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quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Aumento da obesidade no Brasil impulsiona o crescimento do setor e do consumo de alimentação saudável

11/10 - Dia Nacional de Prevenção da Obesidade
Obesidade atingiu mais de 6,7 milhões de pessoas no Brasil no último ano. O cenário engordou a indústria da alimentação saudável e estima crescimento anual de 5,1%, chegando a US$ 1,209 trilhão em 2025

 

No Brasil, toda a população, desde crianças até idosos, tiveram aumento de peso corporal nos últimos anos. Isso ocorreu devido ao reflexo da pandemia da Covid-19. As pessoas ficaram mais tempo em casa e praticaram menos atividades físicas. Além disso, como o teletrabalho se popularizou mais nesse período, elas podiam ter acesso fácil à comida e menos esforço físico em sua rotina.

Dados do Ministério da Saúde, obtidos em um levantamento inédito, apontam que a obesidade atinge 6,7 milhões de pessoas no Brasil. O número de pessoas com obesidade mórbida ou índice de massa corporal (IMC) grau III, acima de 40 kg/m², atingiu 863.086 pessoas no ano passado. 

Em 2019, 407.589 pessoas foram diagnosticadas com obesidade grau III, o que representava 3,14% das pessoas monitoradas. Já em 2022, o número subiu para 863.083 brasileiros diagnosticados com o mais grave nível de obesidade, totalizando 4,07% da população. Esse ponto percentual representa um crescimento de 29,6% em apenas 4 anos.

A obesidade grau I atinge 20% e a obesidade grau II já é 7,7% da população, o que representa 1,6 milhões de pessoas em 2022. Já o sobrepeso atinge atualmente 31% ou 6,72 milhões dos brasileiros.

A obesidade é uma doença que atinge todas as faixas etárias, sendo as duas últimas, adultos e idosos, as mais acometidas.

Enquanto isso, a projeção de crescimento para o mercado de bem-estar (alimentação saudável, nutrição e emagrecimento) é bastante promissora para os próximos anos, tendo em vista a piora da saúde e condição de vida humana nos últimos anos, segundo o último relatório Global Wellness Summit. Embora o segmento tenha contabilizado US$ 945,5 bilhões em 2020, estima-se que o crescimento anual será de 5,1%, chegando a US$ 1,209 trilhão em 2025.

Somando-se a esses números o fato de que 96 milhões de brasileiros com mais de 18 anos estão com sobrepeso ou obesidade, segundo levantamento do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado em outubro de 2020, empresas associadas à alimentação saudável, bem-estar e nutrição esportiva têm ganhado destaque no país.

"A pandemia da Covid-19 teve seus dois lados, o crescimento de doenças vinculadas aos hábitos ruins ao longo da vida, quanto a conscientização de boa parte da população por um melhor estilo de vida e bem-estar. Seja por um lado ou por outro, sentimos o impacto e o aumento da mudança através da alimentação. O público direcionado às nossas lojas através de profissionais da saúde foram consideráveis e isso só vem aumentando. Somos muito felizes em poder cumprir o papel que gostaríamos de entregar desde o início da Bio Mundo: levar saúde, bem-estar e qualidade de vida aos nossos clientes e a todo Brasil", conta Edmar Mothé, CEO da Bio Mundo, rede de produtos e alimentos saudáveis, que proporciona através de suas unidades, uma vasta gama de produtos e ingredientes para uma alimentação saudável, para dietas específicas e que consequentemente auxiliam no emagrecimento e na reeducação alimentar. A variedade vai de itens diet, light, integrais, veganos, vegetarianos, sem glúten, sem lactose, e toda a parte multifocada nutricional e de suplementação. Uma diversificação que permite atrair os mais diferenciados clientes e necessidades alimentares.

O setor de alimentação saudável tem crescido exponencialmente a cada ano e reflete o comportamento da população, que recentemente tem buscado alternativas para melhorar a qualidade de vida, a longevidade e a cura de doenças da atualidade. 

Não é à toa que o Brasil é um dos mercados mais promissores para a venda de produtos naturais, segundo dados da Euromonitor Internacional. Movimenta, em média, US$35 bilhões ao ano no segmento e atualmente é considerado o quarto país que mais vende alimentos e bebidas saudáveis no mundo. Está ao lado da China e se aproxima dos maiores consumidores mundiais: América do Norte, Europa Ocidental e algumas nações da Ásia e do Pacífico.

 

Bio Mundo


Dia Nacional de Prevenção da Obesidade: plataforma de saúde e nutrição da Nestlé esclarece mitos e verdades sobre o tema

Quando o assunto é o que é obesidade, a desinformação acaba sendo um grande problema. Mesmo com pelo menos 96 milhões de pessoas com excesso de peso no Brasil, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde de 2020, ainda existem muitos mitos e informações populares que contribuem para estigmas e segregação de pessoas acima do peso na sociedade.

A falta de clareza sobre o que é obesidade é capaz de dificultar o acesso ao tratamento e limitar informações importantes de saúde a quem mais precisa de ajuda. Para diminuir essa falta de conhecimento, separamos alguns dos principais mitos e verdades sobre o que é obesidade.

 

O que é obesidade?

A obesidade é diagnosticada quando existe um excesso de acúmulo de gordura no corpo de um paciente. Nessas situações, o corpo estoca energia em forma de gordura e faz com que o peso corporal da pessoa seja acima do considerado ideal.

O que é obesidade é determinado a partir do cálculo de Índice de Massa Corporal, o IMC. Nesse método, divide-se o peso do paciente pelo quadrado da sua altura e, assim, é possível categorizar em qual nível de IMC o paciente está. As classificações são:

  • Abaixo do peso ideal: menor que 18,5;
  • Peso ideal: entre 18,5 e 24,9;
  • Sobrepeso: entre 25 e 29,9;
  • Obesidade: acima de 30.

No entanto, apenas o índice IMC não é capaz de definir por si só o diagnóstico da obesidade. Apesar de ser o mais utilizado, o IMC não distingue o peso corporal entre músculo e gordura, sendo sempre recomendado uma avaliação médica para o diagnóstico final.

É comum que pessoas com obesidade sofram com doenças que se relacionam ao excesso de peso, como:

  • Problemas de saúde mental;
  • Diabetes tipo 2;
  • Doenças cardiovasculares.

Apesar do maior risco, é importante ter em mente que a obesidade é apenas um fator de risco e não uma determinação do desenvolvimento dessas doenças.


Quais são as principais causas da obesidade?

Não existe um único fator que determina a causa da obesidade, portanto, é uma condição multifatorial. Algumas situações podem se relacionar entre as principais causas da obesidade, como:

  • Histórico familiar de obesidade;
  • Sedentarismo;
  • Alimentação inadequada;
  • Problemas com sono;
  • Problemas endócrinos;
  • Fatores hormonais.


Quais os 3 tipos de obesidade?

Como vimos, para identificar o que é obesidade é preciso realizar o cálculo do IMC do paciente. Quando ele é igual ou superior a 30, é considerado que existe um quadro de obesidade.

A partir desse número, existem graus de obesidade em que um paciente pode se enquadrar. Existem três tipos de obesidade a partir do índice de IMC:

  • Obesidade grau 1: IMC entre 30 e 34,9;
  • Obesidade grau 2: IMC entre 35 e 39,9;
  • Obesidade grau 3: IMC superior a 40.

Independentemente do grau de obesidade, é fundamental que as pessoas busquem ajuda de profissionais da saúde, como nutricionistas, médicos, educadores físicos e psicólogos, para cuidar de sua saúde de forma holística. 

Embora a perda de peso possa ser um objetivo comum, o foco deve ser no desenvolvimento de hábitos alimentares e de exercícios saudáveis, e na melhoria da qualidade de vida. 

Com a orientação adequada, é possível que as pessoas com obesidade alcancem seus objetivos de saúde e bem-estar a longo prazo!


O que é gordofobia?

Entender o que é obesidade é importante para conseguir identificar casos de gordofobia. A gordofobia é um termo relativamente recente que categoriza os casos em que pessoas gordas são julgadas como inferiores por conta do seu peso.

Ao identificar o que é obesidade e gordofobia, é possível também perceber que existe uma violência aos corpos gordos diretamente influenciada pelo culto da magreza nos padrões estéticos considerados normais.

Infelizmente, existem diversas esferas da sociedade que culpam as pessoas obesas pelo excesso de peso e fazem com que elas se sintam culpadas ou marginalizadas devido ao peso. 

O bullying também é constantemente citado como um tipo de preconceito vivido por pessoas que sofrem com a gordofobia, o que prejudica a esfera social, individual e até mesmo profissional de uma pessoa com obesidade.

A luta contra a gordofobia não é a favor da obesidade, mas sim a importância do reconhecimento de que corpos gordos existem e merecem ser respeitados e ocupar espaços sem julgamentos.


Mitos e verdades sobre a obesidade

 

1. “Para reduzir a obesidade é só comer menos”

Mito! A obesidade nem sempre é provocada apenas pelo consumo excessivo de calorias em uma dieta desequilibrada. O excesso de peso conta com causas multifatoriais, que envolvem questões que vão além da dieta.

O consumo excessivo de alimentos pode, inclusive, ser apenas uma consequência de um dos fatores obesogênicos que podem levar alguém a sofrer com o excesso de peso.

Entre algumas das possíveis causas de obesidade em um paciente estão:

  • Sono insuficiente e/ou de má qualidade;
  • Falta de atividade física;
  • Problemas psicológicos;
  • Questões hormonais.


2. “Obesidade sempre causa diabetes”

Mito! É um fato que a obesidade pode ser um fator de risco para o desenvolvimento da diabetes tipo 2, mas não é o único motivo que leva alguém a desenvolver essa condição. 

Inclusive, nem todas as pessoas que sofrem com a diabetes tipo 2 são obesas. Portanto, relacionar a obesidade como causa da diabetes é um mito.


3. “Pessoas obesas são preguiçosas"

Mito! É possível que a inatividade física esteja relacionada com alguns casos de obesidade, mas ao entender o que é obesidade percebemos que a condição vai muito além da ausência de exercícios físicos.

Além disso, o sedentarismo não é, por si só, uma característica capaz de provar a capacidade de produção de uma pessoa.


4. “Todo gordo é doente”

Mito! Apesar de ser um fator de risco para outras doenças, o diagnóstico de sobrepeso por si só não é capaz de determinar a condição de saúde de um paciente. Para analisar se há ou não a presença de doenças em um indivíduo, questões além da estética devem ser avaliadas por um profissional da saúde.


5. “A obesidade influencia na saúde”

Verdade! A obesidade pode ser um fator de risco para o desenvolvimento de alguns fatores de risco para a saúde do paciente obeso. Ela pode aumentar as chances de desenvolvimento de transtornos mentais, doenças cardiovasculares, aumento da pressão arterial, diabetes e distúrbios de sono, por exemplo.


6. “Os jovens estão cada vez mais obesos”

Verdade! O Relatório Público do Sistema Nacional de Vigilância Alimentar e Nutricional de 2021, mostrou que a obesidade é um problema que atinge cada vez mais os jovens. As informações mostram que pelo menos 33% das crianças entre 5 e 9 anos e 32% dos adolescentes apresentam excesso de peso.

Um estilo de vida mais sedentário, principalmente nas grandes metrópoles, e a alimentação desequilibrada são alguns dos vilões para esse aumento. Além disso, crescer em lares obesogênicos, ou seja, que contribuem para um comportamento não saudável, são questões determinantes para o impacto na saúde dos mais jovens.


7. “A gordura visceral é a mais preocupante”

Verdade! Todo excesso de gordura corporal é capaz de trazer danos à saúde a longo prazo, mas o acúmulo de gordura visceral, que fica na região abdominal, é especialmente mais preocupante para a saúde.

Isso porque essa gordura pode favorecer o desenvolvimento de doenças do coração e é mais prejudicial ao paciente.

Para combater o que é obesidade, o principal caminho é adotar um estilo de vida saudável, ativo e sem preconceitos. A obesidade é uma condição complexa e multifatorial que precisa ser compreendida e de apoio para uma melhor qualidade de vida do paciente que deseja perder peso e sair da obesidade.

Agora que descobriu esses mitos e verdades sobre a obesidade, conheça a Calculadora de IMC do QBemQFaz!

 

 


Carla Fiorillo - Nutricionista, especialista em Adolescência pela UNIFESP e Transtornos Alimentares pelo AMBULIM/HCFMUSP. Pós graduada em Gestão em Marketing pela FAAP. Fundadora da Infonuttri, Inteligência em Nutrição.


https://qbemqfaz.com.br/saude/o-que-e-obesidade



Referências

Medical Myths: 5 common myths about obesity. Medical News Today, 2020.

Obesity. NHS, 2023.

Excesso de peso e obesidade. Ministério da Saúde, 2022.

Sobrepeso e obesidade como problemas de saúde pública. Ministério da Saúde, 2022.

Expressões da Violência Associada ao Corpo Gordo: Uma Revisão Bibliográfica Qualitativa. Revista Polis e Psique, 2021.


Autismo em Mulheres: Os Mistérios da Identificação

Por Que O Diagnóstico De Autismo Em Mulheres É Tão Complexo? Quais As Características? O Que Diferencia Da Condição Em Homens?


O autismo é um transtorno onde se tem características próprias e níveis de suporte. Nos níveis 2 e 3 de suporte as diferenças, as características do espectro, são mais marcantes tanto em homens como em mulheres. Existe a dificuldade na comunicação, o prejuízo na socialização, além da preferência por rituais e rotinas rígidas. A grande dificuldade do diagnóstico e a maior diferença, entre homens e mulheres, se dá no nível 01, que é o autismo com menor necessidade de suporte; antigamente chamado de Síndrome de Asperger.

A diferença de diagnóstico entre homens e mulheres é que, nas mulheres, a dificuldade do diagnóstico é mais aparente. Geralmente as meninas são mais falantes, pode se encontrar pacientes mulheres que não tem dificuldade na construção da linguagem, mas pode se observar uma dificuldade na compreensão do que é dito, ou seja, na compreensão do discurso.

Essas pacientes não conseguem compreender piadas de duplo sentido, metáforas. Elas não conseguem compreender e se inserir bem nos jogos sociais. Isso é muito visto principalmente na adolescência; inclusive essas meninas, quando sofrem bullying na escola, elas nem sabem que estão sofrendo bullying porque não conseguem entender a piada, não conseguem entender o motivo ou porque elas não são bem aceitas – diz a Dra. Gesika Amorim, Mestre em Educação Médica, Pediatra pós graduada em Neurologia e Psiquiatria, com especialização em Tratamento Integral do Autismo, Saúde Mental e Neurodesenvolvimento

O autismo de nível 01 é o que apresenta maior dificuldade de realizar o diagnóstico, principalmente em mulheres. As mulheres por si só, tem uma necessidade de agradar e de se sentir acolhida, e isso é inerente no sexo feminino.

Eu costumo dizer que uma das características principais, o que chama mais atenção nessas mulheres dentro do espectro autista, é a capacidade de vestir várias máscaras para se sentir acolhida nos diferentes grupos sociais, nas diferentes tribos. Conversando com minhas adolescentes, descobri que se você tiver na escola tribos que falem, por exemplo, sobre música sertaneja, elas vão se esforçar ao máximo para serem aceitas naquele grupo. E se essa adolescente sai desse grupo e entra em um outro em que os indivíduos gostam de rock, ela vai mudar de personagem para ser aceita no novo grupo. Ela passa por diferentes grupos tentando ser aceita nessas diferentes características – Explica a Dra. Gesika Amorim.

E essa necessidade de ser aceita passa por uma maior probabilidade de envolvimentos abusivos. Essas mulheres tem dificuldade de serem assertivas nos relacionamentos e de dizerem não. Elas costumam se envolver em relacionamentos ruins, que acabam trazendo prejuízo. E essa necessidade de aceitação acaba levando essas mulheres a um esgotamento emocional e psíquico.

É comum que essas mulheres passem pela vida inteira com muitos diagnósticos de transtornos psiquiátricos, quando na realidade o que se tem é uma mulher dentro do espectro autista, mas que não foi diagnosticada e não consegue se inserir socialmente, não consegue se entender e nem se aceitar como ela é, porque no fundo ela não sabe quem ela é. E ela é considerada depressiva, histérica, bipolar, Borderline, quando na realidade ela é autista, mas está tentando vestir essas diferentes fantasias para tentar se encontrar. Mas na verdade, ela não tem uma doença, mas uma condição que a faz tentar agir dentro de uma normalidade que não é a delaRessalta a especialista.

A demora do diagnóstico é porque, como já foi falado, na maioria das vezes essas mulheres, na infância, passam pelo TDAH, pelo TOD, pelo transtorno de ansiedade, pelo transtorno bipolar, depressão entre outros transtornos. E assim passam por diferentes diagnósticos, tomam inúmeros medicamentos e não conseguem se tratar. Para um diagnóstico assertivo, a pessoa precisa passar por um profissional especializado e com experiência em autismo.


A Dra. Gesika Amorim faz um alerta: Hoje se fala muito em autismo, porém, existem muitos pseudoespecialistas. É preciso buscar um profissional qualificado, passar por uma avaliação neuropsicológica com um neuropsicólogo com referência, de preferência com um psiquiatra. Autismo em adultos é um transtorno comportamental. Neurologistas pouco experientes em TEA podem não conseguir dar conta desse diagnóstico. Então procure um psiquiatra experiente, com referência, ele vai indicar uma neuropsicóloga e ela vai reiniciar uma testagem longa para esse diagnóstico ser bem fundamentado.

Sobre o tratamento, após a avaliação neuropsicológica, se identifica os diagnósticos e as comorbidades para daí entender o que é passível de tratamento. O que é tratado no TEA são as comorbidades, não existe medicamento para o TEA. Então é tratado a ansiedade, a depressão entre outros transtornos. Essas mulheres realmente tem comorbidades comportamentais, psiquiátricas, que precisam ser tratadas.

O mais importante é você acreditar nessa paciente. Eu trabalho e convivo com autismo há vinte anos e o que eu tenho visto hoje são mulheres e pacientes que muitos profissionais não acreditam nesse diagnóstico. O mais importante é fazer um diagnóstico com profissional sério e competente. É necessário procurar profissionais, psiquiatras e neurologistas, sérios e competentes para poder fazer e dar sequência nessa abordagemFinaliza a doutora e especialista em autismo 



Dra Gesika Amorim - Mestre em Educação médica, com Residência Médica em Pediatria, Pós Graduada em Neurologia e Psiquiatria, com formação em Homeopatia Detox (Holanda), Especialista em Tratamento Integral do Autismo. Possui extensão em Psicofarmacologia e Neurologia Clínica em Harvard. Especialista em Neurodesenvolvimento e Saúde Mental; Homeopata, Pós Graduada em Medicina Ortomolecular - (Medicina Integrativa) e Membro da Sociedade Brasileira de Neurologia Infantil.
https://dragesikaamorim.com.br
Insta: @dragesikaautismo


Tromboses afetam cerca de 400 mil pessoas por ano no país

População deve estar atenta aos sintomas. Especialista do Hospital Alemão Oswaldo Cruz orienta sobre prevenção, diagnóstico e cuidados

 

A trombose é uma doença causada pela formação de coágulos nos vasos sanguíneos, que provoca sua obstrução e prejudica a circulação correta do sangue. Anualmente, afeta cerca de 400 mil pessoas, de acordo com dados da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular (SBACV). Segundo o Ministério da Saúde, a condição é a terceira maior causa de morte cardiovascular no país. 

Há dois tipos de trombose: arterial e venosa. A primeira ocorre quando há a formação de coágulos que bloqueiam as artérias e é a forma mais grave de trombose, pode ser consequência de episódios como infartos do miocárdio e AVCs (acidentes vasculares cerebrais). De acordo com a SBACV, a trombose arterial tem prevalência geral em cerca de 4% da população, aumentando proporcionalmente com a faixa etária, variando de 0,9% abaixo dos 50 anos a até 14,5% acima de 70 anos.

Já a trombose venosa, de acordo com a SBACV, de maneira geral, representa cerca de 60 casos para cada 100.000 habitantes por ano. O problema é mais prevalente e ocorre quando há obstrução de veias principais ou secundárias, acometendo especialmente os membros inferiores. Os coágulos podem se desprender, totalmente ou em fragmentos, e atingir os pulmões, causando embolia pulmonar, pode ser fatal. 

Segundo o Dr. Sascha Werner Schlaad, cirurgião vascular do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, é necessário que as pessoas acometidas pelo problema busquem por acompanhamento médico a fim de realizar o tratamento adequado de forma precoce e, assim, evitar a progressão grave da trombose. 

As tromboses têm causa multifatorial, mas algumas pessoas apresentam maior propensão para o seu desenvolvimento. Entre elas, estão indivíduos com mais de 65 anos, com obesidade, tabagistas, com doenças oncológicas, em recuperação pós-operatório, gestantes, portadores de trombofilias (tendência a formação de trombos) e com histórico familiar de trombose anterior. 

Hábitos de vida saudáveis, como alimentação balanceada, hidratação corporal, prática regular de atividade física, consumo moderado de álcool e não fumar são medidas essenciais para a prevenção de episódios de trombose.

De acordo com o especialista, o tratamento deve ser individualizado e envolve a administração de medicações anticoagulantes, em alguns casos o uso de meias de compressão também é indicado. 

 

Hospital Alemão Oswaldo Cruz
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Campanha global incentiva público a 'Movimentar-se Contra a Trombose' no 10º aniversário da iniciativa ao redor do planeta

Lembrado anualmente em 13 de outubro, o Dia Mundial da Trombose promove conscientização de riscos, sintomas, tratamento e prevenção à doença que afeta milhões de pessoas em todo o mundo


O Dia Mundial da Trombose tem como objetivo divulgar os fatores de riscos,
sintomas, tratamento e prevenção aos coágulos sanguíneos (Fotos/Crédito: WTD)
 

 

Nesta sexta-feira, 13 de outubro, é o Dia Mundial da Trombose, um esforço global estabelecido pela Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH, na sigla em inglês) para divulgar os fatores de riscos, sintomas, tratamento e prevenção aos coágulos sanguíneos, também conhecidos como trombos, origem do nome da doença em português. Com uma em cada quatro pessoas a morrer em todo o mundo devido às condições relacionadas aos coágulos sanguíneos, a trombose é a principal causa de mortes hospitalares evitáveis ​​no planeta. 

O Dia Mundial da Trombose envolve mais de 5 mil organizações parceiras e indivíduos de mais de 120 países que unem forças para promover a compreensão do tratamento e prevenção de coágulos sanguíneos. No seu 10º aniversário, a campanha incentiva o público a “Movimentar-se Contra a Trombose”, uma vez que movimentos simples, incluindo caminhar e alongar-se, podem aumentar o fluxo sanguíneo e ajudar a reduzir o potencial de formação de trombos. 

A trombose pode se desenvolver ou rumar para os vasos sanguíneos de todo o corpo, muitas vezes causando sintomas que podem ser confundidos com outras doenças. Os sintomas mais comuns de coágulo sanguíneo na perna, ou trombose venosa profunda (TVP), podem incluir dor ou sensibilidade na panturrilha, inchaço do tornozelo ou pé, vermelhidão ou descoloração perceptível e/ou calor nessa área. Já os sintomas de coágulo sanguíneo nos pulmões, ou embolia pulmonar (EP), podem incluir falta de ar inexplicável, respiração rápida, dor no peito, frequência cardíaca acelerada e/ou tontura ou perda de consciência. 

“Uma das razões pelas quais a trombose acaba sendo a causa de morte de uma em cada quatro pessoas em todo o mundo é que muitos dos seus sintomas são sinônimos de outras condições comuns”, afirma a médica Lana Castellucci, presidente do Comitê Diretor do Dia Mundial da Trombose. “Quando uma pessoa sente cãibras nas pernas, por exemplo, é improvável que procure um especialista para se submeter a exames de trombose e, infelizmente, isso pode resultar em morte por essa doença. Com esta campanha global, estamos trabalhando para educar o público sobre trombose, condição prevalente para garantir que cuidados médicos adequados sejam procurados antes que seja tarde demais", pontua ela. 

Certos fatores de risco podem aumentar a probabilidade de desenvolvimento de trombose, especialmente:

  • Hospitalização prolongada: Até 60% dos casos de tromboembolismo venoso (TEV) ocorrem durante ou após a hospitalização, pois os pacientes têm maior probabilidade de ter mobilidade reduzida devido ao repouso no leito hospitalar;
  • Tratamento de câncer: Os pacientes com câncer têm quatro vezes mais probabilidades de desenvolver um coágulo sanguíneo grave devido aos efeitos da cirurgia e da quimioterapia;
  • Gravidez e pós-parto: O sangue fica mais pegajoso durante a gravidez e, imediatamente, após o parto. Além disso, o peso do útero ao pressionar as veias da pelve pode retardar a circulação nas pernas.

Praticar exercícios regularmente e manter um peso saudável é importante para pessoas com esses e outros fatores de risco. Por isso, a incorporação do movimento na prevenção de coágulos sanguíneos inspirou o tema “Movimente-se Contra a Trombose”, na edição deste ano da campanha global do Dia Mundial da Trombose.

 

Sobre a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH) e o Dia Mundial da Trombose – Fundada em 1969, a Sociedade Internacional de Trombose e Hemostasia (ISTH na sigla em inglês) é a principal sociedade profissional médica e científica mundial dedicada a promover a compreensão, prevenção, diagnóstico e tratamento de condições relacionadas à trombose e hemostasia. A ISTH é uma organização internacional médico-científica profissional com mais de 7 mil médicos, pesquisadores e educadores, trabalhando juntos para melhorar a vida de pacientes em mais de 124 países ao redor do planeta. Entre suas atividades e iniciativas altamente conceituadas, estão programas de educação e padronização, atividades de pesquisa, reuniões e congressos, publicações revisadas por pares, comitês de especialistas e a campanha do Dia Mundial da Trombose, em 13 de outubro


No Mês das Crianças, Alergoshop dá dicas sobre a higiene dos pequenos

O bem-estar das crianças deve ser prioridade

 

No mês das crianças fala-se muito em presentear os pequenos, mas outras preocupações com o bem-estar dos pequenos é uma prioridade, já que criança feliz tem que estar saudável. Então, mesmo em meio a diversão e brincadeiras, é crucial garantir que eles estejam protegidos. Nesse contexto, marcas de produtos inovadores, que prezam a saúde, a segurança e o bem-estar, como a Alergoshop, têm se destacado ao oferecer soluções que encantam todas as gerações.

A escolha dos cosméticos certos para a saúde e proteção das crianças desempenha um papel crucial em sua jornada de crescimento e desenvolvimento. A pele e cabelos infantis são naturalmente mais sensíveis e suscetíveis a irritações, alergias e danos, tornando imperativo optar por produtos especialmente formulados para atender às suas necessidades delicadas. Cosméticos inadequados podem não apenas causar desconforto e irritação, mas também representar riscos à saúde a longo prazo.

Para isso, a Alergoshop lançou a linha "Nossos Amores", especialmente desenvolvida para atender às necessidades da pele delicada das crianças, pois apresenta fórmulas suaves e de baixa irritabilidade.


Banho de Gato

Entre os produtos da linha, a água micelar é um dos destaques para limpar suavemente a pele, removendo impurezas e deixando-a fresca e hidratada. Ideal para aquelas situações, por exemplo, onde a criança volta exausta de uma festa e os pais ficam com “peninha” de colocar no banho. Para completar, o balm hidratante é um aliado para manter a pele macia e protegida, proporcionando alívio para eventuais irritações causadas pela exposição ao ar livre. O produto também pode ser utilizado para o tratamento das assaduras dos pequenos.


Cabelos frágeis

Para o cuidado dos cabelos, a linha conta com um condicionador enriquecido com óleo de manga, que confere brilho e maciez incomparáveis aos fios, sem deixá-los pesados ou oleosos. Além disso, contém um complexo de proteínas de cereais (aveia e trigo) e amêndoas, que facilitam o pentear dos cabelos. Sua fórmula suave permite o uso diário em todos os tipos de cabelo.


Versatilidade

Uma das opções mais versáteis da linha é a emulsão de banho, um produto que atende a todas as necessidades: pele, couro cabeludo e cabelos delicados, pois conta com uma fórmula suave que pode ser usada diariamente da cabeça aos pés, como shampoo ou sabonete. Seus ativos auxiliam na hidratação e na manutenção da saúde da pele, couro cabeludo e cabelos, atuando como um repositor da camada lipídica natural.

É importante ressaltar que, ao escolher um cosmético para uso infantil, a segurança deve ser prioridade. Certificar-se de que o produto foi submetido a rigorosos testes de segurança para minimizar os riscos de irritações ou alergias na pele é essencial.

A fiscalização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) desempenha um papel fundamental na redução desses riscos, estabelecendo regras rigorosas para produtos destinados ao público infantil. Portanto, é essencial verificar os rótulos das embalagens, onde devem constar as faixas etárias para as quais o uso do produto é permitido. 



Alergoshop
https://alergoshop.com.br/


Travesseiros e colchões: Alergista explica formas de evitar a proliferação de ácaros

Descubra como cuidar de seu bem-estar e da saúde, seguindo dicas de especialista


Após um longo dia, o conforto na hora de dormir é essencial. Porém, o momento do sono acaba se tornando o pesadelo de muitos, pois é quando sintomas alérgicos costumam se apresentar. Segundo a ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, entre 10 e 25% das pessoas sofrem de rinite alérgica, sendo a poeira domiciliar sua causa mais relevante, no Brasil. Ainda de acordo com a instituição, em São Paulo e outras regiões do país onde as estações do ano são mais bem definidas, a forma de rinite alérgica que predomina é a causada pelos ácaros, acometendo os alérgicos durante o ano inteiro. 

Pertencentes à mesma família das aranhas, os ácaros possuem tamanho microscópico e podem viver em diversos tipos de superfícies, como água, solo e até mesmo em animais. São mais de 55 mil espécies catalogadas, porém estima-se que possa haver cerca de um milhão de tipos de ácaros ainda não conhecidos. 

Especialista em Alergologia e Imunologia Clínica pelo São Cristóvão Saúde e Membro da ERS (European Respiratory Society), Dr. Alexandre Okamori explica que os ácaros se alimentam dos restos de pele humana que ficam em locais como travesseiros, sofás, colchões e almofadas: “Por gostarem de sombra e umidade, deixar o quarto bem arejado e exposto à luz solar ajuda a evitar sua multiplicação”.

 

Pequenas grandes comunidades

De acordo com dois estudos realizados por pesquisadores da Unicamp em 2003, em cada grama de poeira foram encontrados 40 mil ácaros. Ou seja, cada cinco gramas de poeira pode abrigar 200 mil desses animais. Além disso, análises científicas comprovaram que, após cerca de 6 anos de uso, ao menos 10% do peso de um travesseiro é derivado da quantidade de ácaros e seus detritos, como fezes e ácaros mortos. 

Os sintomas de uma alergia causada por ácaros variam; de modo geral, entre os possíveis sinais de uma reação alérgica, os mais comuns são:

  • Irritação no nariz, olhos ou garganta;
  • Coceira e/ou prurido nos ouvidos e no nariz;
  • Coriza;
  • Secreção nasal transparente ou amarelada;
  • Espirros;
  • Lacrimejamento dos olhos.

“Em média, o travesseiro deve ser trocado a cada 2 ou 3 anos, além de ser lavado com frequência. Levar o travesseiro em viagens pode fazer com que ele acumule mais ácaros, mas isso pode ser evitado com o uso de capas específicas, encontradas em lojas de produtos para alérgicos”, finaliza Dr. Alexandre.

 

Associação de Beneficência e Filantropia São Cristóvão - Grupo São Cristóvão Saúde

 

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