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sábado, 3 de junho de 2023

Open Finance é prioridade para bancos neste ano, afirma pesquisa da Febraban

 ●       Bancos pretendem aumentar em 29% os investimentos em tecnologia

 

De acordo com a Pesquisa de Tecnologia Bancária de 2023 da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o avanço na personalização do relacionamento com o cliente e a consequente exploração de seus dados são as metas dos bancos para este ano. E um caminho para alcançar este objetivo é o Open Finance, pois a plataforma facilita o acesso aos dados e ao histórico dos correntistas, possibilitando, assim, melhor relacionamento.

 

O estudo aponta que o Open Finance está virando tendência e tornando o ambiente bancário mais competitivo, porém ainda falta um longo caminho para que o recurso se torne um novo padrão. Atualmente, 80% dos bancos participantes da pesquisa afirmam que até 10% da sua base de clientes aderiu à plataforma, proporção ainda tímida, mas suficiente para gerar os primeiros casos de uso reais. Porém, para 2023, a maior parte das instituições espera que a adesão aumente, o que indica que o movimento está apenas começando e levará alguns anos para, de fato, se disseminar e amadurecer no mercado brasileiro. 

 

A pesquisa revelou ainda as principais formas de geração de valor para os bancos com o Open Finance. O levantamento mostrou que 75% acreditam que a modalidade vai proporcionar uma maior oferta de produtos financeiros. Para 69%, ela vai funcionar para conhecer melhor o contexto do cliente. Já 44% acreditam que o Open Finance vai oferecer o serviço da Iniciação de Transação de Pagamentos (ITP). Apenas 19% vêem o OF como uma maneira de expandir os negócios não financeiros.

 

Especializada em conectar empresas ao mundo Open Finance, a Finansystech desenvolve soluções de tecnologia completas para que organizações de qualquer tamanho possam explorar as oportunidades desta plataforma. Segundo o CEO da marca, Danillo Branco, os benefícios da utilização da plataforma são inúmeras tanto para os bancos, quanto para os clientes. “Com o Open Finance, as instituições têm uma visão completa dos ganhos e gastos dos clientes. Consequentemente, podemos atender melhor às suas necessidades e expectativas, além de propor créditos e carteiras de investimentos condizentes com a realidade de cada um.”, conta o executivo.

 

Os benefícios da plataforma - tais como comparação de produtos e serviços, facilitação de crédito, interoperabilidade nas transações e experiência de compra diferenciada - poderão ser experimentados pelos clientes, à medida que se expanda a adesão e os players do mercado evoluam nas jornadas digitais.

 

Acerca da segurança, Danilo lembra que o mercado é regulado pelo Banco Central, que proporciona garantias aos consumidores. “O open finance regulado obedece rigorosamente a parâmetros internacionais de proteção de dados, o vazamento de informação é quase impossível. Com o investimento em conhecimento sobre o funcionamento da plataforma a confiança e a adesão virão.”

 

Para que o Open Finance se torne uma realidade, os bancos nacionais devem destinar à tecnologia cerca de R$45,1 bilhões ainda este ano. A cifra representa um avanço de 29% em relação ao ano passado, que teve R$34,9 bilhões investidos, segundo o estudo da Febraban. 



Hard e Soft Skills: entenda as habilidades promissoras no mercado de trabalho

Me. Anderson Barros da Silva, coordenador do curso de Gestão de Recursos Humanos da Cruzeiro do Sul Virtual, explica as principais competências que os profissionais devem se atentar e preparar

 

Por muito tempo o mercado de trabalho valorizou profissionais com habilidades ligadas a cargo ou função que o profissional ocupava e desejava. Contudo, com as constantes mudanças e novas tecnologias, as empresas passaram a falar em competências profissionais, sendo este um fator essencial na hora da escolha de um candidato.  

E neste cenário de novas necessidades do mercado, as companhias e recrutadores passaram a ver com diferencial as habilidades, competências e comportamentos profissionais, que podem ser desenvolvidas, mobilizadas e consolidadas, além de cursos e certificados.  

De acordo com o Me. Anderson Barros da Silva, coordenador do curso de Gestão de Recursos Humanos da Cruzeiro do Sul Virtual, atualmente tem dois conceitos destaques no mercado de trabalho que estão sendo considerados com grande diferencial competitivo: Hard Skills e Soft Skills. “Estes são um conjunto de diferentes habilidades, que conhecemos como competências, que as pessoas podem possuir”.  


Mas o que são Hard e Soft Skills?  

As hard skills referem-se ao conjunto de habilidades técnicas, isso é, às competências específicas e tangíveis, seja de uma área ou campo específico. “Estas são geralmente adquiridas por meio de treinamento de educação formal e experiência prática, como as de um curso técnico, tecnológico, bacharelado e licenciatura. Assim como podem ser avaliadas por uma aptidão em relação ao domínio e operação das novas tecnologias e software, conhecimento de idiomas estrangeiros, entre outros,” explica Anderson.  

Já as soft skils, o professor destaca que estão relacionadas a competências de comportamento, ou seja, são habilidades comportamentais e sociais que não estão necessariamente relacionadas a conhecimentos técnicos específicos, justamente por esse motivo, estas são mais difíceis de serem quantificadas, avaliadas e ensinadas formalmente, pois estão relacionadas aos traços de personalidade, atitudes e desenvolturas interpessoais. “Essas representam as desejadas competências socioemocionais, que incluem as habilidades de comunicação, liderança, pensamento crítico, colaboração, empatia, resolução de problemas, criatividade, adaptabilidade e inteligência emocional. O grande diferencial é que essas competências são transferíveis e podem ser aplicadas em várias situações e contextos”. 

“Ambas são importantes no mercado de trabalho, e, muitas vezes, uma combinação equilibrada das duas tem sido a grande procura dos empregadores, pois, enquanto as hard skills são essenciais para realizar tarefas técnicas e específicas do trabalho, as soft skills são fundamentais para aprimorar a comunicação, colaboração, liderança e adaptabilidade, tornando-se valiosas em qualquer ambiente de trabalho”, diz o professor de Gestão de Recursos Humanos. 

Pensando no cenário de soft e hard skills valorizadas no mercado de trabalho, que está em transformação, o que acaba por exigir profissionais capacitados agir de forma inovadora e empreendedora, Anderson Barros elencou as habilidades e competências promissoras para os profissionais considerarem em sua trajetória. 

Entre as soft skills mais solicitadas encontramos: Comunicação Efetiva, Inteligência Emocional, Pensamento Crítico-reflexivo e Solução de Problemas, Trabalho em Equipe e Colaboração, Adaptabilidade e Flexibilidade, Liderança e Pensamento Criativo.  

Já as hard skills mais procuradas no mercado de trabalho atualmente são: Ciência de Dados e Análise, Desenvolvimento de Software e Programação, Inteligência Artificial (IA) e Aprendizado de Máquina, Cibersegurança, Cloud Computing, Análise de Negócios, Design Gráfico e UX/UI Design e Marketing Digital.  

Barros aponta que os profissionais devem se atentar ao fato de que a demanda dessas competências pode variar de acordo com o setor, a função e a cultura organizacional, bem como em decorrência das tendências de mercado, que estão em transformação. Assim sendo, é essencial acompanhar as últimas tendências e requisitos do setor, assim como pesquisar e entender as necessidades específicas do mercado, que se tem interesse. 

Para desenvolver as softs e hard skills promissoras, o professor recomenda sempre se manter atualizado sobre as tendências de mercado e mudar. É importante mudar o mindset, de fixo, para crescimento, buscando adotar e manter uma postura de aprendizado ao longo da vida, mais conhecido como “lifelong learning”, com especializações específicas e contínua. Outro ponto fundamental é o autoconhecimento e autoconsciência, em que as pessoas devem conhecer suas próprias habilidades, pontos fortes e áreas de melhoria, pois isso permitirá que seja trabalhado o desenvolvimento de habilidades comportamentais relevantes para o mercado de trabalho atual”. 

Por fim, o coordenador de Gestão de Recursos Humanos da Cruzeiro do Sul Virtual, ressalta que além dos profissionais se atentarem no investimento de especializações específicas, é necessário profissionais capazes de atuar de forma eficiente e eficaz com habilidades comportamentais socioemocionais. “Portanto, investir em Hard e Soft Skills pode ajudar a construir uma carreira sólida e bem-sucedida. É importante avaliar as necessidades do campo de atuação, que se tem interesse, e buscar oportunidades de aprendizado e desenvolvimento, tanto nas habilidades técnicas específicas da área, quanto nas habilidades comportamentais”. 


Brand safety é prioridade para a publicidade digital

O projeto de lei que impõe regras de moderação de conteúdo às plataformas digitais o PL 2630/2020, também conhecido como PL das Fake News, vem sendo amplamente difundido nas redes nos últimos dias. Entre as principais falas do texto, na prática, as empresas podem ser punidas por conteúdos de usuários que incitem ou configurem crimes como os de terrorismo, racismo e violência contra crianças e adolescentes. Mas, para além da discussão de polarização que o tema apresenta, vamos trazer para a realidade da publicidade digital um tema relevante: a segurança das marcas nos anúncios da internet.  

Na rede encontramos  desde sites que nos mostram temas relevantes e ótimos conteúdos, até outros que só existem para violar a segurança dos dados pessoais dos usuários. São também infindáveis assuntos impróprios num contexto de volatilidade social; com questões como sexualidade explícita, crise econômica, polarização social e política, além de outros temas sensíveis. São necessários anos e um grande investimento, para que as marcas construam uma reputação de acordo com a sua filosofia. Porém, um pequeno descuido na hora de programar uma campanha digital, nesses espaços, pode destruir todo o esforço em questão de minutos. 

Tudo isso tem sido preocupação das empresas que convivem regularmente com seus usuários, clientes ou comunidades na web. Seus estrategistas sabem que, na internet, uma boa imagem não é apenas sinônimo de confiança e credibilidade do usuário, mas, também, de muito trabalho na criação, manutenção e blindagem da marca como tal. 

O termo “Brand Safety” ganhou força em 2017 quando algumas empresas decidiram reduzir o investimento em publicidade na plataforma de vídeos YouTube, após alguns dos anúncios criados para ela terem sido inseridos em vídeos com conteúdo impróprio; ou seja, com mensagens carregadas de ódio, racismo, violência, dentre outros. De acordo com o estudo “The New Brand Safety Crisis”, da empresa de inteligência artificial GumGum, 75% das marcas relataram pelo menos uma exposição insegura no passado e 70% dos entrevistados consideraram uma decisão estratégica tomar medidas de segurança. 

Por conta disto - e após uma série de medidas seletivas por parte da plataforma e aperfeiçoamento de algumas ferramentas tecnológicas de IA como a análise contextual do DynAdmic -  foram delineadas estratégias de publicidade digital, cujo objetivo não era apenas centrar-se na geração de tráfego para um site, mas privilegiar que a presença da marca coexista apenas em inventários alinhados com seus valores ou que não contivessem conteúdo impróprio. 

De acordo com o famoso Edelman Barometer, 81% das pessoas em todas as regiões geográficas, idades, gêneros e níveis de renda, consideram a confiança um fator decisivo na hora de fazer uma compra. Com base nisso, marcas, agências e estrategistas em geral, devem enfatizar seu posicionamento no ambiente digital. 

Um exemplo claro disso é o caso das duas Poppys: ambas dançam, cantam, são rosas e são desenhos animados, além de terem milhares de vídeos na internet. Porém, há uma grande diferença entre essas duas personagens, uma faz parte do universo infantil, do filme  Trolls. A outra  pertence ao jogo de terror adulto Poppy Playtime. Em que contexto você acha que uma marca familiar gostaria de anunciar?


A blindagem da marca 

Segundo a Forrester Consulting, 47% dos entrevistados em um estudo sobre reputação de marca acham que falhar no Brand Suitability, conceito mais amplo de Brand Safety - que se refere ao alinhamento entre os valores da marca e o contexto publicitário - gera uma perda de confiança por parte do consumidor final e, consequentemente, perda de negócios. 

Em decorrência desses dados, a vulnerabilidade nos sites deve ser considerada pelas agências, editoras e anunciantes como falhas na segurança, tendo, então, um controle de onde são feitas as inserções publicitárias.  

Para trazer a marca para um nível mais seguro, no universo digital, todo o método pode se referir à capacidade de escolher o perfil de risco certo: baixo, médio ou alto risco. Posteriormente, cabe-lhe a si definir a estratégia da campanha de acordo com os objetivos e tolerância ao risco.

 

Brand safety é o ponto extra da jogada 

Para evitar problemas que levam as marcas a aparecer em sites com conteúdo nocivo, podemos listar algumas dicas. A primeira delas é a segmentação contextual, que tem se tornado uma grande aliada para anunciantes e publishers. Com ela é possível transformar áudio e vídeo em texto, de forma que a tecnologia de inserção publicitária possa identificar palavras-chave e posicionar o anúncio de forma adequada dentro do ambiente. 

Na Equativ, observamos que essa ferramenta também otimiza o desempenho em pelo menos 80%, o que evita o desperdício de orçamento de anúncio e garante melhores espaços para impactar os usuários desejados. 

Outra solução é a transparência entre ambas as partes. Os anunciantes devem sempre ter acesso ao estoque que estão comprando, em contrapartida, os publishers precisam ser claros para que os anunciantes possam construir uma campanha segura e de confiança. 

Os estoques também precisam ser categorizados, com isso evitam-se investimentos em conteúdos de risco. Da mesma forma, a automação tem um limite e verificações adicionais úteis para detectar qualquer inventário questionável. É necessária uma estratégia segura para as marcas, caso contrário, os danos à reputação de uma empresa acarretam custos muito elevados e podem até ser irreparáveis. 

Embora a Inteligência Artificial (IA) seja uma grande aliada para a inserção publicitária, a segurança das marcas precisa ser mais garantida, por nós, que estamos dentro da indústria adtech. As empresas estão entregando sua confiança e imagem em nossas mãos; por isso, precisamos ser um suporte e não o contrário.


Especialista dá dicas para aumentar seu networking e fala da importância de ter conexções

Criador do maior evento brasileiro de network do mundo, Bruno Avelar dá dicas para aumentar o networking e fala sobre a importância das conexões

 

O network é a base do sucesso de qualquer negócio. A arte do networking é poder construir uma rede de contatos que possa potencializar oportunidades através de relacionamentos. Segundo o empresário Bruno Avelar, especialista no assunto, a troca de conhecimentos e experiências é fundamental, seja para fortalecer laços, estreitar negociações ou se destacar no mercado. 

Para ele, existem alguns passos que precisam ser seguidos para conseguir construir uma eficiente rede de networking: 

“Conviver com pessoas de diferentes segmentos e que possam influenciar nas suas conexões é uma forma de aprimorar o crescimento interpessoal e se aproximar dos seus objetivos profissionais. Independentemente do segmento, o networking traz inúmeros benefícios e um grande reconhecimento. Já é de conhecimento comum que ser bem sucedido na área escolhida está diretamente ligado aos relacionamentos cultivados dentro e fora do ambiente de trabalho. Ter uma boa rede de contatos não é uma opção, é indispensável. Sem relacionamentos, não existe negócio”, disse Avelar, que complementou: 

“Com as conexões certas você vai alavancar seu empreendimento e caminhar lado a lado com quem pode te ajudar a impulsionar sua carreira para o futuro”. 

Avelar afirma que um bom network é feito de forma orgânica e muda a maneira como você é visto, fazendo com que se torne uma referência, já que as pessoas estarão cientes de quem você é e o que você faz.  

“Essa visibilidade é fundamental e te transforma em uma pessoa confiável, com uma boa reputação. A reputação aqui é a chave para uma rede de relacionamentos de sucesso”, falou. 

Bruno é um empreendedor, mentor e escritor brasileiro, CVO (Chief Visionary Officer) de diversas empresas e criador do ‘O Poder do Network’. O encontro é o maior evento brasileiro de network do mundo e já impactou há mais de 14 mil empresários nos Estados Unidos.  

“Falando por experiência própria, o network foi a base das minhas conquistas. Não fazemos nada sozinhos e precisamos de pessoas em todas as áreas da vida. Como estratégia, sempre tentei fazer com que outras pessoas me apresentassem, ao invés de me apresentar, o que já gera confiança, credibilidade e autoridade. Mas lembre-se: devemos ser intencionais na construção de um novo relacionamento, mas nunca interesseiros”, disse.

 

COMO SER UM MESTRE NA ARTE DO NETWORKING? 

1- Pague o preço para estar onde os melhores estão. São nos ambientes mais restritos que você fará as melhores conexões e neste momento sua postura e comportamento serão fundamentais para que isso aconteça. Você já deve ter percebido que muitas pessoas conseguem empregos e oportunidades porque fizeram um bom trabalho e foram reconhecidas. 

A famosa "indicação" é algo comum quando se tem uma rede de contatos sólida, com uma base que é nutrida constantemente, sempre atrelado a um bom trabalho, claro.

 

2- Para seu networking ser um sucesso, é preciso saber que existem modos de tratar suas conexões que podem alavancar sua rede de contatos ou prejudicar sua reputação. Pessoas que buscam apenas se relacionar a qualquer custo, priorizando a quantidade em detrimento à qualidade, acabam agindo da forma oposta ao que é recomendado. Network é um dom que precisa ser moldado.

 

3- É muito comum, também, se sentir inseguro demais para criar vínculos com outros profissionais. É preciso deixar a vergonha de lado e inspirar confiança. Se você não confia em si mesmo, como outros irão? Descubra o que a pessoa que você quer se conectar gosta, com quem ela convive.

 

4- Estude e melhore seu storytelling e aprenda a se comunicar melhor.

Assim você conseguirá avançar.

Inicialmente, a criação de laços deve ser feita de forma espontânea. Não se deve se aproximar de alguém apenas esperando receber algo em troca. O ideal é que você crie e mantenha seus relacionamentos de forma natural e que tenha interações constantes, não apenas quando tiver necessidade de algo que possam fornecer. 

Relacionamento é sobre dar, e não pedir. O retorno vem automaticamente. A sabedoria do network está na paciência de esperar a maturação do relacionamento. Você não planta uma árvore hoje e colhe frutos no dia seguinte, você precisa entender que em algum momento Deus irá usar pessoas para te levar para o próximo nível. Jesus foi o maior estrategista que já passou pela terra, e seguir alguns princípios básicos, como servir e presentear, irá te levar ao ápice do relacionamento. 

A probabilidade de que a pessoa se lembre de você, e, mais importante, do que você faz, é muito grande se você puder inspirar confiança e amizades recíprocas.

 

5- Procure estar no lugar certo, na hora certa. Você precisa saber porquê, como e o que. Onde estar, quando estar e com quem estar. Manter um bom relacionamento com a rede de contatos que você construiu é uma ação que deve ser priorizada todos os dias. Com a internet e as redes sociais se tornou ainda mais simples fortalecer seus laços e sua marca pessoal. 

Parece ingênuo, de início, atrelar o segredo do sucesso às pessoas que convivemos. Mas é uma realidade fortíssima. Como já bem diz o famoso versículo de Provérbios: “diga-me com quem tu andas, que te direi assim quem tu és”. Valorize os contatos em que pode confiar, e o seu sucesso será sem limites. Assim, alcançar seus objetivos pessoais e profissionais será apenas uma questão de tempo. 

Existem erros básicos na construção de um network. Bruno listou os mais comuns: 

* Abordagem no momento errado e de forma errada;

* Acessar pedindo, e não servindo;

* Não investir no social;

* Não pagar o preço achando que não é necessário;

* Não deixar pessoas que são âncoras para trás;

* Não acreditar no seu potencial por não estar preparado;

* Ter problemas de autoestima por gatilhos do passado;

* Não se comportar e vestir da forma correta;

* Não frequentar os ambientes adequados;

* Não ser um solucionador de problemas;

* Desistir achando que já fez demais pelo outro e ainda não teve retorno;

* Não entender que relacionamentos não devem ser quebrados, pois não têm prazo de validade.


Reflexões Sobre Empreendedorismo e Metodologias Ativas

Fazer uma graduação pode desenvolver competências que preparam jovens para empreender. Recentemente, uma reportagem questionava a capacidade das instituições de ensino superior de desenvolverem conhecimentos e habilidades suficientes para incentivar o empreendedorismo. A reportagem se baseava em uma pesquisa realizada pela ABMES – Associação Brasileira de Mantenedoras de Ensino Superior - em parceria com a Educa Insights e relatava que somente 32% dos jovens pesquisados acham que a faculdade oferece cursos que estimulem os alunos a colocarem a mão na massa para desenvolver soluções inovadoras para velhos problemas. Assim, para reverterem essa percepção e serem capazes de prepararem os jovens para empreender, as próprias instituições de ensino precisam inovar no seu processo pedagógico.

Para entendermos tal possibilidade, precisamos revisitar o que é empreendedorismo, suas abordagens acadêmicas e as práticas pedagógicas que podem ser usadas para atingir o objetivo de uma formação empreendedora.

Empreender é essencialmente o processo de identificar oportunidades e criar soluções inovadoras para aproveitar essas oportunidades. Tradicionalmente, as instituições de ensino costumam preparar seus estudantes para descobrir uma oportunidade, buscar recursos para o projeto e desenhar um plano para sua implantação. A partir dessa abordagem, as decisões são tomadas de forma racional com base em informações relevantes disponíveis e no cálculo da expectativa de retorno oferecida por cada opção identificada e analisada. Como produto dessa análise, os estudantes produzem um plano de negócios. Essa abordagem é conhecida como Abordagem Causal.

Contudo, na vida real, empreendedores não agem de forma tão racional. Em condições de incerteza, empreendedores adotam uma lógica de decisão diferente do modelo tradicional e racional. A lógica que prevalece é baseada no processo experimental e no aprendizado interativo, onde o empreendedor busca encontrar a melhor combinação dos meios que ele tem disponíveis. Eles partem do que conhecem e de quem conhecem, interagindo com as pessoas que elas conhecem. Nesse processo, o empreendedor experimenta, considera quais são as perdas aceitáveis, é mais flexível e trabalha com pré-acordos com quem conhece. Ou seja, não é um processo nem racional, muito menos linear. Essa abordagem é chamada de Abordagem Effectual.

Embora as duas abordagens sejam complementares, a abordagem effectual é muito mais próxima da dinâmica real de empreendedorismo que a abordagem causal. O problema é que tipicamente, as instituições de ensino preparam seus estudantes somente para a abordagem causal.

Para desenvolver a abordagem effectual em seus cursos, as instituições de ensino não podem se basear em práticas pedagógicas que privilegiem somente a dimensão cognitiva. As aulas tradicionais, que a reportagem em questão diz serem baseadas em um saber enciclopédico, são conteudistas.

É então que se faz urgente e necessário o desenvolvimento de práticas pedagógicas inovadoras, as metodologias ativas. Para formar empreendedores, as instituições de ensino precisam se preocupar em desenvolver competências e não somente conhecimentos. Quando o foco muda para a competência, as estruturas curriculares passam a considerar não somente os conhecimentos necessários, mas precisam também desenvolver habilidades e atitudes. Algumas das metodologias ativas mais indicadas para desenvolver as competências empreendedoras no ensino superior são a Aprendizagem Baseada em Projetos e a Aprendizagem Baseada em Problemas.

Nas duas metodologias, os estudantes são confrontados com dilemas e precisam em grupo criar soluções. Para tanto, desenvolvem habilidades e atitudes. Os estudantes exercitam a autonomia porque se tornam protagonistas do seu processo de aprendizagem e dos caminhos que seus projetos desenvolvem. Os estudantes precisam negociar com outros atores os recursos necessários e, como os projetos são desenvolvidos em grupo, precisam saber influenciar e mobilizar as pessoas. Praticam assim também a capacidade de trabalharem em grupo. Precisam ser flexíveis e tomar decisões com base em perdas aceitáveis. As atividades não privilegiam somente as análises racionais, mas também o processo experimental. Por exemplo, como os estudantes podem calcular a demanda de um negócio que ainda não existe? Ou como calcular o preço considerando custos que ainda não se compreendem? 

São fartos os estudos que reforçam a importância da Hélice Tríplice para o fomento da inovação e do empreendedorismo. A interação entre universidades, empresas e governo é a chave para a inovação e o empreendedorismo, isso porque a universidade é a geradora do conhecimento. Nesse sentido, desempenha papel fundamental na transferência de tecnologia e na incubação de novas empresas. Contudo, ela precisa assumir seu protagonismo na formação das mentes que impulsionarão o empreendedorismo e para isso, a sala de aula precisa mudar com a adoção de metodologias ativas que privilegiem o desenvolvimento de competências empreendedoras. Não será somente com uma disciplina de empreendedorismo, em uma sala de aula expositiva, que se forma um empreendedor.


Flávia Freitas -Coordenadora da Graduação em Administração e em Marketing da FACHA


Dia dos Namorados: três canais para alavancar as vendas em 2023

As datas comemorativas sempre são excelentes épocas para alavancar as vendas das empresas, especialmente, o Dia dos Namorados. Considerada como a terceira data mais importante para o comércio brasileiro, uma boa estratégia de marketing é capaz de trazer excelentes resultados para os lojistas, seja qual for o seu segmento. Mas, é preciso se preparar desde já para sua chegada, identificando os desejos de seu público-alvo e, acima de tudo, quais os melhores canais para atender essa demanda.

Em um relatório divulgado pela All In, o faturamento registrado nessa época em 2022 ultrapassou a marca dos R$ 6,5 bilhões para o varejo. Fora a quantia surpreendente, outros insights valiosos observados neste estudo dizem respeito ao comportamento do consumidor, que prezou pela praticidade e simplicidade. Os canais digitais ganharam imenso destaque na jornada de compras, valorizando soluções mais conectadas, inteligentes e eficientes que tornem sua experiência mais rica e memorável.

Com o crescimento do e-commerce, mudaram-se as estratégias utilizadas para se conectar com o seu público, que agora é, em sua maioria, bem mais digital. E, para atender essa necessidade evidente, confira os três canais que mais trarão benefícios para alavancar as vendas no Dia dos Namorados:

#1 WhatsApp: este é o meio de maior alcance em todo o mercado brasileiro, sendo a ferramenta mais utilizada pela equipe de vendas de 86% das empresas do país para contatar leads, segundo a pesquisa Panorama de Vendas. Do lado do consumidor, a preferência também se destaca, com 83% dos usuários que preferem ser atendidos por este aplicativo de mensageria, de acordo com o relatório da All In. Em épocas comemorativas como o Dia dos Namorados, as empresas podem investir na criação de comunidades de clientes, onde podem compartilhar informações sobre produtos, realizar promoções exclusivas, enviar links diretos para páginas de produtos ou catálogos virtuais e fornecer suporte pós-venda. E, para agilizar este atendimento, a plataforma também permite a automação de respostas por meio de chatbots, garantindo uma experiência satisfatória para o cliente e permitindo-lhes alcançar um público mais amplo para aumentar suas conversões de maneira eficaz.

#2 Instagram: entre todas as redes sociais, o Brasil é o 2º país em número de usuários de Instagram, na qual, segundo uma pesquisa da Opinion Box, 82% seguem alguma marca ou empresa. Em meio a tantos acessos diários, essa é uma plataforma que não pode deixar de ser explorada no Dia dos Namorados. Além de poderem enviar vídeos curtos, fotos e imagens em carrossel para ajudar na educação de uso de produtos e serviços, essa plataforma permite que as empresas patrocinem anúncios, gerem cliques, conversões, visualizações de vídeos e conversas em direct através do Instagram Ads ou, diretamente na loja da marca. A possibilidade de realizar essas estratégias de forma segmentada direcionando para um público específico com base em interesses, localização e demografia, eleva ainda mais a conversão dos clientes, que podem adquirir os produtos diretamente no aplicativo, sem a necessidade de redirecionamento para outros sites.

#3 RCS: criado pelo Google, é conhecido como a “evolução do SMS”, e considerado como um dos mais novos e promissores canais de comunicação do mercado. Seus recursos avançados o tornam um canal estratégico para o Dia dos Namorados, oferecendo uma experiência mais rica e interativa em comparação com as mensagens de texto tradicionais. Isso acontece pois, nele, as empresas podem envolver seus clientes de forma personalizada, utilizando elementos como imagens, vídeos, botões interativos e carrosséis de produtos no envio de mensagens, junto com uma confirmação de leitura e a possibilidade de rastrear a entrega, o que é especialmente útil para o e-commerce. Para ajudá-las no alto volume de vendas da data, o RCS permite ainda a automatização das mensagens por meio de lembretes de carrinho abandonado ou atualizações de pedidos, aumentando a eficiência e a conveniência para os clientes.

Cada um desses canais permitirá que as empresas intensifiquem o relacionamento com seus clientes de forma mais envolvente e personalizada, melhorando a experiência de compra e impulsionando as vendas. Mas, para isso, precisam planejar todas as ações com antecedência, estudando as necessidades de seu público-alvo para criar estratégias assertivas e, ainda, alocar adequadamente seus recursos, evitando situações de escassez de produtos, atrasos na entrega e problemas de atendimento.

A experiência do cliente deve ser o foco principal das ações desta data comemorativa, o que envolve desde a criação de uma jornada de compra fluida e conveniente, até o fornecimento de um atendimento personalizado e eficiente. Quanto maior for este cuidado, melhor será a capacidade de inovação e aprimoramento contínuo dos produtos e serviços e, assim, a criação de relacionamentos duradouros que promovam a fidelidade do consumidor à marca.

 

Thiago Gomes - Diretor de Customer Success da Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.


Como a inteligência artificial está moldando os processos de recrutamento e seleção

De acordo com Alisson Souza, CEO da abler, essas ferramentas existem para apoiar o setor de RH, e não substituir o papel dos recrutadores


A inteligência artificial tem a capacidade de otimizar os processos de recrutamento e seleção, trazendo consigo o poder de analisar grandes volumes de dados de forma ágil e precisa. 

Com a automatização da triagem de currículos, avaliação comportamental e técnica e a identificação de candidatos com alto potencial, a inteligência artificial se tornou uma ferramenta indispensável para aprimorar todo o ciclo de contratação, proporcionando eficiência, imparcialidade e resultados mais assertivos às empresas.

De acordo com Alisson Souza, CEO da abler, startup que tem o propósito de trazer facilidade na gestão dos processos seletivos, as IA’s são capazes de otimizar todo o processo de seleção. “O uso de inteligência artificial pode facilitar o dia a dia do recrutador, além de contribuir para a redução dos custos operacionais do recrutamento ao trazer mais produtividade para o setor.”, relata.

A capacidade de lidar com um grande número de dados também é um ponto positivo das IA’s. “Essas ferramentas podem lidar com uma quantidade enorme de currículos, vagas e candidatos, auxiliando os profissionais de RH a terem maior efetividade no recrutamento. Com todas essas informações em mãos, as inteligências artificiais podem realizar análises para entender qual é o candidato ideal para a vaga em questão”, pontua.

Segundo o especialista, a área de recursos humanos conta com outros artifícios que facilitam os processos seletivos. “Existem soluções para apoiar o ranqueamento de currículos de acordo com o perfil desejado ao disponibilizar a vaga, auxiliando na otimização do tempo do recrutador na triagem de currículo e aumentando a assertividade para o preenchimento das vagas. A tecnologia tem o poder de ajudar, ainda, na análise de candidatos com testes técnicos, comportamentais e de fit cultural. Além de proporcionar movimentos mais certeiros, essas soluções são capazes de reduzir os custos operacionais”, declara Alisson.

O CEO aponta ainda que ferramentas como o ChatGPT podem contribuir na automação de procedimentos repetitivos, como a criação de descrições para as vagas disponíveis. “Além disso, a solução pode facilitar a introdução de informações sobre a empresa e auxiliar na triagem de currículos, agilizando uma seleção em massa dos melhores candidatos. O ChatGPT também é capaz de criar perguntas para uma entrevista inicial, desde que o recrutador forneça informações que auxiliem a IA a criar questionamentos que façam sentido”, revela. 

Muitos acreditam que essas tecnologias irão substituir a figura do recrutador. No entanto, para Alisson Souza, esse não é o caso. “A inteligência artificial não está aqui para substituir a interface humana, mas sim apoiar. O ChatGPT, por exemplo, pode auxiliar o recrutador a otimizar o seu tempo, ranqueando com mais facilidade os currículos que ele vai analisar e oferecendo um melhor entendimento de quais candidatos têm mais aderência às vagas disponíveis. Ainda assim, é papel do recrutador ler os currículos, entender a experiência dos candidatos, realizar uma entrevista estruturada e captar, de fato, se o perfil se encaixa ao da empresa. Por mais que as ferramentas possam auxiliar no processo de recrutamento, é o recrutador que irá realizar a análise, se fazendo presente naquele momento para entender todo o cenário. São soluções para otimizar o processo, tornando o recrutamento ainda mais estratégico”, finaliza.

 

Alisson Souza - Trabalha há 15 anos no mercado de Tecnologia, sendo os oito últimos no mercado de Recrutamento e Seleção, onde foi Gestor de Tecnologia da Informação em uma das maiores consultorias de Recrutamento e Seleção do Brasil. Pós-graduado em Startups e Future Management pela HSM University, é apaixonado por inovação, negócios digitais e R&S. No final de 2017 co-fundou a abler, plataforma para Recrutamento e Seleção (SaaS – ATS) 100% focada no aumento de produtividade e consequentemente na redução do tempo de fechamento das vagas. Neste negócio já auxiliou mais de 300 clientes a fechar 55 mil vagas na média, em 15 dias.


abler
https://abler.com.br/


Junho Verde: Instituto CEJAM promove ações sustentáveis e de conscientização ao combate à poluição plástica

A programação do mês contará com shows, feiras de exposições, inauguração de brinquedoteca sustentável, lançamento de programa de coleta, assinatura de termo de redução de plástico e webinars

 

Em alusão à campanha nacional "Junho Verde", o Instituto CEJAM, braço socioambiental do CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim", realizará uma série de ações voltadas ao meio ambiente e à sustentabilidade.

A programação terá início no Dia Mundial do Meio Ambiente, 05 de junho, às 19h30, e oferecerá apresentações musicais gratuitas de artistas locais, que são voluntários, no CEU Vila do Sol, no Jardim Ângela, Zona Sul de São Paulo.

Durante o período também será realizada a virada ambiental, em que todos poderão participar de feiras com exposições, oficinas e interações que têm como objetivo impactar e sensibilizar em relação à poluição plástica e suas consequências para a saúde humana e para o planeta.

A "virada ambiental" ocorrerá em dois momentos: o primeiro no CDC Maria Caetano, também no Jardim Ângela, em 5 de junho, e o segundo no CEU Capão Redondo, em 7 de junho, ambos das 9h30 às 14h.

"Neste mês, repleto de eventos e atividades, o CEJAM convida a todos a refletir e colocar em prática atitudes que visam à preservação e ao bem-estar ambiental, confiando que, por esse caminho, seremos capazes de transformar vidas", afirma Everton Tumilheiro, supervisor ambiental do Instituto CEJAM.

Além das ações culturais, o mês de junho contará com o lançamento de projetos como o "Devolva-me" em Mogi das Cruzes. A iniciativa integra o programa CEJAM Recicla, do Instituto CEJAM, e possibilitará que cada unidade de saúde do município, sob gestão da instituição, receba um kit de lixeiras para coletar pilhas, baterias, óleo de cozinha e lixo eletrônico da população local. Todos os materiais coletados serão destinados corretamente pela organização e por empresas parceiras.

O mês também será especial para as crianças atendidas no Hospital Geral de Itapevi, gerenciado pelo CEJAM em parceria com a Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. Isso porque o Instituto realizará a inauguração de uma Brinquedoteca Sustentável no espaço, na manhã do dia 19.

"A brinquedoteca sustentável foi projetada com concepções socioambientais e beneficiará os pacientes com um espaço lúdico, contemplativo e de aprendizado. O local contará com uma horta suspensa e móveis confeccionados a partir da reutilização de pneus. Além disso, serão desenvolvidas semanalmente oficinas educativas com a participação de voluntários", ressalta Everton.

Durante o cronograma "Junho Verde", os colaboradores do CEJAM também participarão de um encontro que terá como finalidade debater o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde, com o objetivo de atualizar os seus conhecimentos por meio da contribuição de autoridades no assunto.

Além de todas as ações, o grande destaque será a reunião on-line para firmar o compromisso institucional do CEJAM em reduzir o plástico em suas operações. Assim, para encerrar a intensa programação, no último dia do mês, 30 de junho, serão apresentados os objetivos e metas para o combate à poluição plástica na organização.

"A redução do uso de plástico no setor da saúde é crucial para mitigar os impactos ambientais, promover a saúde humana e preservar nosso planeta. Por essa razão, estamos empenhados em diminuir sua utilização em todas as unidades de saúde que gerenciamos, reafirmando nosso compromisso com uma agenda sustentável", enfatiza Ademir Medina, CEO do CEJAM.

 

II Semana do Meio Ambiente CEJAM

O Instituto CEJAM também realizará a “II Semana do Meio Ambiente do CEJAM”, que ocorrerá entre os dias 19 e 23 de junho. Durante as datas, serão promovidos uma série de webinars abertos ao público, que abordarão diversos temas relacionados ao meio ambiente. Os conteúdos serão transmitidos por meio do canal do YouTube do CEJAM, sempre às 11h da manhã.

Confira abaixo a programação completa:

  • 19/06 - Webinar “Gestão de Resíduos”
  • 20/06 - Webinar “Eficiência Hídrica”
  • 21/06 - Webinar “Eficiência Energética”
  • 22/06 - Webinar “Ambiência em Saúde”
  • 23/06 - Webinar “Compras Sustentáveis”.

 

Instituto CEJAM

CEJAM - Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”
cejam.org.br/noticias


Kantar: Consumo dentro do lar cresce 8,5% em volume no primeiro trimestre de 2023

Relatório aponta que brasileiros priorizam marcas econômicas e cestas essenciais

 

Com a inflação amenizada (previsão de 6,05% em 2023), o menor índice de desemprego desde 2015 (8,8% no primeiro trimestre deste ano) e o reajuste do salário-mínimo em +2,8%, os brasileiros estão retomando o consumo dentro do lar. Na comparação entre o primeiro trimestre de 2022 e o mesmo período de 2023, houve alta de 21,2% no valor das compras, 9,9% em unidades e 8,5% em volume. 

Apesar do cenário mais otimista, as informações do Consumer Insights 2023 – levantamento produzido pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria – apontam que o consumidor consolida a migração para marcas mais acessíveis. Isso porque os produtos econômicos foram os que sofreram menor variação de preços entre março de 2022 e o mesmo período deste ano. 

Enquanto o preço médio por unidade de marcas econômicas variou +9,4%, os produtos premium sofreram alteração de +17,9% e os mainstream de +16,5%. 

É válido destacar que as marcas econômicas são mais consumidas pelo público jovem. 16,4% dos brasileiros até 29 anos de idade adquirem produtos desse tipo – maior porcentagem entre as faixas etárias estudadas pela Kantar. Enquanto isso, as pessoas acima de 50 anos de idade são as que mais compram itens premium (17,6%). 

Junto à priorização de marcas econômicas vem também a escolha por cestas essenciais. Na comparação entre o primeiro trimestre de 2022 e o mesmo período deste ano, as commodities cresceram 8,5% em unidades e 2% em ocasiões nos carrinhos dos brasileiros. O destaque fica com leite UHT, óleo de soja e açúcar. 

Outra categoria que ganhou relevância foi a mercearia salgada, que cresceu 14,8% em unidades e 6% em ocasiões. Salgadinhos, massas tradicionais e massas instantâneas foram os maiores destaques. Enquanto isso, a mercearia doce apresentou alta de 9,8% em unidades e 8% em ocasiões. Biscoitos, chocolates e creme de leite foram as principais contribuições. 

O Consumer Insights 2023 acompanha o comportamento do comprador de maneira contínua, trazendo uma visão em 360º dos bens de consumo massivo – alimentos, bebidas, artigos de limpeza e itens de higiene e beleza pessoal. Para dados dentro do lar, a Kantar consultou 11.300 domicílios de todas as regiões e classes sociais do País, representando 60 milhões de lares.

 

Kantar

 

Déficit de armazenagem e riscos de intempéries preocupam o agronegócio

Até mesmo os produtores que contam com boa estrutura de armazéns e silos em suas fazendas podem se deparar com problemas que resultam na deterioração da produção agropecuária


O Brasil enfrenta desafios para armazenar a produção agropecuária. Atualmente, há um déficit de cerca de 115 milhões de toneladas em capacidade de armazenamento, de acordo com estimativa da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), o que pode causar muitos prejuízos aos produtores.

Para se ter noção do déficit, basta comparar o Brasil com outros países. Segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), nas fazendas americanas, canadenses e argentinas, os produtores detém capacidade instalada de armazenagem de cerca de 65%, 85% e 40%, respectivamente. Enquanto isso, no Brasil, o índice fica em torno de apenas 14%.

A falta de estrutura adequada para armazenar grãos e outros produtos agrícolas pode resultar em perdas significativas relacionadas com o acondicionamento inadequado, com danos causados por fatores como umidade, temperatura inadequada e incidência de microrganismos.


Riscos do segmento

Mesmo aqueles que investem em infraestrutura e conseguem armazenar suas produções corretamente também enfrentam riscos. A ocorrência de intempéries, como chuvas excessivas, vendavais e queda de raios, pode prejudicar a estrutura de silos e armazéns, o que torna a contratação de um seguro uma medida essencial para proteger o patrimônio.

“O silo ou armazém representam o ‘cofre’ do dinheiro do produtor. Tudo que ele produziu depende disso. Então é importante contratar um seguro para manter a estabilidade e a integridade desse ‘cofre’ que é a benfeitoria para armazenagem”, afirma Fabio Damasceno, diretor de agronegócios da FF Seguros.

Estruturas de armazenagem

Há diferentes tipos de benfeitorias que desempenham função de armazenagem, construídas com materiais como concreto, metal, alvenaria e madeira. A opção mais popular é o silo metálico, uma estrutura cilíndrica fabricada geralmente com aço galvanizado e uma base de concreto. O silo metálico é uma benfeitoria resistente e durável que pode armazenar grãos por longos períodos.

No interior desse silo, há sistemas com sensores que monitoram e coletam dados de temperatura e umidade, além de mecanismos para promover a ventilação no ambiente, com o objetivo de manter os grãos com qualidade e segurança, evitando a proliferação de fungos e bactérias. “Cada produto agrícola requer diferentes cuidados durante a armazenagem. A soja, por exemplo, precisa de secagem e manejo para manter o índice de umidade do grão em torno de 11%”, diz Damasceno.

Qualquer silo metálico, com no máximo 30 anos de operação, pode ser assegurado por uma apólice patrimonial rural para benfeitorias. No entanto, se o silo for um bem dado em garantia de financiamento, deverá ser protegido por outra modalidade: o seguro de penhor rural.

A entrada e a retirada de produtos do silo geralmente ocorre por meio de esteira transportadora, elevadores de caneca e outros equipamentos que também precisam ser protegidos. Os elevadores de caneca e outros itens podem ser acrescentados na mesma apólice, sendo incluídos na modalidade “máquinas e equipamentos”. Além disso, o produtor pode optar ainda por incluir os produtos agropecuários na apólice, por meio da inclusão da modalidade “mercadorias”.

Segundo Damasceno, o mais temido risco que compromete as estruturas de armazenagem é o incêndio. “Durante um incêndio, as altas temperaturas podem provocar o derretimento das chapas de metal e danificar sensores. Pode ocorrer a perda total do silo ou deformidade na estrutura que compromete a sua capacidade de vedação”, explica Damasceno.

Outro risco frequente é o tombamento de elevadores de caneca provocado por vendaval. No caso dos elevadores de caneca, é comum a ocorrência de explosão por acúmulo de poeira no equipamento. Há ainda o temor da queda de raio, que geralmente pode entortar placas do silo ou danificar o sistema elétrico.

Os armazéns de alvenaria também são muito tradicionais no campo, construídos com materiais como tijolos, blocos de concreto ou pedras e que podem ser personalizados para atender às necessidades específicas do agricultor, com a inclusão de sistemas de ventilação ou revestimentos internos para proteção adicional. Essas estruturas podem sofrer danos por incêndio e outros riscos, sendo cabível o seguro para benfeitorias com as mesmas condições.


Seguro patrimonial rural e de penhor rural

Independentemente de qual seja a estrutura de armazenagem na fazenda, os bens podem ser assegurados. Os seguros patrimonial rural e de penhor rural para benfeitorias oferecem coberturas básicas contra incêndio, queda de raio e explosão. O produtor pode optar por acrescentar coberturas adicionais como alagamento, inundação, vendaval, danos elétricos, roubo e furto mediante arrombamento, entre outras.

No entanto, para que as coberturas sejam válidas, é essencial que o bem seja utilizado respeitando normas de segurança. O produtor deve realizar a adequada limpeza e manutenção das benfeitorias porque, quando fica comprovado um erro de manejo, o sinistro não tem cobertura. “Observamos um caso em que o agricultor não respeitou a capacidade do seu armazém. Foi armazenado um volume de milho muito acima da capacidade instalada do armazém de alvenaria e, por isso, a estrutura cedeu e uma parede caiu. Nesse caso, a perícia técnica concluiu que o dano foi causado por um erro de manejo, indeferindo dessa forma a indenização”, exemplifica Damasceno.

A apólice patrimonial rural ou de penhor rural pode incluir a opção de máquinas e equipamentos. Além disso, o seguro pode contemplar as mercadorias atreladas às benfeitorias, proporcionando a proteção da produção de soja, milho, trigo, feijão, arroz, amendoim, café ou da criação de aves, suínos e bovinos.

Outra opção, com o melhor custo-benefício, seria a contratação de um seguro patrimonial rural “porteira fechada”, que permite assegurar todas as benfeitorias presentes no interior da fazenda no momento da contratação, sendo ainda possível assegurar máquinas e equipamentos e mercadorias com a inclusão item a item. Entre os diferenciais da FF Seguros, a seguradora permite que o seguro patrimonial rural tenha negociação flexível para que o produtor possa decidir o valor segurado (variando de 40% a 100% do valor total dos bens). No caso do seguro de penhor rural, por estar atrelado a uma operação de crédito, deve considerar 100% do valor do risco. Em ambos o casos, a duração da apólice pode ser anual ou plurianual, com até cinco anos de vigência.


Mercadorias em silo-bolsa

Embora a FF Seguros não ofereça seguro para silo-bolsa, excepcionalmente os grãos armazenados nesse tipo de silo podem ser protegidos pela apólice patrimonial rural para mercadorias. O silo-bolsa, que é indicado em situações emergenciais para o armazenamento temporário de grãos, é confeccionado com um plástico flexível, geralmente de polietileno. Nesse caso, para exigibilidade da apólice, deve haver uma distância superior a 1,5 metro entre os silos, sendo que eles devem ser mantidos sempre em terreno firme, plano e limpo.

 

sexta-feira, 2 de junho de 2023

Pela primeira vez, diretrizes apontam grupos de risco que devem fazer triagem para câncer no ânus

Estudo publicado pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO) traz o consenso de especialistas sobre câncer anal, que aponta as diretrizes para exames de triagem, tratamento e vacinação contra HPV. Estão classificados como grupos de risco para tumor anal os homens que fazem sexo com homens, indivíduos vivendo com HIV e pacientes imunossuprimidos (incluindo transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea), assim como mulheres com história prévia de câncer de vulva ou de lesão pré-neoplásica em vulva

 

A partir da revisão de 121 artigos científicos, um consenso composto por pesquisadores brasileiros traz, pela primeira vez, as diretrizes que apontam quais grupos de risco podem se beneficiar de uma triagem para câncer de ânus, em especial o carcinoma espinocelular (CEC) do canal anal. De acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), que assina o estudo publicado na revista científica Journal of Surgical Oncology, medidas de rastreamento são recomendadas para homens que fazem sexo com homens, indivíduos vivendo com HIV e pacientes imunossuprimidos (incluindo transplantados  de órgãos sólidos e de medula óssea), assim como mulheres com história prévia de câncer de vulva ou de lesão pré-neoplásica em vulva. 

Além disso, a infecção pelos subtipos carcinógenos do vírus HPV tem sido cada vez mais reconhecida como uma das principais causas de câncer anal. “Pela primeira vez, incluímos recomendações para a triagem do câncer de ânus em populações de alto risco, algo que nunca foi feito por nenhuma sociedade médica no mundo até agora. Com base no que apontamos neste documento, o especialista deve orientar a realização de exames de triagem”, explica o cirurgião oncológico Marcus Valadão, diretor científico da SBCO e um dos autores da diretriz. 

Dentre os fatores determinantes para a definição do grupo de risco para triagem estão a etiologia (causa) e epidemiologia (incidência) da doença. Valadão explica que, entre os fatores associados ao aumento da incidência dos tumores anais estão as infecções virais pelo papilomavírus humano (HPV) e o Vírus da imunodeficiência humana (HIV), causador da Aids e importante fator de imunossupressão (diminuição de resposta do sistema imunológico). Fazem parte da lista de fatores de risco para desenvolvimento de câncer no ânus algumas infecções sexualmente transmissíveis, como a herpes genital, gonorreia e clamídia, a prática do sexo anal e tabagismo.

O rastreamento, com foco no diagnóstico precoce, visa reduzir a mortalidade pela doença. Dados do levantamento SEERs, do Instituto Nacional do Câncer dos Estados Unidos (NCI) aponta que, quando a doença é descoberta no início (ainda restrita ao ânus), a chance de cura (o paciente estar vivo cinco anos após o diagnóstico) é de 83,7%. Havendo metástase (a doença se espalhar para outros órgãos), esta taxa cai para 36,2%. Dados do Atlas de Mortalidade por Câncer/SIM, do Ministério da Saúde brasileiro, indicam que esse tumor foi responsável por 1.040 mortes em 2020 no país.

O câncer de ânus representa 1% a 2% de todos os tumores colorretais, sendo considerado um tipo relativamente raro. “No entanto, sua incidência tem aumentado nas últimas décadas, configurando uma preocupação de saúde pública a ser discutida”, afirma Marcus Valadão. Em um número considerável dos casos, não há sintomas prévios ou evidentes. Mas, em geral, a maioria das pessoas é diagnosticada quando sinais e sintomas, como sangramento retal, coceira local ou nódulo ou massa no ânus, entre outros, começam a aparecer. No entanto, esses sintomas estão também relacionados a muitas outras patologias benignas.

O guideline é resultado do esforço de uma comissão de 14 especialistas, entre cirurgiões, oncologistas e radioterapeutas criada pela SBCO para revisar a literatura e formular diretrizes sobre trinta tópicos relevantes da doença. “O objetivo foi criar uma publicação que reunisse orientações em linguagem clara e acessível com base nas melhores evidências científicas atuais sobre aspectos do manejo do câncer anal, desde a triagem dos pacientes ao tratamento do câncer anal e vacinação para o papilomavírus humano”, observa Valadão.

A divulgação das novas diretrizes não apenas auxilia os médicos na prática clínica, mas também posiciona a SBCO como uma sociedade de destaque internacional na área do câncer anal.  “Estas diretrizes são um guia prático para ajudar cirurgiões e oncologistas que tratam câncer de canal anal tomar as melhores decisões terapêuticas. Devem melhorar os resultados do tratamento e oferecer uma melhor qualidade de vida aos pacientes afetados por essa doença”, afirmou Marcus Valadão, diretor científico da SBCO e principal autor do estudo).

 


Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica- SBCO



Referência
Valadão M, Riechelmann RP, Silva JACE, Mali J, Azevedo B, Aguiar S, Araújo R, Feitoza M, Coelho E, Rosa AA, Jay N, Braun AC, Pinheiro R, Salvador H. Brazilian Society of Surgical Oncology: Guidelines for the management of anal canal cancer. J Surg Oncol. 2023 Apr 6. Disponível em: https://onlinelibrary.wiley.com/doi/epdf/10.1002/jso.27269

 

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