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quinta-feira, 6 de julho de 2023

A importância e os desafios do médico oncologista: Os heróis invisíveis na batalha contra o câncer

“Precisamos ter certeza de estar oferecendo o melhor ao paciente e a sua família”, explica Dr. Camilo de Souza Campos, Oncologista, da Rede Hospital Casa

 

No próximo dia 09 de julho é comemorado o Dia do Médico Oncologista e, em um mundo onde o câncer afeta milhares de vidas todos os dias, é fundamental valorizar a dedicação desses verdadeiros heróis invisíveis que se dedicam com humanidade, empatia e coragem. No dia a dia lidando com medo e dor, esses profissionais incansáveis se mantêm como aliados constantes na batalha pela vida e esperança dos pacientes.


 

Uma rotina intensa e com diversos olhos

 

O médico oncologista exerce um papel fundamental na vida dos pacientes com câncer, com uma rotina intensa e formada por uma equipe múltipla. “O oncologista clínico é o principal especialista na jornada do paciente oncológico. Além dele podem estar presentes um cirurgião oncológico, um radioterapeuta, além da equipe multidisciplinar composta por enfermagem, nutrição, psicologia, fisioterapia, odontologia e serviço social”, explica Camilo de Souza Campos, Oncologista da Rede Hospital Casa que detalha as maiores responsabilidades do oncologista clínico:

 

1-           Oferecer o melhor tratamento disponível para aquele caso específico, levando em consideração as particularidades do paciente;


2-           Estar atendo às necessidades do paciente e trabalhar em conjunto com a equipe assistencial no intuito de oferecer além do melhor tratamento, o melhor apoio de uma maneira mais ampla;


3-           Se manter atualizado, pois o volume de informação é imenso;


4-           Nunca perder a humanidade, ser sempre solícito e empático com o outro.

 

Dr. Camilo fala também sobre como é a rotina de atendimento aos pacientes e desmistifica alguns pontos. “Pacientes oncológicos, diferente do que existe no imaginário popular, são pessoas ativas, com uma qualidade de vida e rotina bastante equilibradas e próximas de uma pessoa saudável. Sendo assim, a rotina principal é no consultório com participação menos frequente no ambiente hospitalar. Entretanto, como coordenador de uma situação extremamente complexa deve estar o tempo todo atento e disponível a fim de oferecer uma assistência de qualidade”.

 

Um dos principais aspectos da relevância do especialista é a sua capacidade de oferecer aos pacientes e suas famílias um ponto de apoio, alguém para contar, entender suas necessidades físicas e emocionais, e ajudá-los a tomar decisões difíceis durante o tratamento: “Nossa missão não é só tratar doentes, nós encorajamos, proporcionamos conforto e promovemos uma melhor qualidade de vida, independente do estágio”, afirma dr. Camilo.


 

Médicos humanos, empáticos e apaixonados

 

A atuação do médico oncologista vai muito além da frieza dos diagnósticos e dos resultados de exames. É necessário ter empatia, habilidades de comunicação e uma enorme dose de humanidade para reconhecer, respeitar e consolar as dores e medos dos pacientes e suas famílias. Em muitos momentos, precisam encontrar forças dentro de si para sorrir mesmo diante de situações trágicas, oferecendo alento e incentivo para superar os momentos mais sombrios.

 

“Em cada consulta, não tratamos só a doença. Com um tratamento que normalmente é mais longo, nos apegamos aos pacientes e somos o ponto de apoio. Nessas horas, é necessário abraçar, segurar mãos trêmulas e oferecer palavras de consolo. O trabalho do oncologista não é apenas curar, mas também cuidar e amar verdadeiramente aqueles que estão em seu cuidado”, diz o médico da Rede Hospital Casa que conta como lida com a questão emocional dos pacientes, familiares, e até mesmo o seu, durante o tratamento:

 

“Um diagnóstico oncológico é uma situação muito difícil para o paciente e toda a sua família. Cabe ao oncologista ser empático, porém ao mesmo tempo manter um distanciamento emocional afim que isso não interfira em seu discernimento clínico, o que nem sempre é fácil, por mais que os anos de profissão passem sempre nos deparamos com situações que em um primeiro momento nos abalam, mas é nessa hora que devemos ser ainda mais profissionais no que tange ao conhecimento técnico para ter certeza de estar oferecendo o melhor ao paciente”.


 

Inovação e novas descobertas no combate ao câncer

 

A ciência evolui a cada dia, com isso a expectativa de cura tem aumentado. Dr Camilo, da Rede Hospital Casa fala sobre o que podemos esperar para os próximos anos.

 

“Os principais avanços na oncologia dizem respeito a novas medicações que são descobertas a todo momento. Além de novos fármacos, também novas formas de cirurgia e radioterapia. Esse tripé que compõe as principais modalidades de tratamento oncológico tem avançado muito nos últimos anos”, diz o especialista que aposta no conhecimento e pesquisas:

 

“A maior perspectiva oncológica é que com o avanço do conhecimento de biologia molecular, ou seja, o entendimento em detalhes do porquê uma célula cancerígena se multiplica sem parar, possamos atuar neste erro celular, sem a necessidade de destruir a células e outras ao seu redor. Já temos algumas drogas capazes de fazer isso, mas isso pode se ampliar muito. O campo das vacinas também está se expandindo muito e, em pouco tempo, já deveremos ter vacinas capazes de evitar determinados tipo de doença oncológica”, finaliza doutor Camilo.

 

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Por que fazer xixi depois das relações sexuais? A sexóloga Natali Gutierrez explica a importância


Muitas pessoas já ouviram falar que fazer xixi após o sexo é uma prática recomendada para evitar infecções e manter uma boa higiene íntima. Mas você sabe por quê? A sexóloga e nome à frente da sexshop Dona Coelha, Natali Gutierrez, compartilha informações importantes sobre o assunto.

 

Fazer xixi depois das relações sexuais é uma prática fundamental para garantir a saúde e prevenir infecções. Quando ocorre a atividade sexual, é comum que bactérias da região genital possam entrar no canal da uretra, especialmente nas mulheres, devido à proximidade entre a uretra e a vagina. Ao urinar após o sexo, a urina funciona como um mecanismo natural de limpeza, ajudando a lavar o canal da uretra e a remover possíveis resíduos e bactérias que possam ter entrado durante a relação sexual.

 

Essa ação de urinar após o sexo é especialmente importante para as mulheres, pois ajuda a prevenir infecções do trato urinário, como a cistite, que ocorre quando bactérias invadem e se multiplicam na uretra ou na bexiga. Urinar ajuda a expulsar essas bactérias do sistema urinário, diminuindo o risco de infecções.

 

Além disso, a prática de urinar após o sexo contribui para a manutenção de uma boa higiene íntima. Ao limpar o canal da uretra, removendo resíduos e expulsando bactérias, reduz-se o risco de desenvolver infecções e outros problemas de saúde.

 

Essa simples ação pode fazer uma grande diferença na prevenção de infecções e no cuidado com a saúde sexual. 

É essencial ressaltar que cada pessoa é única e pode ter necessidades e circunstâncias individuais. Caso haja alguma preocupação específica ou persistência de sintomas, é importante buscar orientação médica ou de um profissional de saúde qualificado.


Julho Amarelo: conscientização e prevenção contra as hepatites virais

As hepatites virais são um grave problema de saúde pública em todo o mundo e, para conscientizar a população sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce, foi criada a campanha Julho Amarelo.

 

A campanha “Julho Amarelo: mês de luta contra as hepatites virais” foi instituída no Brasil pela Lei nº 13.802/2019 e tem por finalidade reforçar as ações de vigilância, prevenção e controle da doença.  

As hepatites virais são inflamações do fígado que podem ser causadas por diferentes tipos de vírus, classificados pelas letras A, B, C, D (Delta) e E. Essas doenças podem ser transmitidas de diversas maneiras, como contato com sangue contaminado, relação sexual desprotegida, compartilhamento de objetos cortantes ou de higiene pessoal e por meio de alimentos e água contaminados. Os sintomas podem variar de acordo com o tipo de vírus e a gravidade da infecção, mas incluem febre, mal-estar, dor abdominal, náuseas, vômitos, perda de apetite, urina escura e icterícia (amarelamento da pele e dos olhos).  

A médica e diretora da Salus Imunizações, Dra. Marcela Rodrigues, explica que hepatite A, por exemplo, é transmitida principalmente por meio de alimentos e água contaminados e pode ser prevenida por meio da vacinação. Já a hepatite B e C são transmitidas por contato com sangue contaminado, sendo a hepatite C a mais comum entre usuários de drogas injetáveis. A vacinação também é uma medida preventiva importante para a hepatite B, mas a hepatite C ainda não possui vacina, sendo fundamental o uso de medidas de prevenção, como não compartilhar seringas e agulhas. 

O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para o controle das hepatites virais. Exames regulares de sorologia para hepatite B e C são importantes, especialmente para aqueles que possuem maior risco de infecção, como profissionais de saúde, pessoas que usam drogas injetáveis e aqueles que receberam transfusões de sangue ou transplantes de órgãos antes de 1993. Além disso, é importante que as pessoas sejam informadas sobre a importância da realização desses exames e que tenham acesso ao tratamento adequado, que pode incluir medicamentos antivirais. 

Dados e estatísticas reforçam a importância da prevenção e do diagnóstico precoce das hepatites virais. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 325 milhões de pessoas em todo o mundo, vivem com hepatite B ou C, e essas doenças são responsáveis por aproximadamente 1,4 milhões de mortes anualmente. No Brasil, estima-se que 1,5 milhão de pessoas estejam infectadas com o vírus da hepatite C, e a taxa de mortalidade por essa doença pode ser comparada às do HIV e tuberculose. 

Por isso, a conscientização e a prevenção são fundamentais para o controle das hepatites virais. A vacinação é uma medida importante para a prevenção da hepatite A e B, e a adoção de medidas de prevenção é fundamental. Além disso, é importante que as pessoas realizem exames regulares, especialmente aquelas que possuem maior risco de infecção, e que tenham acesso ao tratamento adequado. 

“É de extrema importância que a população esteja informada sobre as hepatites virais e as formas de prevenção e diagnóstico precoce. A campanha Julho Amarelo é uma oportunidade para reforçar o combate a essas doenças e conscientizar a população sobre a importância da vacinação e da adoção de medidas preventivas simples. Com a conscientização e a prevenção, podemos controlar as hepatites virais e garantir a saúde e o bem-estar de todos.” Finaliza a Dra. Marcela Rodrigues.

 

Marcela Rodrigues: Diretora da Salus Imunizações - Médica com graduação e residência em dermatologia pela faculdade ciências médicas de Santos, atuando há 25 anos na área da saúde. Membro sociedade brasileira de dermatologia. Membro sociedade brasileira de imunização.
Membro da associação brasileira de melanoma.

 

Entenda como o chocolate pode ajudar idosos com câncer

Pesquisa indica que consumo promove melhorias nutricionais e psicológicas em pacientes paliativos

 

Que o chocolate é um dos doces mais adorados, todos sabem. No entanto, o que pode surpreender muitas pessoas é que, além de seus benefícios, ele também pode ajudar idosos com câncer em cuidados paliativos.

Estudos realizados pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP afirmam que o consumo de chocolate, que ganhou até uma data mundialmente  comemorativa, celebrada em 7 de julho, pode melhorar os sintomas, o estado nutricional e a funcionalidade de pacientes que já não têm a possibilidade de cura da doença.

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o câncer é a segunda principal causa de morte no mundo. No Brasil, desde 2003, a doença também ocupa o posto de segunda principal causa de morte entre a população, perdendo apenas para doenças cardiovasculares.

Sabe-se que a desnutrição calórica e proteica é comum entre estes pacientes, por uma série de fatores, como redução do apetite, dificuldades físicas para comer e engolir alimentos devido ao avanço da doença, efeitos colaterais do tratamento e períodos prolongados de jejum para exames antes ou após cirurgias.

Idosos que vivenciam todas essas adversidades podem encontrar um conforto adicional na ingestão correta do chocolate. "Em doses adequadas, o chocolate é um alimento que pode auxiliar no estado nutricional. Ele também tem ação do ponto de vista da saúde mental, pois, muitas vezes, é um alimento com diferentes memórias afetivas e, assim, também traz benefícios psicológicos", explica Dr. Vinícius Miranda Borges, oncologista do Hospital Estadual de Franco da Rocha, gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

Apesar da descoberta, é importante salientar que, neste caso, não é indicado o consumo de qualquer chocolate, mas, sim, daqueles com baixa dose de gordura, açúcar e maior teor de cacau.

"O consumo adequado tem uma ação benéfica devido à presença de polifenóis, que têm o potencial de atuar como antioxidantes na proteção do DNA das células. Além disso, eles possuem propriedades anti-inflamatórias, anticarcinogênicas, antiaterogênicas, antitrombóticas, antimicrobianas e analgésicas", complementa Dayse de Oliveira Moreira, supervisora de nutrição do Hospital Geral de Itapevi, também gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo.

A nutricionista ainda afirma que o chocolate com alto teor de cacau pode auxiliar na redução da pressão arterial e melhorar o fluxo sanguíneo para o cérebro e o coração, auxiliando na prevenção de coágulos sanguíneos e combatendo danos celulares, além de colaborar para o aumento do peso corporal, melhorando os dados antropométricos de idosos com baixo peso.

Segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), ainda são esperados 704 mil novos casos de câncer a cada ano no Brasil, no triênio 2023-2025. Esses números alarmantes destacam a urgência de abordagens eficazes no tratamento e cuidado destes pacientes.

"É importante ressaltar que o consumo não auxilia diretamente no tratamento do câncer, mas sim nos pilares psicológico e nutricional, que podem resultar em melhorias gerais. No entanto, o consumo excessivo pode ser prejudicial, especialmente se associado a outras comorbidades, como o diabetes", reforça o oncologista.


A importância de consumir o chocolate certo

O consumo consciente e em quantidades certas do chocolate pode potencializar o bem-estar. Para isso, a nutricionista fornece as orientações corretas sobre os produtos que realmente podem ser amigos da saúde:

  • A preferência é por chocolates amargos, que contenham maior quantidade de cacau (entre 50% e 85%) em sua composição, sendo ideal as versões com mais de 70%; 
  • Os chocolates não adoçados ou com menor quantidade de açúcar são sempre os melhores;
  • Caso haja açúcar na composição, é importante optar pelas opções que utilizem açúcar orgânico ou adoçantes naturais, como stevia;
  • É extremamente importante evitar chocolates que contenham gordura hidrogenada ou gordura vegetal em sua composição, pois ambos são responsáveis por alterações no colesterol e não são benéficos para o organismo;
  • Além disso, é recomendado evitar chocolates que contenham conservantes e corantes artificiais.

 

CEJAM
@cejamoficial
cejam.org.br/noticias

A mente de um pedófilo: Psiquiatra do CEUB aponta características e abordagens de tratamento

Especialista defende o desenvolvimento de estratégias de reabilitação e prevenção como passos cruciais para lidar com a problemática


A pedofilia, desordem psiquiátrica que se manifesta por meio de uma atração sexual primária por crianças pré-púberes, geralmente menores de 13 anos, é uma questão complexa que requer compreensão aprofundada das características e comportamentos. O psiquiatra e professor de Medicina do Centro Universitário de Brasília (CEUB), Lucas Benevides, esclarece aspectos relacionados à mente dos pedófilos e às estratégias de tratamento adequadas.

De acordo com Benevides, pedófilos frequentemente enfrentam dificuldades em desenvolver relacionamentos afetivos com adultos e experimentam sentimentos de inadequação social, o que pode dificultar o estabelecimento de relações saudáveis e consensuais com parceiros adultos. "O ciclo de comportamento que alguns pedófilos seguem envolve atração, fantasia, sedução, abuso e, em alguns casos, remorso. Esse ciclo pode se repetir ao longo do tempo, com o pedófilo buscando novas vítimas", revela.

Diante das dúvidas envolvendo o distúrbio psiquiátrico, o docente do CEUB destaca que ser pedófilo não é sinônimo de cometer abuso sexual, uma vez que nem todos os indivíduos com atração por crianças são agressores. Muitos deles reconhecem a imoralidade de seus desejos e buscam tratamento profissional para evitar cometer abusos. "A sociedade deve compreender essa distinção e adotar uma abordagem focada na proteção das crianças, implementando estratégias de prevenção e repressão ao abuso sexual infantil", reforça.


Reabilitação e punição em casos de pedofilia

Em relação à punição de indivíduos com doenças mentais que cometeram crimes, o especialista ressalta a importância de levar em consideração os seguintes aspectos:

1. Capacidade de discernimento: avaliar se o indivíduo era capaz de compreender a natureza e as consequências de seus atos no momento do crime. Se a pessoa era incapaz de entender suas ações ou diferenciar o certo do errado devido a uma doença mental, isso pode afetar o julgamento e a punição.

2. Avaliação psiquiátrica: geralmente são necessárias avaliações psiquiátricas especializadas para determinar se uma pessoa tem uma doença mental e se isso influenciou seu comportamento criminoso. Essas avaliações podem ser realizadas por profissionais de saúde mental designados pelo sistema legal.

3. Medidas de tratamento: em alguns casos, em vez de punição tradicional, pode-se considerar a aplicação de medidas de tratamento para os doentes mentais que cometeram crimes. Essas medidas podem incluir internação em instituições psiquiátricas, tratamento psicoterapêutico e acompanhamento médico.

4. Reabilitação e reintegração: a abordagem de reabilitação e reintegração social é relevante para pessoas com doenças mentais que tenham cometido crimes. O objetivo é fornecer tratamento adequado, apoio e supervisão, permitindo que o indivíduo se recupere e se reintegre à sociedade de maneira segura.

O psiquiatra reforça que, com a união da sociedade, instituições governamentais e especialistas, é possível avançar em direção a um futuro mais seguro para as crianças, onde a proteção e o bem-estar delas sejam prioridades inegociáveis.


Cenário no Brasil

A pedofilia é uma realidade delicada que exige uma abordagem multidisciplinar e um compromisso firme de proteger as crianças. O Brasil ocupa o 2º lugar no ranking global de exploração sexual de crianças. Segundo levantamento da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, analisado pelo comitê científico do Núcleo Ciência pela Infância (NCPI), o país registra 673 casos de violência contra crianças de até 6 anos por dia, sendo que 84% dessas agressões têm pais, padrastos, madrastas ou avós como suspeitos.

 

Etecs divulgam lista de classificação geral do Vestibulinho para o segundo semestre

 Informação estará hoje na internet a partir das 15 horas; candidatos que integram a primeira chamada de matrículas vão receber e-mail e SMS de convocação, para envio de documentos, nesta sexta-feira (7)


A partir das 15 horas desta quinta-feira (6), estará disponível no site www.vestibulinhoetec.com.br a relação dos classificados no processo seletivo das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs) para o segundo semestre de 2023. A lista inclui todos os candidatos inscritos na unidade, para o mesmo curso e período, em ordem decrescente de notas finais. A convocação para matrículas acontece amanhã (7), por e-mail e SMS. O envio da documentação deve ser realizado entre os dias 10 e 11.

A convocação para matrículas segue o critério de classificação dos candidatos em ordem decrescente de notas, até o preenchimento total das vagas disponíveis. Quem for chamado, deve seguir as orientações recebidas para envio dos documentos e efetivação da matrícula, nas datas informadas, desde que não seja feriado municipal na cidade onde unidade está localizada. Se isso ocorrer, a matrícula se dará no próximo dia útil.

 

Matrículas

Para os cursos presenciais, se o convocado for maior de 16 anos, poderá requerer fazer a matrícula de forma remota, enviando a documentação por e-mail. Outra opção é apresentar os documentos pessoalmente na Etec escolhida para estudo.

Já para os cursos na modalidade online o candidato que integra a lista de convocação deverá acompanhar exclusivamente por e-mail a possível chamada. O envio dos documentos de matrícula, resultado da análise dos documentos encaminhados, recursos ou possível convocação para outras chamadas também serão por e-mail.

O convocado em qualquer uma das listas que não efetuar sua matrícula no prazo informado, perderá o direito à vaga, cabendo à unidade convocar o próximo candidato da lista de classificação.


Próximas datas do calendário de matrículas:

  • 7 de julho: primeira convocação para matrículas, por e-mail e SMS;
  • 10 e 11 de julho: matrícula da primeira chamada com envio/apresentação de documentação;
  • 13 de julho, até meio-dia: divulgação, por e-mail, do deferimento ou indeferimento da documentação enviada na primeira chamada de matrículas;
  • 13 de julho: prazo para apresentar recurso de correção ou envio da documentação para os candidatos que tiverem o processo indeferido;
  • 14 de julho: divulgação do resultado definitivo das matrículas da primeira lista de convocação;
  • 14 de julho: segunda convocação para matrículas, por e-mail e SMS.


Documentação 

Cursos Técnicos de Primeiro Módulo   

  • Documento de identidade com foto, dentro da validade. Ex: RG ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
  • CPF ou RG que tenha o número do CPF ou CNH;
  • Foto 3×4 recente, com fundo neutro;
  • Histórico escolar com Certificado de Conclusão do Ensino Médio ou Declaração de Conclusão do Ensino Médio, emitida pela escola de origem, ou declaração de que está matriculado a partir da segunda série do Ensino Médio.

O candidato que utilizar o Sistema de Pontuação Acrescida, pelo item “escolaridade pública”, deverá apresentar a Declaração Escolar de acordo com o modelo disponível no Anexo I da Portaria, ou Histórico Escolar contendo o detalhamento das séries cursadas e o(s) nome(s) da(s) escola(s), comprovando, assim, ter cursado integralmente da 5ª a 8ª série ou do 6º ao 9º ano do ensino fundamental em instituições públicas de ensino.


Cadastro-reserva às vagas remanescentes de segundo módulo     

  • Documento de identidade com foto, dentro da validade. Ex: RG ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
  • CPF ou RG que tenha o número do CPF ou CNH;
  • Foto 3×4 recente, com fundo neutro;
  • Histórico escolar com Certificado de Conclusão do Ensino Médio ou Declaração de Conclusão do Ensino Médio, emitida pela escola de origem, ou certificado de que está matriculado no 3º ano do Ensino Médio ou ainda o Certificado de conclusão do Ensino Médio, expedida por órgão competente, para o candidato que concluiu o Ensino Médio por meio de provas ou exames de certificação de competências ou de avaliação de jovens e adultos, que sejam decorrentes do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), do Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos (Encceja) e afins.      


Cursos de Especialização Técnica de Nível Médio                  

  • Documento de identidade com foto, dentro da validade. Ex: RG ou Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
  • CPF ou RG que tenha o número do CPF ou CNH;
  • Foto 3×4 recente, com fundo neutro;
  • Histórico Escolar com Certificado de Conclusão de Curso Técnico equivalente conforme lista disponível no site vestibulinhoetec.com.br ou Declaração de Conclusão do Curso Técnico equivalente, documento original, emitida pela escola de origem. Para o curso de Especialização em Gestão de Projetos (EaD – Online), o candidato poderá, se for o caso, fazer upload do certificado de conclusão de um curso do Ensino Superior.        

O cronograma completo do processo seletivo das Etecs pode ser consultado aqui, assim como na Portaria do Vestibulinho e no Manual do Candidato. 

Outras informações pelos telefones (11) 3471-4071 (Capital e Grande São Paulo) e 0800-772 2829 (demais localidades) ou pela internet.

 Centro Paula Souza


A Questão Geopolítica entre China e Taiwan: Um Olhar Sobre a Tensão Contínua

Nilton Serson é advogado com ampla experiência em direito comercial e corporativo. Especializado em negociação e finanças, em programas avançados na Universidade de Harvard. Professor em instituições de ensino, como USP e Mackenzie, onde compartilhou seu conhecimento sobre Direito Comercial. Ele está neste momento em Xangai e com o visual do rio Yangtzé, pelo qual flui o rio Huangpu ele escreve este arigo sobre um ponto importante do mundo global. 

A relação entre a China e Taiwan tem sido um ponto central na geopolítica asiática há décadas. A disputa entre os dois lados remonta à guerra civil chinesa, que terminou com a derrota dos nacionalistas, liderados por Chiang Kai-shek, e a fundação da República Popular da China em 1949. Os nacionalistas se refugiaram em Taiwan, onde estabeleceram um governo separado, conhecido como República da China. Desde então, a questão de Taiwan tem sido um assunto delicado nas relações internacionais.

A República Popular da China considera Taiwan como parte de seu território, enquanto Taiwan se vê como um Estado soberano com seu próprio governo e identidade. Essa divergência fundamental de visões tem alimentado a tensão geopolítica entre os dois lados. A China continental busca a reunificação com Taiwan, seja por meios pacíficos ou pela força, enquanto Taiwan busca manter sua independência e estabelecer-se como uma nação autônoma.

A China continental, liderada pelo Partido Comunista, adota uma política de "uma China" e se recusa a manter relações diplomáticas com países que reconhecem Taiwan como uma nação independente. A maioria dos países do mundo, incluindo os Estados Unidos, segue a política de "uma China" e reconhece o governo da República Popular da China como o único governo legítimo da China. No entanto, muitos países mantêm relações comerciais e contatos não oficiais com Taiwan.

Nilton Sersan, observa que a  questão de Taiwan é uma questão doméstica , mas também tem um componente de segurança regional. A China tem aumentado suas capacidades militares e considera Taiwan como uma parte integral de seus planos de defesa nacional. A China conduz regularmente exercícios militares ao redor de Taiwan e ameaça usar a força caso Taiwan declare formalmente a independência ou se recuse a aceitar a reunificação pacífica. Essas ameaças têm gerado preocupações na comunidade internacional e levantado questões sobre a estabilidade da região.

Os Estados Unidos desempenham um papel crucial nessa questão geopolítica. Embora sigam a política de "uma China", os EUA são um importante aliado de Taiwan e fornecem apoio militar e diplomático ao país. A presença naval dos EUA no Estreito de Taiwan é vista como um sinal de seu compromisso com a segurança de Taiwan e como uma resposta às ameaças chinesas. A relação entre os EUA e Taiwan tem sido motivo de tensão nas relações sino-americanas e pode potencialmente desencadear uma crise maior.

Além disso, a questão de Taiwan tem implicações econômicas significativas. Taiwan é uma economia avançada e um importante centro de produção de tecnologia. Muitas empresas multinacionais têm operações em Taiwan e a economia taiwanesa é fortemente interligada com a da China continental. Uma escalada na tensão geopolítica entre os dois lados pode ter consequências econômicas negativas para ambas as partes e também para a economia global.

Diante dessa complexa questão geopolítica, encontrar uma solução pacífica que satisfaça tanto a China quanto Taiwan tem sido um desafio. As negociações bilaterais têm sido difíceis,

 uma vez que ambas as partes têm posições inflexíveis. A situação é agravada pelo fato de que a maioria dos países do mundo tem interesse em manter relações favoráveis com a China continental, devido ao seu tamanho e influência econômica.

À medida que a China continua a se tornar uma potência global, a questão de Taiwan e a tensão geopolítica associada a ela continuarão a desempenhar um papel importante nas relações internacionais. A estabilidade regional na Ásia-Pacífico dependerá, em parte, de como essa questão é gerenciada. A comunidade internacional precisa encontrar maneiras de equilibrar as aspirações de ambos os lados e buscar uma solução que preserve a paz e a segurança na região. Caso contrário, a tensão persistente entre China e Taiwan poderá ter implicações profundas e duradouras no cenário geopolítico global.

Além das negociações bilaterais, algumas abordagens têm sido exploradas para lidar com a questão geopolítica entre China e Taiwan. Uma delas é a diplomacia multilateral, envolvendo organizações internacionais e outros países como mediadores. A busca por um consenso entre as partes envolvidas, por meio de diálogos e negociações, pode ajudar a reduzir as tensões e promover entendimento mútuo.

Outra abordagem é fortalecer os laços econômicos e culturais entre China e Taiwan. Através do comércio, investimentos e intercâmbios culturais, as relações interpessoais podem ser construídas, o que pode contribuir para uma maior confiança e entendimento mútuo entre os povos dos dois lados. O aumento da cooperação econômica pode fornecer incentivos para ambas as partes buscarem uma resolução pacífica da questão.

Além disso, é importante que a comunidade internacional continue a monitorar de perto a situação e expressar preocupação com qualquer escalada de tensões ou ameaças de uso da força. A diplomacia preventiva, a busca de soluções baseadas no direito internacional e a promoção de medidas de construção da confiança podem ajudar a evitar uma crise regional.

No entanto, é fundamental reconhecer que a questão de Taiwan é complexa e sensível, com profundas raízes históricas e políticas. Qualquer tentativa de resolução exigirá um compromisso significativo de ambas as partes e um equilíbrio cuidadoso de interesses geopolíticos mais amplos. É necessário um diálogo contínuo e um esforço conjunto para construir uma paz sustentável na região.

Em última análise, a questão geopolítica entre China e Taiwan não tem uma solução fácil ou rápida. É um problema de longo prazo que requer paciência, diplomacia e uma abordagem baseada em compromisso e respeito mútuo. Enquanto isso, é fundamental que todos os atores envolvidos ajam com responsabilidade, evitem ações provocativas e busquem canais diplomáticos para resolver suas diferenças. Somente através do diálogo e da cooperação pode-se esperar avançar em direção a uma resolução pacífica e duradoura da questão de Taiwan.

Leia e veja mais em : Nilton Serson  Nilton Serson - YouTube


Poupatempo da Sé recebe Feira de Demonstrações de Esculturas nesta sexta-feira (7)

  Atração é gratuita e aberta a toda população

 

Nesta sexta-feira (7), das 11h às 16h, a praça onde está localizado o Poupatempo da Sé, na região central da capital paulista, recebe Feira de Demonstrações de Esculturas, aberta ao público. A atração é gratuita e faz parte da programação do Sesc Carmo, que promove o Festa - Festival de Aprender. 

O evento tem por objetivo apresentar diferentes expositores, onde o público terá a oportunidade de trocar ideias e ter contato e vivenciar pequenas demonstrações de diferentes artistas e técnicas de criação de escultura.

 

Serviço:

Feira de Demonstrações de Esculturas

Data e horário: sexta-feira, 7 de julho, das 11h às 16h

Endereço: Poupatempo da Sé – Rua do Carmo, s/n – Sé/SP

 

Como planejar a rotina de estudos para Enem e Vestibular durante as férias escolares

 

Foto: Roberto Sungi

Tirar proveito desse momento sem aulas pode ser uma boa estratégia para se destacar nos exames do fim de ano

 

Aliar a revisão de matérias com momentos de lazer está entre as dicas sugeridas pelas educadoras do CPS para quem deseja aproveitar o recesso do meio do ano e se preparar para exames e processos seletivos 

 

O desejado recesso escolar do meio do ano já chegou! Para a maioria dos estudantes, o momento será de muito descanso e lazer. Mas, quem está fazendo o terceiro ano do Ensino Médio, pode aproveitar essa pausa das atividades em julho para se preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) e as provas de vestibulares que serão realizadas no segundo semestre. Educadoras do Centro Paula Souza (CPS) explicam que tirar proveito desse momento é uma boa estratégia para se destacar nos exames, desde que haja equilíbrio entre o aprendizado e diversão.

Finalizar o ciclo escolar, se preparar para provas e lidar com a pressão de ingressar em uma universidade são situações que marcam o último ano do Ensino Médio. A supervisora da Gestão Pedagógica das Escolas Técnicas Estaduais (Etecs), Amneris Ribeiro Caciatori, comenta que esta é uma fase estressante e cheia de cobranças. Por isso, o aluno que decide estudar nas férias precisa definir prioridades. “Criar um cronograma viável é fundamental para ter uma rotina bem-sucedida nos estudos”. 

Amneris ressalta que é necessário que o aluno identifique a melhor forma de absorver os conteúdos e se organize para manter uma rotina de estudos em casa. Ela sugere começar escolhendo ferramentas de aprendizado como, por exemplo, resumos, esquemas e mapas conceituais.

A pedagoga ainda destaca as seguintes orientações para uma rotina de aprendizagem eficaz:

- Monte um cronograma estabelecendo horários e o tempo que será dedicado, exclusivamente, ao estudo;

- Coloque metas de curto prazo, pois assim vai gerar motivação ao ver os resultados alcançados. Um checklist pode funcionar bem para ter esse controle;

- Dê preferência para estudar nos dias de semana, não ultrapassando duas horas seguidas de estudos. Quando se estuda sozinho é mais fácil se distrair, ao passar desse limite de tempo;

- Defina quais conteúdos deseja priorizar no período disponível;

- Aposte em resumos e esquemas visuais, pois eles ajudam a facilitar a compreensão e a memorização;

Conheça as matrizes dos exames para os quais pretende se inscrever. Ao se familiarizar com os conteúdos, você passa a ganhar confiança com o formato da prova e o estilo das questões;

- Quando possível, escolha um ambiente tranquilo, iluminado e arejado, que favoreça a sua concentração.


Psicológico como aliado

De acordo com a psicóloga e professora de Ética da Etec Presidente Vargas, de Mogi das Cruzes, Rosemeire de Fátima Ferraz, o cuidado com a saúde física e mental é indispensável para que o aluno alcance bons resultados em um exame. “Uma cabeça descansada terá muito mais chances de memorizar o que foi estudado, já que o desgaste da mente pode gerar dificuldade em reter informações e armazenar as memórias”, explica. Ela indica algumas estratégias para fazer com que a rotina de estudos seja um momento prazeroso. Confira:

 

Quando possível, marque para estudar com amigos que tenham objetivos semelhantes ao seu. Estudar em grupo traz alegria e facilita o processo de aprendizagem e memorização;

- Faça pequenas paradas ao longo do dia, estique o corpo e tente praticar algumas técnicas de respiração. Estas ações são importantes para oxigenar o cérebro e promover um melhor desempenho cognitivo;

- Estude nos horários em que você se percebe mais alerta. Caso sinta sono, a dica é fazer uma pausa ou alguma atividade rápida que ajude a despertar;

- Tire, pelo menos, dois dias da semana para realmente relaxar e curtir as férias. Isso evita o isolamento e proporciona momentos de prazer.

“Estas são algumas dicas que contribuem para manter a rotina de estudos, sem abrir mão da qualidade de sua saúde física e metal”, destaca Rosemeire.

Para estudar para o processo seletivo das Etecs e Fatecs, o futuro candidato pode acessar as provas anteriores disponíveis no site do Centro Paula Souza

 

Metade dos brasileiros é impactada pelos pequenos negócio

 Estimativa do Sebrae mostra que resultado é superior ao volume de populações da Alemanha, Inglaterra e França

 

Os pequenos negócios estão cada vez mais presentes na economia brasileira. Estimativa feita pelo Sebrae – com base em dados da Receita Federal e pesquisas da instituição – revela que praticamente metade da população é impactada direta ou indiretamente pelos microempreendedores individuais (MEI) e pelas micro e pequenas empresas (MPE). Ao todo, segundo o estudo, são 95 milhões de pessoas. O número é cerca de 10% maior do que o detectado em 2021, quando foram estimados 87 milhões de brasileiros beneficiados.

 



Esse resultado supera o volume das populações de países como Irã, Turquia, Alemanha, Inglaterra e França. “São empreendedores, funcionários e familiares que são impactados. São pessoas que se sustentam e que movem a economia por meio dos recursos que os pequenos negócios geram. Por isso, é tão importante a execução de políticas públicas que beneficiem esse segmento, que é um dos caminhos para o Brasil deixar de fazer parte, mais uma vez, do mapa da pobreza e caminhar para a geração de renda e emprego”, comenta o presidente do Sebrae, Décio Lima.

O levantamento mostra que se consideramos os empreendedores que tem como única fonte de renda a sua atividade empreendedora, e seus familiares, chegamos a marca de 39 milhões de brasileiros impactados diretamente. Além disso, são impactados indiretamente outros 56,1 milhões de brasileiros, grupo composto por funcionários empregados pelos pequenos negócios (18,3 milhões) e suas respectivas famílias.



 

O presidente do Sebrae ressalta que a quantidade de impactados seria ainda superior se fossem levados em conta o universo de brasileiros que empreendem de forma informal e seus familiares. “Sabemos que o empreendedorismo é o caminho adotado por milhões de brasileiros que se encontram em situação de vulnerabilidade mas que, muitas vezes, não sabem como formalizar e impulsionar o seu negócio. Por isso, procuramos estar cada vez mais próximos dos brasileiros em cada um dos locais do país para garantir um ambiente seguro para empreender”, ressalta Décio Lima.



Dívida de condomínio: como evitar e o que fazer para não perder o imóvel

Especialista explica o que fazer para evitar o endividamento por falta de pagamento da taxa condominial, possíveis punições e como negociar a dívida 

 

Ter um teto para chamar de seu se tornou um sinônimo de prosperidade familiar no imaginário popular. Não à toa, milhões de brasileiros e brasileiras têm o sonho da casa própria. Porém, esse sonho pode virar um pesadelo se a falta de planejamento financeiro levar a família a acumular dívidas junto ao condomínio.  

 

O que acontece se a dívida condominial não é paga? 

Sempre que o assunto inadimplência do condômino vem à tona, a penalidade máxima que se supõe para a família proprietária do imóvel é a perda do mesmo. E isso de fato pode acontecer. Dívida de condomínio é uma obrigação vinculada ao imóvel e por isso é possível perdê-lo, mesmo sendo o único bem da família. 

Com o atual Código de Processo Civil, em vigor desde 2016, ficou ainda mais fácil essa possibilidade, com o imóvel podendo ser penhorado e, posteriormente, levado a leilão. “O valor arrecadado em leilão é direcionado ao pagamento da dívida, e o que sobra desse valor é ressarcido ao proprietário”, explica a especialista Claudia Santos de Andrade, responsável pelas áreas de Cobrança e Jurídico na Recovery, empresa do Grupo Itaú e plataforma especialista em recuperação de crédito no Brasil. 

Outras penalidades por parte do condomínio ou da Justiça podem ser impostas aos devedores, causando impacto significativo na saúde financeira das pessoas:

  • Ter o nome incluso no cadastro de inadimplentes, ou seja, ficar com o nome sujo e ter dificuldades de acesso a crédito e financiamento;
  • pagar multas e juros, cujos valores são determinados na Convenção Coletiva do Condomínio e na legislação, e que geralmente giram em torno de 1% para os juros mensais e 2% para a multa;
  • penhora de valores na conta bancária, determinada pela Justiça;
  • proibição do exercício do voto nas assembleias deliberativas do condomínio;
  • proibição de uso das áreas comuns e lazer por moradores com débitos, por conta de não estarem contribuindo com a taxa condominial necessária para o custeio de sua manutenção - caso que ocorre em muitos condomínios.

Além das penalidades citadas acima, a situação pode se tornar um terrível transtorno no decorrer dos anos, com a precarização do convívio do devedor com os outros condôminos.

 

Como negociar a dívida condominial? 

Bom relacionamento é tudo, e os bons laços com a comunidade do condomínio são essenciais para uma negociação saudável e diplomática do débito. Uma negociação amigável, que sensibilize o síndico e o conselho do condomínio acerca da sua situação difícil e do seu compromisso em quitar o mais rápido possível são vitais para a negociação dos valores, juros e parcelas e evitar medidas legais mais severas. 

“É importante mostrar interesse em quitar os débitos em atraso”, afirma Claudia Santos de Andrade, reforçando a importância da proatividade do devedor para melhorar as condições de uma negociação amigável. Entretanto, se não houver negociação possível, a especialista reforça: “O melhor a se fazer é procurar um advogado especialista em direito condominial, para enviar uma proposta de parcelamento da dívida”. 

Lembrando que as dívidas condominiais podem prescrever em cinco anos, de acordo com decisão do Superior Tribunal de Justiça, não sendo permitida sua cobrança judicial após esse período. No entanto, é de suma importância entender que a dívida não deixa de existir, sendo possível a sua cobrança na esfera extrajudicial. 

 

Como se organizar para pagar o condomínio em dia? 

O planejamento financeiro é a base para a maioria dos desafios que se impõe às famílias brasileiras, quando o assunto é despesa doméstica. Ao adquirir um imóvel, leve em consideração os custos do condomínio e coloque as contas na ponta do lápis. Isso é vital para pagar as taxas condominiais em dia e honrar os demais compromissos, como contas de luz e água. 

Nos casos de atraso do condomínio, a especialista Claudia Santos de Andrade alerta: "Você pode pensar em fazer renda extra para quitar o débito, cortar despesas ou mesmo fazer um empréstimo para se livrar dessa dívida. No entanto, em caso de solicitar crédito para pagar condomínio atrasado, você pode estar sujeito ao pagamento de juros altos. Por isso, é preciso procurar pelas melhores taxas e condições de parcelamento que caibam no seu bolso”, diz.


Desafios na luta por igualdade no mercado de trabalho

 

Quando pensamos no mercado de trabalho, não há dúvidas que ingressar no mercado formal é um grande desafio, principalmente para pessoas trans e travestis. De acordo com dados divulgados pela Associação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), 90% das mulheres trans e travestis têm na prostituição a sua única e/ou principal fonte de renda. Isso acontece, principalmente, devido à rejeição familiar - que infelizmente é comum -, ao preconceito e, consequentemente, à privação de educação digna e de qualidade. Segundo o mesmo levantamento, 72% não chegam a concluir o ensino médio.
 

Quando nos deparamos com um cenário como esse, é possível perceber que a entrada no mercado de trabalho para pessoas trans e travestis é dificultada já na infância, com a falta de acesso ao ensino, uma vez que o ambiente acadêmico é importante para a formação de qualquer indivíduo, sendo um dos responsáveis pelo desenvolvimento de conhecimentos e habilidades.
 

Diante do desafio de aumentar a presença de pessoas trans e travestis no mercado de trabalho, é importante que exista uma mudança já no ambiente escolar, com orientações básicas sobre identidade de gênero, preparação dos professores para lidar com crianças trans e uso do nome social, por exemplo. As escolas e universidades precisam, urgentemente, se tornarem inclusivas e acessíveis para todas as pessoas, independente de gênero ou orientação sexual.
 

Além da questão escolar, a população trans e travesti enfrenta uma série de desafios que dificultam a sua inserção e progressão profissional, como o acesso à qualificação profissional, discriminação e desconhecimento. Muitas empresas e empregadores têm pouca familiaridade com as questões relacionadas à identidade de gênero e, por isso, acabam reproduzindo preconceitos e estereótipos, o que resulta em falta de compreensão e apoio adequados, tornando o ambiente de trabalho verdadeiramente hostil, repleto de piadas de mau gosto, erros nos pronomes de tratamento, desrespeito ao nome social e, inclusive, a questão da utilização de banheiros.
 

Para superar essas e tantas outras dificuldades, é fundamental que as organizações adotem uma postura inclusiva e estejam, verdadeiramente, comprometidas com a diversidade. O primeiro passo para isso é na fase de recrutamento e seleção, já que muitas empresas acabam adotando práticas de abertura de vagas inclusivas apenas como uma estratégia de marketing, mas colocam requisitos extremamente rigorosos, o que termina por criar barreiras adicionais, perpetuando a exclusão e marginalização de trans e travestis.
 

Também é necessária a implementação de políticas inclusivas, treinamentos para os colaboradores sobre questões de gênero e identidade, criação de um ambiente de trabalho seguro e acolhedor e, por fim, a promoção de uma cultura organizacional que valorize a diversidade e celebre a individualidade de cada profissional.
 

Algo que eu acredito ser super importante para as empresas que desejam se tornar agentes transformadores deste cenário hostil para a comunidade LGBTQIA+ é oferecer workshops para os colaboradores, nos quais trans e/ou travestis compartilhem suas experiências, desafios e aspirações com toda a equipe. Isso possibilita uma maior conscientização e sensibilização sobre as questões enfrentadas, já que estarão ouvindo as vivências e perspectivas destas pessoas, tendo a oportunidade de ampliar seu entendimento e, assim, desenvolver mais empatia.
 

Neste processo, a empresa deve oferecer canais de denúncia seguros e ações disciplinares efetivas para casos de violação dessas políticas. É importante lembrar também que cada indivíduo é único e, por isso, as necessidades podem variar de acordo com cada pessoa e/ou situação. Portanto, é imprescindível ter diálogo aberto e ser empático com os colaboradores, ouvindo-os e, se necessário, adaptando as políticas e práticas.
 

Já existem exemplos positivos, como a Microsoft, que possui um histórico de comprometimento com diversidade, além de políticas inclusivas e suporte aos funcionários em todas as fases da transição de gênero, incluindo a utilização de nomes sociais, banheiros adequados e acesso a benefícios de saúde relacionados à transição.
 

Sei que não são questões simples e fáceis de mudar e, mais do que isso, essas transformações não ocorrem do dia para a noite. Mas, ainda assim, tenha certeza de que uma empresa que possui um ambiente de trabalho mais inclusivo, diversificado e igualitário é um local mais enriquecedor e que contribui para a promoção e a construção de uma sociedade e um futuro mais digno e justo.


 

Cléo Almeida - Gerente de Comunidades e Comunicação da {reprograma}iniciativa de impacto social que foca em ensinar programação para mulheres em situação de vulnerabilidade social.



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