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quarta-feira, 16 de março de 2022

O impacto do novo ensino médio para a educação brasileira

Em vigor a partir deste ano, o chamado Novo Ensino Médio reformula a matriz de referência curricular e propõe uma nova concepção para essa última fase da Educação Básica. Desde a sua aprovação, em 2017, o assunto gera dúvidas e reflexões. O que motivou tal mudança? Quais serão os desafios de agora em diante? O que muda para alunos e professores? E como as escolas terão que se adaptar?

As respostam surgem a partir do entendimento do cenário contemporâneo e da compreensão das necessidades da educação brasileira. O século XXI tem exigido, mais do que nunca, rápidas mudanças e adaptações, o que impacta diretamente o mercado de trabalho, bem como os rumos da sociedade. A partir daí surgem as demandas com relação ao desenvolvimento de novas habilidades por parte dos estudantes e de novas práticas pedagógicas por parte dos professores e escolas.

Complementando essa realidade, é importante ressaltar, também, as lacunas que o setor educacional tem apresentado nos últimos anos. Os indicadores de frequência e desempenho do Ministério da Educação (MEC) apontavam, em 2016 – antes da aprovação da reforma –, que 28% dos estudantes desta etapa encontravam-se com mais de 2 anos de atraso escolar, enquanto 26% dos alunos abandonavam a escola ainda no 1º ano.

Neste mesmo sentido, a variação positiva apresentada pelo IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação Básica) foi de apenas 0,3 pontos entre 2005 e 2011, e nenhum aumento nos últimos 10 anos. Manteve-se, portanto, estagnado e abaixo das metas estabelecidas. A partir destes dados, fica clara a desmotivação dos jovens com relação aos estudos, bem como a necessidade de uma reformulação curricular capaz de trazer à tona novos modelos de ensino.

 

Principais mudanças contempladas no Novo Ensino Médio e como podem influenciar a educação brasileira

Responsável pelas diretrizes do Novo Ensino Médio, a Lei nº 13.415/2017 institui alterações que estabelecem maior integração e flexibilidade curricular, além da oferta de itinerários formativos para os alunos. Ou seja, estruturas fundamentadas a partir de conjuntos de práticas e experiências educativas (projetos, oficinas, núcleos de estudo, entre outras possibilidades de trabalho), que os estudantes poderão escolher no ensino médio, tomando como base os eixos estruturantes e as áreas que mais se identificam, como Linguagens e suas Tecnologias, Ciências da Natureza e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias e Ciências Humanas e Sociais aplicadas e suas Tecnologias.

Em suma, o currículo do Novo Ensino Médio contemplará as competências e habilidades relacionadas aos eixos estruturantes e às áreas de conhecimento. Parte da carga horária se aplica a Formação Geral Básica, que contempla a Base Nacional Comum Curricular (BNCC), está por sua vez, orienta a elaboração do currículo de cada Rede e unidade escolar.

Com isso, o Novo Ensino Médio pretende atender às necessidades e às expectativas dos jovens, fortalecendo seus papeis de protagonistas, enquanto participam ativamente do processo de aprendizagem, já que têm autonomia para escolher as áreas em que desejam aprofundar seus conhecimentos. Além disso, as práticas pedagógicas se organizarão tendo como premissa a aprendizagem, considerando a perspectiva de quem aprende, e não somente de quem ensina. 

De acordo com o cronograma do MEC, as mudanças serão aplicadas por etapas. Em 2022, as alterações serão obrigatórias apenas ao 1º ano. Em 2023, ao 2º. Já em 2024, além do 3º ano, as novas diretrizes contemplarão também o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio).

 

Impactos e desafios para os alunos

A partir deste contexto, os estudantes desenvolverão novas estratégias de aprendizagem, além de expandir as habilidades ligadas aos eixos estruturantes dos itinerários formativos – investigação científica; mediação e intervenção sociocultural; processos criativos; bem como empreendedorismo –, cujos papeis são proporcionar novas experiências educativas conectadas à realidade, a fim de colaborar para as formações pessoal, profissional e cidadã.

Neste sentido, aprimorarão o autoconhecimento, a autorreflexão e o senso crítico, para que possam encontrar seus caminhos, vocações e habilidades para a efetivação de seus projetos, como a capacidade de acessar, atualizar e produzir conhecimentos ao longo da vida, de criar e inovar, de questionar, intervir e ser agente de transformações sociais, culturais e ambientais.

 

Impactos e desafios para os docentes

Para os docentes, os desafios englobam a mudança de perspectiva sobre o ensino e a adaptação às novas abordagens, que passam a enxergá-lo não somente como aluno, mas como um ser integral preparado para lidar com todas as vertentes da sociedade com participação ativa no processo de aprendizagem. Com isso, professores agora assumem um papel de mediadores, que é mais desafiador do que ser apenas um vetor responsável pelas informações.

Nesse processo cabe ao professor pensar e estudar a forma como ele pode contribuir para que desenvolva experiências sólidas de aprendizagem, e para isso, é imprescindível que haja conexão entre o objeto de estudo e o que acontece na vida, de forma que a experiência escolar tenha cada vez mais sentido. 

 

Impactos e desafios para as instituições de ensino

Neste cenário, as escolas terão autonomia para definir quais os itinerários formativos irão ofertar. A partir disso, um dos principais desafios, além da transição de uma prática pedagógica predominantemente transmissiva para uma abordagem ativa de aprendizagem, e sua reorganização estrutural, é envolver toda comunidade escolar nos processos de tomada de decisão. Mudanças são complexas e exigem clareza de onde se quer chegar, senso de interdependência e ambiente de confiança para que sejam efetivas e gerem os resultados esperados. 

 

Um exemplo disso pode ser o envolvimento dos próprios estudantes no assunto em questão, por meio de assembleias e outros fóruns de discussão. Dessa forma, é possível fazer com que atuem tomando decisões e respondendo por elas responsavelmente, apoiados pela equipe pedagógica – professores, coordenadores e orientadores educacionais.

Por outro lado, é fundamental que as instituições capacitem seu corpo docente, no qual muitos professores terão que tomar consciência sobre seus modelos mentais, pois deixam para trás seus papeis expositivos e de supostos detentores do saber e assumem o de mediadores, de fato, da aprendizagem. Com isso, o planejamento de uma aula como tradicionalmente conhecemos – o adulto fala e os estudantes escutam, sai de cena e dá espaço para o desenho de experiências de aprendizagem, com intencionalidade pedagógica, que aguçam a criatividade, a autonomia, a criticidade, a responsabilidade, a capacidade de resolver problemas e o desenvolvimento de competências cognitivas e socioemocionais de todos os envolvidos.

 

Para as redes de ensino que já iniciaram o processo de atualização, cabe ampliarem vivências, experiências, integralizar os eixos estruturantes e alinhar o projeto pedagógica em toda a Educação Básica. Um exemplo disso, é uma prática coerente com a concepção de uma criança potente, que a encoraje em suas investigações e descobertas sobre o mundo, contribuindo para que desenvolva e amadureça suas hipóteses, por meio da interação com seus pares e adultos num espaço pedagogicamente organizado.  No Ensino Fundamental, o engajamento dos estudantes em projetos de trabalho e a vivência de metodologias ativas criam oportunidades desde então para que desenvolvam o papel de estudante investigativo potencializando ainda mais a experiência dos itinerários formativos quando chegarem no Ensino Médio.

Apesar dos desafios existentes frente à nova resolução do Ensino Médio, as expectativas são positivas com relação aos ganhos para a educação brasileira. A proposta da nova reforma, alinhada às demandas do século XXI, chega para trazer mais sentido para a vida dos estudantes, uma vez que o ato de aprender se configure como uma experiência pessoal, organizada, ativa e investigativa.

 

Rita Rangel - Gestora Pedagógica da rede de colégios Santa Marcelina, instituição que alia tradição à uma proposta educacional disruptiva e alinhada às principais tendências do mercado de educação.

 

Com guerra entre Rússia e Ucrânia, importação de fertilizantes para o Brasil fica prejudicada e solução passa por estimular a produção interna

 Advogada explica que Brasil sofre com os primeiros efeitos no mercado interno das sanções dos EUA à Rússia e consequentes restrições indiretas logísticas e de pagamentos por conta dos conflitos no Leste Europeu


A guerra entre Rússia e Ucrânia tem causado impactos em países do mundo inteiro e com o Brasil não poderia ser diferente. Apesar de ser uma das grandes potências agrícolas do mundo, o país ainda não tinha uma política de investimento nacional na produção de fertilizantes necessários para atender às suas demandas. De acordo com dados da Associação Nacional para Difusão de Adubos (Anda), o Brasil teve uma demanda de 46 milhões de toneladas de fertilizantes, sendo que 85% desse volume é importado e apenas 15% é produzido por aqui.

Pelo fato de Rússia, Ucrânia e Bielorússia serem grandes exportadores desses insumos, o Brasil precisou se movimentar e esta semana o governo federal anunciou o lançamento de um "Plano Nacional de Fertilizantes", voltado ao aumento de investimentos na produção a fim de reduzir a dependência de cerca de 85% da importação do produto. O Brasil busca evitar o risco de desabastecimento nas futuras safras segundo Luciana Maria de Oliveira, advogada associada do escritório Cescon Barrieu na área de comércio internacional e comércio exterior.

“Apesar de não ter imposto nem sofrido qualquer sanção por parte da Rússia e de ter permanecido neutro no conflito, o Brasil vem sofrendo restrições indiretas logísticas, de pagamentos e de fluxos financeiros no comércio internacional. Com isso enfrenta a alta nos preços de combustíveis e alimentos e a redução da oferta de fertilizantes, uma vez que a Rússia é o principal fornecedor desses insumos. Por isso, além de investir na produção nacional, o país deve buscar novos fornecedores”, explica ela.

A especialista cita um projeto apresentado para extrair fosfato no Rio Grande do Sul apresentado há mais de 10 anos que poderia ser utilizado para a produção de fertilizantes, mas que ainda aguarda licenças ambientais para entrar em prática. Um estudo do Instituto Pensar Agropecuária aponta que mais de um terço dos fertilizantes consumidos em São Paulo e em Minas Gerais vem da Rússia.

O Brasil, por meio da ministra da agricultura, Tereza Cristina, deverá ir ao Canadá para discutir a questão dos fertilizantes e negociar um acordo com o país. Apesar do Brasil ter fertilizantes suficientes para a próxima safra, a situação abre um alerta para os produtores rurais, afirma Luciana. “As safras posteriores a outubro podem sofrer com os efeitos da guerra e com as consequentes dificuldades de importação e exportação mundiais, por isso, é fundamental encontrar soluções o mais breve possível”, relata.


Gás e petróleo

Outro ponto de grande atenção são as restrições às importações de gás e petróleo por parte dos Estados Unidos, assim como os cortes na exportação de fertilizantes, gás e petróleo russo aos 48 países considerados hostis à Rússia. A advogada explica quais os impactos econômicos podem ser visualizados a partir dessas medidas. “Possivelmente, as medidas ensejarão benefícios e um potencial de mercado aos demais países produtores, assim como a valorização monetária das commodities, mas não há nenhuma sinalização de ganhos imediatos para o setor para além do aumento do preço das commodities e dos combustíveis no mercado internacional”, destaca.

 

Cescon Barrieu

www.cesconbarrieu.com.br  


Reputação ou lucro: o que a guerra na Ucrânia ensina às grandes marcas?

Uma guerra sempre deixa suas marcas na história. Mas, também serve como um ensinamento acerca das nossas ações. Os confrontos vividos na Ucrânia já começaram a refletir economicamente pelo mundo e, pela primeira vez, estamos vivenciando um posicionamento contrário à Rússia, partindo de grandes empresas – decisão que nos leva à reflexão sobre o peso da reputação e o lucro nas ações organizacionais.

Desde o início do conflito, a Rússia vem sofrendo sanções econômicas de diversos países, na tentativa de frear o confronto que já dura mais tempo que o esperado e, sem nenhuma resolução. O que, à princípio, se tratava de medidas geopolíticas, ganhou um novo destaque com o anúncio da saída de importantes grupos empresariais do país. A lista que cresce a cada dia já conta com, ao menos, 300 companhias que oficializaram o encerramento das suas atividades.

Diante dessa movimentação, somos colocados, simultaneamente, em um uma crise humanitária e em uma guerra econômica, onde vemos organizações concorrentes engajadas em um mesmo propósito como estratégia de perpetuação: os investimentos em ações ambientais, sociais e de governança, representados pela sigla ESG.

O termo vem sendo amplamente utilizado no mercado financeiro para designar o enquadramento e performance das empresas nestas três categorias. As organizações que implementam em sua gestão tais iniciativas, assumem um verdadeiro compromisso com o meio ambiente, a responsabilidade social e a governança – e, ao mesmo tempo, são avaliadas e monitoradas pelos seus colaboradores, consumidores e parceiros por tais ações.

É praticamente impossível não fazer um questionamento de como empresas e países seguem fazendo negociações sem terem esse mesmo propósito como parâmetro. Esse protagonismo, que vem sendo liderado pelas grandes marcas, carrega a importância do que neste momento é o mais importante a ser priorizado: o bem-estar das pessoas.

Outro ponto a ser considerado é a influência geopolítica no mercado financeiro. É certo afirmar que, ao mesmo tempo em que as incertezas o cercam, é possível prever os impactos que serão enfrentados pelo setor logístico com o aumento do petróleo, que será refletido em todos os outros mercados, num efeito cascata. Essas perspectivas nos colocam em uma posição de buscarmos por novas soluções para contornar os desafios que virão.

Para isso, a tecnologia continua sendo a maior aliada. Contudo, a guerra nos dá um amplo exemplo de como essa pode ser uma ferramenta empregada tanto para o bem como para o mal, já que, ao mesmo tempo em que ela provoca velocidade, facilidade e acessibilidade aos negócios em prol da sociedade, permite ciberataques a fim de desestabilizar o inimigo.

Ainda assim, fazendo referência a um ditado popular que cabe ao atual momento, quando uma porta se fecha, abre-se uma janela. No cenário de guerra, é importante estarmos atentos também às oportunidades que são avistadas. Para o mercado, é uma excelente hora para ganhar protagonismo no agronegócio com a exportação de fertilizantes, desenvolver ferramentas para ajuda humanitária, além de dar um maior foco nas fontes alternativas de energia, traçando novas estratégias que visem a resiliência das empresas no longo prazo.

Os ensinamentos que essa crise irá nos deixar, serão enormes. Promissoras janelas de oportunidade de reestruturação interna e redirecionamento de estratégias podem ser aplicadas – imensamente favorecidas graças à alta conectividade na qual estamos inseridos.

A movimentação das grandes marcas deixando a Rússia, mesmo significando uma perda significativa em seu faturamento, é um exemplo marcante das novas perspectivas de gerenciamento das organizações, levando à risca os seus valores e missão. O que, para muitos, é deixado de lado, se torna ainda mais uma ação para enfatizar e divulgar o propósito da empresa.

Está mais do que na hora de colocar o ESG como critério na hora de estabelecer relações. A partir dessa ação, se torna mais fácil garantir a segurança do seu negócio, compatibilidade com o esperado pelos consumidores e adequação aos trilhos que coloquem as empresas em um caminho de resiliência e prosperidade.

 


Glaucia Viera - sócia proprietária da G2 Tecnologia, consultoria especializada em SAP Business One.

 

G2:

https://g2tecnologia.com.br/


Isenção do IR para aposentados e pensionistas: como obter o benefício?

Reduzir o valor a ser pago no imposto de renda é um desejo comum. De fato, muitos possuem o benefício de se isentarem no pagamento de certos amontes para a Receita Federal – mas, o desconhecimento deste direito impede que diversos o façam, acarretando o pagamento de valores indevidos. Para aposentados e pensionistas, este é um dos equívocos mais recorrentes no processo de declaração, o qual necessita ser esclarecido para evitar a contribuição desnecessária de quantias elevadas.

Mesmo em meio à pandemia, o número de contribuintes que declararam o IR em 2021 superou a expectativa da Receita Federal. Foram mais de 34 milhões de documentos recebidos, segundo dados do próprio órgão – um crescimento de 6,8% em relação ao ano anterior. Em crescentes volumes de arrecadação, erros de valores a serem declarados se tornam cada vez mais comuns, prejudicando financeiramente aqueles que poderiam economizar pelo conhecimento de seus direitos.

Se tratando dos aposentados e pensionistas, todos aqueles que possuem alguma das 16 doenças graves conferidas em nossa legislação, podem solicitar a isenção permanente de seus rendimentos tributáveis. O benefício, gratificado pela Lei nº 7.713/1988, visa auxiliar todos esses que já arcam com valores elevados para o tratamento de problemas de saúde sérios.

Em uma listagem, as doenças estabelecidas pela lei são: cardiopatia grave; câncer; doença grave nos rins; fígado; AIDS; alienação mental; cegueira; contaminação por radiação; doença de Paget em estado avançado; Parkinson; esclerose múltipla; espondiloartrose anquilosante; fibrose cística; hanseníase; paralisia irreversível e incapacitante e tuberculose ativa.

Mesmo se tratando de uma lista ampla, algumas normas e procedimentos são exigidos para a obtenção de tal isenção. Dentre eles, há a necessidade de um laudo comprovatório da doença por um médico do Estado. O profissional precisa ser licenciado por uma unidade de saúde pública, principalmente caso o paciente não esteja realizando um tratamento via o Sistema Único de Saúde (SUS).

O documento em si não demanda grande complexidade, podendo ser preenchido com as informações pessoais do paciente, a descrição da doença existente, seu estado (curado ou em tratamento) e, exposições detalhadas sobre o acometimento. Uma vez aprovado, os aposentados e pensionistas podem recuperar os valores pagos até cinco anos retroativos, desde que a doença tenha sido contraída neste período. Ainda, terão direito à isenção permanentemente, mesmo que a condição esteja sob controle ou clinicamente curada.

Com o laudo em mãos, basta levá-lo às fontes pagadoras – seja o INSS ou outras complementares, para entrar com o pedido, cujo prazo para obtenção pode variar, dependendo da fonte pagadora. Mesmo se tratando de um processo relativamente fácil, contar com o apoio de uma empresa especializada no segmento trará uma maior confiança na aprovação da isenção, garantindo a entrega correta dos documentos solicitados no prazo estipulado e a recuperação retroativa devida de cada um.

Afinal, o não cumprimento da obrigação ou atraso nas entregas, pode acarretar multa que pode variar entre o mínimo de R$ 165,74, a 20% do imposto devido. É preciso o máximo de atenção no preenchimento de todos os dados solicitados, avaliação do enquadramento das doenças permitidas para isenção e comprovação médica dentro dos critérios estabelecidos em lei. São diversas regras que, apenas com o devido acompanhamento de profissionais qualificados, terão a máxima segurança da entrega devida para a isenção deste pagamento nas declarações de imposto de renda.

 

Bruno Farias - sócio da Restituição IR, empresa especializada em restituição de imposto de renda.

 

Restituição IR

https://restituicaoir.com.br/

 

Accountfy oferece guia gratuito para melhorar a análise estratégica de demonstrações financeiras

 


O Accountfy, plataforma SaaS que facilita as atividades de Controladoria e FP&A na gestão financeira, criou um guia gratuito para download que mostra como aproveitar ainda mais o potencial das demonstrações financeiras para decisões estratégicas da empresa. O material traz informações sobre as principais demonstrações financeiras, dicas para uma melhor tomada de decisão e tendências para os próximos anos.

 

“As demonstrações financeiras refletem a realidade das empresas. Em uma análise mais aprofundada, essas informações podem se tornar referência para a tomada de decisão, contribuindo para a competitividade do negócio. No caso das grandes empresas, inclusive de capital aberto, além das obrigatoriedades contábeis, as demonstrações servem ainda como meio para a apresentação de resultados a investidores e a adequações aos órgãos regulatórios. É nesse contexto que a tecnologia tem se destacado como diferencial, ao agilizar a produção das demonstrações, atestar a veracidade das informações, cruzar dados e facilitar o acesso aos stakeholders”, diz Goldwasser Neto, CEO e cofundador da empresa. 

 

Para baixar o guia “Como analisar melhor suas demonstrações financeiras”, acesse o link: https://hubs.la/Q015w69x0



Atividade do comércio tem leve alta de 0,4% em fevereiro, revela Serasa Experian

Segmento de Combustíveis e Lubrificantes registrou maior expansão do mês

 

As vendas do comércio físico brasileiro registraram leve alta de 0,4% em fevereiro na comparação com o mês anterior. De acordo com o Indicador de Atividade do Comércio da Serasa Experian, o setor de Combustíveis e Lubrificantes impulsionou o crescimento do índice superando a média geral com alta de 1,6%. “O aumento desse segmento pode ser influenciado pelo período comemorativo de Carnaval, em que os consumidores tendem a consumir mais o recurso para poder viajar”, explica o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. Dentre os outros setores, o de Veículos, Motos e Peças revelou estabilidade e apenas o de Material de Construção teve queda, essa de 0,3%. Confira no gráfico abaixo os dados completos:





Ainda de acordo com Rabi, apesar do crescimento registrado em fevereiro deste ano (0,4%), a alta não conseguiu compensar integralmente a retração marcada em janeiro (1,6%). “Os dados do indicador mostram que o varejo continua tentando se reerguer, mas ainda não voltou aos níveis pré-pandemia. A inflação e as taxas de juros expressivas são dois dos principais fatores que têm dificultado a retomada dos empreendedores brasileiros”.


Análise anual revela queda para o comércio físico

Na variação ano a ano (fev/21 x fev/22) a atividade do comércio marcou queda expressiva de 5,0%. Todos os segmentos registraram baixa, exceto o de Móveis, Eletrodomésticos, Eletroeletrônicos e Informática, que cresceu 5,7%. Para conferir mais informações e a série histórica do indicador, clique aqui.

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br


4 dicas para um efetivo network

Pexels

Advogado, Empresário e Gestor Especialista em gestão e negócios dá 4 dicas para um efetivo network


Sergio Vieira fala sobre a importância de estar presente e dar preferência a relações continuadas



O homem é um ser social, e há anos vem aperfeiçoando sua capacidade de conhecer e se relacionar com pessoas para ampliar seus horizontes e garantir novas oportunidades, seja no âmbito profissional quanto no pessoal. O advento da internet e a ascensão das redes sociais conectaram ainda mais as pessoas, evidenciando que hoje, em um mundo altamente interligado, estabelecer uma boa rede de contatos se faz ainda mais importante.

Assim surge o networking, palavra derivada do inglês caracterizada basicamente como a habilidade de se relacionar com os demais. Aplicada, sobretudo, no contexto profissional, essa prática se configura como uma forma muito importante de fazer negócios e alavancar a carreira. É uma ferramenta fundamental para qualquer área, independe do nível hierárquico, e pode acontecer entre profissionais dos mais diversos segmentos.
 

"Network nada mais é do que uma rede de relacionamento, a qual você constrói, planta, rega e colhe os frutos dela. É usufruir das pessoas do seu convívio, gerando novas conexões e aprofundando as conexões já existentes", explica Sergio Vieira, MBA em Gestão e Negócios e sócio-diretor do escritório Nelson Wilians Advogados, em Manaus.

De acordo com o especialista, para garantir um network efetivo, é importante saber verdadeiramente em quais lugares você precisa estar, assim como conhecer o seu público-alvo e onde estão seus possíveis clientes. Ele afirma que é nesses ambientes que você precisa se fazer presente para conseguir desenvolver uma boa rede de contatos.

Outro ponto importante a ser considerado é o fato de que além de ser visto, você precisa ser notado. "Não basta estar ali apenas como mais um. Você precisa firmar presença", reforça Vieira. Para o advogado, não basta estar no ambiente apenas por estar, é importante se destacar.

Ademais, Sergio assegura que o mercado de trabalho não aceita mais o vendedor, o profissional chato, insistente, que quer, a qualquer custo, marcar uma reunião ou vender e apresentar seu negócio. Então, tenha sempre isso em mente ao se relacionar com as pessoas.

Por último, o especialista em gestão e negócios fala sobre a importância de se colocar à disposição. "Diga aquilo que você está apto a fazer, e seja uma opção para, quando necessário, aquela pessoa com quem você se conectou lembre de você", finaliza.




Sergio Vieira - advogado, possui MBA em Gestão e Negócios, e sócio-diretor do escritório Nelson Wilians Advogados.


Donos de pequenos negócios devem se preparar para impacto da alta dos combustíveis

Sebrae dá dicas sobre como empreendedor deve analisar a realidade da empresa para tomar as melhores decisões 


A guerra entre Rússia e Ucrânia e a consequente alta nos preços do barril de petróleo no mercado internacional provocou uma disparada nos preços dos combustíveis no Brasil. Na última semana, o consumidor deparou-se com reajustes na gasolina, diesel e gás de cozinha que variaram entre 18% e 25%, em média. Para os donos de pequenos negócios, que representam quase 99% de todas as empresas do país, a escalada dos preços trouxe um impacto direto nos custos de operação e no resultado financeiro, já tão comprometido após dois anos de pandemia.

De acordo com a 12ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia nos Pequenos Negócios, realizada em parceria com a FGV, os gastos com combustíveis, junto a insumos e mercadorias, foram citados como os que mais impactam os negócios por 63% dos microempreendedores individuais (MEI) e por 61% das micro e pequenas empresas. Somado esse custo às despesas com gás e energia elétrica, eles sobem para 76% (entre os MEI) e 77% para as MPE. 

O analista de Capitalização e Serviços Financeiros do Sebrae, Weniston Ricardo, avalia que é hora de parar e analisar esse impacto da alta dos combustíveis nos negócios. “Principalmente aqueles empreendedores e empresas em que o custo dos combustíveis compõem parte significativa do custo de seus produtos e serviços”, declarou. 

Nesta análise, o especialista destaca que antes de repassar o aumento para o preço dos produtos e serviços, o empreendedor deve avaliar se o cliente vai conseguir absorver esse aumento. Caso contrário, essa decisão pode representar a perda do cliente e, consequentemente, a perda de receita do negócio. Outro ponto a era considerado é a possibilidade de reduzir as margens de lucro pelo menos por algum tempo. 

“Essas decisões serão facilitadas se o empreendedor tiver um bom planejamento financeiro do negócio e os controles financeiros em dia”, recomendou o especialista do Sebrae. 

No caso do impacto do aumento do combustível, Weniston explica que o empresário deve buscar identificar quais são os outros elementos de custos dos produtos e serviços passíveis de redução para compensar essa alta ou até mesmo verificar se é possível substituir o custo do combustível por outro de menor impacto. 


Como ficam as vendas online neste cenário? 

Os pequenos negócios que possuem grande volume de venda pela internet, e principalmente aqueles cujo modelo de 100% e-commerce, também precisam se preparar para enfrentar os reflexos no aumento dos custos dos fretes e das entregas. 

Nas plataformas de e-commerce e marketplaces o valor da entrega é, em geral, um valor pago à parte pelo comprador. Dessa forma, o aumento do custo do frete poderá diminuir a demanda por produtos online. 

O especialista do Sebrae alerta que antes de adotar uma política de “frete grátis” para determinadas localidades, mesmo que o preço do frete esteja embutido no valor do produto, é preciso rever essa estratégia. Para amenizar este impacto, o empreendedor precisa analisar a política adotada por cada marketplace e recalcular as suas margens versus o aumento do preço final do produto.

“A princípio, pode ser atraente para o consumidor, mas poderá onerar muito o preço final do produto e o consumidor poderá optar por adquirir esse item na concorrência, que pratica menor preço e possui menor custo de entrega”, frisou Weniston. 


Confira um exemplo

Suponha um exemplo hipotético: uma empresa vende um produto/serviço por R$ 100,00 e o custo total deste produto é de R$ 80,00 (inclui custos variáveis e fixos). Ou seja, neste produto/serviço a empresa tem um lucro de R$ 20,00.

O combustível representa 40% do custo do produto/serviço, ou seja, 40% de R$ 80,00, que dá R$ 32,00. Um aumento de 19% do preço do combustível representa um aumento no custo de R$ 6,08 (19% de R$ 32,00).

Logo, algumas possíveis decisões o empresário pode tomar:

- repassar o aumento total do custo do combustível para o preço final do produto/serviço, que seria vendido a R$ 106,08

- reduzir sua margem de lucro de R$ 20,00 para R$ 13,92.

- repassar parte do aumento do custo para o preço final e reduzir um pouco sua margem de lucro.


Marketing Pessoal: como se destacar na carreira

Especialista e professora da UNG dá dicas para melhorar a imagem profissional


Para conseguir um lugar de destaque no concorrido mercado de trabalho, é preciso investir na imagem profissional. Porém, muitos não sabem como fazer um bom marketing pessoal e, dessa forma, não valorizam as próprias competências para tornar-se cada vez melhor na área de atuação.

A coordenadora dos cursos Gestão em Marketing e Recursos Humanos da Universidade UNG, Regina Fernandes, explica que as pessoas precisam reconhecer a importância de investir na própria imagem e, para isso, o autoconhecimento é fator fundamental. “Muito mais do que autopromoção, o marketing pessoal é um exemplo prático de que você é a sua própria marca. Investir na imagem possibilita ser referência entre os ‘concorrentes’. Quando está diante de uma situação de recolocação profissional, é a sua imagem que tornará você diferente dos outros. O marketing pessoal vai muito além da vestimenta, é o que te destaca no setor de trabalho e dá notoriedade naquilo que faz”, destaca.

Ainda segundo a professora, quem não investe no seu desenvolvimento não consegue sobreviver por muito tempo no mercado. “Se você não se reinventa todos os dias, não se destaca e perde espaço. O reinventar é a capacidade e a vontade de fazer o novo, a busca contínua por aperfeiçoamento pessoal e profissional. Tão importante como saber, é mostrar que sabe. Não tenha medo de mostrar suas habilidades e deixar claro suas ideias no momento de uma contração”, aconselha.

A especialista acrescenta ainda que fazer marketing pessoal é saber destacar habilidades e qualificações que a pessoa realmente tem. “Se você ainda não conseguiu investir em sua carreira, com cursos e especializações, destaque o seu diferencial competitivo como gosto por leituras, escrita, habilidade para liderança, organização e gestão do seu tempo e, principalmente, tenha suas redes sociais ativas. No cenário atual, ter rede social é muito mais que uma página com fotos de viagens e lazer, é a sua projeção pessoal e do que você deseja alcançar”, menciona.

Por fim, Regina dá dicas para que as pessoas saibam investir na própria imagem para que tenham autoridade e credibilidade na área. “Mantenha suas redes sociais ativas com conteúdo relevantes; seja proativo e bom ouvinte; busque por aprimoramento profissional; pratique o autoconhecimento; seja referência naquilo que domina e tenha um objetivo. Atirar para todos os lados não é um bom caminho”, orienta.


Pesquisa descobre bactérias capazes de matar fungo causador de doença que reduz a produtividade da cana

Na imagem da esquerda o fungo Thielaviopsis ethacetica cresce sem contato com os compostos orgânicos volateis (COVs) bacterianos. Já na imagem da direita o crescimento do fungo (na parte superior) foi inibido pela bactéria (na parte inferior) produtora dos COVs (fotos: Juliana Velasco de Castro Oliveira/CNPEM)

 

Estudo desenvolvido no Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM) descobriu três linhagens de bactérias do gênero Pseudomonas capazes de inibir o crescimento e até causar a morte do fungo responsável pela doença chamada podridão abacaxi, que ataca canaviais principalmente no período de plantio.

Os resultados do trabalho, publicados na revista científica Environmental Microbiology, da Society for Applied Microbiology, possibilitam o desenvolvimento de fungicidas biológicos como alternativa aos agrotóxicos usados atualmente contra a praga.

As três cepas das bactérias foram capazes de inibir, in vitro, até 80% do crescimento micelial do fungo Thielaviopsis ethacetica, presente no solo e que se aproveita de cortes ou ferimentos nos toletes da cana-de-açúcar para entrar na planta e reduzir em até 50% a brotação, reduzindo a produtividade. Os micélios formam a massa de ramificação, composta por um conjunto de filamentos (hifas) emaranhados, que carrega nutrientes imprescindíveis para a sobrevivência do fungo.

A pesquisa mostrou que essas bactérias produziram 62 compostos orgânicos voláteis (COVs) diferentes, que regularam negativamente os genes relacionados ao metabolismo de carboidratos, essencial para o crescimento do fungo. Os COVs são produtos decorrentes do metabolismo das bactérias, podendo ser obtidos em forma de líquidos e gases, que evaporam facilmente à temperatura ambiente. Uma das vantagens é que podem atingir longas distâncias em uma eventual aplicação em culturas.

“Pela primeira vez, vimos que a molécula atua direta ou indiretamente no DNA do patógeno, causando um dano. É um composto que quebra o DNA. Esse tipo de molécula é pouco explorado no Brasil. Nosso objetivo é nos tornarmos fortes nessa linha de pesquisa, sendo referência no estudo dessas moléculas em nosso país”, afirmou à Agência FAPESP Juliana Velasco de Castro Oliveira, pesquisadora do Laboratório Nacional de Biorrenováveis do Brasil (LNBR), do CNPEM, e coordenadora do trabalho.

O estudo recebeu o apoio da FAPESP por meio dos programas Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) e Pesquisa em Parceria para Inovação Tecnológica (PITE).

Durante as análises transcriptômicas da resposta do fungo aos COVs (usadas para identificar e quantificar a expressão de genes novos ou previamente conhecidos) e de microscopia eletrônica, os cientistas detectaram mudanças na expressão de genes importantes, bem como alterações morfológicas críticas nos micélios tratados com COVs, comprovando seu menor crescimento e até a morte celular.

“Conseguimos encontrar cepas de bactéria eficientes no controle do patógeno que causa danos importantes na cultura da cana-de-açúcar. Também identificamos moléculas que não haviam sido descritas como tendo capacidade de matar esses fungos e comprovamos que essas moléculas conseguem causar dano ao DNA, o que é pouco documentado na literatura”, resume Oliveira.

A podridão abacaxi é uma doença que afeta diversas culturas tropicais, mas no Brasil tem impacto especialmente na produtividade do setor sucroenergético. O fungo consegue impedir a germinação de mudas ou retardar seu desenvolvimento, deixando as áreas afetadas com grandes falhas.

Conforme o fungo se reproduz no interior da planta, as fibras do caule apresentam uma coloração avermelhada, que aos poucos fica mais escura e coberta de esporos. A fermentação provocada pelo patógeno libera um odor parecido ao de abacaxi, daí o nome da doença.

Com o aumento da incidência nos últimos anos, a doença está entre as mais frequentes nos canaviais. O Brasil é o maior produtor mundial de cana-de-açúcar. Na safra 2020/21, foi responsável pela produção de 654,5 milhões de toneladas, destinadas à produção de 41,2 milhões de toneladas de açúcar e 29,7 bilhões de litros de etanol.

Algumas técnicas de manejo na época do plantio, como a seleção de mudas e cuidados na preparação do solo, ajudam a prevenir a podridão abacaxi. No entanto, para controlar a infecção, é necessário o uso de agrotóxicos, que podem gerar riscos ao meio ambiente e à saúde humana caso não sejam aplicados de maneira e na quantidade adequadas.

“O Brasil é uma potência agrícola. Sabemos que ainda não é possível fazer uma substituição completa dos pesticidas químicos por alternativas biológicas. Com novos estudos, como o nosso, essa oferta pode crescer no mercado, sendo uma alternativa sustentável e que pode ajudar a reduzir a dependência do país pela importação dos produtos”, disse a pesquisadora.

No total, o Brasil importa, por ano, mais de 330 mil toneladas de inseticidas, herbicidas e fungicidas, segundo dados do Ministério da Economia. Além disso, entre 2019 e 2021 houve a autorização de uso de pelo menos 1.500 novos pesticidas.

Novas tecnologias

Os pesquisadores iniciaram o trabalho a partir do banco de microrganismos do LNBR, que tem um acervo com cerca de 7 mil bactérias de diferentes tipos de solos e de raízes. Selecionaram 70 microrganismos de diferentes gêneros e localidades, como Tocantins, Mato Grosso e São Paulo. Essa amostra foi submetida a ensaios in vitro para avaliar a capacidade de inibir o crescimento do fungo, chegando às três linhagens do gênero Pseudomonas, que foram confirmadas por meio de sequenciamento genético.

Agora os cientistas iniciaram uma nova fase para descobrir a espécie dessas cepas. “Sabemos que elas são diferentes, mas ainda não temos certeza de quais são. Para isso, precisaremos fazer o sequenciamento total dessas bactérias. Inclusive vimos que uma delas é de uma espécie ainda não descrita. Em parceria com a Unicamp [Universidade Estadual de Campinas], vamos tentar descrevê-la em breve”, afirmou Oliveira.

Cientistas do Programa de Pós-Graduação em Genética e Biologia Molecular da Unicamp e da Universidade Federal de Lavras (MG) participam do grupo de pesquisa. “Hoje em dia não é possível fazer pesquisa sozinho, principalmente quando se está explorando uma área nova. Por isso, a importância de agrupar expertises”, completou.

No Laboratório Nacional de Luz Síncrotron (LNLS), responsável pela operação do Sirius (acelerador de partículas de quarta geração), análises por espectroscopia confirmaram a capacidade de as biomoléculas produzirem danos ao DNA do patógeno. Para revelar essa espécie de “impressão digital” das biomoléculas, foram usadas técnicas de pesquisa de alta sensibilidade com uso de infravermelho.

Além disso, no Laboratório Nacional de Nanotecnologia (LNNano), que também faz parte do CNPEM, foram utilizados recursos de microscopia de transmissão e escaneamento que mostraram as severas alterações morfológicas nos micélios.

Em 2019, outra pesquisa coordenada por Oliveira já havia apontado o potencial de bactérias para promover o crescimento de culturas agrícolas sem causar a poluição das águas e alterações prejudiciais ao próprio solo (leia mais em: agencia.fapesp.br/30884/).

O artigo Bacterial volatile organic compounds induce adverse ultrastructural changes and DNA damage to the sugarcane pathogenic fungus Thielaviopsis ethacetica pode ser lido em: https://sfamjournals.onlinelibrary.wiley.com/doi/10.1111/1462-2920.15876.

 

 Luciana Constantino

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/pesquisa-descobre-bacterias-capazes-de-matar-fungo-causador-de-doenca-que-reduz-a-produtividade-da-cana/38145/


Guia de monetização do Instagram para 2022

Após fazer testes de novos tipos de feed, aumentar o limite de tempo dos vídeos nos stories e anunciar melhorias no Reels, a plataforma promete liberar até o fim deste ano um novo serviço de assinaturas

 

Ampliando cada vez mais seus recursos dedicados à monetização, o Instagram tem investido em novas ferramentas aos usuários. Nos últimos dias de 2021, Adam Mosseri, CEO da rede social, anunciou que a plataforma será guiada por quatro prioridades ao longo do ano: vídeo, monetização de conteúdo, mensagens e transparência.

De forma resumida, o executivo revelou que a empresa irá investir em melhorias no compartilhamento de vídeos, principalmente no que diz respeito aos Reels - ferramenta que permite aos usuários levar vídeos em formato mais longo para o feed principal.

Além disso, Mosseri destacou que os criadores de conteúdo devem ganhar novos recursos para monetizar seu conteúdo na rede. Quem acompanha e utiliza as novidades liberadas pela plataforma sabe que dá para fazer dinheiro utilizando a audiência gerada em cada perfil.

Mas para usar todo o potencial da plataforma, é preciso ficar atento às atualizações e com as possibilidades de postagem que mudam de acordo com as escolhas de cada perfil. Saber quem são seus seguidores, focar na área de atuação do seu negócio e o tipo de conteúdo criado são caminhos que ajudam a agir de forma estratégia.

Em 2021, a rede social fez uma série de testes como novos tipos de feed (não organizados por tempo cronológico), aumentou o limite de tempo dos vídeos nos stories e anunciou melhorias no Reels.

Neste ano de 2022, mais novidades chegam para melhorar essa interação, como a promessa da liberação de um novo serviço na plataforma, o de assinaturas.


REQUISITOS

Embora o Instagram tenha anunciado algumas mudanças no último ano, como, por exemplo, a possibilidade de inserir link para qualquer tipo de perfil, independentemente do número de seguidores, ainda há uma série de requisitos a serem cumpridos para a monetização.

- A conta deve ser pública e ativa.

- O perfil deve estar cadastrado como comercial ou de criador de conteúdo.

- Ter no mínimo 10 mil seguidores.

- Ter pelo menos 1 mil interações (curtidas ou comentários) nos últimos 60 dias, ou 100 horas de visualizações em conteúdos originais.

- Não ter histórico de penalidades pelo uso indevido do Instagram.

- Estar com o perfil selecionado para usar as funções de monetização.


FORMAS DE MONETIZAR

1- Lives com selos: a forma mais famosa de monetização por meio das lives acontece com a distribuição/venda de selos. Essa forma garante aos seguidores o privilégio de ter seus comentários em destaque na live em questão. Dessa forma, os seguidores têm a oportunidade de doar valores ao perfil escolhido e, com base nisso, recebem selos de apoiadores. O pagamento é realizado em dólar por meio do Google Pay ou Apple Pay.

Muitos perfis começaram a oferecer algum tipo de conteúdo específico em formato de live permitindo acesso somente aos seguidores que comprarem esses selos. A criação de um grupo chamado de "best friends" permite que esse conteúdo seja direcionado somente para seguidores escolhidos.

2 - Anúncios em vídeos: uma forma de monetização bem parecida com a do YouTube. Nesse formato, produtores de conteúdo ganham pelos anúncios que são exibidos antes, durante ou depois do seu vídeo. A diferença é que, no caso do Instagram, os anúncios surgem antes dos vídeos publicados no IGTV, após a visualização de uma prévia no feed.

Já disponível nos Estados Unidos, a função deve chegar ao Brasil nos próximos meses. Segundo o Instagram, os anúncios devem ser em formato de vídeos de até 15 segundos.

Em sua apresentação, o CEO do Instagram indicou que a ativação da opção de conteúdo patrocinado acontecerá de duas formas: por transferência bancária e via PayPal.

Conteúdos originais têm maior relevância dentro da plataforma e, portanto, nem todos os vídeos estarão aptos à monetização. É necessário que as postagens sejam inéditas e originais. Ou seja, após a ativação dessa opção não serão considerados vídeos antigos e compartilhados anteriormente.

3 - Afiliação: esse formato está liberado para influenciadores digitais e criadores de conteúdo que tenham acima de dez mil seguidores, ou para perfis de contas comerciais que podem "taguear" em suas publicações produtos afiliados de outras marcas.

Isso significa que contas de pessoas físicas podem divulgar produtos em cima de seus posts e que empresas podem negociar esse tipo de postagem com seus parceiros influenciadores.

Cada vez que um seguidor clica nesse produto e fecha uma compra por meio do aplicativo do Instagram, a conta que encaminhou essa transação ganha uma comissão de vendas por ter divulgado e repassado determinado produto para seus seguidores num movimento de afiliação.

Como todo processo do Instagram, é preciso que a marca autorize a utilização de produtos nessas postagens. Ou seja, esse "tagueamento" não está disponível para todos os usuários e depende, necessariamente, de uma aprovação da marca.

4 - Bônus do Reels ou Reels Play: trata-se de um bônus dado por performance e é necessário ativar essa função de publicar o conteúdo. Ou seja, quanto mais visualizações aquele Reels tem, maior a bonificação. 

Nessa função o perfil terá 30 dias para contabilizar sua performance, como, por exemplo, a totalidade de visualizações. Ao final desse um mês, o Instagram contabiliza o desempenho de todos os vídeos postados - e não de cada vídeo isolado como costuma ser -, e quem atingir determinada meta, recebe o valor integral do bônus.

É importante lembrar que essa meta não precisa, necessariamente, ser alcançada em um único vídeo, podendo ser a soma de visualizações de vários vídeos desde que postados até o final do prazo do Reels Play.

5 - Assinaturas (ainda não está liberada no Brasil): anunciada no fim de 2021 e recém-lançada nos Estados Unidos, o serviço de assinaturas deve ser liberado de maneira global até o fim de 2023. Com esse recurso, todos os criadores de conteúdo receberão integralmente o valor pago por seus assinantes.

A proposta é que os valores recebidos variem de US$ 0,99 até US$ 99,99 por mês. Ainda sem previsão de lançamento no Brasil, um grupo de influenciadores norte-americano foi escolhido para a primeira fase de testes.

6 - Parceria paga ou conteúdo de marca: um dos primeiros recursos liberados pelo Instagram, e que segue em uso, é a parceria paga - um tipo de transação que não envolve nenhum tipo de repasse feito pelo Instagram e que tem toda a sua negociação gerada fora da plataforma.

A opção permite que marcas e criadores de conteúdo identifiquem conteúdos feitos a partir de uma parceria comercial entre as partes. A partir de uma marcação, o público sabe que determinado conteúdo ou postagem é resultado de uma parceria.

Foi esse um dos caminhos encontrados pelo Instagram para dar transparência ao conteúdo de marca e, sobretudo, gerar algum tipo de retorno financeiro pelo uso da plataforma. É possível utilizar essa opção em qualquer tipo de publicação feed, stories, live, Reels e IGTV marcando seus parceiros.

 

Mariana Missiaggia 

Repórter mserrain@dcomercio.com.br

Fonte: https://dcomercio.com.br/categoria/gestao/guia-de-monetizacao-do-instagram-para-2022


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