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segunda-feira, 21 de março de 2022

Linhas 4-Amarela e 5-Lilás alertam passageiros e colaboradores sobre a Neuromielite Óptica

Exposição compõe as ações da Campanha Março Verde para a conscientização sobre a patologia, que afeta o sistema nervoso central

Cartaz da campanha "Março Verde"

A ViaQuatro - responsável pela manutenção e operação da Linha 4-Amarela de metrô - e a ViaMobilidade - Linha 5-Lilás -, em parceria com a Associação Crônicos do Dia a Dia (CDD), realizam a exposição Março Verde. A mostra está nas estações Faria Lima, Linha 4-Amarela, e Borba Gato, Linha 5-Lilás, até dia 30 de março, com vinte imagens informativas sobre a neuromielite óptica (NMO). 

Os cartazes expõem informações sobre a NMO, doença autoimune que atinge o sistema nervoso central, em maior parte, os nervos ópticos e a medula espinhal. Como essa é uma doença rara e sem cura, a curadoria trouxe informações para esclarecimento e cuidados com os sinais. 

Para tanto, a exposição traz a hashtag #NãoMenosprezeOsSinais como lema. Os cartazes anunciam sintomas que podem ser os sinais a se atentar e aqueles que não. Além disso, estão publicados testemunhos de pessoas que convivem com a doença, revelando que “ter o diagnóstico de uma doença neurológica, inflamatória e recorrente, rara, grave e ainda sem cura não é uma sentença de morte", como afirma Daniele Americano, que convive com a NMO há 10 anos. 

“Fizemos a exposição nas estações de metrô para falar sobre a Neuromielite Óptica porque, apesar de poder também afetar a visão, ela possui uma série de outros sinais e sintomas, como perda de sensibilidade, formigamentos, dificuldade de locomoção. Um dos objetivos é dar visibilidade para a vivência com a patologia, que envolve uma série de questões para além dos sintomas visuais, contribuir para diagnósticos mais precoces e uma maior conscientização da sociedade sobre a patologia”, afirma Bruna Rocha, Gerente Geral da Associação Crônicos do Dia a Dia. 

Em março, é comemorado o Dia Mundial de Optometria, área da Saúde focada nos olhos. Então, para ressaltar a relevância do cuidado com eles, as associações CBOO (Conselho Brasileiro de Óptica e Optometria), WCO (World Council of Optometry), ALDOO (Asociación Latinomericana de Optometría y Óptica) e entidades estaduais filiadas formaram uma parceria para criar a Campanha Março Verde: Conscientização em Saúde Visual - unindo à homenagem a necessidade de se prevenir. 

Estudos apontam que mais de 96 milhões de brasileiros sofrem com problemas de visão. Desse montante, cerca de 6 milhões são crianças em idade escolar, desassistidas pela falta de implementação de um programa eficaz de saúde. 

Para Juliana Alcides, gerente de Comunicação e Sustentabilidade da ViaQuatro e ViaMobilidade, a exposição é uma forma de garantir a saúde e bem-estar de todos. “O cuidado e o bem-estar de seus clientes são premissas das duas concessionárias que buscam ser referência em mobilidade humana, por isso, ao falar sobre a NMO, queremos que as pessoas possam conhecer um pouco mais sobre a importância do ‘Março Verde’ e informar a população sobre como determinadas doenças podem ser identificadas e, posteriormente, tratadas”, diz.

 

Serviço:

Exposição “Março Verde” - Associação Crônicos do Dia a Dia - até dia 30 de março

Estação Faria Lima - Linha 4-Amarela

Estação Borba Gato - Linha 5-Lilás


Metrô recebe ação "Março Roxo" para conscientizar sobre a epilepsia

 "Mitos e Verdades" é tema de campanha de conscientização da Epilepsia em exposição nas linhas Amarela e Lilás do metrô de São Paulo


 

A Associação Brasileira de Epilepsia (ABE), em parceria com a ViaQuatro (Linha 4 - Amarela) e a Via Modalidade (Linha 5 - Lilás), concessionárias do Metrô de São Paulo, promovem a campanha "Mitos e Verdades", que tem por objetivo esclarecer as principais dúvidas e combater fake news sobre a doença. A iniciativa se estende por todo o mês de março, tendo como data principal o dia 26 deste mês, quando se comemora o Dia Mundial de Conscientização sobre a Epilepsia (Purple Day). De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a epilepsia atinge mais de 50 milhões de pessoas no mundo.

Segundo as experiências da ABE nos últimos dois anos, a disseminação de informações incorretas tem contribuído para uma visão errônea da doença, aumentando o descaso por parte da sociedade e do poder público. Sem contar que, com a pandemia, assim como aconteceu com outras enfermidades, houve um represamento nos tratamentos, atendimentos e aquisição de medicamentos e nem todos tiveram acesso à telemedicina, afetando a qualidade de vida dos pacientes.

“Apesar da maioria das pessoas com epilepsia ter condições de levar uma rotina sem restrições, são necessários o acompanhamento periódico de especialistas e o uso de remédios para o controle, e independente da gravidade do caso, a empatia dos familiares, dos amigos, colegas e de quem estiver ao lado é tão importante para os pacientes quanto o próprio tratamento médico. Esse é um dos propósitos que queremos enfatizar com a campanha, levando conhecimento sobre uma doença que não tem tido a mesma atenção da sociedade em comparação com outras”, diz Maria Alice Susemihl, presidente da ABE.

Com comunicação objetiva, que tem como marca a cor roxa, para remeter ao mês de conscientização, cada painel traz diferentes mensagens e estimula o público a conhecer os “Mitos e Verdades” sobre a epilepsia. Além disso, nos comunicados há imagens de pessoas comuns, de todas as idades e gêneros, reforçando que a epilepsia não atinge um único perfil de pessoas.

A ação teve início no começo de mês nas estações Grajaú, São Paulo Morumbi, Osasco e Largo Treze. Nos dias 23 e 25 de março acontecerão ações presenciais para disseminar os primeiros socorros, com distribuição de informativos que reforçam os cuidados imediatos que devem ser prestados a uma pessoa com crise convulsiva.

Saiba mais sobre epilepsia no site: https://epilepsiabrasil.org.br/


Dia Mundial da Infância

Crianças em tratamento oncológico precisam ter rotina acolhedora


SOBOPE ressalta a importância da infância no desenvolvimento dos pequenos e dá dicas para tornar a rotina de tratamento menos agressiva


Nesta segunda-feira, 21 de março, é celebrado o Dia Mundial da Infância. A Sociedade Brasileira de Oncologia Pediátrica (SOBOPE) tem o compromisso de reforçar a importância da primeira etapa de vida dos pequenos e garantir a atenção e assistência às crianças e adolescentes em tratamento oncológico, valorizando a preservação da infância.
 

O Instituto Nacional de Câncer (INCA) estima que para cada ano do triênio 2020/2022, sejam diagnosticados no Brasil 8.460 novos casos de câncer infanto-juvenis (4.310 em meninos e 4.150 em meninas), o que corresponde a um risco estimado de 137,87 casos novos por milhão no sexo masculino e de 139,04 por milhão para o sexo feminino. 

Segundo a Dra. Arli Pedrosa, psicóloga e membro da SOBOPE, é fundamental que os elementos infantis estejam presentes no tratamento contra o câncer. A criança deve poder contar com profissionais habilitados e treinados na equipe de atendimento, além de terapeutas ocupacionais, bibliotecários, professores, psicólogos e voluntários. 

"A criança em tratamento oncológico não vai deixar de ser criança em nenhum momento. Deve ter os seus direitos preservados, precisa sonhar, ter acesso a brinquedos. Isso facilita o lidar com o imaginário e as fantasias próprias da infância, o que ajuda no processo de enfrentamento de um momento extremamente delicado e difícil da sua vida", afirma.

Para a especialista, é de extrema relevância que os pequenos estejam sempre na companhia de seus familiares e amigos, além de ter tarefas em seu dia a dia para estabelecer uma rotina mais próxima do "normal" e, assim, poderem se distrair e tirar um pouco o foco do tratamento. 

"A criança pode fazer tudo que o organismo dela permitir. As limitações diferem para cada situação e fase do tratamento. Algumas ficam mais fatigadas e indispostas, algumas medicações alteram o humor e comportamento, mas não existem proibições. Ela é o termômetro para realizar o que a condição física permitir, nada é proibido, apenas os excessos", aconselha a profissional. 

Transparência é outra condição fundamental. A Dra. Arli recomenda sempre ser sincero com a criança e esclarecer o que está acontecendo: "Explicar qual a doença, como será o tratamento, falar sobre as medicações e seus efeitos colaterais. Estabelecer uma rotina, que nem sempre vai ser a mais agradável, mas que pode e deve ter o elemento de acolhimento. É preciso estar presente e descobrir, juntos, qual a melhor forma de enfrentar o dia a dia".


No Dia Mundial da Água, descubra sua importância para o bom funcionamento do sistema digestivo

 Mestre em nutrição fala sobre o papel do consumo do líquido em cada etapa da digestão

 

Nos últimos anos, o assunto saúde intestinal ganhou relevância com a publicação de vários trabalhos científicos sobre a importância de manter um "microbioma intestinal" saudável -- conjunto de bactérias que habitam o trato digestivo e influenciam em vários sistemas do corpo. 

A partir daí, foram divulgadas diversas recomendações sobre como melhorar ainda mais o funcionamento do aparelho digestivo, como o consumo de probióticos (bactérias "boas") e de prebióticos, fibras que servem de "alimento" para essas bactérias e que nos ajudam a eliminar resíduos. Sem contar a ingestão de água, essencial para várias funções do nosso organismo, inclusive para melhorar esse processo do início ao fim. 

A mestre em Nutrição e diretora sênior global de Educação e Treinamento em Nutrição da Herbalife Nutrition, Susan Bowerman, explica em detalhes como o consumo da água influencia em cada etapa da digestão:

 

Como a água ajuda no processo digestivo? 

Por ser um dos principais componentes da saliva, o líquido participa desde o início, ajudando a amolecer os alimentos, tornando-os mais fáceis de mastigar e engolir. Também é um veículo para as enzimas iniciarem o processo de quebra química de gorduras e carboidratos durante a mastigação. 

A água também está nos sucos gástricos liberados pelo estômago. Suas enzimas atuam na quebra de proteínas e carboidratos dos alimentos para seguirem sua jornada até o intestino delgado, onde acontece a maior parte do processo de digestão dos alimentos.

 

Consumir água na refeição atrapalha a digestão? 

É mito a ideia de que beber água com comida dilui os sucos digestivos ao ponto deles não poderem fazer seu trabalho. Na verdade, consumir líquidos adequados com alimentos ajudará a melhorar o processo. A água também é necessária para produzir o muco que reveste o estômago e o protege dos sucos digestivos altamente ácidos.



Como a água participar da função do intestino?

À medida que o alimento segue pelo intestino delgado, secreções aquosas com enzimas são enviadas por meio da parede intestinal, do pâncreas e do fígado para acelerar os processos químicos de absorção dos produtos finais da digestão: aminoácidos das proteínas, ácidos graxos das gorduras e moléculas individuais de açúcar dos carboidratos ingeridos. “A maior parte da absorção de nutrientes acontece no intestino delgado, após os nutrientes digeridos passarem para o ambiente aquoso da corrente sanguínea”, explica Susan. 

O processo digestivo continua no intestino grosso, onde a água também tem sua importância. Por exemplo, as fibras solúveis consumidas por meio de alimentos como aveia, feijão e cevada se dissolvem no meio líquido, incham e ganham volume. Já as insolúveis, que estão nos grãos integrais e na maioria dos vegetais, tendem a reter e atrair água, contribuindo para melhorar os movimentos intestinais. Nessa região é onde a maioria dos minerais são absorvidos, processo que é facilitado pelo ambiente aquoso. 

“Vale reforçar que, além do consumo adequado de água, fibras e probióticos, a prática de exercícios também é importante para estimular os músculos lisos do trato digestivo, fazendo com que o sistema funcione corretamente”, complementa a mestre em nutrição.

 

 

Susan Bowerman - Diretora Sênior Global de Educação e Treinamento em Nutrição da Herbalife Nutrition. Estudou biologia com honras na Universidade do Colorado e se titulou como Mestre em Ciência e Nutrição de Alimentos pela Universidade Estadual do Colorado. É nutricionista certificada pela Academia de Nutrição e Dietética como especialista em Nutrição Esportiva, Obesidade e Controle de Peso; Também é membro da Academia e diretora assistente do Centro de Nutrição Humana da UCLA e atua como professora assistente de nutrição na Universidade Pepperdine e professora de nutrição do Departamento de Ciência e Nutrição de Alimentos da Universidade Politécnica Estadual da Califórnia.


 

Herbalife Nutrition

irherbalifecom


Teste cardiopulmonar pode sinalizar precocemente doenças respiratórias em pessoas obesas

 

Pesquisa feita na Unifesp mostra que a obesidade não influencia respostas ventilatórias durante o exame. A detecção de parâmetros anormais, portanto, pode sinalizar distúrbios na respiração antes mesmo do aparecimento de sintomas (fotos: Epimov)

 

O teste de exercício cardiopulmonar (TECP), também conhecido como ergoespirometria, pode ajudar a sinalizar precocemente doenças respiratórias em pessoas obesas. Esse foi o principal achado de uma pesquisa desenvolvida para avaliar a influência da obesidade em respostas fisiológicas obtidas durante o teste.

A ergoespirometria é um exame que associa o teste ergométrico convencional com a análise do ar expirado pelo indivíduo, o que permite a obtenção de medidas como a capacidade de consumo de oxigênio pelos pulmões (VO2), a produção de gás carbônico (VCO2), a frequência respiratória e a ventilação pulmonar. Identifica em qual faixa do condicionamento aeróbico a pessoa se encontra. Por isso, é indicado para avaliação inicial em programas de exercícios físicos, tanto na prática clínica como para atletas amadores ou de alta performance.

O estudo mostrou que os resultados das principais respostas ventilatórias permaneceram inalterados em voluntários com obesidade quando comparados aos não obesos. Um exemplo é a relação entre o volume expirado por minuto (VE) e o VCO2, que teve média de 25,4 e 25,6, respectivamente. Essa variável representa a quantidade de ventilação utilizada para eliminar uma dada quantidade de gás carbônico ao longo de todo o teste e indica a eficiência ventilatória.

Ou seja, a obesidade não influencia essa variável. Portanto, valores anormais nesse caso podem ser úteis na detecção precoce de distúrbios respiratórios e dar sinais de problemas quando a pessoa ainda não apresenta sintomas, independentemente da obesidade.

No entanto, como esperado para a quase totalidade das dezenas de variáveis máximas e submáximas avaliadas no teste, a obesidade influenciou negativamente no desempenho dos indivíduos. As mais influenciadas foram as cardiovasculares, metabólicas e de troca gasosa.

O trabalho, publicado na revista PLOS ONE, foi realizado por pesquisadores do Departamento de Ciências do Movimento Humano da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), no campus de Santos, com apoio da FAPESP. Também contou com a participação de três médicos pesquisadores do Instituto Angiocorpore de Medicina Cardiovascular, em Santos.

“O teste de exercício cardiopulmonar ainda é subutilizado em pacientes com obesidade. Pode apontar muitas variáveis e tem um grande potencial diagnóstico e pré-diagnóstico que não é explorado de maneira adequada. Mostramos com o estudo que, se a eficiência ventilatória estiver alterada, é muito provável que seja uma doença respiratória incipiente e não uma consequência da obesidade”, afirma o professor Victor Zuniga Dourado, coordenador do Laboratório de Epidemiologia e Movimento Humano (Epimov) da Unifesp e orientador da pesquisa.

Segundo ele, o teste não indica especificamente o tipo de doença, mas pode ser usado como um exame potencial para identificar precocemente as causas da intolerância ao exercício e possibilitar o encaminhamento do paciente a um médico especialista para um diagnóstico mais preciso.

“Há alterações respiratórias que demoram para serem detectadas em repouso. O exercício é um ótimo desafio para identificá-las no início. Nossos resultados têm grande aplicabilidade prática na identificação de limitação ao exercício, sobretudo ventilatória, independentemente do sobrepeso e da obesidade”, explica o professor.

Para Bárbara de Barros Gonze, primeira autora do trabalho (resultado de seu mestrado), uma das inovações foi a avaliação das respostas fisiológicas máximas e submáximas durante o teste, que variam de acordo com o preparo físico de cada pessoa.

“Os dados submáximos não necessitam de esforço máximo para serem obtidos, por isso podem ser úteis no diagnóstico precoce de limitações na tolerância ao exercício, sobretudo para pessoas com menos aptidão física ou alguma doença crônica. No trabalho, mostramos que a medida e a interpretação das respostas submáximas no teste podem ser incentivadas na rotina da prática clínica”, diz Gonze.

Zuniga Dourado também destaca o número de testes incluídos na análise. “Até onde sabemos, este é o primeiro estudo a investigar a influência da obesidade, de acordo com a gravidade e ajustada pelos principais fatores de risco cardiovascular, nas respostas fisiológicas dinâmicas obtidas no TECP em uma amostra robusta”, escrevem os pesquisadores no artigo.


Como foi feito

O grupo realizou um estudo transversal, no qual foram analisados 1.594 TECPs de adultos (sendo 755 participantes obesos) obtidos entre 2013 e 2018. Os testes são do banco de dados do ambulatório de Endocrinologia do Instituto Angiocorpore e do Epimov, cujo objetivo é investigar a associação entre baixo nível de atividade física e baixa aptidão física com o desenvolvimento de doenças e condições crônicas, especialmente as cardiovasculares, respiratórias e musculoesqueléticas.

A obesidade é uma doença crônica, caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura no corpo. Para o diagnóstico em adultos, o parâmetro mais usado é o do índice de massa corporal (IMC), que é calculado dividindo o peso da pessoa (em quilos) pela altura (em metros) elevada ao quadrado.

Indivíduos com excesso de peso têm IMC de 25 a 29,9 kg/m². Índice igual ou acima de 30 kg/m² é considerado obesidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Um dos principais problemas de saúde pública no mundo, a obesidade mais que dobrou em 17 anos no Brasil, atingindo também cada vez mais crianças e jovens. O percentual de adultos com a doença passou de 12,2% para 26,8% entre 2002 e 2019. Incluindo os com excesso de peso, a taxa cresceu de 43,3% para quase 62,1%, representando cerca de 96 milhões de brasileiros, de acordo com a Pesquisa Nacional de Saúde 2019.

O IMC elevado é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares, distúrbios musculoesqueléticos, câncer e, mais recentemente, também está ligado ao agravamento da COVID-19.

Na pesquisa, o critério de inclusão dos voluntários foi a ausência de doenças cardíacas, pulmonares ou locomotoras previamente diagnosticadas. As variáveis obtidas entre os grupos de “não obesos” (peso normal e sobrepeso) e de “obesos” foram comparadas por meio de análises de covariância multivariada.

Realizado em esteira rolante motorizada, o teste seguiu um protocolo de rampa individualizado. As mesmas variáveis de cada participante foram consideradas para aumentar automaticamente a velocidade e a inclinação, que começaram com 3 km/h e 0%, respectivamente.

Com base na idade, sexo, massa corporal, altura e nível de atividade física, o software estimou o VO2 (capacidade máxima de consumo de oxigênio pelos pulmões).

Em repouso, um indivíduo adulto tem um VO2 estimado em cerca de 3,5 ml/min-1 kg, também chamado de equivalente metabólico (MET). Um homem saudável alcança no esforço um VO2 máximo em torno de 35 a 40 ml/min-1 kg e mulheres entre 27 e 30 ml/min-1 kg, enquanto atletas de elite atingem 70 ml/min-1 kg.

Na pesquisa, os pacientes com peso normal tiveram, em média, VO2 máximo de 39,6 ml/min-1 kg, caindo para 33,8 ml/min-1 kg nos indivíduos com sobrepeso. Para as pessoas com IMC maiores, chegou a ficar em 19,2 ml/min-1 kg.

Antes do esforço até a exaustão, o voluntário permanece 3 minutos em repouso, permitindo uma avaliação inicial das medidas basais. Em seguida, o TECP máximo ou limitado por sintomas visa a levar o paciente à exaustão no período de 8 a 12 minutos de exercício, seguidos de 3 a 6 minutos de recuperação.

Durante o exame é feita uma avaliação contínua do sistema cardiovascular, respiratório e locomotor, obtendo resultados quando o organismo é submetido ao esforço físico. Também auxilia na investigação médica de doenças não diagnosticadas de forma clara em repouso.

O artigo Dynamic physiological responses in obese and non-obese adults submitted to cardiopulmonary exercise test pode ser lido em: https://journals.plos.org/plosone/article?id=10.1371/journal.pone.0255724.

 

 

Constantino

Agência FAPESP

https://agencia.fapesp.br/teste-cardiopulmonar-pode-sinalizar-precocemente-doencas-respiratorias-em-pessoas-obesas/38176/


Síndrome de Down: preconceito ainda é o maior obstáculo

De acordo com o Ministério da Saúde, no Brasil, 270 mil pessoas são acometidas por essa alteração genética

O 21 de março foi escolhido como o Dia Internacional da Síndrome de Down porque sua escrita – 21/3 – faz alusão à alteração genética que causa a trissomia 21.
Divulgação

 

"Uma vez atendi uma ligação no consultório, de uma mãe preocupada porque seu filho tinha lhe perguntado: mãe, eu sempre serei ‘só’ um down? Nunca esqueci dessa frase”, conta a psicóloga Verônica de Fátima Salvalaggio, do Plunes Centro Médico, de Curitiba (PR). 

Para a profissional, o testemunho dessa mãe ensina que a condição genética da Síndrome de Down não pode estar acima da pessoa. “Ensina, ainda, que as perguntas humanas fundamentais não poderiam faltar em uma pessoa com Síndrome de Down: ‘o que eu sou para o outro?’ e ‘o que esperam de mim?’”. 

O 21 de março foi escolhido como o Dia Internacional da Síndrome de Down porque sua escrita – 21/3 – faz alusão à alteração genética que causa a trissomia 21. A data consta na agenda das Organizações Unidas (ONU), desde 2011 mas somente em 2022 passa a ser incluída no calendário brasileiro, instituída como  Lei 14. 306. 

De acordo com o Ministério da Saúde, no país 270 mil pessoas são acometidas por essa alteração genética. No mundo, a incidência estimada é de um em 1 mil nascidos vivos. E, embora conhecida da maioria, da população, a Síndrome de Down ainda é pouco compreendida e enfrenta preconceitos. 

“Ela é uma condição genética que carrega determinadas características já bem conhecidas, como a estatura baixa, traços faciais, perfil cognitivo, certa peculiaridade na fala e possíveis alterações cardiológicas e da tireóide. Nada que impeça essas pessoas de seguir a vida e cuidar dos seus próprios interesses”, explica a psicóloga do Plunes. 

Segundo Verônica, uma criança, um jovem ou um adulto com Síndrome de Down é, acima de tudo, uma pessoa com suas alegrias e tristezas, realizações e dificuldades, medos e ousadias. 

“A alegria do abraço, o medo do abandono, a surpresa das descobertas, a culpa pela raiva, a realização de um sonho, são experiências vividas por todos, com ou sem síndrome”, diz ela.  

 

Acolhimento e respeito 

A Síndrome de Down é uma alteração genética que ocorre durante a divisão embrionária do cromossomo 21. Foi descrita pelo médico britânico John Langdon Down, que lhe deu o nome, mas somente em 1959, quase 100 anos depois, que o pediatra francês Jerôme Lejeune descobriu sua causa genética: a trissomia do cromossomo 21. 

A inclusão plena e efetiva das pessoas com Síndrome de Down na sociedade é um desafio global, a começar pela falta de entendimento sobre o que é inclusão e como praticá-la cotidianamente. 

“Todos merecem comemorar seus feitos e vitórias. Merecem também ter a oportunidade de cuidar e tratar das suas incertezas, aflições e inquietudes. Encontrar uma escuta que acolhe e respeita faz diferença na vida de qualquer pessoa que queira se ocupar dos temas essenciais de sua existência”, afirma Verônica.


Veja como cuidar da voz no outono

Fonoaudióloga que atende pelo GetNinjas elenca dicas para evitar dor de garganta e rouquidão

 

Com a chegada do outono, é comum que as pessoas fiquem roucas ou com dores de garganta, isso tem relação direta com a queda nas temperaturas e com o tempo seco, características que variam durante esse período. Pensando em ajudar as pessoas a diminuírem os impactos da estação na voz e a promover cuidados vocais, a Liliane Lopes, fonoaudióloga que atende pelo GetNinjas, maior aplicativo de contratação de serviços do país, elencou algumas dicas de como cuidar da voz. Confira: 

Dica 1: Poupe a voz e procure não falar tão alto;

Dica 2: Evite fumar;

Dica 3: Afaste-se do ar condicionado;

Dica 4: Faça inalação com vaporizador ou aproveite o vapor de uma chaleira com água quente;

Dica 5: Evite líquidos e alimentos muito gelados ou muito quentes; 

Dica 6: Beba bastante líquido, principalmente água, e prefira chás mornos; 

Dica 7: Evite as bebidas alcoólicas e as com gás; 

Dica 8: Coma maçã; 

Dica 9: Evite excesso no consumo de leite e derivados, pelo menos no período da manhã. 

#DICANINJA: “Muitas pessoas acreditam que o conhaque, auxilia a garganta durante o frio. Mas assim como qualquer outra bebida alcoólica, produz ácido clorídrico, o que é prejudicial para as cordas vocais”, explica a fonoaudióloga.

Se mesmo com todos esses cuidados, você perceber que está ficando doente, procure um médico para fazer o tratamento adequado. No caso dos profissionais que trabalham com a voz, é essencial fazer um acompanhamento com fonoaudiólogos.


Dia Internacional do Síndrome de Down


A Síndrome de Down é uma alteração genética na qual, em vez de 46 cromossomos (ou 23 pares), a pessoa apresenta 47, ou seja, 22 pares e um trio - no cromossomo 21. Em razão disso, a síndrome também é conhecida como "Trissomia do 21"; assim considerada como uma alteração genética e não uma doença. Essa alteração faz com que os portadores da síndrome tenham características físicas muito semelhantes, porém, com personalidade e singularidade únicas. 

O Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado no dia 21 de março, já fazia parte até mesmo do calendário da ONU e, agora, foi instituído oficialmente no Brasil. Esse dia (21/03) foi escolhido justamente por fazer referência aos 3 cromossomos no par 21. A comemoração tem como principal objetivo informar a sociedade (derrubando preconceitos) e dar visibilidade aos portadores, evidenciando suas inúmeras capacidades e habilidades. 

O conhecimento médico-científico muito contribuiu para a expectativa e a qualidade de vida de seus portadores, gerando também significativos avanços na reflexão e inclusão das pessoas na mídia em geral, no esporte e também na publicidade, pois marcas como a espanhola Zara, a norte-americana Victoria’s Secret e a francesa L´oreal de Paris já contam com modelos com a síndrome trabalhando por elas (inclusive, brasileiras como a Maria Julia Araújo e Georgia Furlan Traebert, entre outras). 

E como podemos ajudar? Trabalhando para a construção de famílias, escolas e uma sociedade que, com mais respeito e consciência, preocupe-se com a estimulação precoce (não só física e cognitiva, mas principalmente afetiva) para que assim possamos assistir crianças, jovens e adultos portadores da síndrome vivendo em plenitude com mais confiança, autonomia e liberdade.


 

Thaís Zardo - pediatra e professora do curso de Medicina da Faculdade Evangélica Mackenzie do Paraná (FEMPAR).

Trissomia 21: crianças com a síndrome de Down precisam de intervenção precoce

Dia Internacional da Síndrome de Down (21) alerta para a importância da intervenção precoce e multidisciplinar para ajudar no desenvolvimento da fala, da alimentação e de outros aspectos

 

Reconhecido pela ONU (Organização das Nações Unidas), o próximo 21 de março marca o Dia Internacional da Síndrome de Down e tem como objetivo conscientizar a sociedade sobre a síndrome genética – e não doença – caracterizada pela presença de três cromossomos 21 nas células de um indivíduo. Atualmente, a data marca também a luta por dignidade, inclusão e bem-estar dessas pessoas e pela mudança da nomenclatura para Trissomia 21 ou T21. 

“A síndrome é caracterizada pelo cromossomo a mais, que chamamos de ‘cromossomo do amor’. E essa diferença genética traz algumas características físicas marcantes como os olhinhos mais puxados, a implantação das orelhas mais baixa e o nariz mais achatado. A T21 também apresenta algumas características cognitivas e, por isso, a intervenção fonoaudiológica precoce é muito importante”, explica a fonoaudióloga e diretora do BakyKids Centro de Especialidades, Daniella Sales Brom. 

A partir do primeiro dia de vida já é possível fazer uma intervenção para melhorar a pega do bebê durante a amamentação e, a partir dos 15 dias de vida, já começam as estimulações na musculatura, de maneira passiva e até exercícios ativos. “Por eles terem a musculatura muito mais flácida, o bebê com T21 tem dificuldade para fazer a pega correta então já atuamos nesse primeiro momento. Após os 15 dias de vida avaliamos a postura global da criança com ajuda de equipe multidisciplinar”, afirma Daniella.

 

O acompanhamento multidisciplinar faz toda diferença. Com a fonoaudióloga, é feita a avaliação detalhada da postura da língua, lábios, bochechas e laringe para que se tornem mais adequados e ajudem na introdução alimentar, momento que inicia o preparo para o desenvolvimento da fala e da linguagem das crianças. Existem muitas técnicas avançadas para trabalhar fala e linguagem com essas crianças e, quanto mais precoce a intervenção, melhor. 

Um exemplo são as faixas adesivas da kinesioterapia, que ajudam a trabalhar a musculatura facial da criança e ajuda nas estimulações cognitivas. 

“Algumas crianças têm maiores dificuldades intelectuais do que outras e algumas tem a T21 associada ao TEA (Transtorno do Espectro Autista). Mas a maior dificuldade da fala para essas crianças, e que tenho recebido muito no consultório, são crianças com T21 associado à apraxia de fala da infância, que é um distúrbio motor da fala com origem neurológica resulta da dificuldade na consistência e precisão dos movimentos necessários a fala”, explica Daniella.

 

Fisioterapia tem papel importante 

A fisioterapia deverá ser iniciada o mais cedo possível, assim que houver liberação médica e auxilia, especificamente, no desenvolvimento motor da criança, estimulando habilidades motoras e facilitando o desenvolvimento de bons padrões de movimento. “Quanto antes iniciado o tratamento, mais benefícios a criança poderá ter, visto que a plasticidade neural tem sua maior intensidade nos primeiros meses de vida”, explica a fisioterapeuta do BabyKids Centro de Especialidades, Camila Vaz. 

Com o acompanhamento adequado, as crianças experimentam o movimento apropriado, estabelecendo padrões de movimento de melhor qualidade e evitando os desalinhamentos posturais. “Os brinquedos são um bom suporte para auxiliar a mudança de transição da criança, visto que, pelo interesse pelo brinquedo ela vai se deslocar e mudar de posição. As brincadeiras auxiliam tanto para atividade motora quanto para a estimulação, mental e afetiva”, diz Camila.


Baixa qualidade do sono pode levar a problemas psiquiátricos e cardíacos, alerta médico do Hospital Paulista

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Pesquisa indica que problema atinge 65% dos brasileiros, mas apenas 7% procuram ajuda especializada

 

Pesquisa publicada pelo Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Estatística (Ibope) indica que cerca de 65% da população do país sofre de baixa qualidade de sono. Segundo o estudo, cerca de 34% destas pessoas afirmam ter insônia, mas somente 21% têm o real diagnóstico da doença, já que apenas 7% das pessoas com dificuldades para dormir procuram ajuda médica. 

Muitos são os motivos que podem afetar nosso sono, entre eles estão os problemas psiquiátricos, como a ansiedade -- que pode prejudicar o início e até a manutenção do sono -- e a depressão, que está ligada mais aos despertares precoces, aqueles que acontecem antes do horário desejado de acordar. 

Além deles, existem também os chamados distúrbios do sono, como a insônia e a Síndrome da Apnéia Obstrutiva do Sono (SAOS), que atinge cerca de 33% da população adulta no Brasil, segundo o Ministério da Saúde. 

O Hospital Paulista de Otorrinolaringologia alerta para a importância do sono reparador na manutenção da qualidade de vida e na prevenção de doenças.

Conforme o Dr. Nilson André Maeda, médico do sono e otorrinolaringologista do Hospital Paulista, dormir mal pode ter relação direta com o desenvolvimento de diversos problemas.
 

“A curto prazo, uma noite de sono mal dormida costuma causar irritabilidade excessiva, lentidão de raciocínio, sonolência diurna, cansaço, falta de atenção e de memória. No entanto, a longo prazo, as consequências são consideradas graves, envolvendo o desenvolvimento de doenças cardiovasculares, disfunções metabólicas, como o diabetes, e quedas de imunidade.” 

O médico ainda exalta o risco de desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, mau desempenho profissional e maiores chances de acidentes laborais e automobilísticos.

 

Importância do sono reparador 

Sempre que se fala em sono reparador, é necessário ter noção de que a boa qualidade do sono está diretamente associada à quantidade de horas dormidas, sendo entre sete e nove horas a média ideal para um adulto dormir por noite. 

Segundo o especialista, a qualidade pode ser medida subjetivamente por questionários ou mais precisamente através do exame de polissonografia. Por meio dele, é possível detectar a porcentagem de sono profundo (sono N3 e REM) e o número de ciclos de sono, além de possibilitar o diagnóstico da SAOS. 

“Pessoas roncadoras, que vivem sonolentas e têm um sono fragmentado e não reparador, necessitam da avaliação de um especialista em medicina do sono, pois podem sofrer de apneia do sono”, alerta o médico.

 

Higiene do sono 

Conhecido por ser um conjunto de técnicas a serem aplicadas antes de dormir e ao longo do dia, com o objetivo de alcançar um sono mais reparador e saudável, a higiene do sono ajuda que o organismo descanse como recomendado. 

Confira 10 hábitos capazes de proporcionar a noite de sono ideal para a manutenção da saúde: 

- Procure deitar e se levantar em horários regulares todos os dias; 

- Opte pela exposição à luz natural pela manhã e reduza a intensidade da luz durante noite, para auxiliar na regulação do ciclo sono-vigília; 

- Vá se deitar somente quando estiver com sono, evitando levar problemas e pensamentos para a cama; 

- Estabeleça um ritual de relaxamento antes de deitar. “Aqui vale um banho quente ou diminuir a luminosidade ambiente enquanto se prepara para dormir.”; 

- Evite ficar na cama sem dormir. Se necessário, levante, faça uma atividade calma, como por exemplo, a leitura, até ficar sonolento novamente. “Ficar na cama rolando de um lado para outro gera estresse e piora a insônia”, afirma o especialista; 

- Evite consumir bebidas alcoólicas ou que tenham cafeína em sua composição, pelo menos seis horas antes do seu horário de dormir; 

- Não use a cama para leitura, assistir TV, se alimentar ou usar notebook, tablet e celular. A cama e o quarto devem estar relacionados com o ato de dormir; 

- Cochilos durante o dia podem atrapalhar seu sono da noite, procure se ocupar, evitando o ócio; 

- Não se alimente muito próximo do horário de dormir. Se for o caso, opte por refeições mais leves; 

- Faça atividades físicas regularmente, mas evite exercícios mais intensos no final do dia. De quatro a cinco horas antes de dormir, os exercícios precisam ser leves, como alongamento ou yoga. 

Por fim, Dr. Nilson alerta para os riscos dos medicamentos para dormir, sem a adequada orientação médica, já que a automedicação é muito comum nos distúrbios do sono. 

Segundo ele, algumas medicações que têm como efeito gerar sono, podem causar dependência, tolerância, alteração dos estágios do sono e até aumentar o risco de queda em idosos, por exemplo. 

“Em casos de dificuldades para dormir, procure um especialista em medicina do sono, ele poderá tirar dúvidas, esclarecer mitos, passar um melhor conhecimento sobre o assunto e fazer o diagnóstico do problema. E dessa forma é possível seguir uma linha de tratamento à doença, de forma individualizada a cada paciente”, finaliza o especialista.


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia


Dia Nacional da Síndrome de Down: data cria oportunidade para gerar visibilidade às pessoas com a condição

 O CENSA Betim, que é referência nacional nos cuidados a pessoas com deficiência intelectual, tem indivíduos com Síndrome de Down entre seus educandos 

 

A partir deste ano, 21 de março fica marcado como o Dia Nacional da Síndrome de Down, graças a Lei 14.306/21. Com isso, os órgãos públicos responsáveis pelas políticas voltadas a pessoas com Síndrome de Down terão que realizar eventos que valorizem esses indivíduos na sociedade, o que para Natália Costa, psicóloga e diretora do CENSA Betim, instituição que é referência nacional nos cuidados à indivíduos com a condição, é um passo importante para a inclusão. 

De acordo com a diretora do CENSA Betim, a intervenção precoce com equipe transdisciplinar é essencial para o desenvolvimento e melhor qualidade de vida das pessoas com Síndrome de Down. “Os indivíduos com essa condição têm alterações físicas evidentes, como olhos puxados, pescoço alado e língua protusa em virtude da alteração genética do para de cromossomos 21. Porém, o grande desafio é desenvolver um esquema de intervenção que seja efetivo para que a pessoa com Síndrome de Down possa adquirir independência nas atividades diárias e consequentemente ocupar o seu espaço na sociedade”. A intervenção deve começar nos primeiros dias de vida e geralmente se estende até a vida adulta,” comenta. 

Para Natália Costa, o Dia Nacional da Síndrome de Down é uma oportunidade para mostrar que o indivíduo com a condição pode e deve viver e conviver muito bem em sociedade. “Ao trabalhar com esses indivíduos e suas famílias, percebemos o nítido avanço no desenvolvimento e na qualidade de vida. É necessário que todos pensem e lidem com essas pessoas de forma a proporcionar a elas o livre acesso a todos os dispositivos sociais. Com a instituição da data, acreditamos que teremos mais visibilidade, bem como espaços para debater o tema que é de suma importância para a pessoa com Síndrome de Down e suas famílias ", afirma.

 

Atividades para inclusão

A diretora do CENSA Betim adiciona que a instituição aposta no fomento à inclusão por meio de diversas atividades. “Conhecido nacionalmente pela metodologia de trabalho que envolvem profissionais e atividades de diversas áreas, atuamos diretamente em ações que incentivam a inclusão. Procuramos manter os nossos educandos ativos, com as atividades que eles tanto gostam, como o teatro, dança e artesanato que, além de promover a sociabilização, estimula o desenvolvimento físico, mental e cognitivo dos participantes. Nossos colaboradores trabalham incansavelmente para garantir o bem-estar dos nossos educandos, cujo cuidado foi confiado a nós por meio da parceria com famílias de todo o Brasil. Assim, tudo é feito com muita técnica e metodologia científica, mas acima de tudo com o coração, como uma família que somos para que eles se sintam cada vez mais valorizados e estimulados”, conclui Natália Costa. 


Centro Especializado Nossa Senhora D'Assumpção
Endereço: BR-381, 494 - Jardim Petrópolis, Betim – MG
Telefone: (31) 3529-3500
E-mail:
contato@censabetim.com.br


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