Pesquisar no Blog

terça-feira, 4 de outubro de 2022

Outubro Rosa: acupuntura podem atuar no alívio de dores no tratamento do câncer de mama

A especialista em auriculoterapia, uma vertente da acupuntura, explica que a técnica reconhecida pela OMS e pelo Ministério da Saúde, pode auxiliar os pacientes em tratamento contra o câncer de mama 

A Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO) e a Sociedade de Oncologia Integrativa (SIO) publicaram no Journal of Clinical Oncology, recomendações sobre técnicas integrativas de gerenciamento da dor. Nas recomendações, as entidades informam que a acupuntura deve ser oferecida para dores nas articulações em pacientes com câncer de mama. Aqui no Brasil, uma técnica muito difundida é uma vertente da técnica milenar: a auriculoterapia. A especialista Lirane Suliano explica que a auriculoterapia é reconhecida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e pelo Ministério da Saúde - como uma das Práticas Integrativas e Complementares (PICs), e que pode minimizar o impacto do tratamento do câncer nas pacientes, em especial no que diz respeito aos efeitos colaterais da quimioterapia. 

“Na auriculoterapia existem pontos localizados no pavilhão auricular que uma vez estimulados liberam neuro-hormônios que atuam na melhora da qualidade de vida de um paciente oncológico, reforçando a imunidade e gerando bem-estar, por exemplo, reduzindo a sensação de cansaço, a dor, as náuseas e os enjoos, muito comuns em pacientes durante o tratamento quimioterápico. Além disso, podemos estimular os pontos que têm ação anti-inflamatória e forte atuação no emocional dos pacientes oncológicos, tudo isso sem a utilização de medicamentos e sem comprometer o tratamento alopático, o que representa uma enorme vantagem, em especial para pacientes que fazem uso contínuo de medicamentos, pois nada será acrescentado, ao contrário, na analgesia, por exemplo, pode reduzir o consumo com uma técnica natural”, explica Lirane Suliano. 

O câncer de mama é uma doença causada pela multiplicação desordenada de células anormais da mama, que forma um tumor com potencial de invadir outros órgãos. O câncer de mama pode ocorrer em mulheres e, raramente, em homens. Os sintomas do câncer de mama incluem um nódulo na mama, secreção com sangue pelo mamilo e mudanças na forma ou textura do mamilo ou da mama. O tratamento depende da fase do câncer. Pode envolver quimioterapia, radioterapia e cirurgia. Entre os efeitos ocasionados pelo tratamento oncológico estão: dor, fadiga, náuseas e vômitos, constipação ou diarreia, mucosites, ressecamento da pele e queda de cabelos. Além disso, há os sintomas psicológicos, como estresse, ansiedade, depressão, tristeza e medo da morte. 

De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA), para cada ano do triênio 2020-2022 a estimativa é de 66.280 novos casos de câncer de mama no Brasil. A especialista em auriculoterapia, Lirane Suliano explica que estudos publicados analisam os benefícios da auriculoterapia no tratamento dos sintomas em pessoas diagnosticadas com câncer. Entre os mais recentes destacam-se o uso da técnica na manutenção da qualidade de vida nos casos de câncer de mama; no controle da dor, na constipação, nas náuseas e vômitos, na fadiga e insônia. Um outro ponto relevante sobre os benefícios da auriculoterapia é no atendimento aos familiares dos pacientes oncológicos, e dos profissionais que atuam nessa especialidade de oncologia. 

“Os resultados das inúmeras pesquisas sobre o uso da auriculoterapia em pacientes oncológicos revelam uma melhora na qualidade de vida dos indivíduos diagnosticados com essa condição, porque atuam no controle da ansiedade e da dor, além dos sintomas adversos decorrentes da doença e seu tratamento. A auriculoterapia é uma ferramenta poderosa que pode ser empregada no alívio dos diversos sintomas dos tratamentos para o câncer, que em geral, causam grave abalo físico e psicológico aos pacientes. Com a abordagem da auriculoterapia neurofisiológica é possível proporcionar mais qualidade de vida aos pacientes oncológicos sem acrescentar medicamentos à sua rotina”, finaliza Suliano. 

 

Lirane Suliano - É cirurgiã-dentista, mestre e doutora pela UFPR. Especialista em Acupuntura e docente da pós-graduação nas áreas de Auriculoterapia, Eletroacupuntura e Laser puntura, já ministrou aulas para mais de 6 mil alunos, desde 2010, quando iniciou como docente de acupuntura e auriculoterapia em universidades. Autora do livro “Atlas de Auriculoterapia de A a Z”, obra em sua 5ª Edição, é hoje referência no Brasil no ensino dessa técnica, sendo responsável pela criação da pós-graduação em Auriculoterapia Neurofisiológica, na Universidade Faciência, no Paraná, e por cursos on-line, formando profissionais no Brasil e em diversos países, dentre eles, Argentina, Canadá, Alemanha, Irlanda, Itália, Malásia, México, Holanda, Panamá, Portugal, Ruanda, Emirados Árabes, Uruguai e Estados Unidos. A especialista já ultrapassou as fronteiras brasileiras e teve a oportunidade de compartilhar seus conhecimentos em Congressos internacionais dos quais participou na Universidade de Harvard; em Beijing, na China; Munique, Chicago, Barcelona e Dubai.

ALCOOLISMO ENTRE JOVENS

Quase 3% dos brasileiros com mais de 15 anos são alcoólatras, índice próximo ao dos EUA

 

Ao todo, 5,3% dos americanos com mais de 12 anos têm Transtorno por Uso de Álcool (AUD), de acordo com a edição de 2019 da National Survey of Drug Use and Health (Pesquisa Nacional de Uso de Drogas, em português), promovida pelo governo dos Estados Unidos. O Brasil, por sua vez, está se aproximando deste índice: uma publicação de agosto da Sociedade Brasileira de Neurologia (SBN) mostrou que quase 3% da população acima de 15 anos já pode ser considerada alcoólatra.
 
"Pesquisas indicam que o uso de álcool durante a adolescência pode interferir no desenvolvimento normal do cérebro adolescente e aumentar o risco de desenvolver AUD", alerta Sandro Blasi Espósito, doutor em Neurologia e professor da Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde (FCMS) da PUC-SP.
 
"Além disso, o consumo de álcool por menores contribui para uma série de consequências agudas, incluindo lesões, agressões sexuais, overdose por bebida e mortes - incluindo aquelas decorrentes de acidentes com veículos motorizados", completa.
 
Nessa mesma linha, a neurocirurgiã Vanessa Milanese, diretora de comunicação da SBN, comenta: "Estes números podem representar uma pequena fração da sociedade; porém, quando somados, correspondem a mais de quatro milhões de brasileiros". Ela prossegue: "O declínio cognitivo causado pelo álcool provoca a alteração de funções cerebrais hipocampais. Ou seja: são milhares de pessoas que, futuramente, poderão ter problemas cognitivos, graves ou não, o que pode desencadear um grande impacto no atendimento de geriatras, neurologistas e neurocirurgiões em todo o Brasil".



Bebida alcoólica em moderação também é prejudicial
 
Recentemente, estudo produzido pela Universidade de Oxford (Reino Unido) apontou que o uso de álcool por pessoas de qualquer idade pode causar declínio de funções cerebrais - ou seja, problemas relacionados à cognição. Isso ocorre mesmo se as bebidas forem consumidas de forma moderada, uma vez que o acúmulo de ferro no cérebro tem sido associado a diferentes condições neurodegenerativas.


 
Pense/IBGE também registrou o alcoolismo entre jovens
 
Em agosto, a Pesquisa Nacional de Saúde Escolar (Pense), divulgada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), apurou que o consumo de álcool entre jovens com idades entre 13 e 17 anos, do 9º ano do Ensino Fundamental, nas redes públicas e privadas de todas as capitais do Brasil, aumentou de 52,9% em 2012 para 63,2% em 2019.
 
O aumento foi maior entre as meninas (de 55% para 67,4%, no mesmo período) do que entre os meninos (de 50,4% para 58,8%).
 
Todos esses dados indicam um cenário perigoso, no qual o consumo de bebidas alcoólicas (mesmo proibido para menores de 18 anos no país) vive uma forte tendência de crescimento entre os adolescentes. Isto pode comprometer a saúde física e mental desde cedo e se transformar em consequências graves e prematuras.


Você costuma roer unhas? Veja como isso pode danificar os seus dentes e como parar com esse hábito

Crédito: Cookie Studio/ Freepik

Roer as unhas pode ter várias razões, como questões emocionais, estresse, raiva ou preocupação com algo específico. Com o passar do tempo esse ato se torna um hábito automático que pode trazer vários problemas para a saúde bucal. Mas, então, como parar?

Antes disso, é necessário entender como ele afeta a saúde. O cirurgião dentista, fundador e presidente da OdontoCompany, maior rede de clínicas odontológicas do mundo, Paulo Zahr explica os principais problemas causados pela prática. 


Desgaste dos dentes- Ao roer as unhas, é feita uma pressão repetitiva e contínua sobre os dentes, o que provoca o desgaste do esmalte e aumenta a possibilidade de ocorrer pequenas fraturas ou fissuras, deixando-os mais sujeitos à formação de cáries e sensibilidade. Além disso, essa pressão pode causar problemas de alinhamento da arcada dentária.


Bruxismo- O hábito também deixa a pessoa mais propensa a ter bruxismo. Essa doença é o ato inconsciente de apertar ou ranger os dentes, normalmente enquanto está dormindo. “Além de causar prejuízos na saúde dos dentes, como retração da gengiva e desgaste do dente, o bruxismo também provoca insônia, dor de cabeça e outros desconfortos”, afirma. 


Lesões nas gengivas- Os restos de unha estão cheios de bactérias, que podem causar lesões ou se alojar na gengiva, desencadeando irritações, inflamações ou ferimentos. Em casos mais graves e não tratados, podem até evoluir para uma gengivite.


Infecções bucais- Essa mania é relacionada à higiene. “Nem sempre a pessoa está com as mãos limpas quando as leva à boca. Com isso, bactérias, vírus e fungos presentes na unha podem ser transportados para dentro do organismo. Esses microorganismos podem provocar infecções ou, ainda, causar doenças, seja de uma simples gripe até casos mais graves, como diarreia e infecções respiratórias”, explica o dentista.


Problemas na mandíbula- O ato repetitivo de roer as unhas é também um fator de risco para a DTM (disfunção temporomandibular), problema na articulação responsável pelos movimentos da boca, como abrir, fechar, mastigar e falar. A DTM causa dor e estalos ao mastigar, limitação na hora de abrir a boca, dores de cabeça intensas, incômodos nos ouvidos e até zumbidos.

Para dar fim de vez a essa mania tão prejudicial à saúde bucal, o dentista elencou algumas dicas importantes. “Utilize produtos de gosto desagradável nas unhas. Hoje é possível encontrar opções dermatologicamente aprovadas e de uso não tóxico com sabor amargo e persistente. Assim, toda vez que a pessoa levar o dedo à boca vai sentir o gosto ruim e passa a criar repulsa em relação a esse tipo de comportamento”, sugere o profissional. Outra forma de parar de roer as unhas proposta pelo Dr. Zahr, é mantê-las curtas e lixadas. Isso porque, quando grandes ou com pontas e lasquinhas, aumenta a tentação.

Um terceiro recurso é apostar em um recurso visual, como por exemplo, pintar a unha com esmalte de cor intensa. “Ao roer a unha, você vê mais facilmente o estado que elas ficam, já que o esmalte acaba saindo de forma não uniforme e as deixando com um aspecto bastante desagradável. A pessoa tende a observar mais esse hábito e acaba tomando medidas para parar”, destaca.

Vale também investigar se a origem desse costume tem a ver com questões emocionais e nesse caso a ajuda de um psicólogo pode ser bem-vindo.“Durante a terapia é possível perceber a causa do estresse, da angústia ou de outra situação e conseguir tratar esses pontos. Além disso, vale a pena praticar atividades físicas e meditação para regular os níveis de estresse do corpo, o que é fundamental para evitar o surgimento de hábitos não saudáveis, como roer as unhas”, completa o dentista.

 

 

OdontoCompany

https://odontocompany.com/


Dia das Crianças: o melhor presente é o cuidado com a saúde dos pequenos

Antonio Condino-Neto fala sobre a importância do acompanhamento médico logo na primeira infância, proporcionando maior segurança e bem estar ao longo da vida


No próximo dia 12 de outubro comemora-se o Dia das Crianças. A data, bastante popular no Brasil, celebra os direitos das crianças e busca conscientizar a sociedade, em especial os pais, sobre os cuidados necessários durante esta fase da vida. 

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), é considerado criança o indivíduo com até catorze anos de idade incompletos. E para garantir que as crianças tenham um bom desenvolvimento é preciso que os cuidados com a saúde comecem junto aos recém-nascidos, logo na primeira infância. Afinal, são os cuidados após o nascimento que vão conseguir garantir e promover bem estar ao longo da vida.

Antonio Condino-Neto, Presidente do Departamento de Imunologia da Sociedade Brasileira de Pediatria e Coordenador do Laboratório de Imunologia Humana do ICB-USP, explica que os primeiros dias de vida de um recém-nascido são determinantes para a possível descoberta de enfermidades assintomáticas ao nascimento, mas de manifestação precoce e evolução catastrófica, tais como erros inatos do metabolismo e erros inatos da imunidade.

O médico, que também é sócio-fundador da Immunogenic, primeiro laboratório especializado em triagem neonatal dos Erros Inatos da Imunidade por meio do teste do pezinho, destaca que a realização do exame é obrigatória. “O teste do pezinho é feito em crianças recém-nascidas, a partir das gotas de sangue coletadas do calcanhar do bebê, permitindo identificar doenças graves assintomáticas ao nascimento e que podem causar sérios danos à saúde, caso não sejam diagnosticadas e tratadas precocemente”, afirma.

Atualmente, o teste do pezinho foi ampliado e passou a envolver até 50 novas doenças raras, incluindo a triagem das imunodeficiências primárias. Antes, o exame englobava apenas seis doenças: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, anemia falciforme, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita e deficiência de biotinidase. O Governo Federal sancionou o Projeto de Lei em maio de 2021 e o Sistema Único de Saúde (SUS) ficou responsável pela implementação, que deve durar quatro anos.

Além do teste do pezinho, Condino-Neto ressalta que outros exames também são fundamentais, como dos erros inatos do metabolismo, do erros inatos da imunidade, teste da orelhinha, teste do olhinho, exame físico completo ao nascimento (visando detectar anomalias congênitas visíveis) e passagem da sonda nasogástrica com aspiração de secreções  ao nascimento (visando detectar anomalias do esôfago). “Os pais também devem prestar atenção ao calendário de vacinação, levando os filhos para tomar as vacinas, conforme normas do Ministério da Saúde”, finaliza o médico.

 

Immunogenic

https://www.immunogenic.com.br/


Dentistas alertam a importância de procurar profissionais capacitados para evitar que o sonho vire pesadelo

"Mesmo sendo um dos procedimentos mais procurados, as facetas ainda são cercadas de dúvidas" 


É comum vermos casos noticiados de procedimentos odontológicos que os resultados não saíram como o esperado, gerando inúmeros problemas, alguns, inclusive muito graves.

Por isso, é importante procurar sempre por profissionais qualificados e especializados a fim de evitar infortúnios posteriormente. “Muitas vezes, procedimentos simples podem ter complicações se não forem feitos com o cuidado e profissionalismo adequado. A chegada de pacientes totalmente desmotivados e com a autoestima no chão por conta de procedimentos mal feitos é constante e além dos danos físicos, os emocionais e financeiros também contribuem para agravar ainda mais o panorama geral da situação”, conta Dr. Fábio Marcelo Nóbrega (CROSP 83664), cirurgião dentista e consultor técnico da Sorridents.

Um dos tratamentos queridinhos e mais procurado dos últimos tempos é a colocação de facetas, porém, apesar de todos os benefícios que o procedimento oferece, se não for feito por um profissional capacitado pode levar a complicações estéticas, desde a aparência extremamente grosseira e artificial, até problemas mais graves, como infecções, que podem gerar sepse e em casos gravíssimos levar à morte.

“Apesar de raros, existem casos de óbitos pós procedimento por conta de infecções. Por isso é muito importante colher referências do profissional escolhido e prestar atenção na higiene e na utilização de EPI’S na clínica”, ressalta Dr. Fábio. 

As facetas são muito utilizadas para corrigir pequenas imperfeições, tais como dentes quebrados, lascados, tortos, muito pequenos, amarelos ou escurecidos e ainda fechar diastema ­-também conhecido como o espacinho entre os dentes- de maneira rápida, segura e duradoura.

No mercado, existem dois tipos de facetas, as de porcelana, que são mais resistentes e duram, em média de 10 a 15 anos sem amarelar ou manchar, porém, possuem um valor mais alto e as de resina, que são mais acessíveis, mas são um pouco mais frágeis e duram entre 3 e 5 anos.

“Também vemos muitos casos de facetas que caem e os dentes estão totalmente desgastados, com uma aparência vampiresca. Porém, esse não é a conduta correta, em alguns casos se faz necessário o desgaste para a fixação, porém, o dentista precisa ter consciência do limite aceitável para que a pessoa possa viver sem a faceta, caso não queira mais depois de alguns anos”, revela o profissional.  

Outro fator que deve ser levado em consideração é a saúde bucal, que não pode estar deteriorada, por exemplo, problemas de gengivite, cáries, canais e placas bacterianas devem ser resolvidos antes da realização do procedimento. 

 

https://sorridents.com.br


Outubro Rosa: Reconstrução da mama e atividade física contribuem para o resgate da autoestima feminina

Nódulo endurecido, fixo e, geralmente, indolor. Mudança na aparência, posição ou formato do mamilo, saída espontânea de líquido de um dos mamilos, pele da mama vermelha ou parecida com a casca de uma laranja, pequenos nódulos no pescoço ou nas axilas - esses são alguns dos sinais do câncer de mama. Dados do Instituto Nacional de Câncer (INCA), mostram cerca de 66.200 novos casos em 2020, representando 29,7% de todos os canceres listados no Brasil.

Nem sempre a mastectomia (retirada da mama) está indicada, porque vai depender de diversos fatores, mas principalmente da extensão do tumor, porém, quando ela é necessária, além de todo medo, insegurança e trauma que a doença já traz, pode vir com ela a perda da autoestima.

O cirurgião plástico Dr. Fernando Amato conta que é preciso analisar o tratamento oncológico proposto, já que nem sempre a reconstrução da mama com prótese de silicone pode ser realizada de imediato, principalmente, nos casos em que se retira muita pele ou mesmo precedem um tratamento complementar com radioterapia.

“A reconstrução mamária pode fazer a diferença para o resgate da autoestima e da confiança feminina, contribuindo até mesmo para o fortalecimento da batalha contra a doença”, explica Dr. Amato.

Diferentemente de uma cirurgia estética, a mama reconstruída tem características distintas. Dr. Fernando conta que, muitas vezes, os mamilos precisam ser refeitos. “A mama reconstruída não terá a mesma aparência da mama saudável, já que pode ficar com cicatrizes e consistência diferente. Por isso, sempre oriento que a paciente busque suporte psicológico para superar esse momento”, comenta Dr. Fernando Amato.

 Ainda como resgate da autoestima, durante e depois do tratamento de câncer, praticar atividade física, ter uma alimentação saudável e manter o peso adequado, além de contribuírem para uma melhor qualidade de vida, ajuda muito no resgate da autoestima.

Cirurgia Reparadora é Lei - A realização de cirurgia plástica reparadora, com ou sem o uso de dispositivo médico implantado ( prótese de silicone), passou a ser garantida para todas as pessoas graças ao Projeto de Lei 9657/18, aprovado pela Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados e que altera as Leis nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, e nº 9.656, de 3 de junho de 1998, ampliando as leis existentes para os casos de cirurgia plástica reparadora para todas as mutilações, reforçando a cobertura da cirurgia pelo planos de saúde, de acordo com o projeto de lei aprovado. 

“E isso vale independentemente de quais sejam as mutilações, ou qualquer que seja a deformidade e até mesmo para o uso de materiais implantáveis, como a prótese de silicone na mama como também outros materiais para outras áreas do corpo. Preferencialmente, realizados no mesmo tempo cirúrgico da cirurgia mutiladora ou deformante”, explica Dr. Amato, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP).

 

Dr. Fernando C. M. Amato Graduação, Cirurgia Geral, Cirurgia Plástica e Mestrado pela Escola Paulista de Medicina (UNIFESP). Membro Titular pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, membro da Sociedade Internacional de Cirurgia Plástica Estética (ISAPS) e da Sociedade Americana de Cirurgiões Plásticos (ASPS).

https://plastico.pro/

www.amato.com.br

https://www.instagram.com/meu.plastico.pro/


Azia: a sensação de queimação pode ser evitada com mudança de hábito


Quem nunca lidou com a sensação de queimação que surge no alto do abdômen e pode chegar até o peito e a garganta pode comemorar. O sintoma, mais conhecido como azia, incomoda e, por isso, o recurso mais habitual para solucioná-lo rapidamente é optar por medicamentos. O gastroenterologista do Hospital Edmundo Vasconcelos, Eduardo Berger, no entanto, explica que mudanças de hábito podem solucionar o quadro de maneira permanente ou pelo menos até que se obtenha o diagnóstico do que provoca a sensação.

Entre os itens que evitam a azia estão uma dieta adequada, sem intervalos longos em jejum, o controle de peso e dos problemas emocionais. “Tornar a rotina mais saudável é muito importante para solucionar a azia. Mas, mesmo com o sintoma eliminado, deve-se procurar um especialista para entender sua causa. Uma simples azia pode indicar diversas patologias. O diagnóstico correto é essencial para identificar qual é ela”, alerta.

Entre as doenças que podem provocar o sintoma estão: gastrites, duodenites, hérnia de hiato, esofagite de refluxo, úlceras gástricas ou duodenais e outras mais raras. “As drogas que atuam na redução drástica da produção de suco gástrico, habitualmente terminadas com o sufixo “prazol”, nunca devem ser usadas sem a prescrição do médico”, explica o profissional.

“Mesmo o uso esporádico de antiácidos, inclusive o bicarbonato de sódio, merece atenção. Essa alternativa, quando usada de forma frequente, ou seja, mais de 3 a 4 vezes por semana, é um sinal de atenção que demonstra a hora de procurar um médico”, complementa. 

Hábitos que podem provocar azia:

  • Ter uma alimentação baseada em alimentos industrializados, com adição de produtos químicos ou conservantes nocivos para o organismo;
  • Não ingerir líquido no volume adequado. O indicado é uma média de 2 a 3 litros de líquidos por dia, a depender das condições climáticas;
  • Exagerar no consumo de café, bebidas alcoólicas, alimentos excessivamente adoçados (como refrigerantes) e alimentos com gordura em excesso;
  • Manter uma dieta com poucas fibras, como grãos, verduras e legumes, frutas, farinhas e alimentos integrais;
  • Permanecer longos períodos em jejum, passando de 3 horas de intervalo entre refeições;
  • Ingerir refeições muito volumosas;
  • Obesidade;
  • Ter vida atribulada e distúrbios emocionais

 

 

Hospital Edmundo Vasconcelos

Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.

Tel. (11) 5080-4000

Site: www.hpev.com.br

Facebook: www.facebook.com/HospitalEdmundoVasconcelos/

Twitter: www.twitter.com/Hospital_EV

YouTube: www.youtube.com/user/HospitalEV

Linkedin: www.linkedin.com/company/19027549

Instagram: www.instagram.com/hospitaledmundovasconcelos/


Cólera reaparece no Haiti e MSF atua para ajudar a conter a doença

Organização trabalha junto com autoridades de saúde em Porto Príncipe 

 

Médicos Sem Fronteiras está trabalhando em conjunto com as autoridades de saúde do Haiti na resposta de emergência para oferecer tratamento a pacientes que apresentam sintomas de cólera. O reaparecimento de casos confirmados da doença na capital do país, Porto Príncipe, foi anunciado pelo Ministério da Saúde.

Na capital haitiana, MSF abriu centros de tratamento de cólera (CTCs) com capacidade de 10 leitos na comunidade de Brooklyn, outra instalação em Turgeau, com 20 leitos, e um CTC de 50 leitos no hospital de MSF na comunidade de Cité Soleil. Também foram montados diversos pontos de distribuição de solução de reidratação oral. Até ontem, o CTC de Cité Soleil ainda tinha vagas para novos pacientes de cólera, mas as outras duas unidades já haviam atingido a capacidade máxima.

Nos últimos dias, diversas pessoas potencialmente afetadas pela doença procuraram o centro de emergência de MSF em Turgeau e o hospital de MSF em Cité Soleil, apresentando sintomas como forte diarreia e vômito. Uma amostra de um paciente em Turgeau encaminhada a um laboratório local deu resultado positivo para cólera. Até o dia 3 de outubro, MSF já havia admitido 68 pacientes às suas instalações em Brooklyn, Cité Soleil e Turgeau. Infelizmente, uma criança de 3 anos morreu.

O reaparecimento da cólera ocorre em um momento em que a população do Haiti enfrenta enormes dificuldades para acessar cuidados de saúde. Insegurança e violência, agravadas por escassez de combustíveis e água potável têm forçado muitas instalações de saúde a reduzirem ou, em alguns casos, a cessarem por completo suas atividades. Adicionalmente, as pessoas que necessitam de assistência têm cada vez mais dificuldades de locomoção devido à pouca disponibilidade de transporte público por causa da falta de combustível no país.


Osteopatia ajuda na prevenção de dores de cabeça

 

Quem nunca sofreu com uma dor de cabeça? Também conhecida como cefaleia, esses incômodos são comuns em grande parte da população, ficando atrás apenas das reclamações decorrentes de dores lombares.

As dores podem ser oriundas de diversos fatores, como gripe, sinusite, estresse, e se não forem bem cuidadas, podem evoluir para problemas crônicos. No entanto, é possível o tratamento, a fim de eliminar o agravamento desse problema, tendo a osteopatia como um importante aliado.

Diferentemente dos medicamentos, que visam a melhora do sintoma, a osteopatia trabalha no equilíbrio do organismo do paciente, tratando a causa específica que está desencadeando a dor de cabeça.

Após avaliação criteriosa em alguns pontos do corpo, que podem estar gerando a dor no paciente, o osteopata, por meio de suas técnicas de manipulativas, ajudará no tratamento dos incômodos de cabeça advindos dos mais diversos problemas de nosso corpo, melhorando a circulação venosa do crânio, bem como as tensões intracranianas e musculares.

Entre as principais técnicas utilizadas para o combate e redução das dores – que deverão ser individualizadas, a depender do diagnóstico apontado para cada paciente – destacam-se, além da osteopatia craniana – que atua diretamente nas suturas e ossos do crânio para melhor fluidez na circulação –, as osteopatias musculoesquelética atuando nas fasciais, nervos, músculos e articulações -,a osteopatia visceral atuando nas artérias, fáscias do abdômen e sistema linfático.

Com o objetivo de restaurar e tratar possíveis desajustes e disfunções do corpo que afetam a qualidade de vida do paciente pelas constantes dores de cabeça, a correta manipulação no tratamento osteopático proporcionará, a curto prazo, resultados que devolverão o bem-estar diário do paciente.

Apesar dos benefícios, dificilmente as pessoas buscam tratamento médico especializado, e acabam por conta própria se automedicando para aliviar os sintomas das dores de cabeça. Porém, o uso contínuo de remédios podem levar a um agravamento do quadro.

Vale ressaltar ainda que, em alguns casos específicos, ainda se faz necessário o tratamento osteopático aliado a ingestão de algum tipo de medicamento.

No entanto, na maior parte das situações, a osteopatia por si só irá prevenir qualquer sintoma, já que o próprio corpo criará mecanismos que resolvam de forma autônoma qualquer tipo de irregularidade que possa ocasionar um novo quadro de cefaleia. 

 

Luis Henrique Zafalon - fisioterapeuta especialista em osteopatia, professor e palestrante.


Outubro Rosa marca a prevenção contra o câncer de mama

A campanha ajuda a ampliar o número de mamografias realizadas nos meses seguintes

 

A Campanha Outubro Rosa ganha força a cada ano e busca conscientizar sobre o câncer de mama. O rastreamento é feito por meio da mamografia e a recomendação é que seja realizada uma vez por ano, a partir dos 40 anos. No período das campanhas de conscientização e nos meses subsequentes amplia-se a procura pelos exames de mamografia.

Em 2020 e 2021 houve uma diminuição na realização de diversos exames. “No primeiro pico da pandemia da COVID-19, a queda na realização dos exames de mamografia e de biópsias  chegou a alcançar 60%. Em função disso, casos de câncer de mama deixaram de ser diagnosticados, levando à detecção da doença em estágios mais avançados”, explica a médica patologista, Marina De Brot, secretária-geral da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP) e médica patologista titular do A.C.Camargo Cancer Center. 

De acordo com o INCA - Instituto Nacional de Câncer, no período 2020-2022, estima-se 66.280 novos casos de câncer de mama para cada ano desse triênio, ou seja, 61,61 casos novos para cada 100 mil mulheres. 

Algumas dicas de saúde incluem necessariamente os cuidados e atenção da mulher com o próprio corpo. “A observação em frente ao espelho de qualquer alteração na pele da mama, retração, vermelhidão, secreção no mamilo, caroço na mama ou axila e, ao perceber algo diferente, buscar atendimento com o médico ginecologista ou mastologista para avaliação e investigação. Especialmente, é essencial não deixar de fazer a mamografia anual de rastreamento a partir dos 40 anos, principal forma de detecção precoce do câncer de mama”, orienta a Dra. Marina De Brot.

Os fatores que aumentam o risco para câncer de mama, explica a Dra. Gerusa Tiburzio, diretora de Comunicação Social da SBP, são: “menarca (primeira menstruação) precoce, menopausa tardia, uso de medicações hormonais, obesidade na pós-menopausa, histórico familiar de câncer de mama, ovário ou pâncreas, e hábitos de vida, como o consumo de bebidas alcoólicas”. Ela explica que “para mulheres dos grupos de risco, a indicação para realizar a mamografia pode ser a partir dos 35 anos”.

O diagnóstico precoce está associado a melhor evolução e maiores taxas de cura, além de maior qualidade de vida para a paciente. “O médico patologista tem um papel importante na definição do diagnóstico. Após feita a biópsia pelo médico radiologista, este fragmento obtido é enviado para a análise. E é o patologista que avalia o material para dar o diagnóstico definitivo e examina o estudo imuno-histoquímico para marcadores prognósticos e preditivos. Estes resultados revelam a biologia tumoral, além de determinar o tratamento”, explica a Dra. Gerusa Tiburzio.

Só depois é que será iniciada a terapêutica, e é o patologista que faz a confirmação diagnóstica e fornece as várias características que vão definir o tratamento. Por isso, o patologista participa ativamente junto aos médicos oncologistas e mastologistas na determinação da melhor terapêutica. 

 

Sociedade Brasileira de Patologia - SBP


Ficar muito tempo sentado é tão perigoso quanto fumar

É comum passar horas e horas do expediente sentado. Com as jornadas acima de oito horas -- muito comum em tempos de home office - o estrago na saúde pode ser sentido tanto quanto naqueles que fumam. Isso porque o nosso corpo foi “projetado” para estar sempre em movimento e o sedentarismo, dificulta o retorno venoso, além de diminuir o gasto calórico diário. Além disso, cerca de 35% da população apresenta alguma doença vascular, segundo dados do Ministério da Saúde, por isso Dr. Caio Focássio, cirurgião vascular de SP, ensina como não ficar parado. 

O cirurgião vascular Dr. Caio Focassio, da capital paulista, conta que a posição desfavorece o retorno do sangue para o coração, levando ao aparecimento de edemas nos membros inferiores e até varizes. “É um sintoma comum, nos casos de quem passa muito tempo na mesma posição, sentir um peso e um cansaço nas pernas por causa dessa dificuldade do retorno venoso”, diz. 

As atividades físicas fortalecem os músculos do coração e melhoram a capacidade de o sangue bombear o oxigênio para todo o organismo, com menor esforço. “Durante e após os exercícios, o sangue flui melhor e as artérias e vasos ficam mais flexíveis e saudáveis, o que previne o risco de doenças e complicações durante o isolamento e o home office”, afirma. 

Para prevenir tais problemas, o médico indica a caminhada pela casa mesmo a cada 50 minutos sentado, para aumentar a velocidade do fluxo do sangue nas veias. “Se for ficar muito tempo sentado, aproveite a posição para, de vez em quando, elevar a ponta do pé em direção ao tornozelo. O uso de meias elásticas também é interessante porque elas melhoram o retorno do sangue ao coração”, explica o especialista que recomenda ainda uma visita ao vascular anualmente para saber da necessidade do uso de medicação preventiva e alerta: “as varizes as chances de trombose venosa profunda, que podem causar amputações e colocar a vida em risco.”, completa. 

Dr. Caio ensina 3 exercícios físicos que melhoram a circulação e o retorno venoso e podem ser feitos até dentro de casa:
 

Alongamento: é considerado um forte aliado da ativação circulatória. Uma dica é apostar em movimentos para esticar as pernas, afinal alongar e esticar aliviam dores e cansaços.

Simulação de andar de bicicleta: deitado no chão ou em um colchonete, assegure-se de colocar as costas contra o chão e as mãos atrás da nuca. Levante as pernas e simule o pedalar durante 1 minuto, descanse e retome.

Flexões dos pés: sentado em uma cadeira com os calcanhares apoiados no chão. Levante as pontas dos dedos e as mantenha elevadas por alguns segundos. Depois, abaixe e levante os calcanhares de forma alternada. Complete 20 repetições com cada pé. 

 

Dr. Caio Focássio - Cirurgião vascular formado pela Faculdade de Medicina da Santa Casa de São Paulo e Membro da Sociedade Brasileira de Angiologia e Cirurgia Vascular. Pós graduado em Cirurgia Endovascular pelo Hospiten -- Tenrife (Espanha). Médico assistente da Cirurgia Vascular da Santa Casa de São Paulo.

Instagram: @drcaiofocassiovascular


Sem educação financeira, médicos perdem cerca de R$ 1,6 milhão ao longo da carreira com impostos indevidos e ineficiência

Vinte e cinco mil médicos se formam todos os anos no Brasil em faculdades, que não ensinam educação financeira. Falta de conhecimento leva prejuízos à classe médica


No Brasil, existem em funcionamento 353 faculdades de Medicina, sendo que 173 delas foram abertas entre 2011 e 2021. A informação está no estudo “Radiografia das Escolas Médicas do Brasil”, do Conselho Federal de Medicina (CFM), o qual aponta que essas faculdades estão em 228 municípios e oferecem, juntas, 37.423 vagas por ano para a formação em uma das carreiras mais prestigiadas e valorizadas do mundo.

Com, aproximadamente, 500 mil médicos em atividade, o número de formados no ano passado, em plena pandemia da Covid-19, foi de 24.587, a nível nacional. Nesse sentido, entre os principais obstáculos desse contingente, destaque para a aprovação na residência médica; jornadas de trabalho extensas e cansativas; escolha de uma entre 55 especialidades reconhecidas pelo CFM; e a principal: a falta de conhecimento sobre as melhores formas de aplicação de seus vencimentos, bem como sobre as normas contábeis, empresariais e tributárias vigentes no País, noções não ensinadas por nenhuma faculdade de Medicina no Brasil.

Em especial, essa última dificuldade, atrelada à ausência de informação sobre sua própria renda, faz com que muitos médicos comecem a ter, rapidamente, prejuízos financeiros, como explica o médico Francinaldo Lobato Gomes, da Academia Saúde mais Ação Sucesso na Carreira: “A carreira médica garante vencimentos entre R$ 20 e R$ 30 mil por mês. Entretanto, todo esse ganho vem do número de horas trabalhadas, e um médico costuma trabalhar de 60 a 80 horas semanais. Como ele não sabe cuidar do dinheiro que ganha, gasta mais e, muitas vezes, gasta aquilo que nem tem, enriquecendo, assim, as operadoras de saúde, os bancos, as cooperativas e o próprio governo, por falta de um planejamento tributário e uma educação financeira”.

Para piorar, a maioria é levada a constituir um Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica (CNPJ) para desburocratizar a prestação de serviços, e, sem entender sobre dinheiro e tributos, eles se tornam “empresários inconscientes”. “É raro hoje, no Brasil, um médico que não possua uma empresa. Seja como premissa para atuar nas operadoras de planos de saúde, seja por exigência dos hospitais ou, ainda, para abrir um consultório ou uma clínica: independentemente da área de atuação, é incomum um médico não ter CNPJ”, comenta Júlia Lázaro, fundadora da Mitfokus Soluções Financeiras, fintech voltada à gestão contábil, tributária e financeira de profissionais da área médica e que emprega tecnologia e inovação em seus produtos.

Então, nas palavras de Júlia, como não existem obrigações tributárias e acessórias simples, não são poucos os médicos que se perdem em meio à sopa de letrinhas dos impostos, taxas e contribuições, e à quantidade de prazos para essas obrigações, o que ocasiona multas, perda de tempo e prejuízos financeiros, formando uma bola de neve.

Embora a educação financeira tenha caráter suplementar dentro da formação técnica do médico, ela passa a ser primordial para alicerçar a carreira, dado que angariar conhecimentos econômicos é o que fará a diferença no desenvolvimento profissional, estabelecendo ganhos sólidos de pequeno, médio e longo prazo. “Ao adquirir educação financeira, o médico terá oportunidade de, além de conhecer sobre os impostos e obrigações legais, ficar por dentro de onde melhor investir seu dinheiro, como as rendas passivas (as que não dependem do seu trabalho), por exemplo. Então, quando ele estiver de férias ou impossibilitado de trabalhar, terá o seu dinheiro rendendo a seu favor... Na prática, esse tipo de instrução transforma o profissional em um “metamédico”, proporcionando uma liberdade na carreira e fazendo com que a pessoa não dependa de outras para controlar os processos que envolvem o seu dinheiro”.

Atrelada a esse ponto de vista, a Mitfokus oferece, dentro do seu portfólio de produtos, a “Mitsystem”, uma plataforma inteligente de contabilidade digital para médicos com gestão tributária e financeira integrada, cujo objetivo é evitar ralos financeiros e passivos tributários. No sistema, é possível obter conciliação bancária, controle de produção médica, emissão de notas fiscais de acordo com a especialidade selecionada, agendamento automático de impostos, além de linhas de créditos e financiamentos a juros acessíveis e competitivos, recebíveis e antecipação, incluindo o crédito estudantil.

Com 3 mil clientes em sua base, a Mitfokus possibilita economia de impostos pagos ao longo de sua trajetória médica. Calcula-se, segundo a empresa, que R$ 1,6 milhão é o valor médio que um médico deixa de receber ao longo de sua carreira ao confiar em serviços contábeis generalistas e não tecnológicos.

 

A negociação é uma das competências mais importantes na vida profissional e pessoal

92% dos recrutadores enxergam nas soft skills pontos fundamentais para a contratação 

 

As soft skills, também conhecidas como competências socioemocionais, são as habilidades mais necessárias no mercado de trabalho, é o que aponta uma pesquisa do LinkedIn que mostrou que 92% dos recrutadores enxergam nas soft skills uma alta relevância e 89% afirmam que a falta delas é o principal motivo de demissões. Entre essas habilidades, a arte de saber negociar é apontada como uma das mais abrangentes também na vida pessoal, social e afetiva. 

“Saber negociar é uma das habilidades mais importantes e ao contrário do que muitas pessoas acreditam, ela não é um talento nato e sim um aprendizado. É fato que algumas pessoas têm mais facilidade do que outras, porém qualquer um pode se tornar um bom negociador, afinal a negociação faz parte da nossa rotina, do nosso dia a dia”, é o que conta a coach, palestrante e diretora da Febracis Paraná, Daniella Kirsten. 

Num processo de negociação buscamos alcançar um, ou mais, objetivos numa situação onde ocorre uma divergência de ideias, interesses e posições. “Muitas vezes a negociação é feita de forma tão natural que passa despercebida. São momentos como uma conversa entre amigos para decidir onde ir  num sábado à noite, combinados entre familiares sobre as tarefas domésticas, definição de prazos com o(a) chefe(a), entre outras situações onde há um processo de persuasão e de tomada de decisões entre duas ou mais pessoas que buscam a solução de um problema em comum ou a troca, barganha, sobre algo. É importante pensarmos sobre esses conceitos, pois assim fica mais fácil trabalhar a negociação e usar as suas técnicas  a nosso favor”, explica Daniella.


Técnicas de negociação

Daniella conta que, primeiramente, devemos entender com quem estamos negociando, usando para isso algumas técnicas como a listada no livro “A Estratégia do Oceano Azul”, onde dividimos a fonte de negociação em perfis como: autoritário, controlador, facilitador, empreendedor e visionário. Mensurando também o quando esses perfis são avessos ou propensos ao risco, sendo que o perfil autoritário é o extremo da aversão ao risco e o visionário o extremo da propensão. “O grande trunfo de um bom negociador é saber usar a metodologia da negociação com a finalidade de criar e reivindicar valor competitivo em meio a processos comerciais, pessoais e profissionais, evitando conflitos e criando soluções. Por exemplo, um interlocutor com um perfil autoritário tende a ser mais controlador e agressivo, além de não tolerar riscos eminentes, sabendo disso fica mais fácil entender como falar e até onde é possível ir numa negociação com esse tipo de pessoa. Já um perfil visionário, geralmente é uma pessoa que quer mudar algo para melhor, aceitando para isso alguns riscos maiores”, explica a coach.

Outro ponto importante é entender qual a base da negociação, que pode ser dividida entre: pessoas, interesses, opções e critérios. “Numa negociação é importante saber separar as pessoas do problema em questão, para enxergar a situação com empatia e entender as emoções da outra parte. Saber qual é o seu real interesse ou o resultado que se quer atingir, vai ajudar a entender quais são as tomadas de decisões em favor do interesse. Ter um leque de opções criativas ajuda a reduzir os impasses das partes. Além disso é necessário ter critérios claros e impessoais que fomente uma negociação vantajosa para ambas as partes, pois quando uma pessoa percebe que vai sair perder numa negociação, ela tende a se fechar e não aceita o acordo proposto”, reforça Daniella.

Por fim, Daniella conta que também é preciso entender sobre as soft skills da negociação, que são os pontos fundamentais para o sucesso de qualquer negociação, sendo elas:

Empatia - saber lidar com gente e se colocar no lugar do outro, é fundamental num processo de negociação.  

Proatividade -  ter iniciativa para buscar soluções criativas sem atropelar o outro e sem ansiedade.

Inteligência emocional - ter a capacidade de lidar e controlar as suas emoções é fundamental  para uma negociação de sucesso.

Escuta ativa - importante para demonstrar interesse pela parte envolvida e também identificar objeções e outros pontos importantes na fala da pessoa.

Persuasão -  tática de argumentação que consiste em transmitir uma informação, construindo, ao mesmo tempo, um raciocínio com vantagens e consequências positivas para a negociação.

Criatividade - numa negociação é preciso pensar rápido para encontrar a solução de um impasse e sair do óbvio pode ser algo assertivo. Para isso é importante desenvolver e treinar a criatividade.

Ousadia - O negociador(a) tem que saber fazer acontecer, para isso não tenha medo de ser rebelde e tentar mudar as regras do jogo no mercado, porém busque manter a sua autenticidade.

Capacidade fuçativa - é a capacidade de investigar, fazer perguntas e buscar entender os interesses e a forma de pensar da outra parte. Use a curiosidade a seu favor.

Calma - importante não demonstrar ansiedade ou afobação. Não deixe que a sua vontade de falar e de conduzir a situação te impeça de ouvir o outro(a) e de buscar soluções assertivas. 

 

Como saber se me qualifico para o Green Card americano pelo visto EB2 NIW?

Especialista em imigração explica detalhes da aplicação do visto que autoriza residência permanente e trabalho nos Estados Unidos

 

O sonho americano deve ser algo analisado com cuidado e, principalmente, conhecimento profissional. Muita gente acaba cruzando as fronteiras à espera do visto EB2 NIW, que encaixa o imigrante na categoria Employment-Based e concede residência permanente (Green Card) com autorização não apenas para morar, como também trabalhar, estudar, viajar e construir uma vida com os mesmos direitos de um cidadão americano. Mas é preciso ter atenção! Às vezes, o imigrante investe bastante dinheiro na aplicação e, no final, não se qualifica.

Este tipo de visto pode ser concedido a profissionais de todas as áreas que possam comprovar destaque, com atuação de interesse nacional dentro dos Estados Unidos, seja econômica, cultural ou educacional.

“Existe uma decisão agora da Suprema Corte Federal que tem autorizado o protocolo de processos em alguns casos de pessoas que ficaram fora de status - não pessoas ilegais que entraram pela fronteira do México ou Canadá. Eu sugiro que o interessado sempre converse com um advogado especializado em imigração, que vai saber direcionar melhor e dizer se o caso é aplicável ou não. Isso varia muito de caso a caso e também é preciso analisar se realmente cabe à pessoa um EB2 NIW, se de fato há possibilidade desse tipo de aplicação. Ao aplicar ou qualificar para um EB2, nem sempre você qualifica também para um NIW”, detalha Daniel Toledo, advogado que atua na área do Direito Internacional, fundador da Toledo e Associados e sócio do LeeToledo PLLC, escritório de advocacia internacional com unidades no Brasil e nos Estados Unidos.

A diferença essencial é que, no visto EB2, o requerente não pode ser o peticionário, mas sim uma empresa que o solicita para ter aquela pessoa como mão-de-obra, com a conquista do Certificado de Trabalho. Mas, afinal, como saber quando uma pessoa se qualifica para o NIW?

Para aplicá-lo, as comprovações devem se encaixar em pelo menos três critérios, como ter uma pós-graduação ou equivalente, com habilidade excepcional nas áreas de ciências, artes ou negócios. Além disso, é preciso provar que vai beneficiar o país de alguma maneira, garantindo que a região receba especialistas reconhecidos para ajudar a desenvolvê-la.

Essa análise é feita por meio de alguns requisitos:

  • A habilidade comprovada é de importância nacional?
  • O imigrante tem um bom histórico educacional?
  • Como são as experiências profissionais do requerente e seus registros de sucesso?
  • O candidato parece alguém que terá êxito com o surgimento das oportunidades?
  • O peticionário conseguiu demonstrar que dispensa a oferta de trabalho?
  • Ele é benéfico para os Estados Unidos?

Uma vez aprovada, a autorização de residir e trabalhar em solo norte-americano se estende para dependentes, cônjuges e filhos solteiros e menores de 21 anos.

  

Daniel Toledo - advogado da Toledo e Advogados Associados especializado em Direito Internacional, consultor de negócios internacionais, palestrante e sócio da LeeToledo PLLC. Para mais informações, acesse: http://www.toledoeassociados.com.br. Toledo também possui um canal no YouTube com mais 162 mil seguidores https://www.youtube.com/danieltoledoeassociados com  dicas para quem deseja morar, trabalhar ou empreender internacionalmente. Ele também é membro efetivo da Comissão de Relações Internacionais da OAB Santos, professor honorário da Universidade Oxford - Reino Unido e consultor em protocolos diplomáticos do Instituto Americano de Diplomacia e Direitos Humanos USIDHR.

 

Toledo e Advogados Associados

http://www.toledoeassociados.com.br

 

Posts mais acessados