Descubra como cuidar de seu bem-estar e da saúde, seguindo dicas de especialista
Após um longo dia, o conforto na hora de dormir é essencial. Porém, o momento do
sono acaba se tornando o pesadelo de muitos, pois é quando sintomas alérgicos
costumam se apresentar. Segundo a ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e
Imunologia, entre 10 e 25% das pessoas sofrem de rinite alérgica, sendo a poeira domiciliar sua causa mais
relevante, no Brasil. Ainda de acordo com a instituição, em São Paulo e outras
regiões do país onde as estações do ano são mais bem definidas, a forma de
rinite alérgica que predomina é a causada pelos ácaros, acometendo os alérgicos
durante o ano inteiro.
Pertencentes à mesma família das aranhas, os ácaros possuem tamanho microscópico e podem viver em diversos tipos de superfícies, como água, solo e até mesmo em animais. São mais de 55 mil espécies catalogadas, porém estima-se que possa haver cerca de um milhão de tipos de ácaros ainda não conhecidos.
Especialista em Alergologia e Imunologia Clínica pelo São
Cristóvão Saúde e Membro da ERS (European Respiratory Society), Dr. Alexandre
Okamori explica que os ácaros se alimentam dos restos de pele humana que ficam
em locais como travesseiros, sofás, colchões e almofadas: “Por gostarem de
sombra e umidade, deixar o quarto bem arejado e exposto à luz solar ajuda a
evitar sua multiplicação”.
Pequenas grandes comunidades
De acordo com dois estudos realizados por pesquisadores da
Unicamp em 2003, em cada grama de
poeira foram encontrados 40 mil ácaros. Ou seja, cada cinco gramas de poeira
pode abrigar 200 mil desses animais. Além disso, análises científicas
comprovaram que, após cerca de 6 anos de uso, ao menos 10% do peso de um
travesseiro é derivado da quantidade de ácaros e seus detritos, como fezes e ácaros
mortos.
Os
sintomas de uma alergia causada por ácaros variam; de modo geral, entre os
possíveis sinais de uma reação alérgica, os mais comuns são:
- Irritação no nariz, olhos ou garganta;
- Coceira e/ou prurido nos ouvidos e no nariz;
- Coriza;
- Secreção nasal transparente ou amarelada;
- Espirros;
- Lacrimejamento dos olhos.
“Em
média, o travesseiro deve ser trocado a cada 2 ou 3 anos, além de ser lavado
com frequência. Levar o travesseiro em viagens pode fazer com que ele acumule
mais ácaros, mas isso pode ser evitado com o uso de capas específicas,
encontradas em lojas de produtos para alérgicos”, finaliza Dr. Alexandre.
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