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terça-feira, 8 de agosto de 2023

O que não contaram sobre sua saúde!


8 livros imperdíveis que trazem muitas respostas para as perguntas que fazemos: de onde vêm nossas dores? Por que continuamos a sofrer? Qual o motivo de determinadas doenças?


A abordagem terapêutica da Biodécodage ajuda a entender sintomas e dores, e a desfazer a imagem que a  doença é algo má, ou ruim. Segundo Christian Flèche, criador da Biodécodage, a doença nada mais é do que um aviso do corpo de que há um trauma a ser curado, que está no inconsciente ou gravado nas células do corpo.

Com estes 8 títulos, é possível conhecer, entender e se aprofundar nesta abordagem.


Meu corpo como ferramenta de cura

O autor inverte completamente essa visão da doença como má sorte ou acaso, e oferece uma aparência mais significativa. A "doença" surge como uma reação saudável do corpo, que deve ser acompanhada e reconhecida em seu dialeto peculiar. Uma perspectiva cheia de possibilidades de cura e de conhecimento de si mesmo!

Autor Christian Fléche

Valor: R$ 131,99

 

Dicionário da Decodificação Biológica das Doenças

Um livro de mesa para todo profissional de saúde. Apresenta o significado biológico e exemplos esclarecedores. O livro traz todos os sistemas do corpo: endocrinologia, neurologia, reumatologia, endocrinologia, oftalmologia, cardiologia e imunologia, entre outros. Com a descoberta do conflito na origem da patologia, se torna possivel apoiar a cura.

Autor Christian Fléche

Valor: R$ 514,99

 

Sentir para Sanar

Um verdadeiro caminho de observação que faz entender a estrutura de sintomas e doenças. Analisa dois tipos de pacientes. Permite ir rapidamente à origem do problema; encontrar a experiência raiz, inconsciente; determinar a atitude adaptada (tratar a causa para tratar o efeito); e, finalmente, ser profiláticos.

Autor Christian Fléche

Valor: R$ 107,00

 

Biodécodage Prática

Com uma linguagem simples e clara, esse livro é ideal para quem quer saber o que é e como funciona essa abordagem terapêutica, e para os alunos que iniciam a formação para tornarem-se Psicobioterapeutas. Com explicações claras sobre a origem emocional e o sentido biológico das enfermidades.

Autor Christian Fléche

Valor: R$ 90,00

 

Nova Abordagem Terapêutica

Este livro apresenta uma visão ampla respeito da saúde, quebrando alguns paradigmas vigentes. São quatro importantíssimos temas em um livro só. Seu conteúdo de fácil leitura oferece ao paciente além do profissional de saúde, um entendimento claro sobre a origem e o sentido biológico das enfermidades físicas, comportamentais e emocionais.

Autor: Bernadete Bachera Ferreira Lopes

Valor: R$166,00

 

Protocolo de Retorno à Saúde

Pela primeira vez, é oferecida uma apresentação clara de alguns protocolos práticos elaborados por dois terapeutas, formadores e especialistas em Decodificação Biológica. Um verdadeiro manual com ferramentas eficazes resultantes de sua experiência diária na prática. Este livro, graças a um duplo nível de leitura, é dirigido a terapeutas e a todos aqueles que desejam tornar-se mais autônomos na resolução de seusproblemas.

Autores: Christian Fleche e Philippe Levy

Valor: R$198,00

 

Decodificação Biológica e Destino Familiar

A doença é a solução biológica e simbólica do organismo para um sentimento conflitante resultado de um evento traumático que, muitas vezes, vem do nosso passado familiar. Se um de nossos ancestrais vivenciouum conflito sem poder resolvê-lo, nós o carregamos pela memória celular. Se descobrimos a causa e solucionamos o conflito, aquilo que leva até ele (doença), deixa de ter razão de existir. Um verdadeiro caminho para a autocura.

Autores: Patrick Obissier

Valor: R$143,00

 

Dinheiro, você está aí?

Podemos encontrar, em nossa vida, diferentes problemas com o dinheiro, como dívidas, falta ou a sensação de que temos que trabalhar muito para ganhar pouco. Todo problema com o dinheiro é um sintoma. Ao encontrarmos a causa do problema, deixamos de sentir que somos limitados e aprendemos a administrar nosso dinheiro.

Autores: Jean Guillaume Salles

Valor: R$103,00


Link para compra: https://institutocintiachiarelli.com.br/loja/

 


Instituto Cintia Chiarelli
https://institutocintiachiarelli.com.br
@institutocintiachiarelli


Nascimentos de prematuros ainda é uma preocupação global

Dados da OMS e Unicef indicam que, em uma década, o número de partos antes do tempo atingiu 152 milhões; especialistas do CEJAM destacam impactos

 

O nascimento de bebês prematuros foi declarado uma "emergência silenciosa" global pela Organização Mundial da Saúde (OMS), conforme anúncio recente em relatório da entidade em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), publicado em maio deste ano. O documento revela que, entre 2010 e 2020, foram registrados 152 milhões de partos de bebês prematuros.

De acordo com o estudo, somente em 2020, cerca de 13,4 milhões de bebês nasceram precocemente, o equivalente a cerca de 1 em cada 10 crianças nascidas em diferentes partes do mundo.

Normalmente, espera-se que uma gestação dure 9 meses, o que varia entre um período de 38 a 40 semanas, mas nem sempre essa é a realidade. Infelizmente, muitos bebês acabam chegando mais cedo, o que pode gerar impactos negativo, dependendo da situação.

Apesar de nascerem antes do período estipulado, esses bebês são classificados em diferentes subcategorias de recém-nascido. "Dependendo das semanas, eles são classificados como pré-termo extremo, com menos de 28 semanas; muito pré-termo, nascidos entre 28 e 32 semanas; pré-termo moderado, bebês de 32 a 37 semanas; e pré-termo tardio, que são os que nascem entre 34 e 37 semanas", explica a Dra. Anatalia Lopes de Oliveira Basile, Coordenadora Geral do Programa Parto Seguro, uma iniciativa do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim" em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde de São Paulo.

Segundo a Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros, quanto mais semanas o bebê atinge em desenvolvimento, maior é a sua probabilidade de viver após o parto. Por isso, é primordial se atentar a esse detalhe.

Para os bebês prematuros de 22 semanas, as taxas de sobrevivência são de 2% a 15%. Já aqueles nascidos de 23 semanas têm uma taxa de sobrevivência entre 15% e 40%. Os nascidos de 26 a 28 semanas alcançam taxas de sobrevivência de 75% a 85%, enquanto os de 29 a 32 semanas contam com chances de 90% a 95% de sobreviverem e aqueles de 33 a 36 semanas têm uma taxa de sobrevivência maior que 95%.

É importante salientar que, hoje, o nascimento prematuro se tornou a principal causa de mortes infantis, representando um em cada cinco de todos os óbitos notificados antes dos 5 anos. "Alguns fatores que podem influenciar diretamente nesses partos prematuros são a ausência de pré-natal, a idade materna, ter hipertensão na gestação, doenças e infecções maternas, amniorrexe prematura, gestação múltipla, restrição de crescimento, malformação fetal, tabagismo e etilismo", complementa o Dr. Gilberto Nagahama, médico obstetra do Programa Parto Seguro.

Quanto ao Brasil, a pesquisa da OMS e Unicef indica que o país caminha lado a lado a nações como República Tcheca, Hungria e Dinamarca, como algumas das regiões que conseguiram reduzir esse tipo de nascimento durante a década analisada. Mesmo assim, essa queda foi relativamente pequena, passando de 12% para 11,1%, o que ainda o torna o terceiro país da América Latina com o maior número de bebês que nasceram de forma antecipada.



A importância dos cuidados para uma vida de qualidade

As sequelas de nascer prematuramente podem durar por toda a vida e provocar diferentes atrasos no desenvolvimento, pois esses bebês estão mais propensos a vivenciarem problemas respiratórios, neurológicos, visuais, cardíacos e digestivos, por exemplo. Por isso, é fundamental buscar toda a assistência necessária, a fim de colaborar com a saúde do bebê e da gestante.

O acompanhamento adequado de pré-natal, realização de todos os exames necessários e tratamentos de infecções e doenças são algumas formas de diminuir as chances de se ter um parto prematuro e até reduzir a mortalidade.

"No Brasil, muitos óbitos neonatais podem ser evitados a partir do pré-natal qualificado. Sabemos que existem muitas variáveis que podem afetar a gravidez, e que não dependem somente desse serviço. Entretanto, é possível, muitas vezes, identificar a partir dele tanto os problemas maternos como os fetais, facilitando, assim, possíveis tratamentos e, com certeza, aumentando as chances de uma melhor qualidade de vida da mãe e recém-nascido", relata a Dra. Anatalia.

É somente a partir do pré-natal que é possível o encaminhamento da gestante para serviços qualificados, considerando fatores de risco e morbidades presentes na gestação.

"Pensando em uma assistência segura, as unidades de saúde gerenciadas pelo CEJAM contam com serviço de terapia intensiva, com médicos e enfermeiros especializados no atendimento ao recém-nascido grave, fisioterapeutas, fonoaudiólogas, serviço social e de psicologia. Todos esses profissionais seguem diferentes protocolos que proporcionam as condutas necessárias", reforça a coordenadora.

O CEJAM também oferece todo o apoio necessário para o desenvolvimento do bebê prematuro, que já sai de alta hospitalar com acompanhamento em unidades ambulatoriais assegurado pela contrarreferência e com menos comorbidades para uma vida melhor.



Hospital da Mulher Mariska Ribeiro

No Hospital da Mulher Mariska Ribeiro (HMMR), administrado pelo CEJAM em parceria       com a secretaria municipal do Rio e do SUS, de março de 2022 ao mesmo mês de 2023, 12% dos bebês nascidos com vida eram prematuros. Destes, 62 foram admitidos na UTI neonatal, com peso abaixo de 1,5 kg, e 60% tiveram alta.
 
A maioria que veio a óbito era formada por bebês com até 30 semanas de idade gestacional e menos de 1 kg, abaixo do limite de viabilidade.

“Nossa meta é aumentar a sobrevida dos bebês cada vez mais imaturos e que eles tenham qualidade de vida após a alta e autonomia no futuro”, afirma a diretora médica do HMMR, Dra. Brunna Milanesi.

Ela explica que todo bebê que nasce abaixo de 34 semanas de idade gestacional e abaixo de 1,8 kg precisa de um cuidado de terapia intensiva neonatal fino, com equipe multiprofissional especializada, formada por médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicólogos e terapeutas ocupacionais.

“Aqui no Mariska Ribeiro, investimos não só em equipamentos e insumos, mas também na capacitação da equipe para o cuidado neonatal. São treinamentos constantes e o gerenciamento de protocolos também tem sido essencial na melhoria da nossa qualidade assistencial”, pondera.



A mãe como protagonista do cuidado neonatal

Além de equipe técnica qualificada, no Mariska Ribeiro, a mãe do bebê que nasceu antes do tempo esperado tem participação ativa na recuperação do seu filho, seja fornecendo o leite que irá alimentá-lo, seja no contato pele a pele, tão importante no processo de evolução desse paciente.

E, na unidade, essa proximidade é permanente, já que, diferentemente da esmagadora maioria das maternidades – públicas ou privadas –, as mães não precisam ir para suas casas e retornar no dia seguinte.

A Casa da Puérpera permite que mães de bebês prematuros fiquem hospedadas no próprio hospital durante todo o período de internação.

“Como as internações de bebês prematuros costumam ser prolongadas – podem durar de 30 a 90 dias –, é importante que a mãe protagonize esse cuidado e que ela tenha envolvimento e confiança na equipe. Para garantir que ela esteja mais próxima do seu bebê durante o período no hospital, oferecemos a possibilidade de permanecer na Casa da Puérpera, que consiste em um espaço dentro da unidade, semelhante a um apartamento e que comporta até seis mães”, complementa a diretora.

Segundo ela, há camas, sala com TV, banheiro, copa e até uma área de serviço para o cuidado com as roupas dessas hóspedes, que podem se alimentar no refeitório da unidade. “Essas mulheres também recebem atendimento psicológico porque entendemos que todo esse acolhimento familiar contribui para a boa recuperação dos nossos pacientes”, finaliza.


CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
(@cejamoficial)
cejam.org.br/noticias


Especialista oferece dicas para os pais que sofrem com dores nas costas

De acordo com o ortopedista Bruno Fabrizio, especialista em cirurgias de coluna, é preciso estar atento ao próprio corpo e evitar lesões ao cuidar de uma criança 

 

Não existe uma cartilha que dê lições para a paternidade. Mas, caso existisse, a preparação física mereceria um capítulo à parte. A OMS revela que as dores nas costas atingem 80% da população mundial. Os pais, por sua vez, representam grande parte desse número, pois passam anos carregando, limpando, brincando e realizando outras tarefas rotineiras relacionadas ao cuidado dos pequenos. 

Essas ações podem impactar a coluna, joelhos e outras partes do corpo que não recebem a devida atenção. “É fundamental manter a postura alinhada e evitar posições que geram uma pressão desnecessária, seja ao sentar, caminhar ou realizar atividades diárias”, explica o ortopedista Bruno Fabrizio, especialista em cirurgias de coluna. 

Para ajudar no desafio, o especialista indica alguns cuidados básicos com a coluna, visando a manutenção da saúde e prevenção de dores que podem atrapalhar o dia a dia. O primeiro passo é estar atento à postura, mantendo um alinhamento adequado ao sentar, caminhar ou carregar cargas pesadas. Nesse ponto, é importante não curvar as costas, mesmo ao agachar. A prática de atividades físicas regulares, como natação, yoga ou pilates, podem ajudar a alcançar essa consciência corporal, sendo fundamental para fortalecer a musculatura. 

“A prevenção de patologias e problemas na coluna envolve uma atenção constante e uma abordagem holística. Além dos cuidados com a postura e a ergonomia,  é preciso manter um estilo de vida saudável. Respeitar os limites do corpo e não exceder a capacidade de carga são cuidados importantes, que podem evitar eventuais lesões”, completa.

Alongamentos diários e suaves são ainda grandes aliados desses pais, uma vez que ajudam a relaxar os músculos e aliviam tensões. Obviamente, algumas coisas são difíceis de evitar quando se cuida de uma criança, como levantar peso, por exemplo. Mas entendendo as técnicas adequadas para realizar esse tipo de ação, fica mais fácil não sobrecarregar a coluna. Na hora de dormir, a preferência por colchões e travesseiros que deem o suporte adequado ao corpo é crucial.

Outro inimigo da boa saúde é o sedentarismo, principalmente quando agregado ao tabagismo. Nesse contexto, manter o máximo de hábitos saudáveis e uma alimentação balanceada vão ajudar o organismo como um todo. Por fim, realizar pequenas pausas com alongamentos durante o trabalho é importante, principalmente se a função exige estar muito tempo em uma só posição ou sentado.

Se, mesmo com todos os cuidados, esse cuidador tiver uma dor que persiste ou outros sintomas associados, a indicação é sempre buscar por um especialista. “É essencial consultar um especialista para uma avaliação personalizada, considerando as características individuais da pessoa. Com o acompanhamento, é possível obter orientações e promover a saúde , evitando dores e desconfortos no futuro", conclui o Dr. Bruno. 

 

Bruno Fabrízio - formado pela Faculdade de Medicina de Petrópolis e possui residência em Ortopedia e Traumatologia. É especializado em cirurgia endoscópica da coluna vertebral e procedimentos minimamente invasivos para o tratamento da dor. Foi chefe do serviço de Ortopedia e Traumatologia do Hospital Municipal Lourenço Jorge 2019-2023 e diretor médico do Hospital do Amparo Feminino entre 2020 e 2022. Atualmente, é diretor médico da Clínica Dr Bruno Fabrizio desde 2007. https://www.instagram.com/drbrunofabrizio/


Conciliar amamentação e trabalho ainda é um desafio no Brasil

Semana Mundial de Aleitamento Materno foca na necessidade de uma licença maternidade mais adequada para a saúde das mães e dos bebês

 

O leite materno é essencial para o desenvolvimento do bebê e a amamentação requer atenção frequente além do Agosto Dourado, mês dedicado ao aleitamento materno no Brasil, de acordo com a Lei nº 13.435/2017. Em 2023, a Semana Mundial de Aleitamento Materno foca na necessidade de uma licença maternidade mais adequada para a saúde das mães e dos bebês.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), é recomendado que os bebês até os seis meses de vida sejam alimentados somente com o leite materno. Ao mesmo tempo, a licença maternidade no Brasil é de quatro meses, o que reforça o desafio na conciliação de amamentação com o trabalho.

“O leite da mãe é a primeira vacina do bebê, contribuindo para reduzir em 13% a mortalidade infantil nos primeiros 5 anos de vida”, frisa Hamilton Robledo, pediatra na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.

O retorno ao trabalho pode ser desafiador nesse cenário. Além disso, com um salário de até 20% a menos do que o dos homens – apontado pelo relatório da Organização Internacional do Trabalho (OIT), o fator motivacional do trabalho, ainda mais nesse retorno, também pode diminuir.

“Seja a mulher, mãe ou não, a cobrança da sociedade para a mulher no trabalho não é pequena e um trabalho que não gera motivação pode adoecer as pessoas. Mas com a jornada dupla de trabalho, o esgotamento psicológico é mais frequente e pode afetar as mães em até 20% mais do que os pais”, comenta Aline Sabino, psiquiatra na Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo.


Saúde mental das mães demanda cuidado

De acordo com dados do relatório Alerta Amarelo, feito em 2021 pelo Instituto Cactus, uma em cada cinco mulheres possuem algum tipo de transtorno mental. Além disso, as alterações hormonais fazem com que o tratamento para mulheres exija um cuidado especial.

Dentre os transtornos mentais mais comuns em mulheres estão a depressão, ansiedade, compulsão alimentar, bulimia. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), o índice de depressão chega a ser o dobro da incidência em homens. E, para cada fase da vida, existem situações diferentes que podem desencadear algum quadro de transtorno mental. 

“No puerpério, por exemplo, as mães estão suscetíveis a depressão pós-parto em função de alterações hormonais que ocorrem neste período. Estas alterações associadas a rotinas sobrecarregadas podem ocasionar dificuldades de lidar com a ansiedade e o estresse”, explica Sabino.


Amamentação é benéfica para mães e bebês

Robledo destaca, a seguir, as principais vantagens da amamentação tanto para a mãe quanto para o bebê. Para o bebê, a amamentação reduz cólicas devido à fácil digestão, previne anemia, sendo rico em ferro e reduz o risco de desenvolvimento de doenças respiratórias, como bronquiolite, asma, gripe e resfriado.

Para a mãe, traz benefícios, como: 

- Ajuda a prevenir doenças como osteoporose e câncer de mama, do endométrio e do ovário;

- Auxilia na perda de peso após o parto;

- Previne hemorragias no útero e anemia;

- Diminui riscos de desenvolver diabetes e doenças cardíacas.

Além destes benefícios, o pediatra da Rede São Camilo também explica que o ato de amamentar contribui para o fortalecimento do vínculo afetivo entre a mãe e o bebê. “A amamentação é uma forma essencial para que a mãe e o bebê se conectem em um momento importante da vida e da afetividade, afetando o crescimento do bebê no futuro”, finaliza Robledo.

 

Rede de Hospitais São Camilo de São Paulo

 

Futuro da saúde com inteligência artificial, aprendizado de máquina e expertise humana

Vivemos em uma era de transformações profundas no campo da saúde, impulsionadas pela inteligência artificial (IA) e pelo aprendizado de máquina (ML). É fundamental que estejamos atentos e engajados nesse processo para aproveitar todo o potencial dessas tecnologias e promover um avanço significativo na medicina, sempre mantendo o cuidado humanizado e a empatia como pilares fundamentais.

A crescente adoção da inteligência artificial na área da saúde está impulsionando o desenvolvimento de tecnologias de vanguarda, com o poder de aprimorar os resultados dos pacientes e otimizar os processos clínicos e administrativos. Os benefícios da IA são abrangentes, desde diagnósticos mais precisos e tratamentos altamente personalizados até a antecipação de condições médicas antes mesmo de se agravarem. Imagine como isso pode revolucionar como cuidamos da saúde e do bem-estar das pessoas.

É essencial reconhecer que o uso da IA também apresenta desafios e preocupações, especialmente quando se trata da segurança e privacidade dos dados dos pacientes. Nesse contexto, é imperativo trabalharmos em conjunto para estabelecer regulamentações adequadas, garantindo a ética e a proteção necessárias no uso dessas tecnologias. Somente com um enfoque responsável podemos aproveitar ao máximo os benefícios da IA minimizando possíveis riscos.

Um aspecto-chave que merece destaque é o papel dos profissionais de saúde nesse cenário de transformação. A capacitação e o treinamento contínuo são fundamentais para que esses profissionais estejam preparados para trabalhar em sintonia com a tecnologia. Afinal, a interação harmoniosa entre a expertise humana e a inteligência artificial é a chave para uma medicina moderna e eficaz, colocando o paciente no centro do cuidado.

Assim, unindo esforços, podemos construir um sistema de saúde mais eficiente, preciso e acessível para todos. A IA e o ML são ferramentas poderosas que, aliadas à sensibilidade e ao conhecimento humano, têm o potencial de revolucionar a medicina e proporcionar uma assistência médica de excelência para as gerações presentes e futuras.

O futuro da saúde é desafiador, mas também promissor. Ao abraçarmos as inovações tecnológicas com responsabilidade e humanidade, construiremos um caminho sólido rumo a uma saúde mais avançada, empática e inclusiva.

 

Luciana Cartocci - Diretora Executiva da Teleinfo Soluções


Precisamos falar sobre câncer de pulmão

Casos devem chegar a 73 mil até 2040; Agosto Branco alerta para a prevenção

 

Estamos no Agosto Branco, o mês dedicado a despertar a consciência da população acerca do câncer de pulmão, um dos tumores mais comuns no mundo e o maior responsável pelas mortes decorrentes de câncer no planeta. No Brasil, é o segundo tipo mais frequente em homens e o quarto em mulheres. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2020, o Brasil registrou cerca de 40 mil novos casos de pulmão. Em 2040, a expectativa é de que esse número chegue a 73 mil. Isso representa um aumento de cerca de 80% de novos casos nos próximos vinte anos.

Não há dúvida de que o mais importante fator de risco para o câncer de pulmão é o tabagismo: mais de 90% das pessoas que desenvolvem câncer de pulmão fumam ou fumaram no passado. Quanto maior a exposição ao tabagismo (maior uso diário de cigarros e número de anos fumando), maior o risco de desenvolver câncer de pulmão. Os fumantes passivos – pessoas que não fumam, mas que ficam próximas de fumantes – também correm grande risco, embora menor do que o dos fumantes.

Outros fatores incluem: poluição atmosférica, exposição à radiação, exposição a asbestos. Caso as pessoas que trabalham com esses materiais ainda fumarem, correrão risco ainda maior. Com muito menos frequência, a doença pode surgir em pessoas que não se exponham de nenhuma forma ao fumo.

Os sinais e sintomas ao quais deve-se ficar atento quanto ao risco de câncer de pulmão são: tosse, perda de peso, falta de ar, dor ao respirar. Importante ressaltar que esses sintomas também são comuns a diversas outras doenças pulmonares, como as infecções respiratórias, e não são específicos de câncer de pulmão. Além disso, muitos dos fumantes apresentam esses sintomas como consequência da bronquite crônica ou do enfisema pulmonar. A regra é: se os sintomas durarem por várias semanas, merecem investigação mais aprofundada, por isso é sempre importante uma avaliação médica.

Alguns estudos sugerem que pacientes com alto risco, como os fumantes, façam anualmente uma tomografia computadorizada, a partir dos 55 anos, a fim de tentar identificar o câncer de pulmão em uma fase mais precoce. Notou-se que essa medida pode ajudar a detectar tumores menores e aumentar a chance de cura. No entanto, a melhor estratégia para prevenção é eliminar ou pelo menos reduzir significativamente o uso do fumo.

Em geral, o diagnóstico do câncer de pulmão vem de uma suspeita clínica associada a um exame de imagem alterado. De posse dessa informação, o médico solicita biópsia da lesão suspeita para confirmar o diagnóstico. Para efeitos práticos, há dois tipos principais de câncer de pulmão, algo que é definido pela biópsia: células não pequenas (85% dos casos) e células pequenas (15% dos casos). Hoje, o tipo mais comum de câncer de pulmão é o adenocarcinoma, um subtipo do tumor de células não pequenas.

O tratamento para o carcinoma de pulmão é extremamente heterogêneo, a depender de vários fatores, como idade do paciente, estadiamento do tumor e tipo do tumor. Para tumores em estágios iniciais, a cirurgia costuma ser a principal ferramenta. Já para tumores mais avançados, necessita-se de radioterapia e ou quimioterapia. Nos últimos anos, a ciência evoluiu muito nas terapias para essa neoplasia e outras drogas foram acrescentadas ao arsenal terapêutico oncologista. A imunoterapia e a terapia alvo têm sido cada vez mais utilizadas, e, com isso, taxas de cura mais elevadas podem ser alcançadas.
 


Lucas Sant´Ana - coordenador do Oncocenter Dona Helena, serviço especializado em oncologia do Hospital Dona Helena, de Joinville (SC)


Você sabia que a reposição hormonal pode melhorar a qualidade de vida do casal? Entenda as razões

Especialista revela momento certo para iniciar tratamento

 

Não é novidade que um estilo e vida saudável traz inúmeros benefícios à saúde. No caso da reposição hormonal, tanto para homens quanto para mulheres, uma rotina mais regrada, cercada de bons hábitos, podem fazer toda a diferença.

A terapia de reposição hormonal, também conhecida como TRH, consiste em um tratamento que regula os níveis de hormônio no organismo e que pode ser muito eficaz para o combater e aliviar alguns sintomas característicos de mudanças naturais que ocorrem no corpo humano com passar dos anos.

O Dr. Vinícius Carruego, ginecologista, referência em reposição hormonal, explica que o momento certo para buscar um especialista é quando o casal começa a apresentar queixas em relação à disfunção hormonal. Geralmente, nesta fase, sintomas como queda de libido, indisposição, gordura abdominal, dificuldades para dormir e realizar tarefas passam a fazer parte da rotina de homens e mulheres.


Mas, como deve ser realizada a terapia de reposição hormonal no casal?

Logo após os primeiros sintomas. O primeiro passo é a realização de exames laboratoriais completos e de imagem para que seja realizada a reposição de maneira adequada, sob supervisão médica.  No caso dos homens, dentre os principais exames estão o de próstata associado ao PSA, além de outros mais específicos.

Nas mulheres são realizados o exame das mamas, ultrassom transvaginal, de tireoide e de abdômen total. Os médicos costumam solicitar o exame de densitometria óssea para as mulheres e homens com idade mais avançada


 Qual a diferença entre os métodos de reposição hormonal entre homens e mulheres?

Os homens realizam reposição de testosterona, pois o nível baixo desse hormônio está associado ao aumento de mortalidade cardiovascular e maiores chances de câncer de próstata, entre outras doenças.  Já as mulheres, além da testosterona, podem ser realizadas reposições de estradiol e algum tipo de progesterona.


Dentre os métodos mais utilizados:

Homens: implantes pellets com duração de 06 meses, os injetáveis e os géis.

Mulheres: via oral (comprimidos), gel, transdérmica (através da pele), vaginal e implantes.

No entanto, a escolha do tipo de tratamento deve ser feita pelo médico, levando em consideração as necessidades e características de cada paciente.


Quais os benefícios da reposição hormonal a longo prazo?

Prevenção de doenças cardiovasculares tanto nos homens quanto nas mulheres, prevenção de doenças como infarto, AVC, demências, osteoporose, depressão. Melhora da qualidade de vida, desempenho sexual, humor e até relacionais profissionais.

 

Dr. Vinícius Carruego – CRM -SP 172.911. Diretor médico da Clínica Elsimar Coutinho em São Paulo. Médico Ginecologista formado pela Universidade Federal da Bahia (UFBA). Pós-Graduação em Ciências da Obesidade e Sarcopenia. Possui especialização em Endoscopia Ginecológica. Baseou seus estudos em hormônios, implantes hormonais e temas relacionados à saúde integral da mulher.
https://www.instagram.com/clinicaelsimarcoutinhosp/

 

Relógio biológico: descubra qual é o seu cronotipo e ajuste sua rotina

Fosse um desafio linguístico, desvendar a palavra cronotipo não seria a tarefa mais difícil. O termo vem do grego: crono é a variação de khrónos, o tempo cronológico; e tipo, de typos, que faz referência à tinta.  

Numa leitura livre, o cronotipo de cada pessoa corresponde à escrita do tempo individual, ou, a maneira como cada um se adapta às 24 horas do dia.  

Enquanto o corpo tem respostas fisiológicas programadas para o decorrer das horas, sendo guiado, principalmente, pela luminosidade e exposição aos raios solares que ativam tanto a vitamina D, levando ao despertar, quanto a liberação de melatonina, que sinaliza a hora de dormir, o cérebro pode responder num timming diferente.  

 

Cedo-tarde-muito-tarde 

Segundo a ciência é o cronotipo que explica a facilidade que determinadas pessoas têm para acordar muito cedo e serem produtivas ao extremo logo nas primeiras horas do dia, enquanto outras não conseguem, sequer, formular um pensamento lógico assim que saem da cama. Segundo o Instituto Internacional de Melatonina (IiMEL), da Universidade de Granada, na Espanha, a sincronização do ritmo circadiano é dividida em três classificações:  

Matutino: em geral, pessoas que dormem entre as 22h e 6h. Têm o pico da produção de melatonina antes da meia-noite. São aqueles indivíduos que pulam da cama e já estão super produtivos. 

Intermediário: dormem, geralmente, entre 00h e 8h. O pico de melatonina é registrado por volta das 3h da manhã. Segundo o liMEL, metade da população se enquadra nesse perfil. 

Vespertino: noturnos, dormem de madrugada, às 3h e acordam só às 11h. A melatonina atinge o auge de liberação por volta das 6h. Para eles, o descanso precisa ser prolongado.  

A responsável por essa liberação da melatonina é a glândula pineal, que fica no centro do cérebro. O pico ocorre a cada 24 horas e zera a contagem interna do organismo para um novo dia.  


Ajustar é preciso  

Embora o perfil de cada indivíduo seja diferente, o corpo humano foi programado num “sistema padrão” e alguns fatores – justamente como a hora de ir para a cama – podem prejudicar o ciclo circadiano. 

Outros pontos que podem interferir no relógio biológico são o horário de trabalho em turnos ou horas predominantemente noturnas, refeições pesadas no final do dia, fazer viagem que envolve mudanças de fuso horário e até mesmo o início ou término do horário de verão.  

“Isso leva ao aparecimento de sintomas como cansaço, perda de concentração, dor de cabeça, irritabilidade, entre outros”, pontua a médica psiquiatra e professora do Puravida PRIME, Laís Cesar. 

Por isso, a orientação é ajustar a rotina de forma a otimizar o pico de produtividade, sincronizando o ciclo circadiano.  Evitar dormir tão tarde é o caminho para não prejudicar o período da manhã – janela temporal em que a exposição aos raios solares auxilia na marcação do ritmo biológico, ajudando a estabelecer um padrão de sono saudável.  

“Nos conhecer em nossas potências e funcionalidades, nos acolher nas nossas individualidades e nos adaptar ao que nossa natureza orquestra é um passo lindo para potencializar nossa saúde e desempenho físico e mental”, conclui a professora do Puravida PRIME.


Bom lembrar  

A ciência classifica a tendência de dormir em horários específicos em três categorias. Os chamados cronotipos incluem os indivíduos que se sentem mais dispostos pela manhã, pela tarde ou à noite. 

A explicação da motivação em determinados períodos do dia está ligada à liberação de melatonina, marcada por picos que variam conforme o organismo de cada grupo. 

Embora os marcos de produtividade ocorram em janelas temporais distintas, o ciclo circadiano que divide o funcionamento do corpo ao longo das 24 horas tem gatilhos hormonais que independem desse timming. Por isso, o ideal é ajustar a sua rotina a partir da identificação desse padrão a fim de otimizar sua performance.    

 

Puravida


5 linguagens do amor para o cuidado com Alzheimer

Freepik
Em novo livro, os autores Gary Chapman, Deborah Barr e Edward G. ensinam como cultivar a conexão emocional com quem sofre do transtorno


Saber lidar de forma amorosa com as pessoas que sofrem de Alzheimer é fundamental para o bem-estar tanto do paciente, quanto do cuidador. Por isso, ao pensar naqueles que acompanham de perto o diagnóstico e o desenvolvimento da doença, o médico especialista em saúde mental Edward G. Shaw, em conjunto com o conselheiro conjugal Gary Chapman e a mestre no campo de educação em saúde, Deborah Barr, lançam pela Mundo Cristão o livro Mantenha vivo o amor enquanto as memórias se apagam. 

Nesta obra multidisciplinar, os autores compartilham experiências reais, além de apresentar conselhos práticos para os cônjuges, familiares, cuidadores e profissionais de saúde envolvidos no zelo de portadores do Alzheimer e outros doenças neuropsiquiátricas. Ao longo dos capítulos, Chapman também soma o conteúdo ao apresentar como os conceitos das cinco linguagens do amor  podem ajudar os leitores a enfrentar a demência: mantendo uma conexão saudável e carinhosa com os pacientes sempre que fizer atos de bondade, quando usar palavras de afirmação, por meio de toque físico, presentes, entre outros.

Confira abaixo alguns desses exemplos que podem ser aplicados no cuidado diário de quem sofre do transtorno neurodegenerativo progressivo.  E saiba como dizer “eu te amo” também por meio de atitudes:

  • Atos de bondade e de serviços: olhe nos olhos da pessoa enquanto fala com você, sem se importar com o que ela diz ou como diz. Também inclua a pessoa nas conversas - em vez de falar sobre ela, como se não estivesse presente; 
  • Palavras de afirmação: responda toda pergunta repetida como se tivesse sido feita pela primeira vez. Converse com a pessoa (ainda que ela não consiga conversar de volta) sobre a vida dela, seu crescimento, casamento, filhos, netos, trabalhos e hobbies. Faça elogios a ela na frente de outros parentes; 
  • Receber Presentes: dê pedaço de chocolate, uma casquinha de sorvete, um biscoito ou qualquer outra coisa que ela goste. Também, coloque músicas dos anos de sua adolescência ou juventude para que a pessoa possa ouvir; 
  • Momentos de qualidade: leia para quem está com a demência ou, se o próprio conseguir, peça para que ele leia para você ou para um neto. Faça um passeio de carro, conte histórias e assista um filme favorito muitas e muitas vezes.
  • Toque físico: segure a mão e dê uma caminhada. Dê um abraço (e beije, se for adequado). Sente-se perto e segure o paciente se ele estiver com medo, irritado ou agitado.

Divulgação
Mundo Cristão

Ficha técnica:

Título
: Mantenha vivo o amor enquanto as memórias se apagam
Subtítulo: As 5 linguagens do amor para o cuidado com o Alzheimer
Autores: Gary Chapman, Deborah Barr e Edward G. Shaw
Editora: Mundo Cristão
Edição: 1.ª ed, 2023
ISBN: 978-65-5988-173-4 
Categoria
: Relacionamentos 
Páginas
: 256 
Preço
:
R$ 61,90
Onde encontrar: Amazon 

Sobre os autores: 

Gary Chapman - pastor e conselheiro conjugal há mais de 35 anos. É autor de inúmeros livros, sendo que seu livro As 5 linguagens do amor serve de inspiração a este. É casado com Karolyn, com quem tem dois filhos e três netos.  

Deborah Barr - mestre no campo de educação em saúde e jornalista. Como principal escritora e coletora de informações para a equipe, este livro é basicamente escrito na “voz” dela. 

Edward G. Shaw - médico e conselheiro na área de saúde mental. A ideia central deste livro foi inspirada em sua comovente história pessoal de cuidado com Rebecca, sua esposa, e em seu uso inovador das cinco linguagens do amor no aconselhamento sobre demência. 

Editora Mundo Cristão
Instagram: @mundocristao


A comunicação da criança se inicia desde do nascimento com o choro

Uma grande dúvida dos pais e até mesmo de alguns profissionais é reconhecer as etapas de comunicação da criança.

Identificar e mapear as formas de comunicação da criança te ajuda a entender como estimular corretamente o que a criança precisa para desenvolver a fala.

Ao longo dos meses há uma evolução da forma de comunicação.

A criança passa a retribuir sorrisos, faz contato visual e gestos para interagir e participar de uma conversa com linguagem não verbal.

Com 12 meses a criança já tem possibilidade de falar as primeiras palavras, como: mama, papa, dá, mais e ainda faz gestos para complementar a comunicação.

Com 18 meses a criança tem possibilidade de falar mais de 20 palavras de forma aproximada e está em constante transição do uso de gesto para a fala. Nessa idade o choro diminui e a criança tem muita motivação para tentar se comunicar e se fazer ser entendido.

Com 24 meses inicia as primeiras frases simples e tem um grande aumento de vocabulário com aproximadamente 200 palavras faladas de forma aproximada.

Com 36 meses/ 3 anos a criança já tem muitas palavras no vocabulário, com aproximadamente 1000 palavras. A fala é mais clara com poucas trocas nos sons da fala.

Quando você percebe que a criança não atingiu os marcos do desenvolvimento da fala e linguagem é necessário procurar uma avaliação fonoaudiológica. A dificuldade de fala e/ou o atraso de fala pode impactar no comportamento da criança, a tornando isolada e muito chorosa. 



Camila Koszka – Fonoaudióloga infantil, com especialização em Denver e ABA naturalista e mais de 17 anos de experiência clínica, guiando pais e pacientes neurotípicos nos transtornos fonológicos e desenvolvimento da fala e linguagem. Autora do livro “Simplificando o autismo” (Literare Books International). Instagram: @camilakoszka.fono


As controvérsias sobre a nova lei e a aceitação da ozonioterapia no Brasil

No último dia 7 de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou uma lei que autoriza profissionais de saúde com curso superior a aplicarem a ozonioterapia como um tratamento complementar, ou seja, de forma adicional a outros tratamentos. Essa aprovação legislativa gerou intensos debates sobre a eficácia, segurança e utilização da ozonioterapia no cenário médico brasileiro. A terapia, que envolve a combinação de oxigênio e ozônio para tratamento de diversas condições de saúde, tem sido promovida como uma abordagem terapêutica alternativa, mas sua aceitação na comunidade médica tem sido uma questão controversa. 

Durante a pandemia, a ozonioterapia teve um aumento notável em sua popularidade, à medida que as pessoas buscavam abordagens complementares para reforçar a imunidade e tratar sintomas relacionados à Covid-19. No entanto, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adotou uma posição mais cautelosa sobre o tratamento. Conforme expresso em uma nota técnica de 2022, a Anvisa enfatizou a necessidade de evidências científicas sólidas para embasar a utilização da ozonioterapia. A agência alertou para possíveis riscos e ressaltou que, apesar de ser considerada uma terapia complementar, a ozonioterapia não deve ser usada como tratamento principal em substituição a abordagens médicas convencionais. 

Com a aprovação da lei, a Anvisa reforçou seu posicionamento anterior e retomou os pontos-chaves da nota técnica de 2022. A agência reiterou que a ozonioterapia requer evidências sólidas para seu uso. Além do registro dos equipamentos médicos, a Anvisa considera os gases medicinais utilizados na terapia como medicamentos. 

Essa perspectiva complexa faz com que diferentes setores da Anvisa estejam envolvidos com o tema no contexto regulatório brasileiro. 

A Associação Brasileira de Ozonioterapia (ABOZ) se manifesta favorável à ampla aplicação da técnica. No entanto, a prática não é isenta de controvérsias. Em outubro de 2021, reportagem da BBC relatou propagandas ostensivas e controversas relacionadas à ozonioterapia, chamando a atenção para a necessidade de regulamentação mais rigorosa e abordagens baseadas em evidências. 

Essa diversidade de perspectivas reflete a complexidade do debate em torno da ozonioterapia no Brasil. 

O Conselho Federal de Farmácia, por sua vez, enviou carta ao presidente apoiando a sanção. Farmacêuticos já eram autorizados a utilizar a técnica desde 2020. Segundo o CFF: “A atuação do farmacêutico na Ozonioterapia é regulamentada pelo CFF desde 2020. A Resolução CFF n° 685/2020, reconhece a atuação do farmacêutico na ozonioterapia clínica e estética, como terapia complementar e integrativa. Com a regulamentação, o farmacêutico passou a ter o direito de requerer sua habilitação na área, desde que atenda aos requisitos previstos na norma.” 

Por outro lado, o uso da ozonioterapia na odontologia parece ser bem estabelecido na ciência, especialmente em casos como tratamento de infecções orais, periodontite e aftas. Esse enfoque tem aval da Anvisa e tem sido adotado como uma abordagem terapêutica válida por profissionais de odontologia. 

Em nota oficial publicada em junho de 2022, a ABOZ argumenta que a maioria "dos conselhos profissionais já possuem a terapia devidamente regulamentada, como é o caso da Odontologia, da Fisioterapia, da Enfermagem, da Farmácia, da Biomedicina, da Biologia e da Medicina Veterinária". "A única exceção é a Medicina, pois o Conselho Federal de Medicina (CFM) ainda atribui à Ozonioterapia natureza experimental", diz a nota. 

Portanto, a recente aprovação da lei que autoriza a ozonioterapia no Brasil trouxe à tona discussões importantes sobre sua eficácia, segurança e posicionamento na prática médica. A popularização durante a pandemia, a posição da Anvisa e as autorizações dos conselhos profissionais moldam a percepção atual da terapia. No entanto, as polêmicas e controvérsias ao redor da ozonioterapia demandam uma abordagem cuidadosa e baseada em evidências para determinar seu papel no cenário médico do país.

 

Claudia de Lucca Mano - advogada e consultora empresarial atuando desde 1999 na área de vigilância sanitária e assuntos regulatórios, fundadora da banca DLM e responsável pelo jurídico da associação Farmacann.

 

Violência contra a mulher aumenta 22% no Nordeste no primeiro semestre de 2023

 


Agência Tatu analisou dados obtidos via LAI e comparou com o mesmo período de 2022

 

Agosto é conhecido por ser o mês de conscientização pelo fim da violência contra as mulheres, situação preocupante e crescente em todo o país. Em seis estados do Nordeste, dados recentes apontam que houve um aumento nos casos relacionados. Alagoas, Ceará, Maranhão, Pernambuco, Rio Grande do Norte e Sergipe registraram um aumento de 22% nos casos de violência contra a mulher no primeiro semestre de 2023. 

Os dados foram obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI) pela Agência Tatu, que solicitou para as nove unidades federativas da região Nordeste, mas só recebeu as informações de seis estados.

Dentre os estados analisados, Ceará registrou o maior aumento percentual dos casos de violência contra a mulher enquadrados na Lei Maria da Penha (nº 11.340), com 29,40%, de janeiro a junho de 2023, quando comparados com o mesmo período de 2022. Em seguida, Alagoas teve 25,78% mais casos, somente no primeiro semestre.


Casos de violência contra a mulher registrados no primeiro semestre de 2023

Foram analisados seis estados da região Nordeste.

Bahia, Piauí e Paraíba não responderam o pedido conforme o solicitado via LAI. Enquanto a Bahia sequer enviou os dados, o Piauí enviou os dados equivocados e a Paraíba enviou somente as informações de 2022, sob o argumento de que “os dados  referentes  ao  ano  de  2023  encontram-se  em  fase  de convalidação”. Nesses casos foram feitos recursos e houve tentativa de contato, mas a reportagem não obteve retorno até o fechamento desta matéria.

Os casos de violência contra a mulher incluem lesão corporal, ameaça, vias de fato, injúria, violência doméstica, estupro, perseguição, difamação, entre outros agrupamentos que são feitos de forma diferenciada pelo setor responsável de cada estado.

Segundo a advogada especialista em Direitos Humanos e em Proteção às Mulheres Vítimas de Violência, Paula Lopes, esse aumento no número de casos de violência não está relacionado somente ao maior número de violências cometidas, mas também pode significar que há um maior número de denúncias feitas pelas vítimas, que cada vez mais estão sendo conscientizadas de seus direitos.

“Passamos por seis anos de uma política de desestabilização e também de enfraquecimento da rede de proteção às mulheres. Houve cortes, a gente presenciou também muitas situações de machismo na esfera política e um desmonte das políticas públicas, sobretudo para as mulheres. Então isso ainda é consequência. E por outro lado, temos um movimento de mulheres muito forte e acirrado, fazendo um movimento popular, dizendo para as mulheres o tempo todo que ‘denuncie, corra atrás dos seus direitos, existe lei, e é preciso ter uma rede maior’, e com isso as mulheres se sentem confiantes, por entenderem que existem mais mulheres lutando por elas”, explica a especialista. 

Com os dados obtidos via LAI também é possível observar que a média de idade mais comum entre as vítimas varia de 34 a 37 anos nesses estados.


Idade média das vítimas de violência

Média realizada com dados de 2022 a junho de 2023

Localidade das violências

Com os dados recebidos via LAI também foi possível perceber que as capitais apresentam mais casos do que a soma de todos os demais municípios de cada um dos seis estados. Um dos fatores que pode explicar essa situação é o acesso a mecanismos de denúncias e à rede de proteção à mulher, que é mais escasso em municípios do interior. O estado que apresenta maior discrepância entre capital e interior é o Rio Grande do Norte, seguido de Sergipe e Alagoas.


Casos de violência contra a mulher nas capitais e demais municípios

Dados de janeiro a junho de 2023 proporcionais a 100 mil habitantes.

Ainda de acordo com a advogada, existe uma falta de assistência às mulheres residentes em periferias da capital e mais ainda em regiões de interior, distantes da capital, o que termina ocasionando em um isolamento dessas mulheres que precisam de uma assistência especializada por parte do Estado.

“Não é uma rede que chega a todas as mulheres, como por exemplo, às mulheres que moram no interior. Elas têm muito menos acessos, porque na maioria das cidades do interior não existem os OPMs, que são os Organismos de Proteção às Mulheres. São os serviços como as salas lilás, os CRAS [Centro de Referência de Assistência Social], são as organizações de mulheres que ali acolhem, protegem e encaminham para o serviço público, para que ela saia de vez da situação de violência. Então a gente precisa ampliar isso”, afirma a especialista.

Paula Lopes menciona um caso recente de feminicídio que ocorreu em um bairro periférico de Maceió, em que Fabiana Cassimiro da Silva, de 37 anos, morreu esfaqueada na frente dos filhos por não querer reatar o relacionamento.

“O feminicídio da Fabiana revela uma situação de isolamento em que as periferias de Maceió ainda vivem. Lá nas periferias não tem organismo de proteção. Tem uma delegacia que é bem distante das comunidades e a gente tá falando de bairros como o Tabuleiro do Martins e o Benedito Bentes que são imensos, super habitados, porque tem muitas casas, tem barracos de lona, tem estruturas de favela e tem poucos acessos básicos democráticos”, relata Lopes.

Karina Dantas
Edição Graziela França
Fonte: https://www.agenciatatu.com.br/noticia/violencia-contra-a-mulher/


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