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segunda-feira, 4 de abril de 2022

Por que o uso da mochila escolar afeta a coluna das crianças?

Especialista alerta para medidas de segurança e prevenção


Uma das maiores dúvidas dos pais no início das aulas é com a compra do modelo adequado da mochila escolar. Conciliar conforto, praticidade e beleza é importante, mas a saúde das crianças sempre deve ser prioridade. Tanto o uso inadequado do equipamento quanto a sobrecarga de peso podem afetar seriamente a coluna dos menores.   

 

Um estudo publicado na SPNE, no ano de 2009, aponta os impactos da mochila na coluna das crianças através da ressonância magnética feita em pé. De acordo com a pesquisa, a compressão nos discos intervertebrais aumenta conforme o aumento do peso nas mochilas. Além disso, a sobrecarga causa desvios na coluna conforme os ajustes que a criança faz em sua postura. Uma mochila que exceda 10-15% do peso corporal força a criança a curvar a coluna pra frente, consequentemente, reduzindo a lordose lombar natural e as propriedades amortizantes da coluna. No entanto, o maior impacto na postura é produzido pela posição errada do corpo, e não só pelo peso da mochila, revela a pesquisa.

 

Neste caso, uma das regiões mais afetadas é a cervical - que consiste na parte mais alta da coluna vertebral e que atravessa o pescoço. “A criança tensiona os ombros e curva o tronco pra frente, mudando também a curvatura normal da coluna cervical e podendo causar dor. A sobrecarga pode levar a alterações degenerativas no futuro”, afirma o Dr. Marcelo Amato, médico neurocirurgião, especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva da coluna.

 

Uma alternativa viável para minimizar esse problema é a utilização da mochila de rodinhas, no entanto, é preciso educar para o uso da mochila convencional. A maneira mais adequada é utilizar as duas alças, respeitando o peso da mochila em no máximo de 10% do peso corporal, observando a postura da criança ao carregar a mochila e incentivando a realização de exercícios compensatórios que tragam equilíbrio à musculatura envolvida.

 

 

Ações educativas

 

O Dr. Amato alerta para alguns problemas que podem prejudicar à saúde das crianças na rotina escolar. ‘Além da imposição de carregar peso nas costas que interfere na postura corporal da criança, as atividades físicas espontâneas são restringidas durante os anos escolares obrigatórios. Segundo o especialista, as escolas devem incluir exercícios de compensação nas aulas de educação física, assegurando desenvolvimento físico ideal, encorajando atividade física espontânea e equilibrada durante o dia (atividades recreativas). Pais e escolas devem ajudar a monitorar o peso da mochila e a correta postura ao carregá-la. 

 

 

Dr. Marcelo Amato - Graduado pela USP Ribeirão Preto e doutor pela USP São Paulo, o médico neurocirurgião Marcelo Amato é especialista em endoscopia de coluna e cirurgia minimamente invasiva de crânio e coluna. Doutor em neurocirurgia pela Universidade de São Paulo (FMRP-USP). Especialista em neurocirurgia pela Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) e pela Associação Médica Brasileira (AMB). Neurocirurgião referência do Hospital de Força Aérea de São Paulo (HFASP) desde 2010.

www.neurocirurgia.com

https://www.instagram.com/dr.marceloamato/

http://bit.ly/MarceloAmato


Confira dicas para facilitar a rotina de pessoas com a doença de Parkinson

Divulgação
Estima-se que quatro milhões de pessoas no mundo viva com a enfermidade e, com aumento da expectativa de vida, o número pode dobrar até 2040

 

Segundo dados retirados da Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde, a doença de Parkinson é a segunda patologia degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central mais frequente no mundo, atrás apenas do Alzheimer. Estima-se que há aproximadamente quatro milhões de pessoas no mundo vivendo com a enfermidade, o que representa 1% da população mundial a partir dos 65 anos, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS). Com o aumento na expectativa de vida, este número pode dobrar até 2040. Para as famílias que já convivem com entes nesta condição, a coordenadora técnica da Home Angels, rede de cuidadores de pessoas supervisionadas, Janaína Rosa, preparou algumas dicas para facilitar as tarefas diárias, levando em consideração as manifestações e nível da doença:

  • Antes de iniciar uma atividade, peça que o idoso planeje mentalmente as atividades que serão realizadas. Desta maneira, ele terá maior segurança no movimento que irá fazer. Vale ressaltar que esta organização não será tão eficaz se o ambiente sofrer com mudanças contínuas, por isso, deve-se evitar a troca de móveis, por exemplo. 
  • Quando a atividade apresentar certo risco ou esforço para o idoso, evite conversar com ele, pois, assim, a atenção não é dividida e o foco fica apenas no que está sendo feito. Lembre-se, no Parkinson, os movimentos deixam de ser automáticos e passam a ser pensados antes de serem realizados. Este entendimento ajuda  a compreender porque as atividades são realizadas uma a uma e não duas ao mesmo tempo. 
  • Durante as refeições, evite deixar a televisão ligada, para que a concentração esteja apenas na atividade do momento. O idoso precisa estar em uma posição confortável e o ambiente deve contar com uma boa iluminação. Os utensílios usados para a refeição podem ser adaptados.
  • Tenha sempre por perto uma cadeira, pois em casos de fadiga extrema, o idoso tem onde descansar. A cadeira, em um determinado estágio da doença, se torna um item importante para o idoso que já apresenta instabilidade postural.
  • Priorize roupas confortáveis, evitando botões ou zíper; caso tenha, deixe o idoso sentado para abri-los e fechá-los. Pode ser que sejam necessários comandos verbais para ajudar na construção do movimento que será realizado, portanto, observe o idoso para ver se este já é o caso.
  • A fadiga é uma característica muito comum e é até mesmo esperada na doença, que causa muito impacto na condição geral do enfermo. Existem técnicas para o gerenciamento desse estágio e os profissionais de saúde envolvidos nos cuidados podem te ajudar. Além das técnicas, uma boa noite de sono e um cochilo, 40 minutos no máximo, no meio da tarde, pode ajudar bastante. 

 

Home Angels


Dois anos de pandemia: taxa de positividade de testes de Covid-19 na Dasa foi de 31,25%, na média nacional

Para as praças de SP, RJ e DF, as médias foram 25,38%, 27,22% e 24,73%, respectivamente, em um total de mais 9 milhões de exames realizados ao longo dos dois anos

 

Levantamento divulgado pela Dasa, maior rede de saúde integrada do Brasil, revela que a porcentagem de testes positivos para Covid-19 realizados na rede nos dois anos de pandemia, em todo o país, atingiu média de 31,25% no período. Em 2020, a média de positividade nacional para a doença foi de 27,33%, e 32,46% no ano passado. No primeiro bimestre de 2022, a média de positividade alcançou 49,94%, índice justificado pela circulação da variante ômicron no país.


Índices de positividade para Covid-19 -Brasil (exames realizados pela rede de saúde integrada Dasa) (Fev/2020-Fev/2022).

Fonte: Dasa Data & Analytics 


Resultados positivos em 2020 

Em 2020, primeiro ano da pandemia, a média de positividade para a doença no Brasil foi 27,33%. O pico de casos positivos identificados na rede aconteceu em dezembro, alcançando 34,01% dos testes realizados pela Dasa. Excluindo o primeiro trimestre de 2020 – início da pandemia - o mês com menor taxa de positividade no país foi setembro, com 23,57%.

Em São Paulo, a média de positividade em 2020 foi de 25,36%, com pico de 33,55% em abril, enquanto fevereiro foi o mês com menor taxa de positividade (17,50%) (excluindo janeiro, antes do início da pandemia).  No Rio de Janeiro e Distrito Federal, os índices foram igualmente altos, alcançando média de 27,06% e 23,52%, respectivamente.  Em outras regiões, a média dos índices foram de 19,56% (Paraná); 22,62% (Goiás); 27,43% (Pernambuco) e 20,67% (Bahia). 

Segundo o virologista da Dasa, José Eduardo Levi, os picos identificados em 2020, 2021 e no começo deste ano são coerentes com a disseminação das variantes do SARS-CoV-2. “O pico de dezembro de 2020, que se manteve no início de 2021, foi consequência da variante gama, identificada no Brasil em novembro de 2020. A gama foi substituída pela variante delta no decorrer de 2021, mas felizmente não causou aumento no número de casos em nosso país, diferentemente de outras regiões do mundo. Por outro lado, com a chegada da ômicron no final do ano passado, vimos um crescimento intenso no número de casos, o maior pico de toda a pandemia até o momento”, afirma Levi.

 

Resultados positivos em 2021 

Em 2021, a média de positividade nacional para Covid-19, em testes realizados na rede, foi de 32,46%. O pico de testes que detectaram positivo para doença (37,35%) ocorreu em janeiro. O menor índice de positividade foi registrado em dezembro de 2021 (11,78%). 

Por regiões, os índices foram: São Paulo (22,21%); Rio de Janeiro (25,42%) e Distrito Federal (20,95%). Os picos de positividade foram atingidos em janeiro de 2021, no Rio de Janeiro (30,64%) e São Paulo (31,26%). Já o Distrito Federal registrou pico de pico da doença em março, com 29,54% de casos positivos. 

Em outras regiões, os índices para o ano foram de 24,76% (Paraná); 21,65% (Goiás); 23,80% (Pernambuco) e 15,70% (Bahia).

 

 Janeiro e fevereiro de 2022 – novo aumento de positividade 

A Dasa também identificou uma nova alta nos índices de Covid-19 no primeiro bimestre deste ano, logo após o registro do menor índice de casos positivos em dezembro/21. Para os dois primeiros meses de 2022, a média nacional foi de 49,94%, causada principalmente pela circulação da variante ômicron. Em janeiro e fevereiro deste ano os índices nacionais foram de 51,94% e 45,10%, respectivamente. 

Pelas regiões, a Dasa registrou as seguintes médias de positividade para Covid-19 em sua rede: São Paulo (42,90%), Rio de Janeiro (43,18%) e Distrito Federal (42,42%). Em outras regiões, a médias do primeiro bimestre deste ano foram de 44,16% (Paraná); 37,15% (Goiás); 48,17% (Pernambuco) e 51,25% (Bahia).

 

Dados atuais 

Levantamento da Dasa divulgado no dia 30 de março aponta estabilidade no percentual de resultados positivos dos exames para SARS-CoV-2 na comparação desta semana (23 a 29 de março) com a anterior (16 a 22 de março). A taxa de positividade nas mais de 900 unidades de diagnóstico da rede ficou em 6,06%. 

A estabilidade nos resultados foi observada em todas as regiões, exceto na Região Sudeste, que apresentou uma queda de 3 pontos percentuais na positividade. A Região Sul não apresentou alteração e manteve a positividade em 15,27%, esta semana (23 a 29 de março). No Centro-Oestes a redução foi de 1 ponto percentual no período. 

No Distrito Federal, os casos diminuíram 2 pontos percentuais e passaram de 7,06% para 4,75% na comparação de 23 a 29 de março com a semana anterior, de 16 a 22 de março. O Rio de Janeiro apresentou leve alta na positividade e saiu de 5,01% para 5,55% nesta semana (23 a 29 de março).  Na cidade de São Paulo, a positividade se manteve estável na casa dos 5% no período.

 

  

Dasa

www.dasa.com.br


O que são as LERs e como podemos tratá-las

Lesões ficaram ainda mais em evidência depois da pandemia 

 

Você sabe o que é LER? Essa é a sigla utilizada para as Lesões por Esforços Repetitivos, um grupo de afecções do sistema musculoesquelético - formados por estruturas como tendões, nervos, músculos, ossos e articulações -, devido ao excesso de atividades repetidas e sobrecarga mecânica. Entre elas estão:

  • Tendinite (principalmente no punho, cotovelo e ombro);
  • Cotovelo de tenista (epicondilite lateral);
  • Bursite;
  • Síndrome do túnel do carpo;
  • Dedo em gatilho;
  • Dor na região lombar;
  • Dores musculares.

É notório o aumento de pacientes com essas lesões no último ano. O trabalho remoto, em ocorrência a Pandemia de Covid-19, pode ter influenciado no agravamento da situação. No home office, ou seja, trabalho realizado em casa, muitas pessoas não têm o espaço adequado para o exercer suas funções laborais, como cadeira, mesa e iluminação. E essa falta de infraestrutura mínima pode levar a dores nas costas, ombros, tendinites e outras LERs. As principais causas dessas lesões, além da execução das funções de trabalho em lugares inadequados, são: postura incorreta, excesso de movimentos repetitivos, ausência de pausa e descanso, falta de preparo físico e longas jornadas de trabalho.

Entre os principais sintomas estão a dor localizada, formigamento nas extremidades, perda funcional, inchaço local, entre outros. Eles podem variar de pessoa para pessoa e costumam atingir principalmente os membros superiores.

A Sociedade Brasileira de Reumatologia, introduziu o termo “Distúrbios Osteomusculares Relacionados ao Trabalho”, DORT, para relacionar estas lesões com a atividade laboral, pois grande parte dos trabalhadores com esses sintomas, não apresenta evidência de lesão em qualquer estrutura. Além do esforço repetitivo, outros tipos de sobrecargas no trabalho como a sobrecarga estática também podem ser nocivas ao trabalhador.

O tratamento das LERs e DORTs varia de acordo com a origem dos sintomas, e várias medidas terapêuticas podem ser seguidas. Repouso da região afetada e medicamentos como anti-inflamatórios e corticoides podem ser recomendados, além de  sessões de fisioterapia  e até mesmo em casos mais severos, a realização de cirurgias.

Para evitar uma lesão por esforço repetitivo é importante  trabalhar em lugares adequados e evitar posturas indesejáveis no sofá ou na cama. Uma cadeira confortável, com apoio para os braços, pode ser um bom investimento. 

Se você tiver dores musculoesqueléticas, não ignore, busque um médico reumatologista para te indicar o melhor tratamento.

  

Dra. Cláudia Goldenstein Schainberg - especialista em Reumatologia e Reumatologia Pediátrica. Possui graduação em Medicina pela Universidade Federal da Bahia, mestrado e doutorado em Medicina (Reumatologia) pela Universidade de São Paulo, especialização nos EUA e Canadá. Atualmente é professora e mentora de novos profissionais na Universidade de São Paulo.


Páscoa, alergia a cacau, existe? Alergista explica

 Alergia e intolerância alimentar ao chocolate, Brianna Nicoletti Alergista pela USP indica investigação médica para evitar a restrição de consumo

 

Médica alergista e imunologista pela Universidade de São Paulo (USP), Dra. Brianna Nicolletti, traz um alerta, faltando poucos dias para celebrarmos a Páscoa em que há troca de bombons e presentes preparados à base de chocolate, como os ovos de Páscoa. 

É mais comum do que se imagina a procura por um alergista por conta de sintomas de alergia a chocolate/cacau. Mas, Dra. Brianna garante que a alergia a esse alimento é muito incomum. “Alergia a castanha, noz, macadâmia, amendoim, ovo, soja, trigo e leite são bem mais frequentes que a alergia a cacau, e estes, sim, são ingredientes presentes no chocolate, dependendo de sua marca, e podem estar envolvidos em casos de alergia ao produto”, explica a alergista.

 

Alergia X Intolerância 

Vale recordar que a alergia alimentar é uma resposta imunológica anormal do organismo que ocorre após a ingestão e/ou o contato com um determinado alimento. 

“É a perda (por algum motivo) do que chamamos de mecanismo de “tolerância” ao alimento. E existe, sim, uma relação com hábitos de vida e consumo maior de alimentos processados, assim como uma tendência genética, familiar”, conta Dra. Brianna. 

Diferentemente, “a intolerância alimentar é um processo secundário à deficiência da enzima responsável pela digestão do alimento e, também, pode acontecer por inflamação da mucosa intestinal e, por este motivo, surge a dificuldade de absorção do alimento e, por consequência, os sintomas da intolerância, como cólicas, vômitos, dores de cabeça, entre outros”, exemplifica a médica. 

“No caso do chocolate, a intolerância, muitas vezes, está ligada ao açúcar do leite, a lactose, um açúcar composto que precisa da enzima chamada de lactase para sua absorção”, detalha. 

Brianna deixa ainda um conselho: “Neste momento de maior consumo de chocolate, não fique na dúvida se pode comer ou não. Vale a investigação para evitar a restrição”, finaliza.

  

Dra Brianna Nicoletti - alergista e imunologista pela Universidade de São Paulo (USP)


Especialistas dão dicas de como fazer a higiene bucal corretamente desde a infância até a fase adulta

Escovar os dentes diariamente, pelo menos três vezes ao dia após as refeições está tão enquadrado na nossa rotina diária que a gente muitas vezes faz tudo tão no automático e nem dá a devida atenção para o que está fazendo.

Mas será que você já reparou há quanto tempo faz que não troca a sua escova ou se ela realmente é a ideal para o seu tamanho de boca? E mais, sabe usar o fio dental de maneira correta, usa-o diariamente na mesma frequência da escova de dentes? Parecem perguntas simples de serem respondidas, mas infelizmente o que os odontologistas mas encontram na prática são problemas bucais relacionados à má escovação – ou a falta dela - , e também a práticas que prejudicam a saúde bucal, como escovar colocando muita força na mão, machucando a gengiva e até desgastando o esmalte dos dentes. Ou ainda, escovando num movimento só que não consegue alcançar os dentes em sua totalidade.


Bebê precisa escovar os dentes?

Dentre as muitas dúvidas que pairam entre os pais é se o bebê precisa escovar os dentes tão logo nasçam os primeiros dentinhos? Sim, é a resposta da odontologista Ronilza Matos, coordenadora do curso de especialização em Odontopediatria da Associação Brasileira de Odontologia (ABO) e professora de graduação em Odontologia da Universidade São Judas. “O ideal é que essa escova tenha cabeça e cabo emborrachados e que o cabo tenha uma boa envergadura para os pais segurarem e auxiliarem o bebê durante a escovação”, explica. Ela lembra ainda que desde bebê, a criança deve se habituar a ir ao dentista. “É interessante que a mãe vá ao consultório da odontopediatra ainda durante a gestação. O especialista fará uma orientação desde a higiene bucal até a dieta da mãe, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do bebê”, explica. E o momento ideal da primeira visita do bebê ao dentista pode ser nos primeiros dias de vida ou na erupção do primeiro dentinho. E o uso do fio dental vai no mesmo caminho. Tão logo os dentes de leite tenham nascido pode-se começar a usar o fio dental para fazer a higienização entre eles. “Ele servirá para higienizar melhor entre os dentes onde é comum juntar restos de comida. Mas é interessante que os pais auxiliem os filhos para se certificar que nenhum espaço ficou sem passar.”

A especialista lembra que é preciso prestar atenção na troca de dentes de leite pelos permanentes, em especial com os molares superiores, já que estes são os dentes que os adultos perdem com mais facilidade. “É recomendado fazer uma escovação mais direcionada, aplicação tópica de flúor, profilaxia profissional no consultório e selamento de fissuras”, recomenda.

 

Por que é tão importante higienizar corretamente?

A seguir, os odontologistas Luciene Cristina de Figueiredo, coordenadora do curso de especialização em periodontia da Associação Brasileira de Odontologia (ABO-SP) e professora titular do programa de pós-graduação em odontologia da Universidade Guarulhos (Cursos de Mestrado e Doutorado), o ortodontista Mario Capellette Junior, presidente da Associação Brasileira de Odontologia (ABO – SP) e professor do departamento de Otorrinolaringologia e Cirurgia de Cabeça e Pescoço da Universidade de São Paulo (USP),e Ronilza Matos, coordenadora do curso de especialização em Odontopediatria da Associação Brasileira de Odontologia (ABO- SP) e professora de graduação em Odontologia da Universidade São Judas, dão outras dicas sobre como deve ser a escovação de crianças e adultos. Confira:

- Assim como o adulto, o ideal é que a criança escove os dentes após cada refeição. Mas mesmo que ela diga que já sabe escovar sozinha – isso é muito comum a partir dos 5 anos, o ideal é que o pai ou um responsável acompanhe a criança durante a escovação ao menos uma vez ao dia para saber se todos os dentes estão sendo bem escovados, se o fio dental está sendo passado corretamente. O ideal é que este momento seja o da escovação noturna.

- Creme dental de adulto pode ser usado em criança. “O creme dental do adulto ele tem em média uma concentração de 1.500 PPM de flúor. Então a gente pode utilizar esse creme dental desde a infância. Não tem nenhum problema desde que a criança não estranhe o sabor de menta”, afirma a professora Ronilza Matos.

- Tão logo o bebê passe a escovar os primeiros dentinhos pode-se usar o creme dental com flúor, inclusive de adulto. O importante é que seja apenas na quantidade de um grão de arroz. A partir dos 3 anos, a quantidade passa a ser a partir de um grão de ervilha.

- Uma forma simples na hora da escolha da escova de dentes é considerar as cerdas macias e a cabeça de tamanho proporcional à boca. Indivíduos com boca pequena deve escolher uma escova de cabeça pequena. Por outro lado, indivíduos com uma boca maior também devem escolher uma escova maior.

- Na hora de escolher o fio dental, ele tanto pode ser fio encerado ou não-encerado. Os dois possuem características distintas, sendo um mais liso e outro áspero. Os dois são efetivos na remoção de biofilme dental. Outra questão relacionada ao fio dental é a espessura. O indivíduo deve escolher o fio dental com a espessura adequada ao espaço existente entre os dentes.

- É importante destacar que o uso do fio dental é indispensável tão como a escova de dentes, já que ele atinge regiões da boca inacessíveis pela escova. Usando-o de maneira correta, ele previne o aparecimento de tártaro, responsável famoso mau-hálito, além de diminuir o risco de gengivite e outras doenças periodontais.

- O fio dental deve ser utilizado antes de cada escovação convencional, sendo passado ao redor da base de cada dente, sempre ultrapassando a linha de junção do dente com a gengiva. “O manuseio cuidadoso do fio dental é importante para não machucar o delicado tecido gengival. Para cada dente sempre usar uma parte nova do fio dental”, explica a professora Luciene Figueiredo.

- Ficou resfriado, gripado ou teve covid-19? Assim que estiver curado, troque a escova de dente, pois o vírus pode sobreviver na escova por vários dias e você correr o risco de se autocontaminar.

- Existem outros acessórios que também podem ser usados durante a higiene bucal, como por exemplo, as escovas de tufos e interproximais, as escovas elétricas, os jatos de água entre outras opções. O cirurgião-dentista é o profissional certo para acompanhar o paciente na escolha desses outros meios auxiliares.

- Na hora da escovação faça movimentos vibratórios leves e curtos com a escova posicionada próxima à margem da gengiva, iniciando no último dente do lado esquerdo ou direito até atingir o lado oposto. Os mesmos movimentos devem ser repetidos no arco superior e inferior, e em todas as faces dos dentes. Sem esquecer de escovar também a língua.

- Pessoas que utilizam aparelho fixo, ortodôntico ou aparelhos alinhadores, devem utilizar o passa-fio dentro da rotina diária de higiene bucal e trocar a escova de dentes a cada três ou quatro semanas, no máximo, porque ela acaba sendo inutilizada com facilidade pela utilização do aparelho.

- É muito importante fazer a higienização nos aparelhos alinhadores ao menos uma vez ao dia. “Atualmente existem pastilhas efervescentes específicas para quem usa esse tipo de aparelho. É só deixá-lo de molho de três a cinco minutos, três vezes por semana, nessa solução, para remover as bactérias e complementar a higiene diária”, orienta o ortodontista Mario Capellete Junior.


Estudo aponta caminho para envolver pessoas com deficiência visual na prevenção de desastres ambientais

Pesquisadores da UFMT e do Cemaden mostram que a inclusão é necessária no desenvolvimento de políticas de prevenção para evitar a “invisibilidade” dessas pessoas e reduzir barreiras que intensificam a vulnerabilidade (foto: Giselly Gomes/GPEA)

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Relatório recente do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) apontou que quase metade da população global – de 3,3 bilhões a 3,6 bilhões de pessoas – vive em locais ou contextos altamente vulneráveis aos impactos das transformações do clima. E a desigualdade social acentua ainda mais essa vulnerabilidade.

Buscando entender os efeitos das desigualdades em programas de redução de riscos e prevenção a desastres ambientais, pesquisadores da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) desenvolveram um estudo qualitativo exploratório com foco em pessoas com deficiência visual.

Partindo do questionamento de como incluir essas pessoas na discussão de políticas de redução de riscos e de mitigação das mudanças climáticas, os cientistas concluíram que, apesar dos avanços legais, ainda há uma série de barreiras que comprometem a participação social em diferentes espaços, especialmente onde as decisões são tomadas. Esses obstáculos reforçam as relações de dependência desses indivíduos, além de perpetuar uma situação de “invisibilidade” do grupo.

“As pessoas com deficiência e as organizações que trabalham com elas são pouco incluídas em temáticas ambientais. Por outro lado, as instituições que lidam com esses temas não pensam em como criar formas e espaços para incluí-las. A invisibilidade é tamanha que não temos dados sobre o tema. Nem sequer o grupo tem sido envolvido em ações de prevenção a desastres ambientais e adaptação às mudanças climáticas. Esperamos que de algum modo esse estudo possa sensibilizar as instituições para desenvolver políticas mais inclusivas”, afirma à Agência FAPESP o sociólogo Victor Marchezini, pesquisador do Cemaden e um dos autores do trabalho.

A pesquisa, que recebeu apoio da FAPESP, foi publicada no International Journal of Disaster Risk Science. É resultado do doutorado da educadora ambiental Giselly Gomes, do Grupo Pesquisador em Educação Ambiental, Comunicação e Arte (GPEA) da UFMT.

“Ao estudar os riscos de desastres ambientais, aprendi que é fundamental ouvir essas pessoas. A partir do momento que elas participam do processo, a construção das políticas públicas segue outro caminho, mais inclusivo”, diz Gomes, que atualmente trabalha no Instituto dos Cegos do Estado de Mato Grosso (Icemat).

O instituto foi uma das três organizações que participaram e contribuíram com a pesquisa, desenvolvida desde 2017. As outras foram o Centro de Apoio e Suporte à Inclusão da Educação Especial (Casies) do Estado de Mato Grosso e a Associação Mato-Grossense dos Cegos (AMC).

Metodologia participativa

Inicialmente os cientistas identificaram as instituições em Cuiabá para mapear os locais de residência e de circulação das pessoas com deficiência visual na cidade. O objetivo era detectar se estavam expostas a áreas de risco, como deslizamentos e enchentes.

Capital do Estado de Mato Grosso, com uma população estimada em cerca de 623 mil moradores, Cuiabá enfrenta problemas de infraestrutura – reflexo da expansão urbana em áreas de proteção ambiental. Tem regiões de várzea sujeitas a inundações às margens do rio Cuiabá e seus afluentes, onde estão concentrados assentamentos informais, com população de baixa renda e sem estrutura adequada de saneamento e coleta de lixo, por exemplo.

Com base nos levantamentos realizados juntamente às instituições, os pesquisadores montaram mapas georreferenciados usando áreas de risco detectadas pela Defesa Civil e pelo Serviço Geológico do Brasil e cruzaram com os locais de residência e convívio de 21 pessoas com deficiência em Cuiabá e sete em Várzea Grande, na região metropolitana da capital mato-grossense.

Por fim, houve uma etapa com 15 entrevistas, incluindo perguntas sobre mudanças climáticas, risco de desastres, vulnerabilidade e o papel da educação. Outro ponto abordado foi a dependência que pessoas com deficiência visual têm para conseguir evitar ou enfrentar barreiras em caso de desastres ambientais, como enchentes, alagamentos e enxurradas.

“Quando meus filhos não estão comigo e vão para a casa do pai, eu nem saio de casa”, relatou aos pesquisadores uma mulher de 48 anos com visão parcial. “Seja de dia ou de noite, a gente sempre tenta estar com outras pessoas. Se acontecer um desastre, a maioria das pessoas vai estar no trabalho, na escola. [...] Se houver um incêndio, o alarme será acionado e iremos para fora, um ao lado do outro. Não vejo como criar algo específico para nós deficientes visuais, mas espero que tenha”, disse no depoimento um homem de 50 anos com visão parcial.

Os resultados preliminares foram compartilhados em um workshop, em 2018, com a participação de cerca de cem convidados, dos quais 60% eram pessoas com deficiência. Durante o evento, houve a proposta de criação de um aplicativo adaptado às necessidades de informação desses indivíduos.

Também foi desenvolvido um mapa de risco tátil, coproduzido com um professor e dois técnicos do Casies e revisado por especialistas em braille, sistema de leitura e escrita baseado em alfabeto cujos caracteres são pontos em relevo, distinguidos por meio do tato. A partir de seis pontos salientes é possível fazer 63 combinações para representar letras simples e acentuadas, pontuações, algarismos, sinais algébricos e notas musicais.

Os resultados finais foram: 1) método de mapeamento para identificar a exposição de pessoas com deficiência visual a deslizamentos e inundações e criar mapas táteis de risco adaptados a elas; 2) a incorporação de vozes desse grupo em relação às suas vulnerabilidades e capacidades frente aos impactos das mudanças climáticas e 3) uma iniciativa de educação inclusiva para reduzir barreiras incapacitantes que intensificam a vulnerabilidade.

Universo

De acordo com o Censo 2010, o último realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), quase 46 milhões de brasileiros (24% da população) declararam ter algum grau de dificuldade em pelo menos uma das habilidades – enxergar, ouvir, caminhar ou subir degraus – ou possuir deficiência mental/intelectual. Desse total, 18,8% apresentaram dificuldade para enxergar.

No entanto, esse contingente não aparece destacado entre os cerca de 8,2 milhões de brasileiros que vivem em 2,471 milhões de domicílios localizados em áreas de risco no país. Dados desagregados e mapas de perigos são considerados elementos básicos para a formulação de propostas e políticas públicas de redução de riscos de desastres.

Já a Política Nacional de Proteção e Defesa Civil (PNPDEC, lei nº 12.608/2012) prevê apenas que cabe ao Conselho Nacional de Proteção e Defesa Civil “propor procedimentos para atendimento a crianças, adolescentes, gestantes, idosos e pessoas com deficiência em situação de desastre”.

“Procuro no dia a dia fazer a provocação, por meio da educação, para incluir essas pessoas nos levantamentos e na formulação de políticas públicas. Por outro lado, ainda existe uma espera delas por resultados e inclusão. É preciso entender que, mesmo as situações de risco afetando a todos, alguns estão mais sujeitos e precisam falar sobre como são afetados”, completa Gomes.

No estudo, os pesquisadores apontam a necessidade de envolver esse público no planejamento de contingência e em exercícios de evacuação de locais. Nesse processo, a educação é considerada fundamental para transformar as instituições e aproximá-las das pessoas que precisam estar mais preparadas para situações de riscos ambientais.

“Gostaria que essa pesquisa fosse ampliada e que a temática fizesse parte da base curricular do ensino como forma de melhor preparar as pessoas e incluí-las”, afirma Gomes.

O artigo (In)visibilities About the Vulnerabilities of People with Visual Impairments to Disasters and Climate Change: A Case Study in Cuiabá, Brazil pode ser lido em: https://link.springer.com/article/10.1007/s13753-022-00394-6.

 

 

Luciana Constantino

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/estudo-aponta-caminho-para-envolver-pessoas-com-deficiencia-visual-na-prevencao-de-desastres-ambientais/38294/


Obstrução das vias aéreas é a primeira causa de morte acidental de bebês com até um ano de idade

 

Vigilância deve ser permanente
Freepik

Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul reforça orientações de como prevenir sufocação e engasgamento em crianças

 

O hábito de levar objetos à boca, em crianças com menos de 4 anos coloca essa faixa etária em um grupo com altíssimo risco de engasgos. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2018, 791 crianças de até 14 anos morreram vítimas de sufocação. Desse total, 600 tinham menos de um ano de idade.

O diretor científico e diretor do Programa de Reanimação Neonatal da Sociedade de Pediatria do Rio Grande do Sul (SPRS), Marcelo Porto. ressalta que manter a calma é a primeira coisa que os pais devem fazer ao perceberem que a criança engasgou. Uma dica importante, segundo ele, é não tentar enfiar o dedo na boca da criança para remover o objeto ou comida, pois podem empurrar o que está engasgando a criança, e se o engasgo tiver sido com obstrução parcial da via aérea, pode se transformar em obstrução total.

Se for um bebê com engasgo parcial, deve-se segurá-lo no colo em posição confortável e virado para quem está segurando, e não sacudir.

"Deve-se deixar chorar ou tossir, pois significa que está respirando, e logo ligar para pedir socorro (SAMU 192 ou Bombeiros 193). Já se for um engasgo com obstrução total, de novo manter a calma é fundamental. Telefonar para o SAMU, realizar manobra de desobstrução de via aérea para bebês até 1 ano. Para crianças maiores, o movimento é outro e chama-se manobra de Heimlich”, explica.

Os objetos pequenos são os grandes responsáveis por engasgos, sejam brinquedos, botões, moedas, brincos.

“Absolutamente tudo que uma criança pequena pega, vai para a boca, portanto devemos ter enorme cuidado com o que a criança manipula. Deve-se lembrar que brinquedos adequados para crianças maiores, que sejam pequenos, tenham peças que soltem, desmontem, não são bons para crianças pequenas”, completa

Crianças menores de quatro anos estão particularmente mais vulneráveis a sufocações e engasgamentos, pois suas vias aéreas superiores (boca, garganta, esôfago e traqueia) são pequenas e, nessa fase, têm a tendência natural de colocarem objetos na boca. Ainda nessa idade, possuem pouca experiência em mastigar e engolir, e seus dentes têm proporção menor que os de adultos, o que dificulta a mastigação apropriada dos alimentos. Além disso, entre bebês, a falta de habilidade de levantar a cabeça ou livrar-se de lugares apertados coloca-os em grande risco.

Veja aqui mais dicas de prevenção.

  

Julian Schumacher

 

Abril Roxo :: Adenomiose pode atingir mulheres de todas as idades

Especialista alerta sobre a importância do tratamento adequado para preservar a fertilidade
 

Embora seja bastante parecida com a endometriose, existe outra doença que também pode impactar a fertilidade feminina: a adenomiose. O Dr. Thiers Soares, especialista em endometriose, adenomiose e miomas, destaca a importância do Abril Roxo e fala sobre a atenção e conscientização sobre essa doença, que atinge cerca de 150 mil mulheres por ano e pode ser caracterizada como o crescimento da camada do endométrio (tecido que reveste o útero), de forma anormal na musculatura uterina.

Entre os sintomais mais comuns, estão a cólica mais forte que o normal e a dificuldade de engravidar e manter essa gestação - ou seja, mulheres que apresentam abortos espontâneos, assim com a distensão abdominal. O tratamento pode ser medicamentoso ou até mesmo cirúrgico. “Logo após o diagnóstico, os remédios tratam os sintomas mais comuns da mulher, como dor e sangramento. Vale ressaltar que a pausa da menstruação com hormônios também pode ajudar na qualidade de vida e estabilizar a evolução do quadro”, aponta Dr. Thiers Soares.

Agora, quando há o desejo de ser mãe, o especialista ressalta que o tratamento cirúrgico deve ser colocado em pauta o mais rápido possível. Claro, que é possível engravidar de forma natural após o procedimento, porém, como afirma o médico, “a cirurgia robótica é a via mais indicada para a ressecção da adenomiose, já que a técnica é muito mais precisa, e tem como finalidade dar mais qualidade de vida à mulher - além de garantir a fertilidade”, explica Soares.



Fatores de risco e possíveis causas para a adenomiose

A causa da adenomiose pode ser caracterizada por diversos fatores, como traumas uterinos - causados por cesáreas e/ou curetagens em casos de aborto espontâneo, por exemplo. Ainda, outra possibilidade é em mulheres que menstruaram antes dos 10 anos, ou seja, muito jovens. A multiparidade, ou seja, mais de duas gestações também pode ser um fator de risco para o desenvolvimento da doença. “O tratamento adequado e o diagnóstico preciso são as ferramentas mais adequadas para garantir o bem-estar e a qualidade de vida da mulher”, afirma Dr. Thiers Soares, especialista em adenomiose.


 


Dr. Thiers Soares - Graduado em Medicina pela Fundação Universitária Serra dos Órgãos (2001), Dr. Thiers Soares é médico do setor de endoscopia ginecológica (Laparoscopia, Robótica e Histeroscopia) do Hospital Universitário Pedro Ernesto (Universidade do Estado do Rio de Janeiro - UERJ). É membro honorário da Sociedade Romena de Cirurgia Minimamente Invasiva em Ginecologia, membro honorário da Sociedade Búlgara de Cirurgia Minimamente Invasiva, membro honorário da Sociedade Romeno-Germânica de Ginecologia e Obstetrícia e membro da diretoria e comitês de duas das maiores sociedades mundiais em cirurgia minimamente invasiva em ginecologia (SLS e AAGL). Designado para receber, no ano de 2021, o título de Doctor Honoris Causa, pela Universidade Victor Babe, na Romênia, o médico ainda será homenageado no Congresso Anual da SLS, programado para Nova York, em agosto deste ano, com o título de Honorary Chair. Também é Senior Medical Advisor do Luohu Hospital, em Shenzen, na China.



Saiba tudo sobre a vacinação contra a gripe

Foto: Marieli Prestes
O Pequeno Príncipe alerta para a importância da imunização, que é essencial para evitar as formas graves da infecção pelo vírus

 

Nesta segunda-feira, dia 4, o Ministério da Saúde dá início a Campanha Nacional de Vacinação Contra a Gripe 2022. Este ano, as doses aplicadas serão trivalentes e vão atuar na proteção contra as cepas H1N1, H3N2 e tipo B. O Pequeno Príncipe alerta para a importância da imunização, essencial para evitar as formas graves da infecção pelo vírus, principalmente nas crianças.

A influenza é uma infecção viral que afeta o sistema respiratório e com transmissão por meio do contato com gotículas respiratórias, sendo que o período de incubação da doença é de 1 a 4 dias. As crianças que vão tomar a vacina da gripe pela primeira vez deverão aguardar um período de 30 dias e tomar uma dose de reforço do imunizante. “A partir dos seis meses de idade, todas as crianças podem fazer a sua vacinação. No primeiro ano, elas vão tomar duas doses e nos anos seguintes elas irão receber apenas uma dose”, destaca a médica responsável pelo Centro de Vacinas Pequeno Príncipe, Heloísa Giamberardino.

No início do ano houve um grande aumento nos casos de gripe, causando uma grande preocupação especialmente com as crianças, isso porque elas ficam mais suscetíveis aos vírus pela proximidade com outras crianças, por terem menos noções de higiene e imunidade ainda em formação. “A vacinação é um compromisso do cidadão, pois além de ser um cuidado com a própria saúde, também vai estar protegendo toda a sua família, inclusive as crianças”, enfatizou Heloísa.

A especialista reforça ainda que a vacinação além de proteger, também reduz o risco de transmissão. “Devemos lembrar que o vírus da gripe também é pandêmico, com potencial de gerar um alto número de casos, por isso a vacina é tão importante, pois ela vai reduzir a transmissão e o risco de casos graves”, disse.

Vale ressaltar que quem tomou a vacina da gripe no fim de 2021, deve tomar as doses aplicadas a partir de abril, além de que doses de imunizantes diferentes também podem ser aplicadas no mesmo dia. “Não há a necessidade de fazer intervalo entre a aplicação da vacina da gripe e outros imunizantes, como por exemplo a da COVID-19. Isso facilita o acesso da população à vacinação e garante que façamos a aplicação das doses em tempo oportuno, ou seja, durante o período em que há a maior circulação dos vírus”, disse Heloísa.

A campanha do Ministério da Saúde será dividida em etapas, sendo que a primeira – de 4 de abril à 2 de maio – é destinada para idosos com 60 anos ou mais e para profissionais de saúde. Já a segunda etapa – de 3 de maio à 3 de junho – será destinada a crianças de 6 meses a menores de 5 anos, gestantes e puérperas, povos indígenas, professores, pessoas com comorbidades, pessoas com deficiência permanente, forças de segurança e salvamento e Forças Armadas, caminhoneiros e trabalhadores de transporte coletivo rodoviário de passageiros urbano e de longo curso, trabalhadores portuários, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.


Fique atento aos sintomas causados pelos vírus do grupo influenza:

- Coriza,

- Tosse,

- Irritação na garganta,

- Dor de cabeça, e

- Dor no corpo.

  

Centro de Vacinas do Pequeno Príncipe


Nova vacina da gripe chega para evitar surtos de doenças respiratórias

Novo imunizante vai proteger contra a cepa Darwin do tipo A (H3N2), que, nos últimos meses, gerou aumento de casos e internações no Brasil


          Chegou aos laboratórios e clínicas privadas do Brasil, a nova vacina da gripe que vai proteger contra os tipos de influenza que circularam no inverno no hemisfério norte, incluindo a cepa Darwin do tipo A (H3N2), que provocou nos últimos meses o aumento de casos de doença no país, alguns graves com várias internações. O diretor do Laboratório São Paulo e médico hematologista e patologista clínico, Daniel Dias Ribeiro, destaca a importância de se tomar a vacina da gripe para que as pessoas se protejam e também é uma forma de ajudar os profissionais da área da saúde a identificar os sintomas de quem está gripado ou com o vírus da Covid-19.

          Daniel Dias Ribeiro destaca que é importante que as pessoas tenham o cartão de vacinação em dia e tomem a vacina da gripe anualmente, já que como a influenza é um vírus extremamente sujeito a mutações, todos os anos precisamos nos imunizar para estimular a produção de anticorpos contra as novas variantes. “Vacinando contra a gripe, vamos diminuir muito a incidência de sintomas que são comuns a influenza e a Covid-19 na população. Assim, reduzimos o montante de pessoas que poderiam estar nos prontos atendimentos, além de ajudar o diagnóstico diferenciado”, explica o diretor do Laboratório São Paulo.

          Na rede privada, a vacina da gripe é a quadrivalente com duas cepas de vírus A e duas cepas de vírus B (AH1N1 + AH3N2 + B + B). O Dr. Daniel Dias Ribeiro, explica a importância de se tomar a vacina antes do inverno. “É importante vacinar as pessoas antes do período de maior incidência das doenças respiratórias, assim teremos tempo de desenvolver anticorpos e diminuir o número de casos e a gravidade destes. A vacina é indicada para todas as pessoas a partir dos seis meses de vida, principalmente aquelas de maior risco para infecções respiratórias, que podem ter complicações e a forma grave da doença”, explica o diretor do Laboratório São Paulo. A vaci na só é contraindicada para pessoas com alergia grave (anafilaxia), a algum componente da vacina ou à dose anterior.

Homens são menos atentos à saúde das pernas do que as mulheres

Demora na procura por um especialista vascular pode agravar os casos de varizes em indivíduos do sexo masculino

 

A doença prejudica a circulação de sangue dos membros ao coração, motivo pelo qual acontecem as possíveis doenças vasculares. De acordo com o cirurgião vascular e membro da Comissão de Flebologia Estética da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular - Regional São Paulo (SBACV-SP), Dr. Álvaro Pereira de Oliveira, as varizes são veias dilatadas, de coloração arroxeada ao longo das pernas, que provocam edemas, inchaço, sensibilidade e, se não tratadas, podem acarretar sérias complicações.Os homens, por visitarem o médico com menos frequência, acabam tomando conhecimento da existência de doenças, muitas vezes, em um estágio mais avançado, como no caso das varizes. O problema, popularmente associado às mulheres, também atinge até 60% dos indivíduos do sexo masculino.

“As principais queixas dos homens relacionadas às varizes são dor, peso, cansaço nas pernas ao final do dia, edema no tornozelo e terço distal das pernas. O agravamento das varizes pode originar outras doenças, como telangiectasias, tromboflebite, alterações da pele como eczemas, fibrose e úlceras”, informa o especialista.

A falta de movimentação das pernas e as altas temperaturas, situações em alguns ambientes de trabalho, são fatores que prejudicam a saúde das veias, principalmente aos que já possuem histórico familiar, revela o profissional. “Ficar em pé, com poucos movimentos, várias horas por dia, temperatura alta e baixa altitude pioram, acelerando a evolução da doença de varizes”, diz Dr. Álvaro.

 

Varizes também são problemas masculinos

Segundo o cirurgião vascular, os homens são menos preocupados com a saúde e acabam atrasando a visita a um especialista. “Os sintomas são semelhantes aos das mulheres, mas, no caso dos homens, frequentemente aparecem em fases mais avançadas. Como elas procuram tratamento para esse problema mais precocemente, em função da questão estética, eles acabam tendo mais queixas, por adiar o tratamento”, afirma.

 

Prevenção e tratamento das varizes

Hábitos saudáveis e uma rotina de exercícios ativa - realizados com orientação correta - é a melhor maneira de prevenir o aparecimento das varizes, principalmente para quem já possui histórico da doença na família. Ingerir bastante líquido, evitar permanecer muito tempo na mesma posição - seja em pé ou sentado. 

No tratamento, o médico pondera o uso de meias elásticas. “Para quem já tem veias aparentes, o uso de meias elásticas adia a evolução da doença, além de reduzir os sintomas. As meias compressivas são muito bem aceitas pelos homens. Nós, habitualmente, já usamos meias, e as elásticas não são muito diferentes. Praticamente não prescrevemos meias acima do joelho. As meias abaixo do joelho respondem por 95% das prescrições para os homens”, explica.

O presidente da SBACV-SP, Dr. Fabio H Rossi, alerta que as varizes ainda podem estar associadas a diagnósticos mais graves. “O que até pouco tempo se achava que seria uma complicação de baixo risco, estudos têm demonstrado que essa doença pode também provocar embolia pulmonar, e ainda ser o primeiro sinal do desenvolvimento de um câncer. Além disso, hoje sabemos que a presença das varizes nos membros inferiores aumenta as chances de trombose e embolia pulmonar em até cinco vezes”, declara.

Ficar atento aos sinais do corpo e realizar visitas regulares ao médico são recomendações  fundamentais em todos os casos, para diagnosticar e prevenir problemas mais graves. A SBACV-SP tem como missão levar informação de qualidade sobre saúde vascular para a população. Para outras informações acesse o site, o Facebook ou Instagram.

 

 

Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular – Regional São Paulo – SBACV-SP

 

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