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terça-feira, 4 de janeiro de 2022

MITOS E VERDADES da Yoga

Carlo Guaragna desvenda se tudo o que circula sobre a prática milenar pode ser confiável

 


Pessoas com sobrepeso não conseguem fazer Yoga? É preciso ser vegano? Ajuda a dormir melhor? Professor de yoga e meditação, com mais de 10 anos de experiência e mais de 15 mil alunos responde dúvidas

 

O Yoga, prática milenar, vem se popularizando cada vez mais ao longo dos anos. No entanto, assim como tudo que “vira hit”, alguns mitos são criados em torno, e nem tudo que circula nas redes sociais pode ser considerado verdade. Para tirar algumas dúvidas, o professor Carlo Guaragna, com mais de 10 anos de experiência e mais de 15 mil alunos, lista o que podem ser considerados “mitos e verdades”. 

 

Carlo fez do yoga um caminho de autoconhecimento. Formado em administração pela ESPM, o porto-alegrense trabalhou em diversas profissões, desde vendedor até administrador de lojas, mas não conseguia encontrar um propósito nessas funções. Até que aos 20 anos, cansado de não saber quem realmente era, no meio da influência da família, amigos e personalidades, encontrou na yoga mais do que uma meditação ou alongamento: um processo de descobrimento de si e desenvolvimento da saúde plena. 

 

Veja os mitos e verdades: 

 

1. Pessoas com sobrepeso não conseguem fazer yoga?

 

O sobrepeso pode dificultar a prática de posturas, mas não limita. Aquele que tem sobrepeso ficará naturalmente mais forte com a prática, pois carrega mais peso durante a aula. As fotos a seguir não me deixam mentir: https://www.boredpanda.com/plus-sized-yoga-jessamyn-stanley-fat-femme/?utm_source=google&utm_medium=organic&utm_campaign=organic 

 

2. Yoga é uma prática só para gente calma?

 

O yoga é uma prática que acalma, certamente. Mas a pergunta é: quem já é calmo precisa se acalmar mais do que quem é muito agitado? Não.

O yoga beneficia imensamente aqueles que mais tem dificuldade com o silêncio, tranquilidade, concentração e respiração.

 

3. Para praticar yoga deve ser vegano ou vegetariano?

 

Não. Embora ajude na experiência sutil da prática, a dieta vegana/vegetariana funciona como um acelerador evolutivo para o meditador, mas não é uma obrigação daquele que pratica.

 

4. Para praticar yoga devo ser flexível?

 

Sim. Esta dúvida surge pelo fato de que o yoga sempre é publicado na mídia através de suas posturas mais mirabolantes e avançadas. Mas todo o praticante que hoje as faz, começou pelo básico, que é acessível a todos. Um dos meus focos principais é fornecer este caminho de início para aqueles que têm restrição de movimento e dificuldade com a presença.

 

5. Yoga emagrece?

 

Sim. A atividade física do yoga emagrece, porém, onde mais auxilia no emagrecimento é o autocontrole que se desenvolve. A prática nos ensina a não agir com impulsividade, criando um espaço de consciência entre o desejo e a ação. Isto é o que mais beneficia o praticante: o poder de tomar decisões alinhadas com sua vontade.

 

6. Yoga é chato

 

Não. Nos nossos dias estamos frente a uma máquina de entretenimento repleta de cores, ação, vidas perfeitas e locais extraordinários: a rede social. A nossa vida se torna sem graça comparada a toda esta perfeição fictícia produzida nas redes sociais. Na verdade o yoga abre a sua percepção para a própria vida e ajuda no velho chavão: encontrar a felicidade nas coisas simples e no presente. 

 

7. Quem é bom no yoga faz posturas de contorcionismo.

 

Mito. O yoga é uma prática que utiliza o corpo como ferramenta, mas seu objetivo é outro: o autoconhecimento. Portanto quanto maior for o conhecimento que o praticante tem de si, do que ele é, mais avançado ele é nesta prática. Os maiores mestres da história são sábios e não contorcionistas!

 

8. Yoga ajuda a dormir melhor?

 

Verdade. A prática auxilia a ativar o sistema nervoso parassimpático, relacionado ao relaxamento e bem-estar. Depois de uma prática de yoga, o praticante está mais predisposto ao descanso e concentração.

 

9. Yoga é uma religião?

 

O yoga é uma técnica que é definida na sua escritura primeira, Yoga Sutra de Patanjali como “silenciamento dos turbilhões da mente”, ou seja: uma técnica para reduzir o falatório mental… Esse “eu narrativo” que nos aliena do mundo real. 

Apesar disso, o yoga é utilizado em muitas religiões hinduístas como ferramenta para realização pessoal e comunhão com a realidade última.

 

10. Sou idoso, posso praticar yoga?

 

Verdade. Todos podem praticar. Yoga, em sua origem é meditação. As práticas corporais auxiliam o praticante a alcançar este estado. Existem muitas formas de se aplicar a técnica corporal do yoga, de forma mais intensa ou mais branda. Todos podem praticar.

 


Carlo Guaragna

https://carloguaragna.cc/ 

https://www.instagram.com/carloguaragna/

https://www.youtube.com/channel/UCq4xj0ImntzjHRVkcpxPB2A


5 dicas para melhorar a autoestima e ser mais feliz em 2022

A pandemia afetou o bem-estar físico, emocional e mental de milhares de brasileiros. Manter a autoestima nesse período tornou-se uma busca diária e difícil; pensando nisso, a psicóloga Vanessa Gebrim e o Fisioterapeuta Dermato Funcional Igor Lustosa listam algumas dicas para quem procura alternativas para cuidar do próprio bem-estar


 

O período de isolamento social não é um momento fácil para se lidar. Em meio às mudanças na vida profissional e pessoal, se adaptar pode se tornar um processo difícil e doloroso. Para se ter ideia, de acordo com uma pesquisa realizada pela Universidade de São Paulo (USP), em onze países, o Brasil lidera os casos de depressão e ansiedade durante a pandemia. De acordo com o estudo, o país é o que mais tem casos de ansiedade (63%) e depressão (59%). Números como esses mostram como a saúde mental dos brasileiros foi afetada durante a pandemia.


Para a psicóloga Vanessa Gebrim, especialista em Psicologia Clínica pela PUC de SP, sentir-se bem tem sido um desafio para muitas pessoas nessa fase de pandemia. “As frustrações comprometeram até mesmo a autoestima, já que muitas pessoas não conseguiram realizar os projetos que tinham planejado. Esse aumento nos casos de depressão e ansiedade se deram também por conta das mudanças drásticas na rotina, além de todo o medo e incerteza que vieram junto. As pessoas ficaram com as emoções à flor da pele, o que prejudica o equilíbrio e contribui para a baixa autoestima”, explica.


De acordo com o Fisioterapeuta Dermato Funcional e influenciador digital Igor Lustosa, a estética começou a ser ainda mais uma forma das pessoas cuidarem de si e estimularem a autoestima neste período. “Os cuidados estéticos podem ser tomados para melhorar a autoestima, porque são tratamentos feitos para melhorar a pele, o olhar, o corpo e o cabelo das pessoas. Em um período como este, as pessoas devem buscar justamente coisas que fazem elas se sentirem bem, além de trazer uma autoconfiança e segurança maior”, entende.


Pensando em quem busca alternativas para melhorar o bem-estar físico e mental durante a pandemia, os especialistas listaram algumas dicas. Confira:


1. Faça terapia: a falta de autoestima pode ser uma ponte para quadros de ansiedade, medos, fobias e até para depressão. “Procurar um profissional pode ser necessário e ajuda no sentido de fazer com que o paciente entre no processo de autoconhecimento, trazendo mais segurança e autonomia para sua vida. Além disso, contribui no controle das emoções, fortalecendo a autoconfiança e auto aceitação. Existem abordagens e técnicas bastante eficazes que podem ser a chave para a melhora do bem-estar emocional da pessoa”, explica Vanessa Gebrim.


2. Se cuide mesmo estando em casa: alguns cuidados podem ser tomados mesmo durante o isolamento social. “Durante a pandemia, as pessoas que gostam precisaram parar de ir às clínicas fazer procedimentos estéticos. Mas, mesmo estando em casa, existem coisas que podem ser feitas. A principal e mais fácil é adotar uma prática diária de skin care. Existem vídeos na internet que ensinam passo a passo pra quem quer cuidar da pele em casa, mas é importante ressaltar o cuidado que se deve ter. É importante usar substâncias e produtos que sejam conhecidos e, de preferência, com indicação do seu profissional”, diz Igor Lustosa.


3. Comemore as pequenas conquistas: durante o período de pandemia, para algumas pessoas se tornou mais difícil conquistar coisas que antes seriam fáceis. Comemorar essas conquistas se tornou um fator essencial para a saúde mental. “Quando celebramos algo que fizemos e deu certo, ativamos sentimentos bons dentro de nós, sentimentos de recompensa. Nossa mente registra isso para sempre, ajudando-nos a nos sentir mais capazes diante de novos desafios e contribuindo para que sejamos mais confiantes e plenos”, complementa a psicóloga.

 

4. Massagens podem ser uma saída: a massagem é um procedimento antigo e até mais acessível que estimula os bons hormônios (endorfinas). “As massagens revigoram o paciente, além de haver vários tipos de massagem: relaxante, modeladora para redução de gordura e a drenagem linfática, uma técnica muito utilizada para retenção hídrica e de uma certa forma oxigena o tecido e melhora o corpo. A massagem é um recurso estético que traz um retorno imediato, diferente de outros procedimentos que levam algum tempo. Esse imediatismo de resultado pode ser essencial principalmente em tempos de pandemia”, entende o especialista Igor Lustosa.

 

5. Se olhe e se entenda: é importante entender que tudo o que a pessoa fizer que, de alguma forma, contribua para que ela se orgulhe de si, a ajudará a fortalecer sua autoestima. “Quando a pessoa está focada em seus aspectos negativos, a insegurança certamente estará presente em sua rotina e relacionamentos. Dentro do processo de autoconhecimento, a pessoa aprende a gerenciar suas emoções e desenvolve sentimentos positivos sobre si e sobre o mundo. É importante entender que tudo o que a pessoa fizer e que de alguma forma contribuir para que ela se orgulhe de si contribuirá para fortalecer a autoestima em tempos tão difíceis como o que estamos vivendo”, conclui a psicóloga Vanessa Gebrim.

 

 


Vanessa Gebrim - Pós-Graduada e especialista em Psicologia pela PUC-SP. Teve em seu desenvolvimento profissional a experiência na psicologia hospitalar e terapia de apoio na área de oncologia infantil na Casa Hope e é autora de monografias que orientam psicólogos em diversos hospitais de São Paulo, sobre tratamento de pacientes com câncer (mulheres mastectomizadas e oncologia infantil). É precursora em Alphaville dos tratamentos em trauma emocional, EMDR, Brainspotting, Play Of Life, Barras de Access, HQI, que são ferramentas modernas que otimizam o tempo de terapia e provocam mudanças no âmbito cerebral.



Igor Lustosa - especializado em fisioterapia dermato funcional e mestrando em Meio Ambiente. Atualmente é docente do curso de Fisioterapia da UNDB/MA. Além disso, palestra em congressos, jornadas e simpósios por todo o país. Possui mais de 44 mil seguidores em seu perfil no Instragram https://www.instagram.com/igorlustosa/ e conta com um Canal no youtube: https://www.youtube.com/channel/UCfVDIEVt940Rpg5dMCF5HIw?app=desktop

Psicóloga apresenta dicas para substituir o celular por atividades físicas e começar 2022 de forma mais saudável

Confira opções para iniciar o próximo ano com mais disposição

 

Hoje o celular está presente em quase todos os momentos do nosso dia, desde quando acordamos até a hora em que vamos dormir. Às vezes, ele é um grande aliado nos trazendo informações que enriquecem a nossa vida tanto no pessoal quanto no profissional, porém, em alguns momentos, ele nos rouba algo muito importante e que não nos damos conta, que é o tempo e a saúde. 

Segundo Flávia Barbato, psicóloga comportamental que atende pela Telavita, o tempo é algo difícil de se precificar e repor, pois o que passou não pode ser mais vivido. “Vivemos em uma realidade em que as pessoas se concentram tanto em não perder o que acontece no mundo, que elas criam uma dependência da tela que acaba sendo prejudicial à saúde. Aconselhamos sempre a importância de dosar o tempo de consumo de informações com outras atividades, como exercícios, para evitar a dependência do aparelho”, reforça a especialista. 

Para vivermos melhor nosso presente e termos uma boa qualidade de vida, é necessário equilibrar melhor nossa relação com o celular e criar o hábito de realizar atividades sem sua presença, para evitar distrações e ansiedades. 

Para isso, a profissional recomenda seis dicas que vão ajudar a trocar a tela por atividades mais saudáveis:
 

Desmame do seu celular: para quem é viciado, comece a realizar caminhadas curtas ou qualquer atividade que não leve muito tempo, mas sem levar consigo seu celular. Este pode ser um começo para os mais dependentes do seu smartphone.
 

Estabeleça horários: seja para realizar alguma leitura, alongamento ou meditação, estipule um período em que irá realizar essas atividades sem o celular. Isso pode fazer você se concentrar melhor em você mesmo e em seus pensamentos, purificando um pouco sua mente em relação ao ambiente virtual.
 

Faça atividades em grupo: procure por esportes ou práticas em que ocorra interação entre mais indivíduos. Essas atividades favorecem as habilidades naturais de comunicação e interação social, que são importantes para quem não gosta de atividades físicas solitárias, além de afastar a pessoa temporariamente do seu smartphone.
 

Técnica “só vai”: muitas vezes condicionamos nossa decisão de fazer atividade física ao tempo, amigos, roupa, sono, séries e etc, quando o que precisamos é apenas começar. Dessa forma, a vontade e disposição aparecem no caminho. Então “só vai”, que o gosto pela atividade vai se desenvolvendo com a prática.
 

Não faça do celular um inimigo: aprenda a usar ele como um amigo de treino. Consuma com moderação conteúdos ligados a atividades físicas e dança, por exemplo. Hoje temos aplicativos que auxiliam em diversas atividades físicas, mas lembre-se: hora de treino é hora treino, nada de redes sociais e distrações.


Foco no seu tempo: lembre-se de gastar seu tempo com você. Seu celular e o que você consome nele, não deve ser o fator principal da sua vida. Em sua vida, você precisa de momentos de equilíbrio, principalmente para manter a saúde em dia, sem que a tecnologia vire o vilão deste momento.


Cyberbullying: violência virtual desencadeia casos de depressão e suicídio

Divulgação / MF Press Global
Vítimas de “haters” podem sofrer de transtornos psicológicos após situação traumática

 

O termo cyberbullying define práticas de violência que acontecem em ambientes virtuais, principalmente nas redes sociais e nos grupos de WhatsApp. Um levantamento do Instituto de Pesquisa Ipsos aponta que o Brasil é o segundo país com mais casos de cyberbullying contra crianças e adolescentes

Segundo o Psicólogo André Barbosa, o cyberbullying pode provocar na vítima uma enorme sensação de tristeza e ansiedade, desencadear casos de depressão e em situações mais trágicas, até mesmo suicídio. Em Julho de 2019, a blogueira Alinne Araújo cometeu suicídio após de ser alvo de comentários maldosos nas redes sociais após seu noivo ter cancelado o casamento dias antes da cerimônia. 

“O perfil do agressor é de alguém que não sente empatia pela vítima. Este indivíduo pode sofrer de um transtorno mental, como a psicopatia ou o transtorno borderline. As pessoas que dão likes ou compartilham o conteúdo também promovem a violência, já que isso estimula o agressor a sentir orgulho, diversão ou até mesmo se tornar mais popular por meio do mal que cometeu” explica o Psicólogo André Barbosa, autor de um livro sobre transtorno de personalidade boderline.

O especialista em psicologia André Barbosa contextualiza que historicamente, civilizações passadas cultivavam o hábito de assistir indivíduos serem apedrejados em praça pública: “esse instinto primitivo faz com que pessoas incentivem essa carnificina virtual. A todo momento, o instagram é palco de apedrejamento digital: não suje suas mãos com esse sangue. Você pode não ter matado a pessoa, mas se você compartilhou, curtiu ou incentivou, indiretamente você contribuiu com a morte de alguém”, constata. 

Em uma live sobre os impactos do cyberbullying e da cultura do cancelamento, o Psicólogo André Barbosa ressalta a importância da responsabilidade digital nas plataformas virtuais. Ao ver publicações que promovem violência, denuncie. A vítima pode estar fragilizada com a situação e não conseguir se defender das agressões.

 

 

Dr. André Barbosa - psicólogo e escritor, formado em psicologia pela Universidade de Fortaleza (Unifor), especializado em terapia cognitivo-comportamental pela UniChristus, graduado em Administração e Marketing pela Estácio e em Business Communication pela Universidade de Cambridge no Reino Unido. Também é autor de 6 livros sobre depressão, comportamento, qualidade do sono e desafios emocionais, ciúmes e transtorno de personalidade boderline. Já foi colunista no Jornal Tribuna do Ceará. Além disso, é professor do curso de Formação em Terapia Cognitivo-Comportamental da IEMB e professor de inteligência emocional da MEGE.

@opsicologo

 @freudofficial


PECADORA DE MERA VONTADE

– Espantar? Espanto é medo, mas também é admiração, rsrs. Gosto. Estou seguro de que nossas conversas te afetam, te causam emoções... Não conversamos com indiferença.


– Emoções!? São provocações que me assustam.


– Hum... Eu diria: te emocionas, e tuas emoções te assustam.


– Ah! boa sorte minha, sou sensata.


– Ou te perderias?


– Perder-me? Não... Não me perderia.


– Não mesmo? Precisaste do socorro da tua sensatez... Isso talvez te tenha assustado, ou espantado, como preferes.


– Jamais! Se não o quero, podes ter certeza, não me perco...


– Bem... Quem tem certeza sobre seus quereres não levanta a hipótese do perder-se.


– Fui eu? Bem, é uma proposição, e eu já a trago negativa.


– Argumentos inteligentes, claro. Mas uma hipótese já pressuposta negativa é uma proibição a priori, é uma recusa antecipada da possibilidade. Não vês? Se recusas a possibilidade, então a possibilidade te ocorreu. Essa possibilidade, antes mesmo de admiti-la, tu a proibiste a ti mesma.


– Manobras argumentativas... Não vou cair nisso.


– Cair? Te sentes à beira de uma queda? Talvez na tentação de uma queda...


– Modo de dizer, rsrs.


– Modo de dizer, rs... Não sentes e saboreias a possibilidade da queda? Não tens vertigens à beira dos teus desejos contidos de queda?


– Eu sou tranquila, tenho uma vida tranquila... E dela não desejo me jogar em nada.


– Sim... Suponho que sim. Mas... Olha, vidas tranquilas são aliadas da proibição de nossos desejos. E quem falou em se jogar?


– É... Tomarei mais atenção às palavras, já que as pegas... Bem, sim, eu disse. Mas, olha, quero significar: estou na vida que levo por vontade de levá-la.


– Vontade! Vontade é um imperativo nosso sobre nós mesmos. Pessoas inteligentes... Seus superegos fortes constroem argumentos fortes para conter desejos fortes. Conter nunca é suprimir, contudo, rsrs.


– Desejos! Há um tanto de desculpa nisso. Acabam usados como licença para atender egoísmos. Já que apelos intelectuais te sensibilizam, me faço acompanhar de Kant, falo em egoísmo como submissão unicamente ao meu interesse, em desconsideração aos meus compromissos morais. Há outros valores em questão; não quero magoar pessoas.


– Sei! A dedicada servidão à moral, aos compromissos. Compromissos que nem contrataste. Olha, defesa de normas morais ou de compromissos sociais é sempre uma ética de interesses. Manter posições é manter interesses.


– Assim seja... Não vejo problemas em que interesses sejam defendidos. Só não quero viver um puro e simples egoísmo. Há interesses outros na minha situação de vida... Há outras vontades além das minhas.


– Acredito nisso de jeito nenhum. O que chamas de tua situação de vida eu chamo de teus interesses. Os outros interesses que referes são pretextos para sustentar os teus interesses. E te digo: reprimir desejos por conveniências; haverá custos.


– Isso é medíocre. Seres rasos é que se entregam a caprichos.


– Apelo a Nietzsche, tão do teu gosto: o egoísmo é sentimento de pessoa superior, daquela capaz de compreender o mundo do ponto de vista exclusivo de seu próprio interesse.


– Não nego Nietzsche... Até posso compreender o mundo a partir dos meus exclusivos interesses, mas não posso vivê-lo. Ninguém poderia fazê-lo.


– Lá isso é verdade. Tenho mesmo que negociar com o mundo; mas não com esse mundinho para o qual muita gente dá a vida em troca de mediocridade. Esse mundinho confortavelzinho oferece convenienciazinhas e consegue reprimir desejos enormes. Esse mundinho...


– Se não nos cuidamos, nos corrompe a grandeza possível da existência? Bem sei disso... Entretanto, existência é relação. Não quero uma liberdade egoísta e desrespeitosa, que atropele o próximo.


– Relação nenhuma pode me pedir a minha anulação. Nem sei se algum próximo se te declarou atropelado. A coisa és tu contigo mesma. Convertes moral e conveniências em egoísmo excludente. Não, não é verdade que magnanimamente recusas as vontades de teu ego. Desculpa, mas estás é a te curvar à segurança dos usos e costumes.


– Deixa eu ficar calma, tranquila, na minha... Tenho os prazeres da rotina, porém os tenho.


– Rotina, gosto dela... A rotina nos acalma... Previsibilidade... Sem rotina a vida seria caótica. Certo. Mas duvido de que alguém satisfaça desejo na mesmice. E sim, claro, te deixo na tua calma, afinal, é coisa tua. Um dia, porém, terás que te dar explicações.


– É... Tens gosto em me provocar.


– Gostas de ser provocada, para provares o gosto de não cair em tentação? Soberba elevação controladora sobre si própria, não? Sabes qual o prazer do pecador no teu modo de ver o egoísmo?


– Aposto que me vais dizê-lo.


– Rsrs, só se me pedires...


– Um homem vítima de todos e cada um dos seus desejos... Um homem capturado por si mesmo.


– Tenho vontade de dizê-lo. E tu? Tu a tens de sabê-lo?


– Fica pela tua vontade.


– Mas somos dois.


– Não me curvo à minha vontade...


– Ah!, rsrs, com isso a declaras. Digo, pois: tu, pecadora egoísta, aprecias, sem degustá-las, as tuas vontades. Desejas, conversas sobre desejos, mas, egoísta de ti para contigo, não pecas. Mas, olha, não pecar é grave pecado.


– Rsrs, talvez... Se acontecer, vou, dou-me. Mas, sabes? Eu peco. Peco saboreando o desejo desejado.



 

Léo Rosa de Andrade

Doutor em Direito pela UFSC.

Psicanalista e Jornalista.

 

3 passos para ter um ano inesquecível

Ao olharmos o nascer do sol sentimos a sensação gostosa de receber a permissão para poder recomeçar. Reconheço essa mesma sensação com o início de um novo ano, quando nossa energia e força são renovadas com a visão do que queremos criar em um futuro próximo.

Mas nem sempre aquilo que nos programamos para fazer evolui como gostaríamos e o ano vai passando e vamos percebendo que alguns dos nossos planos não estão sendo concretizados, o que nos traz grande frustração.

O que acontece é que muitas vezes temos expectativas que vão além do que é possível atingir neste espaço de tempo, por isso, temos que nos planejar dentro do que é factível e não a partir de sonhos irreais.

Afinal, você está preparado para começar uma nova jornada com entusiasmo e focado nos objetivos que quer alcançar?

Tudo na vida que queremos materializar temos que em primeiro lugar visualizar e planejar para que possa ser realizado, senão é impossível que isso aconteça. Na transição para um ano novo sugiro esses 3 passos que lhe ajudarão a posicionar suas ideias de uma forma mais efetiva.

 

1 - AGRADEÇA

Comece a vibrar no agradecimento que é a maior energia que você pode vibrar. Volte para trás e celebre as suas conquistas. Veja no ano que passou tudo o que você conquistou. Não fique na vitimização pensando no que deu errado e no que você não conseguiu conquistar. Até ter superado suas perdas já é uma conquista! Faça uma lista de tudo aquilo em que você colocou sua energia e conquistou e celebre.

 

2- DEFINA OBJETIVOS

Coloque no papel todos os objetivos que você quer conquistar neste ano. Evite o “e se”, “onde” e “com quem”. Não tenha dúvida, e pense: “como vou fazer?”

Por exemplo, seu eu quero subir de cargo na empresa, o que posso fazer? Eu tenho que fazer uma pós-graduação, melhorar minha formação, ter mais certificados.

Agora, se você quer um novo amor, precisa sair mais de casa, conhecer outras pessoas e até entrar em um aplicativo de relacionamento que antes tinha resistência em fazer.

O importante é definir seus objetivos e o que irá fazer para alcançá-los. Lembre-se que ninguém vai fazer nada por você a não ser você mesmo. Se você quer mudanças, faça as mudanças que precisa para alcançar o que você quer.

 

3- COLOQUE EM PRÁTICA

Quais as praticas que vou adquirir esse ano para me ajudar e dar forças nesse meu projeto? Meditação? Procurar uma academia? Fazer terapia em EFT? Enfim, defina o que fazer para cuidar mais da sua mente e corpo para que consiga alcançar tudo o que quer.

O mais importante é você se reinventar, planejar e buscar ferramentas que possam lhe ajudar a conquistar seus desejos. Foque sua energia na direção dos seus maiores objetivos, se orgulhe quando forem concretizados, e lembre-se sempre que só podemos realizar aquilo que colocamos nossa energia e dedicação.

Coloque essas orientações em prática e transforme seu 2022 em um ano inesquecível!

                


MARGARETH SIGNORELLI - Profissional com formação internacional, é fundadora do ILE - Instituto de  Liberação Emocional tem como missão auxiliar, apoiar, encorajar e guiar pessoas no processo de transformação, buscando o autoconhecimento profundo e quebra de obstáculos internos que impedem que o bem-estar e o amor fluam livremente em suas vidas, para isso possui a seguinte formação:

Instagram: @margareth.signorelli 

 

Criatividade e imaginação: como incentivar atividades que estimulam as crianças

O período de férias é ideal para promover brincadeiras que auxiliam no desenvolvimento das habilidades criativas 

  


Período de celebrações, festividades e férias, o final do ano também é tempo de estar junto com as crianças. Com vontade de descobrir e explorar o mundo à sua volta, o momento do recesso também pode proporcionar uma maior interação familiar. Como os pais e responsáveis podem aproveitar esse período e incentivar atividades que estimulem as crianças? 

 

Para o coordenador pedagógico Josué Artigas Machado Junior, do Marista Escola Social Curitiba, é natural que as crianças busquem atividades divertidas, mas também é possível que os pais e responsáveis participem e mobilizem outros adultos a participarem também. “Essa possibilidade de mediação colabora com a socialização, e a criança também vê no adulto a possibilidade de expandir ainda mais sua forma de brincar”, reforça. 

 

O educador revela que o momento de socialização durante as festividades do final do ano contribui para que as crianças criem ainda mais repertório cultural. “A imaginação e a criatividade são inerentes nas crianças, na forma como elas buscam utilizar brinquedos, objetos e recursos, mas algumas atividades estimulam ainda mais, e os adultos podem ser esse canal de incentivo”, reforça. 

 

O especialista dá algumas dicas de atividades divertidas que incentivam o uso da criatividade e imaginação:

 

  1. Explore a natureza

Nada melhor do que incentivar as crianças a conhecerem e protegerem a natureza. O contato com o verde proporciona inúmeras vantagens no desenvolvimento e crescimento dos pequenos. Brincar com folhas, árvores, areia e grama é uma maneira de abrir a mente e estimular a criatividade. 

 

  1. Jogos e desafios

Os jogos e desafios são importantes para compartilhar o espírito de equipe, incentivar a busca de soluções, e incentivar o uso da criatividade para sair da situação criada pela brincadeira. “Uma das maneiras que contribui também para esse momento é criar seus próprios jogos e desafios, vale utilizar os materiais de casa, assim como a imaginação, na hora de um passeio de carro, por exemplo”, reforça Josué. 

 

  1. Criar é a palavra de ordem

Brincar também é incentivo para criar e as crianças adoram inventar novas brincadeiras. Utilizar meios e ferramentas para criar novas histórias, para contar, desenhar ou escrever, assim como brinquedos com materiais recicláveis, cabanas com lençóis, teatro de fantoche e muito mais. Permitir a liberdade na hora da invenção é o que estimula as crianças.

 


Marista Escolas Sociais

https://maristaescolassociais.org.br/


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