Em tempos de
reflexões sobre o câncer de mama, a campanha Outubro Rosa nos faz ter ter mais
empatia e tentar compreender a reviravolta, nuances e implicações internas e
externas, de uma pessoa que recebe um diagnóstico de um câncer (de qualquer
tipo).
Receber esse
diagnóstico de forma equilibrada, não é fácil. Aceitar e saber lidar com o
medo, a insegurança em relação ao tratamento, a angústia diante de um futuro
incerto, entre outras questões importantes neste momento tão delicado, sem
dúvida alguma é um grande desafio.
O acolhimento da
família, amigos, parentes, pessoas próximas é fundamental para que o paciente
não se isole e desenvolva assim doenças graves como a depressão.
Podemos dar
algumas dicas para que o cuidado e o olhar para este paciente possa ser o mais
humanizado possível. Um dos pontos mais importantes é buscar ficar mais próximo
desse indivíduo.
Tentar mostrar que
não precisamos de grandes momentos para estarmos juntos, temos que aproveitar
cada minuto e admirar as coisas simples da vida. Incentivar o paciente a fazer
o que gosta, buscando assim, tornar a vida mais leve. Valorizando os pequenos e
grandes prazeres.
Encontrar um
propósito de vida, um foco para canalizar suas energias e esperanças, também é
um dos motivos de sucesso aliados aos tratamentos oncológicos. Ajudar o paciente
a entender e redefinir o que realmente é fundamental e quais pessoas ele deseja
que estejam por perto. É a nova reformulação de seus valores e objetivos da
caminhada que está se iniciando.
Faz-se necessário
que seja reavaliado o estilo de vida do paciente e que ele perceba essa
necessidade de mudança. Optando por hábitos mais saudáveis, mudando a
alimentação, na medida do possível, sempre com recomendação médica e buscar
realizar algumas atividades físicas.
Temos que levar em
consideração que a nova rotina de exames excessivos, as constantes visitas
médicas, já trazem a esse paciente uma atmosfera de exaustão, cansaço e a
sensação de que ele pode não dar conta, alimentando ainda mais sua sensação de
medo e insegurança com o que está por vir.
Quando o paciente
compreende que sua cura também depende muito de sua cabeça e de seu estado de
espírito, da sua resiliência e postura em relação ao enfrentamento da doença,
ele já sai na frente em ganho de melhoria de vida, qualidade e absorção de
todos os benefícios que o tratamento possa lhe oferecer, independente, do tipo
de câncer a ser enfrentado.
É muito importante
manter o pensamento positivo e acreditar que a cura é possível. Ficar
lamentando não vai mudar absolutamente nada. A situação está ali, definida.
Necessário buscar alternativas e forças para enfrentar, junto com o desejo de
viver da melhor forma: bem e agora.
Enfim, não perca
tempo e procure viver um dia após o outro. Os cuidados com a saúde são
essenciais. O diagnóstico não é uma sentença. Importante seguir todas as
recomendações médicas, realizar os exames indicados, tomar as medicações e
buscar hábitos de vida mais saudáveis.
O equilíbrio
mental também é fundamental, pois nossa mente é também grande responsável pela
nossa cura e pelo nosso bem-estar. Não se entregar a tristeza, ao
isolamento e a depressão farão com que o diagnóstico recebido seja encarado
como um grande desafio de uma guerra a ser vencida.
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