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quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

Equilíbrio alimentar durante o período de férias

A nutricionista da Cyber Cross, Luana Rocha, apresenta algumas dicas para potencializar a detoxificação 

 

Uma dieta balanceada, que prioriza o consumo de alimentos nutritivos que auxiliam na eliminação das toxinas ingeridas e acumuladas no organismo, é chamada de detoxificação. Entre as substâncias prejudiciais ao organismo estão os xenobióticos e os endógenos, que podem ser de origem alimentar ou ambiental. Ao entrarem em contato com o organismo, tornam-se tóxicos e acabam alterando funções, bloqueando reações e causando diversas complicações à nossa saúde. 

Outras substâncias que agridem consideravelmente o organismo são os agrotóxicos e demais aditivos químicos, que também possuem a capacidade de intoxicar o corpo. Com esse quadro, a nutricionista da Cyber Cross, Luana Rocha, apresenta algumas dicas importantes para que o processo de detoxificação seja feito de forma correta.

“Sempre dê prioridade para os alimentos orgânicos, beba muita água potável, aumente o consumo de fibras durante as refeições, procure manter o intestino saudável, beba sucos verdes pela manhã para potencializar a detoxificação, além de comer mais vegetais folhosos escuros. Outra dica é que, sempre que puder, faça preparações com cúrcuma, sendo um potente antioxidante e anti-inflamatório”, aponta a nutricionista da Cyber Cross.

Luana Rocha também lista uma série de alimentos que possuem compostos bioativos que favorecem o processo de detoxificação. “É uma lista extensa, que pode ajudar na hora de montar as receitas desse período de purificação do organismo. Vale variar e usar todos na hora de montar os pratos”, afirma.

Entre os ingredientes estão: Canela, Manjericão, Pimenta Preta, Pimenta Caiena, Sementes de Mostarda, Cúrcuma (açafrão da terra), Alecrim, Cominho, Gengibre, Páprica, Sálvia, Coentro, Tomilho, Alho, Orégano, Cebola, Castanha-do-pará e os Vegetais Avermelhados.

“Lembre-se que uma alimentação saudável naturalmente nutre o organismo e auxilia na eliminação de toxinas, favorecendo equilíbrio e vitalidade para seu corpo. O recomendado é fazer um programa detox de duas a quatro semanas”, destaca Luana Rocha. 



Cyber Cross
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Especialista do sono destaca como altas temperaturas podem atrapalhar a hora de dormir e traz dicas de como contornar o calor

Dormir com ar condicionado e ventiladores ligados nem sempre é uma opção, em especial, devido aos problemas de saúde que podem ser desencadeados; especialista da Vigilantes do Sono compartilha dicas simples que podem proporcionar mais conforto na hora de dormir

 

O verão começou oficialmente no Brasil há poucas semanas, especificamente no dia 21 de dezembro de 2022. Com a estação, são esperadas grandes temperaturas, além de sensações térmicas altas. De acordo com especialistas, o clima mais quente pode afetar a distribuição das fases do sono, alterando o que os especialistas chamam de arquitetura e ciclos do sono, principalmente etapas que são as mais responsáveis pelo relaxamento.

Laura Castro, especialista do sono, psicóloga e sócia-fundadora da Vigilantes do Sono, healthtech referência no combate à insônia e que recentemente expandiu suas linhas de cuidado para atuar também em outros aspectos relacionados à saúde mental e ao bem-estar, destaca que é comum apresentar dificuldades para dormir quando há mudanças bruscas e significativas de temperatura.

A especialista explica que um ciclo de sono tem as fases 1, 2, 3 e o sono REM, da sigla em inglês para movimento rápido dos olhos. Os ciclos duram cerca de uma hora e meia e basicamente seguem a ordem: dormir, relaxar, desacelerar e sonhar. Durante o processo, o indivíduo vira de lado, muda de posição e repete o mesmo ciclo de 4 a 6 vezes por noite.

“Para que o sono siga esse ciclo adequadamente, é importante que a temperatura ambiente não esteja muito alta, para que o corpo possa se preparar para aprofundar nas fases de relaxamento e desaceleração do metabolismo. Se durante as fases 2 e 3, em que o corpo precisa relaxar, a temperatura ambiente estiver muito elevada, o corpo precisa trabalhar para expelir esse calor, dificultando a realização das demais etapas do ciclo”, explica.

Laura destaca que um sono de qualidade é aquele em que os ciclos de sono se repetem pelo menos 4 vezes e incluindo todas as fases. Quando a fase 3 não acontece como se espera, por exemplo, que é considerada a fase mais profunda do sono, porque nela há mais sincronização da atividade elétrica cerebral, maior sincronicidade dos batimentos cardíacos e importante redução da responsividade, então uma série de funções importantes para o corpo deixam de ocorrer, como a produção de anticorpos, e a entrada na frase 3 depende de um esfriamento progressivo da temperatura corporal. “Com um ciclo incompleto, acordamos mais cansados do que o habitual, com dificuldade de concentração e mau humor”, aponta.

Para conseguir diminuir o impacto das altas temperaturas no sono, algumas medidas podem ser adotadas. Dormir com ar-condicionado e ventiladores ligados é uma boa estratégia quando possível, mas nem sempre é uma opção. Em especial, quando há problemas de saúde que podem ser desencadeados ou agravados na presença de vento ou esfriamento, como quando há problemas respiratórios, Laura traz dicas simples que podem proporcionar mais conforto na hora de dormir.

Entre elas, a especialista destaca a importância de uma ducha morna antes de se deitar, o que favorece o esfriamento do corpo de dentro para fora. Também optar por lençóis leves, cuidar da alimentação próxima ao horário do sono, evitando os alimentos considerados termogênicos, como a pimenta, a prática de atividade física que também eleva a temperatura corporal e pode atrasar o início do sono, além de manter boa hidratação durante o dia, são todas ações que podem ajudar para que a temperatura corporal se reduza de maneira efetiva e facilite o início do sono e, com isso, o corpo conseguirá relaxar no momento adequado. 


Vigilantes do Sono - melhore sua saúde mental, sem remédios


Verão e os cuidados com a insolação

Professora Ariane de Paula Maywald, do curso de Medicina da UNIFRAN, explica as melhores formas de cuidar da saúde durante os dias de sol 

 

O verão chegou e com ele, as festas, viagens, animações e claro, a presença do sol. Por isso é importante que com ele, os cuidados estejam presentes em cada passeio, festa, banho de piscina, ida à praia ou mergulho no mar.  

Por conta disso, a professora Ariane de Paula Maywald, do curso de Medicina da Universidade de Franca – UNIFRAN, explica que, quanto à saúde em geral, devemos minimizar os efeitos das mudanças bruscas de rotina, tentando manter alguns hábitos saudáveis de alimentação, atividade física e sono.  

“Quanto a pele, é importante tentar manter a rotina de cuidados, principalmente com os produtos que são prioritários, como os hidratantes corporais e faciais, protetor solar, sabonete apropriado e se for o caso, algum ativo de tratamento, como produtos anti-idade ou antioxidantes. Ao contrário do que muitos pensam, a maioria dos cosméticos não precisam ser suspensos em períodos de exposição solar ou de viagens. Porém, atenção especial deve ser dada ao protetor solar nesse período mais quente do ano, para evitar manchas, envelhecimento precoce e ainda reduzir o risco de câncer”, completa a docente.  

Além disso, Ariane Maywald alerta sobre a importância do protetor solar e os males que o banho de sol em excesso pode acometer. “O principal erro cometido pelas pessoas que viajam a praias é não fazer o uso de protetor solar em dias nublados. A radiação solar atravessa as nuvens e mesmo assim pode causar queimaduras na pele. Então é importante lembrar de passar o produto a cada 2 ou 3 horas e ainda usar os protetores de barreira como camisetas com tecido de proteção UV, chapéus, bonés e optar por ficar em locais com sombra. Além disso, a hidratação deve ser reforçada, com a ingestão mínima de cerca de 3 litros de água ou outros líquidos ao dia para evitar mal-estar e a insolação.”  

É importante alertar também, que durante estes períodos, o sistema imunológico é afetado, podendo gerar problemas para diversos aspectos da saúde mental e física. “Na maioria dos casos, nessa época, nós mudamos muito a nossa rotina habitual. Reduzimos nossas horas de sono, paramos com os exercícios físicos, aumentamos a ingestão de álcool, reduzimos o consumo de alimentos in natura e abusamos de alimentos industrializados, processados, frituras e doces. Além disso, há uma redução importante no consumo de água. Embora seja algo que nos parece comum e habitual, nosso sistema imunológico sofre um prejuízo importante por cada uma dessas mudanças. A melhor forma de minimizar esse prejuízo é buscar manter a qualidade do sono e da alimentação, pois os bons hábitos não vão nos impedir de aproveitar as férias. “  

Por fim, a professora do curso de Medicina da UNIFRAN, Ariane Maywald, finaliza dizendo que para evitar prejudicar a saúde em viagens de fim de ano, é necessário simplesmente não exagerar. “Evitar os exageros, pode parecer clichê, mas essa é uma máxima que funciona. Não há problema em comer os petiscos que tanto gostamos, tomar um vinho ou cerveja, mas podemos evitar os exageros e, sempre que possível, ingerir frutas, vegetais e muita água”.  

 

UNIFRAN
www.unifran.edu.br

"Meu filho é autista, e agora?": Genial Care lança guia para auxiliar famílias a lidarem com o diagnóstico

Imagem: Reprodução/Genial Care

E-book gratuito traz orientações e dicas para acompanhar famílias na jornada

 

Receber o diagnóstico - ou até mesmo a suspeita - de autismo é um momento que traz muitas incertezas e emoções às pessoas cuidadoras. Além de ser um momento de agir e buscar intervenções e profissionais que vão ajudar no desenvolvimento da criança, é, também, um momento da família buscar suporte emocional caso sinta que seja necessário. 

 A Genial Care, clínica multidisciplinar para cuidado e desenvolvimento de crianças com autismo e suas famílias, acaba de lançar o guia digital "Meu filho é autista, e agora?". “Este é guia tem como objetivo auxiliar os parentes, cuidadores e famílias na hora de processar o diagnóstico e trilhar novos caminhos extraordinários nesta jornada”, explica a Líder de Comunidade da Genial Care, Gabriela Bandeira. 

O e-book (que pode ser acessado gratuitamente neste link) traz cinco capítulos. Reunindo uma série de informações, aborda o tema descrevendo alguns sentimentos e preocupações comuns às pessoas cuidadoras nesse período. “Conhecemos o desafio de educar uma criança com autismo, e criamos serviços focados em famílias brasileiras. Temos um time clínico e uma metodologia focada na ciência e em práticas baseadas em evidências para o autismo, mas mais do que isso, queremos entender as necessidades das pessoas cuidadoras e ajudá-las a encontrar seu caminho extraordinário dentro desta realidade”, ressalta Kenny Laplante, fundador e CEO da Genial Care. 

O material traz um questionário sobre estes sentimentos comuns às pessoas cuidadoras nesse período, como negação, tristeza, raiva, sobrecarga, e com respostas que podem ir de “nunca/raramente” a “muito frequentemente”. “Essa “régua” auxilia na humanização desses sentimentos e traz orientações sobre o momento que estão passando, indicando aos familiares e pessoas cuidadoras tais sentimentos não significam algo ruim e que está tudo bem não estar tudo bem agora”, diz Gabriela. 

O guia também oferece ao leitor uma lista com alguns sintomas que podem indicar a necessidade de iniciar um tratamento psicológico, ressaltando que é preciso entender quando é o momento de buscar ajuda profissional para lidar com a situação e cuidar do próprio bem-estar. 

 

Genial Care - clínica multidisciplinar que conecta tecnologia e embasamento científico às pessoas.


Fragilidade oral afeta saúde bucal dos idosos

Problema reduz a força dos músculos da mastigação, o que dificulta a higienização dos dentes e aumenta a hipossalivação
 

Com os avanços da pesquisa e desenvolvimento na ciência temos visto um aumento da expectativa de vida, levando a um processo mundial de envelhecimento da população. Dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 2021, apontam que pessoas com 60 anos ou mais representam 14,7% da população no Brasil, o que equivale a 31,23 milhões de indivíduos. Com este cenário, muitos esforços científicos vêm sendo empregados com o objetivo de assegurar uma melhor qualidade de vida aos idosos, levando em consideração sua individualidade e complexidade clínica. 

Na Odontologia, isso resulta no aumento da demanda de profissionais e serviços de saúde aptos a atender essa faixa etária. O perfil bucal do idoso está passando por uma mudança gradual ao decorrer dos anos, e isso é agravado quando se considera que muitos idosos não possuem tratamento odontológico necessário ou adequado. Por isso, o campo da odontogeriatria -- ramo da odontologia que atua na saúde oral de idosos --, nos traz um olhar que compreende a individualidade do idoso. 

O envelhecimento é acompanhado de limitações físicas crescentes e um declínio gradual da função corporal. No domínio da saúde oral, isto é conhecido como “fragilidade oral”, um conceito que tem impacto na saúde geral, bem-estar e qualidade de vida e cuja prevenção ajuda os doentes a prolongar a sua vida saudável.

Estudiosos japoneses trouxeram o conceito de “fragilidade oral”, que é definido pela Sociedade Japonesa de Odontogeriatria como um pré-estágio de “hipofunção oral”, ou seja, uma diminuição da função da região, decorrente de doenças gengivais, cáries e redução natural da força oclusal e sarcopenia dos músculos da mastigação. “Essa condição pode prejudicar a atuação da língua e dos lábios e levar à má limpeza dos dentes e à secura da boca”, explica Marcela O´Neal, cirurgiã-dentista da GUM, marca especializada em produtos odontológicos. 

A saúde bucal é afetada pela fragilidade geral, mas, em contrapartida, também a afeta. Nesse cenario é importante pensar em como manter a saúde bucal quando se está fragilizado e de como isso é parte importante para um envelhecimento saudável. É um desafio clínico e um desafio de saúde pública também. 

De acordo com a cirurgiã-dentista, existe uma necessidade de novos modelos de atenção adaptados ao envelhecimento da sociedade é crescente. O melhor caminho é a prevenção para colocar as pessoas em uma boa trajetória quando são jovens e a prevenção da perda dentária ao longo da vida, lembrando que “Embora o número de dentes conservados seja importante, seu estado de saúde também é fundamental. Portanto, cuidar do corpo também conta com priorizar o cuidado com os dentes, investindo na escovação (ao menos 2 vezes ao dia) e na passagem do fio dental”, comenta.

 

GUM


Prevalência de estresse pós-traumático em São Paulo é baixa, mas há muitos casos no limiar do transtorno

Conclusão é de estudo que envolveu mais de 5 mil moradores da Região Metropolitana. Para pesquisadores da USP, investigações futuras devem focar na identificação de áreas mais propensas ao problema, de modo que as pessoas recebam tratamento adequado (foto: Pixabay)

 

Estudo divulgado no Journal of Psychiatric Research revela que na Região Metropolitana de São Paulo 1,6% da população diz ter sofrido de estresse pós-traumático nos últimos 12 meses e 3,2% já vivenciaram o problema ao longo da vida. Embora os resultados indiquem uma baixa prevalência do transtorno, eles alertam para o grande número de casos subsindrômicos, ou seja, aqueles em que a pessoa não apresenta todos os sintomas que configuram o transtorno, mas fica no limiar.

“O conceito de transtorno pós-traumático foi desenvolvido com base em casos de guerra, em que os indivíduos apresentavam sintomas muito graves. O Brasil é um país muito violento, mas não está vivenciando uma guerra civil. Em comparação com outros países, como Estados Unidos, por exemplo, temos uma prevalência baixa. No entanto, observamos muitos casos que são chamados de subsindrômicos e que merecem atenção”, explica Wang Yuan Pang, pesquisador do Instituto de Psiquiatria da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) que coordenou o levantamento. Segundo Wang, o índice de exposição a eventos traumáticos foi elevado, chegando em alguns casos a superar 35% da amostra.

O estudo contou com apoio da FAPESP e foi o primeiro a avaliar a Região Metropolitana de maneira sistemática, com uma amostra representativa da população. Ao todo foram incluídos 5.037 voluntários adultos. A iniciativa integra uma pesquisa maior, intitulada The São Paulo Megacity Mental Health Survey, conduzida no âmbito do consórcio internacional World Mental Health (WMH), coordenado pela Organização Mundial de Saúde e pela Universidade Harvard (Estados Unidos), com mais de 20 países participantes (leia mais em: agencia.fapesp.br/15215/agencia.fapesp.br/20523/ e agencia.fapesp.br/25706/).

Wang explica que o transtorno de estresse pós-traumático é uma condição de saúde mental desencadeada por um evento aterrorizante, que pode ter sido vivenciado ou apenas testemunhado. “O primeiro critério é a pessoa ser vítima de um trauma e só o tempo pode fazer a distinção entre o estresse agudo e o crônico, que persiste por mais de seis meses. O transtorno de estresse pós-traumático consiste em vários sintomas, como pesadelos, ansiedade grave, lembranças repentinas da cena traumática [flashbacks]. Além disso, é comum que a pessoa evite alguns comportamentos para fugir de situações que trazem alguma lembrança do evento traumático”, explica.

Segundo o pesquisador, a intensidade e a frequência desses sintomas também são aspectos relevantes. “São pessoas que estão muito sobressaltadas, que têm reações exageradas a vários estímulos e com ansiedade e depressão subsequente. Esses sintomas são sentidos todos os dias. É um problema altamente disfuncional, a pessoa não consegue trabalhar e levar uma vida minimamente satisfatória. Vale ressaltar que os casos subsindrômicos também podem ser disfuncionais”, diz.

Estudos semelhantes feitos em outros países em desenvolvimento indicaram uma prevalência mais baixa de estresse pós-traumático (ao longo da vida): 0,7% no Peru, 1,5% no México e 1,8% na Colômbia – sendo que na cidade de Medellín, que chegou a ser considerada uma das cidades mais violentas do mundo nas décadas de 1980 e 1990, o índice salta para 3,7%.

No continente africano, onde estudos populacionais em larga escala são escassos, a prevalência desse transtorno na amostra foi quase nula. Na África do Sul, a prevalência ao longo da vida foi de 2,3% e, nos últimos 12 meses, de 0,7%.

Gatilhos

Entre os traumas mais relatados no estudo brasileiro estão o ato de testemunhar alguém sendo ferido ou morto, ou ver um cadáver inesperadamente (35,7%) e ser assaltado ou ameaçado com uma arma (34,0%).

Já os eventos mais comuns para os casos subsindrômicos foram “morte súbita e inesperada de um ente querido” (34%), “violência interpessoal” (31%) e “ameaças à integridade física de outras pessoas” (25%).

O estudo mostrou que experiências relacionadas à violência interpessoal apresentaram uma maior probabilidade para o desenvolvimento do transtorno de estresse pós-traumático. Dessa forma, eventos como ser assaltado ou molestado sexualmente (21,2% no total, sendo praticamente todos os casos entre mulheres) e ser estuprado (18,8% no total; sendo 18,4% para mulheres e 20,1% para homens) foram as duas experiências com maior chance de desencadear um quadro de estresse pós-traumático.

“É possível que alguns grupos de pessoas tenham maior chance de desenvolver o transtorno do que outras. Com os resultados do estudo, podemos observar, por exemplo, que há um recorte importante de gênero. O Brasil é um país violento e com alto índice de violência doméstica, sobretudo contra as mulheres, que estão mais propensas a desenvolver o transtorno de estresse pós-traumático após a exposição a esses eventos”, afirmou Bruno Mendonça Coêlho, pesquisador do Instituto de Psiquiatria e primeiro autor do estudo.

Tratamento adequado

Wang ressalta que, em termos de saúde pública, o transtorno de estresse pós-traumático tem uma prevalência muito menor do que a das crises de ansiedade, pânico, ansiedade social ou a da depressão – condições que somadas acometem quase 20% da população. No entanto, de acordo com o pesquisador, é importante que estudos futuros busquem identificar onde estão as pessoas que sofrem de estresse pós-traumático, para que recebam atendimento adequado.

Em trabalhos anteriores, o pesquisador verificou o acesso à saúde mental na Região Metropolitana de São Paulo, incluindo todos os transtornos. “Levando em consideração os casos muito graves de depressão, pânico, ansiedade e outros transtornos, estimamos que aproximadamente 1 milhão de pessoas na Região Metropolitana de São Paulo necessitam de tratamento especializado. Porém, somente 10% dos pacientes muito graves conseguiram receber algum tipo de atendimento, seja no serviço público ou no setor particular. Isso mostra que existe uma lacuna enorme na assistência”, afirma.

O artigo Correlates and prevalence of post-traumatic stress disorders in the São Paulo metropolitan area, Brazil pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0022395622005386.

O artigo Treatment Gap of Mental Disorders in São Paulo Metropolitan Area, Brazil: Failure and Delay in Initiating Treatment Contact After First Onset of Mental and Substance Use Disorders está disponível em: https://link.springer.com/article/10.1007/s11469-022-00814-0.

 

Maria Fernanda Ziegler

Agência FAPESP 

Prevalência de estresse pós-traumático em São Paulo é baixa, mas há muitos casos no limiar do transtorno | AGÊNCIA FAPESP


Cuidados paliativos aliviam dor em mais de 90% dos pacientes com câncer

Método foi o utilizado nos últimos dias de vida de Pelé, o rei do futebol. Segundo a OMS, mais de 25 milhões de pessoas necessitam de cuidados paliativos no último ano de vida 

 

Os cuidados paliativos visam melhorar a qualidade de vida de pacientes que apresentam uma doença grave. O termo ganhou destaque com a morte do jogador Pelé, que recebeu o diagnóstico de câncer de cólon em 2021 e estava internado desde o dia 29 de novembro de 2022 com cuidados paliativos. Ele faleceu um mês depois, deixando o mundo do futebol em luto. De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o método alivia a dor em mais de 90% dos pacientes com câncer.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que “os cuidados paliativos são aplicáveis no início do curso da doença, em conjunto com outras terapias destinadas a prolongar a vida”. A entidade aponta que, a cada ano, cerca de 56,8 milhões de pessoas, incluindo 25,7 milhões no último ano de vida, necessitam de cuidados paliativos. Ainda segundo a OMS, apenas cerca de 14% das pessoas no mundo que precisam de cuidados paliativos, os recebem atualmente.

A cirurgiã oncológica e coordenadora de cuidados paliativos da Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica (SBCO), Cláudia Naylor, diz que há uma limitação de pesquisas sobre o momento do encaminhamento para cuidados paliativos especializados quando um paciente é diagnosticado com algum tipo de câncer: “No caso da Oncologia, infelizmente o mais comum é que o cuidado paliativo ocorra quando a doença se torna progressiva, depois de  terapia de primeira e segunda linha ou quando o paciente passa por grave sofrimento físico, psicológico ou espiritual”, afirma.

A integração entre cuidados paliativos e o tratamento com intenção curativa é vital, visto que os pacientes e suas famílias geralmente se defrontam com cuidados prestados por vários profissionais diferentes, de várias especialidades, e em diferentes ambientes: “A melhor qualidade de vida possível é o principal objetivo dos cuidados paliativos e o gerenciamento ideal de sintomas é o meio para alcançá-la”, explica.


MITOS ASSOCIADOS AOS CUIDADOS PALIATIVOS

Cuidados paliativos significam todos os tratamentos direcionados a pacientes cuja doença não responde mais a nenhuma intervenção farmacológica ou cirúrgica. No entanto, a falta de conhecimento dos profissionais de saúde e população em geral sobre o assunto está associada a mitos e equívocos, que levam a baixos índices de encaminhamento e mau uso desses serviços.

Dessa forma, pacientes com doença avançada recebem os cuidados paliativos muito tarde no curso da doença, provavelmente devido ao medo e à desinformação. Prova disso é uma das metas da Union for International Cancer Control (UICC) até 2025: dissipar mitos e equívocos sobre a doença e reduzir o estigma associado aos cuidados paliativos, garantindo a melhoria da qualidade de vida dos pacientes e familiares.


Cuidados paliativos em tratamento curativo x tratamento oncológico

A integração do Cuidado Paliativo Precoce (CPP) é um processo complexo que geralmente abrange ambientes comunitários, incluindo relações sociais e de trabalho, e institucionais com planos de cuidados centrados no paciente, ou seja, em seu “momento” tanto no tratamento quanto na doença.

É necessário haver flexibilidade, pois alguns pacientes precisarão se mover entre diferentes níveis de cuidados ao longo da trajetória da doença. A abordagem paliativa vai depender do status funcional do paciente e de sua carga de sintomas:

  1. Paciente relativamente estável com carga de sintomas limitada pode requerer apenas um nível de vinculação com os CPP, com a maior parte de seus cuidados sendo administrados por sua equipe de atendimento habitual;
  2. Paciente com doença avançada que apresente uma carga de sintomas além do escopo de sua equipe de cuidados habituais pode se beneficiar de cuidados coordenados por equipe especializada em cuidados paliativos;
  3. E paciente no final da vida com carga grave de sintomas se beneficiará de serviços totalmente integrados, seja em ambiente hospitalar ou em seu domicílio, para os cuidados finais.


Quadro de terminalidade de um paciente oncológico

Na fase de terminalidade, a maioria dos pacientes com câncer avançado experimenta uma deterioração progressiva em seu estado funcional global, ocorrendo um aumento da carga de sintomas nesses últimos meses/semanas de vida, geralmente associado a um declínio concomitante na função respiratória, em seu estado nutricional e mesmo na cognição, às vezes precipitado por complicações agudas que requerem visitas recorrentes ao pronto-socorro e eventuais hospitalizações, quando não há uma abordagem adequada dos sintomas.

Por sua vez, o reconhecimento da fase terminal da doença facilita o planejamento dos cuidados de fim de vida; prepara a família, paciente e cuidadores; envolve discussões sobre preferências como local da morte e questões quanto ao controle de sintomas. Mas é necessário enfatizar que o reconhecimento tardio de que a morte está próxima geralmente resulta em gerenciamento inadequado dos sintomas e atendimento psicossocial muito abaixo do ideal.


Como acontecem os Cuidados Paliativos

A comunicação com os pacientes e suas famílias é fundamental na fase terminal, pois promove confiança entre eles e a equipe de saúde. Essa sensação, por parte de pacientes e cuidadores, de não serem abandonados contribui para o bem-estar e auxilia no enfrentamento da evolução da doença e do luto subsequente.

Cláudia Naylor explica que os pacientes variam em seu desejo de saber se estão chegando perto da morte. Nos casos em que eles preferem não ser informados, é de vital importância pedir permissão para falar com seus familiares. A discussão deve ser conduzida com sensibilidade, habilidade, paciência e empatia, todas habilidades treináveis. Essa comunicação bem realizada contribui para redução dos pedidos de intervenções médicas agressivas próximo à morte, assim como tende a diminuir a morbidade e o luto.

Os maiores temores, tanto de pacientes quanto seus familiares, são a dor não aliviada adequadamente, falta de ar e outros sintomas graves. Por isso, eles precisam ter certeza de que essas questões serão tratadas meticulosamente. Afinal, faz parte dos cuidados integrais manter o sentido de controle e dignidade do doente e sua família, e assim, preservar a esperança em uma morte sem o sofrimento possivelmente evitável. 

 

Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica - SBCO 

 

Referências Bibliográficas

1 - Organização Panamericana de Saúde (OPAS). https://www.paho.org/pt/topicos/cancer. Disponível em 3 de janeiro de 2022.

2 – Organização Mundial da Saúde (OMS) - https://www.who.int/news-room/fact-sheets/detail/palliative-care. Disponível em 3 de janeiro de 2022.

3 - Union for International Cancer Control [UICC] World Cancer Declaration. https://www.uicc.org/what-we-do/advocacy/world-cancer-declaration. Disponível em 3 de janeiro de 2022.

 

Janeiro Branco: alternativas para evitar situações críticas e interferências no bem-estar físico

Livros que tratam do tema e indicações de fontes especializadas 

 

Fontes especializadas podem informar sobre as condições que envolvem equilíbrio hormonal, relaxamento, traumas, além de outros fatores, ou orientar na identificação dos sintomas de instabilidades emocionais que refletem em males ainda piores e na saúde física.

As obras publicadas pelo Grupo Summus e seus autores, ligados às mais importantes instituições hospitalares no Brasil e de outros países, são indicados para contribuir em pautas relativas ao Janeiro Branco. Envio a seguir algumas sinopses e biografias nos links dos especialistas:


O DESPERTAR DO TIGRE – EDIÇÃO REVISTA - Curando o trauma - Autor(es): Ann FrederickPeter A. Levine

Best-seller no Brasil e no exterior, o livro oferece uma visão revolucionária a respeito do trauma. Para Peter A. Levine, somos seres únicos, dotados de grande instinto. Porém, ao utilizarmos apenas nosso cérebro racional, deixamos de lado a capacidade curativa inerente ao nosso organismo. O autor parte da seguinte premissa: por que, embora sejam constantemente ameaçados na natureza, os animais não ficam traumatizados? Se compreendermos a dinâmica que torna esses animais imunes ao trauma, teremos pistas para compreender os mistérios do trauma humano. Nestas páginas, o leitor encontrará explicações biológicas, psicológicas e corporais sobre a consolidação do trauma na mente e no corpo. Então, por meio da Experiência Somática® — abordagem criada pelo autor — e de exercícios de conscientização, aprenderá a identificar os sinais do trauma, acolhê-los e transformá-los. Nessa viagem de autoconhecimento, ficará claro que nosso organismo tem uma sabedoria inata que precisa ser reconhecida e aplicada.


EQUILÍBRIO HORMONAL E QUALIDADE DE VIDA - Estresse, bem-estar, alimentação e envelhecimento saudável - Autor: Sergio Klepacz

Psiquiatra e autor de Uma questão de equilíbrio, ele mostra no livro como a relação entre balanceamento hormonal, combate ao estresse e alimentação pode levar a uma vida saudável e até mesmo deter o processo de envelhecimento. Ele discute as polêmicas questões da reposição hormonal e dos hormônios bioidênticos e relata casos reais de pacientes que procuraram respostas na medicina ortomolecular.


TRANSTORNOS DE ANSIEDADE, ESTRESSE E DEPRESSÕES - Conhecer e tratar - Autor: Breno Serson

Insônia, falta ou excesso de apetite, falta de ar, tonturas, medos, aperto no peito, pensamentos angustiantes. Esses e outros sintomas físicos e mentais podem indicar um transtorno de ansiedade ou depressão, que atinge cada vez mais nossa sociedade contemporânea. Este livro objetiva partilhar conhecimento, em linguagem simples, sobre os transtornos ansiosos e depressivos e os tipos de tratamento disponíveis, refletindo sobretudo sobre a integração de tratamentos convencionais e de medidas gerais benéficas.


MEDICINA INTEGRATIVA - A cura pelo equilíbrio - Autor: Paulo de Tarso Lima

Praticada em grandes hospitais e universidades do mundo todo, a medicina integrativa vê o paciente como um todo, inter-relacionando sintomas, qualidade de vida e alimentação. O objetivo não é apenas curar, mas tornar o paciente ativo em sua recuperação e transformar seus hábitos para melhor. Escrito por um dos maiores especialistas da área, o livro traz informações sobre os tratamentos, a filosofia e os resultados da medicina integrativa.

MEDO DA VIDA – Caminhos da realização pessoal pela vitória sobre o medo - Autor: Alexander Lowen

Medo da vida é um estudo aprofundado da condição humana na cultura moderna. Alexander Lowen mostra que o estresse, a tensão, a ansiedade e o comportamento neurótico derivam do medo da vida – são fruto dos esforços inconscientes do indivíduo para superá-lo. Entretanto, é impossível superar esse medo; pode-se apenas suprimi-lo ou negá-lo, à custa da espontaneidade e do equilíbrio mental. Partindo de uma síntese entre as ideias de Freud e Reich – passando inclusive pelo mito de Édipo –, Lowen analisa a oposição entre ser e ter. Mostra, assim, que o indivíduo que almeja ser precisa parar o fazer frenético e investir no autoconhecimento. Quando se tem a coragem de aceitar e sentir a dor, a tristeza e o vazio interior, pode-se curar o trauma e obter prazer, realização e alegria. É esse o propósito da análise bioenergética.


Ginecologista desmistifica o Ponto G e explica a importância de estimular outras zonas erógenas

Dra. Viviane Monteiro afirma que a falta de informação sobre o prazer feminino e estímulo ao autoconhecimento são os principais fatores para descontentamento quanto à vida sexual das mulheres

 

A sexualidade e o prazer, principalmente o feminino, ainda é um tema muito intrigante, não à toa, a todo momento surgem novas pesquisas sobre esse universo do estímulo sexual. A “descoberta” do Ponto G, é prova desse movimento das mulheres em busca de mais autoconhecimento. No entanto, essa pauta segue sendo motivo de polêmica até mesmo no médico. Afinal existe ou não o Ponto G? 

Uma pesquisa feita pelo ProSex (Programa de Estudos em Sexualidade) da USP (Universidade de São Paulo), revelou que 55,6% das mulheres brasileiras não atingem o orgasmo em suas relações, o que as leva a questionarem a existência de um ponto erógeno capaz de promover tanto prazer. 

Segundo a ginecologista, Dra. Viviane Monteiro, o famigerado Ponto G é na verdade uma zona erógena que compreende a extensão do clitóris, entre a uretra e o canal vaginal, indo até a parte interna da vagina, onde existem terminações nervosas e pequenos vasos sanguíneos que aumentam a sensibilidade e contribuem para o prazer, seja através da penetração ou de estímulos locais. 

“Ao contrário do que muitos acreditam, o Ponto G não funciona como um botão, que ao ser tocado irá proporcionar uma onda de prazer instantâneo, toda essa zona erógena deve ser estimulada para levar a um orgasmo. Vale destacar que cada mulher sente prazer quando estimulada de diferentes formas, em diferentes pontos. Não há uma receita que agrade a todas as mulheres”, explica a ginecologista. 

Com o aumento do foco sobre essa zona erógena, a autocobrança das mulheres em atingir o orgasmo também cresceu, e consequentemente, a frustração e descontentamento quando não ocorre também. Mas, a especialista reforça que o autoconhecimento é o primeiro passo para alcançar diferentes níveis de prazer. 

“Nossos corpos são repletos de “Pontos G” e assim como nem todo corpo será igual, as mulheres gostam de coisas diferentes. Além das variações de sensibilidade, as experiências pessoais também podem influenciar no prazer, por isso, conhecer o próprio corpo e avaliar as sensações que o estímulo de cada região causa é a melhor forma de alcançar a satisfação sexual. Vale sempre bater um papo franco com seu(sua) parceiro(a) também, para juntos(as), entenderem o que funciona mais para ambos(as)”, complementa a médica.


 

Viviane Monteiro - Formada pela Universidade Federal Fluminense (UFF), fez residência médica no Instituto Fernandes Figueira (IFF) onde atualmente é doutoranda em Pesquisa Aplicada à Saúde da Criança e da Mulher. É especialista em Ginecologia e Obstetrícia (TEGO), em Medicina Fetal, Gestação de Alto Risco e Ultrassonografia Obstétrica e Ginecológica pelo Colégio Brasileiro de Radiologia. É Membro da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Rio de Janeiro (SGORJ) e mestre em Ciência Médicas pela Universidade Fluminense (UFF). Em sua clínica particular localizada no bairro de Ipanema no Rio de Janeiro, o espaço que acolhe suas pacientes, também exalta obras de artistas mulheres, com peças únicas distribuídas em 250m². A médica ainda conduz um projeto de educação sexual e saúde íntima na comunidade da Rocinha, como parte do programa Oficina do Sucesso.
@dravivianemonteiro


Como a alimentação influencia no bem-estar?

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Entenda o impacto dos bons hábitos alimentares e da dieta balanceada no funcionamento do corpo


A alimentação saudável é a principal responsável pelo bom desempenho do organismo. Ela oferece ao corpo os nutrientes necessários para o seu bom funcionamento, permitindo que o indivíduo se mantenha saudável e com uma boa qualidade de vida.

De acordo com Dr. Nelson Tatsui, diretor-técnico do Grupo Criogênesis e Hematologista do HC-FMUSP, muitos são os benefícios que a alimentação balanceada promove ao nosso organismo. “As pessoas podem obter benefícios consideráveis para a saúde em qualquer idade, cortando alimentos altamente processados, carregados de sal, açúcar, outros aditivos e substituindo-os por algo mais nutritivos, como: frutas, legumes, nozes, feijão, lentilhas, frutos do mar e grãos integrais”, afirma.

O especialista explica que a alimentação saudável não tem a ver com limitações rígidas, com a falta de realismo ou privação dos alimentos que o indivíduo gosta. “Quando o assunto é emagrecer, diversas pessoas dão palpites com fórmulas mágicas, exercícios, dietas milagrosas e muitos outros métodos que promovem a perda do peso rápido. Contudo, o que realmente interfere no emagrecimento é a relação entre ingestão de calorias e o gasto calórico”, detalha. 

Uma boa alimentação não propicia somente um corpo preparado contra doenças, ela está relacionada também com a saúde mental. “Não se alimentar corretamente pode interferir diretamente no psicológico das pessoas. Uma dieta com a combinação certa de vitaminas, minerais, óleos e gorduras saudáveis pode ajudar a melhorar nossas funções cerebrais, níveis de energia, memória, além de controlar as emoções”, alerta. 

Doutor Nelson enfatiza que a boa alimentação ajuda a evitar condições que podem diminuir a expectativa de vida. “Previne doenças crônicas como as cardiovasculares, diabetes mellitus do tipo II, e diferentes tipos de câncer. Além disso, temos grandes evidências científicas que mostram que a adoção da alimentação saudável é fundamental para pessoas que já têm o diagnóstico de tais doenças, melhorando, assim, seu controle e a manutenção”.

Esse cuidado com o que está no prato também garante mais energia e disposição para executar atividades do cotidiano. “Pessoas com maus hábitos alimentares tendem a sofrer de cansaço, mau humor, insônia, sobrepeso ou obesidade. Por isso, o ideal é apostar em frutas, cereais e legumes, visto que são nutrientes essenciais para o bem-estar geral”, finaliza.

 

Criogênesis

criogenesis.com.br/


Consumo de creatina tem benefícios para ganho de energia; especialistas recomendam acompanhamento profissional

Consumo de creatina deve ser feito com acompanhamento profissiona
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Coordenadora do curso de Nutrição da Anhanguera faz orientações sobre como incluir o suplemento na alimentação

  

A creatina é um dos suplementos nutricionais mais conhecidos no meio esportivo -- desde os amadores até os profissionais - como aliado em treinos e dietas desperta o interesse em atletas e não-atletas que estão em busca de um bom desempenho nas atividades físicas e em resultados no ganho de massa muscular, mas também pode gerar dúvidas sobre o seu consumo. Após a liberação das vendas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária, em 2010, e a isenção nos impostos de importação, no ano passado, o consumo se tornou tendência nas academias, porém, especialistas recomendam que o uso seja feito com acompanhamento profissional.

De acordo com a coordenadora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, professora Camila Junqueira, a creatina não é um anabolizante e age na produção de energia, além de estimular o desenvolvimento de fibras musculares. “A suplementação aumenta a capacidade dos músculos trabalharem, contribui com a força na prática esportiva e melhora a performance em treinos”, afirma a docente.

A substância é naturalmente produzida pelos rins, fígado e pâncreas e está presente em alimentos do dia a dia, como ovos, leite e seus derivados, assim como nas carnes de boi, de peixe e de frango. O uso como suplemento é indicado para pessoas que buscam aumento da potência em exercícios, porém, os ganhos são percebidos apenas quando o consumo está aliado a uma dieta equilibrada e a uma rotina de atividades físicas.

 

COMO CONSUMIR?

Com o auxílio de um nutricionista qualificado, é possível criar uma disciplina alimentar personalizada com as necessidades e objetivos de cada paciente. Sem acompanhamento, os riscos de efeitos colaterais podem aumentar, como, por exemplo, a sobrecarga dos rins devido a possível baixa ingestão de líquidos no processo.

O pó deve ser diluído em água, preferencialmente, e é importante que o usuário consuma, também, uma fonte de carboidrato com alto índice glicêmico, a exemplo da tapioca, preparos com batatas e frutas com adição de mel. Isso irá facilitar a absorção da substância no organismo.

As dosagens devem ser feitas entre 3 e 5 gramas por dia e podem acontecer em dois modos: por tempo determinado e limitado, para resultados específicos, ou por uso contínuo e diário. “Em quantidade moderada, a creatina não faz mal à saúde e não contém calorias, mas é preciso incluí-la na dieta com responsabilidade e apoio de um profissional de saúde”, alerta a professora. 



Anhanguera
https://www.anhanguera.com/ e https://blog.anhanguera.com/category/noticias/


Kroton
www.kroton.com.br


Alerta: conheça os seis medicamentos que mais prejudicam os seus rins

Você sabia que os rins são os principais órgãos responsáveis pela filtração e eliminação de substâncias que circulam no nosso sangue? E que a maioria dos medicamentos que tomamos passam por eles? Os pontos foram abordados pelo cardiologista e especialista em marca-passo Dr. Roberto Yano. 

Segundo ele, por serem responsáveis por essa “limpeza” no sangue, muitas vezes os rins sofrem com os efeitos de algumas substâncias ingeridas. Dentre elas, estão medicamentos que são usados com frequência na medicina. Alguns que podem causar lesões renais se usados de forma indevida.
 
Por isso, conforme Dr.Yano, é importante termos ciência se algum medicamento que usamos está neste grupo que pode causar danos aos rins. Pensando em esclarecer isso, o médico elaborou uma lista com os seis medicamentos que mais agridem esse órgão. Confira:


 
1- Antibióticos
 
"Alguns antibióticos têm metabolização renal. Quando usados em excesso, ou em pacientes com insuficiência renal, elas podem ser e causar lesões no tecido renal. Por isso é importante que essas medicações sejam utilizadas somente com indicação precisa de um médico, evitando assim os riscos da automedicação", falou.


 
2- Remédios para Gastrite e Azia
 
"O uso prolongado de medicamentos, como o Omeprazol, por exemplo, também podem levar a danos nos rins. Houve um grande estudo, com cerca de 170 mil pessoas, que tomavam alguns desses medicamentos e alguns tiveram um declínio da função renal quando os utilizaram em longo prazo. Mas prestem atenção: em alguns casos, esses medicamentos são essenciais para quem tem úlcera, ou refluxo severo. Por isso, repito, só tomem medicamentos mediante orientação médica", disse.


 
3- Contraste iodado
 
"Sabe aquele contraste de exame radiológico? Usados, por exemplo, na tomografia? Importante para destacar áreas do corpo que estão sendo examinadas? Elas também quando usadas indevidamente, podem levar a problemas renais. Sendo assim, os pacientes com insuficiência renal devem evitar ao máximo o uso de contraste em exames radiológicos", alertou.


 
4- Antipsicóticos
 
"Principalmente os chamados de antipsicóticos atípicos, podem causar lesões nos rins, sobretudo quando utilizado de forma exagerada, acima das doses normais. Um estudo de 2014, com mais de 200 mil pessoas com idades acima dos 64 anos, mostrou que quem toma medicamentos como a Quetiapina, por exemplo, tiveram risco maior de ter lesão renal, quando comparados a pessoas que não usaram esse medicamento", falou.


 
5- Laxantes
 
"O uso exagerado de laxantes leva a perda de sais minerais e por isso podem também causar lesões renais. Para algumas pessoas laxantes podem ser seguros, mas para quem já possui um mal funcionamento dos rins, ou os idosos, devem evitar uso de laxantes por períodos prolongados. Canso de ver pacientes exagerando no uso desse tipo de remédio, e sem orientação médica, e depois sofrendo com o uso indevido desse tipo de medicamento", lamentou.


 
6- Anti-inflamatórios
 
"Pensou em medicamentos que fazem mal aos rins, esse grupo vem em primeiro lugar. Esses são os que mais afetam esse órgão. Os anti-inflamatórios possuem risco aumentado de causar falência renal aguda e crônica também. Pacientes que fazem uso desses medicamentos por tempo prolongado podem evoluir até para insuficiência renal terminal, tendo que se submeter no final à diálise por conta desses danos irreversíveis aos rins", finalizou.
 


Dr. Roberto Yano - médico cardiologista e especialista em Estimulação Cardíaca Artificial pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Cardiovascular e AMB. Atualmente suas redes sociais, que traz a #amigosdocoracao, contam com um número expressivo de seguidores. São mais de 2 milhões engajados e distribuídos nos canais do Facebook, Youtube e Instagram. O principal objetivo do profissional é divulgar informações valiosas aos seguidores, sempre visando os preceitos do código de ética médica

 

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