Levantamento da Ituran Brasil mostra que número de ocorrências chegou a 15.210 nos seis primeiros meses do ano; altas cilindradas registram aumento de 26%
A Região
Metropolitana de São Paulo encerrou primeiro semestre do ano com 15.210 roubos
e furtos de motos, um salto de 29% em relação ao mesmo período de 2022
(11.760). Os dados são do levantamento mensal levantamento realizado pela
Ituran Brasil, a partir de dados apurados na Secretaria de Segurança Pública de
São Paulo e validados com informações da empresa líder em monitoramento de
veículos.
“Observamos
um forte crescimento no número de motos novas em circulação, o que,
consequentemente, eleva a demanda por peças de reposição. Em 2022, o
emplacamento de novas motos avançou 17,7% no Brasil em comparação ao mesmo
período de 2021. Foi o melhor resultado dos últimos oito anos. E no primeiro
semestre de 2023, já houve um aumento de 22,5% em relação ao mesmo período do
ano passado. Isso traz reflexos nos roubos e furtos que abastecem os desmanches
para venda de peças no mercado ilegal”, avalia Fernando Correia, coordenador de
operações da Ituran Brasil, citando dados do Registro Nacional de
Veículos Automotores (Renavam).
Capital
com aumento de 36%
Considerando todos
os modelos de motos, a capital paulista registrou um aumento de 36%, de 6.980
para 9.538 ocorrências, na mesma base de comparação. “Santana passou do 10º
para o primeiro lugar no ranking de bairros com maior número de casos, com um
crescimento de 120% (de 110 para 242). Outro destaque foi o avanço 93%, de 122
para 236, na Vila Mariana, que levou o bairro do oitavo para o segundo lugar no
ranking”, afirma o especialista.
Na lista de
cidades da RMSP com maior número de roubos/furtos, Osasco passou a ocupar o
segundo lugar, depois da capital, com crescimento de 54%, de 481 para 740. No
ano passado, a cidade estava na quinta posição. Santo André, que era segunda
colocada em 2022, caiu para o quarto lugar, após registrar uma queda de 12% no
número de ocorrências, de 633 para 555.
Altas
cilindradas
Do total de motos,
62,14% foram furtadas na RMSP e 37,86%, roubadas, quando há ameaça e violência.
Considerando modelos entre 201cc a 1000cc, entretanto, o roubo predomina, perto
de 58% de proporção, e o furto com 42%.
O total de casos
para essas cilindradas cresceu 26%, de 4.145 para 5.230. “Nessa categoria,
domingo é o dia da semana com mais ocorrência, uma vez que os donos de motos
com mais cilindradas costumam circular durante aos finais de semana”, afirma
Correia.
Honda
CG 160 segue na liderança
O modelo Honda
CG160 permanece no primeiro lugar do ranking e teve um aumento de 41,9%,
de 3.396 para 4.819 roubos e furtos. Para esse modelo, a proporção era em 2022
de 71,61% em furto e para roubo 28,39%. Em 2023, o furto subiu para 76,34% e
roubo passou para 23,66%.
“Um dos destaques
é o crescimento de roubos e furtos do modelo Yamaha Fazer 250, que subiu do
quarto para o segundo lugar no ranking. Foram 836 ocorrências no primeiro
semestre de 2023, uma alta de 23,5% sobre o mesmo período do ano passado”,
completa o especialista.
RANKING DAS 10 MOTOS MAIS FURTADAS/ROUBADAS
2022
Ituran
Brasil