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sábado, 12 de agosto de 2023

Bullying na escola: reconheça 8 sinais que identificam se os filhos estão sofrendo

Especialista lista indícios comuns para ajudar pais e professores a identificar as agressões escolares mais facilmente 


Atualmente, o Brasil tem convivido com diversos casos de violência com as crianças cuja origem pode ser atribuída ao bullying e à falta de assistência por parte das pessoas que estão ao redor. Segundo dados recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 40% dos estudantes admitiram ter sofrido bullying de provocação e intimidação na escola. Para piorar, nos últimos anos esse problema furou a bolha escolar e migrou também para as redes sociais, atingindo um número ainda maior de crianças e adolescentes. 

De acordo com o educador e psicólogo Rossandro Klinjey, cofundador e embaixador da principal edtech brasileira, a Educa, esse tipo de comportamento passa muitas vezes despercebido na visão dos adultos por não conseguirem compreender e identificar as dores das crianças e adolescentes. “Muitas vezes, eles sofrem dores que acabam desacreditadas pelo fato de seus pais e professores já terem passado por experiências semelhantes, e que aparentemente não lhes causaram grande impacto”, explica.

Ainda segundo o educador, a criança que sofre dessa violência pode desenvolver transtornos alimentares, síndrome do pânico e outras formas de sofrimento psicológico. Todos esses danos podem ser evitados a partir da percepção de sinais e o acompanhamento profissional e o apoio familiar. 

Visando conscientizar e contribuir para que os pais e líderes educacionais consigam identificar tais indícios mais rapidamente, Rossandro Klinjey listou os 8 principais sinais que uma criança que sofre bullying pode apresentar:

 

1- Isolamento social 

O psicólogo explica que a reação mais comum nesses tipos de casos é o isolamento social. A criança que sofre com a implicação escolar tende a ficar cada vez mais retraída, buscando se afastar do convívio social, inclusive no âmbito familiar. Ficar sempre no quarto, se recusar a almoçar e jantar com a família são alguns exemplos de comportamentos típicos e que merecem atenção.

 

2- Mudança de humor 

Outra conduta é uma alteração radical de humor. Tristeza constante ou irritação contínua, sobretudo diante de situações rotineiras, são sintomas que os pais precisam se atentar porque evidenciam que existe algo errado acontecendo.

 

3- Não querer ir a escola

É importante ficar alerta também se existe alguma variação na relação da criança com a escola. Quando o estudante começa a pedir para não ir a aula ou evita comentar sobre o ambiente escolar, traz indícios de possíveis problemas nesse vínculo.

 

4- Sintomas de dor ou incômodo físico

Sintomas físicos injustificáveis também podem simbolizar que a criança tem convivido com dificuldades na escola. Dores de cabeça ou em diferentes partes localizadas podem ser indicativos reais de que o corpo está tentando fugir de uma situação ameaçadora.

 

5- Queda no desempenho escolar

O rendimento escolar é outra situação que pode trazer evidências de que há anormalidades na relação entre o aluno e o ambiente escolar. Os pais devem estar atentos a quedas repentinas nas notas ou em caso de desmotivação súbita para os estudos. 

 

6- Reações extremas a coisas comuns

Toda família apresenta algumas características próprias rotineiras. Perguntas ou brincadeiras que são comuns tendem a ter respostas também comuns. Caso a criança ou o adolescente comece a apresentar reações distintas a essas ações cotidianas pode ser um sinal de que há algum medo presente em seu interior.

 

7- Chorar ou ficar irritado com mais frequência 

Mudanças de humor mais acintosas da criança ou adolescente, como choros ou irritações mais frequentes, também são indicativos comuns e preocupantes para casos de violência escolar. 

 

8- Dificuldades para dormir ou ter pesadelos constantes 

O aluno que convive com o bullying acaba sofrendo com estresse constante. Esse, por sua vez, tende a acarretar em diversos transtornos que impactam na qualidade de vida das crianças. Um dos indícios mais claros pode ser percebido no sono. Dificuldades para ir pra cama e ter pesadelos constantes são alguns sintomas comuns nas crianças que estão lidando com problemas na escola.

 

Rossandro Klinjey - Educador, psicólogo, palestrante e autor especializado em saúde mental e desenvolvimento humano, Rossandro é docente do mestrado em Psicologia Organizacional e Gestão de Pessoal na PUC-RS e professor-convidado do curso de Felicidade, da UNICAMP (SP). Autor de cinco livros, o profissional criou em 2021 a edtech Educa, que proporciona aos alunos, pais e educadores o desenvolvimento das habilidades socioemocionais e o letramento digital. Além de sua atuação no mundo corporativo, Klinjey é um fenômeno das redes sociais, tendo mais de 2 milhões de seguidores nas redes sociais e mais de 150 milhões de visualizações em seu canal no YouTube.


5 sinais de um relacionamento saudável

Você já parou para pensar se está em um relacionamento saudável? Separamos 5 sinais para que você tenha certeza de que está no caminho certo


Os relacionamentos amorosos refletem um dos sentimentos mais complicados que uma pessoa pode experimentar em sua vida. É algo que conecta duas pessoas e também o que pode separá-las. O amor com certeza pode ser cego, mas nós estamos aqui para colocar um óculos nesse sentimento.

Caio Bittencourt, especialista em relacionamentos bem-sucedidos do site MeuPatrocínio opina que um relacionamento saudável não necessariamente é uma relação que te faz bem, mas ele tem que fazer com que você se sinta confortável em fazer parte dele e que de alguma maneira, te traga evolução.

“Crescemos em um mundo em que as pessoas romantizam muito o relacionamento, mas esquecem do que realmente importa. Alguém que não só te ame, mas te apoie, te ajude profissionalmente, te incentive a crescer e a evoluir como pessoa.” afirma Caio.

Ele diz que muitas vezes é difícil reconhecer um relacionamento saudável, mas existem alguns indicadores que podem dizer se um relacionamento é saudável ou não.

Por isso, ele separou 5 sinais que indicam uma relação saudável:

  1. Comunicação aberta
    Um relacionamento saudável deve incluir comunicação aberta. O casal deve poder discutir qualquer assunto sem medo de serem julgados um pelo outro ou de se sentirem ofendidos. Devem ser claros com seus objetivos de vida e intenções. Comunicação na relação nunca é demais.
  2. Apoio
    Um casal deve apoiar os objetivos e ambições um do outro, até porque por muitas vezes estão diretamente relacionados à causa da felicidade ou sucesso da outra pessoa. E não há nada melhor do que fazer parte da evolução do seu companheiro.
  3. Fidelidade
    Relacionamentos saudáveis envolvem confiança e parceria. A fidelidade a pessoa tem que existir para que a relação seja limpa e transparente. Seja fiel ao seu parceiro, tudo que é conversado e esclarecido, não gera dúvidas ou desconfiança.
  4. Respeito Mútuo
    Ambas as pessoas em um relacionamento devem se respeitar e tratá-las como iguais. O respeito é indispensável em qualquer relação pessoal e todo ser tem que ser respeitado.
  5. Reciprocidade
    O que significa que ambas as pessoas devem dar o máximo que recebem uma da outra para que seja considerada saudável. Lembre-se sempre de se colocar no lugar do outro ao falar ou tomar alguma atitude. A responsabilidade afetiva começa em você.

 

Caio também defende que o que todos os relacionamentos precisam é de confiança em sua base. “Confiança significa acreditar em alguém e saber que essa pessoa sempre estará ao seu lado nos momentos bons e ruins. Também significa ser capaz de dizer a eles o que está pensando, mesmo que seja algo difícil de falar. Por exemplo, você deve ser capaz de contar a seu parceiro sobre seus objetivos, escolhas e sentimentos sem se preocupar com ele ficar com raiva ou frustrado porque você está dizendo algo que ele não quer ouvir.”

A verdade é que nem sempre ter um relacionamento saudável é fácil, mas se o amor for primordial, não será difícil identificar os 5 sinais presentes em sua relação.


Oito motivos para investir no Cross Training

Entre clean, snatch, agachamentos, saltos, deadlift, push press e muito suor, os praticantes da modalidade ganham vitalidade, músculos e saúde


O Cross Traninig desembarcou no Brasil em 2009 e desde então vem revolucionando a forma de treinar, isso obviamente tem vários pontos positivos e, como qualquer modalidade, requer atenção. O EUA é o primeiro colocado com aproximadamente 6 mil boxes para treinamento. Mesmo com essa diferença, o Brasil ainda assim está à frente de países como Canadá, Austrália e nações europeias, e permanece na liderança do mercado na América Latina.

A empresa líder no segmento de sistemas de gestão para negócios fitness, a Tecnofit realizou um levantamento em fevereiro de 2022 e revelou os estados onde o esporte conta com mais praticantes. 29% destes espaços estão em território paulista, ou seja, São Paulo concentra quase um terço dos crossfiteiros. O Rio de Janeiro aparece na segunda colocação, com 13%. Em seguida Minas Gerais (9%); na quarta posição o Paraná (8%); em quinto o Rio Grande do Sul (7%); e, na sexta colocação, Santa Catarina (6%).

A modalidade conta com movimentos funcionais, em alta intensidade e constantemente variados. A execução dos exercícios trabalha os músculos e as articulações. Toda essa movimentação tem transferência direta com as atividades do dia a dia como sentar, levantar, puxar e empurrar.

“A principal característica do Cross Training que chamou a atenção e mudou a maneira de treinar foi a alta intensidade, antes só vivenciada por atletas profissionais, além dos nítidos benefícios. E foi assim que pessoas comuns começaram a treinar de maneira mais intensa (de forma progressiva e ajustada para cada um). Com característica de serem constantemente variados, esses exercícios ajudam a combater a monotonia dos treinos tradicionais, deixando mais lúdico, atrativo e auxiliando na construção de um repertório motor maior nos praticantes”, relata Wellington Alves do Carmo (Dread Coach), Profissional de Educação Física e professor do curso de Cross Training na Pós-Graduação da Faculdade UNIGUAÇU.

Por que gostamos tanto?

Existem aspectos do Cross Training que se conectam com os princípios da evolução e do comportamento humano.  “Um deles é o generalismo que representa a nossa capacidade e habilidade de não ser especialista em nenhum movimento, mas ser capaz de realizar uma grande quantidade deles. Um caçador-coletor, por exemplo, provavelmente seria mais habilidoso que a maioria de nós em relação à movimentação. Outro aspecto que explica o sucesso é o treino ser em grupo, ou em bando como os nossos antepassados preferiam”, comenta Carmo.

Agora, claro que alguns cuidados devem ser tomados para uma prática segura da modalidade.  O primeiro é: encontrar um profissional qualificado que está mais preocupado com você do que com o treino; o segundo: escolha um box onde a prioridade e a preocupação sejam com o aluno; o terceiro é: respeitar seus limites, a evolução é diária e não é necessário pular etapas; e por último: siga os três pilares do treino com segurança— mecânica, consistência e intensidade.

“Isso quer dizer que o essencial é aprender o movimento, sem nenhuma preocupação com a intensidade, repita quantas vezes for necessário até dominar a técnica e ter consciência corporal, depois deve conseguir manter esse padrão da primeira até a última repetição, só depois aumentar a intensidade”, orienta o professor.

Conheça os benefícios da modalidade:

  1. Desenvolve os músculos e a força;
  2. Trabalha a estabilidade, velocidade, agilidade, flexibilidade e a resistência. A modalidade é uma excelente opção para corredores que querem dar um upgrade no treino com o intuito de melhorar a performance;
  3. Auxilia no processo de emagrecimento e na melhora da qualidade de vida;
  4. Envolve exercícios aeróbicos e anaeróbicos mesclando técnicas de força e aptidão física;
  5. Os treinos envolvem todos os grupos musculares de maneira dinâmica;
  6. É uma atividade que inspira a superação de limites (de maneira consciente e respeitando o corpo) e a trabalhar em grupo;
  7. Melhora a resistência cardiovascular e a respiratória, a qualidade do sono, além da muscular;
  8. Fortalece o tronco, ou seja, os músculos abdominais que envolvem as costas, o assoalho pélvico e o diafragma.

Gostou? Faça uma aula para conhecer e entender como é a prática de Cross Training.


Por que os millennials estão perdendo a libido?

Especialista explica as principais causas da falta de sexo e como tratar


Cada vez mais, os millenials relatam casamento sem sexo. Uma pesquisa realizada em 2021 com pessoas entre 18 e 45 anos nos Estados Unidos mostrou que, entre os casados, esse é o grupo mais propenso a ter problemas com desejo sexual. De acordo com os dados colhidos pelo Instituto Kinsey da Universidade de Indiana e pela empresa de produtos eróticos Lovehoney, 25,8% dos millennials casados relataram o problema, contra 10,5% dos casados mais novos da geração Z e 21,2% dos casados mais velhos da geração X.

“Eu entendo que pode ser difícil lidar com a baixa libido e o desejo diminuído pelo seu parceiro(a). No meu consultório, ouço todos os dias histórias de pacientes que estão passando por isso e sei que esses sentimentos podem ser devastadores para a autoestima e para o relacionamento como um todo”, relata o endocrinologista e metabologista Igor Barcelos, especializado pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.

A pergunta é: o que acontece quando isso começa a desaparecer? Na verdade, ele explica que a redução da libido pode ser causada por vários fatores: questões emocionais e psicológicas, alterações hormonais, baixa autoestima, efeitos colaterais de alguns medicamentos e outros.

“É importante lembrar que a baixa libido não é normal! Eu entendo que pode ser difícil enfrentar essa situação sozinho e é por isso que os profissionais vão ajudar. Após uma avaliação, podemos determinar a causa da baixa libido e encontrar o tratamento mais adequado para cada paciente”, destaca, enumerando ainda alguns passos que vão auxiliar:

  1. Mantenha seus hormônios equilibrados
  2. Melhore sua autoestima, aumentando sua confiança em si mesmo;
  3. Converse com seu parceiro(a) e fale abertamente sobre suas preferências e desejos;
  4. Seja ativo e cuide do seu corpo, pratique exercícios e cuide da sua alimentação.

Uma opção que tem funcionado para muitos dos seus pacientes é a reposição com os implantes “chips” hormonais, que ajudam a regular os hormônios e devolvem o prazer. 

“Eu já vi relacionamentos serem completamente restaurados graças a esses implantes! A verdade é que a vida sexual é uma parte essencial da vida como um todo e é importante encontrar prazer nessa área. É aí que entra a libido - o desejo e impulso sexual que dá cor e sabor aos relacionamentos”, conclui.

 

Dr. Igor Barcelos - Médico Endocrinologista e Metabologista, com título de especialista pela SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia). Somando mais de 30 mil pacientes no Brasil, dentre as suas formações estão a residência em Clínica Médica e Pós-graduação em Medicina do Esporte pela UNIFESP. O Dr. Igor já atuou como professor universitário e hoje realiza palestras e treinamentos em sua área, sendo uma referência para colegas e pacientes em grandes eventos. Também possui formações em desenvolvimento pessoal e negócios, sendo membro de grandes grupos com intenso networking, que possibilita crescimento e atualizações constantes em seus negócios. Para mais informações, acesse @dr.igorbarcelos pelas redes sociais ou pelo site https://meuendocrino.com.br/


Se você pudesse ver a música como ela seria?

Vivemos uma era muito interessante em que a arte contemporânea ganha cada vez mais espaço e ressignificação com uma conexão cada vez mais forte com a tecnologia. Afinal, uma das características mais latentes de um artista contemporâneo é se arriscar em inovar suas técnicas, quando o processo e a reflexão sobre ele ganham tanta importância quanto o objetivo final.

Todos esses aspectos e experimentações de cultura tem aberto uma oportunidade gigante para o universo musical. Uma nova linguagem tem ganhado popularidade ao conseguir reinventar a forma como essa arte é consumida em espaços outrora destinados apenas ao entretenimento: a visual music.

Artistas audiovisuais criaram e aperfeiçoaram técnicas que possibilitam que a visão potencialize a experiência sonora por meio de um cruzamento de linguagens dentro do campo expandido e ilimitado da tech art. Esse formato de apresentação é chamado de Live AV, o qual na performance o artista opera imagem e som em tempo real.

Veja que não estamos aqui nos referindo aos videoclipes, uma interpretação equivocada da visual music em tempos de YouTube. São composições visuais realizadas ao vivo de forma digital ou analógica numa forma de ampliar, traduzir e se conectar com sons e música. Podemos interpretar como um resgate do cinema mudo, com a orquestra acompanhando o filme, com a diferença que, atualmente, as imagens também são produzidas em tempo real.

São imagens captadas do mundo real, ilustrações abstratas ou até mesmo uma visita sensorial ao metaverso. E essa nova manifestação tem atraído artistas que, antes, se dedicavam apenas à música ou ao visual, como DJs e videomakers, em busca de uma abordagem ainda mais artística de seu trabalho.

Cada vez mais esses artistas têm ganhado espaço para apresentar seu trabalho no Brasil, por enquanto ainda apenas em metrópoles como São Paulo, onde é realizado um dos festivais de tech art pioneiros em dar protagonismo à visual music, o Canvas Audiovisuais. No dia 19, um evento especial paralelo ao festival chamado Canvas Lives leva performances de visual music ao Cineclube Cortina criando uma oportunidade de uma imersão nessa arte.

Alguns críticos e pensadores do mundo das belas artes que têm resistência em aceitar a presença da tecnologia, consequentemente, acabam criando barreiras para que a tech art e a visual music ocupe o seu espaço e que seus artistas tenham o reconhecimento de seu talento. Contudo, este caminho já começou a ser pavimentado e não há mais volta.

 



Felipe Brait - curador de arte contemporânea, produtor e gestor cultural e estrategista criativo. Desde 2001 trabalha com intervenções urbanas e projetos de investigação e ação sobre o espaço público, onde nasceu seu interesse pela tech art e visual music como expressão, sendo criador é curador do festival Canvas Audiovisuais.

9 Sinais de que você tem a Síndrome do Impostor: Aprenda a identificar e como reverter esse problema

A síndrome do impostor é um fenômeno bastante comum e que afeta muitas pessoas, independentemente da sua posição social, experiência profissional ou grau de especialização. Trata-se da tendência de sentir que não se é tão competente profissionalmente quanto a experiência, treinamento, prêmios ou opinião de outras pessoas sugerem. Essa sensação de fraude pode ser bastante debilitante e limitar o crescimento pessoal e profissional. 

O tema está sendo cada vez mais discutido. E para somar ao assunto, um artigo publicado na Frontiers in Psychology destacou algumas características-chave de personalidade associadas à síndrome do impostor. 

Embora a definição seja geralmente aplicada de forma restrita à inteligência e realização, ela tem ligações com o perfeccionismo e o contexto social. 

De acordo com a terapeuta e master em PNL, Madalena Feliciano, embora a descrição seja tipicamente associada à ideia de inteligência e conquistas, sua relevância também se estende ao perfeccionismo e ao contexto social. A síndrome do impostor é caracterizada pela sensação de ser um impostor, constantemente temendo ser revelado como uma fraude e acreditando não pertencer ao lugar onde se encontra, como se tivesse chegado lá apenas por pura sorte. Essa experiência pode afetar qualquer indivíduo, independentemente de sua posição social, experiência profissional, nível de habilidade ou grau de especialização. 

 

Características associadas à síndrome do impostor, saiba identificar: 

1.Baixa autoestima: Indivíduos com síndrome do impostor tendem a ter uma visão negativa de si mesmos e a duvidar de suas habilidades e conquistas. 

2.Alto grau de neuroticismo: Pessoas com síndrome do impostor são mais propensas a experimentar altos níveis de ansiedade, preocupação e autocrítica. 

3.Atribuição de sucessos à fatores externos e falhas a fatores internos: Aqueles que sofrem da síndrome do impostor tendem a atribuir seus sucessos a fatores como sorte, acaso ou ajuda externa, enquanto atribuem suas falhas a falta de inteligência, capacidade ou talento pessoal. 

4.Autodúvida exagerada: Sentimentos de insegurança e dúvida são comuns entre as pessoas com síndrome do impostor, mesmo quando são bem-sucedidas em suas atividades. 

5.Tendência à procrastinação: A síndrome do impostor pode levar ao adiamento de tarefas ou à evitação de desafios, pois o medo de falhar ou ser exposto como uma fraude é intenso. 

6.Sensação de falsidade ou isolamento de si mesmo: As pessoas com síndrome do impostor podem sentir que estão enganando os outros ou que são diferentes dos demais, o que pode levar ao isolamento social ou profissional. 

7.Divergência de auto-outro: Indivíduos com síndrome do impostor geralmente acreditam que as expectativas dos outros em relação às suas habilidades são muito altas, enquanto subestimam suas próprias capacidades. 

8.Necessidade de ser bem-sucedido e alcançar algo significativo: Uma pressão interna para alcançar metas elevadas e se destacar constantemente pode contribuir para a síndrome do impostor. 

9.Valorização excessiva da simpatia alheia: A opinião e a aprovação dos outros têm um peso significativo para as pessoas com síndrome do impostor, o que pode levar a uma busca constante por validação externa. 

Essas características retratam o perfil complexo de uma pessoa que sofre da síndrome do impostor. Embora possam ter uma visão realista de suas habilidades e limitações, a autodúvida e a insegurança podem prejudicar sua autoconfiança e impedir seu crescimento pessoal e profissional. Conhecer essas características é o primeiro passo para entender melhor a síndrome do impostor e buscar estratégias eficazes para lidar com ela.

“Por um lado, essas pessoas tendem a ter uma consciência aguçada de suas forças e limitações, talvez com uma autoconsciência maior do que a maioria. No entanto, essa autoconsciência pode ter um custo, especialmente quando promove a autodúvida e o afastamento de desafios e oportunidades de aprendizado”. Destaca Madalena Feliciano.


Felizmente, existem técnicas que podem ajudar a lidar com a síndrome do impostor e reverter esse problema. Aqui estão algumas sugestões práticas: 

1. Reconheça e aceite seus sentimentos: O primeiro passo é reconhecer e aceitar que você está experimentando a síndrome do impostor. Entenda que esses sentimentos são comuns e que muitas pessoas enfrentam desafios semelhantes. 

2. Desafie seus pensamentos negativos: Identifique e questione os pensamentos negativos e autocríticos que alimentam a síndrome do impostor. Procure evidências que contradigam esses pensamentos e substitua-os por pensamentos mais realistas e positivos. 

3. Fale sobre seus sentimentos: Compartilhe suas preocupações e sentimentos com pessoas de confiança, como amigos, familiares ou mentores. O ato de verbalizar suas inseguranças pode ajudar a aliviar a pressão e trazer uma perspectiva externa. 

4. Reconheça suas conquistas: Faça uma lista das suas realizações passadas e relembre-se dos desafios que você superou com sucesso. Reconheça e valorize suas habilidades e conquistas. Lembre-se de que você merece estar onde está. 

5. Não se compare excessivamente aos outros: Evite a armadilha de se comparar constantemente com os outros. Lembre-se de que cada pessoa tem seu próprio caminho e suas próprias experiências. Concentre-se em seu próprio progresso e crescimento pessoal. 

6. Aprenda com os erros e fracassos: Encare os erros e fracassos como oportunidades de aprendizado. Em vez de se punir por não ser perfeito, reflita sobre o que você pode aprender com essas experiências e como pode crescer a partir delas. 

7. Busque apoio profissional: Se os sentimentos de síndrome do impostor persistirem e interferirem significativamente em sua vida profissional e emocional, considere buscar a ajuda de um profissional de saúde mental, como um terapeuta. Estes, são capazes de ajudar a explorar os padrões de pensamento negativos e desenvolver estratégias personalizadas para lidar com a síndrome do impostor. 

“Além dessas técnicas, é importante ser inteligente ao definir suas metas. Metas muito baixas não representam desafios, enquanto metas muito altas raramente são alcançadas, o que permite atribuir falhas a fatores externos. Defina metas realistas e desafiadoras, que o levem a crescer e se desenvolver”. Indica Madalena Feliciano. 

Por fim, lembre-se de que superar a síndrome do impostor é um processo gradual e contínuo. Seja gentil consigo mesmo e tenha paciência. Com o tempo e esforço, é possível desenvolver uma maior confiança em si mesmo e aproveitar plenamente suas habilidades e conquistas.

Segundo uma pesquisa realizada pela empresa de recrutamento Hired, mulheres e minorias subrepresentadas têm mais probabilidade de se sentir inseguras em relação às suas habilidades do que seus colegas do sexo oposto. Por exemplo, a pesquisa descobriu que mulheres têm 19% mais chances de se autoavaliar com notas mais baixas do que homens em áreas como programação e engenharia.

Esses dados destacam a importância de abordar a síndrome do impostor como um problema coletivo, não apenas individual. As empresas e organizações podem tomar medidas para criar uma cultura que valorize a diversidade e a inclusão, oferecer treinamentos e mentorias para ajudar a desenvolver habilidades e confiança, e fornecer feedback construtivo e justo para seus funcionários.

 


Madalena Feliciano finaliza lembrando que, além disso, é importante abordar a síndrome do impostor como um problema coletivo, trabalhando para criar uma cultura de diversidade e inclusão nas empresas e organizações. Com essas estratégias, é possível superar a síndrome do impostor e alcançar todo o seu potencial pessoal e profissional. Madalena Feliciano - Empresária, CEO de três empresas, Outliers Careers, IPCoaching e MF Terapias, consultora executiva de carreira e terapeuta, atua como coach de líderes e de equipes e com orientação profissional há mais de 20 anos, sendo especialista em gestão de carreira e desenvolvimento humano. Estudou Terapias Alternativas e MBA em Hipnoterapia. Já concedeu entrevistas para diversos programas de televisão abordando os temas de carreira, empregabilidade, coaching, perfil comportamental, postura profissional, hipnoterapia e outros temas relacionados com o mundo corporativo. Master Coach, Master em PNL e Hipnoterapeuta, Madalena realiza atendimentos personalizados para: Fobias, depressão, ansiedade, medos, gagueira, pânico, anorexia, entre muitos outros.


Olhar no espelho da eternidade, o Convite de Santa Clara

 

No final da década de 1980, Padre Jonas Abib, fundador da Canção Nova, foi fazer um retiro espiritual em Assis, Itália. Ao chegar na cidade, quis começar por São Damião, local onde Santa Clara viveu. No quarto em que Clara teve a famosa visão da missa de Natal em 1253, com detalhes que séculos depois a levaria a se tornar padroeira da televisão, padre Jonas se ajoelhou e pediu a graça, pela intercessão de Clara, de uma emissora de TV que fosse sempre segundo a vontade do Senhor. Meta que de 1989 até hoje é perseguida pela TV Canção Nova.

Clara de Assis, celebrada em 11 de agosto, é representada sempre com um ostensório nas mãos. Isso porque, segundo sua biografia, os Sarracenos invadiram Assis e estavam saqueando e destruindo a cidade, igrejas e conventos, chegando até o mosteiro das Clarissas. Naquele momento, sabendo que nada podia fazer por si mesma e pelas irmãs, Santa Clara levantou-se, correu até a capela e disse ao Senhor: “Quereis entregar aos infiéis estas vossas servas indefesas que nutris com Vosso amor? Vinde em socorro de vossas servas, pois não as posso proteger.E então ouviu a voz de Jesus lhe dizendo: “Serei vossa proteção hoje e sempre”. Santa Clara então dirigiu-se à porta do convento segurando um ostensório contendo Jesus Eucarístico e disse aos invasores que Cristo era mais forte do que eles. E em seguida, inexplicavelmente, os Sarracenos foram tomados de um intenso temor e fugiram. Não apenas do convento, mas da cidade de Assis! São muitos os fatos e riquezas na história da Santa de Assis. Mas, nesta festa, gostaria de fazer coro ao relato de Frei Francesco Patton, Custódio da Terra Santa, sobre as cartas de Santa Clara, que tão bem definem a sua espiritualidade. A síntese de sua proposta de santidade está expressa na IV carta a Santa Inês de Praga: "Ponha a sua mente no espelho da eternidade, coloque a sua alma no esplendor da glória, coloque o seu coração na figura da substância divina e transforme-se inteiramente, através da contemplação, na imagem da sua divindade”, imagem e semelhança de Deus que é a forma em que fomos criados. Referindo-se a Jesus, Clara afirma: "Sendo Ele o esplendor da glória, a candura da luz eterna e um espelho sem mancha, olha-te todos os dias”. E nos convida a contemplar a "bem-aventurada pobreza, santa humildade e inefável caridade".  Com alma, mente e coração, assim cantou nosso querido e saudoso Padre Jonas:  

“Irmão Francisco - irmão de todo irmão. Clara de Assis, irmã de toda irmã. Cantam ao mundo só Deus os bastará,
o amor é lindo, ele vencerá!”

 


Lurdinha Nunes – Segundo Elo Comunidade Canção Nova – é redatora-chefe da Revista Terra Santa, mora em Jerusalém e trabalha para a Custódia da Terra Santa.


Por que é comum sentir mais fome no frio?

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Nutricionista explica o motivo e dá dicas de alimentos para consumir no inverno

 

Uma das principais razões que faz as pessoas sentirem mais fome no frio é o fato de o metabolismo ser afetado pela temperatura do ambiente. Quando está mais fresco, ele desacelera, levando o indivíduo a ter uma vontade maior de comer, mas com menor necessidade de calorias. Flávia Ribeiro, nutricionista e professora do curso de Nutrição do UNINASSAU – Centro Universitário Maurício de Nassau Recife, campus Graças, explica o aumento de apetite, sobre o bom funcionamento do organismo e dá dicas de alimentos para esse período. 

Segundo ela, devido à baixa temperatura, o corpo tenta obter e armazenar um pouco mais de energia. Isso causa um aumento nos níveis de glicose no sangue, impulsionando o acréscimo de açúcar e acelerando o metabolismo, o que resulta no desejo de comer bastante. “É importante destacar que consumir alimentos saudáveis e ter uma dieta equilibrada ajudam a manter os níveis de açúcar e energia estáveis durante o inverno. Isso ajuda a reduzir a sensação de fome durante o período de frio, o que pode contribuir diretamente com o controle do peso”, explica. 

Alimentos gordurosos, como frituras, sorvetes e massas, se consumidos regularmente, podem contribuir para o acúmulo de gordura corporal, e precisam ser ainda mais evitados durante essa época. Já os produtos congelados trazem uma sensação maior de frio, aumentando mais a sensação de fome e entrando em um ciclo perigoso.

Uma boa alimentação no inverno são as comidas e bebidas mais quentes. Sopas, caldos, cremes, cafés, chás e chocolates quentes são algumas opções. Eles também podem ser acompanhados por pães e torradas artesanais com geleias naturais”, conclui.


Brasil – O país com o maior número de ansiosos do mundo

Psicanalista alerta que esse é um dos diagnósticos mais recorrentes da atualidade

 

Um título que não é motivo de orgulho ou comemoração. Liderar o ranking dos países mais ansiosos do mundo, é o reflexo de que o Brasil, assim como outros países, ainda precisa valorizar e acolher a saúde mental da população. A OMS – Organização Mundial de Saúde divulgou o ranking da ansiedade e os brasileiros são campeões, com o incrível percentual de 26% da nação apresentando sintomas de transtornos ansiosos.

 

A ansiedade surge de um conflito mental e tem uma base biológica, ou seja, já nascemos propensos à ansiedade, que seria uma capacidade de reagir aos perigos que poriam em risco a nossa sobrevivência.

 

Portanto, a ansiedade é um estado emocional de apreensão, uma expectativa de que algo ruim aconteça. Enquanto o medo tem um objeto definido, a ansiedade é uma emoção difusa, voltada para o futuro. No estado de ansiedade a mente cria vários pensamentos negativos e fantasia diversas cenas temidas.

 

Os principais Transtornos de Ansiedade são: Síndrome do Pânico, Fobia Específica, Fobia Social, Estresse Pós-Traumático, Transtorno Obsessivo Compulsivo e Distúrbio de Ansiedade Generalizada.

 

Para evitar o aumento dos casos de ansiedade ou diminuir os impactos desta na saúde de um indivíduo, é preciso conhecer o ciclo vicioso que faz com que ela aumente com o tempo. Conhecendo o ciclo vicioso da ansiedade fica fácil entender que a ansiedade só tem “cura” quando o tratamento vai na sua raiz, mudando assim a percepção do funcionamento dos gatilhos que desencadeiam os ciclos.

 

Por exemplo, imagine a seguinte situação: você precisa apresentar um trabalho importante, contudo está se sentindo um pouco ansioso e pede para adiar a data da apresentação. Sua ansiedade diminui e isso provoca uma sensação de alívio temporário.

 

Porém, aqui se inicia um ciclo, pois quando alguma coisa está desencadeando o medo, evitá-la traz uma sensação boa e porque traz uma sensação boa, está reforçando a ansiedade. Portanto evitá-la só vai aumentar sua ansiedade e você ficará refém dela.

 

Esse ciclo também pode trazer alterações físicas, visto que o corpo que reage da mesma maneira para a imaginação ou a realidade, sentindo-se ameaçado e em perigo, aciona o mecanismo de luta ou fuga, disparando hormônios que levam aos sintomas ansiosos, última etapa do ciclo vicioso da ansiedade.

 

Além disso, a percepção dos sintomas ansiosos, nos levam a mais medos como: infartar, enlouquecer, morrer, assim como mais pensamentos e imagens catastróficas, reforçando as crenças negativas e retroalimentando o ciclo da ansiedade.

 

Enfim, ganhar o título de país com o maior número de ansiosos do mundo, dispara o alerta de que precisamos compreender e identificar as causas e os sintomas deste que é um dos diagnósticos mais recorrentes da atualidade, pelas comunidades médicas e científicas relacionadas a saúde mental. 

 

Informação e acolhimento são fundamentais para mudar esse cenário e propor tratamento psicológico adequado, pois dentro de um quadro clínico de ansiedade, a pessoa que sofre, não vê com clareza quais fatores desencadeiam as crises, já que a raiz do problema pode ser encontrada em diversos pontos, como uma frustração, conflitos pessoais internos, alguma crença, entre muitos outros.

 

Porém, seja qual for a causa, é preciso aprender a lidar com o que foge ao nosso controle e também desacelerar os processos internos para promover o equilíbrio físico e mental.

 

 

Andrea Ladislau - graduada em Letras e Administração de Empresas, pós-graduada em Administração Hospitalar e Psicanálise e doutora em Psicanálise Contemporânea. Possui especialização em Psicopedagogia e Inclusão Digital. É palestrante, membro da Academia Fluminense de Letras e escreve para diversos veículos. Na pandemia, criou no Whatsapp o grupo Reflexões Positivas, para apoio emocional de pessoas do Brasil inteiro. Instagram: @dra.andrealadislau


Psicóloga explica por que algumas pessoas têm medo de contrair uma doença

Nosofobia é um transtorno que pode afetar a esfera social, familiar e do trabalho

 

Você já ouviu falar de alguém que tenha medo de pegar uma doença? Essa fobia é chamada de Nosofobia, caracterizada por um transtorno que apresenta ansiedade e angústia e que manifesta sintomas somáticos, como por exemplo, taquicardia, falta de ar e sudorese diante da possibilidade de desenvolver uma doença no futuro.

Segundo Maria Teresa de Almeida Fernandes, psicóloga e coordenadora do curso de Psicologia Faculdade Santa Marcelina, na maioria das vezes as pessoas apresentam mudanças importantes de comportamento, decorrente do medo irracional da possibilidade da doença no futuro. Recorrem frequentemente aos serviços de saúde passando por vários especialistas e não se convencem de que os resultados dos exames sejam fidedignos de seu estado de saúde. “Os indivíduos passam a evitar situações e locais que sejam uma ameaça à sua saúde e tal comportamento pode afetar a esfera social, familiar e do trabalho”, explica a psicóloga.

A seguir, a terapeuta fala mais sobre a nosofobia e como o transtorno pode afetar a saúde mental.


Quais os comportamentos da pessoa com Nosofobia?

Essas pessoas estão frequentemente apreensivas e acometidas de pensamentos catastróficos em relação a saúde futura, sempre aguardando diagnósticos fatais, tentando se prevenir no presente do pior que poderá vir no futuro. As consultas médicas são permeadas de ansiedade e sofrimento psíquico mesmo diante de doenças menos graves, como por exemplo gripes.


Qual é a origem do medo e como identificá-los?

Muitas causas podem corroborar para o diagnóstico da nosofobia, como traumas que se fixaram ao longo da vida e que precisam ser elaborados com a ajuda de profissionais da área de saúde mental.


Quais os tratamentos indicados?

Os tratamentos mais indicados são terapia cognitivo comportamental, técnicas de relaxamento e meditação e, em casos mais graves, quando há prejuízo das atividades diárias é indicado a avaliação da psiquiatria para tratamento medicamentoso.


 Qual a diferença entre Nosofobia e Hipocondria?

A Nosofobia está relacionada ao medo de desenvolver uma doença no futuro, enquanto na hipocondria, a característica essencial deste transtorno é uma preocupação persistente com a presença eventual de um ou de vários transtornos somáticos graves e progressivos no presente. A atenção do sujeito se concentra em geral em um ou dois órgãos ou sistemas do organismo.


Nosofobia tem cura?

A Nosofobia tem tratamento com melhora importante dos sintomas, proporcionando qualidade de vida, diminuindo o sofrimento psíquico e reintegrando às várias esferas da vida.

 

Faculdade Santa Marcelina


Inveja pode se tornar uma barreira para a gratidão e o crescimento pessoal

De acordo com William Sanches, terapeuta e especialista em comportamento humano, o primeiro passo é reconhecer a posse desse sentimento para combatê-lo e buscar a realização dos próprios objetivos


A inveja é um sentimento complexo e corrosivo, que tem o poder de minar não apenas o bem-estar emocional de quem a sente, mas também prejudicar relacionamentos e impedir o crescimento pessoal. Ao direcionar nossa atenção e energia para as conquistas alheias, corre-se o risco de perder de vista as próprias capacidades e conquistas. 

Essa emoção tóxica impede o desenvolvimento de sentimentos genuínos de felicidade e gratidão, levando as pessoas a um estado de constante descontentamento. É essencial reconhecer os perigos da inveja para buscar uma mudança de perspectiva e cultivar a admiração genuína pelas conquistas alheias.

William Sanches, terapeuta, escritor, especialista em comportamento humano e programação neurolinguística, recebeu o relato de uma seguidora que chamou sua atenção. “Na mensagem enviada, ela contou que viu a casa de seus sonhos nas redes sociais de uma de suas amigas, mas não ficou feliz pela conquista dessa pessoa. Ao invés disso, um sentimento que ela descreveu como sujo e involuntário surgiu, seguido de uma tristeza por não ter conquistado o que sonhou até hoje. Isso mostra que essa pessoa está consciente e entende que nutrir esse tipo de sensação não é positivo. Afinal, muitos, ao contrário dela, sentem a inveja de forma involuntária, e vão carregando esse sentimento sem ao menos saber que se tornaram pessoas invejosas”, relata.

De acordo com o especialista, a inveja é um dos piores sentimentos que as pessoas podem carregar. “Isso porque por trás desse sentimento sempre existe uma comparação. Nesse caso, ela se compara com essa amiga que conquistou algo que ela almejava há tempos, mas ainda não alcançou. Assim, aparece também uma sensação de culpa, onde atribuímos a nós mesmos esse suposto fracasso por não termos, até o momento, adquirido determinado imóvel, carro ou qualquer outro bem que desejamos”, pontua.

Para Sanches, o primeiro passo é, justamente, identificar a existência desse sentimento. “Quando percebemos que, realmente, existe uma inveja pelo sucesso de determinada pessoa e colocamos esse sentimento para fora, é importante não deixar que ele volte para dentro de nós mesmos. Com isso, começamos a trabalhar um sentimento completamente diferente, porém relacionamento a mesma pessoa que antes nos despertava inveja, que é a gratidão. É preciso agradecer por aquela pessoa ter mostrado o caminho e provado que é possível alcançar nossos sonhos”, revela o especialista em comportamento humano.

O terapeuta acredita que a inveja pode ser despertada nas mais diversas pessoas, e assumir que possuiu esse sentimento é nobre e empoderador. “Assim como um conhecido conseguiu, essa seguidora também pode conseguir a casa dos sonhos. É preciso se lembrar que existem diversos imóveis similares ou até mesmo idênticos ao postado pela pessoa que despertou esse sentimento, e essas casas e apartamentos estão esperando para encontrar seus proprietários. Devemos mentalizar que está tudo bem, seguir desejando aquilo o que buscamos e, eventualmente, com esforço e dedicação, o universo vai presentear cada um de nós com o que sonhamos”, finaliza.



William Sanches - Terapeuta Transpessoal é Pós-graduado em Neurociências e Comportamento pela PUC-RS. Também cursou Letras, Pedagogia e é pós-graduado em Literaturas, Educação, Psicologia Positiva, Hipnose Clínica e Programação Neurolinguística. Estudou as Questões Sociais do Novo Milênio na Universidade de Coimbra, em Portugal. Apaixonado pelos temas que envolvem a alma, aprofundou-se nos estudos sobre espiritualidade independente e participou de Retiros pelo Brasil, Índia e Israel. Com uma linguagem dinâmica e atual, consegue permitir uma reflexão capaz de construir novos caminhos. Educador por excelência, dedica-se às palestras, cursos e workshops que profere em todo o mundo, atingindo um público estimado em dois milhões de pessoas. Possui mais de 25 livros publicados no Brasil, Europa e em toda América Latina. Atualmente é uma das maiores referências sobre o tema Lei da Atração. Seu canal no YouTube ultrapassa 1 milhão de inscritos e mais de 40 milhões de visualizações. 


As Máquinas de Hostilidade

 Os livros de Medicina do começo do século passado tinham capítulos sobre o Infarto do Miocárdio que eram quase notas de rodapé. Muito pouco se sabia, menos ainda se estudava sobre o assunto. As pessoas morriam muito mais cedo, geralmente de causas infecciosas. Rodolfo Valentino, um dos primeiros pop stars da história do cinema, morreu prematuramente por conta de uma apendicite, em 1926. Hoje teria sido operado e recebido alta em dois dias. Com o advento dos antibióticos, as mortes começaram a ser evitadas. A industrialização da alimentação e as mudanças de dietas e de estressores fizeram as doenças vasculares, como os Infartos do Miocárdio e os AVCs cada vez mais proeminentes nas estatísticas de morte. Os capítulos sobre eles foram substituídos por tratados e estudos bilionários para evitar a perda de vidas para essas doenças. Quando eu me formei, os cardiologistas eram os caras mais bacanas do hospital.

 A partir dos anos setenta, intensificou-se o estudo de características psicológicas que estariam associadas a esse tipo de doença. Na época foi proposta uma classificação de tipos psicológicos: os tipos A, B e C. Os tipos A tinham e tem até hoje uma correlação clara com doenças cardíacas: caras estressados, apressados, ambiciosos, explosivos e briguentos, com um perfeccionismo e uma combatividade a serviço da vontade de ganhar dinheiro e poder. Os tipos C, ao contrário, seriam pessoas mais recolhidas, muitas vezes frustradas e passivo agressivas, que não tinham objetivos claros para a sua vida e muitas vezes retardavam a solução de problemas fazendo corpo mole ou fugindo das responsabilidades. Os tipos C tendem a culpar os outros e a sociedade pelos seus problemas e tem dificuldade de assumir o protagonismo de sua vida e projetos. Havia um CEO de uma grande multinacional americana que promovia anualmente uma demissão de dez por cento da força de trabalho, tentando tirar os tipos C da empresa. Ele mesmo teve uns cinco infartos, então não é difícil presumir sua tipologia. Mas aí o leitor pode me perguntar: e os tipos B? Os tipo B, se tudo der certo, são a maioria: trabalham em equipe, tem ambição mas não pisam no pescoço de ninguém por isso, tem altos e baixos de motivação, mas mantém a entrega e a regularidade no trabalho. Mas não exageram em suas ambições nem tem pressa para esmagar adversários.

Estamos vivendo num mundo em que os tipos B, que tentam um equilíbrio entre o fogo excessivo dos tipos A com o gelo glacial dos tipos C, estão entrando em extinção. Vemos os gurus motivacionais e os influencers gritando sobre motivação, constância, produtividade. Todo mundo deve se converter a tipo A. E um dos traços do tipo A está bombando nas redes sociais e mídias: a hostilidade. Os algoritmos organizam a sociedade do “nós contra eles”. Vivemos numa loucura suficiente para um sujeito entrar na festa de um desconhecido e matar o aniversariante apenas porque tinha a bandeira do PT e uma imagem de Lula no bolo.

Hostilidade faz mal à saúde: aumenta a pressão arterial, o açúcar do sangue, o consumo de álcool e prejudica a resposta imune. Numa sociedade inflamatória como a nossa, o ódio alimenta a fornalha do medo e da doença. Nossos sistemas de ódio aumentaram na Pandemia, quando a quarentena aumentou a sensação de isolamento, perigo e hostilidade. Antes da eleição do ano passado, precisei medicar de maneira incisiva pessoas que estavam persecutórias, desestabilizadas e tomadas pela hostilidade em tempos de eleição e final de ano.

Quando Jesus falava sobre amar seus inimigos, não devia estar falando sobre levar quem você não gosta para uma ilha deserta. Provavelmente ele estava falando sobre devolver a seus inimigos a característica humana. A tradução atual seria ter compaixão por seus inimigos. Torná-los pessoas, com suas fragilidades e defeitos, e não King Kongs prontos a te devorar.

Existe uma meditação que muito gosto, chamada Loving Kindness, em que uma parte dela consiste em mandar compaixão e bons votos para uma pessoa que tenha feito a gente sofrer. Não é fácil de fazer, mas dá um alívio sutil em nossos sistemas de hostilidade. Tem um monge que muito admiro, falecido recentemente, chamado Thich Nhat Hanh que ensinava: a compaixão é nossa única defesa. Cada vez mais posso constatar como ele estava certo. Compaixão aumenta os tipos B, equilibrando o Yang dos tipos A e o Yin dos tipos C.

Amar o próximo como a si mesmo significa viver a compaixão por mim e pelo Outro. Isso faz bem à saúde e ao planeta.   

 

Marco Antonio Spinelli - médico, com mestrado em psiquiatria pela Universidade São Paulo, psicoterapeuta de orientação junguiana e autor do livro Stress - o coelho de Alice tem sempre muita pressa.


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