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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2021

Além do surto de Covid-19, população tem de se prevenir contra a dengue

A pandemia causada pelo novo coronavírus e suas variantes ainda é a preocupação número um quando se trata de saúde pública. No Brasil, mais de nove milhões de pessoas já pegaram a doença e quase 230 mil perderam a batalha contra o Covid-19. Mas é hora de falar, também, sobre dengue. De acordo com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), mais de 1,6 milhão de casos de dengue foram registrados nas Américas nos primeiros cinco meses do ano passado, alertando para a necessidade de se continuar eliminando os mosquitos vetores da doença. Em 2019, foram mais de três milhões de casos.

Segundo a organização Médicos Sem Fronteira , há quatro tipos diferentes de dengue. Atualmente, todos circulam no Brasil. Os primeiros sintomas aparecem entre quatro e dez dias depois da picada do mosquito infectado. A doença começa bruscamente e se assemelha a uma síndrome gripal grave, com febre elevada, fortes dores de cabeça e nos olhos, além de dores musculares e nas articulações. Sinais clínicos que podem indicar dengue hemorrágica incluem dor abdominal intensa e contínua, vômitos persistentes, desmaios, aumento de tamanho do fígado, sangramento na gengiva e no nariz, além de desconforto respiratório.


Por existirem quatro tipos diferentes de vírus, alguém que tenha contraído um dos tipos não está imune aos demais. Pior do que isso: a cada contágio, os sintomas se mostram mais intensos e o risco de desenvolver a forma grave de dengue aumenta. Vale ressaltar que mosquitos do tipo Aedes transmitem dengue, mas também são responsáveis pelos casos de Zika, febre amarela de Chikungunya. Atualmente, a principal forma de prevenção é o combate aos mosquitos - eliminando os criadouros de forma coletiva com participação comunitária - e o estímulo à estruturação de políticas públicas efetivas para o saneamento básico e o uso racional de inseticidas.

Estudo conduzido pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ), da Universidade de São Paulo (USP), revelou que o uso de água sanitária (hipoclorito de sódio a 2,5%) é 100% eficaz na eliminação de larvas do mosquito Aedes aegypt, transmissor da dengue. Ao diluir 10 ml de água sanitária em um litro de água corrente e passar no chão e em superfícies que atraem moscas e mosquitos é possível acabar com todas as larvas depositadas em 24 horas, evitando sua propagação.

Na opinião de João César de Freitas, diretor comercial da Katrium Indústrias Químicas - uma das maiores produtoras no país de hipoclorito de sódio -, o uso da água sanitária tem de ser ampliado e amplamente divulgado, principalmente em comunidades com alta densidade populacional - em que um único mosquito pode fazer várias vítimas. "Essa solução de uma tampinha de água sanitária para um litro de água pode ter seu uso estendido para a limpeza de cozinhas e banheiros, para regar plantas (já que nessa proporção é inofensiva a elas), para limpar bancadas, mesas de bar etc. Mas também não podemos nos esquecer de inspecionar tudo o que pode acumular água nesta época de chuvas intensas, como pneus velhos, pratos, copos e garrafas largados em terrenos baldios ou nos quintais das casas, superfícies desniveladas... Enfim, é preciso disposição para eliminar os mosquitos oportunistas e impedir a progressão da doença".

Freitas afirma que a Katrium, indústria com mais de 60 anos de atividade e que viu crescer toda uma comunidade em torno da fábrica de Honório Gurgel, no Rio de Janeiro, faz um trabalho de conscientização sobre a prevenção da dengue com as populações vizinhas, doando mensalmente hipoclorito de sódio para que possam sanitizar suas casas.



Fonte: João César de Freitas - diretor comercial da Katrium Ind. Químicas


A partir dos 40 anos, testosterona começa a cair, mas repor por conta própria é perigoso

O cirurgião torácico e especialista em endocrinologia, Hygnas Goulart também não indica hormônios para o emagrecimento

 

Não são apenas os homens que necessitam da testosterona, ela tem importância na vida da mulher, claro, quando em níveis ideais. O hormônio começa a cair gradualmente com o passar dos anos. Essa queda não causa grandes problemas, mas a deficiência impede uma vida saudável fisicamente e mentalmente. 

 O endocrinologista e especialista em cirurgia torácica Hygnas Gourlart explica que há alguns casos em que os níveis podem ser baixos já na juventude. Mas o normal é que a queda ocorra depois dos 40 anos.  

"Os níveis podem ser baixos desde a juventude ou declinar mais rapidamente até os 40 anos. Em indivíduos normais a testosterona pode começar a declinar com mais intensidade a partir dos 40 anos, de acordo com padrões familiares, medicamentosos, patologias associadas, por isso temos que avaliar cada caso individualmente, pois há muitos fatores , como genética, fatores ambientais e estilo de vida, por exemplo. Como regra, a partir dos 40 anos o declínio é mais intenso",  afirma o médico Dr. Hygnas.  

Gourlat explica que quando o hormônio está em um nível abaixo do normal, a pessoa pode engordar e perder massa magra, alterações de humor, disposição, libido cansaço crônico, perda de força, alterações da memória, entre outros.  

"Os principais são distúrbios relacionados à sexualidade ( ereção e libido ), porém pode ser disfarçada em alguns que não tem essas queixas, mas queda do rendimento, cansaço sem motivo, letargia, adinamia, reflexos lentos, embotamento, falta de desejo em realizar tarefas durante o dia. Mas temos que cuidar pois são sintomas muito parecidos com quadros psicológicos, por isso uma avaliação deve ser bem detalhada".  

O médico enfatiza que quem está com a testosterona baixa, e até quem não está, faz uso para fins estéticos, precisa saber dos riscos deste do hormônios sem a orientação do médico.  

"Há diversos riscos tais como a procedência dos esteróides, como infecções e abscessos , problemas reprodutivos, infertilidade, libido, ereção, cardiopatias, doenças renais e alguns podem causar problemas hepáticos, distúrbios do humor, irritabilidad e, todos esses podem ser até mesmo irreversíveis, e na vigência de alguns tipos de câncer a piora do quadro". 

 

Usar hormônios para perder peso é arriscado 

Hygnas não prescreve nenhum hormônio para perda de peso, pois os riscos superam os benefícios.  

"Geralmente não usarmos hormônios para tratamento da perda de peso, um hormônio que pode fazer isso é o HGH, porém os riscos sobrepõe seus benefícios, este por sua vez podem causar alguns tipos de doenças como câncer e tumores, além de problemas cardíacos severos, articulares, vasculares, podendo ser gatilho para outros tumores e agravamento de quem já tem. Uma vez que na maioria das vezes tumores são descobertos tardiamente ele pode agravar o quadro mais rapidamente", finaliza.


Gordura nos braços, pernas e quadris? Médico explica o que é Lipedem

O Lipedema, doença causada pelo acúmulo de gordura nos braços, pernas e quadris, pode acometer cerca de 5 milhões de mulheres no Brasil. Cerca de 10% das mulheres no mundo, segundo dados de uma entidade espanhola, têm a doença e a grande maioria não sabe. Isto se deve à falta de informação e conhecimento. Um estudo brasileiro revelou que a doença é confundida com obesidade em 75% das pacientes. Dr. Kamamoto é pioneiro no tratamento da doença e um dos membros apoiadores da ABRALI (Ass. Bras. de Pacientes com Lipedema) voltada para a descoberta e divulgação de tratamentos. Ele explica as principais diferenças com a obesidade, como identificar, quais os exames indicados para o diagnóstico precoce, os tipos de tratamento, entre outras dicas.

Como identificar – As principais características do Lipedema, que possui quatro estágios, são: dores frequentes nas regiões das pernas, quadril, braços e antebraços, que ficam mais grossos e desproporcionais em comparação com o restante do corpo, no tornozelo parece que há um “garrote” e os joelhos perdem o contorno. A mulher pode apresentar hematomas (ficar roxa) por qualquer movimento mais brusco. Isto acontece porque a doença provoca reação inflamatória em células de gordura nestas regiões.

 

Se eu tenho canela grossa, tenho Lipedema?   É preciso identificar se a mulher tem algumas das características da doença para gerar pontos de atenção. Se há perda de mobilidade, aumento progressivo dessa gordura com o passar dos anos, se há dor em algumas das regiões-foco e dificuldades em eliminar a gordura mesmo com dieta e atividade física, é recomendado procurar ajuda médica, pois pode ser Lipedema. Um dos exames que facilitam o diagnóstico é a ressonância magnética, em que é possível observar o acúmulo de gordura ao redor dos músculos.

 

Estudo brasileiro revela que o Lipedema pode atingir 5 milhões de mulheres no Brasil

O estudo revelou que 94% das pacientes ouvidas relataram limitação física e impacto psicossocial devido à doença, um tumor de gordura, que provoca dor e deixa mulheres com pernas e braços grossos desproporcionais, e joelhos sem contorno. Cerca de 10% das mulheres em todo o mundo têm a doença, segundo dados da Sociedade Espanhola de Medicina Estética (SEME), e a grande maioria não sabe. Isto se deve à falta de informação e conhecimento da classe médica, que faz o diagnóstico errado. A doença foi confundida com obesidade em 75% das pacientes ouvidas no estudo.

 

Apenas 9% dos médicos consultados estavam aptos a fazer o diagnóstico da doença

O estudo observacional da doença analisou 106 mulheres, utilizando como norte um questionário aplicado às pacientes, com questões cujo objetivo foi analisar a trajetória terapêutica enfrentada por elas. A doença, que deverá ser incluída no próximo Código Internacional de Doenças (CID 11) apenas em 2022 - ainda é mal diagnosticada não só no Brasil, mas mundialmente. Ainda segundo o estudo brasileiro, apesar de grande parte das pacientes apresentarem um peso normal, o tumor de gordura chamado Lipedema foi confundido com obesidade em 75% das pacientes.

 

Mais de 5 mil pessoas por mês procuram por Lipedema no Google. No Brasil, há poucos médicos especialistas e pouca informação disponível

O médico cirurgião pós-graduado pela Faculdade de Medicina da USP com 20 anos de experiência, artigos publicados internacionalmente e capítulos de livros sobre o Lipedema, dr. Fábio Kamamoto é um dos poucos especialistas no assunto em todo o Brasil. Lidera a equipe pioneira no tratamento da doença no país e está desenvolvendo um dos primeiros estudos sobre o Lipedema para identificar o perfil das brasileiras com a doença.

 

Tipos de tratamento – Há dois tipos de tratamento para o Lipedema, o clínico e o cirúrgico. O clínico é composto por dieta anti-inflamatória (legumes, carnes, sem sódio e glúten ou bebidas alcóolicas); uso de plataforma vibratória, que diminui o inchaço nas regiões; drenagem linfática para tirar o excesso de líquido; e, por fim, a técnica de taping, aplicada por um fisioterapeuta para melhorar o desconforto.  Estas ações amenizam os sintomas, mas não resolvem o problema da gordura nas regiões dos braços, pernas e quadril, pois não extrai as células doentes. Já o cirúrgico é feito com Lipoaspiração e é definitiva, uma vez que é removida esta gordura não volta mais, pois não há multiplicação dessas células. É possível remover por meio de Lipoaspiração até 7% do peso corpóreo.

Centro especializado em Lipedema será criado para compartilhar conteúdo de credibilidade

Para o dr. Kamamoto - que está preparando o lançamento de uma clínica especializada no Lipedema para compartilhar conhecimento técnico de qualidade sobre a doença em parceria com diferentes especialistas - antes de tratar o Lipedema, é importante que a mulher melhore sua qualidade de vida, por meio de atividades físicas regulares, mude hábitos que podem ser nocivos como bebidas alcóolicas, por exemplo, ter uma perspectiva positiva da vida e uma boa alimentação.

 

Associação criada por mulheres que sofrem com a doença lutam para que o Lipedema seja reconhecido pela classe médica e para que haja tratamento gratuito no SUS

ABRALI – Associação Brasileira de Pacientes com Lipedema – foi criada em outubro de 2019 por um grupo de mulheres portadoras da doença. Voltada para a descoberta e divulgação de tratamentos, hoje, a Associação, que hoje reúne mais de 300 mulheres, luta não só para que a doença seja reconhecida pela classe médica, mas em prol de uma causa maior: para que haja tratamento gratuito do Lipedema no SUS e nos convênios médicos. Por ser ainda desconhecida e mal diagnosticada, as mulheres que sofrem com a doença não têm a quem recorrer. A associação, juntamente com o esforço do dr. Kamamoto, está batalhando pela criação de um Projeto de Lei para que isto aconteça.

Mortes por doenças cardíacas sobem 132% durante pandem

Mesmo antes da pandemia, doenças cardiovasculares já eram apontadas como a principal causa de morte no Brasil
Créditos: Envato




Principal causa do aumento seria a falta de acesso aos serviços de saúde

A pandemia do coronavírus fez subir em 132% o número de mortes cardiovasculares. Isso é o que aponta uma pesquisa realizada pelas universidades federais de Minas Gerais (UFMG) e Rio de Janeiro (UFRJ), em conjunto com o Hospital Alberto Urquiza e a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC). O levantamento foi realizado em seis capitais: Belém (PA), Fortaleza (CE), Manaus (AM), Rio de Janeiro (RJ), São Paulo (SP) e Recife (PE). O maior aumento foi constatado em Manaus, 126%, e o menor em São Paulo, com 31%. 

O cardiologista do Hospital Marcelino Champagnat, Gustavo Lenci, alerta que os maiores índices de crescimento ocorreram nas cidades em que o sistema de saúde entrou em colapso ou chegou perto de colapsar. “Embora a COVID-19 tenha acometimento cardiológico, pelo recorte do local onde a pesquisa foi realizada, talvez seja mais correto afirmarmos que foi por falta de acesso da população ao sistema de saúde do que propriamente efeitos da doença”, ressalta. Além disso, muitos pacientes não mantiveram o acompanhamento de doenças, como diabetes e hipertensão, por medo do contágio da COVID-19. Para se ter uma ideia, a instituição, que é referência em cardiologia, registrou queda de mais de 40% no número de exames realizados desde o início da pandemia.

Mesmo antes da pandemia, as doenças cardiovasculares já eram apontadas como a principal causa de morte no Brasil. De acordo com a SBC, são mais de 1100 mortes por dia, o que dá uma morte a cada 90 segundos, por isso, o médico alerta que, mesmo com a chegada da vacina, é essencial que a população mantenha os cuidados com a saúde. “Para evitar problemas cardíacos, é fundamental ter uma alimentação saudável, praticar exercícios físicos regularmente e não fumar. Enfim, as pessoas precisam se conscientizar e cortar os hábitos nocivos à saúde”, frisa Lenci.

 

Hospital Marcelino Champagnat

 

Pandemia faz transplante de córnea desabar

Queda em 2020 chegou a 210% até setembro em comparação ao mesmo período de 2019 e pode agravar este ano segundo estudo. Entenda. 


O estrago na saúde decorrente da pandemia de coronavírus é maior do que se possa imaginar. Incapacitou milhares de jovens brasileiros em 2020. Isso porque, o relatório da ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos) mostra que até setembro de 2019 10.995 brasileiros passaram pela cirurgia.  No mesmo período de 2020, último dado da associação, foram realizados 4.807 transplantes de córnea no País, uma redução de 210% em relação ao ano anterior.  Pior: Segundo a ABTO até o mês de setembro a fila de espera saltou de 10.825 em 2019 para 14.433 em 2020.

 

O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier e membro do CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) afirma que recentemente voltou a circular na imprensa uma prótese que exista há mais de 10 anos, mas não substitui o transplante por ser um dispositivo caro e não ser eficaz para todas as doenças na córnea. No Brasil, ressalta, o ceratocone responde por 70% dos transplantes. A doença em geral aparece na adolescência e progressivamente torna a córnea, lente externa do olho, mais fina e fraca, fazendo com que tome o formato de um cone. Esta alteração compromete bastante a visão, explica, porque a luz penetra distorcida nos olhos e forma imagens desfocadas. Outros sintomas são: troca frequente do grau dos óculos, visão de halos noturnos, aversão à luz do sol, maior fadiga visual e olhos irritados. “O problema é 85% de nossa interação com o meio ambiente depende da visão e no início o ceratocone pode ser confundido com astigmatismo por ter sintomas semelhantes”, afirma. Por isso, o especialista acredita que uma parcela maior da população pode estar com esta doença.

 

Estudo

Para o especialista a pandemia pode aumentar ainda mais a deficiência visual por conta da menor captação de córnea pelos bancos de olhos. “Um estudo divulgado no final de janeiro na publicação científica, JAMA Ophthalmology da Associação Médica Americana (AMA) mostra que em um grupo de 11 pessoas contaminadas pelo SARS-CoV-2 a córnea de 6 (55%) apresentou o RNA genômico do vírus. Quatro dessas mesmas córneas (67%) apresentaram RNA subgenômico”. Por isso, a recomendação é evitar a captação para transplante de pessoas com Covid-19 ou recém contaminadas.

 

Tratamentos

Queiroz Neto afirma que na criança a evolução do ceratocone é mais rápida. O diagnóstico precoce só pode ser feito por tomografia, exame de imagem que analisa a face interna e externa da córnea. A única terapia que interrompe a evolução é o crosslinking, mas só pode ser aplicado em córnea com espessura mínima de 400 micras. "Consiste na reticulação das fibras de colágeno que aumenta a resistência da córnea em até 3 vezes com aplicação de vitamina B2 (riboflavina), associada à radiação ultravioleta", explica.

Outro tratamento é o implante de anel intraestromal que aplana a curvatura da córnea e por isso facilita a adaptação da lente de contato.

O oftalmologista explica que quanto maior a  protuberância da córnea, maior  o desconforto para usar as lentes de contato, única forma de corrigir a refração nos casos moderados e avançados da doença. Para estas pessoas, é mais indicado o uso de lente escleral que invés de se apoiar na córnea se apoia na esclera, parte branca do olho, e por isso é bastante confortável.

 

Novidades

Pesquisadores da Universidade de Loughborough, Reino Unido, acabam de anunciar  o desenvolvimento de um laser portátil projetado para monitorar alterações biomecânicas sutis no inicio no ceratocone, como por exemplo o afinamento localizado da córnea. Ainda não há previsão de quando este dispositivo chega ao mercado, mas para Queiroz Neto a portabilidade pode viabilizar ações em locais distantes num país de dimensão continental como o Brasil.

Outra novidade foi apresentada no reunião anual da Academia Americana de Oftalmologia é a CTAK, adição de tecido estéril para ceratocone que é moldado à córnea com um laser ultra rápido de femtossegundo, numa técnica semelhante ao implante de anel intraestromal. “Por enquanto, resta aos especialistas brasileiros realizarem  tratamentos com as ferramentas disponíveis que já demostraram eficácia e alertar a população para apostarem na prevenção com consulta médica periódica

Instituto Akatu estima o descarte de mais de 12,7 bilhões de máscaras de pano após um ano de pandemia

Em volume, essa quantidade de resíduos seria suficiente para preencher mais de 9 mil apartamentos de 50m² ou para encher 457 piscinas olímpicas. Akatu mostra os cuidados essenciais para evitar prejuízo ao meio ambiente e à sociedade


"Use máscara". Desde o início da pandemia essa frase já não sai mais cabeça das pessoas, assim como o item se tornou essencial na vida de todos. Após quase um ano de pandemia, o Brasil pode chegar ao descarte de mais de 12,7 bilhões de máscaras de tecido, levando em conta que cada uma delas pode ser lavada até 30 vezes e que um brasileiro possui, em média, cinco delas. Dessa forma, se não tomarmos os devidos cuidados com a utilização desse objeto indispensável no dia a dia, o meio ambiente pode ser afetado de maneira negativa.

Só para termos uma ideia, o peso total de 12,7 bilhões de máscaras equivale a 4,7 mil elefantes africanos - o maior animal terrestre do planeta - ou a 7,9 mil ônibus urbanos. Em volume, essa quantidade de resíduos seria suficiente para preencher mais de 9 mil apartamentos de 50m² ou para encher 457 piscinas olímpicas.

"Ser um consumidor consciente não se limita a usar a máscara da forma correta para protegermos uns aos outros, mas inclui prestar atenção no que acontece com esses itens após o uso, evitando não só a contaminação de quem possa vir a ter contato com os resíduos, como também a contaminação do meio ambiente", destaca Larissa Kuroki, coordenadora de conteúdos do Instituto Akatu, principal ONG do país dedicada à sensibilização e à mobilização para o consumo consciente.

Em cima disso, o Instituto dá algumas dicas de como utilizar esse objeto da melhor maneira. E essa preocupação começa na escolha do melhor material, passando pela limpeza, conservação, até chegar no descarte. Então, a partir de agora: "Use máscara. E saiba quais são as melhores formas de conservá-las e descartá-las".


Qual máscara comprar?

• A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda o uso de máscaras médicas ou cirúrgicas, como os modelos NP95 e PFF2, para profissionais de saúde, pessoas com sintomas sugestivos de covid-19 e aqueles que cuidam de casos suspeitos ou confirmados. A máscara cirúrgica profissional também é recomendada para indivíduos com mais de 60 anos ou de qualquer idade que tenham comorbidades, como doença cardiovascular ou diabetes, doença pulmonar crônica, câncer, doença cerebrovascular e imunossupressão.

• Se você não faz parte dos grupos citados, prefira o uso de máscaras de tecido para evitar o desabastecimento em hospitais e postos de saúde. Elas levam vantagem em relação às descartáveis sintéticas, de uso único, justamente por minimizar a geração e o acúmulo de resíduos no planeta. A recomendação da OMS é que as máscaras de pano tenham três camadas de tecido: a camada exterior deve ser de material resistente à água (polipropileno e/ou poliéster); a do meio, de material sintético ou algodão, para agir como filtro; e a interior, de material que absorva a água, como o algodão.

• Recentemente, França e Alemanha proibiram o uso de máscaras de pano e passaram a exigir o uso das profissionais por toda a população, como forma de prevenção contra as novas variantes do coronavírus. Vale lembrar, que a OMS e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) mantêm a recomendação de máscaras de tecido para todos, exceto profissionais da saúde e grupos de risco.


Como higienizar e cuidar da minha máscara?

• Máscaras de pano são reutilizáveis e devem ser higienizadas antes de cada nova utilização. A OMS indica que esse tipo pode ser lavado até 30 vezes antes do descarte apropriado. Lave com sabão ou detergente, de preferência com água quente. Outras opções são lavar com sabão ou detergente e água em temperatura ambiente, e depois colocar em água fervida por 1 minuto. Ou ainda deixá-las de molho em uma solução com 10% de água sanitária por no máximo 30 minutos e enxaguar bem antes de secar.

• Lembre-se sempre de manejar sua máscara com as mãos limpas e removê-las do rosto pelas tiras laterais. Evite tocá-la durante o uso.

• Se você pertence ao grupo que deve usar máscaras cirúrgicas do tipo N95, saiba que elas são descartáveis. A OMS recomenda que as desse tipo e as hospitalares sejam trocadas a cada 2 e 8 horas de uso, respectivamente.


Como descartá-la corretamente?

• De pano, descartável ou hospitalar, o destino de todas as máscaras é o mesmo: o lixo comum. Mas antes de descartá-las, tome alguns cuidados.

• Para evitar a contaminação de pessoas que manejam nossos resíduos, coloque as máscaras usadas em uma sacola e identifique que se trata de itens usados. Descarte na lixeira de resíduos orgânicos.

• Evite jogar máscaras em lixeiras na rua para impedir que catadores de resíduos sólidos tenham contato com materiais contaminados. Pela mesma razão, não descarte máscaras junto com materiais destinados à reciclagem.

• Se você está na rua, descarte sua máscara no lixo de um banheiro ou deixe para jogar na lixeira comum ao chegar em casa.

• Nunca a descarte na rua para evitar que ela acabe em rios e oceanos ou entupa bueiros. A Sociedade Americana de Química estima que 129 bilhões de máscaras e 65 bilhões de luvas são descartados por mês no mundo.

 


Instituto Akatu

https://www.akatu.org.br/


Sociedade Brasileira de Pediatria recomenda reabertura das escola

Crédito: divulgação/Colégio Positivo
Entidade destaca aumento significativo de casos de ansiedade e depressão entre crianças e jovens; profissionais de diferentes áreas defendem retomada do ensino presencial


A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) divulgou nota em que defende a reabertura urgente das escolas. No documento, além de defender o retorno das aulas presenciais, a Sociedade alerta para os impactos negativos que o fechamento das escolas acabou gerando em crianças e adolescentes. De acordo com o documento, houve um aumento significativo de casos de ansiedade, depressão e estresse entre esse público. 

Para a pediatra e médica do Departamento de Saúde Escolar do Colégio Positivo, Andrea Dambroski, as escolas estão fazendo a sua parte para viabilizar um retorno seguro para todos. "A retomada das aulas presenciais é necessária e urgente. O impacto psicológico da pandemia tem sido tão ou mais preocupante entre os pediatras do que a própria doença, visto que a busca por atendimentos de urgência e emergência voltados para crianças e adolescentes, motivados por crises de ansiedade, tentativas de suicídio e uso de drogas aumentou significativamente", alerta. 

A pediatra reforça que as estatísticas da pandemia mostram que crianças e adolescentes representam menos de 1% dos casos de mortalidade da doença e respondem por 2% a 3% do total das internações, sendo que a maioria das crianças infectadas manifesta apenas quadro leve de sintomas ou é assintomática. "Aqueles que fazem parte de grupos de risco ou convivem com pessoas idosas ou com comorbidades, devem avaliar, junto à escola e com o pediatra da criança, se devem retornar às aulas presenciais ou optar por manter o ensino remoto. Mas as exceções devem ser tratadas caso a caso", salienta.

Para a especialista, é importante, nesse momento, que haja uma relação de confiança entre as famílias, os alunos e as escolas. "Os protocolos estão sendo seguidos de acordo com as recomendações de órgãos governamentais. Estamos promovendo treinamentos periódicos e atualizados para professores e colaboradores, sempre disponibilizando materiais de apoio que reforcem as medidas de prevenção. E se cada um fizer a sua parte, é possível sim garantir um ambiente seguro para o retorno dos alunos", completa.

A importância de se priorizar esse retorno em função dos enormes prejuízos que o isolamento social e a suspensão das aulas presenciais acabaram por promover entre crianças e adolescentes é reiterada pela psicóloga, doutora em Educação e supervisora do Serviço de Psicologia Escolar - SerPsi - dos colégios do Grupo Positivo, Maísa Pannutti. "O maior prejuízo é a falta do convívio social com os pares. Tanto crianças quanto adolescentes se mantiveram, durante o isolamento, em relações assimétricas, ou seja, com seus pais e pessoas que não possuem as mesmas posturas e idade que eles. Quando as crianças estão na escola, elas vivenciam relações entre pares, relações simétricas, e isso é um dos maiores motores para o desenvolvimento do indivíduo", explica a especialista. 

Maísa alerta ainda para questões como o desenvolvimento da autonomia. "No caso de crianças e adolescentes que tiveram que viver apenas com o ensino remoto, ficou muito mais difícil para eles exercitarem e, portanto, desenvolverem a autonomia. Eles não foram exigidos nesse sentido. E, no caso dos adolescentes, é ainda pior, porque uma das características importantes da adolescência é a necessidade que eles têm de sair do núcleo familiar, de buscar outros convívios sociais fora de casa. Privados desse convívio social externo, os adolescentes acabaram se mantendo numa posição infantilizada - o que, inevitavelmente, acabou gerando danos emocionais. Como profissional, tive a oportunidade de verificar muitos casos de adolescentes deprimidos e desmotivados", lamenta a psicóloga.

A pediatra Tiana Rossi também avalia a situação como mãe. "O período de isolamento social foi de um prejuízo imensurável aos meus filhos. Percebo que a falta da socialização afetou diretamente a autonomia deles, os tornando excessivamente dependentes dos pais. Além disso, apresentaram dificuldades em lidar com as emoções, se mostrando mais ansiosos, tristes e irritados. Infelizmente, houve excesso de exposição às telas e redução das atividades físicas diárias", lamenta Tiana. A pediatra é mãe da Beatriz, de 6 anos e do Antonio, de apenas 3, alunos do Colégio Vila Olímpia, em Florianópolis. Ela conta que, no caso do filho mais novo, houve também atraso no desenvolvimento da linguagem.

A pediatra acredita que a retomada das aulas pode ser feita de forma segura, com base em protocolos de distanciamento, uso de máscaras, higienização e estratégias de detecção e mitigação de casos. "O impacto negativo do isolamento social  na saúde física e mental das crianças causará danos de longo prazo a toda uma geração. O fechamento prolongado das escolas provocou um aumento na desigualdade social e educacional, nos índices de abandono escolar, na violência doméstica entre os mais vulneráveis, sem contar nos danos à saúde mental em todas as classes sociais. O isolamento apresenta um risco de morbidade social e emocional desproporcional ao papel das crianças como transmissores do vírus", finaliza.


Volume de profissionais da saúde infectados pelo coronavírus deve gerar onda de ações trabalhistas

A cada 48 segundos, em média, um profissional de saúde é infectado pelo coronavírus no Brasil. Levantamento do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) demonstra que um total de 3,1 milhões de trabalhadores estavam ocupados na área médica em novembro do ano passado. Desse contingente, ao menos 490 mil já havia desenvolvido a Covid-19. O dado revela as dificuldades vividas pelos profissionais na linha de frente do combate à pandemia: jornadas de trabalho extensas, falta de equipamentos de proteção, escassez de testes para a Covid-19, entre outros problemas.

Especialistas apontam que a precarização do trabalho na área médica deve gerar um volume cada vez maior de ações trabalhistas relacionadas ao contágio dos profissionais de saúde pelo coronavírus. Temas que estão presentes hoje no Judiciário e que devem se tornar mais frequentes são o pedido de auxílio-acidente e de estabilidade para o trabalhador acidentado; o reconhecimento de horas extras; o adicional de insalubridade e periculosidade; indenizações por danos morais decorrentes da infecção por Covid-19; o desrespeito ao intervalo para a refeição; e o pedido de adicional por acúmulo de função. 

“Estamos diante de um dado bastante elevado mesmo que para uma situação pandêmica. Vemos que o número de ações decorrentes de contágio e sequelas da Covid-19 em empregados da rede médica, bem como ações decorrentes de doenças mentais oriundas da pandemia, devem ter uma crescente nos próximos anos”, analisa Mayara Galhardo Felisberto, advogada trabalhista do escritório Baraldi Mélega Advogados

A proteção no ambiente de trabalho dos profissionais de saúde é regulamentada hoje pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e pelas chamadas Normas Regulamentadoras (NRs) do Ministério da Economia. A CLT exige o cumprimento pelo empregador de normas de segurança e medicina do trabalho, assim como a instrução dos empregados quanto às precauções a serem tomadas. Já as NRs tratam, por exemplo, de riscos como o contágio por agentes biológicos como, por exemplo, o coronavírus.

advogada trabalhista Denise Arantes, sócia do escritório Mauro Menezes & Advogados, lembra que há penalidades para as empresas que deixam de garantir a proteção do trabalhador da área médica. “O descumprimento das normas pode acarretar responsabilidade administrativa para o empregador, com a possibilidade de aplicação de multas e interdição do estabelecimento. Em relação à responsabilidade trabalhista, os empregadores são obrigados, nos termos da lei, a efetuar o pagamento de adicionais de insalubridade e periculosidade e a cumprir as exigências previstas nas normas coletivas e na lei, inclusive relacionadas ao afastamento de profissionais em grupos de risco e dos profissionais que adoecem”, afirma.

O empregador também possui responsabilidade civil em relação aos trabalhadores, o que dá direito a indenizações relacionadas a despesas com o tratamento médico e a danos morais, assim como ao recebimento de benefício previdenciário por doença ocupacional. “É preciso dizer ainda, que os empregadores podem ser responsabilizados criminalmente pelo descumprimento de normas de segurança, que podem caracterizar desde contravenção penal, punível com multa, a crime de perigo, caso haja exposição da vida ou da saúde do trabalhador a perigo direto e iminente”, acrescenta Denise Arantes.

advogado trabalhista Ruslan Stuchi, sócio do escritório Stuchi Advogados, orienta que os trabalhadores de saúde podem buscar o auxílio das entidades sindicais para garantir a proteção no ambiente de trabalho por meio de acordos individuais e coletivos. “Cabe ao sindicato a preservação de suas condições de saúde e um ambiente saudável de trabalho. É fundamental a negociação de cláusulas pelo sindicato com o empregador”, afirma. 

Os trabalhadores que atuam nas áreas administrativa de hospitais também estão sobre forte pressão e  exposição ao risco de contrair a Covid-19. “Quando possível, deveriam trabalhar de forma remota, já que não teriam contato com o agente biológico. Ocorre que em home office também abre a possibilidade de outros riscos físicos e emocionais, que também merecem atenção”, pondera Lariane Del Vechio, especialista em Direito do Trabalho e sócia do escritório BDB Advogados.


Setor público versus privado

Atualmente, o descumprimento de medidas protetivas tanto por hospitais públicos, que compõe o Sistema Único de Saúde (SUS), quanto por hospitais particulares, têm resultado no ajuizamento de ações civis públicas e ações coletivas pelo Ministério Público do Trabalho (MPT). 

Entretanto, segundo especialistas, a vulnerabilidade dos profissionais ao contágio por Covid-19 é maior no setor público. O risco tem se reproduzido na desaprovação da classe médica em relação à atuação do Ministério da Saúde. Conforme pesquisa da Associação Médica Brasileira (AMB), divulgada na última semana, quase 80% dos médicos brasileiros reprovam o combate da pandemia por parte do Governo Federal. 

Segundo a advogada Denise Arantes, existe uma preocupação internacional em relação ao volume de trabalho enfrentado pelos profissionais da saúde. “Desde o início da pandemia, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) recomendou aos hospitais e clínicas que adotassem uma postura responsável, cabendo aos empregadores a adoção de medidas para evitar ou reduzir o contágio dos profissionais de saúde, como assegurar jornadas de trabalho não exaustivas”, relembra.

Para Mayara Galhardo, ainda é importante que o empregador disponibilize espaços de representação e escuta dos profissionais da saúde em relação aos problemas enfrentados na crise sanitária. “Os trabalhadores precisam estar informados, treinados, conscientizados e mobilizados para ações de proteção necessárias. É um direito ter um ambiente de trabalho seguro e pleno acesso a medidas de proteção compatíveis com suas atividades de rotina e as excepcionais, como aquelas decorrentes do atendimento à Covid-19”, orienta. 


7 dicas para o colaborador se preparar para o modelo híbrido de trabalho

Entre as principais delas esta avaliar seu próprio desempenho e investir em uma rotina planejada


O novo cenário referente ao mercado de trabalho tem como aposta por parte de especialistas a adesão ao modelo híbrido, ou seja, que une o remoto ao físico. A 4ª edição da pesquisa Índice de Confiança do Trabalho no Brasil, conduzida pelo LinkedIn, mostrou que, em um cenário de pós-pandemia, até os profissionais de organizações menores pretendem ter mais flexibilidade para não exercerem as funções in loco, apesar do espaço físico disponível.

"As empresas passaram a ter mais confiança nas equipes ao notarem que seus negócios permanecem ativos mesmo com a crise. Outros benefícios como a redução de custos, retenção de talentos, flexibilidade e engajamento da equipe, são fatores decisivos para esse modelo, mas, não são suficientes para manter o home office 100%. A vontade de interagir presencialmente com colegas e a questão da saúde mental pesam na decisão das organizações", avalia Celson Hupfer, CEO da Connekt, plataforma inteligente de recrutamento digital e Doutor em Psicologia Social. Entretanto, o modelo híbrido ainda gera dúvida nos colaboradores. Para ajudar neste novo processo, o especialista separou sete dicas.

 Confira:

Mantenha uma rotina profissional


A variação de modelos de trabalho (in loco e home office) poderá gerar confusão no momento de readaptação, mas criar ou definir melhor as rotinas diárias, entender quais os melhores dias e picos de energia para realizar atividades, podem te ajudar a manter os resultados, mesmo no formato híbrido.



Avalie seu desempenho


Essa é uma das principais dicas. Com essa nova mudança o seu desempenho também pode sofrer alterações, então, questione-se, avalie os processos diários, seu senso de urgência e responsabilidade e, dependendo da sua avaliação, mude sua rotina ou comunique isso a um gestor, afinal, pedir ajuda é necessário e desta forma, ele poderá te auxiliar em seu novo desafio.



Planejamento


Tenha em mente as diferenças do trabalho no escritório e em casa. Com base nas diferenças, crie um planejamento diário. Como por exemplo, no escritório, realizar pausas para cafézinhos, para higienizar as mãos ou apenas para se alongar. Já em casa, avalie o horário de iniciar e encerrar o trabalho, uma outra opção é já separar a sua roupa, mesmo sem a necessidade de um dress-code formal.



Comunicação


Não importa qual o canal, a comunicação entre você e a equipe deve permanecer clara, de modo que esteja alinhada com as expectativas dos líderes. "O colaborador deve sempre buscar os seus gestores para comunicar novos desafios ou dificuldades, a empatia, a gentileza e a comunicação consigo e com o outro são palavras chaves para este modelo", recomenda Hupfer.



Seja paciente


Neste início, as empresas ainda estarão se adaptando ao formato, assim como você. Portanto, seja paciente e fique atento aos detalhes, às recomendações e quadros de avisos, à localização e recomendações de utilização de máscaras e álcool em gel, ao distanciamento entre as pessoas e até a escala e revezamento de equipes em locais dentro da empresa.



Novas habilidades


Crie o hábito de autogerenciamento, utilize tempos livres de forma adequada e investigue sobre novas habilidades que podem agregar para sua empresa ou para o mercado. Com a adesão ao novo formato, o número de cursos online e gratuitos devem permanecer na média, o que é uma boa notícia para quem deseja aprender novas habilidades, sejam elas técnicas ou comportamentais.



Hábitos saudáveis


Se você iniciou algum exercício físico na pandemia, permaneça com eles, mesmo que você tenha que ajustar os horários. Busque também sentar em posições confortáveis e beber água, afinal, isso também ajuda na concentração e foco. Uma boa alimentação, pausas para alongamento e, às vezes, músicas no fone de ouvido podem ajudar na produtividade e bem estar.

 

Proteção pessoal em tempos de pandemia

Especialista fala da importância da proteção pessoal, familiar, patrimonial e empresarial e dá dicas de como investir nesse planejamento


Em tempos de pandemia, possuir planejamento de proteção pessoal fez toda a diferença para muitos indivíduos. Situações como desemprego, sequelas da doença e até mesmo a perda de familiares por conta da Covid-19, deixou em vulnerabilidade grande parte das famílias nesse último ano.  “O seguro de vida ou de pessoas é a melhor forma de fazer um planejamento de proteção pessoal, familiar, patrimonial, empresarial, pois ele garante uma liquidez ao segurado ou seus familiares e sócios numa eventualidade que aconteça com o segurado. É uma forma de proteger e de blindar toda a estrutura financeira patrimonial de situações que não temos controle, como por exemplo, a pandemia, incluindo morte, invalidez, doença, acidente, afastamento do trabalho”, ressalta Thiago Sena, especialista em planejamento de proteção pessoal e membro do MDRT, internacional, que congrega cerca de 1% dos melhores profissionais do mercado mundial em proteção por meio de seguros pessoais (fonte: Revista Apólice).

“A pandemia foi um gatilho para que milhares de brasileiros, que não pensavam em proteção, começassem a pensar no assunto, pois doenças, mortes e acidentes aconteciam antes, durante e acontecerão depois da pandemia, por isso, vale ressaltar que uma boa proteção se faz necessária sempre”, reforça Thiago.

O especialista comenta que um engano muito comum em relação ao seguro de vida é associá-lo apenas a situações de morte. “Hoje, mais de 90% das coberturas são mais para a vida do que para a morte. Esse conceito de seguro de vida voltado apenas para riscos de morte é ultrapassado. Há muitas coberturas para a vida”, salienta.

De acordo com Sena, para investir em seguro de vida não é preciso esperar constituir uma família, obter rendimentos ou acumular patrimônio. “Os jovens pagam seguros muito mais baratos e podem fazer seguros com foco na vida, como coberturas de invalidez, doença, afastamento, que são importantes para os jovens, principalmente aqueles que estão no mercado de trabalho”, comenta.

Um dos públicos mais necessita do seguro de vida, segundo Thiago, são os profissionais autônomos, independentemente da idade, como médicos, dentistas, advogados, que possuem uma renda muito alta, porém, se ficarem 1 mês parados, já sentem o reflexo, além empresários, cujos funcionários, na grande maioria,  estão mais bem amparados em proteções do que o patrão. “Para os que possuem dependentes, como filhos, mães ou pais, não ter um seguro de vida chega a ser uma atitude negligente. O melhor momento para fazer seguro de vida é quando se tem saúde”, avalia Thiago.

O especialista esclarece algumas dúvidas mais comuns dos usuários:

  1. Quais as vantagens e os riscos de um seguro de vida?

A principal vantagem é blindar tudo o que está construindo e o que ainda está por construir. É a forma mais rápida de ter uma liquidez para uma emergência. O recurso financeiro que um seguro de vida proporciona pode resolver problemas financeiros, garantir o padrão de vida da família, garantir a educação dos filhos, além da dignidade da família num momento de eventualidade. 

Os riscos do seguro de vida são os relacionados a problemas pré-existentes, problemas que a pessoa já pode ter no histórico familiar que podem impedi-la de contratar um seguro. Existe um risco que às vezes a pessoa não informa uma situação destas e acaba perdendo o direito do benefício. Por isso a importância da transparência no momento da contratação.

 

  1. Qual o investimento mínimo para a adesão de um seguro de vida?

Para cada caso, deverá ser feita uma avaliação das reais necessidades do segurado para se fazer um seguro sob medida. Hoje em dia, o investimento mínimo de um seguro de vida é de R$ 50,00, porém, com algumas limitações diante de situações mais delicadas ou graves. Contudo, o ideal é trabalharmos entre 5 a 10% da renda liquida da pessoa, onde é possível desenvolver um planejamento sob medida para qualquer pessoa.

 

  1. Como se preparar financeiramente para obter um seguro de vida?

Ao acionar um especialista, o segurado recebe uma orientação quanto às prioridades, feita por meio de uma análise junto ao cliente. Geralmente, alguns investimentos ou valores que alocados de maneira errada, devem ser revistos e assim será possível reduzir gastos desnecessários. Muitas vezes, o cliente consegue destinar parte de seus investimentos para o seguro de vida para garantir, inclusive, a proteção do investimento da família, com o próprio seguro adquirido. Patrimônios e Investimentos nem sempre têm a liquidez para resolver uma emergência, e quando os mesmos são a única saída, ocorre uma depreciação e desvalorização do bem. Vender por oportunidade é diferente de vender por necessidade.

Um grande engano de muitas pessoas é investir na poupança, que não traz rentabilidade e perde valor. Então, com um estudo bem feito é possível alocar esse dinheiro numa previdência privada e uma parte na proteção por meio de seguro de vida. Cerca de 8 de cada 10 brasileiros “investem” na poupança, por falta de conhecimento.

 

  1. O seguro de vida é recomendado para um indivíduo endividado?

É importante que a pessoa endividada se livre de gastos supérfluos e priorize aquilo que vai fazer diferença na sua vida. Com um investimento de R$ 50,00 a R$ 100,00, a pessoa consegue ter a garantia de que, se acontecer alguma coisa com ela, terá liquidez para resolver seus problemas. Uma pessoa endividada também está sujeita a riscos. Pessoas endividadas ou não podem sofrer acidentes, doenças e até morte. Para os endividados a situação pode ser ainda mais grave, se não estiverem protegidos.

 

  1. Uma pessoa que possui reservas suficientes para uma vida sem trabalho necessita de um seguro de vida?

Sim, necessita para que continue mantendo esse padrão. Normalmente, o que mais coloca em risco as reservas financeiras e o patrimônio são imprevistos que a pessoa não tem controle. Planos de saúde são muito importantes e pagam muitas despesas médicas, porém não pagam as suas contas, portanto é necessário ter um planejamento mais completo que possa blindar todos os riscos.

 

  1. O que é considerado morte acidental?

Criminalidade, batidas de carro, a pessoa levar um tombo, qualquer tipo de acidente, tudo que não for causado por doença. E infelizmente hoje, muitas pessoas mal informadas acreditam ter um seguro de morte por qualquer causa, porém, têm apenas uma cobertura de morte acidental. Na dúvida, ele deve procurar um especialista para lhe auxiliar nesta análise.

 

  1. O que é considerado invalidez?

A invalidez é algo irreversível, como a perda de algum membro. As coberturas de invalidez cobrem situações definitivas totais ou parciais. Há coberturas também que são de afastamento, internação, ou afastamento temporário, por exemplo: quebrar um braço. Neste caso, um benefício mensal equivalente à renda ou padrão de vida do segurado e inferior se comparado aos casos de perdas definitivas.

 


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Por que terceirizar a gestão do departamento financeiro?

Quando se fala em financeiro, é importante que ele não seja um departamento esquecido dentro da empresa. A atenção a esse setor é um diferencial para as companhias que buscam um crescimento sustentável. Isso porque, muitas vezes, pequenas e médias empresas quando começam a crescer têm dúvidas em relação ao que fazer: contratar um profissional especializado, criar um setor específico para gerir as finanças ou ainda terceirizar o serviço.

Antes de qualquer coisa, deve ficar claro que o setor não pode ser visto como “contas a pagar e a receber”. Nem ser algo secundário, pelo contrário: deve ser primário, uma vez que dará toda a direção e validação dos caminhos adotados pela empresa.

Hoje, a principal vantagem de terceirizar o departamento financeiro ou ter uma pessoa para geri-lo de forma externa é a isenção, pois trata-se de uma opinião sem envolvimento emocional ou interesse financeiro. Esse profissional optará pelo que for melhor para a estrutura – a tomada de decisões e os apontamentos objetivam uma visão gerencial mais ampla.

Não há aquela preocupação em agradar ou não determinado sócio, por exemplo. A visão externa do negócio pode contribuir, inclusive, para uma comunicação mais assertiva entre os sócios.

A terceirização engloba ainda a pontualidade e melhor organização das contas a pagar, e a chance de perder um prazo também é reduzida a zero. Além disso, ao terceirizar o setor eleva-se a profissionalização. É um gerenciamento completo, como se o setor de fato fizesse parte da estrutura organizacional.

 



Beatriz Machnick - contadora, especialista em Controladoria e Finanças, mestre em Governança e Sustentabilidade. É pioneira da metodologia de Formação de Preços na Advocacia e palestrante na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). É sócia-fundadora da BM Consultoria em Precificação e Finanças. Autora dos livros Gestão Financeira na Advocacia - Teoria e Prática (2020), Valorização dos Honorários Advocatícios – O Fortalecimento da Advocacia através da Gestão (2016) e Honorários Advocatícios – Diretrizes e Estratégias na Formação de Preços para Consultivo e Contencioso (2014).


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