalmente em decorrência do aumento de acidentes de trânsito nas estradas. 


“Teremos três feriados neste mês de novembro (Finados, dia 2, Proclamação da República, 15, e Consciência Negra, 20), fato que nos preocupa, pois já estamos enfrentando uma situação crítica de queda nas doações. Porém, estamos nos mobilizando para convocar os doadores, que podem se programar para doar sangue antes de viajar, ou até mesmo no feriado, para aqueles que ficam na cidade”, explica Janaína Ferreira, líder de captação do GSH Banco de Sangue de São Paulo.

A profissional esclarece que bastam apenas cerca de 40 minutos, para efetuar todo o processo de doação, que é indolor, e, logo após, a pessoa está apta a seguir com suas atividades de rotina. “Mesmo no feriado, a pessoa doadora pode efetuar esse gesto solidário e ainda tem tempo de curtir o dia com os amigos e a família”, diz Janaína.

A doação de sangue proporciona chance de vida e esperança aos pacientes internados que necessitam de transfusões, entre eles, os que têm anemia falciforme, os que estão em tratamentos de câncer, além das vítimas de acidentes de trânsito e queimaduras, pacientes que serão submetidos a cirurgias de médio e grande porte, como cardíacas e transplantes. O GSH Banco de Sangue de São Paulo atende a mais de 50 hospitais da região.


Atendimento será normal nos feriados

Nesta quinta-feira, 2 de novembro, Dia de Finados, assim como nos demais feriados do mês, dias 15 e 20, o GSH Banco de Sangue de São Paulo funcionará normalmente, recebendo os doadores das 7h às 18h, na Rua Tomás Carvalhal, 711, Paraíso. A unidade funciona diariamente, inclusive aos domingos e feriados.

Para doar, basta comparecer à unidade, ou agendar previamente, observando os requisitos abaixo.


Requisitos básicos para doação de sangue:

Apresentar um documento oficial com foto (RG, CNH etc.) em bom estado de conservação;

Ter idade entre 16 e 69 anos desde que a primeira doação seja realizada até os 60 anos (menores de idade precisam de autorização e presença do responsável legal no momento da doação);

Estar em boas condições de saúde;

Pesar a partir de 50 kg;

Não ter feito uso de bebida alcoólica nas últimas 12 horas;

Após o almoço ou ingestão de alimentos gordurosos, aguardar 3 horas.

Não é necessário estar em jejum, evitar alimentos gordurosos

Se fez tatuagem e/ou piercing, aguardar 12 meses. Exceto para região genital e boca (12 meses após a retirada);

Se passou por endoscopia ou procedimento endoscópico, aguardar 6 meses;

Não ter tido Doença de Chagas e Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST);

Em caso de diabetes, deverá estar controlada e não fazer uso de insulina
Candidatos que apresentaram sintomas de gripe e/ou resfriado devem aguardar 7 dias após cessarem os sintomas e o uso das medicações;

Aguardar 48h para doar caso tenha tomado a vacina da gripe, desde que não esteja com nenhum sintoma.

Consulte a equipe do banco de sangue em casos de hipertensão, uso de medicamentos e cirurgias.



Serviço:

GSH Banco de Sangue de São Paulo
Endereço: Rua Tomas Carvalhal, 711 – Paraíso
Tel.: (11) 3373-2000 / 3373-2001 e pelo WhatsApp (11) 99704-6527
Atendimento: Diariamente, inclusive aos finais de semana, das 7h às 18h. Estacionamento gratuito no local.



TEPT – O transtorno mental que pode acometer vítimas das guerras

Quem tem parentes ou passa por emoções fortes em áreas de conflitos armados podem desenvolver ansiedade ou até Transtorno de Estresse Pós-traumático   

 

As vítimas da violência diária do cotidiano, como assaltos, sequestros e violência doméstica, podem sentir o mesmo de quem está em zonas de guerra. Ambas podem sofrer Transtorno de Estresse Pós-traumático. Segundo o professor de Psiquiatria do Centro Universitário São Camilo, Alfredo Simonetti, ao passar diante de uma guerra ou violência urbana, a pessoa fica atordoada, devido à ameaça à vida, podendo desenvolver ansiedade ou, em casos mais graves, o Estresse Pós-traumático. Ele explicou as diferenças entre as duas situações e como é feito o tratamento psicológico para atravessar esses momentos dolorosos.

“Algumas pessoas choram, sofrem e se desesperam na hora da crise, mas depois têm a sensação de que a vida segue para elas, enquanto outras ficam tão abaladas, que simplesmente desabam, são tomadas pela angústia e têm a sensação de que a vida trava. 

Sobre essas, dizemos que estão em estresse pós-traumático. Há uma distinção entre sofrimento e trauma. No momento do incidente, acontece o estresse agudo, mas se os sintomas permanecem, fica caracterizado como Transtorno de Estresse Pós-traumático TEPT)”, explicou. 

O TEPT é mais comum entre cidadãos que vivenciaram conflitos armados, como os brasileiros repatriados, devido à guerra entre Israel e o Hamas. De acordo com o professor Simonetti, o TEPT possui três sintomas. O primeiro é de flashback, quando o paciente fica revivendo o trauma; em um segundo estágio, desenvolve um quadro depressivo, de apatia, isolamento, embotamento afetivo e, por último, aparece um quadro de evitação, quando o paciente evita qualquer coisa que lembre o trauma, como sair de casa. 

O Brasil não está efetivamente no cenário da guerra, mas o conflito pode criar em algumas pessoas preocupação, desânimo e desesperança com a humanidade. De acordo com o professor de psiquiatria, isso pode ser chamado de Ansiedade do Fugitivo. É um sentimento de quem tem medo da violência cotidiana. Quando alguém viveu os horrores da guerra, como os reféns sequestrados em Israel ou os moradores de Gaza, pode passar a ter a Ansiedade do Prisioneiro, que é a sensação de não poder sair do local de conflito. Ambos têm o sentimento de que o presente congela, a sensação de não haver mais futuro.

Um outro é a Ansiedade do Sobrevivente, que é quando acontece o estresse pós-traumático, ou seja, pessoa sente culpa de ter sobrevivido ante os demais que faleceram, com forte sentimento de dor ser somatizado. 

Tratamento - O tratamento inicial é o acolhimento psicológico, o manejo do ambiente, ao deixar a pessoa em um local estruturado, além de protegê-la para que a não sofra desestruturação psíquica. “A terapia para quem viu amigos ou parentes serem mortos é escutar, deixar a pessoa falar caso queira e mostrar o caminho para ter a própria dor, sem que ela a desestruture, Na terapia do Estresse Pós-traumático você ajuda a pessoa a sofrer e ver um caminho para que a vida continue, sem negar a perda e nem a realidade”, finalizou o Dr. Alfredo Simonetti.

 


Aprovado pelo Governo, tratamento contra o AVC segue inacessível à maior parte da população


Há inúmeras enfermidades que carecem de maior atenção no Brasil, e o AVC (Acidente Vascular Cerebral) é uma delas. Além de ser a segunda causa de morte entre a população, o AVC é uma das doenças que mais incapacitam os pacientes fazendo com que dependam posteriormente da Previdência Social. Cerca de 70% dos indivíduos que sofrem um AVC não retornam ao trabalho em razão de sequelas da doença. 

O total de óbitos por Acidente Vascular Cerebral no Brasil foi de 101.965, em 2019; 102.812, em 2020; e 84.426, de janeiro a 27 de outubro de 2021. Estamos falando de um problema social que impacta a vida de famílias, sem contar a saúde, bem-estar e qualidade de vida daqueles que são acometidos por essa doença, que, embora seja mais prevalente em idosos, tem apresentado incidência crescente em adultos jovens. Se é possível tratá-la com eficácia e segurança, por que barramos em burocracias? 

Como sociedade temos muitos caminhos para desbravar com o intuito de reduzir o número de mortes e incapacidade do AVC. A primeira frente de trabalho diz respeito à prevenção. Controle da pressão arterial, obesidade, falta de atividade física regular, dieta desequilibrada, colesterol alto, tabagismo são fatores de risco para o desenvolvimento do derrame, como o AVC é popularmente conhecido. Ou seja, é uma questão de tratarmos os fatores de risco e mudança de hábitos e cabe a cada indivíduo investir no autocuidado, bem como a sociedade médica e autoridades responsáveis investirem em campanhas de conscientização. 

Além da prevenção, é fundamental que as pessoas reconheçam os sintomas desta enfermidade, uma vez que nem sempre o paciente consegue identificar o que está sentindo e depende de alguém que está ao seu lado para identificar os sinais do derrame. 

O Acidente Vascular Cerebral (AVC) ocorre quando há uma alteração abrupta na circulação sanguínea do cérebro. Ele pode ser isquêmico – quando um vaso sanguíneo no cérebro fica bloqueado devido a um coágulo ou trombo – que é o tipo mais comum e corresponde a 85% dos casos, ou o hemorrágico – quando a artéria se rompe e o sangue extravasa. 

Entre os principais sintomas do AVC isquêmico destacamos a perda da força muscular ou formigamento em uma metade do corpo, a assimetria facial (boca torta), dificuldade para a fala, dificuldade da visão e outros sintomas mais raros, como visão dupla e tontura aguda. Em caso desses sinais, procure imediatamente um serviço de urgência ou ligue para o SAMU 192. A cada minuto sem tratamento ocorre a morte de 2 milhões de neurônios. 

Além de todos os impasses relacionados à doença, que começam na prevenção e terminam no controle do AVC, o país vive um grande gap em relação à disponibilização de tratamentos adequados na rede pública de saúde. Em 2021 a CONITEC, órgão que regulamenta a incorporação de novas tecnologias no SUS, reconheceu a incorporação da Trombectomia Mecânica (TM) como tratamento seguro, eficaz e custo-efetivo contra o Acidente Vascular Cerebral Isquêmico (AVCi). Mas por uma série de impedimentos burocráticos, os pacientes ainda não podem usufruir desse procedimento minimamente invasivo.

Aguarda-se ainda a publicação do Protocolo Clínico e Diretrizes Terapêuticas (PCDT) pelo Ministério da Saúde. De lá para cá, estima-se que 73 mil pacientes deixaram de ser tratados e beneficiados pela TM na rede pública. 

A Trombectomia Mecânica (TM) é um procedimento minimamente invasivo que pode ser utilizado de maneira isolada ou complementar à trombólise medicamentosa, única opção até então disponível na rede pública de saúde e nem sempre eficiente para os casos mais graves do AVCi. Além de segura e eficaz, uma das grandes vantagens da TM é sua maior eficácia no tratamento dos AVCs com oclusão de grandes artérias cerebrais, exatamente aqueles que menos respondem ao tratamento trombolítico.

Outra vantagem é que, em casos selecionados, pode ser utilizada até 24 horas após os primeiros sintomas do AVC com sucesso, enquanto os medicamentos trombolíticos têm uma janela restrita de indicação e sucesso somente até 4,5 horas depois das manifestações iniciais da doença. 

Os resultados da trombectomia mecânica proporcionam também melhor qualidade de vida ao paciente, aumentando a sua capacidade funcional (cognitiva e motora) e dando maior independência no pós-AVC. Estudos apontam ainda que 46% dos pacientes que foram submetidos a essa nova técnica se mostraram independentes após três meses de tratamento, contra apenas 26,5% do grupo que recebeu a trombólise endovenosa (GOYAL, 2016). Em suma, a Trombectomia Mecânica reduz as taxas de incapacitação após um AVC e aumenta as chances de uma boa recuperação. 

Os pacientes precisam ter acesso ao melhor tratamento e cabe à rede pública garantir a disponibilidade do procedimento no SUS o mais breve possível. Não podemos esperar mais tempo, deixando uma parcela significativa da população desatendida. O Acidente Vascular Cerebral merece maior atenção e não pode ser mais negligenciado em nosso país. 

 

Dr. Michel Frudit, neurorradiologista intervencionista, chefe do Serviço de Neurorradiologia Intervencionista do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP 


Nova opção de tratamento para esclerose múltipla é incorporada no Sistema Único de Saúde

 

  • Após consulta pública e parecer positivo da CONITEC, o Ministério da Saúde incorporou a cladribina oral na lista de medicamentos oferecidos pelo SUS

  • Ministério da Saúde tem prazo máximo de 180 dias para disponibilizar tratamento aos pacientes da rede pública

 

O Ministério da Saúde publicou nesta terça-feira, no Diário Oficial da União, Portaria Nº 62/2023, a decisão de incorporar cladribina oral no Sistema Único de Saúde (SUS) para o tratamento da esclerose múltipla remitente recorrente. O decreto se dá após a recomendação favorável da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec), após consulta pública, em 19 de setembro de 2023.

 

“A disponibilização de mais opções de medicamentos no SUS nos permite individualizar o tratamento com base nas características da doença e nas necessidades específicas de cada paciente, já que a esclerose múltipla é uma doença complexa que se manifesta com gravidade e de maneiras muitos diferentes”, explica Dr. Herval Ribeiro Soares Neto, Coordenador do ambulatório de Esclerose Múltipla do Hospital do Servidor Estadual de São Paulo. 

A cladribina oral é indicada para o tratamento de adultos com esclerose múltipla remitente recorrente altamente ativa¹, uma forma clínica da doença considerada mais grave e difícil de tratar, para a qual antes da decisão só existiam duas opções de terapias infusionais no SUS. 

A nova terapia adicionada ao SUS é administrada por meio de comprimidos ao longo de 20 dias durante os primeiros dois anos de tratamento, com eficácia sustentada por pelo menos quatro anos². Sua forma de administração simples e cômoda tem potencial de facilitar o acesso dos pacientes à medicação e promover adesão ao tratamento. “A decisão pode oferecer mais qualidade de vida a muitos pacientes que apresentam uma das formas mais graves da doença”, afirma Dr. Herval Ribeiro Neto.

 

Sobre a esclerose múltipla

A esclerose múltipla é uma doença neurológica, autoimune e potencialmente incapacitante, que apresenta maior incidência em mulheres entre 20 e 40 anos de idade³. Por ser uma doença que atinge diferentes áreas do sistema nervoso central, pode se apresentar em cada pessoa de maneira diferente e, normalmente, com mais de um sintoma no mesmo paciente. Os sintomas podem se manifestar e regredir ou causar danos permanentes, entre eles estão cansaço extremo/fadiga e fraqueza muscular; dificuldades para andar; alterações na sensibilidade, como formigamento e dormência de braços e pernas; esquecimento ou confusão mental; e perda de visão4.

 

Sobre MAVENCLAD® (cladribina oral)
MAVENCLAD® é primeiro tratamento oral de curta duração que age com ação seletiva sobre os linfócitos B e T, seguidos de um padrão definido de reconstituição das células de defesa sem supressão contínua do sistema imunológico¹. 

Estudos recentes reforçaram a eficácia sustentada após 9–15 anos de acompanhamento de pacientes do programa de desenvolvimento clínico de cladribina oral. Ao longo de uma mediana de 10,9 anos de acompanhamento de 435 pacientes, 90% não precisaram de cadeira de rodas; 81,2% não necessitaram de qualquer apoio para caminhar; e 55,8% não precisaram fazer uso de nenhum outro medicamento para EM[v].

Em relação à segurança de longo prazo, dados pós-aprovação regulatória não mostraram novo evento adverso relacionado a infecções, malignidade e leucoencefalopatia multifocal progressiva (LEMP), doença com alta taxa de mortalidade6. 

Recentemente foi apresentado no 39º Congresso do Comitê Europeu para Tratamento e Investigação em Esclerose Múltipla (ECTRIMS), novas análises do estudo de cladribina oral, que demonstraram que pacientes com esclerose múltipla remitente recorrente (EMRR) apresentaram redução sustentada do neurofilamento de cadeia leve sérico (NfL), indicando que a medicação reduziu a lesão neuronal ao longo de dois anos. As análises do estudo mostraram ainda que ao longo do tratamento de dois anos com cladribina oral, os escores Z séricos medianos do NfL foram reduzidos em todos os grupos de pacientes em comparação com a linha de base. Esses achados sugerem que a droga reduziu efetivamente a lesão neuronal nos subgrupos de resultados de ressonância magnética (MRI). 

 

Merck
Para saber mais, acesse nosso site e siga-nos no Facebook (@grupomerckbrasil), Instagram (@merckbrasil) e LinkedIn (Merck Brasil).



Referências

1 MAVENCLAD™ Product Monograph. November 2017.
2 Ministério da Saúde, Conitec, Bula, Mavenclad. Disponível em: Link. Acesso em setembro de 2023.
3 Federação Internacional de Esclerose Múltipla. Link. Acesso em setembro de 2023.
4 Ministério da Saúde Link. Acesso em setembro de 2023.
5 Giovannoni G et al. ECTRIMS 2021 [P975]
6 Giovannoni G et Al. Presented at ECTRIMS 2021 [P766]

 

 

Descubra o que a cor da urina diz sobre a sua saúde

Especialista do DB Diagnósticos esclarece dúvidas sobre as tonalidades e os diferentes tipos de exames


A urina é um fluido produzido pelos rins composto principalmente de água, sais minerais e substâncias que precisam ser eliminadas do corpo. “Sua coloração é um fator importante, já que por ela é possível ter informações sobre as condições de saúde do organismo”, explica Alexandre Magno Borges Tanck, Farmacêutico Bioquímico e Coordenador da Assessoria Científica do DB Diagnósticos, única empresa 100% dedicada ao apoio laboratorial do país. 

Conforme Tanck, poucas pessoas dão atenção ou desconhecem o significado das diferentes cores da urina. O especialista contou o que pode ser percebido só ao observar esse fator, e esclareceu algumas dúvidas sobre o tema.

  • Amarelo-clara: essa coloração é considerada normal e indica estabilidade e, em grande parte das vezes, um organismo funcional saudável. Porém, é preciso ter atenção quanto a dores durante a micção (ato de urinar), que pode ser indicativo importante de infecções. 
  • Transparente: a hidratação é um fator importante a ser levado em consideração quando a cor da urina é analisada. Quanto mais água, mais claro será o tom do líquido, mas alguns fatores devem ser considerados. A hidratação diária é importante para um ótimo funcionamento dos rins, bem como pessoas que tiveram ou têm situações de cálculos renais. Alexandre alerta ainda que a urina muito clara, em grandes volumes, também pode indicar um tipo raro de diabetes. “Podemos pensar em Diabetes Insipidus, porém não é uma doença muito comum. A pessoa urina em excesso o que resulta em uma urina não concentrada, podendo variar entre 3 a 10 litros de urina por dia.” explica. 
  • Amarela-escura: nesse caso, a urina com a tonalidade mais escura apresenta, geralmente uma concentração elevada, baixa hidratação, possíveis valores elevados de alguns elementos como ureia (composto formado no fígado), e pode estar associada com falta de ingestão de água. Esta coloração pode também indicar o início de alguma infecção. Tons mais escuros de amarelo precisam ser vistos com atenção e, se persistirem, um médico deve ser consultado, pois podemos estar diante de uma disfunção do fígado. 
  • Laranja avermelhado: tons escuros estão relacionados a diversos fatores. “Pode ser por conta do uso de medicações, alimentos (como beterraba) e problemas de saúde. Em casos de hepatite A, que é uma doença comum, o fígado é prejudicado e o paciente começa a produzir, de forma elevada, um composto chamado bilirrubina, que está diretamente ligado a coloração do fluído. Quanto mais produzida, mais escuro o tom da urina será. 

“Esse tom avermelhado também pode ocorrer em casos graves de infecção e tumores. Além disso, pode indicar hematúria, presença de sangue na urina, que deixa o tom avermelhado”, diz Alexandre.

 

Exames 

Em casos de análises do fluído, Tanck revela algumas curiosidades sobre os diferentes processos usados para avaliação e diagnóstico. Tudo dependerá dos exames solicitados e o que está em investigação, por isso, explica ele, tipos variados de urina serão entregues ao laboratório. “Se o paciente tem diabetes, o médico indicará qual a urina precisa ser avaliada. Por exemplo, o paciente pode colher a amostra da primeira urina da manhã, que está mais concentrada e é a mais comum, ou durante um ciclo de 24 horas, que despreza a primeira urina do dia e segue coletando as demais, realizadas ao longo do período”, afirma. 

Nos casos em que serão feitos o parcial (exame que ajuda a avaliar a função renal e possibilita a identificar infecções) ou uma cultura de urina, que identifica bactérias, apenas o primeiro jato é desprezado. “Nessas situações, a urina não é colhida por inteira. O paciente precisa ir ao banheiro, urinar um pouco, segurar o jato e direcionar para o frasco onde o material será coletado. Depois de chegar até cerca de uns 60 ml, pode voltar a urinar normalmente”, explica o especialista. 

E como é feita a análise do fluído? No caso de coleta parcial de urina, ele ressalta que algumas substâncias serão pesquisadas como Glicose, proteínas, urobilinogênio, hemoglobina, nitrito e o sedimento encontrado na urina é que passarão pelo exame microscópico para visualização, por exemplo, de células (epiteliais, hemácias e leucócitos), cilindros e cristais. “A amostra do líquido é inserida em um tubo e centrifugada dentro de um equipamento. Por causa da gravidade, cristais, sedimentos e outras substâncias vão para baixo do tubo. Com isso, é possível coletar e fazer uma análise microscópica do material, no caso o sedimento”, finaliza o coordenador.

Para conhecer mais sobre o setor laboratorial e as soluções oferecidas pelo DB, acesse: Link.


DB Diagnósticos



Cirurgia robótica é importante aliada na luta contra o câncer de próstata

Técnica dá mais precisão na abordagem cirúrgica, reduzindo complicações e tempo de recuperação 

 

Estamos entrando no Novembro Azul, mês dedicado à conscientização sobre o câncer de próstata, doença extremamente prevalente na população masculina. Estudos apontam que a enfermidade acomete cerca de 15% dos homens na fase adulta a partir dos 45 anos de idade.

 

“Isso quer dizer que um em cada seis homens vai ter câncer de próstata. Então é importante a consciência de que é preciso fazer o rastreamento para iniciar o tratamento de forma precoce, já que a maioria dos casos não apresenta sintomas”, alerta Ricardo Miyaoka, urologista do Hospital São Luiz Campinas.

 

Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimam 704 mil casos novos de câncer no Brasil para cada ano do triênio 2023-2025, com destaque para as regiões Sul e Sudeste, que concentram cerca de 70% da incidência.

 

Entre os avanços relacionados ao tratamento da doença, o especialista destaca a cirurgia robótica. Trata-se de um procedimento minimamente invasivo onde o cirurgião comanda braços robóticos que, por meio de pequenas incisões, insere instrumentos e uma câmera no corpo do paciente.

 

“Essa tecnologia permite uma visão ampliada e movimentos precisos, minimizando o dano aos tecidos circundantes, o que é importante já que em casos de câncer, é necessário retirar a próstata e fazer uma reconstrução da bexiga, em uma região de difícil acesso”, explica Dr. Ricardo.

 

O especialista explica que essa precisão resulta em menor perda de sangue, incisões menores e uma recuperação mais rápida, com menos efeitos colaterais, que podem envolver, em casos mais graves, incontinência urinária e disfunção erétil (impotência).


“Os pacientes relatam ainda menos dor pós-operatória e uma recuperação mais ágil, permitindo que retornem às atividades normais em menos tempo”, enfatiza o urologista do São Luiz Campinas.

 

Inaugurado no mês de maio, o São Luiz Campinas, da Rede D’Or, é o maior hospital privado do interior paulista e conta com o Robô Da Vinci X, que realiza cirurgias robóticas de diferentes complexidades, nas especialidades de Urologia, Cirurgia Geral, Ginecologia, Cardiologia, Cabeça e Pescoço, Cirurgia Torácica e Geral.

 

Com 23 centros automatizados, a rede D’Or forma o mais avançado parque de cirurgia robótica da América Latina.

 

O que é o câncer de próstata?

Este tipo de câncer se forma na glândula da próstata, um órgão que faz parte do sistema reprodutor masculino. Trata-se de uma das principais causas de morte no mundo, porém, quando diagnosticado em estágios iniciais, as chances de cura são altas.

 

*Os sintomas do câncer de próstata podem ser discretos, o que torna essencial a realização de exames de rastreamento, como PSA e toque retal.* Os sinais incluem dificuldade em urinar, aumento da frequência urinária, sangue na urina, dor nos ossos e desconforto pélvico.

 

Esses sintomas podem ser semelhantes aos de outras condições, como hiperplasia prostática benigna (um aumento não cancerígeno da próstata), o que torna o diagnóstico preciso um desafio. Atualmente, um exame que tem auxiliado no diagnóstico, em conjunto com a biópsia, é o de ressonância magnética.

 

“Além disso, a doença pode ser classificada em diferentes estágios, de acordo com a extensão do câncer. Por isso, é vital entender o tipo e o estágio da doença para determinar o tratamento mais apropriado, que pode envolver quimioterapia, radioterapia e cirurgia”, orienta Dr. Ricardo Miyaoka.

 

É importante ressaltar que o câncer de próstata não afeta apenas uma faixa etária. Embora o risco aumente com a idade, homens a partir dos 40 anos devem estar cientes da necessidade de exames de rastreamento, especialmente se tiverem histórico familiar da doença.

 

A Sociedade Brasileira de Urologia sugere que os exames de rastreamento sejam realizados a partir dos 50 anos para pacientes de baixo risco, e 45 anos para alto risco.

“Campanhas como o Novembro Azul são de extrema importância, pois nos ajudam a levar a maior arma que nós temos contra tabus e preconceitos: a informação! O diagnóstico precoce salva vidas”, finaliza o urologista do São Luiz Campinas.


Ecocardiograma fetal ajuda a diagnosticar doenças cardíacas em bebês

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Exame identifica algumas patologias ainda no período em que o
feto está na barriga da mãe, auxiliando no tratamento precoce, caso haja necessidade

 

Recomendado como rotina para as gestantes durante o pré-natal, o exame de ultrassom conhecido como ecocardiograma é um importante instrumento para avaliar o coração do bebê ainda durante a gravidez. De acordo com a cardiologista do Sabin Diagnóstico e Saúde, Ana Marice Teixeira Ladeia, o exame auxilia ao analisar, com exatidão, as estruturas cardíacas, como artérias, veias e válvulas.  

O procedimento é indicado, principalmente, entre a 22ª e a 30ª semana gestacional. “O ecocardiograma fetal tem a função de identificar doenças cardíacas do bebê. Essa identificação, muitas vezes, permite que algumas patologias possam ser tratadas ainda no período em que o feto está na barriga da mãe”, informa a especialista, salientando que a avaliação pode ser factível mesmo após esse período, caso haja uma recomendação médica. 

Ana Marice pontua que, além de identificar precocemente patologias, o exame torna possível o planejamento de possíveis intervenções que podem vir a ser necessárias após o nascimento. “Praticamente, todas as alterações cardíacas podem ser detectadas no ecocardiograma. Isso porque o coração é analisado tanto na estrutura como na função, a exemplo de alterações nas artérias, alterações congênitas, defeito do septo atrioventricular, entre outras cardiopatias”, esclarece.  

Mesmo recomendado na rotina de um bom acompanhamento gestacional, a cardiologista salienta que algumas indicações tornam o exame indispensável, como suspeita de alteração cardiovascular ou extracardíaca do feto detectados no ultrassom obstétrico ou morfológico; crescimento fetal inadequado; cariótipo fetal anormal; gestação gemelar; cardiopatia congênita em parentes; gestação acima dos 35 anos; e doenças maternas, a exemplo de lúpus, diabetes, infecções como rubéola. 

A avaliação dura, em média, 30 a 40 minutos, podendo demorar um pouco mais em gestação gemelar, porque são examinados mais de um coração. Em fetos que apresentam doenças cardíacas congênitas mais complexas, o exame pode exigir também mais tempo. A médica acrescenta ainda que a avaliação não oferece nenhum risco. “É um exame de imagem que oferece total segurança para o bebê e para a mãe”, pontua ela, acrescentando que o procedimento é realizado com a colocação de um transdutor com gel sobre o abdome da mulher para obter as imagens do coração do feto. Desta forma, por meio de um monitor, são observadas e investigadas possíveis alterações anatômicas e funcionais da circulação fetal, auxiliando, desta forma, em melhor planejamento para o parto.

 

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Oncofertilidade une Oncologia e Reprodução Assistida para manter as chances de engravidar após tratamento de câncer

 

Cirurgia, radioterapia e quimioterapia podem afetar a fertilidade da mulher diagnosticada com câncer, mas a Oncofertilidade, que une especialidades de Oncologia e Reprodução Assistida, oferece alternativas que permitem o planejamento reprodutivo por parte dessas pacientes 

 

Cirurgia, radioterapia e quimioterapia podem causar infertilidade no paciente em tratamento de câncer. A quimioterapia, por ser uma abordagem sistêmica, que percorre todas as células – não apenas as doentes - pode afetar os óvulos e tecido ovariano, assim como, nos homens, a qualidade dos espermatozoides. Na maioria dos casos, a quimioterapia não causa infertilidade definitiva. A radioterapia na região pélvica causa infertilidade em todas a pacientes. Já a cirurgia pode causar infertilidade quando o útero e/ou os ovários e trompas são retirados.    

O conceito de preservação da fertilidade em pacientes oncológicos - oncofertilidade - inclui todas as terapias que podem ser implementadas para permitir que mulheres se tornem mães depois de terem superado a doença.  Com o avanço da ciência, atualmente, é possível realizar procedimentos antes do início do tratamento oncológico. Embora a preservação da fertilidade em pacientes com câncer seja um campo relativamente novo da medicina, já que alguns profissionais desconhecem a especialidade.

Larissa Antunes, assessora científica da Igenomix Brasil, explica que é importante que os pacientes discutam com a equipe médica se há indicação para esse tipo de procedimento: “pois nem todo tratamento oncológico irá resultar em um risco para a fertilidade, já que pode ocorrer a influência de fatores como tipo e localização do tumor, tratamento utilizado, idade do(a) paciente, entre outros”, explica.


Como o tratamento do câncer afeta a fertilidade? A causa da infertilidade não é devido ao câncer, mas sim pelos tratamentos envolvidos. A quimioterapia e a radioterapia, embora eficazes no combate ao câncer podem danificar os óvulos e o tecido ovariano, o que pode resultar na perda de fertilidade ou em uma diminuição significativa da reserva ovariana. Há também um impacto significativo na fertilidade masculina. Dependendo do tratamento, este pode afetar o esperma e reduzir a qualidade do sémen, o que pode levar à infertilidade temporária ou, em alguns casos, permanente.


Como é determinada a melhor opção de preservação da fertilidade? As diferentes estratégias que visam à preservação da fertilidade em pacientes diagnosticados com câncer são escolhidas com base no diagnóstico médico, na idade do paciente e nos tratamentos médicos planejados. Nas mulheres, é mais comum o congelamento dos óvulos. Embora seja a prioridade das pacientes iniciar a quimioterapia ou radioterapia o mais rápido possível, a equipe médica (composta por cirurgião oncológico, oncologista clínico, radio-oncologista e especialistas em reprodução assistida), vão atuar em conjunto para conseguir obter um número suficiente de óvulos num período muito curto. 

Com os medicamentos antagonistas do hormônio GnRH e ao regime de estimulação ovariana de protocolo curto, o tratamento pode ser iniciado a qualquer momento durante o ciclo menstrual. Normalmente, entre a primeira visita e a coleta dos óvulos, não passando de 14 a 16 dias. Após concluído, a paciente já pode ser submetida ao tratamento oncológico. Além disso, o congelamento de óvulos é seguro e não traz prejuízos para a paciente diagnosticada com câncer. Por outro lado, no contexto masculino, utiliza-se a preservação do sêmen, onde se encontram os gametas masculinos. Pacientes com câncer do sexo masculino podem congelar o esperma antes de se submeterem a qualquer tratamento. 


Os riscos de câncer hereditário - O câncer hereditário está associado à minoria dos casos, representando cerca de 10% e se refere aos indivíduos que possuem uma variante em um gene que confere risco aumentado para câncer. Apesar de serem a minoria dos casos, cada pessoa com síndromes de predisposição hereditária ao câncer possui risco aumentado de desenvolver a doença em relação à população geral. 

Existem diversos genes e mutações associados ao câncer hereditário. Entre os principais, encontra-se o gene TP53, associado à síndrome de Li-Fraumeni. Essa é uma síndrome com altos riscos para um espectro diversificado de neoplasias malignas na infância e na idade adulta. Cinco tipos de câncer são responsáveis pela maioria dos tumores encontrados nesses pacientes: carcinomas adrenocorticais, câncer de mama, tumores do sistema nervoso central, osteossarcomas e sarcomas de tecidos moles.

Outros genes importantes são BRCA1 e BRCA2, associados à síndrome de câncer de mama e ovário hereditário. Pacientes com variante patogênica nesses genes possuem risco aumentado para câncer principalmente de mama (homens e mulheres), ovário, próstata e pâncreas. O gene BRCA1 ficou muito conhecido após a atriz Angelina Jolie compartilhar que realizou uma mastectomia bilateral profilática após a identificação de uma variante patogênica. 

Apesar do câncer hereditário ser primariamente associado ao câncer de mama, outros tipos podem apresentar uma predisposição genética. Um exemplo é a Polipose associada ao gene MUTYH, caracterizada por um aumento do risco para câncer colorretal, podendo estar ligada à presença de pólipos. Essa condição costuma se destacar por seu padrão de herança autossômico recessivo, ou seja, pacientes acometidos costumam apresentar variante patogênica nas duas cópias do gene MUTYH

A avaliação e o diagnóstico das síndromes de câncer hereditário devem ser realizados por profissional capacitado, geralmente um geneticista. O aconselhamento genético pode auxiliar o(a) paciente a compreender os benefícios e limitações dos testes genéticos, assim como os riscos para outros familiares e o que pode ser realizado para planejamento familiar, incluindo os testes genéticos pré-implantacionais.


Avanço na medicina - testes genéticos para detectar os genes ligados ao risco da síndrome do câncer hereditário

Para pacientes com síndromes de predisposição hereditária ao câncer, ou seja, que possuem uma variante (mutação) em um gene que confere risco aumentado para câncer, pode existir risco aumentado para que os filhos ou filhas desenvolvam câncer. Nesses casos, quando a variante foi identificada, é possível realizar o Teste Genético Pré-Implantacional para Doenças Monogênicas (PGT-M). Por meio desse teste, é possível identificar e selecionar os embriões que não herdaram a variante e não apresentam o risco aumentado para desenvolver a condição.

Larissa Antunes ressalta que os embriões selecionados livres da mutação genética ligada ao risco de câncer hereditário terão menor probabilidade de desenvolver esta doença, o que pode levar a uma redução de custos em tratamentos. Menos indivíduos necessitarão de cuidados médicos intensivos e tratamentos caros, impactando positivamente nos sistemas de saúde: “Com menos recursos gastos na saúde, as sociedades podem direcionar esses recursos para outras necessidades, como educação, infraestrutura, pesquisa científica e desenvolvimento tecnológico. Isso pode beneficiar a sociedade como um todo, proporcionando avanços em diferentes setores”, defende.

A especialista ressalta que, por meio dessa seleção, é possível melhorar a qualidade de vida das pessoas, tanto em termos de saúde física quanto mental. Menos pessoas estarão em risco de enfrentar doenças debilitantes e incapacitantes, permitindo uma vida mais longa e saudável: “Diversas famílias não precisarão passar por tratamentos dolorosos, enfrentar incertezas e preocupar-se com os altos riscos de ocorrência de diferentes condições nas próximas gerações”, diz.

Porém, se antes o que interessava era somente a cura do câncer, com o sucesso dos tratamentos e aumento da expectativa de vida, hoje a oncofertilidade pode ajudar as pessoas jovens a seguirem seus planos de família após vencer a doença. Por isso, é importante que os médicos conversem com seus pacientes sobre essa possibilidade. Recentemente, por uma decisão tomada por unanimidade pela 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ), as operadoras de planos de saúde passaram a ter a obrigação de custear o procedimento de criopreservação dos óvulos de pacientes com câncer, como medida preventiva diante do risco de infertilidade, até a alta do tratamento de quimioterapia. Ações que proporcionam maior qualidade de vida para quem enfrenta e supera o câncer.

 

 Igenomix


Preocupação com a saúde e a longevidade também é maior entre mulheres idosas

66% dos pacientes inscritos em programa multiprofissional voltado a maiores de 60 anos no Hospital São Luiz do Itaim, da Rede D’Or, são do sexo feminino


Os cuidados com a saúde e a preocupação com a longevidade também predominam entre as mulheres idosas, em relação aos homens.

 

É o que aponta levantamento realizado pelo Programa Longevidade D’Or, implantado em dezembro de 2022 na unidade Itaim do Hospital São Luiz, da Rede D’Or, situado na zona sul da capital paulista.

 

Do total de idosos inscritos para acompanhamento multiprofissional no programam, 66% são do sexo feminino. A faixa etária com mais pacientes matriculados é a entre os 70 e 79 anos de idade, e 88,6% do total são mulheres.

 

Já entre os pacientes com 80 a 89 anos, segunda faixa etária predominante, 70,8% são do sexo feminino.

 

O programa da Rede D’Or está atento a uma demanda crescente no país. Dados do Censo de 2022 divulgados na última sexta-feira (27) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que o número de idosos na população do país cresceu 57,4% em 12 anos, maior salto de envelhecimento ente as edições do censo.

 

O número de idosos com 100 anos ou mais no país também saltou de 22,7 mil, em 2010, para 37,8 mil em 2022, um crescimento de 67% do total de centenários em pouco mais de uma década no país.

 

A pesquisa revelou ainda que as mulheres predominam no Brasil, respondendo por 51,5% da população – cerca de 6 milhões a mais do que os homens.

 

De acordo com Jaqueline Mariani Papaiordanou, Geriatra do programa de Longevidade do Hospital São Luiz Itaim, esse fenômeno é resultado de diferentes fatores, como a queda da fecundidade e da taxa de mortalidade, dos avanços da medicina e farmacologia, além de políticas de saúde pública, como saneamento básico e vacinação.

 

“Neste cenário, mais importante do que a longevidade, é a qualidade de vida, que visa desfrutar da maturidade com saúde física e mental, dentro de sua plenitude.” Destaca Dra. Jaqueline.


 

Principais problemas de saúde


Os cinco problemas de saúde mais frequentes identificados pelo Programa Longevidade D’Or no Hospital São Luiz, entre os pacientes acompanhados, são hipertensão arterial, diabetes, dislipidemia, artrose e osteoporose.

 

Em seguida vêm ansiedade, arritmia, câncer, depressão, hipotireoidismo e obesidade. Também foram identificados casos de AVC (Acidente Vascular Cerebral), fraturas, dor crônica e síndrome demencial.

 

O Longevidade D’Or tem como objetivo a promoção da saúde, o aumento da qualidade de vida e a longevidade em pacientes a partir de 60 anos, seja por medidas preventivas de saúde e de acidentes domésticos ou por meio de seguimento especializado em diversas especialidades médicas e multidisciplinares.

 

A iniciativa conta com fisioterapeutas, fonoaudiólogos, nutricionistas, geriatras e enfermeira navegadora, responsável por auxiliar no agendamento das consultas.

 

“Trata-se de uma linha de cuidado ultra especializada, que proporciona a realização da assistência individualizada”, destaca Vanessa Minchetti, Coordenadora Médica.

 

Os atendimentos do Longevidade D’Or são realizados no Centro Cardiopulmonar do Hospital São Luiz Itaim, que conta com consultórios ambulatoriais, além de exames como ecocardiograma, eletrocardiograma, MAPA, Holter, Tilt Test, prova de função pulmonar, teste ergométrico e coleta de exames laboratoriais, dentre outros. 

“Os profissionais são capazes de acompanhar a saúde e planejar com o paciente a jornada de cuidados, desde a prevenção até os recursos assistenciais mais complexos, de forma acolhedora e resolutiva”, afirma a médica responsável pelo programa no Hospital São Luiz Itaim.


Câncer de próstata: estudo mostra futuro otimista na redução de óbitos e metástas e pela doença


 Técnica mostrou resultados animadores, que contornam desafios específicos em relação ao câncer

 

O câncer de próstata é a neoplasia que mais afeta os homens no Brasil, com exceção do câncer de pele não melanoma. Apesar dos dados de incidência não serem novidade, em 2023 são estimados 72 mil novos casos, representando 10,2% de todos os tipos de câncer, segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca). 

Contudo, a ciência tem avançado a passos largos quanto a novas opções de tratamento para a doença, principalmente em casos de reincidência. Pesquisadores do Cedars-Sinai Cancer, na Califórnia, identificaram duas potenciais terapias que podem melhorar os resultados dos pacientes. 

O trabalho de fase três, que vem ganhando destaque, foi publicado no The New England Journal of Medicine e, dentre os resultados, foi possível observar uma melhora na sobrevida livre de metástases, além da preservação da qualidade de vida do paciente oncológico. 

De acordo com o Denis Jardim, oncologista líder nacional da especialidade de tumores urológicos da Oncoclínicas, o esquema padrão de tratamento da doença localizada é a cirurgia (chamada de prostatectomia) e/ou radioterapia. Já para a doença localmente avançada, o protocolo pode combinar radioterapia ou cirurgia com tratamento hormonal, também conhecida por terapia de privação androgênica (ADT, do inglês Androgen Deprivation Therapy). Em casos de metástase, o tratamento mais indicado é a terapia hormonal. 

"A testosterona ajuda as células do câncer de próstata a crescerem e se espalhar. Contudo, o estudo mostra que a terapia hormonal pode reduzir os efeitos que estimulam esse crescimento”, comenta o médico. Porém, de maneira isolada, a ADT possui duas desvantagens: os efeitos colaterais e a não eliminação completa da testosterona. 

“Quando realizamos o ADT, o nível de testosterona no sangue é apenas reduzido, e não eliminado. Por isso, uma das preocupações é de que o hormônio residual seja suficiente para estimular o crescimento do tumor”, salienta.
 

Como o estudo funciona

O estudo, realizado com 1.068 voluntários de 17 países, com câncer de próstata localizado, passou por duas intervenções. Durante o ensaio clínico randomizado, um terço dos pacientes recebeu ADT e enzalutamida, que tem o objetivo de bloquear os efeitos da testosterona no sangue, fazendo com que o hormônio remanescente não tenha estímulo para o desenvolvimento de células cancerígenas. 

Já o outro terço dos pacientes recebeu apenas a enzalutamida. E, por fim, o outro grupo de voluntários recebeu apenas ADT, considerado o tratamento padrão atual para a doença avançada.

A partir dos resultados foi possível observar que a combinação de ADT mais enzalutamida reduziu o risco de metástase ou óbito em 58% quando comparado ao tratamento com ADT isoladamente. Além disso, o uso de enzalutamida de forma isolada diminuiu o risco de metástase ou óbitos em 37%, também comparado ao uso de ADT de forma isolada. 

“O estudo demonstra que em pacientes que apresentam elevação do PSA após alguma terapia curativa prévia, existem diferentes possibilidades de terapia. A intensificação do tratamento com enzalutamida permitiu um melhor controle da doença; O uso da droga isolada pode ser uma opção para alguns pacientes selecionados, pois oferece um bom controle e a preservação dos níveis de testosterona no sangue, quando comparado à terapia padrão”, finaliza.

Oncoclínicas
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