Pesquisar no Blog

terça-feira, 14 de março de 2023

 5 indicações de filmes sobre tecnologia para quem quer ingressar no mercado ainda em 2023 

Executivo do Grupo FCamara indica longas-metragens para quem deseja se aprofundar no universo de TI e ainda ter bom entretenimento

 

O mercado de tecnologia está em constante mudança. Cada vez mais novos aplicativos são criados e dispositivos são atualizados. Segundo a Associação Brasileira das Empresas de Software (ABES), os investimentos em tecnologia no Brasil devem aumentar 14% em 2022, na comparação com o ano passado – um sinal de que muita novidade ainda deve vir por aí. Em um setor em constante transformação e crescimento, é essencial se manter antenado. 

 

“Saber mais sobre tecnologia em um mundo tão automatizado como o que vivemos hoje em dia e onde todos estão conectados de alguma forma é essencial. E o aprendizado pode vir de muitas fontes, inclusive é possível aprender enquanto realizamos uma atividade de lazer, como assistir a um filme”, afirma Joel Backschat, host do Podcast Orange Juice e CIO do Grupo FCamara, ecossistema de tecnologia e inovação que potencializa a transformação dos negócios ao prover desenvolvimento e soluções tecnológicas.

 

Por isso, Joel selecionou cinco filmes que abordam tecnologias e que trazem aprendizado junto a um bom entretenimento. Confira:

 

1. Matrix

O filme traz uma realidade simulada, criada por máquinas. Os humanos servem de baterias das máquinas, onde são alimentados e produzem energia para essas máquinas. Além disso, o filme traz bastante coisa sobre a realidade virtual, ainda recente e em implementação para nós, mas já falada em seus filmes.

 

2. Her

O drama conta a história de um jovem que se apaixona por uma máquina, mas na verdade, achava que ela era uma mulher praticamente muda. O filme gira em torno do objetivo de retratar que as inteligências artificiais podem ser cada vez mais próximas aos humanos, levando afeto em seu formato digital.

 

3. Ex_Machina: Instinto Artificial

O filme relata a experiência de um programador de destaque que ganha um concurso na empresa em que trabalha e recebe a oportunidade de passar uma semana na casa do presidente da companhia. Lá, acaba descobrindo que foi escolhido para participar de um teste com a última criação do seu chefe, um robô com inteligência artificial. Porém, conforme os testes evoluem, a criatura se mostra surpreendente e o jovem não sabe mais em quem pode ou não confiar.

 

4. Chappie

Esse filme de ação futurista conta a história de policiais humanos que são substituídos por robôs ultra resistentes de inteligência artificial. O cientista que criou as máquinas tenta trazer os robôs de uma formato mais próximo de humanos, fazendo com que sinta e pense por si próprio, fator que para o governo não é favorável, e, por isso, tentam acabar com ele. 


5. O Jogo da Imitação

Um aluno da Universidade de Cambridge é chamado pela agência de inteligência britânica MI6 para desvendar códigos nazistas, incluindo o "Enigma", que os criptógrafos acreditavam ser inquebrável. Eles inventam uma máquina capaz de decifrar esses códigos e obtém sucesso na tarefa. 

  

FCamara
www.fcamara.com

 

segunda-feira, 13 de março de 2023

Data Analytics segue em alta no mercado de tecnologia

Segundo especialista da Ironhack, as empresas estão cada dia mais valorizando a área e a busca por profissionais vai seguir crescendo


Uma pesquisa da Fortune Business Insights projeta que o mercado global de big data analytics atingirá cerca de US$ 549,7 bilhões em 2028, um CAGR (sigla para “Taxa de Crescimento Anual Composta”) de 13,2% entre 2021 e 2028. Esse aquecimento da área se deve ao fato dos seus profissionais serem os responsáveis por traduzir as necessidades do negócio e dos clientes em perguntas que possam ser respondidas com os dados disponíveis. 

Por conta da importância da função, Raiana Rocha, Professora de Análise de Dados na Ironhack, referência global em ensino de tecnologia, reforça que a procura por bootcamps, cursos e formas de se especializar no tema pode ser determinante para várias carreiras de TI. “A demanda pelo desenvolvimento de habilidades em dados se tornou uma prioridade para as próprias empresas, àqueles que querem mudar de setor ou até para colaboradores já experientes que buscam aperfeiçoar suas skills”, explica. 

Dentre os principais pontos a serem desenvolvidos estão o aprimoramento em bancos de dados, programação, visualização e programas que conectam diferentes ferramentas. “Assim, os profissionais de data analytics utilizam esses conhecimentos no dia a dia para resolverem questões diversas, o que traz uma série de vantagens às suas carreiras e as marcas para as quais prestam serviços”, diz.  


Tomada de decisões assertiva em vários âmbitos

Um dos maiores benefícios de aprender sobre o tema é a capacidade adquirida pelo  profissional em descobrir padrões e inovar com base em fatos. “Mergulhar no universo de dados é uma maneira de se manter atualizado e lidar com a quantidade gigantesca de informações que acessamos atualmente, o que garante melhores decisões em muitos aspectos”, afirma Rocha.

Geralmente, os especialistas em data analytics garantem que essas decisões sejam assertivas tanto no aspecto estratégico do negócio, quanto em fatores internos da companhia. No primeiro sentido, ele pode responder a dúvidas como quais são os produtos mais populares vendidos pela organização ou quais itens podem ser oferecidos a mais quando alguém compra em um determinado canal; já no segundo, ele ajuda a solucionar questões como o nível de satisfação dos funcionários ou o cumprimento de leis de inclusão social no ambiente corporativo.

Criatividade e colaboração em situações complexas
Outra vantagem nas jornadas de educação no assunto é o aprimoramento na capacidade de colaborar e criar. “Times de data analytics são inovadores e promovem uma cultura de aprendizado constante, porque sabem como responder a perguntas difíceis de modo simples, como na transformação de quantidades imensas de informação em gráficos e infográficos”, ressalta Rocha.

De acordo com a especialista da Ironhack, essa habilidade é decorrente da versatilidade promovida nos produtos de desenvolvimento sobre o tema. “Um verdadeiro mestre de dados pode escrever linhas de código em uma linguagem de programação, como a Python, ou mediar setores técnicos e de liderança na empresa”, pontua.

Valorização profissional em diversas áreas
Nos próximos cinco anos surgirão mais de 2,7 milhões de vagas para profissionais com habilidades em dados, como aponta a IBM. Dessa forma, o aumento da valorização desses especialistas de TI é outra vantagem no aprendizado do tópico que já está acontecendo, visto que a plataforma Glassdoor revela que a média salarial de um analista de dados é de 40 a 50 mil euros por ano.

Esse movimento também não se limita a segmentos específicos, estando presente no marketing, expansão de negócios, desenvolvimento de produtos e até setores mais tradicionais, como bancos, companhias de saneamento e eletricidade e provedores de saúde. “As empresas que já são data driven hoje podem não contratar tanto no momento, mas, para quem já tem experiência em outras áreas, fazer a migração para trabalhar com data analytics pode ser uma decisão bastante vantajosa, já que vai trazer competências importantes para um ramo que a pessoa já tem familiaridade”, finaliza Rocha.

 

Ironhack

https://www.ironhack.com/br 

 

Como saber se a mulher está sendo vítima de stalking?

O que disseram o jurista João Henrique Tristão e a psicóloga Rachel Campos sobre crime de perseguição



Segundo o levantamento inédito do ISP Instituto de Segurança Pública -RJ, 604 mulheres registraram o crime em uma delegacia de polícia Psicológica no Estado do Rio de Janeiro, embora este recorte seja apenas do RJ em um dos estados que é cartão postal,imaginem como seria a contabilização nos 26 estados do País? 

 É cada vez mais alarmante o número de mulheres que sofrem violência por parte de homens, em muitos casos são de parceiros, companheiros, esposos,namorados entre outros. Todos os dias os noticiários repercutem crimes de feminicídio ou conhecemos mulheres que são ou foram vítimas de violência de gênero. Mas existe um tipo de crime que ainda é pouco divulgado e precisa ser esclarecido para a sociedade porque em muitos casos, é possível evitar que vidas de mulheres sejam ceifadas e os agressores punidos, se as vítimas denunciarem. Matérias jornalísticas com este tema são importantes para que não aconteçam subnotificações, afinal muitas mulheres devem ser vítimas do crime de stalking e não têm o conhecimento do ato e com isso não denunciam. 


O que nos chama atenção é a violência psicológica, que foi destaque no levantamento inédito feito pelo ISP RJ chamado Dossiê Mulher que mostrou que 604 mulheres registraram o crime em uma delegacia de polícia no Estado do Rio de Janeiro e pela primeira vez divulgou dados sobre violência psicológica. 

São do gênero, conhecidos como stalking, que é o ato de perseguir alguém incessantemente,  independente do meio utilizado, podendo causar ameaça à integridade física ou  psicológica, além de invadir sua esfera de liberdade ou privacidade. 

Entrevistamos o advogado criminalista João Henrique Tristão que é membro do Instituto Brasileiro de Ciências Criminais para explicar sobre o crime de perseguição que ainda é pouco divulgado, o jurista comentou sobre os dados  da 17ª edição do Dossiê Mulher  2022 divulgado no último dia 8, pelo Instituto de Segurança Pública (ISP) RJ como mencionamos acima, que é o ato de perseguir alguém incessantemente,  independente do meio utilizado, podendo causar ameaça à integridade física ou  psicológica, além de invadir sua esfera de liberdade ou privacidade.  

O crime é  stalking a lei  14.132/21 que entrou em vigor em 1º de abril de 2021, sendo introduzida como parte Especial do Código Penal o crime de perseguição, também conhecido como stalking que é uma perseguição incessante, uma palavra de origem inglesa do verbo stalk, traduzindo refere a caça ou perseguidor. O Crime tem pena de 6 meses a 2 anos

 

Para o advogado criminalista João Henrique Tristão, o agente tem que ameaçar a integridade física e/ou psicológica, restringindo a liberdade ou perturbando a esfera de privacidade da vítima.Tem que sair da esfera do galanteador. É algo além…É uma conduta mais violenta, que pode acarretar danos psicológicos e emocionais. Posso listar alguns exemplos para as mulheres ficarem atentas as táticas e comportamentos de perseguidores: ligações e envio de mensagens insistentes importunando, o perseguidor percorre os locais que a vítima frequenta de maneira incômoda várias vezes embora a mulher tenha pedido um pouco de sossego e distanciamento,estes exemplos configuram o crime de stalking e as perseguições via internet são cyberstalking. 

Existem relatos de mulheres que foram rastreadas por GPS e os perseguidores colocaram programas espiões nos computadores da vítima e hackearam, neste caso configura outro tipo de crime que é a lei Carolina Dieckmann que está no artigo 154-A do código penal , descreve o delito de invasão de dispositivo informático. O crime consiste no ato de invadir computador ou dispositivo semelhante de outra pessoa, modificar ou apagar informações ou ter acesso a dados privados no intuito de obter vantagem, causando prejuízo aos proprietários, acrescentou João Henrique Tristão. 

Tristão faz um alerta: Estamos março no mês de comemoração as mulheres, é um alerta para a sociedade, os crimes de stalking é mais frequente do que imagina-se, informações sobre os direitos é fundamental, é necessário  denunciar, seria interessante contratar um advogado ou defensoria pública e juntar provas da conduta do agente como: testemunhas, mensagens, e-mails,  print screen etc, os direitos das mulheres precisam ser respeitados. 

Perguntamos para o jurista João Henrique Tristão sobre se disseminação de boatos maldosos se enquadra no crime de stalking:

“Seria outra conduta delituosa, já entra no crime de difamação, contra honra que é diferente, se houver vulnerabilidade e violência de gênero, pode ser uma difamação com a incidência da Lei Maria da Penha. 

Na visão da psicóloga Rachel Campos, Infelizmente a violência psicológica por meio de perseguição obsessiva pela parte que não aceita o não de uma relação, torna-se cada vez mais habitual. Persistir, seguir e  importunar é sim violentar a tranquilidade e privacidade do outro.  Concebendo danos emocionais e prejuízos à saúde mental e, incapacitado a vítima de sua vida diária lhe trazendo patologias crônicas como: depressão, ansiedade, estresse pós traumático, fobia social entre outros. 

Nos dias atuais onde a vida virtual é muito mais veloz que a  real, um grande ciclone que nos impõe padrões de funcionamento e auto defesas como um grande tribunal virtual. 

O mundo digital torna cada vez mais severo o prejuízo psicológico às mulheres vítimas de ações abusivas. Muitas "armas" com imagens e vídeos são usados como poder de barganha de negociação, violando as vontades e desejos do momento presente. Encerrou a psicóloga Rachel Campos.

 

João Henrique Tristão OAB/RJ 179.996

Rachel Campos psicóloga

Créditos das fotos: ISTOCK PHOTO


Veja como conquistar diferencial na profissão em tempos de internet

Virou uma verdadeira febre entre as mais diversas profissões utilizar os recursos da internet para impulsionar os negócios na carreira. Médicas, advogadas, terapeutas, economistas... enfim, todas as profissões podem se beneficiar desses recursos, desde que resguardados os critérios dos códigos de conduta de cada profissão, principalmente quem atua com advocacia.

Ter uma presença digital ajuda profissionais a se comunicar com um potencial de 171,5 milhões de usuários brasileiros, segundo Pesquisa RD Station de 2022, que utilizam essas plataformas para fazer contato e, em muitos casos, alavancar negócios.

Além disso, a comunicação e os serviços via internet prometem crescer no futuro. E é preciso se preparar para essa tendência. Conforme o banco internacional de estatísticas – Statista – até 2026, o Brasil terá 87,09% da população na rede. Esse mesmo levantamento aponta que as redes sociais mais utilizadas pelos brasileiros são: YouTube (89%), Instagram (85%), Facebook (84%), TikTok (49%), Pinterest (37%), Twitter (36%), Linkedin (35%), Snapchat (15%), Twitch (9%), Reddit (6%), Tumblr (5%), Hello (3%), Flickr (2%), Quora (2%), WeChat (2%), MeWe (1%) e outros (7%).

Mas, atualmente, antes de empreender na internet, é fundamental também verificar se o plano de negócios, que vai definir e estruturar diversos aspectos de uma empresa, está em dia. Isso é o que dará clareza para que, no digital, a profissional também se destaque.

Será necessário definir qual a missão da sua empresa, qual o ramo se pretende atuar, quem é o público alvo, quais são os valores monetários e como pretende atrair clientes, são etapas que organizam e dão direção ao empreendimento.

Outro fator a considerar é que de nada adianta ter muitos seguidores na internet se os clientes são escassos. Para fidelizar, é imprescindível um bom atendimento. Tratá-los com qualidade, demonstrar conhecimento, mas também ouvir a necessidade e demonstrar que as condições de resolver as situações é o que garantem que o cliente volte.

E lembre-se: se o cliente procura um profissional, não é por acaso. Significa que foi motivado por alguma dor ou necessidade. Assim, quanto mais condições você demonstrar de resolver problemas, mais sucesso você terá!

Mas voltando aos recursos que a internet proporciona, é notável o quanto o marketing digital pode ajudar muitas pessoas.

No início de um escritório ou empresa, não haverá muitas possibilidades de investimento em marketing pago. Dessa forma, o ideal é usar as ferramentas mais comuns e apostar em um conteúdo útil para todos. Faça vídeos, lives, posts, que informem as pessoas sobre o que é a sua atuação, em o quanto pode ajudar e como pode ser efetivo na resolução do problema que ela está buscando.

Se você aparecer e criar sua autoridade diante das pessoas, elas provavelmente vão lembrar de você quando estiverem passando uma situação que precise do seu trabalho.

Então, não tenha vergonha, APAREÇA e mostre a que você veio! Por fim, leve esse conselho para a vida: seja persistente, demonstre seu conhecimento e agarre as oportunidades que aparecem! Você terá resultados apenas se persistir naquilo que idealizou.

 

Isabela Brisola - advogada previdenciária, sócia-fundadora do Brisola Advocacia.

 

Quiet quitting e o equilíbrio do trabalho nos setores público e privado


Dentre as mudanças culturais provocadas pela pandemia, uma das mais acentuadas refere-se ao trabalho. Mais do que nunca, evidenciou-se que as empresas e organizações de todos os segmentos, do setor público e privado, têm imensa responsabilidade sobre a saúde física e mental de seus colaboradores. Consolidou-se o conceito, que jamais deveria ter sido negligenciado, de que o ser humano é o fim de tudo, a grande razão de ser de toda a economia, do Estado e do universo corporativo.

O home office, instituído por conta do isolamento social nos dois primeiros anos da eclosão da Covid-19, contribuiu bastante para essas reflexões de nossa civilização sobre a questão laboral. Trabalhando em casa, milhões de profissionais, em todo o mundo, tiveram dificuldade inicial para dimensionar a carga horária. Muitos passaram a trabalhar muito além dos padrões normais, num cenário marcado por insegurança, incertezas econômicas e temor do desemprego.

Como ocorre em todas as mudanças históricas disruptivas, observou-se, com o passar do tempo, uma tendência ao equilíbrio no exercício do home office. Aprendeu-se a gerenciar o modelo. Muitas empresas e organizações o adotaram em caráter definitivo; outras optaram por um sistema híbrido, com dias em casa e outros no escritório; e numerosas retornaram à jornada presencial integral. Cada uma adotou o sistema que mais atende à sua cultura organizacional, estrutura operacional e estratégia produtiva.

Foi nesse cenário de transformações que surgiu o polêmico termo quiet quitting, cuja tradução mais comum é “desistência silenciosa” ou “pedido silencioso de demissão”. A expressão, viralizada nas redes sociais de todo o mundo, expressa o anseio dos profissionais, em especial os mais jovens, de manter uma relação saudável com o trabalho, respeitando determinados limites de esforço e carga horária. É aí que começa a discussão, pois é muito tênue o limite entre o empenho profissional máximo, o que se configura excesso ou negligência no trabalho, e o empenho mínimo na atividade profissional.

Dimensionar de modo adequado essa medida é crucial para se estabelecer valor semântico, positivo ou negativo, a quiet quitting. Se entendermos a expressão como um limite de bom senso ao trabalho abusivo e excessivo, o conceito é absolutamente correto; se a interpretarmos como sinônimo de “corpo mole” e do mínimo esforço, estaremos diante de algo nocivo, não apenas para o trabalhador, que acaba se prejudicando, como para a empresa.

Seja presencial, em home office ou híbrido, o trabalho deve ser marcado por uma interação justa entre empregador e os colaboradores. Nessa relação, ambos devem atuar com o máximo empenho, responsabilidade e sinergia pelo bem comum da organização, cujo propósito final, no mais contemporâneo conceito, é prover condições dignas de vida aos seus funcionários, sócios, diretores e acionistas, bem como à sociedade. O mesmo se aplica às organizações do setor público.

Obviamente, não há espaço para trabalho excessivo/abusivo em termos de volume e carga horária, pois isso de fato conspira contra a saúde física e mental. Porém, todos devem considerar as emergências, crises e situações inusitadas, que exigem um empenho extra pontual dos profissionais em determinados momentos. Tais situações contingenciais não significam extrapolar a fronteira do razoável, mas sim expressar o comprometimento com a organização e todo o time diante de uma emergência. São situações de exceção.

No cotidiano, cabe a cada profissional, em linha com suas ambições pessoais, capacidade física e mental, definir seus próprios limites, considerando sempre seu bem-estar e saúde, assim como de sua família. Às empresas e organizações compete a responsabilidade de estabelecer normas de conduta, dimensionar atribuições e volume de trabalho para cargos e funções, de modo a garantir um processo operacional produtivo, eficaz, saudável e respeitoso ao ser humano. Quando prevalece o bom-senso e o equilíbrio entre esforço profissional e o trabalho abusivo no campo laboral, discutir conceitos como quiet quitting torna-se mero exercício retórico.

 

Artur Marques da Silva Filho - desembargador aposentado do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, é presidente da Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP).


Como as operações de combate às fraudes tributárias podem favorecer profissionais éticos?

Nos últimos tempos, ficou bastante comum nos depararmos com notícias de operações que investigam e combatem fraudes tributárias. À primeira vista, estas ações do governo podem parecer ruins para quem atua na área, mas, na verdade, abrem portas para que profissionais éticos e competentes gerem novos honorários e conquistem novos clientes.

Analisemos, por exemplo, a “Operação Retificadora”, deflagrada em 06 de outubro de 2022. A Receita Federal do Brasil, Polícia Federal e Ministério Público Federal desmantelaram um esquema criminoso que alterava indevidamente a natureza da receita bruta de empresas optantes pelo Simples Nacional, atribuindo a tributação monofásica do PIS/Pasep e da COFINS à venda de produtos que, na verdade, eram sujeitos ao pagamento destas contribuições no varejo. Com isso, era gerado, de forma artificial, um valor a ser restituído às empresas.

Em decorrência desta operação, a Receita Federal do Brasil (RFB) enviou um comunicado para todos os contribuintes do Simples Nacional que apresentaram declarações retificadoras, indicando tributação monofásica ou substituição tributária para o PIS/Pasep e a COFINS, no período de janeiro de 2018 a novembro de 2022. No documento, a RFB menciona expressamente a “Operação Retificadora” e os supostos serviços de consultoria tributária que induziram alguns contribuintes a retificarem seus PGDAS-D, reduzindo os valores devidos de PIS/Pasep e COFINS via ajustes na tributação monofásica para obtenção de restituições ou compensações indevidas.

No mesmo comunicado, o órgão alertou que os contribuintes que declararam valores de receitas sujeitas à tributação monofásica em desacordo com a legislação, utilizando ou não os supostos serviços de consultoria, terão a oportunidade de se autorregularizar sem a aplicação de multas de ofício e de outras penalidades até o dia 10 de maio de 2023. Para se autorregularizar, o contribuinte deverá verificar se a incidência da tributação monofásica foi declarada de acordo com a legislação e, se necessário, proceder à correção necessária por meio da retificação do PGDAS-D e efetuar o pagamento das diferenças apuradas. Caso o contribuinte não se autorregularize no prazo definido e sendo constatado que as diferenças ensejam a abertura de procedimento fiscal, a RFB poderá emitir auto de infração com multas que podem variar de 75% a 225% sobre a diferença apurada.

Desnecessário dizer que o recebimento deste documento gerou grande preocupação nas empresas que buscaram a restituição dos créditos de PIS/Pasep e COFINS. Infelizmente, aquelas que acreditaram em profissionais que recuperaram “créditos” desprovidos de fundamentos legais terão que devolver tudo aquilo que receberam e mais um pouco. Por outro lado, os profissionais que realizaram a apuração com seriedade, com base na legislação, analisando os documentos fiscais e identificando os itens sujeitos à tributação monofásica, não têm nada a temer. É aconselhável, inclusive, agendar reuniões com clientes a fim de tranquilizá-los, demonstrando que o que foi restituído está em estrita consonância com as normas tributárias.

Mas, afinal, onde está a oportunidade para tributaristas que trabalham com ética e competência? Vejamos novamente o trecho do comunicado da RFB que diz que “para se autorregularizar, o contribuinte deverá verificar se a incidência da tributação monofásica foi declarada de acordo com a legislação e, se necessário, proceder à correção necessária por meio da retificação do PGDAS-D”. Repare que a própria Receita aconselha que as empresas revisem sua classificação fiscal e verifiquem se os itens declarados como monofásicos são, de fato, monofásicos.

 Assim, o profissional que tiver tecnologia para realizar uma auditoria nos processos de Recuperação de Créditos Tributários (RCT), pode vender este serviço para todas as empresas que pleitearam a restituição de PIS/Pasep e COFINS no período de janeiro de 2018 a novembro de 2022. Todo empresário que recebeu este comunicado da RFB tem potencial para contratar o serviço de auditoria da RCT. Sob um prisma um pouco mais estratégico, a auditoria nos processos de recuperação de créditos é uma porta de entrada para a conquista e fidelização de novos clientes, permitindo o aproveitamento de novas oportunidades futuras.



Frederico Amaral - CEO da e-Auditoria, empresa de tecnologia especializada em auditoria digital.

e-Auditoria
https://www.e-auditoria.com.br/


Tecnologia no campo é necessidade para o agricultor

A digitalização do setor já é uma realidade


A revolução industrial trouxe ao mundo o uso das máquinas e fez com que todos os setores tivessem que se adaptar à nova realidade e, no campo, não foi diferente. O uso de tratores, semeadeiras e colheitadeiras aumentaram a produtividade e, embora tenham suprido a necessidade do produtor por um bom tempo, estamos em um momento onde a adoção de medidas inovadoras tornam-se essenciais.

A abertura das porteiras para a tecnologia já é realidade há bastante tempo e, segundo pesquisas realizadas em 2020 pela Embrapa, em conjunto com o Sebrae e o Instituto Nacional de pesquisas espaciais (INPE), cerca de 84% dos agricultores no Brasil aplicavam pelo menos uma tecnologia na produção.

A inteligência aplicada no agronegócio impulsionou a produtividade e trouxe sustentabilidade, otimizando o tempo de produção e tornando o campo mais rentável. Listamos abaixo algumas ferramentas utilizadas atualmente:

  • Internet das Coisas (IoT) ferramenta que captura dados de dispositivos instalados pelo campo, tais como: gps, sensores etc. Trazendo informações em tempo real e otimizando as decisões do produtor. Tudo na palma da mão. 
  • Robôs utilizados no campo para mapear e precisar resultados, com exatidão e rapidez, aumentam a produtividade com efetividade e baixo custo. 
  • Drones capturam imagens precisas, gerando informações que são vitais para a manutenção da irrigação e controle de pragas. 

Existem diversos desafios aos produtores e um deles é a escassez de profissionais capacitados a operar esses instrumentos. “Entendemos a dificuldade que o produtor tem em achar mão de obra qualificada, por isso, capacitamos pessoas no setor de tecnologia, afim de atender a demanda desses e diversos outros profissionais”, relata Marco Giroto, fundador da SuperGeeks, primeira e melhor escola de Programação e Robótica do Brasil para todas as idades, que traz cursos na área tecnológica de robótica e programação, inclusive, de forma 100% online. 

No curso de Robótica da SuperGeeks, os alunos aprenderão conceitos de eletrônica, mecânica e programação, por meio da criação de robôs e outros projetos práticos. No curso também é ensinado a IOT (Internet das Coisas) uma forma de conectar aparelhos eletrônicos e coletar dados que facilitam a vida do produtor. 

Outro grande desafio enfrentando, principalmente pelos pequenos agricultores, é a falta de recursos para investir nas novas ferramentas tecnológicas. Com o objetivo de facilitar esse processo, a Sonhagro é uma rede especializada em soluções de crédito rural, facilitando os processos burocráticos para os produtores, atuando no gerenciamento de suas negociações e na execução dos projetos técnicos que os bancos exigem.

“Já realizamos o sonho de inúmeros produtores rurais através de nossos serviços”, conta Romário Alves, diretor da marca. Para obter o empréstimo, basta procurar uma das unidades da Sonhagro espalhadas pelo país. 

Considerar a tecnologia como aliada e fazer uso das ferramentas adequadas, com profissionais capacitados, gera um crescimento estruturado, além de proteger o negócio, evitando problemas que podem gerar sérios prejuízos.


https://sonhagro.com/
https://supergeeks.com.br/

Mercado de trabalho: na medicina, homens representam mais de 90% dos profissionais em algumas especialidades

Segundo o estudo de Demografia Médica da USP, dados de 2022 revelam que as mulheres são minoria em todas as especialidades cirúrgicas, como a cirurgia plástica, onde representam 25% dos especialistas. Médica cirurgiã fala sobre o assunto

 

Mês da Mulher e a discussão mais frequente gira em torno da igualdade – ou da falta dela. Esse é o tema, inclusive, da International Women’s Day em 2023, uma comunidade mundial que luta para promover a igualdade de gênero. A campanha #EmbraceEquity (ou abrace a equidade em português) é apoiada por diversas instituições, como a Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS, na sigla em inglês).

No Brasil, por exemplo, apenas 25% dos profissionais dessa área são mulheres, mas em outras, os dados são ainda mais discrepantes: em urologia, ortopedia e neurocirurgia, os homens representam mais de 90% dos especialistas. Em outras 9 especialidades, eles são mais de 80% do total. 

Os dados constam em um estudo da USP de Demografia Médica no Brasil. O documento mais recente, com informações de 2022, mostra que as mulheres são minoria em todas as especialidades cirúrgicas, caso da cirurgia plástica. Os números contrastam com o público, já que a grande maioria das pacientes são mulheres. 

Por que será que isso acontece? A médica cirurgiã plástica Dra Patrícia Marques tem uma pista. “As carreiras cirúrgicas têm uma formação muito árdua, exigem muito do profissional e isso não favorece as mulheres, que precisam conciliar o trabalho e os estudos com os cuidados com a casa e os filhos, mas isso, aos poucos, está mudando. O que é nítido hoje em dia é que as mulheres não são protagonistas, os cargos de chefia, professores acadêmicos, médicos com maior notoriedade quase sempre são homens. São poucas as mulheres que ocupam uma posição de destaque”, diz.

Dra. Patrícia, que é referência nacional em frontoplastia, a cirurgia de redução de testa, e tem mais de 600 procedimentos realizados, conta que já passou por diversas situações constrangedoras na carreira por ser mulher. “Quando comecei a despontar na frontoplastia, que era uma modalidade cirúrgica que praticamente não era feita no Brasil, eu fui pioneira, os colegas queriam saber de quem se tratava e ao invés de falarem comigo, pedirem uma opinião, uma orientação, eles simplesmente invadiam minha sala de cirurgia. Os homens se sentem muito à vontade para ocupar um espaço que acham que é deles e entravam na sala de cirurgia sem pedir permissão. Isso não se faz! Tenho a impressão de que ver o sucesso de outro homem é natural, agora quando a colega é uma mulher, isso provoca um incômodo”, pontua.

Atualmente, os cursos de medicina já são mais frequentados por mulheres do que por homens, então em um futuro próximo, elas serão maioria. O que resta saber é se terão o mesmo destaque que eles, se serão vistas como referência, como uma participação especial em um congresso, como especialistas em suas áreas. Em nível estrutural, Dra. Patrícia sugere que existe algo a ser feito. “Congressos, por exemplo, poderiam convidar mais mulheres para uma mesa de discussão, hospitais, universidades poderiam colocar mais mulheres em posição de destaque”, diz.

Números são importantes, mas qualidade conta bastante, sem falar na importância do exemplo. “Em minha formação foi importante ver que tinham mulheres que estavam em carreiras bem-sucedidas e que conseguiam conciliar com a família, que eu não precisaria renunciar a isso. Eu acho que quando tivermos mais mulheres inspiradoras, outras vão poder chegar lá!”.

A médica, que tem especializações em Barcelona e em Nova York, finaliza falando do orgulho que sente da profissão: “As pessoas banalizam um pouco a cirurgia plástica como algo puramente estético, mas além da importância das cirurgias reparadoras, elas não dimensionam os benefícios aos pacientes. Na frontoplastia, por exemplo, as pessoas chegam traumatizadas e receber agradecimentos às lágrimas de que mudei a vida delas é muito gratificante. O trabalho é duro, tem zero glamour, mas quando alguém diz que eu mudei a sua vida, isso faz tudo valer a pena”, conclui.

 

Planejamento Sucessório é proteção e não deve ser tabu em vida

Especialistas em Administração destacam a importância de um planejamento sucessório nas empresas. Recentemente a mídia tem divulgado matérias sobre heranças e patrimônios de personalidades como o ator Bruce Willis, a jornalista Glória Maria e o ex-jogador Pelé. Segundo a professora do curso de Administração da ESPM e especialista em educação financeira, Paula Sauer, a ideia do planejamento sucessório é orientar o cliente a organizar em vida o destino do seu patrimônio após a sua morte. “Ninguém gosta de falar, mas é um facilitador para a proteção do patrimônio construído, além de proteger também os entes queridos que ficam. De uma maneira geral, o assunto só vem à tona quando a morte é iminente”, diz. 

A especialista indica que um planejamento sucessório bem elaborado é uma forma racional de dividir os bens ainda em vida e ajuda a diminuir desagradáveis processos judiciais, litígios e disputas por bens materiais e imateriais. Ela ressalta que deve-se procurar profissionais especializados, principalmente das áreas de direito e contabilidade, capazes de assistir famílias, cuidar de inventários, testamentos, constituição de holdings familiares e até trabalhar na preparação de herdeiros em casos de sucessão empresarial. “Em uma sociedade ou empresa, é possível deixar claro o papel dos sócios, quem se responsabilizará pela administração da empresa, respeitando a legislação em vigor e o recolhimento dos impostos para a transmissão do patrimônio.” 

Sauer destaca que a utilização de estratégias como testamentos, doações ou partilha de bens em vida, previdência privada, minimiza custos com inventários, com a transmissão do patrimônio e além de tempo com as disputas sobre a partilha dos bens, ajudando assim a preservar o legado. 

 

Fonte: Paula Sauer, professora de economia comportamental da ESPM,  economista e especialista em educação financeira

 

Feedback: cuidado para não cair em mãos erradas

Gerd Altmann por Pixabay
Hoje falarei sobre feedback ou opinião, reação ou avaliação, em bom português. Você já recebeu um? Já deu algum? Este termo lhe é familiar? Já teve treinamento para isso? Conhece o poder desse instrumento na construção ou destruição de um profissional? Se você se interessa pelo tema, este texto é para você.

 

Quais as origens do feedback?

O conceito de feedback nas empresas tem raízes em teorias da psicologia organizacional e da gestão de recursos humanos, que começaram a surgir na primeira metade do século XX. No final da década de 1940, o psicólogo americano Abraham Maslow propôs sua famosa "Hierarquia das necessidades", que incluía a necessidade de reconhecimento e realização pessoal. A partir dessa ideia, outros psicólogos organizacionais começaram a explorar a importância das satisfações pessoal e profissional dos funcionários, e como isso poderia ser alcançado por meio desse instrumento.

Em 1954, surge a famosa Administração por Objetivos (APO), de Peter Drucker, que defendia a importância de estabelecer metas claras e mensuráveis para os funcionários, e de fornecer feedback constante sobre seu desempenho em relação a essas metas. Podemos definir a APO como um sistema de administração que visa relacionar as metas organizacionais com o desempenho e o desenvolvimento individual, principalmente, por meio do envolvimento de todos. Percebe-se, ainda, que a APO aborda uma tentativa de alinhar as metas dos funcionários com a estratégia do negócio, otimizando a comunicação e a relação entre gerentes e subordinados. É aqui que o feedback ganha peso, ao relacionar diretamente o resultado de cada um aos objetivos da empresa.

Desde então, o feedback se tornou uma prática comum nas empresas e é amplamente reconhecido como uma ferramenta valiosa para melhorar a comunicação e a eficácia organizacional. Quando o tema é abordado, é quase proibido questionar sua validade ou tentar atrelar algum indicador para medir sua eficácia.

 

Quais as ferramentas mais famosas utilizadas no feedback?

Existem várias técnicas utilizadas para fornecer feedbacks aos funcionários - das mais gerais aos mais individualizados; dos que levam em consideração apenas o gestor direto aos que consideram os pares e os subordinados. Como exemplo, cito alguns:

●    Positivo: reconhece quando os funcionários estão fazendo um bom trabalho. Pode ser uma forma poderosa de motivar os funcionários a seguirem trabalhando bem;

●    Construtivo: fornece sugestões para melhorar o desempenho. É importante fornecê-lo de maneira respeitosa e com foco em soluções;

●    360 graus: envolve a coleta de feedback de múltiplas fontes, incluindo colegas de trabalho, gerentes e subordinados diretos. Isso pode fornecer uma visão mais completa do desempenho do funcionário e ajudá-lo a identificar áreas para melhorias;

●    Contínuo: em vez de fornecer feedback apenas em avaliações anuais ou semestrais, o contínuo envolve a entrega de feedback regularmente, em intervalos mais curtos, como semanalmente ou mensalmente;

●    Baseado em metas: se concentra em como o funcionário está progredindo em relação às metas específicas estabelecidas. Isso pode ajudar a manter os funcionários focados e motivados em alcançar seus objetivos;

●    Individualizado: cada funcionário é único, e o feedback individualizado reconhece isso; por isso, se adapta às necessidades e aos estilos de aprendizagem de cada pessoa. Isso pode ajudar a garantir que o feedback seja eficaz e significativo.

Qual é a melhor forma de fazer? Não existe um consenso claro sobre isso. Depende da empresa, da área, dos cargos, da cultura e do nível de conhecimento e habilidade na ferramenta de quem aplica e de quem recebe. Como sempre, o mais completo, como, por exemplo o 360 graus, pode não ser o melhor numa cultura organizacional de medo e hierarquia forte. Imagina fornecer um feedback ao seu superior, sendo uma pessoa que toca com mão de ferro e não aceita críticas? Ninguém falará a verdade.

 

Leia antes de usar

Agora, um recado importante: antes de fornecer ou receber um feedback, entenda o conceito e a ferramenta a ser aplicada. Já trabalhei em grandes empresas na qual o instrumento era apenas proforma, com a área de Gente pouco ajudando os gestores no processo. O trabalho dependia exclusivamente de cada gestor e as dicas e treinamentos fornecidos não tornavam ninguém apto a construir uma boa experiência.

Tive de ouvir, por exemplo, que a melhor maneira para eu crescer na carreira seria ajudando a promover a minha chefe. Se entregasse as metas, ela seria promovida e uma vaga se abriria para mim. Na minha percepção, tal informação, óbvia, não me ajudava em nada a me desenvolver como profissional.

Entretanto, já recebi conselhos incríveis e que me ajudaram demais no meu desenvolvimento. "Sozinho vamos rápido, mas juntos vamos longe": este foi um feedback que aumentou sobremaneira meu respeito pelo time e pares. Mais sorte que juízo, aumento meu apetite ao risco. Quando assumi minha primeira equipe, aprendi, por meio do feedback, que o resultado pelo qual era responsável era da equipe, não apenas o meu.

Quando for a hora de você avaliar o trabalho de um colaborador, tome muito cuidado. A responsabilidade em seus ombros é gigantesca, pois uma mensagem correta, mas absorvida de maneira errada, pode significar uma grande angústia para alguém. Nessa hora, seja cuidadoso e escolha um método. Treine.

Quando eu tive a tarefa de fazer isso, pesquisei bastante sobre o tema. Encontrei um livro chamado "Primeiro quebre todas as regras", resultado de dois estudos realizados pela Gallup ao longo de 25 anos, de autoria de Marcus Buckingham e Curt Coffman. Eles mostram que, com perguntas fundamentais, você faz uma sessão de feedback sensacional.

E, para ajudar na comunicação, sugiro a leitura de "Conversas difíceis: como discutir o que é mais importante", de Bruce Patton, Douglas Stone e Sheila Heen. Livraço que irá ajudá-lo a se fazer entender. No mais, espero que esta breve reflexão te ajude a transformar o suor em ouro, como dizia o técnico Bernardinho.

 

Virgilio Marques dos Santos - fundadores da FM2S, doutor, mestre e graduado em Engenharia Mecânica pela Unicamp e Master Black Belt pela mesma Universidade. Foi professor dos cursos de Black Belt, Green Belt e especialização em Gestão e Estratégia de Empresas da Unicamp, assim como de outras universidades e cursos de pós-graduação. Atuou como gerente de processos e melhoria em empresa de bebidas e foi um dos idealizadores do Desafio Unicamp de Inovação Tecnológica.

 

Período chuvoso é ideal para manutenção de pivôs centrais

Pivô Central
Divulgação
Presente em mais de 55% das áreas de agricultura irrigada, o sistema é o mais usado no Brasil. Especialista dá dicas de como fazer essa revisão do equipamento durante época de chuvas

 

Há um bom tempo a irrigação já se consolidou como uma das principais responsáveis pelas consecutivas quebras de recordes nas safras brasileiras. Para se ter uma ideia, mesmo ocupando apenas 7% da área agricultável do Brasil, a agricultura irrigada responde por cerca de 40% do valor gerado pela produção agrícola no País, segundo números do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os modernos sistemas de irrigação possibilitam o cultivo em regiões com escassez mais acentuada de água, como o semiárido brasileiro, ou em locais com extensos períodos de estiagem, como a região central do Brasil. 

A irrigação por pivô central é hoje a mais usada no Brasil, presente em mais de 55% das áreas de agricultura irrigada no país, conforme números da Câmara Setorial de Equipamentos de Irrigação (CSEI) da Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq). Mas, para assegurar toda essa produtividade por muito mais tempo, é necessário saber quando fazer a manutenção desses equipamentos.

Segundo o gerente corporativo de montagem do Grupo Pivot, Júnior Moreira, o período chuvoso é o momento ideal para a revisão do sistema de pivô central, justamente para que no tempo de seca ele esteja pronto para funcionar e não comprometer o ritmo de produtividade. “Neste período de muita chuva é indicada a revisão do pivô, devido não ter necessidade de utilizá-lo. Revisamos agora para que, no tempo de seca, o equipamento esteja com maior disponibilidade", explica. 

Ainda sobre a manutenção dos sistemas de irrigação por pivô central, Júnior Moreira chama a atenção para os componentes elétricos e rastos do pivô. “Durante a época de chuva é preciso ficar atento à parte elétrica do equipamento, especialmente devido às descargas elétricas que são mais frequentes nesse período. Outra parte para a qual se deve ter atenção são os rastros feitos pelo pivô. É recomendável verificar se eles não estão deixando uma marca muito funda no solo, pois isso pode interferir no funcionamento da máquina”, orienta. 


Aferição

O gerente corporativo da Pivot também ressalta a importância de aferir periodicamente o sistema de irrigação da máquina. “A uniformidade de distribuição de água é avaliada através das lâminas de irrigação, que servem para avaliar a qualidade de distribuição de água pelo sistema. O que pode variar de acordo com cada cultura. Por isso, é necessário fazer essa averiguação com antecedência’, informa. 

Júnior explica que a uniformidade de distribuição de água é avaliada por meio de ensaios de campo chamados de ensaios de lâmina de irrigação ou “ensaios de canecas”.“A medição desses índices serve para avaliar a qualidade de distribuição de água pelo sistema, que quanto maior for a mesma, melhor será o desempenho da irrigação instalada”, esclarece.


Complementação hídrica

Apesar de serem mais exigidos nos períodos de seca, os pivôs centrais também ajudam durante a época de chuva, especialmente quando os índices pluviométricos ficam abaixo da expectativa ou para complementar as necessidades hídricas de alguns tipos de lavouras. “Como há lavouras que exigem alguns milímetros de água, independente de chover o suficiente ou não, o pivô central pode ser usado como complemento para não ter perdas de lavouras”, esclarece Júnior Moreira.

Segundo dados do Programa Nacional de Agricultura Irrigada (Irriga+Brasil) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), realizado em 2022, Goiás possui mais de 511 mil hectares de área irrigada, a quarta maior entre os estados. À frente dos goianos estão a Bahia, com 525 mil ha, Minas Gerais com 961 mil ha e Rio Grande do Sul com 1 milhão e 163 mil (ha).


Brasil voltará a pedir vistos para turistas dos EUA, Canadá, Japão e Austrália

Para Daniel Toledo, advogado e especialista em Direito Internacional, o movimento pode trazer sanções e consequências econômicas negativas para o país


A partir de 1º de outubro, a exigência de visto para a entrada de cidadãos dos Estados Unidos, Japão, Canadá e Austrália no Brasil será retomada após ter sido suspensa, em 2019, pelo então presidente Jair Bolsonaro.

Dessa vez, os viajantes poderão solicitar o visto de forma eletrônica, sem a necessidade de ir até um consulado brasileiro, como era anteriormente.

O governo Lula avalia que a retomada da exigência dos vistos terá um impacto pequeno e, usa como evidência, as informações de fluxo de entrada de pessoas desses países desde o início da isenção. Segundo os dados do governo, em 2019, quando a desobrigação foi implementada, houve um aumento de 12% na entrada de norte-americanos, mas a entrada de cidadãos do Japão caiu 4,4%.

De acordo com Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos, esse movimento mostra que a relação entre EUA e Brasil está estremecida. “Existe uma possibilidade real de termos algum tipo de sanção contra o Brasil. Não acho que trará grande impacto, mas acredito que veremos restrições relacionadas ao comércio internacional”, relata.

Para o advogado, algumas decisões tomadas pelo governo Lula podem trazer consequências negativas para o país. “É preciso ter cuidado, pois a atual gestão está criando alguns atritos que eu, particularmente, acho que são desnecessários e podem gerar prejuízos financeiros ao Brasil”, declara.

Vale lembrar que os vistos emitidos antes de 2019 continuam válidos. “Não irá existir uma nova modalidade e não será necessário solicitar um novo visto. Mas a flexibilidade que tivemos entre 2019 e 2023, infelizmente, deixará de existir”, lamenta o especialista em Direito Internacional.

Na opinião de Toledo, a aproximação do Brasil com países como Venezuela, Cuba e Nicarágua pode deixar essa situação insustentável. “São nações com embates históricos com os Estados Unidos, tanto no cenário político quanto econômico, e isso pode dificultar ainda mais as relações com o país norte-americano no futuro”, pontua.

Mesmo que a exigência de vistos seja comum quando brasileiros vão aos EUA, o advogado não acredita que responder da mesma maneira seja o melhor caminho. “Isso não irá agregar em nada para o Brasil e o presidente precisa pensar, primeiramente, nas relações a longo prazo com o país americano. Se existir uma dificuldade futura para trocas econômicas, por exemplo, o impacto será sentido, principalmente, pela população que paga impostos todos os dias”, finaliza.


Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais 176 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido, consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR e professor da PUC Minas Gerais do primeiro curso de pós graduação em Direito Internacional, com foco em Imigração para os Estados Unidos


Toledo e Advogados Associados
http://www.toledoeassociados.com.br

Bactérias inteligentes são indispensáveis na agricultura regenerativa

Smartgran, produto da Superbac, possui a tecnologia exclusiva Smartbac que incrementa a atividade biológica do solo, melhorando sua qualidade agronômica e proporcionando maior vigor às plantas


Nos últimos anos, em grande parte do território nacional, o modelo de produção agrícola é marcado pelo binômio soja-milho ou soja-trigo. Diversos estudos demonstram que estes sistemas de produção a cada safra promovem baixa diversidade biológica ao solo e consequentemente impactam na diminuição de produtividade por área, portanto, mais do que nunca é preciso pensar em alternativas para a situação não se agravar.  

Entre as soluções disponíveis no mercado para a classe produtora está o Smartgran, um condicionador biológico de solo, altamente focado na agricultura regenerativa. O produto possui a tecnologia exclusiva Smartbac, as bactérias inteligentes da Superbac, empresa pioneira no mercado brasileiro de soluções em biotecnologia. Trata-se de um composto orgânico de elevada qualidade, combinada a um blend sinérgico de bactérias que atuam no solo, incrementando sua atividade biológica e melhorando sua qualidade agronômica.

De acordo com Edner Betioli Junior, Engenheiro Agrônomo, Doutor em Solos e Nutrição de Plantas e Gerente de PDI Agro na empresa, entre os diferenciais da solução podem se destacar o maior arranque das culturas, maior enraizamento, maior tolerância a estresses hídricos e lavouras mais sadias e produtivas. “Estes são os exemplos frequentemente reportados por agricultores que utilizam o Smartgran”, diz.

Com as bactérias inteligentes, o agricultor tem a garantia da saúde do solo com a maior atividade das enzimas Arilsulfatase e Betaglicosidase, envolvidas no ciclo do enxofre e do carbono. “Além de ser uma ferramenta importante no aumento da diversidade biológica do solo, o Smartgran ainda confere o diferencial da maior eficiência na absorção de nutrientes, que resulta em aumento de produtividade das culturas e estabilidade do sistema produtivo”, reforça o doutor.

Outro destaque da tecnologia é sua contribuição para aumentar a produtividade em uma mesma área mediante a inserção de matéria orgânica no processo de adubação e do aumento da diversidade de espécies de microrganismos benéficos ao solo/planta.

Somado a todos esses benefícios, há um outro que não podemos deixar de citar: a redução do uso de produtos químicos. A matéria orgânica presente no Smartgran é fonte de alimento para a biota do solo e seu processo de decomposição libera substâncias altamente capazes de promover melhorias fisiológicas às plantas, como é o caso dos ácidos húmicos e dos ácidos fúlvicos. De forma análoga, as bactérias inteligentes também promovem o aumento da atividade microbiana, resultando na maior produção de uma série de enzimas importantes para o processo de disponibilização e aporte de nutrientes. “Isso gera menor dependência de altas doses de fertilizantes de fontes minerais”, enfatiza o doutor.

Resultado comprovado

Atividade biológica do solo. O antes x depois com Smartgran

Um dos pontos fundamentais da agricultura regenerativa é a atividade enzimática no solo. Essas enzimas participam das reações metabólicas intercelulares, responsáveis pelo funcionamento e pela manutenção dos seres vivos, e também desempenham papel fundamental ao atuar como catalisadoras de várias reações que resultam na decomposição de resíduos orgânicos, ciclagem de nutrientes, formação da matéria orgânica e da estrutura em si da terra.

Experimentos feitos com o Smartgran comprovam o quanto a tecnologia se destaca no mercado. Quando foi avaliada a atividade enzimática da Arilsulfatase (principal enzima que participa do ciclo do enxofre), o condicionador biológico da Superbac superou em 46% o tratamento controle sem fertilizante, em 20% o fertilizante mineral e em 18% o fertilizante orgânico sem biotecnologia. “O produto comprova sua maior influência na atividade biológica do solo, que resulta em maior produtividade das culturas e estabilidade do sistema produtivo”, finaliza o engenheiro agrônomo.

 

Superbac


Posts mais acessados