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quarta-feira, 11 de outubro de 2023

Travesseiros e colchões: Alergista explica formas de evitar a proliferação de ácaros

Descubra como cuidar de seu bem-estar e da saúde, seguindo dicas de especialista


Após um longo dia, o conforto na hora de dormir é essencial. Porém, o momento do sono acaba se tornando o pesadelo de muitos, pois é quando sintomas alérgicos costumam se apresentar. Segundo a ASBAI - Associação Brasileira de Alergia e Imunologia, entre 10 e 25% das pessoas sofrem de rinite alérgica, sendo a poeira domiciliar sua causa mais relevante, no Brasil. Ainda de acordo com a instituição, em São Paulo e outras regiões do país onde as estações do ano são mais bem definidas, a forma de rinite alérgica que predomina é a causada pelos ácaros, acometendo os alérgicos durante o ano inteiro. 

Pertencentes à mesma família das aranhas, os ácaros possuem tamanho microscópico e podem viver em diversos tipos de superfícies, como água, solo e até mesmo em animais. São mais de 55 mil espécies catalogadas, porém estima-se que possa haver cerca de um milhão de tipos de ácaros ainda não conhecidos. 

Especialista em Alergologia e Imunologia Clínica pelo São Cristóvão Saúde e Membro da ERS (European Respiratory Society), Dr. Alexandre Okamori explica que os ácaros se alimentam dos restos de pele humana que ficam em locais como travesseiros, sofás, colchões e almofadas: “Por gostarem de sombra e umidade, deixar o quarto bem arejado e exposto à luz solar ajuda a evitar sua multiplicação”.

 

Pequenas grandes comunidades

De acordo com dois estudos realizados por pesquisadores da Unicamp em 2003, em cada grama de poeira foram encontrados 40 mil ácaros. Ou seja, cada cinco gramas de poeira pode abrigar 200 mil desses animais. Além disso, análises científicas comprovaram que, após cerca de 6 anos de uso, ao menos 10% do peso de um travesseiro é derivado da quantidade de ácaros e seus detritos, como fezes e ácaros mortos. 

Os sintomas de uma alergia causada por ácaros variam; de modo geral, entre os possíveis sinais de uma reação alérgica, os mais comuns são:

  • Irritação no nariz, olhos ou garganta;
  • Coceira e/ou prurido nos ouvidos e no nariz;
  • Coriza;
  • Secreção nasal transparente ou amarelada;
  • Espirros;
  • Lacrimejamento dos olhos.

“Em média, o travesseiro deve ser trocado a cada 2 ou 3 anos, além de ser lavado com frequência. Levar o travesseiro em viagens pode fazer com que ele acumule mais ácaros, mas isso pode ser evitado com o uso de capas específicas, encontradas em lojas de produtos para alérgicos”, finaliza Dr. Alexandre.

 

Associação de Beneficência e Filantropia São Cristóvão - Grupo São Cristóvão Saúde

 

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