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sexta-feira, 9 de setembro de 2022

Meu filho foi diagnosticado com autismo e agora?

Segundo dados recentes divulgados pelo CDC (Centers for Disease Control and Prevention) dos Estados Unidos, 1 em cada 44 crianças é autista


Todo pai e mãe de um filho diagnosticado com autismo pode afirmar quão impactante foi o sentimento ao receber o diagnóstico. A criança diagnosticada com autismo precisa de mãos seguras que o auxiliem a cada passo desse processo de descoberta; apesar de parecer um processo desafiador, ele não é impossível quando existe uma rede de apoio.

“Quando descobri o autismo do meu filho, senti um abismo imenso e então percebi o quanto eu mesma e a sociedade estávamos despreparadas. Debater a questão era algo muito difícil tanto para as escolas, quanto para as famílias. Tudo é muito complexo, pouco aprofundado, sem contar o emocional. A mãe nunca espera esse tipo de diagnóstico, e é normal que por um tempo, ficarmos em negação”, pontua Ingrid Monte, mãe de Pedro, na época com 2 anos, diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA).

“Infelizmente, na sociedade pouco se fala sobre o TEA, mas sabemos que muitas pessoas dentro do espectro podem brincar, estudar, trabalhar, e construir relacionamentos; assim como qualquer outra. A única diferença é que a pessoa diagnosticada com autismo se desenvolve de forma específica, muitas vezes com uma preocupação a mais em relação ao ambiente e estímulos.”, menciona a Terapeuta Ocupacional, Thalita Sanchez.

Separamos, com a ajuda da equipe da Genial Care,  algumas dicas essenciais pensando nas famílias que buscam conforto e amparo após receberem o diagnóstico.


O primeiro passo é aceitar

Ao nascer uma criança, todos os planos e expectativas para o crescimento são postos à prova, moldando-se à medida que experiências são vividas. Quando o núcleo familiar é confrontado com o diagnóstico do autismo, as famílias têm de se reorganizar, recriar novas expectativas e fazer surgir novas realidades.

Um dos pontos importantes é fugir dos mitos do autismo que rodeiam, principalmente, a internet. Quebre esses mitos! As pessoas no espectro autista também podem se desenvolver dentro de suas individualidades, e carregam consigo uma forma particular de enxergar e interagir com o mundo e a si mesmo.

1) Procure saber mais sobre o autismo. A busca das informações favorecem as conquistas de seu filho.
2) Compartilhe essas informações com familiares e colegas. Mostre o quanto é importante ter empatia com a criança e entender a forma como ela pensa.
3) Pessoas autistas podem se desenvolver de diversas formas e, muitas vezes, nos surpreendemos com a maneira como aprendem. Temos um novo mundo para conhecer.


Busque auxílio de profissionais especializados

Quando receber o diagnóstico de que seu filho tem autismo, inicie os acompanhamentos terapêuticos o quanto antes. “As intervenções ocorrem com uma equipe multidisciplinar composta normalmente por profissionais da psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, pedagogia e neuropediatra.”, destaca Thalita Sanchez. 

Escolha e conheça os profissionais que farão parte dos atendimentos. Tire suas dúvidas e lembre-se que você é quem melhor conhece seu filho, por isso, deve se sentir à vontade com a equipe que cuidará dele.  Um tratamento adequado certamente será capaz de proporcionar a você e sua família uma melhor qualidade de vida.



Incentive seu filho!

Ensine e auxilie nas tarefas do cotidiano e nos cuidados consigo mesmo. Assim como qualquer criança, esperamos que ele aprenda a se vestir, se alimentar, organizar o material escolar, brinquedos, etc. 

“Uma dica bacana para o dia a dia é incluir a criança nas atividades da casa, assim ela se sente incluída na rotina. Elogie sempre que ele conseguir realizar qualquer ação sem auxílio, isso o estimula. Entretanto, tenha paciência, pois tudo é um processo de aprendizagem e descoberta para autonomia. É esperado que a evolução ocorra de forma gradual e contínua.”, explica a Terapeuta Ocupacional. 

É verdade que uma criança diagnosticada com um transtorno pode precisar de adaptações em casa e na rotina. Mas, a longo prazo, acompanhar a evolução da criança com autismo e, principalmente, sua felicidade pode ser muito rica e prazerosa!


Não esconda seu filho do mundo

É importante buscar a integração de seu filho e sua família à sociedade. É possível que parentes ou amigos tenham resistência, mas a palavra-chave para esse momento é persistência. O mesmo se aplica para a integração da criança nas escolas. 

Embora a pessoa diagnosticada com autismo possua o direito de frequentar a escola conforme a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), é comum que famílias encontrem algumas dificuldades. Pesquise a melhor opção para seu filho e trabalhe em conjunto com os professores para garantir o cuidado que ele merece. 

Institui os direitos dos autistas e suas famílias em diversas esferas sociais. Dentro dessa lei, pessoas com o transtorno de espectro autista são consideradas deficientes, por isso a lei assegura a utilização de serviços da Assistência Social – no município onde reside – e possibilita o direito à educação com atendimento especializado. 

A Lei Romeo Mion cria a Carteira de Identificação da Pessoa com TEA (CipTEA), que garante a todos aqueles com o diagnóstico de autismo um documento que possa ser apresentado para informar a condição do indivíduo. O nome foi inspirado em Romeo Mion, filho adolescente do apresentador de TV Marcos Mion. 

Além dessas Leis, existem benefícios que auxiliam, como: Benefício da Prestação Continuada (BPC), redução na carga horária de trabalho e outros que reduzem as dificuldades encontradas no cotidiano. 

É natural do ser humano procurar se proteger quando percebe uma situação ameaçadora, principalmente quando o cenário é carregado de incertezas. Logo, é normal sentir um baque logo após seu filho ser diagnosticado com autismo. 

Não se culpe, não se julgue e busque sempre uma rede de apoio. “Existem muitos grupos de pais de crianças com TEA. Procure auxílio e converse. A troca de experiência é algo enriquecedor e acalentador. Lembre-se também que é importante que você tenha o seu espaço de descanso pessoal e momentos para você e seu parceiro(a). É muito importante cuidar da saúde mental de todos que estão ao redor da criança com o diagnóstico, o bem-estar dos pais é essencial!”, reforça a Terapeuta Ocupacional, Thalita Sanchez.

 

Orientação Parental

Os cuidadores de pessoas autistas também precisam de cuidados e, principalmente, de informações nítidas do diagnóstico. “O apoio parental é um dos serviços que oferecemos durante o acompanhamento da jornada de desenvolvimento da criança. A Orientação Parental faz parte do método Rubi, que foi desenvolvido pela Dra Karen Bearss, pesquisadora na Universidade de Washington e membro do conselho clínico da Genial Care.”, finaliza Thalita Sanchez.

 

Genial Care - clínica multidisciplinar de cuidado e desenvolvimento de crianças autistas e suas famílias, conecta tecnologia e embasamento científico às pessoas.


Microplástico suspenso no ar pode favorecer a disseminação da COVID-19, sugere estudo

Ao analisar amostras de ar coletadas perto do Hospital das Clínicas, pesquisadores da USP observaram que, quanto maior era a presença de material plástico em suspensão, mais alta era a carga de partículas virais. Dados sugerem que o SARS-CoV-2 se liga ao microplástico, o que facilitaria sua entrada no organismo humano (foto: PIRO/Pixabay)

 

Existe uma correlação entre a quantidade de microplástico presente no ar e do vírus causador da COVID-19. Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) coletaram amostras de ar nos arredores do Hospital das Clínicas (HC) no início deste ano e observaram que os filtros com mais quantidade de microplástico também apresentavam uma carga maior de partículas genômicas de SARS-CoV-2. Os resultados do estudo, publicado na revista Environmental Pollution, sugerem que o vírus pode se ligar ao microplástico suspenso no ar, o que facilitaria sua entrada no corpo humano.

Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores dispuseram filtros para captar a poluição do ar em três locais próximos ao maior hospital da América Latina (ambiente externo). Ao analisar as amostras, quantificaram as partículas de RNA viral e de poluição suspensas no ar.

“Sabemos que o plástico é um carreador de patógenos e isso não é diferente no caso do SARS-CoV-2. Esse material particulado em suspensão atrai ou é atraído pelo vírus e eles podem permanecer ‘grudados’. Nosso estudo não demonstrou molecularmente essa aproximação, mas provamos que existe uma correlação matemática: onde tinha mais microplástico, tinha mais vírus”, disse Thais Mauad , professora do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina (FM-USP) e coordenadora da investigação.

O estudo foi desenvolvido durante o pós-doutorado de Luís Fernando Amato-Lourenço e recebeu financiamento da FAPESP por meio de dois projetos (19/03397-5 e 19/02898-0).

Como explicam os pesquisadores, o microplástico é gerado durante o longo processo de decomposição do plástico, que pode durar mais de cem anos. Ao longo do tempo, micropartículas se desprendem de cortinas, móveis ou qualquer outro objeto feito de plástico. Por serem muito pequenas, elas ficam em suspensão no ar, onde podem se juntar a outras micropartículas (de poluição e patógenos, por exemplo), podendo ser inaladas.

Em trabalhos anteriores, o grupo já havia demonstrado que é na superfície plástica que os vírus duram mais tempo: 72 horas, no caso do SARS-CoV-2. “O patógeno causador da COVID-19 é altamente transmissível. Nosso estudo sugere que partículas virais podem se ligar ao microplástico suspenso no ar, fazendo com que permaneça mais tempo viável e, por consequência, tenha mais chance de entrar no corpo humano”, explica Mauad.

O material particulado encontrado no ar foi analisado em microscópio de fluorescência. A composição polimérica (diferentes tipos de plástico) foi caracterizada por microespectroscopia de infravermelho. E a carga viral foi quantificada por teste de PCR em tempo real – o mesmo usado no diagnóstico da COVID-19.

Houve resultado positivo para SARS-CoV-2 em 22 das 38 amostras coletadas (57,8%) nos três locais próximos ao Hospital das Clínicas. O poliéster foi o polímero mais frequente, presente em 80% dos casos.


Onipresente

O grupo coordenado por Mauad também já havia demonstrado que, na capital paulista, há mais microplástico em suspensão em ambientes fechados do que em locais abertos. O trabalho, publicado no periódico https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/35093355/ Science of The Total Environment, foi o primeiro a investigar a quantidade, a composição química e as características morfológicas de microplásticos no ar externo e interno na megacidade de São Paulo.

Ao disponibilizar 20 coletas de ar na área externa da FM-USP (próxima à movimentada avenida Dr. Enéas Carvalho de Aguiar, na zona oeste da capital) e 20 amostras retiradas de escritórios no interior do edifício, os pesquisadores constataram que havia maior concentração de microplástico no ambiente interno do que no externo. Vale ressaltar, no entanto, que todas as amostras captadas tinham a presença desse material.

Os pesquisadores também verificaram diferenças na composição das amostras retiradas nos dois ambientes: as fibras de poliéster (100% das amostras), polietileno (59%) e polipropileno (26%) foram os polímeros dominantes em ambientes internos. Já nas áreas ao ar livre as mais presentes foram fibras de poliéster (76%), polietileno (67%) e partículas de polietileno tereftalato (25%).

“Esse resultado já era esperado, pois estudos feitos em outras cidades já mostravam que existe plástico no ar e que ele é mais comum nas áreas internas. Isso acontece porque vivemos em um mundo plastificado. Há plástico dentro de casa nas embalagens, nos móveis, tapetes, cortinas e na roupa. Tudo é sintético e é nesses ambientes onde há menos ventilação”, afirma Amato-Lourenço, atualmente pesquisador da Freie Universität em Berlim (Alemanha).

Materiais plásticos são amplamente utilizados em todo o mundo. No entanto, a sua degradação em fragmentos milimétricos – os microplásticos – tornou-se uma ameaça ambiental global por contaminar o ar, o solo, os ecossistemas aquáticos e também a saúde humana.

Mauad ressalta que os estudos sobre os efeitos do microplástico no organismo ainda são incipientes, pois uma das maiores dificuldades da pesquisa está em evitar o problema de contaminação das amostras. “Ainda estamos engatinhando nesse assunto. Como tem plástico no ar e em todo o lugar, é preciso se certificar de que a amostra não está contaminada”, conta.


Plástico no pulmão

Em artigo publicado ano passado no Journal of Hazardous Materials, o grupo da FM-USP demonstrou de forma inédita que partículas de microplástico presentes no ar podem ser inaladas por humanos. Os cientistas identificaram e caracterizaram 33 partículas e quatro tipos de fibras de polímeros em 13 de 20 amostras de tecido pulmonar (leia mais em: agencia.fapesp.br/36197/).

O estudo foi feito em colaboração com o Instituto de Química da USP e o Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). “Conseguimos provar que existe plástico dentro do pulmão. Estamos inalando plástico. Outros grupos já haviam encontrado microplástico no sangue e na placenta. E, na natureza, tem sido observado plástico em aves marinhas, baleias e até nos locais mais profundos do oceano. O plástico está deixando de ser considerado um resíduo e começa a ser visto como um contaminante”, afirma Amato-Lourenço.

Outro ponto que precisa avançar, segundo Mauad, é a criação de índices que indiquem a partir de que nível a inalação de microplástico pode ser danosa à saúde humana.

“O microplástico tem um impacto muito grande na própria COVID-19, como vimos mais recentemente. E nós estamos inalando plástico. É claro que isso traz consequências para a biologia das células pulmonares, pois se trata de um material persistente. Ele não degrada nem na natureza, nem no organismo. Só que a gente não sabe ainda dizer exatamente qual a quantidade inalada é perigosa para a saúde, nem quais os tipos de plástico representam maior risco”, pontua a pesquisadora.

A degradação do plástico e a maneira como ele interage com outros compostos também tornam a análise toxicológica uma equação complexa. “O plástico degrada e vira um polímero secundário, que vai ter um comportamento e uma composição diferentes se está no solo, no ar, na água ou nos organismos. Ainda não sabemos se a quantidade encontrada representa muito ou pouco. Temos tecnologia para quantificar isso, mas ainda não sabemos o real impacto”, afirma Mauad.

O artigo Airborne microplastics and SARS-CoV-2 in total suspended particles in the area surrounding the largest medical centre in Latin America pode ser lido em: www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0269749121018819?via%3Dihub.

Já o estudo Atmospheric microplastic fallout in outdoor and indoor environments in São Paulo megacity está disponível no endereço: www.sciencedirect.com/science/article/abs/pii/S0048969722005423?via%3Dihub.

E o artigo Presence of airborne microplastics in human lung tissue pode ser acessado em: www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0304389421010888. 


Maria Fernanda Ziegler
Agência FAPESP
https://agencia.fapesp.br/microplastico-suspenso-no-ar-pode-favorecer-a-disseminacao-da-covid-19-sugere-estudo/39547/

Transplante de medula óssea: bióloga imunogeneticista lembra que o cadastro de doadores é extremamente importante para ajudar os pacientes

Número de pacientes em busca de doadores não aparentados atualmente é em média de 650 pessoas

 

Para quem aguarda por um transplante de medula óssea, é fundamental ter um doador voluntário e que seja compatível. Atualmente, segundo dados do Registro Nacional de Doadores Voluntários de Medula Óssea (REDOME), o número de pacientes em busca de doadores não aparentados, ou seja, doador voluntário, atualmente, é em média, de 650 pessoas.


O transplante de células-tronco hematopoiéticas (TCTH), comumente chamado de “transplante de medula óssea”, permite a substituição de um sistema hematopoiético anormal, não necessariamente maligno, por um sistema hematopoiético eficiente sendo, portanto, um tratamento efetivo para doenças benignas, como síndromes de imunodeficiência, anemia aplástica, talassemia, entre outros.


O sistema hematopoiético, responsável pela hematopoiese, ou seja, pela produção das células sanguíneas, é composto, basicamente, pela medula óssea e órgãos linfoides (baço, timo, linfonodos, entre outros).


Segundo a bióloga imunogeneticista Anna Paula Villela, do GHTN, embora esta terapia seja o tratamento de escolha para muitas doenças não malignas, grande parte dos pacientes que se submetem a tal transplante constitui-se de portadores de doenças que afetam as células do sangue, como as leucemias e os linfomas.


Existem dois tipos de transplante: o autólogo, pelo qual as células são retiradas do próprio paciente (opção utilizada em casos que a doença não tem origem na medula e, portanto, o tecido do paciente produz células saudáveis), e o alogênico, em que as células são doadas por outra pessoa, podendo ser do âmbito familiar (aparentados) ou não (não aparentados).


“Para a realização do transplante alogênico de células-tronco hematopoiéticas, é necessário à identificação dos genes HLA (antígenos leucocitários humanos), cuja função está diretamente relacionada a respostas imunológicas. A partir desses exames, é realizada a escolha do melhor doador de acordo com a compatibilidade dos genes HLA”, explica a bióloga, que também é Mestre em Pesquisa Biomédica com ênfase em Imunogenética aplicada ao Transplante de Medula Óssea pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).


A especialista complementa que a primeira opção de busca por um doador em potencial é no âmbito familiar, pois, de todas as fontes de células potenciais para o TCTH, o doador aparentado com os genes HLA totalmente compatível com o receptor, continua contribuindo para as melhores taxas de sobrevida global e livre de progressão do paciente.


Dia do Administrador: não seja um anti-administrador

Em 9 de setembro, é comemorado no Brasil o Dia do Administrador, data que marca a regulamentação da profissão, que ocorreu em 1965. De lá até aqui, o mundo mudou. E se o mundo muda, o administrador também precisa mudar. Afinal, como está sabiamente escrito na nossa literatura: é papel desse profissional “planejar, organizar, ajustar e mensurar estratégias e processos” - mas, principalmente, desenvolver pessoas. Aqueles que não evoluem, assim, não são capazes de desenvolver ninguém.

Então fica aqui a grande questão: como os administradores brasileiros têm se desenvolvido?

Ao contrário do que tem se ouvido cada vez mais na internet, a formação acadêmica é muito importante. Ela tem um peso incomparável em sua formação, enquanto profissional e como ser humano. É na faculdade que você, administrador, constrói suas bases.

Mas, há outra verdade: um administrador que para de aprender quando se forma, inevitavelmente, vai se tornar uma antítese de si. Um administrador que não aprende todos os dias, é um anti-administrador. Isso porque, quando falamos de Administração, quem não contribui para o avanço é motor da ineficiência.

A bem da verdade, temos de ser sinceros: o Brasil está cheio de anti-administradores. Alguns com diploma, outros que sequer já ouviram falar em Peter Drucker, pai fundador da Administração. E isso é muito ruim. Atrevo-me a dizer que é uma das raízes mais profundas do nosso atraso.

O 9 de setembro rememora a origem da profissão. Mas lembre-se de que ser administrador não é ter um diploma ou um registro. Muito menos é ocupar um cargo de direção. Cadeira, caneta, título, nada disso administra.

Administrar é conduzir pessoas e organizações sempre pelos melhores caminhos, aos melhores destinos. E isso só se faz com aprendizado contínuo, com o olhar aberto ao novo e com os ouvidos atentos às pessoas que estão à volta.

A forma como consumimos se transforma a todo instante. Na era dos hologramas, metaversos e NFTs, a própria noção de realidade foi posta em xeque. Isso afeta como vivemos e nos comunicamos. Somos seres novos a cada dia em que acordamos.

Aquele indivíduo que aprende um ofício, consegue um emprego e trabalha nele até o fim da vida, é um item raro e não será mais produzido. Somos hoje um mundo regido pela urgência, pela vontade de mudar, pelo desejo de fazer e ser mais. E o mais fascinante: daqui a cinco ou 10 anos, tudo será muito diferente outra vez.

Regendo essa complexa orquestra, que ganha novos instrumentos a todo instante, está o administrador. Se ele não segue aprendendo as novas músicas que a banda toca, é incapaz de segurar a batuta. Administrar é, antes de tudo, nunca parar de aprender. Se não é isso, é Anti-administração.

 

Leandro Vieira - fundador e CEO do Administradores.com e do Administradores Premium, primeiro streaming de lifelong learning do Brasil.

 

Administradores

https://administradores.com.br/


ESG e o MERCADO PUBLICITÁRIO (O que todo publicitário deveria ler)

Daniela Robledo
Claudio Gatti
Com a chegada das políticas de ESG nas grandes empresas, o que isso impacta na área de marketing, comercial e na visão de resultado dos acionistas.


Lucro: é isso que todos buscamos quando implementamos novas políticas dentro das indústrias e das empresas em geral, e essa não é nenhuma novidade. Todos os produtos e serviços são criados para que se possa atender às novas necessidades da sociedade que vão surgindo com o passar do tempo, e isso acontece sempre como uma via de mão dupla: as pessoas consomem aquilo que desejam – e do que precisam –, e os atores do mercado recebem um retorno financeiro que, assim queremos, seja cada vez mais lucrativo.

Neste momento em que o ESG (Enviromental, Social and Governance) se coloca como pauta central no cenário corporativo global, um dos questionamentos mais frequentes que surgem é justamente sobre esta relação entre o atendimento aos critérios da sustentabilidade empresarial e a fantasiosa diminuição dos lucros decorrente disso. Pelo contrário, a perspectiva do ESG surge como a possibilidade de mudarmos os rumos da economia mundial, aliando-se os interesses privados com uma maior harmonia social e ambiental, e beneficiando desse modo as companhias, os stakeholders, a sociedade e o meio ambiente. É preciso, então, perceber o ESG como um espaço de ganha-ganha, em que todos os lados são favorecidos.

Um termômetro fundamental diante disso é o movimento que os investidores têm feito, e não é difícil de localizar onde o investimento tem sido priorizado – os critérios de sustentabilidade adotados pelas companhias têm norteado as escolhas dos investimentos, e o ESG funciona justamente como uma métrica do desempenho das empresas. A conclusão, então, é simples: ter um perfil forte em ESG atrai novos investidores além da atração dos consumidores, que hoje estão muito exigentes quanto a isso.

Em uma pesquisa divulgada neste ano de 2022, elaborada pela Deloitte, uma organização de serviços profissionais, junto com o Instituto Brasileiro de Relações com Investidores (IBRI), fica evidente que as empresas estão cada vez mais focadas na utilização de indicadores não financeiros, os quais reforçam os critérios de ESG, como é o caso da redução da emissão de carbono e da representatividade de grupos minoritários. Esse estudo foi realizado com 65 empresas – 68% delas são listadas na bolsa de valores, no Brasil ou no exterior – e demonstra que o mercado precisa desenvolver uma perspectiva multidisciplinar para lidar com os desafios urgentes deste momento.

Tais indicadores não financeiros, de acordo com a pesquisa, estão se tornando tão relevantes quanto os indicadores financeiros, de modo que 86% das empresas participantes afirmam que a criação dos indicadores não financeiros auxilia na transparência diante da sociedade, e 49% delas acreditam que a adoção deles faz com que tenham vantagem no cumprimento do compromisso com os investidores. Quanto aos indicadores que já estão sendo utilizados pelas empresas participantes do estudo, 72% são ambientais, 65% são sociais e 74% são de governança.

Mesmo que haja certeza quanto à importância dos indicadores não financeiros, muitas companhias ainda encontram dificuldades para a sua implementação, como mostra a pesquisa, mas os obstáculos não se encontram só aí, já que a maneira de comunicar tudo isso também é uma questão frágil para as companhias, merecendo um amplo debate, pois há uma nova realidade se conformando. Isso demanda novas formas de comunicação, de estratégia de marketing, mais ágeis e acessíveis para o grande público. E é essa a visão que o marketing e comunicação das empresas têm que ter. Ações de ESG não são simplesmente uma questão de campanha publicitária. De aumentar o feito e dar voz na publicidade como fazíamos no passado com outros olhares para fomentar simplesmente a área comercial. Esse aspecto está relacionado também a necessidade da transparência, que é o melhor caminho para a performance das empresas diante das comunidades em que operam. Uma das consequências positivas disso, dentre tantas, é a elevação da motivação dos colaboradores das corporações. De acordo com pesquisa mencionada no livro “Valuation: measuring and managing the value of companies”, as pessoas da chamada geração Z desejam trabalhar em espaços que tenham propósitos direcionados, e quando há transparência nas companhias sobre tais direcionamentos, o engajamento pode aumentar – e quando os funcionários trabalham por objetivos comuns, as metas financeiras são mais facilmente alcançadas.

A tendência, diante da lógica do ESG, é que as empresas que não se adaptarem rapidamente a isso passem a ser rejeitadas não só pelos maiores investidores, mas também pelos próprios consumidores, os quais têm apresentado cada vez mais preocupações sociais e ambientais, valorizando, nas suas escolhas de consumo, não só o preço e a qualidade dos produtos, mas também os impactos que são gerados. Já é notável a preferência dos consumidores pelos produtos e serviços produzidos por meio da ideia da sustentabilidade: se comparados com os produtos convencionais, eles promovem um crescimento de vendas de quase seis vezes mais, de acordo com o já mencionado livro “Valuation: measuring and managing the value of companies”.

Diante de tudo isso, fica fácil perceber que, diferentemente do que se pressupõe em alguns contextos, aderir aos pilares do ESG nas companhias é incrementar os lucros. Há grandes casos de sucesso já implementados nos países mais desenvolvidos, em que se visualiza, nos resultados, uma economia significativa a partir de iniciativas concretas como, por exemplo, redução do uso de água, uso de fontes limpas de energia, utilização de materiais reciclados e biodegradáveis. Além dessa economia, é importante lembrar, mais uma vez, que pelo fato de algumas dessas mudanças exigirem notáveis investimentos financeiros, faz-se com que sejam valorizadas as empresas que fazem tais escolhas.

Temos pela frente ainda muitos avanços a serem feitos para que as companhias lidem de forma cada vez mais apropriada com os pilares da sustentabilidade empresarial. Os investidores estão à procura de investimentos que levam os critérios da sustentabilidade em consideração – e o ESG é o parâmetro para isso. Mas temos que entender e nos apropriar do tema, viver isso com verdade, para poder reproduzir esses resultados e iniciativas ao consumidor em forma de marketing transparente e não com campanhas de greenwashing.

 

Daniela Robledo - gestora de destaque no mercado publicitário brasileiro, com ampla experiência no mercado cooperativo, trabalha atualmente com aquilo que se tornou uma missão não só profissional, mas também pessoal: tornar o ESG – Environmental, Social and Corporate Governance – um lugar comum na mentalidade empresarial do Brasil, país que é um dos principais players do mundo no que se refere à geração de energia sustentável. Trabalha atualmente como Diretora de Marketing e Comunicação da SOL Energia, empresa de sustentabilidade e energia que tem por trás um grande conglomerado financeiro, para a qual criou e estruturou a marca. É formada em Publicidade e Propaganda; tem MBA em Gerenciamento de Projetos; pós-graduação em Finanças; e mestrado em Gestão Empresarial. Hoje Daniela tem sua carreira voltada aos temas mais importantes da atualidade, Stakeholders e ESG, tendo se especializado pela FIA Business School, e busca viver verdadeiramente esses conceitos para a implementação de uma nova jornada mundial.

https://www.linkedin.com/in/dani-robledo

Instagram: @danielamrobledo

 

Regras do uso do aparelho celular durante o voo

Conexão123 esclarece as diversas dúvidas que surgem quando o assunto é o uso do celular no avião

 

“Desliguem os aparelhos eletrônicos, apertem os cintos e boa viagem”. Quem nunca ouviu os comissários de bordo proferirem essa frase antes da decolagem? Muitas dúvidas aparecem quando o assunto é o uso de celular e outros dispositivos no avião. Afinal, esses aparelhos, hoje em dia, são muito importantes em diversos aspectos da vida, servindo como uma fonte de entretenimento, ferramenta de trabalho e de comunicação. 

Será que pode usar celular no avião? A resposta pode variar, já que de uns tempos para cá asregras foram flexibilizadas. A plataforma de incentivo a experiências de viagens, Conexão123, explica em quais casos não se pode utilizar celular no avião e em quais situações seu uso é permitido. 


Em seu canal do YouTube, 123milhas apresenta dicas sobre o uso de celular no avião

 

Por que não pode usar celular no avião 

As normas de uso do aparelho são todas regulamentadas pela ANAC – Agência Nacional de Aviação Civil. No avião, o passageiro pode mexer no celular, notebook e tablet. Para isso, os dispositivos devem ser desligados nos períodos de turbulência, decolagem e pouso. 

O mais importante: devem sempre ser utilizados com o modo avião habilitado, o que permite o uso de apps já baixados que não utilizam internet, como jogos, músicas, entre outros, mas impede o acesso à rede para realização de ligações e utilização do serviço de dados.

Durante a viagem, os celulares devem permanecer em modo avião como forma de precaução contra falhas

 

Hoje em dia, a maioria das companhias aéreas oferece o serviço de Wi-Fi para ser utilizado pelos passageiros, de forma gratuita ou paga. Os preços variam de acordo com a empresa, a velocidade da internet e o tempo de utilização. Em boa parte das viagens internacionais, esse serviço é disponibilizado gratuitamente para o passageiro.     

As regras valem para outros aparelhos eletrônicos também, como notebook, tablet ou câmeras. Por isso, é preciso ficar atento às recomendações da companhia aérea. De acordo com pesquisas, o celular é uma fonte emissora e receptora de ondas eletromagnéticas que podem provocar alguma interferência nos instrumentos do avião, já que podem causar um campo magnético falso.

O celular deve ser desligado nos momentos de decolagem, pouso e turbulências


É por isso que o uso pleno do celular no avião não é permitido. Embora não existam fortes evidências científicas de que o celular interfira no voo, as medidas tomadas são uma precaução pela segurança dos passageiros. 


Uso seguro do celular no avião

Algumas medidas de segurança devem ser seguidas durante uma viagem de avião em relação ao uso de objetos eletrônicos como smartphones, celulares, tablets, notebooks, entre outros da mesma natureza. Antes de tudo, é necessário reforçar que o celular deve ser desligado na decolagem, pouso e turbulências, os chamados momentos críticos do voo, em que é necessário que as ferramentas de comunicação da aeronave estejam totalmente ativas e com bom funcionamento.

Durante o voo, mesmo com a limitação do uso dos eletrônicos, é possível realizar tarefas, como editar documentos

 

Após os momentos críticos, é possível manter o celular ligado no modo avião. Mas o que é o modo avião? Trata-se de uma funcionalidade que desabilita o acesso aos dados móveis, ligações, entre outros, sem a necessidade de desligar o aparelho. Já as ligações são proibidas durante o voo todo. Por isso, se precisar falar urgentemente com alguém, realize a chamada antes de embarcar ou depois de desembarcar. Esse é um procedimento adotado em todas as companhias aéreas.

 

O que fazer durante o voo?

Já que há a possibilidade de mexer no celular, mesmo com algumas limitações, existem algumas atividades que podem ser feitas no aparelho (ou fora dele) durante o trajeto, como, por exemplo:

• Ouvir músicas no modo offline

• Assistir a filmes ou séries já baixadas

• Jogar jogos offline já instalados no seu aparelho

• Ler um livro (físico ou no formato e-book) 

• Editar documentos

• Tirar um cochilo e descansar


Conexão123


Profissional de Medicina Veterinária cuida da saúde animal e da população

Área possui ramificações variadas em diferentes setores da vida animal e da sustentabilidade

Profissão tem diferentes frentes e contribui para saúde da população em geral/DIVULGAÇÃO


A paixão por cães e gatos provoca o interesse em jovens pela carreira de veterinários desde cedo e a profissão tem amplas possibilidades no mercado de trabalho, desde a preservação do meio ambiente e da saúde pública até o bem-estar dos melhores amigos dos humanos. Segundo o Conselho Federal de Medicina Veterinária (CFMV), há mais de 80 mil profissionais cadastrados no Brasil -- e os números só aumentam.

Segundo o coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera, professor Tiago Ladeiro de Almeida, o estudante do ensino superior tem o primeiro contato com técnicas de intervenção em todos os setores associados à sanidade dos bichos. “O aluno é imerso nas Ciências Biológicas, Exatas e Sociais Aplicadas, em disciplinas teóricas e práticas, para entender como funciona a assistência clínica e cirúrgica para animais domésticos e silvestres, além de se preparar para lidar com a alimentação e produção de rebanhos e a inspeção na produção industrial”, explica.

De acordo com Almeida, os veterinários precisam ter disponibilidade e comprometimento para resolver imprevistos, desenvolver controle emocional e raciocínio rápido para explorarem os setores de atuação. O docente apresenta algumas das áreas que o profissional formado pode seguir são:

Clínica veterinária: animais de estimação de pequeno porte recebem atendimento de emergência ou acompanhamento médico em clínicas veterinárias. Nesse espaço, o profissional lida com cães, gatos, aves, peixes, roedores e até mesmo algumas espécies exóticas.

Produção industrial: estabelecimentos que trabalham com qualquer tipo de matéria-prima de origem animal, para fins alimentícios ou não, são obrigados a contar com um veterinário graduado para fiscalização de controle e qualidade.

Produção industrial para animais: o profissional é responsável por desenvolver rações, vitaminas, medicamentos e vacinas para pets, gados e outros grupos.

Conservação de espécies: o médico veterinário tem a oportunidade de lidar com animais silvestres (em cativeiros ou no habitat natural) e criar projetos ecológicos a fim de diminuir a extinção, preservar e garantir a reprodução de animais em risco.

Zoonoses e saúde pública veterinária: existe a possibilidade de atuar no combate de doenças que podem se espalhar para população por meio da vigilância epidemiológica, sanitária e ambiental. O profissional estuda as diferentes formas de transmissão de enfermidades e desenvolve métodos de prevenção e solução de problemas.

 

MERCADO

O médico veterinário pode ainda trabalhar com zoológicos e reservas, com fazendas e haras, em centros de pesquisa, com perícia técnica em competições esportivas, consultoria, anestesia, fisioterapia e outros segmentos. Segundo a CFMV, são mais de de 80 áreas de atuação.

Segundo o site Salário, que cruza dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (CAGED), do eSocial e do Empregador Web, a remuneração do profissional é de cerca de R 3.798,45 no Brasil, no ano passado, para jornada de 39 horas semanais. O piso salarial para contratados em CLT está na média de R 3.466,81.


A constante dúvida entre comprar, alugar ou investir o valor de um imóvel

De acordo com Thiago Martello, fundador da Martello Educação Financeira, existem diversos motivos para que, até mesmo os milionários, morem em uma propriedade alugada


A dúvida entre comprar, alugar ou investir o valor de um imóvel é algo que atormenta diversos brasileiros que, em muitos casos, não sabem qual seria a escolha mais vantajosa de acordo com seu orçamento mensal.

Thiago Martello, educador financeiro e fundador da Martello Educação Financeira, afirma que, ao trabalhar como gerente bancário, costumava ficar surpreso ao ver, por exemplo, pessoas muito ricas vivendo de aluguel em São Paulo, quando elas teriam, tranquilamente, condições de adquirir uma casa própria na cidade. “Eu chegava a pensar que aquelas pessoas eram burras porque, na minha cabeça, não fazia o menor sentido alguém ter tanto dinheiro e viver de aluguel. Após refletir e pensar muito sobre o assunto, percebi que o burro da história era eu, afinal, estava trabalhando incansavelmente para conseguir dois mil reais por mês, enquanto essas pessoas andavam com Ferraris e Lamborghinis. Existia algum motivo por trás da escolha pelo aluguel”, questiona.

Para o fundador da Martello Educação Financeira, a compra de um imóvel hoje em dia, unicamente na visão financeira, NUNCA é a melhor opção quando comparada à moradia de aluguel, desde que a sobra do que iria para a parcela do financiamento seja investida. “Um financiamento de 15 anos pode ter um desembolso duas vezes maior que o valor do imóvel. Uma parte considerável da prestação do financiamento são juros. É muito importante fazer as contas de forma certeira para avaliar se, realmente, vale a pena financiar e, em comparação ao mercado financeiro, nunca será”.

Além disso, alugar um imóvel se torna muito mais vantajoso para pessoas que desejam ter liberdade e facilidade para trocar de moradia. “A capacidade de se mudar a qualquer momento é um belo trunfo. A mudança de endereço tem se tornado algo muito comum, especialmente nas capitais, e ao investir a diferença da parcela do financiamento frente ao aluguel a ser pago por um bem semelhante, 30 anos depois você será um milionário.”, pontua Martello.

Além da mobilidade, o aluguel também reduz custos com diversos aspectos que são de responsabilidade dos proprietários. “Impostos, custos com estrutura e segurança são apenas algumas das despesas destinadas aos donos de imóveis. Muitos se apertam para comprar o imóvel e depois ficam sem dinheiro para eventuais obras de reparos ou até mesmo melhorias”, relata.

Outro aspecto a ser considerado, de acordo com o educador financeiro, é que existem muitos mitos sobre as vantagens de comprar uma propriedade. “Muitas pessoas dizem que o investimento em um imóvel sempre valoriza, mas, na prática, não é bem assim, principalmente no longo prazo. O valor é volátil e mudanças no equilíbrio entre a oferta e a demanda podem desvalorizar o patrimônio. É necessário observar as tendências de mercado e projetar o potencial de revenda da propriedade, mesmo que o objetivo da aquisição seja a moradia, sem contar que a inflação também corrói a potencial valorização do mesmo”, declara.

A valorização do imóvel é um cálculo complexo e nem sempre é uma absoluta certeza. ”Interferem no custo a variação das condições econômicas do País, a evolução na qualidade de vida do bairro ou cidade e, ainda, eventuais mudanças de comportamento da sociedade. O aumento na taxa Selic, por exemplo, inflaciona as taxas de financiamento, que podem encarecer os imóveis e diminuir o nível de procura. Por outro lado, as mudanças de comportamentos sociais devido a eventos de grande impacto, como a pandemia, aceleram ou diminuem tendências no ramo imobiliário”, conclui Martello. 

 

Thiago Martello - Educador Financeiro, Founder da Martello Educação Financeira, Agente Autônomo de Investimentos pela CVM e especialista em Investimentos ANBIMA, Representante regional do estado de São Paulo da APOEF.

https://martelloef.com.br/


No Dia Nacional do Cerrado, conheça três parques com este bioma no Estado de São Paulo

Celebrada no dia 11 de setembro, a data serve de alerta para a importância de sua conservação

 

O Cerrado é o segundo maior bioma da América do Sul e do Brasil, atrás apenas da Amazônia. Ocupa cerca de 20% do território brasileiro, espalhando-se por estados como São Paulo, Minas Gerais, Goiás, dentre outros. Considerada a savana mais rica do mundo em biodiversidade, são mais de dois milhões de quilômetros quadrados, abrigando mais de 800 espécies de aves, 160 de mamíferos, 150 de anfíbios, 100 de répteis, além de 10 mil espécies de flora. Toda essa biodiversidade também abriga cerca de 20% das nascentes brasileiras, contribuindo com a produção hídrica de 12 regiões hidrográficas.

Sua conservação se faz cada dia mais relevante na vida da população, pensando nisso, o Governo do Estado de São Paulo, por meio da Fundação Florestal vem implementado ações para proteger sua biodiversidade. O estado possui ainda uma lei própria para o Cerrado (Lei nº 13.550, de 02 de junho de 2009) que dispõe sobre a conservação, proteção, regeneração e a utilização do bioma.

A criação do segundo maior conjunto protegido do cerrado no estado, o "Mosaico de Unidades de Conservação do Cerrado Paulista”, é outra importante conquista. Com cerca de 4 mil hectares, as Unidades de Conversação Área de Relevante Interesse Ecológico (ARIE) Leopoldo Magno Coutinho, que abrangem os municípios de Agudos, Bauru e Pederneiras, e o Refúgio de Vida Silvestre (RVS) Aimorés, em Bauru e Pederneiras, protegem seus principais fragmentos, além de diversas espécies de fauna e flora, incluindo algumas ameaçadas de extinção. Vale destacar que a FF também faz a gestão de outras UCs incluídas no bioma de cerrado, como o PE Juquery, EEc Jataí e EEc Santa Bárbara.

Conheça três opções de passeios para ter contato com o Cerrado e aprender mais sobre o bioma:



Trilha do Ovo do Pato – Parque Estadual do Juquery

É a trilha mais extensa e o ponto mais alto do Parque, com 942m de altitude. Proporciona ao visitante uma linda vista panorâmica das cidades vizinhas, do vale do Rio Juquery, da Serra da Cantareira, Serra do Japi e do Parque Estadual Jaraguá.

O PE do Juquery, criado em 1993, abriga o último remanescente de cerrado preservado na região metropolitana e protege importantes remanescentes de vegetação nativa existentes na Fazenda Juquery, além das áreas de mananciais do Sistema Cantareira.

Serviço
Município: Franco da Rocha
Telefone: 11 4449-5545
Email: pe.juquery@fflorestal.sp.gov.br
Valor: Gratuito
Mais informações: https://guiadeareasprotegidas.sp.gov.br/ap/parque-estadual-juquery/


 
Trilha do Mirante – Parque Estadual Furnas do Bom Jesus

A Trilha do Mirante é uma das principais trilhas do parque, oferece a possibilidade de ser realizada sem a monitoria e apresenta um gradiente de mudança de cobertura vegetal, passando de um ambiente aberto para outro de mata fechada, com espécies vegetais típicas do Bioma Cerrado e de transição para a Mata Atlântica.

O PE das Furnas do Bom Jesus, criado em 1989, em 2.069,06 hectares, está inserido em parte da bacia hidrográfica do córrego Pedregulho, área representativa do ecossistema chamado Furnas do Rio Grande. A vegetação é composta por fragmentos representativos de cerrado e mata atlântica (floresta estacional semidecidual). O relevo apresenta-se na forma de cânion, com declives de até 200 metros. As matas e cachoeiras são belezas naturais, algumas com quedas superiores a 130 metros.

Serviço
Município: Pedregulho
Telefone: 16 3171-1118
Email: pe.furnas@fflorestal.sp.gov.br
Valor: Gratuito
Mais informações: https://guiadeareasprotegidas.sp.gov.br/ap/parque-estadual-furnas-do-bom-jesus/


 
Trilha das Árvores Gigantes – Parque Estadual Porto Ferreira

A Trilha das Árvores tem um percurso linear de aproximadamente 5km de extensão (ida e volta) passa por dois dos principais ambientes da UC, o Cerrado e a Floresta Estacional Semidecidual, proporcionando aos visitantes a possibilidade de admirar a imponência de árvores emergentes e centenárias como jequitibás-rosa e branco, perobas-rosa, jatobás, figueiras e outras espécies que há muito persistem, embelezam e estratificam o dossel da floresta. Ao final do trajeto ainda é possível admirar as belas corredeiras do Ribeirão dos Patos.

A área protegida de Porto Ferreira foi criada em 1962 como Reserva Estadual e transformada em Parque, em 1987. Com vegetação nativa de cerrado, floresta estacional semidecidual e mata ciliar, merece destaque e atenção por sua biodiversidade. Nos 180 hectares de vegetação de cerrado do Parque, foram identificadas 200 espécies de árvores, - pau-terra, barbatimão, cinzeiro, capitão-do-campo, pimenta-de-macaco.
 
Serviço
Município: Porto Ferreira
Telefone: 11 2997-5000
Email: pe.pferreira@fflorestal.sp.gov.br
Valor: R$ 19,00 para brasileiros
Mais informações: https://guiadeareasprotegidas.sp.gov.br/ap/parque-estadual-porto-ferreira/
 


Fique atento

A FF alerta aos turistas que existem normas para visitação desses espaços protegidos e o respeito a elas é fundamental para garantir, tanto a preservação dos locais, quanto o sucesso do passeio. Não é permitida a entrada de animais domésticos; é proibido fazer fogueiras, churrasco, queima de fogos ou qualquer ato que possa provocar incêndio no interior da Unidade de Conservação. A instituição orienta também para que os visitantes não retirem espécies vegetais, animais ou qualquer outro item da natureza. Apenas os resíduos gerados devem ser coletados e levados de volta para descarte adequado.

Nas Unidades de Conservação que cobram entrada, o ingresso custa R$ 19,00 para brasileiros, R$ 28,00 para viajantes do Mercosul e R$ 37,00 para estrangeiros, com meia-entrada para estudantes brasileiros e estrangeiros, profissionais de educação das escolas da rede pública estadual e municipal.  Para alguns atrativos, é necessário agendamento e/ou contratação de monitoria à parte.

Para saber mais sobre outras Unidades de Conservação, acesse o site Guia de Áreas Protegidas. Já para fazer a reserva ou adquirir o ingresso, acesse:
https://www.ingressosparquespaulistas.com.br/home


Muito além da covid-19: saiba a importância do uso de máscaras respiratórias na mineração

O mundo parou para assistir um inimigo invisível, que carregava consigo uma arma, também invisível, mas tão letal quanto aos mísseis mais visíveis. O coronavírus, propagado mundialmente, levou embora muitas vidas, devastou famílias, e deixou lições para nós que ficamos. Vacina e máscara são as principais proteções contra a covid-19. 

Pegando um gancho nessa pandemia, com todas as mudanças de hábitos que fomos obrigados a nos adaptar, o uso de máscaras veio para ficar. Muitos ainda a utilizam mesmo sem a recomendação das autoridades, que, por meio dos baixos índices de contágio, decretaram o uso facultativo da proteção facial. 

No entanto, para algumas profissões e atividades, o uso de máscaras respiratórias segue obrigatória, em virtude da segurança que a mesma proporciona ao profissional e a quem está ao seu lado. Profissionais de saúde fazem uso do equipamento por uma questão óbvia, a fim de não transmitir a um paciente partículas que venham a contaminá-lo, e também não se contaminarem, pois nesses ambientes há uma alta taxa de circulação de vírus e bactérias. 

Já na mineração, o uso de proteção respiratória é tanto fundamental como obrigatória, sendo um dos itens que compõem a EPI - Equipamento de Proteção Individual. Esse kit de proteção é composto de capacete, máscara facial, óculos de proteção, luvas, entre outros itens essenciais.

A extração de minérios, bem como a britagem (operação que fragmenta o material), levam à liberação de poeira mineral. Com isso, partículas finas ficam suspensas no ar, podendo colocar em risco os trabalhadores. Desse modo, o uso de máscara respiratória faz bem o seu papel, pois, se tais agentes forem aspirados, desencadeiam sérios problemas respiratórios. 

Elas servem para filtrar o ar e retêm grande parte dessas finas partículas suspensas. Dessa forma, evita-se a contaminação dos trabalhadores, reduzindo o risco de desenvolver doenças crônicas, prevenindo o agravamento de doenças já existentes e, consequentemente, diminuindo o número de afastamentos. 

Além da comprovada importância do uso e benefício da máscara no setor de mineração durante as atividades desempenhadas, requer-se especial atenção também no modo de higiene e armazenamento desta, que deverá estar em local livre da presença de poeira ou produtos químicos. 

Em caso de contato ou percepção de cheiro de qualquer substância química, o equipamento deverá ser trocado, assim como nos casos em que o trabalhador tiver dificuldades para respirar utilizando a máscara de proteção. 

A NR-22 visa garantir a saúde e segurança de todos os trabalhadores durante o trabalho realizado, obrigando que empresas forneçam e monitorem o uso da máscara e outros equipamentos e medidas de proteção individual e coletivo durante o expediente. 

No entanto, muitos funcionários ainda resistem em cumprir tais exigências, mesmo com a obrigatoriedade. O processo de conscientização de todos para o eficaz cumprimento de tais normas e utilização correta e contínua da máscara propiciarão saúde e bem-estar a todos, diminuindo os riscos do ambiente de trabalho.

 

J.A.Puppio - empresário e autor do livro “Impossível é o que não se tentou”.

www.grupoairsafety.com.br


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