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sexta-feira, 2 de junho de 2023

Mês da Imunização - Coalizão Vozes do Advocacy lança campanha: Com a vacina, eu cuido da minha saúde e da saúde de toda sociedade.


Iniciativa visa alertar a população sobre a existência do calendário especial de vacinação para pessoas com diabetes

 

 

Você sabia que, segundo dados da Organização Mundial de Saúde divulgados em 2019*, cerca de 2 a 3 milhões de mortes ao ano poderiam ser evitadas se a cobertura de vacinação tivesse maior alcance? De acordo com o levantamento do localizasus.saude.gov.br extraído em janeiro deste ano, em 2013, foram aplicadas 1.158.791 doses de vacina em pessoas com diabetes, em 2022, foram 950.006, uma redução de 18%, dado este relatado durante audiência pública**.

Para ajudar a reverter este panorama, a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade promove a campanha: Com a vacina, eu cuido da minha saúde e da saúde de toda sociedade. O intuito é chamar a atenção do Ministério da Saúde para ampliar a estratégia de divulgação da vacinação para atingir mais camadas da sociedade, sensibilizar as pessoas com diabetes para a necessidade de manter as vacinas do seu calendário específico de vacinação em dia, bem como combater a combater a desinformação que circula sobre a vacinação a fim de estimular que a sociedade seja imunizada.

A imunização é uma estratégia imprescindível para saúde pública, prevenindo a disseminação de doenças e evitando epidemias. É uma ação que fortalece a resposta imune e coletiva, e por isso é tão importante termos acesso à informação do calendário de vacinação, principalmente para pessoas que precisam de tratamento contínuo, como o diabetes. 

No Brasil, segundo a Federação Internacional de Diabetes, há 16,8 milhões de pessoas com a condição.  A curto prazo, a hiperglicemia pode levar a maior suscetibilidade da pessoa com diabetes a desenvolver infecções devido à alteração na resposta imunológica inata e adaptativa****. Portanto, deve-se promover a imunização de pessoas com diabetes enquanto estratégia de proteção à saúde. 

Segundo Vanessa Pirolo, coordenadora da Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e Obesidade, “nossa expectativa é que possamos sensibilizar a sociedade sobre a importância da vacinação, informar as pessoas com diabetes que há um calendário de vacinação especial e educá-las sobre o acesso a cada uma das vacinas específicas, solicitar um esforço do Governo para sensibilizar todos os médicos a falarem com as pessoas que vivem com diabetes e obesidade sobre a imunização durante as consultas com seus pacientes, criar um plano de comunicação mais eficiente para aprimorar a adesão da população à imunização e estimular a criação de um calendário de vacinação em pessoas com obesidade”.

A campanha está disponível no site institucional da Coalizão Vozes do Advocacy com conteúdos sobre diabetes, obesidade e suas complicações, bem como o contato das organizações de todo o país, que fazem parte dessa iniciativa.

Para que a mensagem da campanha possa chegar até a população, foram solicitados espaços de mídia calhau para diferentes veículos de comunicação do Brasil. A campanha será integralmente veiculada nas redes sociais da Coalizão Vozes do Advocacy, com conteúdos veiculados também nas redes sociais das 24 organizações que a compõem e de instituições apoiadoras como sociedades médicas, organizações de pacientes parceiros, influenciadores digitais, deputados federais ligados à causa e personalidades de destaque no panorama nacional.


Com estratégia, planejamento, roteiro e conteúdo desenvolvidos pela Relações Públicas e mestra em Políticas Públicas, Mely Paredes, a campanha teve identidade visual e peças desenvolvidas pelo designer Pedro Heinen e textos construídos por Blanca Paredes, especialista em marketing. A captação e direção do mini documentário, VT e SPOT e vídeos para redes sociais são assinados pela Catraca Filmes, sob comando de Binho Ferronatto e Gustavo Mittelmann.


A iniciativa tem o apoio de: MSD e Sanofi.

 

Sobre a Coalizão Vozes do Advocacy em Diabetes e em Obesidade 

Com a participação de 22 associações e de 2 institutos de diabetes, o projeto promove o diálogo entre os diferentes atores da sociedade, para que compartilhem conhecimento e experiências, com o intuito de sensibilizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico e tratamento precoces do diabetes da obesidade e das complicações de ambas as doenças, além de promover políticas públicas, que auxiliem o tratamento adequado destas doenças no país.

 

Mais informações podem ser acessadas no site: www.vozesdoadvocacy.com.br, nas redes sociais: Instagram: vozesdoadvocacy e no Facebook: vozesdoadvocacy.

 

 

Referências:

*Organização Mundial da Saúde: https://www.paho.org/pt/noticias/17-1-2019-dez-ameacas-saude-que-oms-combatera-em-2019#gsc.tab=0

** Câmara dos Deputados: https://www.youtube.com/watch?v=nyPZ3plZHRk

***Federação Internacional de Diabetes: https://diabetesatlas.org/

**** Jafar N, Edriss H, Nugent K. The effect of Short-term hiperglycemia on the innate immune system. Am J Med Sci. 2016; 351: 201-11

 

Doença celíaca: saiba quais são os sintomas e como tratar


Conviver com novos hábitos alimentares é uma das maiores dificuldades enfrentadas pelos pacientes


A doença celíaca é autoimune e caracterizada pela intolerância ao glúten, uma proteína encontrada em cereais como centeio, trigo, aveia e cevada, que afeta a mucosa do intestino delgado e causa irritação e atrofia culminando na má absorção da água, nutrientes e sais minerais pelo nosso corpo. É causada por alterações genéticas e, em geral, os sintomas costumam surgir por volta do primeiro ao terceiro ano de vida, mas em alguns casos podem se manifestar apenas na fase adulta.   

De acordo com a Organização Mundial de Gastroenterologia, os principais sintomas são dor abdominal, falta de apetite, diarreia, vômito, perda de peso, entre outros. Também é comum aparecerem sintomas relacionados a má absorção de nutrientes como o cansaço, falta de ar, anemia, queda de cabelo e lesões na pele. Em relação ao diagnóstico, ele deve ser feito por um gastroenterologista ou clínico geral que solicitará exames como endoscopia, teste genético e exame de sangue para verificar a presença de anticorpos específicos do problema.   

Por ser tratar de uma patologia sem cura, a única maneira de evitar complicações e se livrar desses transtornos é excluir do cardápio qualquer tipo de alimento que contenha glúten, seguindo uma dieta com total ausência da proteína. Conviver com esses novos hábitos alimentares e restrições é a maior dificuldade enfrentada pelos pacientes, pois além da lista de alimentos que devem ser evitados ser bastante extensa, eles devem tomar um cuidado ainda maior na hora de comprar produtos industrializados, fazendo a leitura dos rótulos para que nada passe despercebido.   

Segundo Meydson Souza, professor do curso de nutrição da UNINASSAU Paulista, com o aumento dos casos de intolerância ao glúten a indústria investiu massivamente em alimentos que não trazem a proteína em sua composição. “É de suma importância que o indivíduo celíaco saiba que pode lançar mão de vários alimentos que não possuem o glúten entre seus ingredientes e que fazem parte da rotina alimentar da maioria das pessoas.”  

“Os tubérculos como batata, mandioca, cenoura e beterraba, o milho e seus derivados e também os alimentos feitos à base de farinha de arroz, que é uma ótima substituta para a farinha de trigo, estão entre aqueles que podem ser consumidos sem causar danos a mucosa intestinal de indivíduos celíacos”, explicou o nutricionista.


Qual é a melhor época para tratar vasinhos e varizes?

Angiologista e cirurgiã vascular, Maria Clara Sanjuan esclarece que temperaturas mais amenas e a menor exposição solar contribuem para a recuperação do paciente 


 

Varizes e vasinhos são problemas comuns que afetam cerca de 38% da população brasileira, segundo a Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular. Essa condição crônica pode não apenas ser esteticamente desagradável, mas também causar desconforto e complicações médicas se não for tratada adequadamente. Com a chegada das estações mais frias, vem o período ideal para começar o tratamento das varizes, já que as temperaturas estão mais amenas e as pernas podem ficar protegidas do sol.

 

De acordo com a angiologista e cirurgiã vascular Maria Clara Sanjuan, sócia da Clínica Sanjuan, o melhor momento para cuidar das varizes e vasinhos é aquele em que o paciente escolhe e se planeja para o tratamento, seja no verão ou no inverno. “No entanto, se programar para tratar as varizes no outono e inverno é muito mais confortável, uma vez que nesse período há menor demanda de exposição solar. E o principal cuidado no tratamento a laser realizado no consultório é evitar a exposição ao sol enquanto houver marquinhas na pele, o que pode levar uma semana ou mais, a depender de cada caso”.   

As temperaturas mais baixas levam naturalmente a uma diminuição da dilatação dos vasos sanguíneos. É por isso que, durante o inverno, os sintomas como dor, inchaço e sensação de peso nas pernas costumam incomodar menos e a recuperação dos pacientes pode ser facilitada, explica a angiologista. 

A estação mais fria do ano é ainda mais propícia para a utilização da meia elástica, acessório essencial para otimizar os resultados e acelerar a recuperação, mas que pode ser mais desconfortável quando usada no verão. “As meias de compressão são ferramentas maravilhosas para tratar as varizes. Elas exercem pressão, o que ajuda na circulação do sangue, fator essencial para tratar as varizes e vasinhos que ocorrem quando as válvulas venosas não conseguem fazer um retorno eficiente do sangue para o coração”, destaca Maria Clara. 

Além de evitar qualquer tipo de exposição solar durante a recuperação, no período indicado pelo médico, o paciente não pode realizar o tratamento com a pele bronzeada, ressalta a angiologista. “Se a pele está bronzeada, significa que está inflamada e sensível, por isso, o risco de queimaduras é maior. Quando o paciente costuma ir com muita frequência à praia ou piscina, minha recomendação é buscar o tratamento no inverno”.

 

Tratamentos e cuidados 

Diante dos avanços tecnológicos da medicina vascular, a maioria dos tratamentos podem ser feitos em consultório, de forma minimamente invasiva, com a ajuda de ferramentas que otimizam os resultados. “Para muitos tipos de varizes e vasinhos, os tratamentos mais indicados são laser transdérmico e escleroterapia com glicose. As técnicas costumam ser associadas em um só procedimento, o CLACS, e o paciente já sai da sessão pronto para realizar suas atividades normalmente”.  

No entanto, cada caso precisa ser avaliado individualmente antes de indicar o protocolo de tratamento mais adequado, alerta a angiologista. Apesar de a tecnologia ser um facilitador para o tratamento de varizes, as recomendações indicadas pelo médico devem ser seguidas à risca. “A radiação ultravioleta estimula a fixação de manchas escuras indesejáveis e precisa ser evitada após o tratamento. Se o quadro do paciente exigir uma intervenção maior, ele não deve fazer exercícios físicos em excesso, por exemplo. Tudo isso é fundamental para evitar desconfortos e garantir um resultado satisfatório para o paciente”, comenta.

 

Vacina da tuberculose é adaptada para proteger contra coronavírus

Versão geneticamente modificada do Bacilo Calmette-Guérin tem custo baixo e se mostrou eficaz contra o SARS-CoV-2 em experimentos com camundongos. Imunizante ensina o sistema imune a se proteger da tuberculose e de outros patógenos.


 

Embora a vacinação contra  a covid-19 tenha avançado rapidamente nos países desenvolvidos, até o ano passado apenas cerca de 16% da população foi vacinada nos países de renda baixa, segundo a Organização Mundial de Saúde. Uma cepa modificada geneticamente do Bacilo Calmette-Guérin (BCG), usado como vacina para a tuberculose, poderá ser produzida com baixo custo e facilitar o avanço da imunização contra o coronavírus nesses países. A bactéria produziu uma proteína quimérica com dois antígenos do SARS-CoV-2, e protegeu camundongos expostos ao vírus, como descrito no artigo publicado na revista Journal of Immunology

 

“Os resultados foram animadores”, comemora Sérgio Costa Oliveira, professor do Departamento de Imunologia do Instituto de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (ICB-USP), que coordenou o estudo em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Instituto Butantan, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Não detectamos nenhum sinal do vírus no pulmão dos animais vacinados com a BCG recombinante, com o ensaio de formação de vírus em placas”, relata Oliveira. 

 

Os pesquisadores verificaram que os antígenos do SARS-CoV-2 estimularam a produção de anticorpos, que bloquearam a ação viral. Segundo Oliveira, a BCG estimula o sistema imune inato, preparando o organismo para se defender de outros patógenos, além da própria tuberculose — propriedade conhecida como efeito heterólogo. Eles verificaram que a BCG contribuiu para aumentar a atividade dos linfócitos T e dos macrófagos, que auxiliam na eliminação do SARS-CoV-2. 

 

A BCG foi criada em 1921, a partir do bacilo Mycobacterium bovis, isolado de bovinos, semelhante ao M. tuberculosis, que causa a doença, mas é menos virulento. Quatro bilhões de pessoas foram vacinadas com a BCG, quase 60% da população mundial, com poucos efeitos colaterais, segundo artigo publicado em 2013 na revista Maedica – a Journal of Clinical Medicine. Por isso, ela é considerada uma das vacinas mais seguras. Devido ao efeito heterólogo, pode ser usada no tratamento de outras doenças, sendo considerada uma das terapias preferenciais para o câncer de bexiga.

 

Menos susceptível às mutações - Para modificar a vacina, os pesquisadores introduziram uma sequência gênica no BCG, contendo o gene da proteína S, que fica na parte de fora do SARS-CoV-2  e facilita sua entrada na célula, associado ao gene do nucleocapsídeo (N), que envolve e protege o material genético do patógeno. Como resultado, o bacilo produziu uma proteína composta pelos dois antígenos. Para simular a ação do coronavírus em seres humanos, os pesquisadores usaram animais transgênicos com receptor humano (ACE2) para o SARS-CoV-2.

 

A proteína S, que se liga ao receptor humano ACE2 e facilita a entrada do vírus na célula, já é usada em cerca de 90% das vacinas contra a covid-19, mas, como sofre mutações com frequência, os imunizantes precisam ser atualizados. A proteína N, por ser menos exposta ao sistema imune, é mais estável e menos suscetível a mutações do que a proteína S, conferindo maior durabilidade à vacina.    

 

No experimento, a BCG recebeu um reforço depois de 30 dias, quando foi injetada a proteína quimérica associada com um adjuvante, que estimula a resposta imunológica. “O reforço foi fundamental para aumentar a imunidade dos roedores, que ficaram mais protegidos do que aqueles animais que receberam apenas o BCG, ou apenas a proteína com o adjuvante”, relata Oliveira. 

 

Uma vez que a prova de conceito funcionou, Oliveira pretende prosseguir com a pesquisa e ajustar o imunizante contra as variantes do coronavírus, e, quando possível, começar os testes clínicos em seres humanos. Como houve um aumento considerável de mortes por tuberculose durante a pandemia, a nova vacina poderá facilitar a imunização das duas doenças ao mesmo tempo.



JUNHO LILÁS: ARTESP e concessionárias de rodovias participam de campanha de conscientização sobre importância do Teste do Pezinho

Exame realizado em recém-nascidos detecta doenças que, quando descobertas precocemente, são tratáveis



A ARTESP - Agência de Transporte do Estado de São Paulo e as 20 concessionárias do Programa de Concessões Rodoviárias do Estado participam da 7ª edição da Campanha Junho Lilás, que tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância do diagnóstico precoce de doenças, por meio do Teste do Pezinho, que deve ser realizado após 48 horas até o 5º dia do nascimento.

A campanha é promovida pelo Instituto Jô Clemente (IJC), organização da sociedade civil sem fins lucrativos com mais de 62 anos de atuação na promoção da saúde e qualidade de vida de pessoas com deficiência intelectual, Transtorno do Espectro Autista (TEA) e doenças raras.

“A promoção da saúde é dever de todos, e o Teste do Pezinho é importante para prevenção e tratamento precoce de muitas doenças graves e raras! Os painéis de mensagem das rodovias, além de serem uma importante ferramenta operacional para alertar os usuários sobre o que ocorre na malha viária, também podem disseminar essa mensagem de forma eficaz nas vias sob concessão. É uma ferramenta capaz de despertar boas práticas de saúde”, afirmou o diretor-geral da ARTESP, Milton Persoli.

“O Teste do Pezinho é um marco da medicina preventiva para o diagnóstico precoce de doenças graves e raras, e o Instituto Jô Clemente (IJC), com mais de 62 anos de atuação, tem muito orgulho por ter sido pioneiro nessa implementação. Contar com parceiros como a Artesp nesta campanha é fundamental para levar a mensagem a mais pessoas e informá-las sobre a importância do diagnóstico precoce de doenças por meio do Teste do Pezinho”, afirma Daniela Mendes, superintendente geral do IJC.



Mensagem da campanha

Como forma de apoio e engajamento, a campanha será divulgada nas redes sociais da ARTESP e nos Painéis de Mensagens Variáveis (PMVS) espalhados pelos 11,1 mil quilômetros de rodovias estaduais e concedidas no Estado de São Paulo. A ação tem o objetivo de orientar a sociedade sobre a necessidade de se fazer o Teste do Pezinho e de expandir o seu acesso, para o diagnóstico precoce de dezenas de doenças graves e raras, prevenindo possíveis sequelas. O alerta feito nos PMV das rodovias é:

“Junho Lilás: O Teste do Pezinho pode salvar a vida do seu bebê”



O que é o Teste do Pezinho

Realizado em recém-nascidos, o teste é um exame rápido realizado com gotinhas de sangue que são coletadas por meio de uma picada no calcanhar do bebê. Através dele podem ser detectadas doenças genéticas, congênitas, metabólicas, infecciosas e imunológicas que, quando descobertas precocemente, são tratáveis. Por isso, é importante a realização do exame após 48 horas do nascimento até o 5º dia de vida do bebê.

No Sistema Único de Saúde (SUS) é possível realizar o teste de forma gratuita logo após o nascimento do bebê. O exame básico detecta seis tipos de doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. Nas unidades de saúde da cidade de São Paulo é ofertado, desde dezembro de 2020, o exame ampliado que diagnostica, precocemente, cerca de 50 doenças.

 

Não é obesidade, não é inchaço, não é líquido: é acúmulo de gordura, é LIPEDEMA

Junho Roxo – Mês de Conscientização do Lipedema

 

O lipedema atinge mais de 10% das mulheres e tem como principais características o acúmulo de gordura nos braços, coxas e pernas. Além da gordura, é comum surgir equimose (roxinhos) nas áreas afetadas, sensibilidade e dor ao toque, sensação de peso e cansaço nas pernas, fadiga e pode até comprometer a mobilidade.

 

É uma doença crônica do tecido adiposo e pode estar associada ao comprometimento vascular. Mutações genéticas podem estar relacionadas em mais de 60% dos casos. 

 

O cirurgião plástico Dr. Fernando Amato conta que o lipedema não tem cura, mas que é possível tratar e ter qualidade de vida. “É uma doença, frequentemente, confundida com obesidade, que pode ocorrer simultaneamente, e até agravar o quadro, porém nem sempre estão associadas”, explica o especialista.

 

Quando não diagnosticada e tratada, o lipedema pode afetar a saúde mental e até levar à depressão. “Como muitas vezes essas mulheres recebem inicialmente apenas o diagnóstico de obesidade, embora cheguem a perder peso, continuam com a desproporção no corpo e sofrem física e emocionalmente. Por isso, essas pacientes precisam de acolhimento”, comenta Dr. Fernando Amato, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) e que atua com uma equipe multidisciplinar no tratamento do lipedema.

 

Diagnóstico - O diagnóstico de lipedema é clínico, e depende de uma boa anamnese (conversa com o paciente) e exame físico. Exames complementares como ultrassom e ressonância magnética podem complementar o exame físico, auxiliando o diagnóstico e tratamento.

Cirurgia é a última opção – Segundo Dr. Amato, o tratamento cirúrgico deve ser a última opção, mas, muitas vezes, acaba sendo o primeiro recurso procurado. “Somente depois de tentar o tratamento clínico e, de preferência apresentando alguma melhora, mesmo que parcial, deve ser indicada a lipoaspiração para o tratamento do lipedema”, comenta Dr. Fernando Amato que alerta ainda para a questão da segurança: “É preciso respeitar os limites de gordura a serem retirados durante a cirurgia, que devem ser entre 5% a 7% do peso corporal do paciente”, detalha o especialista. 


Para os casos de lipedema, Dr. Fernando trabalha com uma equipe multidisciplinar formada por cirurgião vascular, endocrinologista, nutricionista e fisioterapeuta. O tratamento endócrino envolve investigação com exames hormonais, mudança e melhora do estilo de vida, principalmente com o equilíbrio da alimentação e prática de atividade física, sendo nesses casos mais indicados exercícios aquáticos, como natação e hidroginástica.

  


Dr. Fernando C. M. Amato – Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).
https://plastico.pro/
www.amato.com.br
https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/


Queda nos índices de vacinação infantil preocupa

Cenário traz alerta aos bebês prematuros que, com sistema imunológico frágil, precisam ainda mais de proteção; ressalta ONG Prematuridade.com



Em 9 de junho é celebrado o Dia Nacional da Imunização e, historicamente, o Brasil sempre foi um exemplo global de vacinação infantil, mantendo, por décadas, as coberturas vacinais acima de 95%. Porém, desde 2015, os índices de imunização vêm caindo – cenário que se agravou na pandemia – fazendo com que 1,6 milhão de crianças não tenham tomado a primeira dose da vacina contra a pólio ou da DTP (que previne contra difteria, tétano e coqueluche), entre 2019 e 2021, segundo o governo federal.

 

O relatório “Situação Mundial da Infância 2023 - Para cada criança, vacinação”, do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF), revelou que a percepção sobre a importância e a confiança nas vacinas para crianças diminuiu em 52 dos 55 países pesquisados. No Brasil, houve uma queda de 10 pontos percentuais - antes da pandemia, 99,1% dos brasileiros confiavam nas vacinas infantis e, após o surgimento da emergência relacionada à COVID-19, a taxa caiu para 88,8%.

 

A situação é ainda mais preocupante no caso dos bebês prematuros, alerta a fundadora e diretora executiva da ONG Prematuridade.com, Denise Suguitani. “A vacinação é fundamental para a saúde de todas as crianças, incluindo aquelas que nascem prematuras e, por isso, são mais suscetíveis a doenças e infecções. Os bebês prematuros inspiram cuidados especiais, pois podem apresentar baixa imunidade e sistema respiratório mais frágil", fala.

 

A desinformação sobre a segurança das vacinas é um entrave. "É muito importante que os profissionais de saúde se atualizem quanto ao tema, para poder orientar corretamente as famílias, reforçando sempre a necessidade de manter o calendário vacinal do bebê prematuro em dia, a fim de garantir a eles mais saúde e melhores prognósticos, bem como a importância da vacinação em dia de todas as pessoas que convivem com o bebê", ressalta Denise.

 

A diretora executiva da ONG Prematuridade.com lembra que, de acordo com as recomendações do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) – parceira da ONG -, as vacinas contra meningite, pneumonia, coqueluche, hepatite B, rotavírus, gripe e as demais vacinas do primeiro ano de vida devem ser aplicadas de acordo com a idade cronológica da criança prematura.


Denise explica, ainda, que algumas imunizações, indicadas e disponíveis para o prematuro, podem ser feitas com o bebê ainda internado, seja em hospital público ou privado. “Para isso, a equipe da UTI Neonatal deve entrar em contato com o CRIE (Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais) ou com a Coordenação Municipal de Imunização”, explica.

 

O CRIE tem como finalidade facilitar o acesso de pessoas com necessidades específicas de imunização, como os bebês prematuros, disponibilizando ampla gama de vacinas, soros e imunoglobulinas, gratuitamente, e que não são oferecidos nas UBSs (Unidades Básicas de Saúde) ou o são apenas para faixas etárias restritas. No link https://prematuridade.com/proteger/os-cries, é possível verificar os endereços dos CRIEs pelo Brasil.


 

Particularidades


O bebê prematuro receberá as vacinas do primeiro ano de vida indicadas a todos os bebês, mas com algumas particularidades. Uma das diferenças em relação aos bebês que nasceram a termo é a vacina contra hepatite B. Nos prematuros que nascem com menos de 33 semanas ou com menos de 2kg, essa vacina deve ser aplicada em 4 doses ao invés de 3. Podem ser dadas ao nascer, aos 2, 4 e 6 meses ou então ao nascer, com 1, 2 e 6 meses.

Já para receber a vacina BCG, que protege contra a tuberculose, o bebê prematuro precisa estar com, no mínimo, 2kg.

 

A diretora-executiva da ONG Prematuridade.com lembra que um diferencial importante na vacinação dos bebês prematuros é a recomendação do uso de vacinas acelulares, que são desenvolvidas com partículas e não com células inteiras, fazendo com que as reações à vacina sejam menos frequentes e bem mais leves. “Vacinas combinadas, que protegem contra várias doenças ao mesmo tempo, em uma única dose, também são indicadas para os prematuros. A vacina hexavalente, por exemplo, protege contra difteria, tétano, coqueluche, meningite, poliomielite e hepatite B, em uma só aplicação. Prematuros nascidos com menos de 1kg ou abaixo de 31 semanas de gestação têm direito a receber essa vacina, que está disponível nos CRIEs”, fala.

 

Denise ressalta que, apesar de não ser uma vacina, o medicamento imunobiológico “palivizumabe” é de extrema importância para a proteção dos prematuros contra a infecção pelo Vírus Sincicial Respiratório (VSR). O item é disponibilizado, de acordo com alguns critérios, pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2013 e foi incorporado pelo rol da ANS (Agência Nacional de Saúde) em 2018, ou seja, é coberto pelos convênios. As aplicações do medicamento ocorrem durante os meses de maior circulação do vírus, que vai depender da região do país onde o bebê vive. “O VSR é o principal responsável pelas infecções pulmonares infantis, como a bronquiolite, que pode ser muito grave em bebês prematuros”, frisa.

De acordo com especialistas, só é necessário adiar a vacinação do bebê prematuro quando ele está em condição extremamente delicada, como, por exemplo, apresentando pressão arterial instável, distúrbio metabólico e quadros infecciosos, como choque séptico em função de infecção hospitalar ou bronquiolite grave. “Mas com o quadro se estabilizando, mesmo que na UTI neonatal, é preciso vacinar. Vacinas salvam vidas”, conclui. 

A ONG Prematuridade.com tem em sua página na internet uma seção dedicada à imunização onde, além de informações e esclarecimentos, as famílias podem se cadastrar para o recebimento de alertas mensais, por SMS, com lembretes das vacinas necessárias aos bebês. Acesse em prematuridade.com/proteger.

 

Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros – ONG Prematuridade.com

www.prematuridade.com/

 

Observatório da Prematuridade

 https://prematuridade.com/_files/view.php/download/pasta/1/61f96b65a3779.pdf



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