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segunda-feira, 11 de setembro de 2023

Mídia espontânea gera maior visibilidade e confiança para os negócios

Apesar de serem estratégias de comunicação, a mídia paga e a espontânea contam com diversas diferenças

 


Investir em comunicação para uma empresa pode se tornar um momento que gere algumas dúvidas, principalmente se a estratégia utilizada será em mídia espontânea ou mídia paga. Porém mesmo com suas diferenças, nenhuma delas se anulam, ambas poderão ser utilizadas para alcançar o público-alvo, autoridade e, consequentemente, aumento das vendas.

 

A diferença entre as duas, na teoria, pode ser simples, pelo fato de uma ser mídia conquistada de forma natural, ou seja, a marca não paga pela divulgação. Já a outra é um espaço pago e totalmente programado. Porém, as estratégias utilizadas vão bem além dessas distinções citadas.

 

Segundo a diretora de comunicação da Fatos&Ideias Comunicação - empresa de assessoria de comunicação focada em fortalecer a marca de empresas no mercado por meio da mídia – Renata Brito, a comunicação paga pode ser feita através de anúncios nos veículos de comunicação ou campanhas de marketing digital. “Já a comunicação espontânea é conquistada através de uma longa relação com os jornalistas e com um assunto que seja atraente para aquele veículo.”

 

Comunicação espontânea

 

Para conquistar um espaço espontâneo na mídia, é fundamental ter o apoio de uma assessoria de imprensa, pois ela irá criar uma relação entre os veículos de imprensa e indicar materiais relevantes sobre a marca.

 

“Os jornais tratam de diversos assuntos, em várias editorias, com ganchos que podem estar relacionados aos negócios. Dessa maneira, é importante visualizar se a sua empresa conta com alguma pauta que ofereça a informação que o seu público procura, para que seja produzida uma matéria relevante para ele”, comenta Renata.

 

Ao falar da sua marca, é possível destacar que ela conta com um investimento inicial baixo, lucro alto e retorno rápido. Além disso, é possível destacar alguns cases de sucesso, mostrando que é possível crescer com a sua empresa e se tornar um grande empreendedor.

 

“Se o assunto for relevante para os leitores e telespectadores, com certeza ele também será visto da mesma forma pelos canais de comunicação. Mas para chegar dessa forma aos jornalistas é necessário traçar uma estratégia com a assessoria de imprensa para que ela produza materiais assertivos e indique para os profissionais mais adequados abordar sobre o respectivo tema”, salienta Brito.

 

Vantagens da mídia espontânea

 

Conquistar espaço na mídia espontaneamente tem várias vantagens, sendo as principais o aumento da visibilidade do seu negócio e o ganho de credibilidade para o porta-voz da marca.

 

“Além disso, outros benefícios como divulgar informações de interesse do público, o ótimo custo-benefício, pois você não irá pagar pela matéria e o aumento da confiança dos consumidores, porque o que é transmitido na imprensa costuma ganhar mais força, também estão presentes quando se trata de comunicação espontânea”, reforça a diretora de comunicação.

 

Comunicação paga

 

Já a mídia paga, como o próprio nome diz, é aquela onde é necessário que o empresário invista recurso financeiro para aparecer. Antigamente, essa divulgação era realizada apenas na comunicação offline, que são os jornais, televisão e rádio. Mas, atualmente, com o poder do online é onde a maioria foca as suas estratégias para alavancar suas vendas.

 

“Na mídia offline, aquela campanha publicitária será compartilhada com todos, já no meio online é possível criar uma campanha específica para o seu público-alvo. Ou seja, se a pessoa pesquisar por um produto, ela poderá receber anúncios de outras lojas com o item semelhante de sua pesquisa”, explica Renata.

 

Quando o consumidor clica na propaganda é direcionado automaticamente para a página de vendas ou até mesmo para uma ação especial que foi criada durante a estratégia de marketing.

 

“Quanto mais pessoas clicam no link, mais vantajoso é, pois poderá ter um número maior de vendas convertido, mas também será mais custoso para o empreendedor. Dessa maneira, o recurso que será feito deve ser muito bem analisado e alocado no material certo, para obter melhores resultados”, detalha Brito.

 

Recursos da mídia paga

 

Um dos recursos que chama a atenção na mídia paga é o fato de os anúncios poderem ser exibidos para aquelas pessoas que já estão em um momento de compra, podendo fazer com que ela fique atraída pelo seu produto.

 

“Além disso, é uma estratégia onde é possível utilizar diversos formatos diferentes, como social ads, remarketing, sites de buscas, banners e até mesmo ações com influenciadores do setor”, finaliza Renata.

 

 


Fatos&Ideias Comunicação
www.fatoseideias.com.br


O futuro da TV chegou e ele está na personalização

Se a multifuncionalidade é característica básica de diversos dispositivos eletrônicos à disposição das pessoas, de que forma os usuários podem imprimir um pouco de sua própria personalidade a equipamentos que ajudam no dia a dia e, mais do que isso, são parte fundamental da expressão decorativa em um ambiente? Na hora de priorizar a maior tela e a melhor resolução, no caso das TVs, o design é um fator de menor importância, certo? Não é bem assim. 

É pela televisão que consumimos diversos conteúdos em horários considerados nobres, como ao fim do dia, em que a família (de uma, duas, cinco ou mais pessoas) aproveita para relaxar e apenas curtir o momento assistindo ao episódio de uma série, um filme, jogando videogame ou, por que não, usando-a como a primeira ou uma segunda tela. Pode até não parecer, mas nessas e em todas as outras atividades com a TV, o design é um detalhe imprescindível para harmonizar todo o estilo do cômodo e, em muitos casos, oferecer uma experiência que vai além da reprodução de imagem e som em boa qualidade. É pelo design bem pensado e planejado que este eletrônico se torna um elemento capaz de contribuir positivamente para que nós nos sintamos 100% confortáveis em nosso espaço.

 

Além disso, a possibilidade de personalização, uma tendência em crescimento em todo tipo de indústria, é uma realidade cada vez mais acessível para os consumidores que priorizam a estética. Já existem TVs, por exemplo, que exibem obras de arte ao invés da tela preta quando desligada, com um acabamento específico para permitir uma experiência sem interferência da luz do ambiente ou reflexos na tela, enquanto molduras customizáveis em diversas cores e estilos as tornam opções perfeitas para quem busca uma maior harmonia entre os tons da parede e do ambiente onde está instalada.

 

As possibilidades são diversas também entre os tipos de tela, não apenas para escolher a tecnologia do painel e as polegadas favoritas, mas também com foco no seu uso final. TVs assinadas por designers mundialmente premiados, ou que contam com um dispositivo capaz de alternar entre as posições horizontal e vertical para a tela – ideal para conteúdo de redes sociais –, já são facilmente encontradas nos principais pontos de venda, e são o exemplo perfeito de como o usuário está no centro das estratégias das marcas para facilitar e engrandecer os momentos de entretenimento.

 

A oferta crescente deste tipo de produto representa o futuro da indústria, com uma abordagem inovadora e foco em personalização, que integram os mais avançados recursos tecnológicos com a sempre bem-vinda capacidade de adaptação a vários estilos e necessidades individuais. A convergência entre tecnologia, design, interatividade e decoração os tornam mais do que meros equipamentos, mas também verdadeiras peças de arte e centros de entretenimento conectado, consolidando-se como uma escolha acertada em mercado em constante evolução. 



Luana Gheller - gerente de produtos de TV e Áudio da Samsung Brasil.


Samsung Electronics Co., Ltd.
news.samsung.com.


Onde está o valor da marca Netflix?


Essa semana fui impactado por um dado da Kantar Worldpanel sobre a penetração e churn dos serviços de streaming na visão global, comparando o desempenho das marcas Netflix, Amazon, Disney, HBO, Paramount e outras.

As conclusões da Kantar mostram uma correlação entre penetração dos serviços na população e o “churn” – o quanto pessoas cancelam os serviços de assinatura. E a atribuem isso a uma força de marca como um “antídoto” para o churn. Mas tem uma análise um pouco mais profunda sobre duas marcas específicas que pode ser feita a partir dos dados. (Figura 1)

Divulgação ESPM 
Kantar Gráfico (Figura 1)

 

Explicando um pouco o gráfico:

- No canto direito, temos as marcas com maior penetração do mercado: Amazon e Netflix. E elas são também as que tem menor nível de cancelamento entre os seus usuários.

- No canto esquerdo, temos marcas com menor penetração, e essas são casos em que os cancelamentos (churn) são muito maiores.

Existe uma relação direta então entre força de marca, penetração e cancelamento (Churn)? No caso dos streamings, os dados indicam que sim. Mas não é possível generalizar esses dados para outras categorias, e nem achar que a correção é direta e idêntica para todas as marcas.

Churn é uma medida que indica lealdade à marca. Marcas mais fortes tem clientes mais leais e eles cancelam menos. Marcas mais fracas tem clientes menos leais e cancelam mais. Mas esse é o único motivo? Com certeza não. Existe também o hábito e o preço. E aqui começa a diferença entre Amazon Prime Video e Netflix.

Amazon é o streaming mais barato do mercado. E ele é disponibilizado num “combo” com outros serviços da Amazon, incluindo o “prime delivery” e o “prime music”. Então a análise aqui não é isolada, e o seu custo-benefício ou preço baixo em relação aos serviços oferecidos ajudam a manter a base de clientes. Pelo valor pago, para que cancelar? Então as pessoas se mantêm assinantes. (Figura 2)

Divulgação ESPM 
Amazon Prime (Figura 2)

E a Netflix? São outras razões, já que é o streaming mais caro (varia em alguns mercados, mas sempre na faixa superior) e não traz outros benefícios num combo. Nesse caso, as pessoas pagam pelo conteúdo que está lá. E aqui temos a clara visualização do resultado de uma marca forte: maior volume (penetração), maiores receitas (assinatura mais cara) e maior nível de lealdade (menor churn). Isso é mapeado desde os anos 90.

Mas a relação entre o valor da marca e o valor do produto – o conteúdo – está intimamente conectado. Afinal, a Netflix não tem um valor “de marca” sozinho, ele está atrelado ao valor do seu conteúdo. Foi assim que a marca foi construída e ganhou relevância.

Atualmente ela tem um capital de marca (ou valor de marca) que faz com que as pessoas assinem e “testem assistir” suas séries. Somente essa audiência cativa já é um enorme valor para a marca. Veja o quanto streamings com menos penetração (como o Paramount +, por exemplo) precisam anunciar para tentar gerar engajamento e visualizações para suas séries. Esse custo a Netflix não tem, ou tem num patamar muito inferior. Isso gera ganho financeiro para a empresa.

Mas a Netflix tem outro valor bastante forte, que vem da capacidade das suas séries fazerem sucesso continuamente, gerando uma RELEVÂNCIA CULTURAL. A relevância cultural é muito importante para gerar valor de marca, e foi discutida por muitos pesquisadores, mas ressalto aqui o trabalho de Douglas Holt, antropólogo, consultor e professor de Harvard e Oxford.  

As séries da Netflix têm conseguido gerar uma relevância cultural pelas repercussões que tem na sociedade – viram notícia na mídia, posts e discussões no cafezinho – igualzinho a rodada do brasileirão ou a novela das 9h da Globo (nas épocas áureas). Elas monopolizam comentários e discussões, levando a um interesse maior nas pessoas de terem acesso à plataforma. Afinal, quem não está vendo, está fora da discussão. E aí, a mera expectativa de novo sucesso (e claro, até o próprio hábito de abrir o Netflix para ver o que há de novo) já causa uma tendência de permanência na plataforma. (Figura 3)

Divulgação ESPM  
Netflix (Figura 3)

Então temos uma força de marca que foi construída desde a época do “House of Cards”, e que foi mantida mais recentemente pelo “Stranger Things”, “Round 6”, e “Wandinha”. A Netflix consegue impulsionar novos sucessos pela “força da marca”, mas depende do sucesso para se manter relevante. E essa é a conexão entre marca (a plataforma Netflix) e produto (as séries que geram engajamento).

Nesse caso, o valor da marca está intimamente ligado à entrada de produtos bem-sucedidos. Um não vive sem o outro! Já outras marcas podem gerar valor por outros motivos – como a Amazon com o seu “combo” à preços baixos.

E para a sua marca? De onde está vindo o valor? Saber ler os dados e identificar as fontes geradoras de valor é inestimável para gerenciar marcas adequadamente. E isso é mais que desejável - é imprescindível para conseguir criar marcas bem-sucedidas.


Marcos Bedendo - professor de branding da ESPM-SP e sócio consultor da Brandwagon, empresa especializada em desenvolver conceitos de marca que trazem valor.


Estamos no final da fila do Acesso ao Ensino Superior


Na semana passada, a Folha de São Paulo trouxe uma reportagem que chamou atenção, intitulada "Brasileiro mais escolarizado vê renda desabar e cai na informalidade". Ao mergulhar nas entrelinhas do texto, percebo que esse tipo de abordagem pode enganar e ser prejudicial ao nosso entendimento da realidade educacional e econômica do Brasil.


A reportagem, repleta de adjetivos e presunções, foca essencialmente na queda da renda entre os mais escolarizados. O excesso de adjetivos usados no texto me incomoda, pois cria uma narrativa que não reflete necessariamente a complexidade das mudanças em curso em nossa sociedade.

Então, como sempre, eu fui atrás do estudo que fundamentou as elaborações dos jornalistas em busca de mais pistas para tentar entender esse fenômeno com mais dados.



É esse tipo de armadilha que tem levado muitos estudantes a buscar soluções alternativas, como coachs on line, métodos infalíveis, soft skills, bit coins, boot camps, betts, fórmulas de lançamento, micro empreendedorismo, como sistemas e segredos mágicos que substituiríam a educação formal. Não menosprezando todas essas atividades, mas é crucial lembrar que a educação desempenha um papel fundamental na transformação de nossa sociedade e população. Adaptando livremente Curchill o ensino superior é o pior modelos com excessão de todos os outros.

O Movimento Anti-Faculdade que tem ganhado força no país é um caminho perigoso em uma nação que já enfrenta desafios profundos. Precisamos entender nossa posição em relação à qualificação da população economicamente ativa em comparação com o resto do mundo.



Com apenas 23% da população entre 25 e 34 anos com graduação, estamos no terceiro pior lugar em um indicador fundamental quando comparados a outros países da OCDE. Isso significa que estamos abaixo da média e quatro vezes atrás das economias líderes nesse ranking.

Então vamos pactuar uma questão: houve uma tremenda queda na renda dos profissionais com ensino superior? Sim! Esse é o principal problema para o qual deveríamos olhar. Não sei.
 

A QUEDA


Em números, quando comparamos os trabalhadores com pelo menos 16 anos de estudo - equivalente, em termos educacionais, ao ensino superior ou superior completo - com aqueles que tiveram menos de um ano de educação formal, observamos uma redução acentuada no prêmio de educação. Em 2012, esse prêmio era de 641%, mas no segundo trimestre de 2023, havia caído para 353%. Uma queda de 288 pontos ou 45%. No caso daqueles com 12 a 15 anos de estudo, equivalente ao ensino médio completo ou superior incompleto, a queda foi de 193% em 2012 para 102% em 2023.

Uma queda de 91 pontos ou 47%. Então a queda foi maior na contramão do alarmismo da reportagem para aqueles que proporcionalmente teriam o Ensino Médio Completo. Ainda entre 9 e 11 anos de estudo? 47%! Entre 1 e 4 anos? 77%!

Ainda assim quando olhamos para o salário hora o prêmio por ano de estudo é brutal.

São 448 pontos de diferença entre trabalhadores com Ensino Superior e Médio. Coisa de 232%. Entre as mulheres um pouco mais... 249%.



Mas qual a razão dessa queda? Eu vejo uma tempestade perfeita. Além dos argumentos macroeconômicos apontados pela FGV eu acrescento uma razão a mais: quantidade de novos profissionais titulados no período.

O ensino superior de maneira geral formou desde 2015 6.452.989 profissionais no Ensino Superior Presencial e 2.192.671 no EAD totalizando 8.645.660. Uma população do tamanho da Suíça de diplomados*.

Egressos



Egressos


Me parece relativamente logico que exista uma diluição dos salários uma vez que o crescimento da demanda por vagas de emprego aumenta numa proporção maior que a quantidade de vagas de emprego ofertadas.



Faço coro aos autores do artigo da FGV: "O ensino superior está dando menos retorno no Brasil; uma novidade muito ruim. É um claro indicador de uma economia pouco dinâmica, com empresas pouco ativas, e com outras mais produtivas que não crescem".

O problema está muito mais na qualidade e na baixa oferta de vagas que na quantidade de formados nas faculdades brasileiras. Um problema muito mais da Avenida Avenida Faria Lima do que da Rua Vergueiro.
 

E COMO SE DEU O CRESCIMENTO DO ACESSO AO ENSINO SUPERIOR NO PERÍODO?


Esse gráfico dá o título ao artigo e a perspectiva de onde nos encontramos no debate do ao Ensino Superior.



Quando olhamos nossos últimos 16 anos lá no fundo do poço saímos de terceiro pior país para o quarto com a chegada da Argentina no subterrâneo da população com 25-34 anos com ensino superior. Um lugar medíocre, no fim da fila, que deveria provocar uma discução muito mais sobre o acesso que quaisquer outros temas menores a luz dessa tragédia.

Luiz Fernando Veríssimo ja disse que "no Brasil o fundo do poço é apenas uma etapa".

Espero que nesse tema ele esteja enganado e que nós olhemos para o ceú, agora ,e voltemos a discutir "como colocar 10 milhões de brasileiros no ensino superior".

*Deveriam ser quase 2x mais se tivéssemos cumprido a meta do Plano Nacional de Educação de elevar a taxa bruta de matrícula na Educação Superior para 50% e a taxa líquida para 33% da população de 18 a 24 anos.


11 de setembro - Dia Nacional do Cerrado

Reserva Natural Serra do Tombador, criada e mantida
pela Fundação Grupo Boticário em Cavalcante (GO).
 
Foto: André Dib
Proteção ao Cerrado é fundamental para garantir água, energia e alimentos ao Brasil

 

  • Especialistas alertam que a degradação do Cerrado pode colocar em risco o abastecimento de água, a geração de energia e a produção de alimentos do Brasil, com grandes impactos socioeconômicos negativos;

 

  • Oito das 12 principais bacias hidrográficas do Brasil estão localizadas no Cerrado, como as nascentes dos rios São Francisco e Paraná;

 

  • Os rios do Cerrado já perderam 15,4% de sua vazão de água por causa do desmatamento e das mudanças climáticas entre 1985 e 2022;

 

·         Reserva Natural Serra do Tombador, em Cavalcante (GO), no coração do Cerrado, criada e mantida pela Fundação Grupo Boticário desde 2007, contribui para a conservação da fauna e da flora, previne e mitiga os impactos dos incêndios na região, além de proteger nascentes

 

Nesta segunda-feira, 11 de setembro, comemora-se o Dia Nacional do Cerrado. Savana com a maior biodiversidade do planeta, considerado berço das águas do país, o bioma é também um dos mais ameaçados. Oito das 12 principais bacias hidrográficas do Brasil nascem no Cerrado, como as nascentes dos rios São Francisco e Paraná. Pressionado pelo desmatamento crescente e uso excessivo da água, especialmente pela agricultura intensiva, o bioma possui cerca de 12 mil espécies de plantas e mais de 2,5 espécies de animais catalogados, entre aves, mamíferos, peixes, répteis, anfíbios e invertebrados. 

Especialistas alertam que a degradação do Cerrado pode colocar em risco o abastecimento de água, a geração de energia e a produção de alimentos do Brasil, com grandes impactos socioeconômicos. De acordo com estudo realizado pelo geógrafo Yuri Salmona, da Universidade de Brasília (UnB), os rios do Cerrado já perderam 15,4% de sua vazão de água por causa do desmatamento e das mudanças climáticas entre 1985 e 2022. 

Entre agosto de 2022 e julho deste ano, a área de vegetação perdida no Cerrado atingiu 6.359 quilômetros quadrados, o pior índice da série histórica iniciada entre 2017 e 2018, de acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A maior parte do desmatamento está concentrada na região conhecida como Matopiba, formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia, estados com forte expansão do agronegócio. 

“A perda da vegetação já interfere – e muito – na disponibilidade hídrica em todo o território. Isso deve causar problemas de abastecimento de água para as cidades, para a geração de energia elétrica e, também, para a produção agrícola. Portanto, os próprios produtores rurais devem ser os maiores interessados na conservação”, alerta Reuber Brandão, membro da RECN - Rede de Especialistas em Conservação da Natureza e professor de manejo de fauna e de áreas silvestres da Universidade de Brasília 

O Cerrado originalmente estava presente nas áreas do Distrito Federal e nos Estados de Goiás, Tocantins, além da Bahia, Ceará, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Piauí, Rondônia, São Paulo, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima e Paraná.

 

Importância das Unidades de Conservação 

Ciente da importância de manter áreas naturais e suas espécies em equilíbrio como meio mais efetivo para conservar a biodiversidade, a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza empreende esforços para a conservação do Cerrado. Atualmente, a instituição mantém a Reserva Natural Serra do Tombador, em Cavalcante (GO), no coração do Cerrado, uma área com 8.730 hectares, equivalente a quase 9 mil campos de futebol. A reserva está localizada em uma região de prioridade extremamente alta para a conservação da biodiversidade, de acordo com o Ministério do Meio Ambiente. 

Criada e mantida pela Fundação Grupo Boticário desde 2007, a reserva fica em uma das áreas mais conservadas do Cerrado brasileiro, com objetivo de promover a conservação da biodiversidade e pesquisas científicas. Além disso, a RPPN protege nascentes e fluxos d’água que formam o Rio São Felix, importante afluente do Rio Tocantins. 

A Reserva possui 437 espécies de plantas e 531 espécies de animais (49 mamíferos, 357 aves, 49 anfíbios e 76 répteis), sendo várias consideradas espécies emblemáticas do Cerrado que estão ameaçadas de extinção, como a onça pintada, o tatu-canastra, o lobo-guará e o pato-mergulhão. 

Além disso, a área contribui para a mitigação das mudanças climáticas, já que a vegetação auxilia na remoção de carbono da atmosfera. Estimativas indicam que a reserva tem capacidade de estocar aproximadamente 212 mil toneladas de carbono. 

De acordo com estudo de valoração publicado em 2015, considerando a capacidade produtiva da propriedade, o uso agropecuário geraria receitas estimadas em R$ 510 mil/ano em valores da época, montante significativamente menor do que os valores alcançados pelos benefícios gerados por meio da conservação da área, de aproximadamente R$ 1,3 milhão por ano. Os benefícios consideram principalmente a erosão evitada do solo, além da redução de emissões por desmatamento e degradação florestal (REDD), e o impacto das contratações e aquisições locais. 

Atualmente, os temas prioritários de pesquisa científica na reserva são: ecologia e manejo do fogo (natural e de origem humana); controle e erradicação de espécies invasoras; estabilidade dos solos e combate a processos erosivos.

 

Entrevistas e temas que podem ser abordados

A Rede de Especialistas em Conservação da Natureza (RECN) e a Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza colocam seus porta-vozes à disposição para entrevistas, lives e debates, possibilitando a abordagem de diversos temas associados ao Dia Nacional do Cerrado, com diversas abordagens possíveis: 

·         Análise do Cerrado como um dos biomas mais ameaçados do país;

·         Biodiversidade do Cerrado e os desafios da conservação de áreas naturais;

·         Importância das Unidades de Conservação no Cerrado;

·         Impacto dos processos de queimada no Cerrado;

·         Manejo Integrado do Fogo (MIF) como estratégia para a conservação de áreas naturais e mitigação dos impactos dos incêndios;

·         Turismo Sustentável no Cerrado.

·         Negócios de impacto socioambiental positivo e produtos da sociobiodiversidade no Cerrado

·         Importância das RPPNs para o Sistema Nacional das Unidades de Conservação

 



Fundação Grupo Boticário


Perspectivas e caminhos para o futuro da proteção de dados no Brasil

 

Neste agosto, comemoramos os 5 anos da Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD). Publicada em 14 de agosto de 2018 e implementada em setembro de 2020, a lei veio na intenção de proteger a privacidade e os dados pessoais de quem está no território brasileiro. Sabemos que, nesses últimos anos, ao ser implementada, a LGPD trouxe uma mudança significativa no panorama jurídico e corporativo brasileiro.

 

Em um país onde as fraudes eletrônicas são frequentes e a digitalização é recente e desigual, a LGPD representa um passo importante para proteger os consumidores. A transição do mundo físico para o virtual é um processo de aprendizado pautado na confiança, e a lei pode ser vista como um instrumento que fortalece essa confiança.

 

A LGPD impôs regras rígidas, mas necessárias, sobre a coleta, armazenamento, tratamento e compartilhamento de dados pessoais. Em um cenário onde muitos consumidores estão iniciando sua jornada digital, a confiança é crucial. As empresas, ao se adaptarem à LGPD, não apenas cumprem a lei, mas também fortalecem a relação de confiança com seus clientes.

 

Para se adaptar à lei, as empresas precisaram implementar Programas de Governança em Privacidade, nomear um Data Protection Officer (DPO) e garantir a conformidade com a lei. Isso tudo sabendo que o não cumprimento da LGPD pode resultar em impactos na reputação da empresa, consequências financeiras, perda de oportunidades de negócio e impacto na competitividade.

 

Os desafios da LGPD

 

O Brasil enfrenta desafios significativos na aplicação e fiscalização da LGPD, especialmente em um contexto de fraudes eletrônicas crescentes e sofisticadas. A visão de Alcoforado sobre a curva de aprendizado digital do brasileiro ressalta a importância de uma legislação robusta e eficaz para proteger os consumidores.

 

A Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) enfrentou desafios na fiscalização e aplicação de sanções, como no caso da microempresa sancionada. Um outro desafio encontrado durante esses anos foi a necessidade de regulamentação de diversos aspectos da LGPD, como o tratamento de dados pessoais de crianças e adolescentes, transferência internacional de dados, entre outros.

 

Todos os setores, que lidam com dados pessoais e são impactados pela LGPD, também sofrem com os desafios da lei. No entanto, o setor financeiro, em particular, tem sido um alvo frequente de fraudes, como apontado na matéria. Para se ter ideia, aconteceram mais de 2,8 mil tentativas de fraudes financeiras em canais eletrônicos por minuto no Brasil, somente no primeiro trimestre deste ano. Esse número mostra que foram cerca de 365 milhões de tentativas de golpes no mesmo período.

 

A LGPD reforça a importância da segurança cibernética e da privacidade em um país onde fraudes eletrônicas são frequentes e sofisticadas. A sofisticação das fraudes é alta, e todos, independentemente da classe social, podem ser vítimas. Portanto, a lei, juntamente com a governança corporativa e educação do consumidor, é essencial para proteger os cidadãos.

 

Qual o futuro da LGPD?

 

A LGPD é apenas o começo de uma jornada de proteção de dados no Brasil. Com o avanço tecnológico e a crescente digitalização da sociedade brasileira, a proteção de dados se tornará ainda mais crucial. A maioria dos brasileiros ainda estão no início de sua jornada digital, o que reforça a necessidade de leis robustas e educação para o consumo digital.

 

Durante os próximos anos, a ANPD deve continuar sua atuação ativa, com foco na regulamentação e fiscalização. A proteção de dados e privacidade se tornarão ainda mais relevantes, com o Brasil buscando reconhecimento internacional e atraindo investimentos.

 

Drex e a Transformação Digital Brasileira

 

É importante sabermos também que a introdução do Drex, a moeda digital brasileira, representa mais um passo na jornada de digitalização do Brasil. O Drex, respaldado pelo Banco Central (Bacen), é uma representação digital do real físico, operando com a segurança do blockchain. Esta moeda mantém paridade com o real, diferenciando-se das criptomoedas tradicionais por sua natureza centralizada e transparente.

 

 A transição do mundo físico para o digital sugere que o Drex é uma resposta natural à crescente demanda por soluções digitais no Brasil. Em um país onde a digitalização é desigual e muitos ainda estão no início de sua jornada digital, o Drex pode ser visto como uma ferramenta que democratiza o acesso à economia digital, proporcionando a todos os brasileiros os benefícios da digitalização em um ambiente seguro.

 

Além disso, o Drex tem o potencial de revolucionar o comércio, oferecendo transações mais rápidas e eficientes. Com a introdução de contratos digitais inteligentes (smart contracts), os processos de negociação serão otimizados, reduzindo a necessidade de intermediários e acelerando as transações.

 

No entanto, é crucial que as organizações e consumidores estejam educados e informados sobre os benefícios e riscos associados ao Drex. A segurança digital é uma via de mão dupla: enquanto a tecnologia pode oferecer proteções robustas, os usuários também devem ser proativos em proteger seus dados e estar cientes das ameaças potenciais, como esquemas de phishing e táticas de engenharia social.

 


Lucas Galvão - CEO da Trust Governance, especialista em Cibersegurança, Governança Corporativa e Desenvolvimento de Lideranças.

 

 


Julho tem novo recorde com 6,55 milhões de empresas inadimplentes, revela Serasa Experian

Micro e Pequenas representam 5,80 milhões de empreendimentos negativados  

Em julho, foram registradas 6,55 milhões de empresas inadimplentes no Brasil, um aumento de 33 mil companhias em relação a junho de 2023, mês em que também havia sido registrado recorde da série histórica do Indicador de Inadimplência das Empresas da Serasa Experian. Essa elevação foi puxada pelas empresas de “Serviços”, que foram as mais negativadas (54,2%), seguidas por “Comércio” (36,9%). A seguir, estão o gráfico e a tabela com os dados na íntegra:


De acordo com o vice-presidente de pequenas e médias empresas da Serasa Experian, Cleber Genero, “a taxa de juros do país continua desafiadora às empresas. A inadimplência é o resultado da impossibilidade de arcar com os compromissos financeiros, o que chama a atenção para uma urgência na reorganização financeira das companhias para que uma perspectiva melhor surja nos próximos meses.”

 

O setor com mais dívidas inadimplentes em julho foi o de “Outros” (28,2%) que contempla contas com Indústrias, Terceiro Setor e Primário, seguido por “Serviços” (27,7%) e “Bancos e Cartões” (20,1%). O segmento com menor incidência de atrasos foi o de “Securitizadoras” (1,1%). Confira o gráfico a seguir com o levantamento completo desse recorte:

 

São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro lideraram o ranking dos estados com os maiores números de empresas inadimplentes. Já os três estados que menos registraram contas em atraso foram Roraima, Acre e Amapá. Veja, a seguir, o gráfico com todas as Unidades Federativas (UFs):


Micro e pequenas empresas também tem recorde de inadimplência 

 

Das 6,55 milhões de companhias negativadas em julho, 5,80 milhões eram de micro e pequenas porte. O número também representa 27 mil empresas inadimplentes a mais em relação ao mês anterior. Veja, a seguir, o levantamento completo mês a mês:



Juntas, as Micro e Pequenas Empresas com CNPJs no vermelho somam 39,9 milhões de dívidas, cujo valor total é de R$ 95,8 bilhões. Em média, cada companhia inadimplente possui 6,9 contas atrasadas. 

 

Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.

 

Metodologia

O Indicador Serasa Experian de Inadimplência das Empresas contempla a quantidade de empresas brasileiras que estão em situação inadimplência, ou seja, possuem pelo menos um compromisso vencido e não pago, apurado no último dia do mês de referência. O Indicador é segmentado por UF, porte e setor.

 

Serasa Experian
www.serasaexperian.com.br


Como o uso do ERP pode fazer a diferença na gestão das PMEs?

Não é nenhuma novidade que ter uma gestão eficiente é o que pode garantir o sucesso de qualquer negócio. Falar sobre isso pode parecer um assunto repetitivo, mas a verdade é que manter essa mentalidade ainda é um desafio a ser superado em diversas organizações, especialmente, nas pequenas e médias empresas (PMEs).

As PMEs contribuem efetivamente com o cenário econômico brasileiro, não à toa, segundo levantamento inédito realizado pelo Sebrae, essas empresas injetam R$ 35 bilhões por mês na economia, gerando em torno de R$ 420 bilhões por ano, o equivalente a cerca de um terço do Produto Interno Bruto (PIB).

Mesmo tendo em vista a ampla abrangência que essas organizações possuem no Brasil, muitas não possuem os conceitos de gestão em suas operações. Ou seja, mesmo diante de uma forte atuação no mercado, as PMEs sofrem constantemente com dores relacionada a falta de visibilidade e controle operacional, o que as impedem de tomarem decisões assertivas e promissoras.

Levando em conta as constantes transformações do mercado, investir em gestão já deixou há muito tempo de ser uma opção, e se tornou uma necessidade. Um bom exemplo disso foi constatado durante a pandemia, em que diversas empresas adentraram em novas plataformas para manterem sua sobrevivência, como foi o caso dos Marketplaces, contudo, à medida que o negócio ganhou força, começaram a surgir dificuldades como como controle de estoque, que impacta diretamente as vendas, e a falta de canais de comunicação para estabelecer contato com os clientes.

Além desses aspectos, também é preciso chamar atenção para um outro problema enfrentado dentro das PMEs: a ausência de uma cultura organizacional. Diversas empresas possuem enraizado o pensamento: “foi assim que crescemos, e assim continuaremos”, uma mentalidade totalmente equivocada considerando o momento atual em que vivenciamos na prática os avanços da transformação digital.

Diante disso, as organizações criam a postura de resistência quanto a adotar o uso da tecnologia, uma vez que consideram um “custo” aquilo que na verdade é um investimento. Assim, as PMEs enfrentam diariamente a de controlar dados e registros, a falta de previsibilidade e a confiabilidade perante o alto volume de informações que são gerados constantemente.

A boa notícia é que, para todos esses desafios, já existem soluções disponíveis no mercado, como é o caso de um ERP. Ter o apoio de um sistema de gestão faz total diferença, tendo em vista que a ferramenta oferece amplo controle e visibilidade, garantindo que qualquer pessoa que olhe para os dados saiba, com exatidão, a atual situação da empresa, além de ser assegurado com maior assertividade o futuro da organização.

Então basta adquirir um ERP para solucionar todos os problemas das PMEs? Não, esse é mais um equívoco criado pela sociedade quando falamos na implementação dessa tecnologia nas empresas. É preciso ter em mente que adotar um sistema de gestão jamais será a única solução para as dificuldades enfrentadas pela organização, se não houver mudanças nas práticas de gestão.

Até porque, existem diversas opções de softwares que não garantem a máxima segurança das informações ali indexadas, o que tornam o seu uso inviável. Dessa forma, é crucial que a escolha da ferramenta permeie requisitos como sua referência e performance, afinal, ter um sistema inovador e integrado ao que há de mais tecnológico já criado assegura que a empresa adquirirá, as melhores práticas do mercado além da orientação a previsibilidade de próximos passos e agilidade na tomada de decisões assertivas.

O fato é que todos aqueles que não têm um ERP sabem que precisam ter. Por outro lado, as PMEs, acreditam que não podem obtê-lo, e que não é algo para elas. E, assim, criam um ciclo vicioso de impedimentos que inibem o seu crescimento e desempenho que poderia ser ainda maior e de forma saudável.

De acordo com a plataforma Omie, o faturamento das PMEs do Brasil avançou 2,5% no primeiro trimestre deste ano, em comparação com igual período do ano passado. Cabe a reflexão: o quanto esse número poderia ser ainda maior, se todas essas empresas estivessem munidas de uma gestão embasada no uso de um ERP?

As PMEs no Brasil têm muitas possibilidades para crescer, mas precisam de um mindset aberto para compreender que mudanças são necessárias e, nisso, a tecnologia é uma grande aliada. Afinal, para avançar a linha de chegada, é preciso ter disposição para superar os percalços no caminho, que podem ser ultrapassados com eficiência na gestão. 



Rodrigo Moulard - sócio fundador e diretor comercial da delaware Brasil.

Sérgio Correia - executivo de negócios da delaware Brasil.

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