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quarta-feira, 13 de setembro de 2023

Longevidade x hormônios: reposição hormonal leva a viver mais e melhor

Da soma de compostos químicos que fazem do ser humano o que ele é, os hormônios ocupam um lugar de privilégio no cálculo. Eles produzem respostas que interferem diretamente na produtividade, no humor, na fertilidade e no desempenho mental.  

Não à toa, a reposição hormonal é tida como um dos pilares da longevidade, dados os efeitos positivos de devolver ao corpo as substâncias que, até então, eram produzidas naturalmente. 

Na meia idade ocorre uma das transições mais relevantes para homens e mulheres: a andropausa e a menopausa, marcos relacionados à impactante parada hormonal para o organismo como um todo.  


Fábrica de hormônios  

Durante a juventude, a produção de hormônios está a pleno vapor. Com o passar dos anos, a queda é inevitável.

Fisiologicamente, o processo é gradual: nos homens, a testosterona diminui aos poucos a partir dos 45 anos; nas mulheres, a mudança no ritmo de produção de progesterona e estrogênio é mais abrupta e cessa com a última menstruação.  

As diferenças entre o universo masculino e feminino não param por aí.  


Andropausa  

De forma lenta e constante, a produção de testosterona nos homens diminui de 0,5 a 1% todos os anos a partir do momento em que entram na casa dos quarenta.  

Segundo o médico endocrinologista, pós graduado em medicina esportiva e pós-graduando em neurociência e comportamento e professor do Puravida PRIME, Bruno César, os sintomas são sutis e podem passar despercebidos a olhares menos atentos. “Os homens apresentam cansaço, fadiga, indisposição, uma falta de ânimo e acham que é o resultado do estresse e, na verdade, podem estar apresentando uma deficiência de testosterona”, explica.  

As manifestações também ocorrem no âmbito comportamental: “ele pode ficar mais medroso, mais sensível emocionalmente, mais relutante e isso vai impactar não só na vida profissional, mas na vida pessoal dele também”, resume Bruno.  

Quadro resolvido,  na medicina, por meio da reposição hormonal. “Quando a gente faz uma restauração desses níveis, a melhora é absurda. E o discurso que eu mais escuto é ‘eu não sabia que eu estava tão ruim’”, relata. 


Menopausa  

Se para os homens a queda hormonal pode até não ser notada, no caso das mulheres isso não ocorre. 
Isso porque a menopausa – nome dado à última menstruação – é “decretada oficialmente” depois que a mulher passa doze meses sequenciais sem menstruar.  

Antes disso, o corpo começa a emitir sinais.  

“A menstruação começa a perder padrão e podem surgir ondas de calor, ressecamento vaginal, insônia e é um período crítico porque ainda não é a menopausa, porque a mulher ainda produz hormônios”, detalha o professor do Puravida PRIME. 

A reviravolta por dentro reflete do lado de fora. Depois que o ovário cessa a produção de progesterona e estrogênio, começa uma mudança da composição corporal. Bruno César conta que a gordura que ficava nas pernas, quadril e glúteos passa a se acumular na região abdominal.  


Repor para compor  

Manter a composição corporal e o equilíbrio hormonal é possível por meio da reposição. Nos homens, da testosterona. Nas mulheres, de ambos os hormônios – a progesterona e o estrogênio.  

Embora alguns profissionais optem pela reposição de apenas um hormônio, Bruno Cesar defende que a melhor estratégia é investir na manutenção hormonal dos dois. “ Preciso dessa combinação. Quando o equilíbrio é encontrado, tenho a fisiologia restaurada e consigo devolver a qualidade de vida”, frisa.


Viver mais e melhor 

A ciência já comprovou que repor esses hormônios é uma das ferramentas disponíveis para potencializar a longevidade.  

Um estudo verificou o aumento de até 5 anos na expectativa de vida de homens e mulheres adeptos da terapia de reposição hormonal.  

As contraindicações do tratamento existem, mas são voltadas para pacientes com demandas de saúde específicas, que podem ser prejudicadas por conta dos hormônios, como em pacientes com trombose ou câncer, por exemplo.  

Histórico familiar dessas doenças não é considerado um fator de risco. Aliás, para o endocrinologista, sobressaem os benefícios. “Assim como nos homens, a reposição hormonal foge do escopo físico e vai para a performance cerebral, mental e isso não tem preço”, finaliza.


Bom lembrar 

Longevidade é uma conquista diária feita por meio de escolhas. Devolver ao organismo os hormônios cuja capacidade de produção foi perdida ao longo dos anos é uma das formas de garantir qualidade de vida.  

O tratamento é individualizado e leva em consideração as especificidades do histórico clínico e da rotina do paciente. Por isso, a recomendação é procurar um endocrinologista da sua confiança para avaliar a reposição hormonal como ferramenta rumo a anos a mais, repletos de bem-estar.  

 

Puravida


Mutação genética leva à puberdade precoce associada a distúrbios neurológicos, mostra estudo

As médicas Ana Canton e Ana Cláudia Latronico
em atendimento no Ambulatório de Transtornos
da Puberdade do Hospital das Clínicas da FM-USP
 (
foto: acervo pessoal)
Pesquisadores da USP e colaboradores estrangeiros analisaram mais de 400 pacientes e identificaram associação entre o distúrbio endócrino e a presença de alterações no gene MECP2, que codifica proteína importante para o desenvolvimento neuronal

 

Embora ainda seja um distúrbio considerado raro, a puberdade precoce central (PPC) vem aumentando nas últimas décadas em todo o mundo – tanto por fatores ambientais, como a exposição a compostos químicos que interferem no sistema endócrino (por exemplo, bisfenol A, fitoestrógenos, ftalatos e mercúrio), quanto pela melhora no diagnóstico e na acessibilidade ao tratamento.

O problema está relacionado com a ativação antecipada do “relógio biológico” causada pela secreção de hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH). O tratamento é feito com compostos análogos do GnRH, ou seja, substâncias semelhantes ao hormônio natural produzido no hipotálamo, que se ligam aos receptores e impedem sua ação. Um dos poucos estudos populacionais sobre o tema foi feito na Dinamarca em 2005 e apontou incidência de cinco casos a cada 10 mil meninos e de 20 a 23 casos a cada 10 mil meninas.

Uma causa genética para o distúrbio foi revelada por pesquisadores da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e colaboradores estrangeiros em estudo publicado na revista The Lancet Diabetes & Endocrinology. No artigo, os autores descrevem a presença de mutações no gene MECP2 – que codifica uma proteína de mesmo nome importante para o desenvolvimento neuronal – em crianças com puberdade precoce central com ou sem anormalidades neurológicas consideradas leves, como autismo e microcefalia. Até então, esse tipo de alteração genética havia sido observado apenas em pessoas com a chamada síndrome de Rett, um distúrbio neurológico grave que impede a fala e a locomoção.

Com apoio da FAPESP, a equipe analisou um grupo de 404 crianças (meninas com menos de 8 anos e meninos com menos de 9 anos com sinais puberais progressivos) e encontrou mutações no gene MECP2 em sete meninas que não tinham anormalidades neurocognitivas significativas ou apresentavam quadros considerados leves – bem distintos da síndrome de Rett. Adicionalmente, um estudo com camundongos mostrou que o gene aparece bem expresso nos neurônios responsáveis por produzir o GnRH no hipotálamo, que regulam o início da puberdade.


Aconselhamento genético e novos tratamentos

“Cerca de 75% dos casos de puberdade precoce central são considerados esporádicos – ou seja, não familiares – e nós encontramos neles uma causa genética”, comenta Ana Pinheiro Machado Canton, autora do estudo e pesquisadora da FM-USP. “O trabalho traz, portanto, mais um fator causal a ser estudado e avaliado, inclusive com aconselhamento genético e acompanhamento de desenvolvimento metabólico, psicológico e reprodutivo, beneficiando crianças e famílias.”

A cientista destaca ainda a importância dos resultados para o estudo de novas abordagens terapêuticas. “Apesar de o tratamento já existir e ser muito efetivo, toda vez que identificamos fatores dessa magnitude abrimos também um novo foco de estudo e pesquisa”, diz.

O grupo pretende, por exemplo, avaliar mais pacientes e investigar por quais mecanismos a proteína MECP2 regula o início da puberdade.

O trabalho recentemente publicado foi feito em parceria com pesquisadores de universidades britânicas (Queen Mary, Oxford, Imperial College London e Cambridge), norte-americana (Universidade Harvard), francesa (Universidade de Paris) e espanholas (Autônoma de Madri, de Sevilla e Virgen de la Arrixaca).

O artigo Rare variants in the MECP2 gene in girls with central precocious puberty: a translational cohort study pode ser lido em: www.thelancet.com/journals/landia/article/PIIS2213-8587(23)00131-6/fulltext.

 

Julia Moióli
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/mutacao-genetica-leva-a-puberdade-precoce-associada-a-disturbios-neurologicos-mostra-estudo/44816



Por que faz mal roer unhas e quais os riscos associados


Freepik
E você está tendo dificuldades para parar de roer as unhas, um dermatologista e um psicólogoou psiquiatra podem ajudá-lo a desenvolver estratégias personalizadas para lidar com o hábito

 

Em momentos de tensão, estresse ou nervosismo, o ato de roer unhas é um dos mais comuns entre a população, seja homem ou mulher; adolescente ou adulto. As consequências incluem unhas fracas, danificadas e deformadas, além do aumento do risco de infecções bacterianas e fúngicas.

“O ato de roer unhas pode causar infecções e inflamações prejudicando o crescimento saudável da placa ungueal, a parte de nosso corpo responsável pela produção da unha”, explica a médica dermatologista associada da Sociedade Brasileira de Dermatologia – Secção RS (SBD-RS), Michele Lise.

 A hidratação é outro aspecto a ser seguido, independente da época do ano. As unhas e cutículas ficam mais saudáveis quando hidratadas e, por isso, a dica é usar e abusar de cremes durante o dia. Uma unha ressecada, quebradiça e com pedacinhos de pele soltos ao redor dela serve de gatilho para o hábito de roê-las ou arrancar a pele com os dentes.

Ficar pelo menos um dia da semana sem esmaltes antes de pintar a unha novamente pode também ajudar no cuidado com essa parte do corpo. Nesse período é indicado usar cremes para hidratação.

 “Evite remover toda a cutícula, pois ela protege a matriz ungueal que é a parte do corpo responsável pela produção da unha. A inflamação neste local pode deformá-las”, finaliza a médica.


 Dicas para parar de roer as unhas

· Praticar hábitos saudáveis, como exercícios físicos e alimentação equilibrada, para reduzir a ansiedade e o estresse;

· Identificar os gatilhos emocionais que levam ao hábito de roer unhas e desenvolver estratégias para lidar com eles, como meditação, exercícios de respiração ou terapia cognitivo-comportamental;

· Manter as unhas bem cortadas, evitam ponta que servem de tentação para quem tem o hábito;

· Unhas bem feitas e pintadas servem de estímulo para querer mantê-las bonitas.

Além destas mudanças básicas que você pode tentar no dia a dia, o médico dermatologista pode te ajudar indicando suplementos que diminuam a vontade de roê-las e pode trabalhar, junto com um psicólogo ou psiquiatra, para combater os fatores emocionais que favorecem esse hábito.

 

Marcelo Matusiak

Correção: Valéria Rossato

Os perigos a longo prazo do vape: como o cigarro eletrônico afeta a saúde da pele

Shutterstock
Dermatologista explica como o uso do cigarro eletrônico pode ser prejudicial e porque é hora de repensar o hábito


Nos últimos anos, o vape ou cigarro eletrônico, ganhou popularidade como uma alternativa aparentemente mais segura ao tabagismo tradicional. No entanto, à medida que as pesquisas avançam, cada vez mais surgem evidências alarmantes dos danos que o aparelho pode causar à saúde.

O vape contém uma série de substâncias químicas prejudiciais, incluindo nicotina, alcatrão, formaldeído e produtos químicos aromatizantes, sendo que alguns vendidos ilegalmente também contam com remédios fortes para tratamentos médicos. Essas substâncias não apenas afetam os pulmões, mas também têm impactos diretos na saúde da pele.

De acordo com a doutora Mayla Carbone, dermatologista membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), a nicotina presente no vape restringe os vasos sanguíneos, diminuindo seu fluxo para a superfície cutânea. “O resultado é uma diminuição da oxigenação e nutrientes fornecidos à epiderme, levando a um envelhecimento prematuro”, explica Mayla. “Linhas finas, rugas e uma aparência opaca são apenas alguns dos sinais visíveis desse dano”, diz.

A médica também ressalta que a exposição à nicotina pode aumentar a produção de sebo e inflamação na pele, favorecendo o surgimento da acne e dificultando sua cicatrização. “Os produtos químicos tóxicos liberados durante a vaporização podem irritar a pele, causando inflamações, vermelhidão e até mesmo eczema em alguns casos. As substâncias químicas nocivas podem também afetar as glândulas sebáceas, levando ao aparecimento de acne e agravando problemas dermatológicos existentes”, alerta.

Além disso, por conter milhares de produtos químicos nocivos ao organismo, o consumo pode acabar afetando a capacidade do corpo de se curar. Isso significa que cortes, arranhões e lesões no rosto e no corpo podem levar mais tempo para se recuperar, deixando cicatrizes mais visíveis. E para aqueles que já sofrem de condições de pele como psoríase e eczema, o vape pode piorar os sintomas e tornar o controle dessas condições mais desafiador.

Diante desses riscos, é fundamental repensar o uso do cigarro eletrônico e buscar alternativas mais saudáveis para lidar com o estresse e outros desafios. “A indicação para quem busca parar de usar o vape ou qualquer produto relacionado ao tabaco é consultar um profissional de saúde para obter apoio e orientação”, destaca Mayla. “É essencial lembrar de que a beleza da sua pele reflete a sua saúde interior, e proteger ambos deve ser uma prioridade constante”, finaliza.

 

Mayla Carbone – Dermatologista, graduada em Medicina pela Universidade Lusíadas (UNILUS – Santos) há mais de 10 anos com residência em Clínica Médica na Santa Casa em São Paulo e em Dermatologia pela Universidade de Santo Amaro (UNISA-SP). É membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e também da Sociedade Brasileira de Cirurgia Dermatológica (SBCD). Já participou de diversos congressos e realizou diversos cursos nacionais e internacionais voltados para especialização.

 

Você sabe o que é a sepse? Data alerta para uma das principais causas de morte no mundo

Hospitalar Evandro Freire, no Rio, reforça seu engajamento com a causa e promove workshop para discutir o tema


A cada ano, em 13 de setembro, o Dia Mundial da Sepse alerta para uma das principais causas de mortes no mundo. O combate à doença é hoje um dos maiores desafios enfrentados pela saúde. Em linha com os esforços contra a sepse, o complexo hospitalar municipal Evandro Freire, no Rio de Janeiro, reforça seu engajamento com a realização, na data, de um workshop para a discussão sobre o tema.

Essa será mais uma oportunidade de falar sobre o problema que ocupa a pauta de prioridades do complexo hospitalar. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), 11 milhões de pessoas morrem anualmente por sepse. No Brasil, de acordo com o Instituto Latino-Americano da Sepse (ILAS), são cerca de 240 mil vítimas fatais por ano, sendo a doença responsável por 65% dos casos de mortes nas UTIs brasileiras.

A sepse é uma ocorrência grave e aguda, implicando em risco de vida. “Quando o nosso corpo se depara com uma infecção, pode reagir com uma resposta imunológica exagerada. Essa reação leva a outras complicações, e o mau funcionamento de órgãos importantes. Antigamente, isso era conhecido pelas pessoas como infecção generalizada. Por causa da gravidade e seu potencial letal, a doença precisa ser identificada e tratada rapidamente”, destaca o diretor técnico Flávio Monteiro, médico do Evandro Freire.

Entre os focos e situações clínicas mais comuns de infecção que podem evoluir para a sepse, segundo o especialista, estão os pulmões, o abdômen (apendicite, infecções no pâncreas e fígado, peritonite etc.), a pele (feridas, erisipela, aberturas para introduzir sondas e cateteres), infecções urinárias e renais, assim como meningite.

O Evandro Freire vem fazendo mudanças importantes nas práticas de atendimento, com o objetivo de reduzir a mortalidade. Inicialmente, foi realizado um estudo das principais causas de mortalidade e, em 45% dos óbitos ocorridos na unidade, a sepse se apresentou como causa associada aos diagnósticos primários.

O levantamento serviu de base para a melhoria de processos assistenciais. O gerenciamento do protocolo de sepse tem a finalidade de diagnosticar em tempo oportuno para uma abordagem terapêutica, com foco no desfecho.  

Por se tratar de um hospital com atendimentos de emergência, é frequente os casos de pacientes que já chegam sépticos para o primeiro atendimento. Isso reduz as chances de desfechos favoráveis à recuperação e de sobrevida dos pacientes recuperados.

O resultado das medidas de monitoramento implementadas vem dando bons resultados, com redução gradual na taxa de mortalidade hospitalar. Entre o início de 2019 e o início de 2023, foi observada redução em torno de 35% na Taxa de Mortalidade Geral. Os frutos desse trabalho, aliados ao empenho na melhoria da abordagem e atendimento nos diversos setores, contribuíram para a conquista do certificado de qualidade de serviços da Organização Nacional de Acreditação (ONA), recebido pelo complexo hospitalar municipal Evandro Freire, no mês de maio.

Além disso, foi conquistado, pelo segundo ano consecutivo, o selo UTI Top Performer, que analisa o desempenho das UTIs brasileiras, e o selo de Segurança do Paciente, concedido pelo Instituto Brasileiro para Segurança do Paciente (IBSP).

A importância desses processos de certificação se dá pela oportunidade de aprendizado e mudança de cultura nas práticas assistenciais, para que o SUS (Sistema Único de Saúde) seja, cada vez mais, fortalecido pela qualificação das práticas assistenciais e de gestão, sendo o ganho principal desse processo o atendimento à população e o valor social a ele atribuído.

“Reduzir a mortalidade é nosso maior objetivo, e o principal foco está no combate à sepse. Direção e equipe estão firmemente engajadas nesse propósito, aproveitando todas as oportunidades para que essa pauta seja disseminada entre a população. Assim, fortaleceremos o conhecimento e busca de atendimento em tempo oportuno, além de proporcionar melhorias das práticas assistenciais para a eficácia dos resultados. A acreditação da ONA é consequência dessa caminhada”, afirma o diretor-geral regional Rio do CEJAM e do Evandro Freire, Tiago Velloso.

O Hospital Municipal Evandro Freire e a Coordenação de Emergência Regional da Ilha do Governador são as primeiras unidades de Urgência e Emergência a serem acreditadas na rede pública do município do Rio de Janeiro e, agora, figuram entre as instituições brasileiras (públicas e privadas) certificadas pela ONA no país.


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
cejam.org.br/noticias


Combate ao linfoma: informação e diagnóstico precoce podem salvar vidas

O linfoma é um tipo de câncer que se origina nos linfócitos, células do sistema imunológico responsáveis pela defesa do organismo. A condição é caracterizada pelo crescimento indolor dos linfonodos (gânglios) no pescoço, axilas e virilha. Existem vários tipos e subtipos de linfomas, que, de maneira geral, são classificados em dois principais grupos: o linfoma de Hodgkin (LH) – também conhecido como Doença de Hodgkin – e o linfoma não-Hodgkin (LNH).

“O primeiro apresenta células doentes misturadas às células normais e o segundo tem apenas células com câncer. Pessoas jovens e saudáveis podem apresentar a doença, no entanto, aqueles com o sistema imunológico comprometido têm risco maior de desenvolvê-la. É o caso de pessoas com o vírus HIV, com deficiência de imunidade em razão de doenças genéticas hereditárias ou as que utilizam drogas imunossupressoras para evitar a rejeição do órgão transplantado, por exemplo”, explica o Dr. Alex Freire Sandes, hematologista do Fleury Medicina e Saúde.

No caso do linfoma de Hodgkin, além da axila, pescoço e virilha, a doença também pode surgir no tórax e provocar tosse, falta de ar e dor na região da pelve ou do abdômen, cujos sintomas são desconforto e distensão abdominal. Em ambos os casos, febre, cansaço, suor noturno, perda de peso e coceira no corpo também são sinais de alerta. Na maioria das vezes, não é possível estabelecer uma causa para o aparecimento do linfoma, mas alguns tipos de infecção, como a causada pela bactéria Helicobacter pylori, pelos vírus HTLV1 ou Epstein-Barr, e a exposição a agentes químicos e radioativos podem favorecer o surgimento da doença.

O diagnóstico é estabelecido por meio de uma combinação de exames clínicos, laboratoriais e radiológicos. Uma biópsia da região afetada é frequentemente realizada para identificar o tipo e a classificação do linfoma. Testes anatomopatológicos e imuno-histológicos são essenciais para esse diagnóstico. Dependendo do caso, podem ser realizados também testes imunofenotípicos, citogenéticos e genético-moleculares para fornecer informações adicionais que ajudarão a determinar o tratamento mais adequado. Para avaliar a extensão da doença, podem ser solicitados outros exames, como a tomografia por emissão de pósitrons acoplada à tomografia computadorizada (PET-CT), ultrassonografias e testes bioquímicos específicos.

“O tratamento pode usar a quimioterapia associada à terapia com anticorpos monoclonais, que são drogas que se ligam diretamente em proteínas específicas da membrana da célula neoplásica de defesa humana feitas em laboratório. Há boas perspectivas com o avanço da terapia celular e na adoção de técnicas como o CAR-T Cells, que utiliza células modificadas do próprio sistema imunológico do paciente para combater o câncer”, explica o médico.

Para o especialista, ter uma data de conscientização sobre os linfomas é uma estratégia relevante para conscientizar a população acerca de uma doença ainda pouco conhecida. “É importante levar mais informações sobre os linfomas e orientar a população sobre os sinais e sintomas, pois o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura”, finaliza.


A partir do nascimento, a criança inicia sua comunicação através do choro

Uma grande dúvida dos pais e até mesmo de alguns profissionais é reconhecer as etapas de comunicação da criança.

Identificar e mapear as formas de comunicação da criança te ajuda a entender como estimular corretamente o que a criança precisa para desenvolver a fala.

Ao longo dos meses há uma evolução da forma de comunicação.

A criança passa a retribuir sorrisos, faz contato visual e gestos para interagir e participar de uma conversa com linguagem não verbal.

Com 12 meses a criança já tem possibilidade de falar as primeiras palavras, como: mama, papa, dá, mais e ainda faz gestos para complementar a comunicação.

Com 18 meses a criança tem possibilidade de falar mais de 20 palavras de forma aproximada e está em constante transição do uso de gesto para a fala. Nessa idade o choro diminui e a criança tem muita motivação para tentar se comunicar e se fazer ser entendido.

Com 24 meses inicia as primeiras frases simples e tem um grande aumento de vocabulário com aproximadamente 200 palavras faladas de forma aproximada.

Com 36 meses/ 3 anos a criança já tem muitas palavras no vocabulário, com aproximadamente 1000 palavras. A fala é mais clara com poucas trocas nos sons da fala.

Quando você percebe que a criança não atingiu os marcos do desenvolvimento da fala e linguagem é necessário procurar uma avaliação fonoaudiológica. A dificuldade de fala e/ou o atraso de fala pode impactar no comportamento da criança, a tornando isolada e muito chorosa.

 

Camila Koszka – Fonoaudióloga infantil, com especialização em Denver e ABA naturalista e mais de 17 anos de experiência clínica, guiando pais e pacientes neurotípicos nos transtornos fonológicos e desenvolvimento da fala e linguagem. Autora do livro “Simplificando o autismo” (Literare Books International). Instagram: @camilakoszka.fono


Entenda o que é a trombose venosa profunda e como se prevenir dessa doença vascular

Apesar de haver diversos tratamentos minimamente invasivos, o ideal é atuar de forma a se prevenir da doença


Os problemas de circulação estão entre algumas das doenças mais comuns especialmente para pessoas mais idosas, mas também podem atingir pessoas de idades distintas. O cirurgião vascular do Hospital Edmundo Vasconcelos, Vinicius Bertoldi, esclarece que a saúde vascular é essencial para uma vida plena e ativa e para a qualidade de vida de qualquer pessoa. Um dos principais problemas relacionados a isso é a trombose venosa profunda.

“Ela ocorre quando um trombo (coágulo sanguíneo) se forma dentro de uma veia, principalmente nos membros inferiores, interferindo no fluxo sanguíneo normal. Em algumas circunstâncias esse trombo pode se "soltar" da veia ser levado pela circulação até as artérias pulmonares, levando sua obstrução, situação conhecida como embolia pulmonar”, destaca o especialista.

O médico aponta que entre os principais sintomas da trombose venosa profunda estão o inchaço, dor e sensibilidade na área afetada, vermelhidão ou calor na pele sobre a veia, a aparição de veias dilatadas e visíveis e a sensação de peso ou cansaço nas pernas. “Caso haja a suspeita de trombose, o ideal é buscar ajuda médica imediatamente. O médico realizará a avaliação dos sintomas, fará exames especializados e determinará o melhor plano de ação”, esclarece.

Segundo ele, alguns tratamentos podem ser feitos de forma individualizada e podem incluir o uso de anticoagulantes para prevenir o crescimento do coágulo e reduzir o risco de complicações, a compressão graduada para melhorar o fluxo sanguíneo e reduzir o inchaço e, em alguns casos, até mesmo procedimentos minimamente invasivos podem ser recomendados para remover ou dissolver o coágulo.

Bertoldi explica que mesmo com os tratamentos à disposição, o ideal é atuar de forma preventiva para evitar a trombose. “Mantenha-se ativo, evite o sedentarismo, hidrate-se adequadamente e mantenha um peso saudável. Se você estiver em um grupo de risco, converse com um médico sobre as medidas específicas de prevenção”, finaliza. 



Hospital Edmundo Vasconcelos
www.hpev.com.br

Sono desregulado: médico esclarece dúvidas sobre o caso

Professor de medicina do UNIPÊ, José Brasileiro Dourado Junior, diz que as alterações no sono podem mexer com todo o organismo do corpo humano


Não há nada melhor do que uma longa e boa noite de sono para renovar as energias, descansar e fazer com que o organismo trabalhe de forma correta. O problema é quando o corpo não consegue acompanhar a mente e o relógio biológico desregula totalmente, acarretando diversos problema físicos e mentais. Diante disso, o professor do curso de Medicina do Centro Universitário de João Pessoa - Unipê, José Brasileiro Dourado Junior, traz algumas dicas e orientações sobre como identificar e regular o sono.  

Segundo o doutor, o sono possui 5 fases, a do adormecimento, seguida pela etapa do sono mais leve. Logo depois entra a introdução do sono profundo seguida pelo sono profundo em si e terminando com o sono REM. “O sono desregulado é quando você tem alterações nessas fases ou redução durante estes ciclos, quebrando assim, o padrão dos ciclos necessários para uma boa e saudável noite. Isso pode reduzir o período de reabilitação cerebral decorrente do sono, gerando também alterações no despertar e insônia decorrentes dessa expressão de sono desregulado”, destaca.  

O importante ao perceber essas alterações ou ter dificuldades para dormir é procurar um médico para primeiro fazer uma anamnese, depois uma avaliação adequada, terminando com um exame clínico e assim conseguir averiguar qual a causa desses padrões de desregulação. “É importante submeter-se também a uma terapia. Existem alguns exames e algumas escalas para fazer essa avaliação e entender os padrões de sonos, entre eles a polissonografia, onde são fixados eletrodos no couro cabeludo e no corpo do paciente, além de um sensor no dedo, para que, durante o sono, sejam analisados os parâmetros que permitem detectar as alterações de cada um em cada uma das fases”, explica.  

As principais causas de sono desregulado são a obesidade, alterações nas cavidades respiratórias, como desvio de septo, hipertrofia de cornetos, hipertrofia de tonsilas adenoideanas e também alterações neurológicas do sistema nervoso central, que podem desregular o sono, além de alguns transtornos mentais, como depressão e ansiedade. “Geralmente o tratamento é buscar tratar a causa dessa desregulação do sono. Existem alguns dispositivos que podem ser utilizados, como medicações e um aparelho CPAP (uma sigla em inglês para pressão positiva contínua nas vias aéreas), se for o caso da apneia obstrutiva, entre outros” completa José Junior.  

“As consequências de um sono desequilibrado, são alterações de humor, perda da memória, diminuição da força muscular, falta de atenção e foco. Assim como alterações metabólicas, ganho de peso, dores físicas, ansiedade e depressão”, salienta.  

Por fim, o docente enfatiza sobre a importância de procurar um médico especialista no assunto para entender cada caso. “Existem medicações que melhoram o padrão de sono, retiram a sonolência diurna e adequam a sonolência noturna. mas que é sempre bom e necessário procurar um médico especialista no assunto”, finaliza.  



Centro Universitário de João Pessoa – Unipê
www.unipe.edu.br


Uso de anabolizantes pode causar hipertrofia de clitóris, explica ginecologista

Caique Marchiori Mayer
Especialista detalha por que ocorre o aumento do órgão feminino e quais são os meios de tratamento

 

A hipertrofia do clitóris, também conhecida como clitoromegalia, é uma condição que afeta um número significativo de mulheres em todo o mundo. O órgão, que normalmente mede entre 3,7 e 10 mm, torna-se anormalmente maior nesse estado, levando a desconforto e desafios emocionais para as pacientes. De acordo com a Dra. Dulce Cristina Pereira Henriques, médica ginecologista especialista em laserterapia e cirurgia íntima no Instituto Gris, muitos dos casos são causados pelo uso de anabolizantes.


Causas da hipertrofia de clitóris

A hipertrofia de clitóris pode ter várias causas, incluindo alterações genéticas detectáveis desde o nascimento, produção aumentada de hormônios masculinos (androgênios), uso de anabolizantes, exposição a hormônios durante a gestação, alterações hormonais diversas, tumores que elevam a produção de hormônios masculinos, síndrome dos ovários policísticos em casos extremos, ou até mesmo ocorrer sem causa definida. 

Com a crescente busca pela estética do fisiculturismo, as mulheres acabam por aumentar o uso de hormônios em grande escala em seus organismos. A influência de androgênios, como a testosterona, em algumas mulheres pode levar ao aumento do clitóris, muitas vezes causando desconforto físico e emocional. 


Desafios no diagnóstico e tratamento

Dulce destaca que muitas pacientes enfrentam dificuldades no diagnóstico e tratamento da hipertrofia de clitóris. Ela enfatiza que a falta de acesso a profissionais capacitados para tratar o problema pode levar as mulheres a acreditar que não há solução. 

“Muitas vezes, quando as pacientes discutem o assunto com ginecologistas, são desencorajadas de buscar ajuda, pois alguns médicos acreditam que qualquer intervenção cirúrgica no clitóris pode resultar na perda de sensibilidade”, afirma a doutora, que também esclarece que essa percepção é equivocada e que as pacientes não devem desistir de encontrar uma solução para a hipertrofia de clitóris.


Estatísticas e tratamento

De acordo com a médica, cerca de 30% das mulheres têm uma hipertrofia de clitóris considerada fisiológica, ou seja, presente desde a infância, antes mesmo da atividade sexual. O uso de anabolizantes e hormônios androgênicos sintéticos pode agravar esse problema, causando aumento significativo no tamanho do órgão.

O tratamento primário envolve a suspensão do uso dessas substâncias. No entanto, se a hipertrofia persistir, a cirurgia é a única opção. A escolha da técnica cirúrgica é adaptada ao tipo específico de clitóris da paciente e visa reduzir o tamanho e proporcionar uma aparência mais natural à genitália.

 

Diferencial da técnica cirúrgica inovadora

A Dra. Dulce explica que sua abordagem cirúrgica inovadora considera a individualidade de cada paciente. Ela adapta a cirurgia de acordo com o tipo de hipertrofia, seja no comprimento do corpo ou na glande do clitóris, bem como no diâmetro do corpo cavernoso. Dois métodos principais são utilizados: a pexia, que ancora o corpo clitoridiano e reduz o tamanho, e a clitorectomia, que diminui a glande. A médica enfatiza que a preservação dos vasos e nervos minimiza o risco de perda de sensibilidade, permitindo que as pacientes recuperem sua autoestima e felicidade consigo mesmas.

“A hipertrofia de clitóris é uma condição que afeta muitas mulheres, e a busca por tratamento é uma questão de vitalidade e bem-estar. Com a orientação adequada e opções cirúrgicas personalizadas, as mulheres podem enfrentar essa condição com confiança e esperança, recuperando sua autoimagem e qualidade de vida”, descreve a doutora, ao ressaltar que oferece uma abordagem especializada para ajudar as pacientes a superar esses desafios.

Com o objetivo de difundir a excelência técnica em procedimentos clitoridianos, a médica ministrou entre os dias 1 e 2 de setembro um curso focado no tratamento de condições associadas ao clitóris e capuz. O curso de extensão é realizado pelo Gris for Doctors, o braço do Instituto Gris voltado para a capacitação de profissionais em diversas áreas da saúde feminina. 

“Por meio dos cursos, garantimos cada vez mais a presença de profissionais qualificados para atuar com o corpo feminino, o que complementa a missão do Instituto por prezar para que a saúde e o conforto das mulheres sejam alcançados de maneira efetiva”, finaliza Dulce.

 

Instituto Gris


Setembro Amarelo: 6 vídeos para entender mais sobre prevenção ao suicídio

Foto: divulgação Instituto CPFL - mais imagens aqui


No último dia 10 de setembro foi celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, mas o tema ganha amplitude através da campanha internacional, “Setembro Amarelo”. Neste ano, com o lema “Se precisar, peça ajuda!”, todo o mês de setembro é dedicado ao debate, disseminação de informações e quebra de tabus em prol da prevenção ao suicídio - que tem aumentado no Brasil.

 

Dados do Anuário Brasileiro de Segurança Pública, do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, apontam que houve aumento de 11,8% no número de suicídios em 2022, na comparação com 2021.

 

No mês da campanha “Setembro Amarelo”, o Instituto CPFL reuniu seis conteúdos que fomentam conversas sobre a prevenção ao suicídio. Trata-se de uma seleção de vídeos onde a informação e a prevenção são as temáticas centrais.

 

Os episódios estão disponíveis, gratuitamente, nos canais do Instituto e do Café Filosófico CPFL no Youtube, confira:

 

1. Porque é preciso falar sobre suicídio, com Neury Botega

Se o suicídio parece absurdo, como então ajudar alguém a se preparar para suportar o absurdo que é a vida? Como enfrentar a questão primordial que persegue a todos nós: “Que sentido dar para a vida?”. Veja aqui!

 

2. Políticas públicas na prevenção ao suicídio, com José Maniel Bertolote

O suicídio passa, cada vez mais, a ser entendido como uma questão de saúde pública. E é desse ponto de vista que surgem as necessárias políticas de prevenção. Assista aqui!

 

3. Suicídio e comportamento suicida entre jovens, com Berenice Rheinheimer

Qual é o grande mal-estar que nos invade hoje? Ansiedade, desânimo, sensação de desamparo, falta de esperança, situações de stress. Uma conversa sobre sistema de apoio e escuta sensível. Assista aqui!

 

4. Suicídio e tecnologia, com Fernanda Marquetti

O mundo contemporâneo vem sendo acelerado de forma avassaladora pela vida digital e pelas redes sociais. E elas também têm afetado a saúde mental. Acompanhe aqui!

 

5. Antes que seja tarde: Dunker, com Christian Dunker

Um dos principais psicanalistas do país promove poderosas elaborações sobre o aumento das taxas de suicídio entre jovens no Brasil. Assista aqui!

 

6. Antes que seja tarde: Amanda, com Amanda Ferreira

Uma sobrevivente. Entre a solidão e os desencontros, surge um caminho. E uma renovação. Assista aqui e inspire-se.

Vale lembrar que a campanha “Setembro Amarelo” tem apoio da Associação Brasileira de Psiquiatria e do Conselho Federal de Medicina, órgãos que também disponibilizam a cartilha “Suicídio: Informando para Prevenir". Outra importante ferramenta de apoio emocional e prevenção ao suicídio, o Centro de Valorização da Vida (CVV), criado há 62 anos, oferece atendimento gratuito, através de voluntários, em diversos canais, como email, chat e telefone (através do número 188).


Instituto CPFL - ICPFL
www.institutocpfl.org.br


Dia Mundial da Sepse reforça a importância da conscientização urgente sobre uma ameaça global

  A condição é responsável por uma em cada cinco mortes no planeta, liderando as estatísticas de óbitos e readmissões hospitalares, bem como altos custos para o sistema de saúde.


No dia 13 de setembro, o mundo volta sua atenção para uma realidade sombria e crescente: a sepse. Estabelecido pela Aliança Global da Sepse, o Dia Mundial da Sepse busca conscientizar a população sobre essa síndrome e as medidas para o diagnóstico precoce e tratamento. Com base em dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) , a sepse figura como uma das principais causas de morte em escala global, responsável por 11 milhões de óbitos anualmente. No Brasil, a situação é alarmante, com aproximadamente 240 mil mortes atribuídas a essa condição, a cada ano.

Um processo infeccioso pode apresentar desfechos graves, assumindo o triste posto de principal causa de mortes nas unidades de tratamento intensivo (UTIs). A pandemia de Covid-19 agravou ainda mais essa problemática dentro dos hospitais. A mortalidade atinge 65% dos casos no Brasil, enquanto a média global varia entre 30 e 40% .

O Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS) enfatiza que a sepse, além de ser a principal causa de mortes hospitalares tardias, supera o infarto do miocárdio e o câncer, em termos de mortalidade. A sepse não discrimina, atingindo tanto pacientes internados quanto aqueles atendidos em serviços de urgência e emergência. A campanha deste Dia Mundial da Sepse tem como missão sensibilizar, tanto profissionais de saúde quanto o público leigo, sobre a urgência do reconhecimento e tratamento dessa condição que, a cada hora, pode fazer a diferença entre a vida e a morte.

A Dra. Franciny Gastaldi, infectologista da Rede Mater Dei Uberlândia, destaca a necessidade urgente de conscientização: “a sepse afeta qualquer pessoa com infecção, mas os grupos de risco incluem aqueles em extremos de idade ou com condições que comprometem sua resposta imunológica. O acompanhamento regular de problemas de saúde, especialmente os crônicos, é fundamental para a prevenção”, explica.

Um dos principais desafios para profissionais de saúde é a identificação precoce da sepse, uma vez que seus sintomas podem ser sutis no início e evoluir rapidamente, sem tratamento adequado. A Dra. Gastaldi enfatizou a importância de protocolos e treinamentos contínuos para garantir a detecção eficaz da sepse entre os pacientes internados na Rede Mater Dei Uberlândia.

Além disso, estratégias para reduzir infecções hospitalares desempenham um papel crucial na prevenção da sepse, já que, muitas vezes, ela se origina de infecções adquiridas durante a hospitalização. “A higiene das mãos, limpeza do ambiente, uso adequado de antibióticos e checklist para dispositivos médicos são algumas das medidas implementadas pela Rede Mater Dei Uberlândia para combater infecções hospitalares e, consequentemente, reduzir o risco de sepse”, explica a infectologista.

No Dia Mundial da Sepse, a mensagem central é clara: a sepse é uma ameaça que pode afetar qualquer um, mas a conscientização, prevenção e ação rápida podem salvar vidas. “A Rede Mater Dei Uberlândia continua comprometida em garantir cuidados de saúde de qualidade e eficazes para seus pacientes, com ênfase na detecção e prevenção da sepse”, finaliza a médica.


Linhas 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda têm aumento no número de objetos na Central de Achados e Perdidos


Concessionárias armazenam itens esquecidos pelos passageiros nos trens e estações para devolução 

Entre os itens mais inusitados, estão uma escada de dois metros, um carrinho de supermercado e uma vara de pescar

 

A Central de Achados e Perdidos das Linhas 5-Lilás, 8-Diamante e 9-Esmeralda apresentaram um aumento no número de objetos que foram direcionados à Central de Achados e Perdidos.

 

A ViaMobilidade, concessionária responsável pela operação e manutenção das linhas 5-Lilás de metrô, e a ViaMobilidade Linhas 8 e 9, concessionária responsável pela operação e manutenção das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda de trens metropolitanos, armazenam itens esquecidos pelos passageiros nos trens e estações para devolução.

 

No primeiro semestre de 2022, foram encontrados 4.826 objetos nas estações e trens da Linha 5-Lilás. Já no mesmo período de 2023, foram 5.290 itens, o que representa um aumento de 9%.

 

Por sua vez, nos seis primeiros meses do ano passado, foram encontrados 6.930 objetos nas Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. Já em 2023, foram 9.378, ou seja, um aumento de 35%.

 

Em geral, os itens mais esquecidos pelos passageiros são cartões bancários, bilhetes de transporte e carteiras. Já os inusitados incluem uma escada de dois metros, carrinho de supermercado, vara de pescar, dentaduras, portas, carrinho de bebê, pia de banheiro e até mesmo brinquedos eróticos.

 

“As centrais de Achados e Perdidos permitem maior conforto aos passageiros, que não precisam sair das estações para reaver um objeto. O atendimento é ágil e eficiente pois, visando a melhor experiência aos passageiros, a equipe armazena e cataloga todos os itens encontrados”, afirma Gabriel Oliveira Santos, Líder da Central de Achados e Perdidos da ViaMobilidade.

 

“Além disso, a ViaMobilidade orienta que os passageiros estejam sempre atentos e cuidem de seus pertences, para evitar que sejam esquecidos nos trens e estações”, reforça Gabriel.

 

Como funciona a Central de Achados e Perdidos?

Na Linha 5-Lilás, a Central de Achados e Perdidos fica na Estação Adolfo Pinheiro (Avenida Adolfo Pinheiro, 301). Já os passageiros que esqueceram seus pertences nos trens ou estações das Linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda podem retirá-los na Estação Osasco. O acesso é pela Praça Antônio Menck, s/nº (Centro) ou pela Rua Erasmo Braga, s/nº (bairro Bonfim).

 

Em ambos os casos, o funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 7h às 19h, exceto feriados. Os itens esquecidos ficam armazenados por até 90 dias. Após este período, são encaminhados para doação. Já os documentos são enviados aos órgãos emissores.

 

Os objetos podem ser entregues aos clientes mediante a comprovação de propriedade do item e apresentação de documento de identidade com foto. Passageiros com menos de 16 anos devem retirar os objetos na companhia dos pais ou responsáveis.

Ao encontrar um item perdido no trem ou em uma estação, basta procurar um funcionário da ViaMobilidade, que fará a entrega na Central de Achados e Perdidos. Mais informações sobre o serviço podem ser obtidas pelo telefone 0800-770-7106.


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