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quinta-feira, 3 de agosto de 2023

Como a produção do leite humano ativa o sistema antiestresse no cérebro da mulher?

 De acordo com consultora da Philips Avent, Eneida Souza, diversos hormônios são ativados nas puérperas, deixando a mulher mais motivada e  atenta para interpretar de maneira mais eficaz às necessidades do bebê 

Hormônios também reduzem a pressão arterial do corpo da mãe e inibem a liberação do estresse

 

O leite humano é a principal e melhor fonte de nutrientes para desenvolver as funções biológicas dos bebês, entretanto, as crianças não são as únicas beneficiadas neste processo. O ato de produzir o líquido é responsável por transformar definitivamente a arquitetura do cérebro feminino, além de ativar diversos hormônios, como o glicocorticoide, que ativa o sistema antiestresse nas mulheres. 

 

Eneida Souza, instrutora e educadora em Aleitamento Materno líquido complexo, e consultora da Philips Avent, a marca número 1 em recomendação das mães, explica que os altos níveis de hormônios liberados durante esta produção resultam em alterações constantes, deixando a mulher mais motivada, atenta e protetora, o que faz com que a mãe responda prontamente ao bebê e passe a interpretar de maneira mais eficaz as suas necessidades. 

A especialista destaca que para aquelas famílias que querem estimular a produção de leite, amamentar ou extrair o líquido é o principal recurso. “A extração do leite humano é uma prática que auxilia de diversas maneiras as famílias, como aquelas que trabalham fora de casa, que podem manter o aleitamento das crianças com exclusividade até os seis meses e, até os dois anos ou mais, associado a outros alimentos. Além de ser um enorme benefício para a saúde pública por meio da doação - que deve ser encorajada com aconselhamentos especializados e conteúdos voltados ao tema”, completa.

Segundo Eneida, o leite humano extraído e armazenado corretamente oferece os mesmos benefícios que a amamentação, tanto para as crianças quanto para as mães. “É indicado que o leite seja extraído no período de 1 hora após amamentar o bebê, para não tirar leite da mamada seguinte. O uso de extratores de leite, seja manual ou elétrico, é um recurso eficiente para oferecer mais conforto para as mães neste processo”, acrescenta.

 

Semana Mundial do Aleitamento Materno (SMAM)

A primeira semana do mês de Agosto é reservada para fomentar o debate e ampliar os conteúdos educacionais acerca do aleitamento materno. Neste ano, o tema selecionado pela Aliança Mundial para Ação de Aleitamento Materno (WABA) para o período é “Possibilitando a amamentação: fazendo a diferença para mães e pais que trabalham”. 

Segundo Eneida Souza, a ação é de grande relevância, pois muitas famílias desconhecem os benefícios da amamentação e outras não sabem como se preparar para a volta à jornada de trabalho fora de casa, por exemplo. “Além da SMAM, o mês de agosto é dedicado a ações para estimular o aleitamento materno, nomeado de Agosto Dourado. Com os conteúdos educacionais, esperamos quebrar e desmistificar alguns tabus sobre os temas”, finaliza a especialista.  

 

Sugestões de produtos Philips Avent: 

Uma imagem contendo segurando, água, plástico, mão

Descrição gerada automaticamente

Extrator Manual Natural Motion (SCF430/01) replica o processo de peristaltismo, movimento de ondas que os bebês fazem com a língua durante a amamentação para extrair o leite do peito, garantindo uma extração mais rápida e confortável. Seu flange de silicone é flexível e se adapta a todos os tamanhos de mamilos, permitindo manter uma postura confortável durante a ordenha, pois facilita segurar e posicionar o seio no aparelho sem a necessidade de inclinação.

 



Eneida Souza - consultora da Philips Avent, enfermeira pediatra, instrutora e educadora em aleitamento materno pela Universidade da Califórnia em Angeles (UCLA-CA) e terapeuta sistêmica para família, casal e individual.

Philips Avent
https://www.loja.philips.com.br/avent


Olhos vermelhos: especialista explica o que esse sintoma pode dizer sobre a saúde ocula

 

A reação é comum em casos breves, entretanto pode ser um sinal de alerta se durar mais de três dias

 

A vermelhidão ocular é um tema que requer atenção e cuidado. Apesar de ser uma reação muito comum, a condição permanente pode evoluir para casos graves caso não seja observada e tratada da maneira correta. A reação pode surgir como um sintoma momentâneo e decorrente de alguma alergia, presença de corpos estranhos nos olhos, noites mal dormidas e até o uso prolongado de lentes de contato. Entretanto, quando o sintoma torna-se algo recorrente e que não desaparece com soluções rápidas, é preciso procurar ajuda médica.

De acordo com Cícero Narciso, médico oftalmologista do Núcleo de Oftalmologia, o sintoma constante pode ser um indicativo de problemas mais sérios, que precisam ser investigados com cautela para evitar o agravamento da doença e o uso indevido de medicamentos. “Glaucoma, Ceratite (inflamação/lesão da córnea), Blefarite (inflamação das pálpebras) e Conjuntivite (inflamação ou infecção da conjuntiva) são algumas das doenças que causam vermelhidão e irritação nos olhos” aponta o especialista. 

A ida ao médico deve ocorrer quando os sintomas permanecerem por mais de três dias. Dr. Cícero orienta a não se automedicar e não coçar os olhos com as mãos sujas para evitar a proliferação de bactérias. “Em caso de qualquer irritação, o mais aconselhável é procurar o oftalmologista para que seja feito todo o protocolo de investigação. Em algumas ocorrências, só exames feitos no consultório com o médico especialista poderá dar o diagnóstico preciso”, finaliza o oftalmologista.  

 

Núcleo de Oftalmologia

 

Dia Nacional de Combate ao Colesterol

 Estação Palmeiras-Barra Funda recebe campanha com foco no colesterol 

Profissionais da saúde realizarão gratuitamente teste de colesterol total, glicemia e orientações, além de teste de colesterol fracionado para casos específicos

 

O próximo 8 de agosto é o Dia Nacional de Combate ao Colesterol. A data foi criada para conscientizar e prevenir o colesterol alto, que é considerado um dos fatores que mais contribuem para o desenvolvimento de diversas doenças cardiovasculares. Segundo o Ministério da Saúde, quatro em cada 10 brasileiros possuem colesterol alto, sendo que as doenças cardiovasculares são a primeira causa de mortalidade no Brasil, com 300 mil mortes anuais. Colesterol elevado não apresenta sintomas e merece atenção. 

Para levar mais informações e testes preventivos à população, a ADJ Diabetes Brasil realiza, no próprio dia 8 de agosto, simultaneamente em São Paulo, Espírito Santo e Rio Grande do Sul, a campanha do Dia Nacional de Combate ao Colesterol. Na capital paulista, a ação acontece na estação Palmeiras Barra Funda da CPTM. O objetivo é sensibilizar passageiros sobre a importância de se realizar testes e evitar complicações causadas por um diagnóstico não conhecido. 

Agentes de saúde estarão na estação – uma das mais movimentadas de São Paulo - entre 9h e 16h, oferecendo orientações e realizando os testes de colesterol total e glicemia, além de teste de colesterol fracionado para os casos em que haja alteração glicêmica, eventos cardiovasculares prévios ou quando já há uso de medicação para colesterol. A participação é gratuita. 

“O evento visa conscientizar e levar o máximo de informações, tirando dúvidas sobre, por exemplo, a diferença entre o chamado colesterol bom e o ruim. Nossa equipe também vai dar as orientações nas situações específicas que se fizerem necessárias”, afirma Dr. Ronaldo Pineda Wieselberg, médico e vice-presidente da ADJ Diabetes Brasil.

 

A doença

O colesterol é uma gordura que faz parte de estruturas das células de diversos órgãos como o coração, intestino, músculos, pele, nervos e cérebro, além de atuar na formação de alguns hormônios, vitaminas e até ácidos biliares, que auxiliam na digestão das gorduras na alimentação. Entretanto, quando em desequilíbrio, essa gordura – em especial o colesterol ruim (LDL) – torna-se fator de risco vascular, aumenta a incidência de derrame, infarto do miocárdio e pode até, em casos extremos, ocasionar morte súbita¹ ³. 

Há dois tipos principais de colesterol: o HDL, conhecido como “colesterol bom” e o LDL, conhecido como “colesterol ruim” e diretamente responsável por condições cardiovasculares graves. Quando elevado, o colesterol LDL pode causar eventos cardiovasculares como infarto e AVC. Prevenção é fundamental, e por isso, o controle do LDL deve ser feito durante toda a vida. Mas em pacientes que já tiveram infarto e/ou AVC, o ideal é que os níveis de LDL não passem de 50mg/dL. Isso pode evitar novos eventos cardiovasculares ou até mesmo o óbito. 

“Alimentação saudável e exercícios físicos são grandes auxiliares na hora de se controlar as taxas de colesterol, embora, em casos mais específicos, seja necessário o uso de medicação. Em todos os casos, é importante que haja o acompanhamento de profissionais médicos”, pondera Dr. Ronaldo Pineda Wieselberg. 

O vice-presidente da ADJ Diabetes Brasil elenca alguns elementos que devem ser evitados por conterem colesterol conhecido como “ruim” e os que são pródigos em HDL, o colesterol “bom”: “Alimentos como batata frita, embutidos, leite integral, doces de maneira geral, entre outros, são ricos em gorduras saturadas, aumentando o risco de doenças cardiovasculares e, portanto, devem ser consumidos com moderação. Já azeite de oliva, gergelim, salmão, atum, abacate, entre outros, são alimentos que favorecem o aumento do colesterol HDL. Porém, independente do tipo de alimento consumido, é importante não se esquecer da prática regular de exercícios físicos”. 

A Campanha pelo Dia Nacional de Combate ao Colesterol é uma realização da ADJ Diabetes Brasil com o patrocínio da Novartis e o apoio da Medlevensohn, Roche e CPTM.


 Campanha pelo Dia Nacional de Combate ao Colesterol

Endereço: Estação Palmeiras Barra Funda da CPTM

Data: 8 de agosto de 2023

Horário: das 9h às 16h

Participação gratuita



Sobre a ADJ Diabetes Brasil

Fundada em 1980, a ADJ Brasil Diabetes é uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que tem por objetivo promover educação para pessoas com diabetes, familiares, profissionais de saúde e comunidade. A entidade atende pessoas com todos os tipos de diabetes e oferece, de forma gratuita, uma ampla gama de serviços nas áreas de enfermagem, nutrição e psicologia, entre outros. Desde 1999, a ADJ é membro da International Diabetes Federation (IDF). Para conhecer mais, acesse o site da ADJ.



1- American Heart Association. Atherosclerosis. Disponível em: Link Acesso em julho de 2023.
2- Vigitel Brasil 2021. Disponível em: Link. Acesso em julho de 2023.
3 -Adaptado de: Global Burden Disease. Disponível em Link
4- National Heart, Lung and Blood Institute (NIH). Blood Cholesterol. Disponível em: Link Acesso em julho de 2023.
5 - American Heart Association. Total cholesterol. Disponível em: Link Acesso em julho de 2023.
6 - Précoma DB, Oliveira GMM, Simão AF, et al. Updated Cardiovascular Prevention Guideline of the Brazilian Society of Cardiology - 2019. Arq Bras Cardiol. 2019 Nov 4;113(4):787-891. 
7 - Nova diretriz brasileira de dislipidemia: o que há de novo. Disponível em: Link Acesso em julho de 2023.
8 - Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). Atualização de Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose. 2017. Disponível em: Link Acesso



Mitos e verdades: a alimentação da mãe influencia na amamentação?

As especialistas no assunto: Aline Becker, nutricionista e personal trainer e  Dra Kelly Oliveira, pediatra especialista em amamentação, respondem às principais dúvidas do aleitamento materno

 

Muitos são os mitos que cercam a amamentação, principalmente se tratando da alimentação materna. Há quem diga que determinados alimentos podem aumentar a produção de leite, já outros podem diminuí-la. Há quem afirme que, durante este período, a alimentação da mulher deve ser super restritiva e rigorosa. Chocolate, café e brócolis já foram os grandes vilões, sendo evitados por boa parte das mães durante o aleitamento.  

Por ser um dos momentos mais importantes e desafiadores da maternidade é cercado de opiniões e crendices que nem sempre condizem com a realidade. Para desmistificar o assunto, as especialistas Aline Becker, nutricionista e personal trainer e Dra Kelly Oliveira, pediatra especialista em amamentação, respondem quais os mitos e verdades sobre amamentação: 

 

A alimentação da mãe influencia na amamentação?

Verdade. Existe a necessidade da mãe se alimentar adequadamente de forma saudável e equilibrada: “A alimentação da mãe colabora para a amamentação, principalmente no teor de vitaminas e minerais, mas isso não significa que ela tem que seguir uma dieta limitante, abrindo mão de diversos alimentos. Mas sim, uma dieta responsável e equilibrada ”, diz Aline Becker, nutricionista, personal trainer e mãe do pequeno Kalu, de 2 anos. 



Canjica aumenta a produção de leite? 

Mito. Nenhum alimento aumenta a produção de leite: “Antigamente muitas pessoas existiam esse conhecimento popular a respeito de alimentos que aumentavam a produção de leite. Mas ao contrário do que as pessoas pensam, a canjica não é indicada, pois contém leite de vaca e pode fazer com que o bebê tenha colicas”, explica Aline.



Quem amamenta consome mais água e calorias? 

Verdade. A produção de leite exige um consumo maior de água e calorias: “A amamentação é um período de alta demanda nutricional, não é aconselhável fazer dietas restritivas. A alimentação da mulher deve ser equilibrada e variada para manter a saúde e a nutrição que são essenciais para  produzir o leite materno. Além disso, a mulher deve aumentar entre 200 a 500 calorias na dieta. Também é importante beber bastante água ao longo do dia, para repor o líquido que está sendo usado na produção do leite”, diz a especialista em nutrição.

 

Algumas mães produzem “leite fraco” para o bebê?

Mito. Não existe leite fraco. O leite materno é o alimento mais completo que o bebê pode receber:  “Toda mãe é capaz de produzir o leite com os nutrientes necessários para suprir todas as necessidades nutricionais do bebê. O que acontece em alguns casos é que a produção de leite pode estar baixa, mas isso não está relacionado com a qualidade do leite e pode ser facilmente resolvido”, comenta Dra Kelly Oliveira, pediatra especialista em amamentação, responsável pelo perfil Pediatria Descomplicada no Instagram, que orienta pais sobre cuidados com os filhos sem neura. 

 

Mulheres que amamentam não podem tomar café?

Mito. Bebidas estimulantes, como café, chá preto, chá mate, chocolate e chimarrão podem ser consumidas com moderação, pois podem causar insônia ou hiperatividade nos lactantes. 


 

O leite materno pode provocar cólicas ou alergias no bebê? 

Verdade. O sabor de alguns alimentos é passado para o leite da mãe, incluindo substâncias que podem ser alérgicas e gerar cólicas no bebê, como alimentos à base de derivados de leite. Por isso, recomenda-se que a alimentação da mãe durante a amamentação contenha preferencialmente alimentos in natura e minimamente processados.  
 

Amamentar emagrece? 

Verdade. Neste período também há um grande gasto energético e micronutrientes, fazendo com que a mãe possa perder de 1 a 2kg por  mês, portanto a quantidade de carboidrato, proteínas, gorduras, vitaminas e minerais consumidos devem ser proporcionais a esse gasto: “O mais importante é estar atento à quantidade de refeições diárias. O recomendado é comer de forma fracionada, ou seja, de 4 a 5 refeições ao longo do dia. Essas refeições podem ser: café da manhã, almoço, jantar e duas pausas para o lanche entre as refeições principais”, afirma a pediatra.  

A alimentação materna inadequada com ausência ou deficiência no consumo de alimentos fontes de nutrientes pode resultar em deficiências nutricionais no leite materno. Comer com regularidade, devagar, em ambientes apropriados e beber água sempre que sentir sede são práticas alimentares recomendadas às mulheres em fase de amamentação. Segundo o Ministério da Saúde, pode-se comer, sim, alimentos que antes eram proibidos, mas com moderação, hoje em dia o que vale é o bom senso na hora de escolher os alimentos de cada refeição. 



Aline Becker - Formada em Educação Física (CREF 055512-G/RJ) e Nutrição (CRN 23101433/P) pela IBMR do Rio de Janeiro e Cosmetologia e Estética pela Unisul de Santa Catarina. Casada com o ator e empresário Rafael Zulu, é natural de Santa Catarina, há nove anos ela se apaixonou por esportes e decidiu agregar treinos e uma alimentação saudável a sua rotina. Aline iniciou sua trajetória profissional como personal trainer cuidando do treino personalizado de mulheres. Decidiu agregar à sua carreira os conhecimentos e benefícios da nutrição porque acredita que, por meio da alimentação saudável, é possível ter mais equilíbrio, qualidade de vida e longevidade.
Site | Instagram


Kelly Oliveira - médica pediatra formada pela Faculdade de Ciências Médicas da Unicamp, com residência na Universidade de São Paulo (USP) (CRM 145039). Especialista em amamentação pelo International Breastfeeding Centre Toronto, possui o título de Consultora Internacional de Amamentação – International Board Certified Lactation Consultant (IBCLC). Realizou residência médica em Alergia e Imunologia pela Unifesp, e obteve o título de Alergista e Imunologista pela Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (ASBAI). Inspirada pela história de sua primeira filha, que teve suspeita de autismo ainda bebê, atualmente é pós graduanda em autismo pela CBI of Miami e certificada em autismo e em transtornos do neurodesenvolvimento. Fundou a Evoluas, uma clínica multidisciplinar localizada em São Paulo para terapias integradas e transdisciplinares no tratamento do transtorno do espectro autista, juntamente com mais de 70 profissionais de diferentes especialidades. Criadora do curso “BreastFeeding Experts”, uma metodologia única de ensino sobre amamentação que já atingiu mais de 1.500 profissionais. Além disso, ela é empreendedora, palestrante e mentora e está à frente dos perfis @pediatriadescomplicada, onde empodera e transforma famílias, oferecendo dicas e orientações sobre o universo da saúde infantil.E também do @drakellyoliveiram, onde além de desenvolver conteúdo médicos, compartilhar com seus colegas de profissão estratégias de marketing digital e formas de captar e fidelizar pacientes para obter mais consultas e muito mais.

Diabetes na pessoa idosa requer atenção especial e incentivo ao autocuidado

Praticar atividade física é uma das atitudes fundamentais
no dia a dia da pessoa com diabetes
 Adobe Stock


Diabetes tipo 2 é o responsável pela maioria dos casos entre público 60+. Fatores como sedentarismo e dieta inadequada potencializam essa condição crônica

 

 

O envelhecimento da população é realidade no Brasil. Em 2022, a proporção da população brasileira 60+ atingiu 15,1%, com 30,6 milhões de pessoas nesta faixa etária. A prevalência do diabetes entre esse público também tem aumentado significativamente nas últimas décadas, com o diabetes tipo 2 sendo o responsável pela maioria dos casos. Isso se deve, em parte, ao estilo de vida sedentário, dieta inadequada e fatores genéticos associados ao envelhecimento.

 

De acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde do IBGE (2019), 17% das pessoas com diabetes no Brasil têm entre 60 e 64 anos. A incidência aumenta para 21,9% naquelas que têm entre 65 e 74 anos e as pessoas com mais de 75 anos somam 21,1% da população idosa com diabetes.

 

O diabetes tipo 2 pode se desenvolver de forma assintomática, porém, o aumento da fome, maior frequência urinária, sede constante, perda de peso, fraqueza e fadiga podem servir como indicativos da condição crônica. Realizar testes de glicemia também é de extrema importância para o diagnóstico precoce permitindo o início do tratamento adequado, com a mudança no estilo de vida.

 

Uma das principais preocupações quando se trata do diabetes na pessoa idosa é o risco aumentado de complicações relacionadas. Entre elas, estão os problemas cardiovasculares, como hipertensão arterial, doença coronariana e acidente vascular cerebral (AVC); a neuropatia diabética que causa danos nos nervos e pode levar a sensações de formigamento, dormência e perda de sensibilidade nos pés e mãos, aumentando o risco de lesões e infecções. Outros problemas relacionados são a retinopatia diabética, que pode afetar os vasos sanguíneos dos olhos, resultando em problemas de visão e, em casos mais graves, até mesmo cegueira; doença renal crônica; pé diabético, que compromete a circulação e a sensibilidade nos pés podendo levar ao desenvolvimento de úlceras, infecções e até amputações.

 

A boa notícia é que algumas medidas podem e devem ser adotadas para reduzir o risco desses problemas. De acordo com a Dra. Karine Risério, endocrinologista da plataforma Glic, pioneira em saúde digital para o tratamento do diabetes e 100% gratuita para pacientes, médicos e nutricionistas, o manejo da condição crônica requer a mudança para um estilo de vida saudável.

 

“Monitorar a glicemia constantemente; manter uma dieta equilibrada, rica em vegetais, verduras, frutas, grãos integrais e proteínas magras; controlar o peso e praticar atividade física regularmente são fundamentais no dia a dia da pessoa com diabetes. Outro ponto importante é a promoção da conscientização sobre as complicações entre as próprias pessoas idosas com diabetes, familiares e cuidadores, pois melhora a adesão aos cuidados e ao tratamento”, destaca a especialista.

 

Segundo dados do Atlas do Diabetes da Federação Internacional de Diabetes (IDF), atualmente existem 16,8 milhões de pessoas com todos os tipos de diabetes no Brasil e a estimativa da incidência dessa condição crônica deve chegar a 21,5 milhões em 2030.

 

“Como o manejo eficiente para o tratamento do diabetes envolve despesas com insulina, medicamentos, agulhas, seringas, tiras de teste de glicose, dispositivos e outros suprimentos, a oferta de suporte educacional auxilia na redução de gastos com tratamentos mais complexos, além da melhora na qualidade de vida da pessoa com essa condição crônica”, conclui Dra Karine.

 


Glic
https://gliconline.net


Dia Nacional da Saúde é comemorado em 5 de agosto

Criado para conscientizar as pessoas sobre educação sanitária, a data é uma homenagem ao médico e sanitarista Oswaldo Gonçalves Cruz

 

O Dia Nacional da Saúde, segundo o Ministério da Saúde, foi criado para promover a educação sanitária e despertar a consciência do valor da saúde, além de homenagear e recordar a vida e a obra do médico e sanitarista Oswaldo Gonçalves Cruz, nascido em 5 de agosto de 1872, responsável pelo combate e erradicação das epidemias da febre amarela, peste bubônica e a varíola no Brasil. Foi ele também o fundador do Instituto Soroterápico Federal, em 1900, transformado em Instituto Oswaldo Cruz oito anos depois.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) definiu, em 1946, saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade. A percepção do conceito de qualidade de vida também tem muitos pontos em comuns com a definição de saúde.

“A busca por uma vida mais saudável tem que ser diária e vai muito além de, simplesmente, não estar doente. A base de uma vida saudável está no equilíbrio do corpo e da mente, olhando para o que comemos, nos atentando à necessidade de praticar exercícios físicos, de ter tempo para descansar e desfrutar do lazer”, afirma o Dr. Rizzieri Gomes, médico cardiologista, focado na mudança do estilo de vida (MEV) de seus pacientes.

O médico ainda dá dicas de cuidados que contribuem para uma vida mais saudável:


  • Equilíbrio: para tudo que a pessoa faz, a chave é saber dosar a quantidade;

  • Alimentação balanceada: não é preciso radicalizar e cortar tudo que se gosta de comer, mas escolher com consciência, pois a escolha do que comer interfere diretamente na vida da pessoa. Quando pensada de maneira adequada, trazendo nutrientes necessários, dá força e disposição para o dia a dia;

  • Exercícios físicos: manter-se ativo traz benefícios, com inúmeras vantagens. Sair da inércia e se movimentar é essencial para aumentar a vitalidade da pessoa, reduzir o estresse e manter a mente funcional. Escolher o exercício apropriado para cada pessoa (caminhar, nadar, correr, praticar ioga, meditação, esportes coletivos ou qualquer outro) é o primeiro passo;

  • Hidratação: sem água o corpo não funciona. A ingestão do líquido ajuda na digestão, circulação, fortalece os músculos, contribui com o cérebro e até mesmo com o funcionamento do coração;

  • Descanso: dormir não é apenas uma necessidade de descanso mental e físico: durante o sono ocorrem vários processos metabólicos que, se alterados, podem afetar o equilíbrio de todo o organismo a curto, médio e, mesmo, a longo prazo. Sendo assim, a qualidade do sono está diretamente ligada a qualidade de vida e a promoção da saúde;

  • Respeitar o próprio corpo: Se conheça e se respeite. O autoconhecimento é fundamental para tudo. Sinta seu corpo e mude no que for preciso; trabalhe mais ou menos; descanse; reflita; divirta-se e se sentir que é preciso mudar, mude;

  • Check-ups: vá ao médico regularmente para prevenir enfermidades, faça exames, vacine-se, cuide bem de você.

Além disso, o médico ressalta que “a busca da mudança do estilo de vida é uma trajetória. Lembre-se de onde você está e onde quer chegar. Isso é o reflexo das mudanças que você pode fazer por você e pela sua vida. A saúde é algo que você não consegue mensurar, nós só percebemos quando a doença bate à nossa porta”, completa. 

 

Dr Rizzieri Gomes - médico cardiologista, focado na mudança do estilo (MEV) de seus pacientes, como ele mesmo define: tratar de saúde em vez de doenças. Foi o responsável pela implantação do protocolo de dor torácica no Hospital Check Up, de Manaus e por transformar a maneira como o infarto agudo do miocárdio é tratado na cidade, reduzindo a mortalidade por infarto agudo.
https://linktr.ee/dr.rizzieri

 

Síndrome de Turner agora pode ser detectada na triagem neonatal molecular

Sabin Diagnóstico de Saúde inclui a detecção da síndrome no Teste Genético da Bochechinha. Hoje, até 50% das meninas afetadas por essa condição genética rara só recebe o diagnóstico após os 15 anos 

 

 

A Síndrome de Turner é uma condição genética rara que afeta apenas mulheres e ocorre quando há a ausência total ou parcial do segundo cromossomo sexual (monossomia). Cerca de 1 para cada 2.500 nascimentos femininos em todo o mundo possuem essa condição. Atento ao impacto do diagnóstico precoce na qualidade de vida dos portadores dessa condição, a equipe de Genômica do Sabin Diagnóstico e Saúde incluiu a detecção no Teste Genético da Bochechinha oferecido em sua rede.  

 

Desta forma, a partir de agora, será possível já nos primeiros dias de vida, realizar a triagem para a síndrome e outras doenças genéticas, a partir da amostra única de saliva da bochecha da recém-nascida, colhida por profissionais com um cotonete especial. 

 

As manifestações da síndrome de Turner incluem baixa estatura, excesso de pele no pescoço, tórax largo e atraso do desenvolvimento de características sexuais secundárias na puberdade. A doença pode causar uma série de complicações, como alterações cardiovasculares, hipotireoidismo, deficiência auditiva e infertilidade. O tratamento adequado pode ajudar a prevenir ou minimizar complicações associadas à síndrome, por isso o diagnóstico precoce é fundamental.  

 

O quadro clínico associado à síndrome de Turner pode variar entre pacientes e algumas manifestações podem ocorrer em fases diferentes do desenvolvimento da criança, por isso o seu processo de diagnóstico pode ser demorado. Hoje estima-se que cerca de metade das portadoras dessa condição, só cheguem ao diagnóstico após a puberdade, quando parte de suas complicações já se apresentou. O tratamento da síndrome de Turner depende das alterações clínicas apresentadas pela paciente. Algumas opções incluem terapia hormonal para estimular o crescimento e desenvolvimento sexual e tratamento para problemas cardíacos e renais. 

 

“Os estudos de sequenciamento genético de nova geração (NGS), técnica utilizada para análise das amostras dos testes genéticos da bochechinha, têm contribuído de forma significativa para diagnósticos cada vez mais eficazes de alterações genéticas, permitindo identificar variantes clinicamente relevantes, que podem auxiliar na definição do tratamento ideal para cada paciente”, explica a médica geneticista do Sabin Diagnóstico e Saúde, Rosenelle Araujo.  

 

São doenças que, se diagnosticadas precocemente, podem ser acompanhadas e tratadas corretamente desde os primeiros dias de vida. No caso da Síndrome de Turner, a identificação vai permitir que o bebê seja adequadamente acompanhado por especialistas, a fim de rastrear alterações congênitas e identificar precocemente alterações clínicas que podem surgir meses ou até anos após o nascimento.  

 

“O NGS produz um volume muito grande de informações e nossa equipe de Genômica tem trabalhado para identificar, com base nos estudos científicos mais atuais, quais condições genéticas poderão trazer benefícios clínicos às crianças com o diagnóstico precoce e fazendo a sua inclusão no Teste Genético da Bochechinha. Fizemos isso com a Atrofia Muscular Espinhal (AME) em 2022, com o Citomegalovírus Congênito no início de 2023, e agora com a Síndrome de Turner. Desta forma, oferecemos um exame de triagem cada vez mais amplo, que poderá apoiar o médico a entender, se antecipar às possíveis complicações  e tratar de forma mais adequada às manifestações que possam aparecer ao longo do período de desenvolvimento dessa criança”, explica o coordenador da Genômica no Sabin Diagnóstico e Saúde, Gustavo Barra. 

 

 

 

Grupo Sabin

 

 

Quais os riscos de professores com a saúde mental vulnerável sofrerem burnout?

O médico e professor, Marcos Mendanha comenta sobre o esgotamento dos profissionais da educação


A pandemia abalou o psicológico de milhares de pessoas ao redor do mundo. Durante o surto da COVID-19 diversas categorias de profissionais foram obrigados a não exercer as suas funções, porém houve uma categoria que precisou se adaptar totalmente ao isolamento social para exercer seu papel, os professores. Além da sobrecarga de trabalho devido à necessidade de adaptação rápida, houve a preocupação com a própria saúde e também de seus alunos. 

Os educadores sempre enfrentaram uma série de fatores de estresse em seu trabalho, como grande responsabilidade na formação dos alunos, cargas horárias extensas, grande número de alunos em sala de aula e lidar com situações diversas que surgem no ambiente escolar. A transição para o ensino online e a adaptação às novas tecnologias foram estressantes e desgastantes para os educadores, e essas mudanças podem ter sido fonte de pressão emocional, levando a um aumento do risco de burnout e adoecimento mental em alguns profissionais.

“Embora não seja uma doença mental, o burnout se assemelha a um quadro de fadiga e se caracteriza por exaustão ou esgotamento, distanciamento mental do trabalho e das pessoas do trabalho - uma espécie de “frieza”, e sensação de ineficácia. Se não for bem tratado, o burnout pode dar lugar a um adoecimento mental verdadeiro, por exemplo: depressão, transtorno de pânico, entre outros. Os professores são um grupo de profissionais que constantemente enfrentam desafios e pressões em suas carreiras. Esse estresse crônico pode torná-los vulneráveis ao desenvolvimento do burnout ou de doenças mentais”, explica o médico do trabalho e diretor da Faculdade CENBRAP, Marcos Mendanha.

Para lidar com o burnout e promover a saúde mental dos professores, é essencial que as escolas e instituições educacionais forneçam um ambiente de trabalho com apoio, ofereçam programas de bem-estar que incentivem práticas de autoconhecimento e autocuidado. Além disso, o apoio psicológico e a formação em habilidades de gerenciamento de estresse podem ser valiosos para ajudar os educadores a enfrentar os desafios do trabalho e prevenir o burnout.

 

Marcos Mendanha - médico, diretor e professor da Faculdade CENBRAP, onde realiza e coordena estudos, cursos e eventos sobre Psiquiatria e saúde mental do trabalhador há mais de 10 anos. É especialista em Medicina do Trabalho. É advogado especialista em Direito do Trabalho; pós-graduado em Filosofia; e professor convidado da pós-graduação em Medicina do Trabalho, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP). É autor do livro "O que ninguém te contou sobre Burnout - Aspectos práticos e polêmicos" (Editora Mizuno). É coordenador do Congresso Brasileiro de Psiquiatria Ocupacional (CBPO).
www.professormendanha.com.br
Instagram: @professormendanha


Sensação de cansaço o tempo todo? Mudança de hábito ao acordar pode aumentar disposição ao longo do dia

Crédito: Andrea Piacquadio - Pexel
Sair ao ar livre, evitar café e manter temperatura do corpo alta dentro da primeira hora do dia pode evitar sensação de exaustão


A grande maioria dos brasileiros sente algum tipo de dificuldade para dormir, seja por conta da insônia ou qualquer outro tipo de distúrbio do sono, o que pode ser um dos motivos para o sentimento de cansaço excessivo durante o dia. Uma pesquisa realizada pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) revelou que mais de 70% dos brasileiros sofrem com algum distúrbio relacionado ao sono. Além disso, um levantamento feito pela YouGov mostrou que uma a cada oito pessoas se sente cansada o tempo todo, enquanto um em cada quatro entrevistados relata estar cansado a maior parte do tempo.

Entretanto, os problemas na hora de dormir não são os únicos culpados nesse sentimento de cansaço excessivo que aflige grande parte da sociedade. Alguns comportamentos matinais que são comumente cometidos podem potencializar o cansaço durante o dia. Por isso, ações tomadas logo ao acordar podem ajudar a sentir-se mais descansado ao longo do dia.

Boa parte de manter o processo de se tornar ativo e estar disposto o dia inteiro está relacionada à manutenção de rotina, que tem início desde a hora de dormir, conforme explica o fisiologista e professor dos cursos de Educação Física e Enfermagem da Universidade Positivo (UP), Ricardo Cunha. “A programação do sono nos diz que deve haver uma programação de pelo menos 30 minutos antes de se deitar. Por exemplo, tomar um banho relaxante, com uma temperatura mais alta, causa a vasodilatação e gera uma maior circulação de sangue; diminuir os elementos estimulantes, como TV, celular, tablet, e as luzes do ambiente também faz parte da ‘higiene do sono’”, detalha Ricardo, ressaltando que, a partir disso, é criada uma rotina, que é essencial para o cérebro conseguir descansar, pois grande parte do cansaço físico vem de ordem psíquica.

O professor aponta que sair ao ar livre logo nos primeiros instantes após acordar pode contribuir para uma série de condições hormonais, com a produção de dopamina e serotonina no cérebro, aumentando a disposição para o resto do dia, pois o corpo humano precisa da homeostasia, que é o equilíbrio do organismo. “Entretanto, depende também da condição ambiental dessas primeiras horas do dia. Sair em um ambiente muito frio não favorece tanto quanto a gente pensa, pois essa variação de temperatura e a baixa luminosidade podem causar um estresse fisiológico”, alerta.

Outro comportamento comum do brasileiro é beber uma xícara de café imediatamente após acordar. No entanto, esse hábito pela manhã pode ser um importante fator para a sensação de cansaço ao longo do dia, pois, durante o sono, alguns hormônios são mais atuantes nesse período de grandes horas de jejum, como o GH, que é responsável por tentar preservar a massa muscular, e, ao acordar, é preciso diminuir a atuação desse hormônio até que o corpo melhore, aos poucos e naturalmente, as condições de absorção energética. “O café causa um choque muito grande ao ser ingerido imediatamente após acordar, pois a pessoa estava em uma área muito latente, como é o sono, e a ingestão de cafeína interfere na homeostase do corpo, criando um estresse que pode gerar um desequilíbrio do organismo”, alerta Ricardo.

O especialista aponta que outra questão que interfere no cansaço durante o dia é a brusca queda de temperatura que o corpo sofre no despertar. Ricardo explica que, ao dormir, o metabolismo é desacelerado, o que nos torna mais suscetíveis a sentir frio. O corpo precisa manter a temperatura de homeostase por volta de 37 graus, por isso a necessidade de usar cobertor durante o sono. “Ao acordar, a pessoa se expõe a uma temperatura diferente da que estava, causando um estresse fisiológico por conta da variação de temperatura. Por isso é importante manter a temperatura do corpo ao acordar, para evitar esse choque térmico que, além de interferir no cansaço, pode ser um gatilho para reações alérgicas, como a rinite, por exemplo”, revela Ricardo, que recomenda praticar exercícios físicos ou tomar um banho gelado logo após levantar da cama para aumentar a temperatura interna do corpo.

Segundo o especialista, manter uma alimentação minimamente saudável durante o dia, ingerindo uma menor quantidade de alimentos no jantar, e praticar exercícios físicos são comportamentos fundamentais para uma boa qualidade de sono. Além disso, o professor ressalta a importância de respeitar os hábitos saudáveis próximo à hora de dormir. “Manter a higiene do sono é fundamental para uma noite bem dormida e, consequentemente, um dia seguinte mais descansado e com mais disposição”, finaliza.

 

Universidade Positivo
up.edu.br/

Catarata é responsável por mais de 50% dos casos de cegueira no mundo

Problema, que atinge o cristalino, é tratado com microcirurgia

 

A catarata é uma lesão ocular, espécie de nuvem, que atinge e torna opaco o cristalino (lente natural do olho). A pessoa nasce com essa lente transparente que com o avançar da idade vai ficando opaca. O problema é mais comum em idosos, normalmente acima de 60 anos, mas existem tipos de catarata que tem outras causas e que podem ocorrer em pessoas de qualquer idade.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a catarata é responsável por 51% dos casos de cegueira no mundo. Já de acordo com a Sociedade Brasileira de Oftalmologia (SBO), surgem cerca de 550 mil novos casos no Brasil por ano.

O médico oftalmologista do Hospital VITA, Dr. Felipe Erthal Tardin, explica que entre os sintomas estão a sensação de visão com névoa ou embaçada, que se manifesta mais à noite ou na hora de dirigir, ou quando a pessoa quer ver algum tipo de detalhe, alteração de cores e sensibilidade à luz. Com a progressão da catarata, as pessoas poderão enxergar apenas vultos. Ficar longas horas exposto ao sol pode também possibilitar a progressão da catarata, além de outros problemas oculares.

De acordo com o Dr. Felipe, outro sintoma é quando os óculos passam a não funcionar tão bem ou ocorrem mudanças constantes dos óculos - a cada seis meses, oito meses a pessoa sente a necessidade de trocar os óculos porque o grau está mudando.

O especialista conta que a principal causa de catarata é o envelhecimento. A senilidade faz com que a pessoa desenvolva catarata e com isso perca a transparência do cristalino. “Existem outras causas de perda de transparência do cristalino, como infecções, uso de alguns medicamentos, como o corticoide. O uso indiscriminado de corticoide para rinite, alergias, dores articulares e para artrite, seja via oral, inalatória e tópica pode ocasionar a formação da catarata em pacientes que não são idosos. Além da catarata senil e causado por alguns fármacos, existe também a pediátrica, congênita e as relacionadas a traumas e ou batida no olho, por exemplo”, destaca o médico.

O diagnóstico da catarata é clínico, por meio de alguns exames específicos é possível determinar o grau da catarata e o quanto tem de acometimento da visão e ainda se há outra patologia envolvida. Quanto ao tratamento, não existe nenhum colírio, é estritamente cirúrgico. “Hoje é realizado um procedimento microinvasivo, o qual consiste na remoção do cristalino opaco pela catarata e o implante de lente intraocular que fará o papel da lente que foi removida. Trata-se de um procedimento de uma pequena invasão dentro do olho, com uma recuperação rápida e com resultados fantásticos”, ressalta o Dr. Felipe.

Não há formas de prevenir a catarata, por isso, assim que for diagnosticada, deve-se realizar a cirurgia. Se o paciente não tiver doenças associadas, há chance de melhora de cem por cento da visão. “Daí a importância de realizar consulta com o oftalmologista anualmente, frisa o médico”.

 

Hospital VITA
http://www.hospitalvita.com.br


Estação Eucaliptos recebe campanhas de conscientização sobre aleitamento materno e fim da violência contra as mulheres

 

A Estação Eucaliptos, da Linha 5-Lilás, recebe hoje a campanha “Conscientização sobre a importância do aleitamento materno e orientações sobre prevenção à violência contra a mulher”, com apoio da UBS Sigmund Freud.  

A campanha a favor do aleitamento tem como objetivo fornecer orientações sobre a importância do leite materno e seus benefícios para os bebês, justamente neste mês de conscientização sobre o tema. Em paralelo, acontece também na Estação Eucaliptos a campanha de prevenção nacional à violência contra as mulheres. Trata-se de uma iniciativa que através da distribuição de materiais informativos e orientações profissionais visa chamar a atenção da sociedade para o enfrentamento à violência doméstica e familiar. 

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), a violência contra mulheres pode ser qualificada como qualquer ato que resulte, ou possa resultar, em danos ou sofrimentos físicos, sexuais ou mentais. Todo caso de agressão pode ser denunciado pelo telefone 180.

 

Serviço – Conscientização sobre a importância do aleitamento materno e orientações sobre prevenção à violência contra a mulher

 

Local: Estação Eucaliptos, Linha 5-Lilás

Data: 3 de agosto

Horário: até 14h


Líbano: mais de dois milhões, mas ainda falta um

Quem conhece não esquece jamais! Não são as Minas Gerais. É a noite de verão em Beirute. A melhor noite do mundo, segundo alguns especialistas. Beirute é alegre, segura e reúne libaneses, descendentes e turistas de todas as partes do mundo. É possível ouvir vários idiomas ao mesmo tempo e alguns com o sonoro sotaque libanês. A cosmopolita das cosmopolitas.

Além da beleza natural, Beirute é só o começo do Líbano. Cheia de grifes, carros importados, restaurantes internacionais, homens e mulheres belíssimos, Beirute abre caminho para as aldeias que é o puro contraste do que é global e moderno. Nas aldeias, o tempo parou. E é maravilhoso voltar no tempo.

O Líbano esperou por este verão como quem espera a redenção. Um remédio para dores terminais. E os turistas não estão desapontando, mesmo sabendo do racionamento de energia, da escassez de vários produtos, principalmente de dinheiro e da crise sem precedentes pela qual passa o país. O Líbano está lotado e cantando e dançando como fez todos os anos desde que o mundo é mundo. São esperados mais de dois milhões de visitantes, que se comovem pela história milenar de Jbeil, que se veem em Roma, no Egito e na Grécia apenas andando pelos templos seculares da fantástica Baalbeck, e se divertem nos festivais internacionais que acontecem país afora.

Mas falta um e talvez o verão ainda não o veja, e nem o inverno, a depender das silenciosas e egóicas negociações políticas que existem só para aqueles lados. Acreditem: o Líbano também é único no quesito política. Esqueçam qualquer sistema político complicado: ele facilmente perderia em complexidade para o que ocorre por lá. O Líbano é um quebra-cabeças onde as peças ficam encobertas. Difícil ao extremo juntá-las: ali residem separações, mágoas e interesses que remontam os séculos e agora polvilhadas pelos caprichos pontuais de alguns países, uns limítrofes e outros muito distantes.

Desde o Pacto Nacional de 1943, a República do Líbano se organiza como um sistema político confessional, ou seja, o poder público é distribuído entre diferentes comunidades religiosas. A presidência fica com cristãos maronitas, o primeiro-ministro é tradicionalmente um muçulmano sunita e a presidência da Câmara dos Deputados é reservada a um muçulmano xiita. Por anos esse modelo foi suficiente, mas hoje ele é amplamente questionado dentro e fora do país. Não é à toa que os olhos das nações ocidentais, e os olhos vizinhos, estão voltados para a vacância à qual pretendo me referir: o um que falta neste verão libanês é o Presidente da República.

Pois sim, o Líbano está acéfalo desde outubro de 2022, portanto, há nove meses. Ministros interinos, cargos vagos, país sem timoneiro em uma tempestade econômica, financeira, política e moral no mar da história. Depois da 12ª reunião do Parlamento para a escolha do chefe maior da República, ainda não se sabe em quem os libaneses depositam suas esperanças. Desde nomes politicamente desconhecidos até predestinados à presidência, desde apostas americanas até seus antagonistas, tivemos de tudo. Mas tudo para sombrear interesses. Uma pena! Até porque, quando se esconde interesses, esconde-se também um país, que nesse caso, é o milenar país dos cedros.

E o pior de tudo é não saber quando se dará a 13ª reunião. Número emblemático, que a uns pende para o azar e a outros, para sorte. O parlamento libanês ainda não deliberou sobre a data, o que traz escuridão e aumenta a especulação em torno dos nomes concorrentes.

Acolhedor da maior diáspora libanesa do mundo, o Brasil também está atento ao que acontece no nosso Levante. Mais comuns que política brasileira, as conversas sobre a política libanesa nas rodas de patrícios levantam as mais variadas hipóteses e torcidas. Nos dividimos nos que são favoráveis a um e a outro, também ao sistema, mas em uníssono, todos concordamos que o Comandante em Chefe é a ausência mais sentida das férias. Mais sentida ainda quando lembramos que depois de um verão de turistas, vem um inverno de ausências. E no Líbano, a ausência é proporcional aos milênios de existência.

 

Renata Abalém - advogada, de família Maronita, diretora da Câmara de Comércio Brasil-Líbano.


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