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terça-feira, 3 de outubro de 2023

HCN realiza sua oitava captação de órgãos para transplante

Captação de rins foi realizada com apoio da equipe da Central Estadual de Transplantes e da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás 


Referência no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) em captação de órgãos, o Hospital Estadual do Centro-Norte Goiano (HCN) realizou nesta sexta-feira (29/09) sua oitava captação para doação. Todo o processo contou com o apoio da equipe de médicos e profissionais da Central Estadual de Transplantes (CET) e da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO).

 

A unidade do governo de Goiás, gerida pelo Instituto de Medicina, Estudos e Desenvolvimentos (IMED), tem desempenhado um papel fundamental na promoção da doação de órgãos e no salvamento de vidas por meio de transplantes.

 

O Gigante do Norte se tornou um grande aliado dessa causa, instruindo e estimulando familiares e pacientes sobre a importância de ser um doador. Apesar da difícil decisão e da dor da perda, as famílias são abordadas e amparadas pela equipe multidisciplinar da comissão responsável, composta por profissionais do serviço social, fisioterapeutas, psicólogos, equipe médica e de enfermagem, entre outros departamentos importantes para a efetivação da captação.

 

“É importante trabalharmos, cada vez mais, na capacitação dos nossos profissionais, para o melhor acolhimento das famílias doadoras. O momento é delicado e para obtermos a autorização dos entes queridos existe um serviço humanizado de acolhimento”, ressalta João Batista da Cunha, diretor assistencial do HCN.

 

A doadora era uma mulher de 51 anos, que teve morte encefálica determinada por protocolos seguidos por lei. Foram captados rins que irão beneficiar pessoas que aguardam na fila do Sistema Nacional de Transplantes (SNT). A captação foi realizada no próprio hospital, que possui todo aparato tecnológico para realizar esse tipo de coleta e faz parte da Central Estadual de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos de Goiás (CNCDO-GO).

 

Doação de órgãos

 

No Brasil, mais de 65 mil pessoas aguardam na lista de espera por órgãos, um dos maiores números dos últimos 25 anos. A posição da pessoa na fila depende de uma combinação de tipagem sanguínea, compatibilidade de peso e altura, genética e critérios de gravidade distintos para cada órgão. Quem regula a fila é o Sistema Único de Saúde (SUS) e independe de ser um paciente da rede pública ou privada. Os órgãos doados vão para pacientes que aguardam na fila nacional única, controlada pelo Sistema Nacional de Transplantes. 

A doação de órgãos é um ato de amor que possibilita salvar muitas pessoas. Para se tornar um doador, a pessoa deve ter mais de 21 anos, estar em boa saúde e concordar com a doação, desde que não comprometa sua própria saúde. A doação após morte encefálica só ocorre com a autorização da família. Portanto, é fundamental comunicar aos familiares o desejo de se tornar um doador.


Alívio de sintomas do ciclo menstrual com alimentação

O ciclo menstrual, fase tão característica e intrínseca na vida da mulher, se constitui por apresentar uma série de transformações no corpo feminino. Este período é muitas vezes acompanhado por sintomas como inchaço, mudanças de humor, cólicas e outros desconfortos que podem variar de uma pessoa para outra. Mas o que muitos não sabem é que a alimentação possui um importante papel durante essa fase. 

“É comum ouvir relatos de mulheres que enfrentam desequilíbrios durante os ciclos menstruais. Mas, a verdade é que o que consumimos durante esses dias pode evitar dores de cólicas e outros desconfortos”, explica a nutricionista Priscila Gontijo, da Puravida.

Alimentos ricos em ômega 3, como certos tipos de peixe, podem ser especialmente úteis na redução da inflamação. Vegetais de folhas verdes e frutas ricas em fibras, por sua vez, auxiliam no equilíbrio hormonal. No entanto, é igualmente importante evitar alimentos que podem piorar os sintomas. Alimentos processados, ricos em açúcares e cafeína, são conhecidos por exacerbar os desconfortos, tornando o período ainda mais complicado.

Priscila Gontijo aponta ainda que “investir em um regime alimentar balanceado pode ser mais do que uma forma de aliviar sintomas momentâneos, pode ser uma estratégia de longo prazo para melhorar o bem-estar e a qualidade de vida. Essa abordagem nutricional pode preparar o terreno para um ambiente interno mais saudável, fornecendo ao corpo os nutrientes necessários para lidar com as variações hormonais que ocorrem durante o ciclo menstrual e a menopausa”.

Além da alimentação, o uso de suplementos pode ser uma estratégia nutricional para aliviar os sintomas: “A alimentação e a suplementação podem trabalhar em conjunto para regular os hormônios e manter a saúde física e emocional durante os ciclos da mulher. Além dessa dupla, também é importante combinar atividade física regular e sono de qualidade para promover um bem-estar geral. Caso os sintomas persistam, é recomendável buscar orientação médica para um check-up mais aprofundado”, finaliza e recomenda a nutricionista Priscila Gontijo.

 

Puravida


Casos de alergias aumentam 15% na primavera

A pesquisa, realizada pela Docway, empresa pioneira em soluções de saúde digital, aponta a alergia ao pólen como o diagnóstico mais frequente


Com a chegada da Primavera vem o florescimento das plantas e o aumento das temperaturas, mas também surgem desafios para muitos brasileiros. O aumento nos números de problemas causados por alergias sazonais é uma preocupação comum durante essa época do ano, sendo a principal delas a alergia ao pólen, que pode desencadear a rinite alérgica.
 

De acordo com uma pesquisa realizada pela Docway, empresa pioneira em soluções de saúde digital, a primavera de 2022 registrou um aumento de 15% nos casos de alergias em comparação com o inverno do ano correspondente – e a a mesma tendência vem se apresentando para 2023. Esse crescimento alarmante destaca a importância de compreender as causas e os sintomas das alergias sazonais, bem como a busca por maneiras eficazes de prevenção e tratamento.

A rinite alérgica sazonal se manifesta com sintomas como espirros frequentes, coriza, coceira no nariz e nos olhos, além de congestionamento nasal. "Com o aumento da concentração de pólen durante a primavera, muitas pessoas sofrem com sintomas desagradáveis. A exposição a essas partículas pode desencadear reações alérgicas, afetando a qualidade de vida do paciente. É importante procurar ajuda médica e estar ciente dos exames indicados para confirmar a causa das alergias sazonais", aponta a Dra. Carolina Pampolha, Diretora Médica de Operações da Docway, empresa pioneira em soluções de saúde digital.
 

Para determinar a origem da alergia e seu tratamento adequado, exames como o teste cutâneo de alergia e a dosagem de IgE específica podem ser realizados. Essa investigação auxilia o médico a identificar alérgenos específicos aos quais o paciente é sensível, possibilitando um tratamento direcionado. E para evitar que a chegada da primavera seja um pesadelo para quem sofre de alergias sazonais, a médica separou 8 dicas para reduzir crises alérgicas. Confira:
 

1. Monitorar os níveis de pólen: O pólen não é visível a olho nu, contudo em épocas de alta concentração de pólen no ar cria-se uma névoa fina e amarelada, e essa névoa é mais visível principalmente em dias ensolarados e secos, em que o pólen é transportado pelo vento em grandes quantidades. Em dias ventosos, pessoas com alergia ao pólen é aconselhável evitar atividades ao ar livre, mas caso realize, ao chegar em casa importante tomar banho e trocar as roupas.
 

2. Utilizar filtros de ar: Investir em purificadores de ar equipados com filtros HEPA pode reduzir efetivamente a presença de alérgenos no ambiente, já que são projetados para capturar partículas muito pequenas como pólen, ácaros, pelos de animais, mofo e partículas de poeira.
 

3. Utilizar óculos de sol e/ou máscaras ao ar livre: Para aqueles que sofrem com irritação nos olhos e garganta, usar óculos de sol e máscaras ao ar livre cria uma barreira protetora eficaz contra alérgenos.
 

4. Manter a casa limpa: Uma rotina regular de limpeza, incluindo a higienização de superfícies, cortinas e a aspiração de carpetes, pode diminuir significativamente a concentração de alérgenos no ambiente doméstico.
 

5. Trocar de roupa ao chegar em casa: Evitar sentar-se no sofá ou se deitar na cama com a mesma roupa que usou fora de casa ajuda a prevenir a acumulação de partículas alergênicas em móveis e tecidos.
 

6. Conheça a sua alergia: Cada tipo de alergia possui particularidades. Por exemplo, para alergias ao pólen, é aconselhável manter as janelas fechadas para evitar a entrada de partículas em casa; já para alergias a mofo, manter uma boa ventilação com janelas abertas é fundamental.
 

7. Uso de medicamentos: Em casos mais graves, medicamentos antialérgicos prescritos por um médico, como anti-histamínicos, corticoides e descongestionantes nasais, podem ser eficazes para bloquear crises e aliviar sintomas. Consulte sempre um profissional de saúde para orientação adequada.
 

8. Considerar a imunoterapia: Em casos de alergias persistentes, a imunoterapia, que envolve a administração controlada do alérgeno responsável pela reação alérgica, pode ajudar o corpo a desenvolver uma maior tolerância, desta forma vai reduzir sintomas alérgicos, proporcionar um alívio mais duradouro, previne o agravamento de alergias ao longo do tempo, reduz o uso rotineiro de antialérgicos, anti-histamínicos e descongestionantes nasais e melhora qualidade de vida.


Cigarros eletrônicos também são vilões da saúde bucal

Cigarros eletrônicos podem ser responsáveis por
diversas doenças, além de causar danos à saúde bucal

Créditos: Envato
Mesmo proibidos, uso de vapes segue em constante crescimento e traz danos a médio e longo prazos



Apesar de muitas pessoas acreditarem que os cigarros eletrônicos são uma alternativa "mais segura" aos produtos tradicionais de tabaco, o número crescente de evidências recentes revela que esses dispositivos podem representar uma ameaça ainda maior para a saúde. Sob diversas nomenclaturas, como vapes e pods, esses dispositivos ganharam popularidade nos últimos anos, mas suas consequências para a saúde são preocupantes. De acordo com uma pesquisa conduzida pelo Programa de Tratamento do Tabagismo do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas, os níveis de nicotina encontrados em usuários do vape equivalem ao consumo de 20 cigarros convencionais por dia. Com teores de nicotina que podem chegar a 90 mg, equivalentes a 4,5 maços do cigarro tradicional, a presença de outras substâncias adicionadas nos aparelhos para intensificar a sensação de prazer pode levar a uma dependência ainda mais intensa. 

Além de os estudos e evidências recentes sugerirem que os cigarros eletrônicos podem ser responsáveis por doenças cardiovasculares, pulmonares e inflamações, que aumentam os riscos de câncer, os cigarros eletrônicos também causam danos à saúde bucal. “Devido ao alto teor de açúcar e à consistência viscosa do vapor, resíduos são depositados nos dentes, tornando-os mais sensíveis. Isso afeta o paladar, o olfato, causa desidratação e ainda potencializa os riscos de cáries”, explica o dentista e especialista em Saúde Coletiva da Neodent, João Piscinini.  

Embora a comercialização, importação e propaganda de todos os tipos de dispositivos eletrônicos para fumar sejam proibidas no Brasil pela Anvisa, o número de usuários segue em crescimento. Em 2018, o Ipec constatou que 500 mil brasileiros eram consumidores de cigarros eletrônicos, e, em 2022, esse número subiu para 2,2 milhões.  


Conheça os 7 riscos do cigarro eletrônico para a saúde bucal 

Doenças periodontais: o uso de cigarros eletrônicos altera as condições naturais da boca, facilitando o acúmulo de placa bacteriana, principal causa das doenças periodontais. 

Retração gengival: a baixa irrigação das membranas mucosas bucais danifica o tecido, expondo a raiz do dente e aumentando a sensibilidade dentária, bem como o surgimento de cáries. 

Escurecimento da gengiva e dos dentes: a nicotina se acumula na superfície dos dentes e adere ao esmalte dentário. 

Língua de vape: o fumo excessivo dos vapes, devido às altas quantidades de nicotina e essências com sabores exóticos, compromete a capacidade de sentir o gosto. 

Mau hálito: apesar dos aromatizantes nos vapes, a nicotina presente nos cigarros eletrônicos causa mau odor na cavidade bucal. 

Xerostomia: a saliva é responsável pela limpeza natural da boca e pelo equilíbrio das bactérias. O uso de cigarros eletrônicos diminui sua produção em decorrência da nicotina, o que aumenta as chances de cáries, sensibilidade, feridas, fissuras e dificuldade para mastigar. 

Inflamação na cavidade bucal: as substâncias químicas presentes no vapor dos e-cigarros causam inflamação nas gengivas e na garganta, resultando dor e inchaço na região. 

 

Neodent 


O papel educativo e preventivo da campanha Outubro Rosa

 

Em tempos de reflexões sobre o câncer de mama, a campanha Outubro Rosa nos faz ter ter mais empatia e tentar compreender a reviravolta, nuances e implicações internas e externas, de uma pessoa que recebe um diagnóstico de um câncer (de qualquer tipo).

 

Receber esse diagnóstico de forma equilibrada, não é fácil. Aceitar e saber lidar com o medo, a insegurança em relação ao tratamento, a angústia diante de um futuro incerto, entre outras questões importantes neste momento tão delicado, sem dúvida alguma é um grande desafio.

 

O acolhimento da família, amigos, parentes, pessoas próximas é fundamental para que o paciente não se isole e desenvolva assim doenças graves como a depressão.

 

Podemos dar algumas dicas para que o cuidado e o olhar para este paciente possa ser o mais humanizado possível. Um dos pontos mais importantes é buscar ficar mais próximo desse indivíduo.

 

Tentar mostrar que não precisamos de grandes momentos para estarmos juntos, temos que aproveitar cada minuto e admirar as coisas simples da vida. Incentivar o paciente a fazer o que gosta, buscando assim, tornar a vida mais leve. Valorizando os pequenos e grandes prazeres.

 

Encontrar um propósito de vida, um foco para canalizar suas energias e esperanças, também é um dos motivos de sucesso aliados aos tratamentos oncológicos. Ajudar o paciente a entender e redefinir o que realmente é fundamental e quais pessoas ele deseja que estejam por perto. É a nova reformulação de seus valores e objetivos da caminhada que está se iniciando.

 

Faz-se necessário que seja reavaliado o estilo de vida do paciente e que ele perceba essa necessidade de mudança. Optando por hábitos mais saudáveis, mudando a alimentação, na medida do possível, sempre com recomendação médica e buscar realizar algumas atividades físicas.

 

Temos que levar em consideração que a nova rotina de exames excessivos, as constantes visitas médicas, já trazem a esse paciente uma atmosfera de exaustão, cansaço e a sensação de que ele pode não dar conta, alimentando ainda mais sua sensação de medo e insegurança com o que está por vir.  

 

Quando o paciente compreende que sua cura também depende muito de sua cabeça e de seu estado de espírito, da sua resiliência e postura em relação ao enfrentamento da doença, ele já sai na frente em ganho de melhoria de vida, qualidade e absorção de todos os benefícios que o tratamento possa lhe oferecer, independente, do tipo de câncer a ser enfrentado.

 

É muito importante manter o pensamento positivo e acreditar que a cura é possível. Ficar lamentando não vai mudar absolutamente nada. A situação está ali, definida. Necessário buscar alternativas e forças para enfrentar, junto com o desejo de viver da melhor forma: bem e agora.

 

Enfim, não perca tempo e procure viver um dia após o outro. Os cuidados com a saúde são essenciais. O diagnóstico não é uma sentença. Importante seguir todas as recomendações médicas, realizar os exames indicados, tomar as medicações e buscar hábitos de vida mais saudáveis.

 

O equilíbrio mental também é fundamental, pois nossa mente é também grande responsável pela nossa cura e pelo nosso bem-estar.  Não se entregar a tristeza, ao isolamento e a depressão farão com que o diagnóstico recebido seja encarado como um grande desafio de uma guerra a ser vencida.

 

Dra. Andréa Ladislau - Psicanalista


Estudo caracteriza células de defesa consideradas chave para a imunoterapia contra o câncer

As células CD8 T são os "soldados da linha de frente"
do nosso sistema imune
 (
imagem: NIAD/Wikimedia Commons)

 
Em artigo publicado na revista PNAS, pesquisadores descrevem onde se localiza no ambiente tumoral uma população específica de linfócitos T que atuam como “reservistas” do sistema imune, capazes de entrar em ação quando os demais “soldados” já estão exaustos

 

No sistema imune, existe um tipo específico de célula de defesa que atua como uma espécie de “reservista”. Ela pode, por exemplo, entrar em ação quando tumores e infecções crônicas virais levam os outros linfócitos T à exaustão, deixando-os incapazes de atuar com eficiência no combate a doenças.

Uma equipe internacional de pesquisadores conseguiu avançar no entendimento dessas células. Em estudo publicado ontem (02/10) na revista PNAS, eles descreveram onde essa população específica de linfócitos T se localiza no ambiente tumoral. E revelaram que essas células apresentam fenótipo, perfil transcricional (de expressão gênica) e funções semelhantes tanto no combate a tumores quanto a vírus.

Apoiado pela FAPESP, o estudo traz resultados relevantes para o campo da imunoterapia – abordagem de combate ao câncer que se utiliza das células de defesa do próprio paciente, manipuladas em laboratório, para atacar os tumores.

“Mesmo em um ambiente onde a maioria dos linfócitos T está exausta, ainda existe um pool de células que podem ser reativadas e, assim, combater o tumor de forma eficaz. Isso abre portas para terapias que visam estimular as células de defesa exaustas – como as células CD8 T –, potencializando assim a resposta imunológica contra o câncer”, afirma Helder Nakaya, pesquisador do Hospital Israelita Albert Einstein, professor da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (FCF-USP) e integrante do Centro de Pesquisa em Doenças Inflamatórias (CRID) – um Centro de Pesquisa, Inovação e Difusão (CEPID) da FAPESP.

No artigo, os autores demonstraram, por meio de testes com roedores e com células humanas, que os linfócitos “reservistas” (denominados PD-1+ TCF1+ stem-like CD8 T) estão localizados nas estruturas linfoides terciárias (TLS, na sigla em inglês) – uma espécie de nódulo ao redor dos tumores cuja presença está associada a uma boa resposta à imunoterapia – e não dentro do tumor.

“A partir dos resultados, é possível caracterizar esse subtipo de célula no contexto do câncer e da infecção viral crônica e entender a importância dessas estruturas linfoides terciárias como fontes para essa população de células. A descoberta da localização periférica das células PD-1+ TCF1+ stem-like CD8 T no tumor indica que as TLS podem fornecer um microambiente específico, que suporta a manutenção e quiescência [baixa atividade metabólica] dessas células”, diz o pesquisador.

Nakaya ressalta que o interesse em aprofundar o entendimento sobre as células “reservistas” vem de duas características já conhecidas e que contam muito para a imunoterapia. “Primeiro, elas exibem características de células-tronco, o que significa que têm a capacidade de se autorrenovar. Já o segundo aspecto é que são essas células que vão se proliferar mais após a imunoterapia”, explica à Agência FAPESP.

 

Soldados cansados

As células CD8 T podem ser consideradas como soldados da linha de frente do nosso sistema imune. Como explica Nakaya, uma das maneiras de o tumor “cansar” esses soldados é pelo envio de uma sinalização pelo receptor PD-1.

Estudos anteriores já haviam demonstrado que as células PD-1+ TCF1+ stem-like CD8 T atuam para manter a imunidade das células T sob condições de estimulação crônica de antígeno (como em uma infecção viral crônica) e também representam a principal fonte de células que proliferam após a imunoterapia direcionada ao PD-1.

Entre as diferentes técnicas de imunoterapia, existe um tratamento que, por meio de fármacos conhecido como anti-PD1 e anti-PD-L1, ajuda o sistema de defesa do corpo a combater o tumor. Em 2018, o conhecimento relacionado com a imunoterapia rendeu o Prêmio Nobel de Fisiologia para o cientista Tasuku Honjo.

“O nosso estudo mostrou que, em um ambiente tumoral, cuja maioria das células T está exausta, é interessante haver a presença de uma população de células que pode ser reativada para combater o tumor de forma mais eficaz. Portanto, é como se as células PD-1+ TCF1+ stem-like CD8 T fossem soldados ‘reservistas’, prontos para serem treinados para entrar na linha de frente no combate ao tumor. Isso abre portas para terapias que visam especificamente reativar essas células CD8 T exaustas, potencializando assim a resposta imunológica contra o câncer”, afirma Nakaya.

O estudo Characteristics and anatomic location of PD-1 +TCF1+ stem-like CD8 T cells in chronic viral infection and cancer pode ser lido em: www.pnas.org/doi/epdf/10.1073/pnas.2221985120.


Maria Fernanda Ziegler
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/estudo-caracteriza-celulas-de-defesa-consideradas-chave-para-a-imunoterapia-contra-o-cancer/49874


Outubro Rosa: diagnóstico precoce aumenta chances de cura; mamografia é fundamental


Estamos vivendo o “Outubro Rosa”, uma campanha de conscientização que objetiva alertar as mulheres e a sociedade sobre a importância da prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), no Brasil, estimam-se mais de 66 mil casos novos para cada ano do triênio 2020-2022. Esse volume corresponde a um risco estimado de 61,61 casos novos a cada 100 mil mulheres. No mundo, o câncer de mama é o mais incidente no sexo feminino: em 2018, ocorreram 2,1 milhões de casos novos, o equivalente a 11,6% de todos os cânceres estimados. 

 

Como em quase todas as doenças oncológicas, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores as chances de cura. E, para isso, é necessário realizar a mamografia. A idade indicada para início do rastreio varia, mas fica entre 40 e 50 anos para pacientes com risco habitual.

 

O câncer de mama acomete de 8% a 10% das mulheres em algum momento da vida. As mulheres mais suscetíveis são aquelas com presença de certos defeitos genéticos (mutações em genes como os BRCA1 e BRCA2) e aquelas com muitos casos de câncer de mama na família. Outros fatores que promovem risco maior são obesidade, primeira menstruação em idade muito jovem, menopausa em idade muito avançada, ingestão excessiva de álcool e nunca ter engravidado. A média de idade em que o câncer é diagnosticado fica por volta dos 62 anos.

 

Hábitos de vida mais saudáveis podem diminuir a possibilidade de desenvolver câncer de mama. Entre eles, reduzir a ingestão de álcool, realizar atividade física regular e emagrecer, para as pacientes acima do peso.

 

O sintoma mais frequentemente observado no diagnóstico de câncer de mama é a presença de um nódulo mamário ou axilar. Menos frequentes, mas também presentes, são alterações na anatomia da mama, como assimetria, retrações, vermelhidão ou inchaço. A terapia contra o câncer de mama depende de alguns fatores, como estadiamento, subtipo do tumor e condições clínicas da paciente. Quase todas as pacientes deverão ser submetidas à mastectomia (procedimento cirúrgico para a remoção de uma ou ambas as mamas), e algumas necessitarão de terapias auxiliares, como radioterapia, quimioterapia ou terapia hormonal. 

 

Lucas Sant´Ana - coordenador do OncoCenter Dona Helena, serviço de oncologia do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC)   


Saiba quais fatores de risco e medidas de prevenção para evitar o desconforto das pedras nos rins

Hospital Sapiranga reforça a importância da conscientização de ter hábitos saudáveis de vida e atenção especial com hidratação

 

As "pedras nos rins", ou cálculos renais, são um problema de saúde que afeta muitas pessoas em todo o mundo, gerando desconforto, preocupações e inúmeras dúvidas. Essas formações sólidas que se desenvolvem nos rins podem causar dor intensa e complicações. Compreender suas causas, sintomas, tratamentos e medidas preventivas é crucial para aqueles que desejam manter a saúde renal em dia. Segundo o médico urologista do Hospital Sapiranga, Eduardo Mastalir, as causas do cálculo renal podem variar, mas estão geralmente associadas à cristalização de substâncias presentes na urina. Os cálculos podem se formar quando há um desequilíbrio entre as substâncias que promovem a formação de cristais (como cálcio, oxalato e ácido úrico) e aquelas que inibem essa cristalização. Fatores como a dieta, níveis de hidratação, histórico médico e genética desempenham um papel importante na formação dessas pedras. Uma dieta rica em sal, proteína animal ou açúcar pode aumentar o risco de cálculos renais.

“O mais importante, além de ingerir líquidos, na verdade, é a pessoa monitorar a cor da urina. A urina deve ser bem diluída, bem clarinha. Na medida que a urina fica muito concentrada, mais escura, significa que a quantidade de líquido que a pessoa ingeriu não é o suficiente para diluir a urina. Isso vai variar muito no dia mais quente. Vou precisar de uma quantidade de líquido maior para a urina ser mais clara, porque eu vou perder líquido também pelo suor. Em dias mais frios, uma quantidade menor de líquido já favorece uma urina mais clara”, explica.

O cálculo renal pode afetar tanto homens quanto mulheres, mas estatisticamente, é mais comum em homens. Isso ocorre porque os homens têm uma maior incidência de fatores de risco, como a formação de cristais de cálcio, que podem levar à formação de pedras nos rins. Além disso, certas condições médicas, como hiperparatireoidismo, podem contribuir para o desenvolvimento de cálculos renais. No entanto, é importante destacar que as mulheres também estão sujeitas a desenvolver pedras nos rins, especialmente durante a gravidez e em casos de desequilíbrios hormonais.

O tratamento para cálculo renal varia conforme o tamanho e a localização da pedra. Em casos menores, pode ser recomendada a ingestão de líquidos para ajudar na eliminação. Pedras maiores podem requerer procedimentos como litotripsia extracorpórea, que quebra as pedras em fragmentos menores, ou intervenções cirúrgicas minimamente invasivas. A abordagem adequada é determinada pelo médico especialista após avaliação completa.

Em média, uma pessoa adulta saudável deve eliminar cerca de 1,5 a 2 litros de urina por dia. Essa quantidade pode variar de acordo com fatores como a ingestão de líquidos, atividade física e condições médicas individuais. Portanto, manter-se bem hidratado é fundamental para a saúde renal e o funcionamento adequado do sistema urinário.

 

Marcelo Matusiak

 

Carga de estresse de uma partida de futebol pode ser fatal

Cardiologista alerta para o risco de eventos cardiovasculares devido à tensão dos jogos da Copa do Mundo


De modo geral, o brasileiro assiste futebol pelo menos duas vezes por semana. As decisões de campeonatos também são parte da programação das famílias. Mas na Copa do Mundo, a coisa costuma mudar. Com a Seleção Brasileira em campo, a emoção é tradicionalmente maior e, somada ao estado de estresse do indivíduo no dia a dia, esse momento que é pura diversão e encontro com familiares e amigos, pode se converter em risco para a saúde do coração, ainda mais para quem já tem alguma doença coronariana.

Segundo o médico cardiologista, diretor assistencial do Hospital Evangélico de Belo Horizonte e professor do curso de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Gabriel. A. L. Carmo, um estudo realizado durante a Copa do Mundo da Alemanha, em 2006,  e publicado dois anos depois na revista New England Journal Medicine, constatou que nos dias das partidas decisivas havia um aumento de 3 ou 4 vezes nos eventos cardiovasculares entre os torcedores alemães, com o time da casa em campo.

 

Tensão e ansiedade

E como o brasileiro é um apaixonado pelo futebol, adotar alguns cuidados faz todo sentido, principalmente com a Seleção Brasileira avançando na competição. “Assim como acontece em eventos climáticos como um terremoto ou durante uma guerra, a partida de futebol gera uma carga de estresse ambiental devido à ansiedade e tensão que provoca. O organismo reage e libera o hormônio cortisol e as catecolaminas plasmáticas como a famosa adrenalina, em maior quantidade, o que pode resultar em um evento cardiovascular principalmente entre homens e pessoas com predisposição”, explica.

O médico adverte que não há uma receita para torcer para o time do coração sem se emocionar. Dependendo do grau de dramaticidade do jogo, o indivíduo tem que fazer a sua análise e decidir se prefere ausentar-se da sala, isolar-se ou enfrentar a tensão. No entanto, em casos de dor no peito, sensação de coração acelerado ou de peso no peito, perda da consciência (desmaio), dificuldade de falar ou de mover algum membro do corpo, a recomendação é chamar o serviço de emergência para fazer uma análise do caso, verificar a necessidade de transferência para o serviço de saúde ou fazer o transporte do paciente, já sob monitoramento.

“E para aqueles que já tem diagnóstico de doença cardiovascular – arritmia e outras – ou que já tiveram um infarto do miocárdio, por exemplo, manter a medicação em dia de jogo é fundamental para o controle de uma crise. A falta do uso do remédio somada a uma carga de estresse externo pode levar a um desfecho ruim”, ressalta.

 

HE – Hospital Evangélico de Belo Horizonte

 

Com alerta para alta de caso, saiba como prevenir a hepatite A

Doença causa inflamação aguda do fígado e registrou aumento de 55% na cidade de São Paulo este ano 



Na última semana de setembro o município de São Paulo emitiu um alerta para aumento de casos de hepatite A na cidade.

De acordo com o boletim do Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs SP), neste ano foram notificados 225 casos, contra 145 em 2022, uma alta de 55%.

Além disso, em 73,8% dos casos notificados em 2023, não há informação da provável fonte de infecção.

A hepatite A é uma doença que causa inflamação aguda do fígado. “Na maioria dos casos há uma evolução positiva e espontânea da doença, no entanto, uma porcentagem dos pacientes pode evoluir para quadros fulminantes, quando o fígado para funcionar”, explica Fernando de Oliveira, infectologista e coordenador do Serviço de Controle de Infecção Hospitalar (SCIH) do São Luiz Morumbi.

O fígado desempenha funções essenciais para o organismo, como filtrar substâncias tóxicas e microrganismos prejudiciais e também auxiliar a digestão com a produção da bile, sendo uma conexão importante entre o sistema digestivo e o sangue.

O especialista destaca que um dos desafios relacionados à hepatite A é a fase assintomática. Após a infecção, o paciente pode levar 30 dias para apresentar os primeiros sintomas, ou até mesmo ser assintomático, mas já transmitir a doença desde o primeiro dia.

“Geralmente os sintomas é que dão o sinal de alerta. Na ausência deles, a pessoa segue sua rotina normalmente, e no caso da hepatite A, transmitindo a doença sem saber, já que não adota medidas de prevenção”, destaca Dr. Fernando. “Caso tenha qualquer suspeita é essencial buscar atendimento médico para investigação, diagnóstico e notificação do caso”, complementa.

As principais formas de transmissão da hepatite A são:

- Fecal- oral: relacionada às más condições de higiene e saneamento básico;

- Consumo de alimentos ou água contaminados;

- Contato pessoal próximo com uma pessoa infectada;

- Prática sexual com contato oral-anal (entre pessoas infectadas);

“Traduzindo para o cotidiano, o contágio ocorre por atitudes como consumo de água não tratada e de alimentos não higienizados ou mal preparados e contato com esgoto ou água de enchentes”, explica o infectologista do São Luiz Morumbi, unidade da Rede D’Or localizada na zona Sul da capital paulista.


Sintomas e prevenção

Entre os sintomas da hepatite A estão febre, fraqueza, perda do apetite, dor no abdômen, vômito e diarreia. Também pode causar clareamento das fezes, olhos amarelos (icterícia) e alteração na cor da urina (escura).

“A prevenção consiste em reforçar hábitos de higiene, como lavar as mãos frequentemente, higienizar corretamente louças e alimentos, evitar contato com água contaminada (como enchentes e esgoto) e evitar o compartilhamento de itens pessoais”, destaca o médico.

Além disso, sexo com preservativo e higienização da genitália, períneo e região anal antes e após as relações sexuais também são indicados como medidas de prevenção.

A vacinação também é uma importante aliada na prevenção, e está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS), por meio do Programa Nacional de Imunização (PNI).

A dose única integra o esquema vacinal primário para crianças a partir de 15 meses e menores de cinco anos.

Para pessoas que estão fora desta faixa etária, mas apresentam fatores de risco como doenças crônicas do fígado ou imunológicas, e, portanto, maiores riscos de evolução para quadros graves da doença, a vacina também está disponível em locais especiais pela cidade de SP.

Registros de trombose venosa são beneficiados por emenda parlamentar

Iniciativa destinará R$ 2 milhões às pesquisas do

Centro de Doenças Tromboembólicas (CDT) do Hemocentro da Unicamp.

 

Anúncio de emenda parlamentar foi feito pelo deputado Edmir Chedid (segundo a partir da esquerda) à Dra. Joyce Annichino (presidente da SBTH), na presença do Prof. Dr. Fernando Costa (ex-coordenador Hemocentro), Prof. Dr. Erich de Paula (vice diretor FCM), Dr. Cyrillo Cavalheiro Filho (presidente emérito da SBTH), Fernanda Penatti (diretora do Departamento Regional de Saúde), Marina de Oliveira (Secretária de Saúde de Bragança Paulista), médicos especialistas e a equipe do CDT. (créditos: divulgação)

Com apenas um ano de existência e já considerado uma importante referência na sistematização de registros dos casos de trombose venosa no Brasil, o Centro de Doenças Tromboembólicas (CDT) doHemocentro da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) vai contar com recursos da ordem de R$ 2 milhões, decorrente de uma emenda parlamentar ao orçamento estadual, de iniciativa do deputado Edmir Chedid. Segundo o deputado, o valor destinado é “importante para ajudar o Hemocentro a manter e avançar em suas pesquisas em benefício desta população.” 

A verba será destinada à aquisição de equipamentos, como laptops usados nos processo de registro e freezers para o Biobanco do Hemocentro da Unicamp, na logística de transporte das amostras dos centros do estado de São Paulo até o Hemocentro e no desenvolvimento de um programa educacional na área de trombose e hemostasia para profissionais da área da saúde e a população geral. “Contar com esses recursos tem uma extrema importância para o conhecimento na área, voltado especificamente para a realidade brasileira, para que nossa população cada vez mais possa ser beneficiada e ter mais acesso à informação, item indispensável para o tratamento efetivo dos casos de trombose”, afirma a médica hematologista Joyce M. Annichino, professora, coordenadora da área clínica e laboratorial de Doenças Tromboembólicas do Hemocentro da Unicamp e presidente da Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia – SBTH. 

O trabalho da equipe do Centro de Doenças Tromboembólicas em estabelecer registros oficiais de trombose venosa, inicialmente em centros do estado de São Paulo, é fundamental para a mais correta implementação de soluções para o diagnóstico e os tratamentos efetivos e mais modernos para os casos de trombose. Pela primeira vez, é feita uma análise científica dos dados coletados, em parceria com a Faculdade de Engenharia Química da Unicamp, utilizando recursos de inteligência artificial de modo a produzir escores de predição e aplicativos para melhorar o atendimento no SUS. Entre as inúmeras variáveis mapeadas, incluem-se tratamentos, causas e consequências da trombose, inclusive em pacientes com câncer e crianças. A iniciativa de chamar atenção para estas ocorrências é reforçada em dezenas de países pelo Dia Mundial da Trombose (13 de outubro). 

A trombose venosa é uma doença caracterizada pela formação de trombos (coágulos) nas veias de qualquer parte do corpo, mas principalmente nas veias das pernas, e que pode evoluir para uma embolia pulmonar caso o trombo se movimente pela corrente sanguínea. É a terceira causa de óbito entre as enfermidades cardiovasculares e pode ser evitada na grande maioria dos casos. No Brasil, ainda não existem dados robustos sobre a sua ocorrência na população. Como consequência, as estratégias públicas para mitigação da doença são baseadas em estudos divulgados por outros países, que possuem perfis étnicos e socioeconômicos diferentes do brasileiro. 

Com a falta de dados sobre ocorrências de trombose no Brasil, o CDT e a SBTH deram início à implantação do Centro de Doenças Tromboembólicas através do Programa de Centros de Desenvolvimento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), que, junto com a Pró-Reitoria de Pesquisa da Unicamp, disponibilizaram um aporte de R$ 4 milhões. Em uma primeira fase de implantação, o CDT conta com uma rede de 13 centros hospitalares de seis municípios do Estado de São Paulo: o Hospital de Clínicas, o Hemocentro e o CAISM – todos da Unicamp; o Hospital da PUC e o Hospital Dr. Domingos Boldrini, em Campinas; o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade Estadual Paulista (Unesp) de Botucatu; o Hospital de Base da Fundação da Faculdade de Medicina de São José do Rio Preto; o Hospital do Amor de Barretos; o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP), em Ribeirão Preto; e, na capital paulista, o Hospital Municipal M’Boi Mirim, o Hospital Municipal Vila Santa Catarina e o Hospital Santa Marcelina de Itaquera. 

 


Sociedade Brasileira de Trombose e Hemostasia – SBTH é uma entidade civil sem fins lucrativos que visa a promover a educação continuada e disseminar conhecimento para a redução do tromboembolismo e suas consequências. Fundada em 10 de outubro de 2018 e composta atualmente por mais de 200 médicos, sob o lema “A Vida Deve Fluir”, a SBTH tem como missão investir em educação continuada e pesquisas, chamar atenção para a importância da prevenção e ampliar o acesso a medicamentos e tratamentos para a trombose. Atualmente, a SBTH trabalha para o fomento de políticas governamentais, educacionais e assistenciais através da promoção de pesquisas médicas relacionadas à trombose e doenças hemorrágicas congênitas ou adquiridas. www.sbth.org.br | @sbth.bsth


Outubro Rosa: A importância de uma vida saudável no combate ao câncer de mama

Segundo Dr. Eduardo Cordioli, médico ginecologista e Head de Inovação da Docway, um estilo de vida saudável não apenas ajuda a prevenir a doença como também influencia positivamente a resposta ao tratamento em caso de diagnóstico positivo

 

À medida que nos aproximamos do mês de conscientização sobre o câncer de mama, o Outubro Rosa, a ênfase se volta para a prevenção e o diagnóstico precoce dessa doença que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. Para abordar o tema, Dr. Eduardo Cordioli, médico ginecologista e Head de Inovação da Docway, empresa pioneira em soluções de saúde digital, compartilha informações essenciais sobre como um estilo de vida saudável pode desempenhar um papel crucial no combate ao câncer de mama. 

Segundo o médico, o câncer de mama é uma condição inevitável para algumas mulheres, devido aos fatores genéticos interligados a sua manifestação. No entanto, ele enfatiza que a manutenção de um estilo de vida saudável não apenas ajuda a prevenir a doença, como também influencia positivamente a resposta ao tratamento em caso de diagnóstico positivo.


"Uma coisa é um diagnóstico de câncer de mama em indivíduos com comorbidades, como obesidade e hipercolesterolemia, outra é o mesmo diagnóstico em pacientes que mantêm um bom estado de saúde. A resposta ao tratamento, em termos de eficácia e impacto na qualidade de vida, demonstra ser significativamente mais positiva quando a doença ocorre em um corpo que mantém uma base de saúde sólida, sem condições associadas”, afirma Dr. Cordioli. 

A tecnologia também desempenha um papel crucial na promoção da saúde e no tratamento do câncer de mama. O uso de mamografias 3D e inteligência artificial na análise de imagens médicas tornou o diagnóstico mais preciso e o tratamento mais eficiente. A saúde digital também oferece oportunidades interessantes, como o monitoramento em tempo real e o uso de gadgets de saúde que interagem e fornecem informações de saúde personalizadas. 

"Hoje, um dos aspectos mais importantes no combate ao câncer de mama é o desenvolvimento tecnológico em saúde", enfatiza o médico. “Estamos caminhando para um futuro em que será possível prevenir determinados tipos de câncer por meio de vacinas específicas. Isso tem o potencial de revolucionar a prevenção", complementa Dr. Eduardo Cordioli.

 

Docway

 

Onda de calor : Como os professores explicam as mudanças climáticas em sala de aula


Aquecimento global e a transformação de paisagens são questionamentos dos estudantes


A onda de calor e as mudanças repentinas de temperatura provocaram uma série de dúvidas por todo país. O mês de julho de 2023 apresentou o dia mais quente do ano registrado pelos órgãos internacionais que monitoram as mudanças climáticas em nosso planeta. Além do calor excessivo, o impacto das mudanças também provoca chuvas torrenciais e incêndios florestais, por exemplo. Se para os adultos entender essa variação já é uma tarefa árdua, imagina para as crianças e adolescentes? Enquanto os termômetros registravam esse aumento, os professores em sala de aula utilizavam as disciplinas para explicar tantas mudanças. 

Para o professor de Geografia e Ciências Humanas João Marcelo Vela, do Marista Escola Social Lucia Mayvorne, localizado em Florianópolis (SC), a sala de aula é uma boa oportunidade para abordar esses questionamentos dos alunos. “O currículo de geografia nos permite conhecer o planeta e o espaço geográfico de diversas maneiras e por distintos olhares. A própria geografia em si reforça a reflexão e criticidade diante do modelo de sociedade de consumo e das práticas que afetam negativamente o nosso meio, como os desmatamentos, poluição, desigualdade social, falta de planejamento urbano, entre outros”, revela. 

 

De olho no vestibular 

Além do tema ser aprofundado na Escola tanto no Ensino Fundamental quanto no Ensino Médio, também pode ser abordado em diversas disciplinas e atualidades. “Os alunos do terceiro ano devem estar de olho nos temas da atualidade que podem aparecer no vestibular, como o aquecimento global, a Amazônia e os rios voadores, relacionando à questão indígena e o marco temporal, à questão da terra e os movimentos sociais do campo, refletindo e problematizando sobre desmatamentos e fronteiras agropecuárias, todas são questões que impactam as mudanças climáticas”, afirma Vela.  

Para o professor, o entendimento e a reflexão sobre as mudanças climáticas auxilia os alunos a pensarem nas próximas gerações. “O planeta nos dá, já há algum tempo, sinais de que o modelo de sociedade baseado no consumismo deve ser superado para que possamos ao menos tentar restabelecer certo equilíbrio com a natureza e dar a chance para que as futuras gerações não sejam obrigadas a viver em condições climáticas severas”, finaliza.


Construindo o futuro da saúde: os três alicerces da inovação no ecossistema de saúde

Otimizar processos, aprimorar gestão de recursos e melhorar jornada do usuário permitem que instituições de saúde - foquem no cuidado ao paciente

 

Com os avanços tecnológicos do cenário global de saúde, especialmente acelerados pela resposta à pandemia nos últimos anos, o setor demonstra resiliência na adoção de soluções inovadoras; e o Brasil está conquistando espaço nesse movimento. O país ficou em 19º lugar no ranking de nações por participação em estudos clínicos iniciados em 2021, conforme um levantamento feito em 2022 pela Interfarma.

Até 2025, o mercado internacional de saúde deve ultrapassar os US$ 504,4 bilhões, como aponta uma pesquisa da Global Market Insights, com a expectativa de que as ideias continuem surgindo e sendo postas em prática para transformar o bem-estar mundial.

 

"As instituições brasileiras que estão se dedicando na construção dessa base estão criando um ambiente mais fértil para inovação na saúde. Elas pavimentam o caminho que leva a um ambiente propício para esses avanços, possibilitando ao Brasil alcançar novos patamares de excelência e se tornar referência em inovação na saúde global", afirma Marcos Moraes, diretor da vertical de saúde da FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa o futuro de negócios.

Para o executivo, pavimentar o percurso em direção a um ecossistema fértil para a inovação está intrinsecamente vinculado ao fortalecimento de três pilares essenciais.

 

1) Sistemas interoperáveis: unindo forças para o bem-estar do paciente

A interoperabilidade é um elemento chave no contexto da saúde atual. Os sistemas precisam saber conversar com outros softwares para a troca eficiente e segura de informações, melhoria do fluxo de trabalho clínico, redução de erros médicos e entrega de cuidados personalizados. É com base nesse pilar que são desenvolvidas soluções que integram as plataformas, facilitando o acesso e compartilhamento de dados relevantes para os profissionais da saúde.

"Sabe quando uma pessoa chega a um hospital e, ao ser atendida, seus dados médicos estão disponíveis instantaneamente para a equipe de saúde? Isso acontece graças à interoperabilidade, permitindo que seu histórico, exames anteriores, alergias e prescrições médicas sejam acessados em tempo real pelo profissional de saúde que está lhe atendendo."

 

2) Experiência: colocando o cuidado em primeiro lugar

A experiência do paciente é o coração do ecossistema de saúde. Todas soluções devem trazer o paciente para o centro de sua jornada, proporcionando um atendimento personalizado, humanizado e ágil. Uma das razões fundamentais para isso é o fato de que as pessoas, ao buscarem atendimento, geralmente estão enfrentando um momento desconfortável, o que torna importante assegurar que o mesmo seja sensível às suas necessidades. “Já disponibilizamos tecnologias de marcação de consultas online, para que o paciente não precise se deslocar sem necessidade; autoatendimento com tótens, para tornar atendimento ao paciente mais ágil; prontuários eletrônicos, que centralizam as informações do paciente; e uma série de outros recursos para simplificar a jornada dentro da unidade de saúde.” ressalta Moraes.

 

3) Eficiência operacional: potencializando recursos e resultados

A eficiência operacional é um fator-chave para impulsionar o progresso na área da saúde. Otimizar processos, reduzir desperdícios e aprimorar a gestão de recursos são medidas cruciais para que as instituições de saúde possam focar no que realmente importa: o cuidado com os pacientes.

 

Ao eliminar ineficiências e alocar recursos de forma inteligente, as equipes médicas podem dedicar mais tempo e atenção às necessidades individuais de cada paciente, promovendo uma experiência de atendimento mais personalizada e impactante. Isso não apenas aprimora os resultados médicos, mas também fortalece a confiança entre pacientes e profissionais de saúde, contribuindo para um sistema de saúde mais resiliente e centrado nas pessoas. 



FCamara
www.fcamara.com


Universidade e hospitais têm vagas abertas para programa Jovem Aprendiz; saiba como participar

Grupo Marista tem 64 oportunidades para atuar na PUCPR, hospitais Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat; selecionados iniciam em dezembro com contrato de dois anos

 

Até o dia 17 de outubro, jovens entre 15 e 17 anos podem se inscrever em mais uma edição do programa Jovem Aprendiz do Grupo Marista. São 64 vagas para contratos de dois anos e início previsto para dezembro. As inscrições estão abertas por meio do site do progrma.

As oportunidades serão disponibilizadas para as unidades da PUCPR e Corporativo do Grupo Marista, no bairro Prado Velho; Fazenda Experimental Gralha Azul PUCPR, em Fazenda Rio Grande; Clínica Veterinária PUCPR, no Rebouças; e hospitais Universitário Cajuru e São Marcelino Champagnat, no Cristo Rei.

Para ser aprendiz é necessário estar cursando ou já ter concluído o ensino fundamental ou médio e também frequentar o curso técnico conveniado com a empresa, relacionado à atividade que desempenhar enquanto estiver contratado. 


Serviço:

Programa Jovem Aprendiz Grupo Marista

Inscrições: Até 17 de outubro

Site: link

 

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