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quarta-feira, 5 de maio de 2021

Como humanizar a gestão de pessoas na pandemia?

Os funcionários são o bem mais precioso de toda empresa. Mantê-los engajados e motivados é uma das missões mais importantes e, ao mesmo tempo, desafiadoras. Com a pandemia, que tem criado severos impactos à saúde mental, fazer uma gestão de pessoas humanizada à distância tem sido ainda mais difícil.

Segundo o relatório anual da American Psychological Association (APA) deste ano, onde aponta as tendências emergentes da psicologia, dois terços dos trabalhadores relataram que os problemas de saúde mental sofridos prejudicaram seu desempenho profissional durante a pandemia. Paralelamente, outra pesquisa realizada pela Lyra Health e pela National Alliance of Healthcare Purchaser Coalitions, mostra que 40% dos funcionários disseram estar enfrentando um esgotamento nesse período.

Os impactos causados pela pandemia são devastadores e, além de afetar a própria saúde de muitas pessoas, impactam consequentemente em outras atividades e responsabilidades profissionais. Neste cenário, ter uma boa gestão de pessoas pode contribuir – e muito – para driblar esse esgotamento, e, ainda, trazer a motivação, engajamento e produtividade antes vista no trabalho presencial.

Felizmente, essa já é uma tendência adotada por diversas empresas. Um estudo feito pela Você RH mostrou que 72% dos gestores confirmam que a pandemia foi a razão efetiva para adotar transformações na companhia. Além disso, 40% dos executivos disseram ter se aproveitado da transformação digital para elaborar as melhores estratégias para esse objetivo.

Esses resultados deixam claro que, em meio ao distanciamento social, o uso da tecnologia deve ser o foco da gestão de pessoas. Em um primeiro momento, a tecnologia traz enormes benefícios para o dia a dia da organização, permitindo acompanhar o andamento e desenvolvimento de cada funcionário por meio de plataformas online e, manter uma comunicação próxima e clara por meio de ferramentas tecnológicas. Tudo isso otimiza o dia a dia das tarefas e contribui para diminuição de reuniões e processos desnecessários.

Mas além disso, a gestão de pessoas também deve se preocupar em usar essa tecnologia para momentos de descontração entre todos. Na Pontaltech, por exemplo, desenvolvemos um trabalho forte nessa questão por meio de diversas plataformas e aplicativos voltados ao incentivo da saúde mental.

Neles, os times podem contar com consultas com psicólogos e muitos conteúdos de bem-estar, como aulas de yoga, podcasts e meditações guiadas – tanto transmitidas ao vivo quanto gravadas e disponibilizadas para serem acessadas a qualquer momento.

Um deles oferece uma espécie de termômetro de saúde, onde cada pessoa indica se está feliz, neutro, triste ou muito triste. Caso selecione uma das últimas opções, entramos em contato para entender o que aconteceu e como podemos ajudar.

Essas plataformas são extremamente importantes para que as empresas consigam tirar insights importantes sobre o dia a dia dos funcionários à distância. Afinal, com o home-office, as chances de problemas pessoais ou desentendimentos com quem mora na mesma casa interferirem no nosso desempenho profissional, são bem maiores.

Por isso, os funcionários devem ter um espaço onde se sintam à vontade para expor seus sentimentos e compartilhar o que os está incomodando. Com isso, a missão das empresas e, principalmente da gestão de pessoas, é buscar formas de ajudá-los, seja por meio de terapia ou aulas de descontração. Isso acaba contribuindo para um maior desempenho, produtividade no dia a dia e, inclusive, uma maior motivação.

Momentos de relaxamento e descontração como esses são extremamente importantes para a saúde mental das pessoas em meio a esse cenário difícil de isolamento social. Essas devem ser as prioridades de todas as empresas agora e depois que tudo isso passar.

 


Camila Paiva - Gerente de RH da Pontaltech, empresa especializada em soluções integradas de voz, SMS, e-mail, chatbots e RCS.

 https://www.pontaltech.com.br/

 

Vendas de usados caem 9,61% em abril

 Menor número de dias úteis de abril (20) em relação a março (23) impacta nas transações.

 

Em abril, as negociações de veículos usados, considerando todos os segmentos automotivos somados (automóveis, comerciais leves, caminhões, ônibus, motocicletas, implementos rodoviários e outros veículos), totalizaram 1.119.047 unidades, uma baixa de 9,61% sobre as 1.238.073 unidades, comercializadas em março/2021. Os dados foram divulgados nesta quarta-feira, 5 de maio, pela FENABRAVE – Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores.

Já na comparação com abril de 2020, auge da pandemia, no ano passado, quando 199.161 veículos usados foram transacionados, houve crescimento de 461,88%.

No acumulado, de janeiro a abril de 2021, foram negociadas 4.706.004 unidades de veículos usados, numa alta de 41,70% sobre o mesmo período de 2020, que somou 3.321.191 usados transacionados.

“A grande variação entre abril de 2021 e abril de 2020, assim como no acumulado do ano, é resultante das paralisações dos DETRANs e do fechamento das áreas de vendas, em vários estados, que se deram mais fortemente no ano passado”, justifica Alarico Assumpção Júnior, Presidente da FENABRAVE.


Crédito e produtos

O Presidente da FENABRAVE comenta, ainda, que o segmento de veículos usados, assim como acontece com os novos, enfrenta baixa oferta de produtos e o crédito, apesar de abundante, tem ficado mais seletivo. “Os financiamentos continuam sendo ofertados pelos bancos, com uma análise de crédito mais seletiva das propostas”, esclarece Assumpção Júnior.

Apesar da retração em relação a março/2021, as vendas diárias seguem positivas, uma vez que abril teve três dias úteis a menos do que o mês anterior. “Se analisarmos as vendas, apenas em dias úteis, observaremos um crescimento de 3,92%, já que abril teve 20 dias úteis e março 23. Notamos, claramente, que com a menor oferta de veículos novos, os usados têm sido muito mais demandados”, diz Assumpção Júnior.


Automóveis e Comerciais Leves

Para os segmentos de automóveis e comerciais leves, as transações de usados, em abril somaram 821.159 unidades, 10,31% abaixo dos 915.537 veículos transacionados em março.

Já em relação aos 145.654 veículos, vendidos em abril do ano passado, houve alta de 463,77%.

No acumulado de janeiro a abril deste ano, as vendas dos dois segmentos representaram 3.482.171 veículos usados transacionados, com crescimento de 40,28% sobre as 2.482.240 unidades, vendidas em igual período do ano passado.

Os modelos com até 3 anos de fabricação representaram 11,14% do total comercializado, em abril/2021, e 10,30% do acumulado do ano.

“Com a oferta reduzida de carros de entrada, os seminovos passaram a ser mais procurados”, explica o Presidente da FENABRAVE.


Estado de São Paulo continua perdendo participação

Após o aumento da alíquota do ICMS – Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços sobre veículos usados, em São Paulo, que passou de 1,8% para 5,53%, em 15 de janeiro/2021 e, mesmo depois da redução da alíquota, para 3,9%, em 01 de abril, o estado continua perdendo espaço, em relação a outros mercados do País.

“Enquanto o mercado nacional retraiu 9,61%, em abril, o paulista apresentou queda de 19,94% sobre o mês de março. Com isso, a participação de São Paulo, no mercado nacional, caiu 3,06%, passando de 31,46%, em março, para 27,86% em abril”, explica o Presidente, que alerta: “Essa perda de mercado está acarretando desemprego no estado. Estimamos que cerca de 18 mil empregos já tenham sido comprometidos, em nosso setor, apenas em São Paulo”, conclui Alarico Assumpção Júnior.

Acompanhe, na tabela a seguir, os dados de transações de veículos USADOS para cada segmento automotivo.


 

COVID -19 pode ser doença ocupacional?

A COVID-19 vem gerando dúvidas e debates no mundo jurídico, quando diz respeito à sua caracterização como doença ocupacional.

No início da pandemia, o governo chegou a editar a Medida Provisória nº 927 de 22/03/20, onde, em seu artigo 29, dispunha que os casos de contaminação pelo novo coronavírus não seriam considerados ocupacionais, exceto mediante comprovação do nexo causal.

No entanto, o STF suspendeu a eficácia do artigo em questão, em caráter liminar, por decisão proferida no julgamento das ADIs nº. 6344, 6346, 6348, 6349, 6352 e 6354, considerando que é responsabilidade das empresas adotarem todas as medidas de prevenção contra a doença, bem como que a atribuição do ônus probatório ao empregado não seria medida adequada à redução dos riscos dos trabalhadores diante da doença.

A MP 927 teve sua vigência encerrada sem conversão em lei e as referidas ADIs perderam objeto, mas a questão continuou a ser foco de dúvidas e questionamentos.

Em dezembro de 2020, o Ministério da Economia emitiu a Nota Técnica SEI nº 56376/2020/ME, onde orienta que a COVID-19 pode ser reconhecida como doença ocupacional, aplicando-se o que é dito no segundo parágrafo do artigo 20 da Lei 8.213/91, quando a doença resultar das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se relacionar diretamente; podendo se constituir ainda num acidente de trabalho por doença equiparada, na hipótese em que a doença seja proveniente de contaminação acidental do empregado pelo vírus no exercício de sua atividade.

Mas, considerou que a Perícia Médica Federal é que deverá caracterizar tecnicamente a identificação do nexo causal, não militando em favor do empregado, a princípio, presunção legal de que a contaminação constitui-se em doença ocupacional.

Entretanto, o Ministério Público do Trabalho, em última revisão, também emitiu Nota Técnica GT COVID-19 20/20, recomendando a emissão do CAT para todos os funcionários que sejam contaminados pelo coronavírus, inclusive aqueles que estiverem apenas sob uma condição de suspeita por critério clínico-epidemiológico.

As notas técnicas divergentes entre si representam o posicionamento dos órgãos emissores e podem influenciar nas decisões judiciais. Mas, não possuem força coercitiva e vinculante, motivo pelo qual o entendimento jurisprudencial sobre o tema deve aclarar a situação conforme as demandas forem sendo levadas ao judiciário.

Em recente decisão, a Justiça do Trabalho de Minas Gerais reconheceu como acidente de trabalho a morte por COVID-19 de um motorista de caminhão. Com a decisão, a transportadora que o empregava foi condenada a pagar indenização de R$200 mil por dano moral aos familiares e pensão para a filha até que ela complete 24 anos.

O juiz da Vara do Trabalho de Três Corações (MG) entendeu que a empresa deveria ser responsabilizada de forma objetiva, tendo o dever de assumir o risco por eventuais infortúnios sofridos pelo empregado ao submetê-lo ao trabalho durante período agudo da pandemia, uma vez que o funcionário teria sido contaminado no exercício da função, durante uma viagem de dez dias de Minas Gerais a Pernambuco, estando vulnerável aos ambientes a que se submetia.

Em outro caso recente, o juiz da 36º Vara do Trabalho de São Paulo, negou liminar pretendida por trabalhador, decidindo que o enquadramento do contágio por Covid-19 como doença ocupacional não decorre de nexo causal presumido, sendo que seu reconhecimento como acidente de trabalho demanda a análise ampla do caso concreto (Proc. 1000960-48.2020.5.02.0036, DEJT de 29/10/2020).

Percebe-se, portanto, que a caracterização da COVID-19 como doença ocupacional/acidente do trabalho vai depender das circunstâncias de cada caso concreto, ocasião em que será analisada a forma e as condições nas quais o empregado exerce seu trabalho, se o empregador adotou as medidas cabíveis para prevenção da contaminação e até mesmo através de realização de perícia técnica médica.

 


Sylvia Maria de Filgueiras Cabete - Bacharel em Direito pela Universidade Estácio de Sá (UNISA) desde 2006, Sylvia Maria de Filgueiras Cabete é pós-graduanda em Direito do Trabalho e Processual do Trabalho pelo Centro Universitário Salesiano de São Paulo (UNISAL) e em Direito de Família e Sucessões pela instituição Damásio Educacional (IBEMEC). Atualmente, a doutora atua no escritório de advocacia Aparecido Inácio e Pereira Advogados Associados, localizado na capital de São Paulo.


Como uma identidade visual certa pode fazer toda diferença no seu negócio?

A psicóloga e especialista em empreendedorismo feminino Rosangela Sampaio explica como a identificação com o cliente faz você sair na frente

 

Tornar sua marca reconhecível e distinguível de seus concorrentes é uma das características cruciais para o sucesso. Isso é essencial na Era em que as pessoas procuram aproveitar a semelhança do produto e a identidade corporativa.

 

Para uma pessoa fazer uma compra, ela geralmente precisa primeiro se familiarizar com sua marca, ou seja, o mais importante não é apenas ver o que você tem a oferecer, mas também estudar suas políticas e aprender mais sobre seus valores corporativos.

 

Tudo isso pode ser alcançado por meio de uma construção astuta de identidade visual. Aqui estão algumas dicas sobre este assunto:

 

- Consciência e reconhecimento da marca: a primeira coisa que você precisa saber sobre a sua marca é o fato de que é a imagem que as pessoas veem quando ouvem sobre sua empresa. Isso mesmo, uma imagem!

 

Isso por si só é mais do que suficiente para testemunhar sobre a importância da identidade visual na construção de uma marca forte.

 

- Aprenda  sobre o seu público-alvo: embora alguns empreendedores possam sentir que estão construindo um legado ou trabalhando em sua própria imagem, a verdade é que a história da sua empresa não é uma história sobre você, mas sobre seus clientes.

 

- O público como seu foco: como tal, você precisa aprender quem é o protagonista da história muito antes de começar a contá-la. Para isso, você precisa pesquisar seu público.

 

- Senso de continuidade:  com o passar dos anos, sua marca evoluirá, crescerá e se expandirá. Com isso, você pode sentir a necessidade de fazer um “lifting facial” em torno dele e mudar seu logotipo ou slogan.

 

Quando isso acontecer, você precisará encontrar uma maneira de manter pelo menos algum senso de continuidade. Para se ter uma ideia do que estamos falando, você pode dar uma olhada na evolução do logotipo de algumas das maiores tendências do mundo.

 

Presente em diferentes formatos: palavras são vento e é por isso que seu público espera algo um pouco mais concreto.

 

Anteriormente, falamos sobre como o logotipo, produtos e uniformes podem ser igualmente icônicos para a identidade da sua marca. Isso ocorre porque a presença de sua marca em vários formatos fala muito sobre sua confiabilidade.

 

Todos podem fazer um site e até produzir uma quantidade limitada de produtos, porém, todos esses produtos, quando combinados, realmente testemunham sobre a seriedade e a legitimidade de uma marca.

 

Claro, isso significa que você precisa encontrar um padrão ideal para um logotipo que se traduza bem em cartões de visita, banners, pacotes de produtos, uniformes e muito mais.

 

Quer saber mais sobre o assunto? Confira o Mulheres Em Flow sobre como desenhar a identidade visual da sua marca com assertividade: https://youtu.be/1LfdXXl33ws.

 

 

 

Rosangela Sampaio - psicóloga, palestrante, escritora e apresentadora do programa Mulheres em Flow. Dentre seus trabalhos literários estão o capítulo “O poder do autoamor”, da obra “Autoamor – Um caminho para regulação emocional e autoestima feminina”, além das coordenações editoriais e coautorias dos livros “Sem Medo do Batom Vermelho”, onde aborda um tema que é sempre polêmico, a rivalidade feminina, e “Mulheres Invisíveis”, sobre violência contra a mulher. Também é colunista de portais expressivos e revistas nacionais, entre eles O Segredo, Revista Vivendo PlenaMente, Revista Cenário Minas, Revista Statto e Programa Em Destaque, onde leva informações sobre saúde mental para todos com uma linguagem leve, acessível e mostrando que disfunções emocionais fazem parte da vida de todos, não apenas “de gente fraca”.

@rosangelasampaiooficial e @mulheresemflowoficial


terça-feira, 4 de maio de 2021

Descubra algumas opções de chás que podem proporcionar bem-estar em tempos de tensão

Viver isolado dentro de casa é uma prática que contraria a natureza do ser humano. Somos programados para viver livres e em comunidade. Por isso, um momento como a pandemia cobra um preço mais alto do que apenas o senso de auto-defesa: a quarentena exige o controle constante dos nervos.

Há alguns chás que podem ajudar a diminuir essa tensão, amenizando o nervosismo. Como consequência, seu consumo pode ajudar a melhorar também o relacionamento com outras pessoas e a oferecer um desempenho mais elevado nos estudos e no trabalho, seja ele doméstico ou profissional.

“Os chás com propriedades calmantes atuam no sistema nervoso e proporcionam uma sensação de relaxamento e descanso. Seus efeitos são bastante agradáveis, mas, por isso mesmo, é preciso pensar bem quando os ingerir para não prejudicar as atividades do dia-a-dia”, explica Lucas Penchel, médico e speaker da Soulchá, empresa mineira especializada na fabricação de chás.

Dentre aqueles chás com efeito relaxante, os mais conhecidos são o capim-limão, erva-de-são-joão, camomila e erva-cidreira. Os sachês do soulchá noite, por exemplo, possuem traços das duas últimas ervas citadas e ainda são compostos pela mescla dos chás de melissa, boldo, erva-doce, hortelã- pimenta, sálvia, pimenta caiena.

“É preciso ter atenção a escolha de cada chá, pois os efeitos podem variar de um para outro. Algumas dessas ervas revelam-se excelentes contra a depressão, enquanto outras atacam mais a ansiedade, ao passo que há também as que provocam sonolência. A escolha vai da necessidade de cada um”, esclarece.

Mas vai um alerta: a mistura desinformada e inadequada de algumas ervas pode interferir na composição de cada uma e acabar fugindo completamente do efeito esperado. Na dúvida, opte por produtos formulados por profissionais especializados e discuta sobre o assunto com o seu médico. Depois de fazer a melhor escolha para o seu caso é só degustar!  

Pais devem falar com seus filhos sobre diversidade e episódios racistas desde a infância

Psicóloga ressalta que as pessoas não têm um natural, elas vivem em uma sociedade baseada em conceitos de identidade que ancoram a autoaceitação a partir do reconhecimento pelo mundo externo.


Quando as pessoas conseguem se olhar no espelho e se enxergarem da forma que estão, a gostarem do que veem, elas passam a se aprovar para si mesmas e para o mundo. "Lidar com a diversidade deve ser aprendido desde a infância. E até parece bobagem, mas a ‘simples’ aceitação por um cabelo é capaz de interferir em escolhas de vida importantes, como profissões, parcerias sexuais e a forma como existir no mundo", analisa a psicóloga Alethéa Vollmer, que atua há mais de 20 anos com atendimento clínico e é uma estudiosa de comportamentos raciais.

A especialista ressalta que "as pessoas nunca chegam no ponto de se aceitar como são naturalmente, isso desde criança, porque elas não têm um naturalmente. Estão baseadas em um conceito de identidade que ancora o psicológico a partir do reconhecimento pelo mundo externo. E apresentar episódios que ilustram a realidade social é um desafio aos pais", explica Alethéa.

Para a psicóloga, transição capilar, por exemplo, é uma prática libertadora que foi intensificada no período de isolamento social e vem sendo frequentemente adotada por homens e mulheres do mundo todo. E essa auto permissão é capaz de prevenir uma série de sentimentos autodestrutivos que ainda perduram em pleno século XXI. "Não seria necessário transição capilar se a humanidade ainda não se deparasse com tantos padrões pré-determinados em sociedade", acrescenta Alethéa.

Segundo dados da Organização Mundial de Saúde (OMS), o Brasil é o país com a maior índice de ansiedade no mundo e o segundo nas Américas quando o tema é depressão. E os episódios racistas em diferentes áreas estão inseridos neste contexto, especialmente quando se tem 54,9% da população negra, considerando pretos e pardos.

Alethéa lembra que durante muito tempo o cabelo crespo, sobretudo o negro, era um cabelo chamado de ‘cabelo duro’, que não tinha reconhecimento nenhum, não era aceito. Então, a única forma que se podia era não ter este cabelo. E aí vem um movimento, sobretudo político, que diz: pessoal, sejam protagonistas e se aceitem. Neste contexto, o termo de transição capilar, por exemplo, é muito feliz pelo seu significado, porque se trata da mudança que acontece aos poucos. "Eu vou começar a me constituir de outra forma e a sociedade vai me autorizando a isso. Antigamente, não existia um produto específico para cabelo crespo. Hoje, são diversas as opções apresentadas pela indústria, porque ela abraçou este discurso e está dizendo para essas pessoas que elas podem ter esse cabelo. Então, existe o reconhecimento. Não tem esse natural, é uma produção que se naturaliza", explica a psicóloga.

Esse reconhecimento pelo mundo causa completa mudança, porque à medida que as pessoas se aceitam, as crianças crescem com esse entendimento, a autoestima melhora, todos passam a se sentir prestigiadas pelo outro. O ser humano está constantemente em busca deste sentimento, que vem de um processo muito lento. "Por muitos anos esse cabelo crespo que hoje é aceito e cobiçado, símbolo de conquista, foi tiranizado e ainda há muita ferida aberta por conta desse pré-conceito social", complementa Alethéa.

 


Alethéa Vollmer - Psicóloga com know-how de 20 anos em atendimento clínico presencial e, desde 2020, virtual. Graduada em Psicologia pela UNISINOS, no Rio Grande do Sul, Mestre em Ciências Criminais com ênfase em Violência pela PUC do Rio Grande do Sul, professora de MBA em Gestão de Marcas - Branding e Assistente Técnica do Judiciário em Processos.  No segmento corporativo, Alethéa é partner do Saindo da Média, metodologia que visa auxiliar a empregabilidade desde os estudantes na Universidade, até pessoas que buscam por trabalho, recolocação profissional, executivos etc.


De vilã à mocinha: como tornar a Matemática a disciplina preferida dos pequenos

Divulgação/Colégio Positivo
Com alguns ajustes, é possível fazer com que a disciplina não se transforme em um bicho-papão, mesmo durante o ensino remoto


Quem nunca suou as mãos ou teve uma dor de barriga diante de uma prova de Matemática? Não é novidade que a disciplina é uma das mais temidas pelos alunos, sobretudo quando passa a exigir mais de crianças e adolescentes. Porém, com alguns ajustes, tanto em casa, como na escola, é possível estudar Matemática sem traumas e sem medos. 

“Normalmente, o aluno traz consigo um preconceito de que a Matemática não é legal, de que é uma disciplina para poucos - ou você é bom em matemática, ou você não é! Somado a esse fato, temos ainda conteúdos que exigem de nossos estudantes uma maior compreensão. Percebemos a necessidade de a escola trabalhar a disciplina de forma que faça sentido para o aluno. Devemos, enquanto professores, estarmos atentos à realidade de nossa sala de aula, partindo de conhecimentos prévios de nossos alunos, a fim de buscar a equidade, transmitindo a cada um o que precisa. Somente dessa forma, poderemos mostrar que a Matemática vai além de nossa sala de aula, que possui uma relação direta com a sociedade que estamos inseridos. É importante que tenhamos professores preparados para trabalhar com uma matemática visual, criativa e encorajadora. Professores que desenvolvam em seus planos de aula estratégias que levem os alunos à compreensão. Que “façam boas perguntas', que promovam reflexões críticas, que ofereçam ferramentas adequadas a seus alunos, tornando-os protagonistas do seu próprio aprendizado”, ressalta a professora Marilda de Souza, especialista em formação docente do Centro de Inovação Pedagógica, Pesquisa e Desenvolvimento do Colégio Positivo (CIPP).


Como não desenvolver o medo?

Divulgação/Daniel Derevecki

Ainda que a Matemática seja temida por muitos estudantes, nos primeiros anos de vida escolar, ela é só mais uma disciplina que, inclusive, boa parte das crianças aprecia. Assim, para que o menino, ou a menina, não desenvolva aversão à matéria no futuro, é importante que haja parceria entre família e escola. 

No que diz respeito à escola, é prioridade admitir que existem diferentes formas de pensar a Matemática. "Hoje, em situações-problema, por exemplo, o professor precisa compreender como o aluno chegou ao resultado, valorizando as estratégias utilizadas e não apenas o resultado final”, explica a assessora dos Anos Iniciais de Matemática do Colégio Positivo, Cleonara Diemeier. Já no que diz respeito à família, a professora lembra que é importante que os pais não façam comentários negativos em relação à disciplina e não transfiram para os filhos eventuais medos e frustrações que tenham ou já tiveram. “A autoestima tem impacto direto no desempenho. Muitos alunos não atingem bons resultados na Matemática, mas percebemos que muitas vezes é uma “falsa dificuldade”. Ou seja, o problema não é a disciplina, mas sim a baixa autoestima. Por isso, trabalhamos com incentivo, por meio de elogios, para promover as conquistas de cada aluno e fazer ele perceber que é capaz e tem potencial”, constata.


Meu filho já tem medo. E agora?

Para quem já tem filhos que não gostam de Matemática, a palavra é paciência. O professor particular nem sempre é a melhor opção, visto que ele pode ter uma metodologia conflitante com a da escola e ainda virar uma “muleta”, fazendo com que o estudante não se interesse pelas aulas regulares, visto que sabe que contará com este auxílio. Na opinião da professora Cleonara, uma boa estratégia seria os pais conversarem com o corpo docente, transmitindo à equipe o que seu filho relata em relação ao aprendizado dessa disciplina. Assim, o professor poderá compartilhar com a família como vê a relação do aluno com a Matemática. “É um processo de desconstrução de traumas ou medos, no qual é necessário investigar o que pode aproximar o aluno da Matemática", sugere, e ressalta: "a afetividade do professor tem papel fundamental nesse processo”.


Ensino remoto. E agora?

O ensino remoto nem sempre é um elemento dificultador, mesmo para disciplinas consideradas difíceis, como a Matemática. De acordo com a professora Cleonara, a modalidade remota causou mais dificuldades para as gerações X ou Millennial, do que para a geração Z. “Para as crianças, aprender de diferentes maneiras desperta o interesse. Ouvi de um aluno na aula presencial ‘professora, em sala eu nunca tinha coragem de perguntar e participar, mas o ensino remoto me ajudou a mudar, lá eu fazia as perguntas, inicialmente no bate-papo, depois fui abrindo o áudio e agora acho que sou um dos que mais participam e estou conseguindo fazer isso em sala’. Nossos professores estão buscando despertar o interesse, valorizando conquistas dos alunos, trabalhando o raciocínio lógico e a autonomia, mesmo por trás de uma telinha”, relata.

Segundo Cleonara, nesse momento é ainda mais importante que pais passem segurança para seus filhos. “Eles devem mostrar que as crianças têm capacidades, que nem todos temos as mesmas habilidades e gostos por uma ou outra área do conhecimento, mas que precisamos e somos capazes de nos superarmos frente a cada uma dessas áreas, realizando conquistas”, conclui. 


Dias das Mães traz reflexão sobre os afetos

 Divulgação
Ser mãe é mais do que uma missão; é um resgate e doação para ajudar os filhos

 

 

Se existe uma data especial usada para prestar homenagens, é o Dia das Mães (9 de maio). Considerada uma unanimidade nacional, o tributo a elas volta a ser lembrado em vários países do mundo, entre eles o Brasil, numa tradição que por aqui não conhece interrupções desde a primeira metade do século passado.

 

Oficializada por decreto presidencial em 1932 para ser celebrada no segundo domingo do mês de maio, a data já era motivo de deferências informais pioneiras em 1918, no Rio Grande do Sul, por um grupo de jovens cristãos.

 

Nos Estados Unidos - de onde se atribui a origem do Dia das Mães – os agradecimentos surgiram em 1905 pela iniciativa de Anna Jarvis, que dedicou um dia do ano para homenagear o trabalho social realizado pela mãe. Ann Jarvis teve atuação marcante no socorro a familiares e soldados feridos na Guerra Civil Americana (1861-1865). Em 1908, um memorial foi dedicado a ela no mês de maio e a data foi oficializada, popularizando-se ao redor do mundo.


 

Auxílio



 Livros espíritas aprofundam o entendimento sobre a delicada tarefa de ser mãe.

 

 

Na Doutrina Espírita, a missão especial de ser mãe já é planejada em outra dimensão. “Ninguém escolhe ser mãe, mas já nasce programada para isso, para que ajude e auxilie o espírito que terá que surgir na Terra”, explica o escritor e médium paranaense Odil Campos.

 

Segundo ele, essas escolhas são feitas antes de a futura mãe nascer, calcado principalmente no amor e na solidariedade humana.

 

“A primeira razão de ser mãe é auxiliar o espírito que irá se encarnar como filho a trilhar os caminhos da vida e cumprir seus compromissos cármicos. O segundo motivo é a união de mãe e filho no resgate e resolução de pendências surgidas entre eles em outras encarnações para a evolução de ambos”, explica Campos.


 

Resgate


Nessa jornada, a relação amorosa também poderá ter momentos de conflitos como parte do mesmo planejamento feito no plano espiritual para resgatar desavenças em vidas anteriores. A expectativa é que, embora haja chance de desentendimentos, a superação aconteça.

 

“Dentro da relação mãe e filhos sempre ocorrerão atritos e as grandes desavenças, que são os resultados das convivências passadas em outras vidas e que agora precisam ser solucionadas: sem orgulhos, ofensas, humilhação, degradação ou violência entre ambos”, observa Campos.

 

Em tempos de pandemia, as oportunidades de acertar diferenças ou renovar laços fraternos surgiram para todos. Mesmo à distância – que é uma das orientações para evitar a propagação da doença - a necessidade de conversar e valorizar quem está por perto e nos ama nunca esteve tão presente como agora.

 

“No sentimento fraternal do amor, tudo se resolve e se equaciona”, ressalta Campos. O escritor aborda a relação materna e a seara de serviços e dedicação ao próximo que marcam a tarefa de ser mãe nos livros de sua autoria “Alma e Espírito - volumes 1, 2 e 3” e “O Renascimento”, todos publicados pela Editora Flor de Lis, que trazem orientações e aprendizados para aprofundar o entendimento sobre a tarefa de ser mãe.

 

Segundo o autor, os livros espíritas aprofundam o entendimento sobre a delicada tarefa de ser mãe.


 

Reconhecimento


No Dia das Mães, o que não pode faltar são manifestações de carinho, atenção e o maior presente: o reconhecimento por tudo o que fizeram e continuam a realizar em nome da dedicação aos filhos. 

 

A figura materna - imagem natural de abrigo, carinho e dedicação que evoca desde antes do nascimento - é uma das que melhor traduz o espírito de doação ao próximo. “Com amor, tudo se vence e tudo se supera. Este é o lema maior que sustenta a prática da caridade e da fraternidade onde tudo se resolve e se equaciona”, completa Odil Campos.

 

 

É possível ser feliz na pandemia?

Especialistas refletem sobre o equilíbrio entre saúde física e mental


Segundo a pesquisa "Is It Possible to Be Happy during the COVID-19 Lockdown? A Longitudinal Study of the Role of Emotional Regulation Strategies and Pleasant Activities in Happiness", o poder de adaptação do ser humano permite o sentimento de felicidade nos contextos mais complexos. O levantamento, publicado na "International Journal of Environmental Research and Public Health", analisou o papel desempenhado por duas estratégias de regulação emocional em participantes residentes da Espanha, em dois períodos distintos: antes da pandemia da COVID-19 e durante o lockdown. A análise foi feita por meio de testes e perguntas. Os resultados dão algumas pistas para entender as estratégias de regulação emocional do ser humano. Assim, fica claro que a felicidade é uma questão atrelada à sobrevivência, e possível, mesmo em momentos como a pandemia.

Para Rodrigo Mafaldo, neurocirurgião da Clínica Leger, o equilíbrio é a chave para a felicidade, especialmente durante a pandemia. "Clinicamente falando, felicidade são picos, oscilações, e para que você possa ter oscilações, você precisa estar com seu organismo em homeostase", explica. Segundo o médico, a homeostase é o equilíbrio do organismo e a liberação de um neurotransmissor em especial, a dopamina, tem uma grande influência nesse processo. Sua presença é crucial para garantir a motivação para as tarefas diárias, desde as mais banais, como comer, até atividades complexas, como o trabalho e atividades físicas.

"As pessoas que não conseguiram se adaptar a esta nova realidade do isolamento social acabam sofrendo em seu dia a dia, prova disto é o aumento do quadro de depressão além do uso abusivo de álcool, medicamentos e ansiolíticos. É preciso estar disponível para práticas de atividades físicas e até sociais em casa, como produção de atividades familiares em conjunto. A inteligente emocional é preciso ser ativada, a interação, mesmo que reduzida ao núcleo familiar deve ser estimulada", completa.

O que parecia ser uma temporada breve, agora não tem data certa para acabar, e a complexidade da situação já tem afetado também a saúde física de muitas pessoas. "Se colocarmos a atividade física como um compromisso do nosso dia, com um grau de importância semelhante ao trabalho ou alimentação saudável, então mesmo um intervalo pequeno de tempo, pode ser usado para treinar", garante a endocrinologista e nutróloga Gabriela Camargo, que também atende na Clínica Leger, pacientes que buscam manter o equilíbrio emocional através de um estilo de vida físico e nutricionalmente saudável. Para a médica, a melhor atividade física é aquela que traz o benefício do exercício com algum nível de prazer, para que a gente se sinta estimulado a repetí-la.

"Assim como alimentação saudável, atividade física não deve ser uma obrigação, atribuindo a ela um caráter impositivo. Vale lembrar, que inúmeros estudos científicos já demonstraram o benefício de atividade física para o controle de condições como depressão, ansiedade, síndrome do pânico, insônia", avalia a especialista.



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Conheça 3 formas de melhorar a ansiedade, além da psicoterapia

Com o aumento de casos de ansiedade, as pessoas estão buscando terapias alternativas para aliviar a tensão diária

 

A ansiedade é um transtorno psicológico bastante comum na sociedade atual, principalmente no Brasil. Considerado o país mais ansioso do mundo pela Organização Mundial de Saúde (OMS), são cerca de 19 milhões de brasileiros com o transtorno.

A ansiedade é um sintoma de diversos transtornos, chamados de Transtornos de Ansiedade. Esses transtornos deixam a pessoa em estado de alerta o tempo todo, além de tensionar os músculos, causando dores. A principal forma de tratamento são as sessões de psicoterapia, às vezes combinadas com remédios prescritos por um psiquiatra. O professor psicólogo do CEUB, Sérgio Henrique, aponta que a psicoterapia ajuda a melhorar o seu comportamento. "O psicólogo vai tentar identificar o que favorece os gatilhos que acionam a ansiedade do paciente", descreve.

Mas existem outras formas de aliviar a ansiedade e obter um resultado melhor no tratamento, como ioga, massagem e uma nova modalidade de exercício físico chamada LPF. Essas práticas são benéficas já que tentam controlar o Sistema Nervoso Autônomo, segundo o professor Sérgio Henrique. "Quando fazemos essas atividades, tentamos diminuir os batimentos cardíacos, a respiração e o metabolismo do corpo, acalmando a mente", explica.



Yoga, a prática milenar

Originária da Índia, a yoga é uma prática que surgiu há mais de 5000 anos atrás. Com as mudanças no mundo, hoje a atividade tem como foco tirar o indivíduo da rotina agitada, segundo a instrutora de yoga Alane Menezes. "A rotina das pessoas deixa elas bem ansiosas, e não é à toa que muitos alunos chegam com indícios de ansiedade e depressão por causa disso", comenta.

Alane conta que o número de pessoas que buscaram ioga aumentou significativamente, e acredita que foi exatamente por causa da ansiedade que muitos sentiram. "As pessoas entendem que a mente pode ser um inimigo e a saúde mental é um dos assuntos mais abordados atualmente", fala.

A instrutora recomenda que os alunos pratiquem diariamente a ioga por pelo menos 20 minutos, combinando diferentes estilos de respirações, que ajudam a focar e acalmar o corpo. "Posturas que te exijam permanência são mais indicadas para trabalhar a respiração, pois a concentração se torna foco de toda a ação", explica.

A yoga pode ser utilizada até em crises de ansiedade, dependendo da pessoa e da crise. Alane explica que, nesse tipo de situação, a concentração e o foco na respiração vão acalmando. "Pode-se deitar de barriga pra cima ou sentar levando o foco ao perceber o ar entrando e saindo", orienta. Ela complementa que deitar-se em posição fetal pode ajudar também. "Nossa mente trabalha da forma que permitimos. Se você permite se acalmar, ela fará isso, mas é necessário treino e paciência", complementa.

Além de ajudar na saúde mental, a yoga também pode ser procurada para melhorar a postura e aliviar dores musculares causadas pelas longas horas sentadas diante do computador.



Massagem, um alívio físico e mental

Quando sentimos dores no pescoço ou nas costas, ansiamos por uma massagem longa e profunda. Nos meses de pico da pandemia em 2020, houve um aumento significativo na procura por tratamentos relaxantes em clínicas de estética. Segundo o aplicativo GetNinjas, utilizado para a contratação de serviços da América Latina, a busca por acupuntura, massagem estética, massagem anti stress, massagem oriental e massagem modeladora registrou o crescimento de mais de 36% no mês de abril.

Em Brasília, a Clínica Corporeum observou um aumento nos atendimentos de terapias manuais. "Massagem relaxante, drenagem linfática, massagem com pedras quentes, massagem terapêutica, aumentaram significativamente durante a pandemia aqui na clínica", revela Raquel Santiago, proprietária da clínica.

Mas por que a massagem é tão relaxante não só para o corpo, como para a mente também? Segundo pesquisadores, o toque promove a sensação de acolhimento, conforto e carinho, importantes para que relaxemos. Além disso, a terapia reduz os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, e aumenta os níveis de dopamina e serotonina, neurotransmissores do prazer e felicidade.

A diretora do Instituto de Pesquisa sobre o Toque da Universidade de Miami, Tiffany Field, explica que a massagem aumenta o fluxo sanguíneo em áreas do cérebro que regulam o humor e o estresse. "Ao serem estimulados, os receptores aumentam a atividade do nervo vago, que tem um efeito calmante", complementa.



LPF, uma nova atividade física

Criada na Espanha, a Low Pressure Fitness, ou LPF, é uma atividade física com objetivo de reduzir as medidas da faixa abdominal. O instrutor deste exercício na academia Bodytech Lago Sul, Luiz Vasques (conhecido como Bigdog), explica que, por meio da normalização das tensões neuro miofasciais, o corpo regula as pressões das cavidades torácica, abdominal e pélvica.

Mas como isso ajuda a reduzir a ansiedade? Vasques explica que o LPF proporciona inúmeros benefícios. "Já que foi desenvolvido com base no conhecimento do comportamento da Fáscia e do Sistema Fascial, o LPF traz melhoras posturais e redução de dores na coluna, melhor funcionamento do intestino e redução de refluxo esofágico, sinais físicos da ansiedade", cita o instrutor.

As aulas duram cerca de 30 minutos e além do foco no físico, existe uma preocupação com a respiração para que trabalhe o sistema autônomo, regularizando toda a parte cardio respiratória.

 

Burnout: perigo da busca pela perfeição

  A síndrome atinge de maneira especial as mulheres, multitarefas, que com o home office se tornaram ainda mais vulneráveis

 

O home office transformou a casa, que era uma válvula de escape para o estresse do trabalho, em escritório. A rotina profissional passou a se misturar com as tarefas do dia a dia e descobrimos que trabalhar em casa pode não ser tão relaxante como se parecia, mas significar morar no trabalho, ir da cama ao computador e do computador para a cama dormir novamente. 

A síndrome de burnout é um distúrbio normalmente associado a uma exaustão extrema relacionada ao estresse crônico no ambiente de trabalho. Informalmente, é até chamada de “síndrome do esgotamento profissional”, mas agora a ideia de burnout também pode adquirir novas dimensões. 

As mulheres são as mais atingidas pelo problema, por suas características femininas ligadas ao perfeccionismo e à vocação para a proteção. Fazem o contrário da regra passada pelas aeromoças para uso de máscara de oxigênio em aviões: primeiro socorrem aos outros antes de pensar em si. Tomam para si obrigações domésticas e familiares, e comumente se sentem devedoras e insuficientes, que em alguma área estão deixando a desejar. 

Exaustão, irritabilidade e a sensação de que não se consegue dar conta de tudo estão entre as principais características dos pacientes identificados com a síndrome que acomete pessoas com personalidade similar. Em geral, aquelas que têm ambição mais notória, acentuado impulso competitivo, se cobram muito, são perfeccionistas e que consideram muito a opinião alheia.  

Pessoas muito estudiosas e apaixonadas pelo trabalho, como eu. Se superar significa também extrapolar e, assim como tudo na minha vida, sempre quis fazer e dar mais do que muitas vezes o meu corpo me permitia. Foi quando tive um AVC transitório em decorrência de uma crise de burnout, que, inclusive relato em meu capítulo no livro Mulheres do Seguro, lançado no fim do ano passado.  

Minha mãe me ensinou desde cedo que as mulheres devem trabalhar, ter o seu próprio dinheiro e não depender do marido. Meu pai me ensinou a me posicionar profissionalmente, me valorizando como mulher. Sempre tive a necessidade de tentar ser a melhor em tudo o que fazia, me superando. Sempre fui extremamente estudiosa e em cobrança comigo.  

O AVC me fez enxergar que precisamos dar mais valor para nossa saúde, para nossa família, para o nosso entretenimento, pois o trabalho não pode nos consumir tanto. Precisamos refletir e aproveitar os bônus o que as realizações podem nos oferecer, e ter uma vida plenamente saudável, cuidando da mente, do corpo, da alimentação e do sono – quem vive para trabalhar acaba negligenciando essas áreas, mas, se for assim, de que vale tanto esforço?­

Sigo buscando pelo equilíbrio e acabei de ler um livro a respeito do tema, o “Dá um tempo”, da jornalista Izabella Camargo. Como diz o título, é um convite à busca por limite em um mundo sem limites. Vivemos fazendo tantas coisas por dia que estamos sempre nos sentindo em débito com alguém. O tempo está passando muito rápido!  

­É importante criar transições do momento de trabalho para o lado pessoal, proporcionando uma sensação de normalidade. Fundamental também é o cuidado com o corpo e a saúde. Outro ponto chave é ter bons relacionamentos, neste momento a tecnologia, quando utilizada com equilíbrio, pode nos favorecer. Menos tempo para a ilusão das redes sociais e mais para a realidade de ligações por vídeo e mensagens individuais. 

Assim como o trabalho, o lazer tem que ser levado a sério. Momentos de ócio ou de atividades que nos dão prazer são indispensáveis para ativar as ideias, a criatividade, e garantir saúde mental para enfrentar este período de desafios.



Stephanie Zalcman - CPO (Chief Placement Officer) da Wiz Soluções em Seguros e embaixadora da AMMS (Associação das Mulheres no Mercado de Seguros) 


Mulheres e mães sofrem mais problemas psicológicos na pandemia

Divulgação
Estudo internacional fez a descoberta, o que levanta a necessidade de mudar rotinas em casa e até mesmo procurar ajuda especializada


Uma pesquisa realizada nos países mais ricos do mundo apontou uma influência direta da crise gerada pela pandemia da Covid-19 na saúde mental das mulheres. O levantamento “Women´s Forum”, feito pela Consultoria Ipsos, constatou que mulheres têm sido mais afetadas do que os homens por esgotamento, medo e sensações de desamparo na Alemanha, Canadá, Estados Unidos, Reino Unido, Japão, Itália e França.

O resultado da pesquisa não surpreende, segundo a professora Daniela Jungles, psicóloga e supervisora do Serviço-Escola de Psicologia do UniCuritiba - instituição de ensino superior que faz parte da Ânima, uma das principais organizações educacionais do país. “A pesquisa está correta e as mulheres sofrem muito mais de transtornos mentais. Isso já acontecia antes, mas a pandemia exacerbou esses comportamentos e transtornos que nós, mulheres, infelizmente já carregávamos antes dessa crise”, afirmou.

 

Preocupações extras

De acordo com a psicóloga, várias situações comprovam que as mulheres – inclusive as mães - estão sofrendo mais. Ela cita a influência da dupla jornada, com o trabalho fora e em casa. Com a pandemia, essa situação se agravou.

“Em relação à pandemia, o que sobrecarregou as mulheres? Além das demandas que já tinham, elas passaram a fazer o acompanhamento escolar dos filhos. Com tudo isso, a última coisa que uma mulher vai pensar neste momento é o cuidado com uma atividade física ou o lazer”, explicou.

A pesquisa realizada nos países mais ricos do mundo apontou que entre as mulheres, 59% disseram estar com ansiedade, depressão ou esgotamento. Já entre os homens, no mesmo levantamento para saber o estado emocional para enfrentar a pandemia, 46% confirmaram as mesmas sensações. As entrevistas revelaram também que 73% das ouvidas têm medo do futuro, contra 63% do sexo masculino.


Sensação de desamparo

O estudo quis saber em quem a carga mental experienciada foi mais fortemente abalada. Entre as mulheres, 46% acreditam estar fazendo mais do que outros por pessoas fragilizadas ao redor. Nos homens, são 40%. A análise revelou que 46% das participantes sentem que ninguém as ajuda, enquanto 39% no grupo masculino têm a mesma percepção.

Esse conjunto de fatores observado na pesquisa e no dia a dia - como a preocupação com familiares - afeta diretamente o lado emocional. “Preocupando-se muito mais com a família, a gente acaba prejudicando a nossa própria saúde mental”, alerta Daniela.

Mas existe maneira de reagir. A psicóloga orienta que, em primeiro lugar, “temos que ter consciência de que não vamos conseguir fazer tudo, não temos superpoderes”. Outra sugestão é procurar se cercar de pessoas que possam ajudar de alguma forma a aliviar a carga de trabalho.

“Precisamos de uma rede de apoio. Mulheres que vivem numa grande cidade, sem familiares morando perto, precisam ter formas de buscar esse suporte, nem que seja usando a tecnologia para conversar com uma amiga para desabafar, contar que o dia foi difícil, esvaziar esse sentimento carregado de emoção negativa.”


Criar rotinas de relaxamento

Na rotina de casa, a psicóloga aponta ser importante criar rotinas para ter atividades de autocuidado, com programas de lazer (“aquela série de tv favorita” que a gente estava pensando em assistir), atividades físicas e alimentação equilibrada.

Um costume novo pode evitar que o esgotamento evolua para uma doença que exija tratamento de profissional especializado, com apoio de medicação. “São atividades que podem evitar transtornos mentais. O estresse prolongado leva a transtornos de ansiedade, que evoluem para transtornos depressivos também”, explica Daniela.


Prejuízo para todos

O prejuízo é repassado à família; não fica só na mulher. “Uma mãe esgotada vai ser uma mãe irritada, menos disposta a ter uma atividade prazerosa com os filhos e conviver com o marido. Quando a mulher adoece, a família vai adoecer também”, afirma Daniela.

A ajuda de um profissional é indicada se os sintomas persistirem, tudo para evitar um mal ainda maior. “Sempre digo aos meus pacientes: por que sofrer tanto se existe tratamento? É muito importante passar por uma avaliação com profissionais da área da saúde mental.”


Atendimento

O UniCuritiba dispõe da Clínica-Escola do curso de Psicologia. O centro de estudos pode ser uma alternativa nestes tempos de pandemia, com tantos efeitos psicológicos. O projeto de atendimento a pacientes é gratuito, online e pode ajudar as pessoas que sentem a necessidade de uma orientação mais especializada no campo emocional.

A Clínica-Escola se destina ao desenvolvimento de atividades da prática profissional relacionadas ao curso de Psicologia, seja por meio dos estágios curriculares, projetos de extensão, ensino ou pesquisa.

Os atendimentos são realizados pelos estudantes dos últimos períodos do curso de Psicologia e supervisionados por professores capacitados em diferentes linhas de atuação. A consulta pode ser agendada pela internet, em https://forms.gle/FVDaDeSVPC1ssHiN8, ou pelo e-mail agendepsico@unicuritiba.com.br. No primeiro semestre de 2021, a idade mínima para atendimento é 18 anos.

“Somos pessoas diferentes e não existe receita pronta. Nada melhor do que ir lá, consultar com o profissional certo e contar a sua história, dizer onde dói e como é difícil carregar esse fardo”, orienta Daniela. A saúde do corpo e da mente agradece.


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