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sexta-feira, 8 de janeiro de 2021

Levantamento realizado pelo Hospital do Servidor Estadual revela aumento da ansiedade entre idosos durante pandemia

 Programa de Assistência ao Idoso (PAI) do HSPE monitorou 180 idosos durante seis meses


O Programa de Atenção ao Idoso (PAI) do Hospital do Servidor Público Estadual de São Paulo (HSPE) realizou um levantamento que constatou aumento de 15,38% dos níveis de ansiedade de idosos nos últimos seis meses. De maio a outubro, foram monitorados, por telefone, 180 idosos que participam do PAI do HSPE.

O número de relatos positivos de ansiedade passou de seis para 33 no período. O cálculo da porcentagem, entretanto, segue uma lógica diferenciada. Em vez da conta matemática direta, os especialistas utilizam uma fórmula que mescla a proporção das respostas positivas de maio e outubro e a diferença de aumento entre os números obtidos nestes períodos.

A maioria das pessoas que participaram da pesquisa possui, na média, 76 anos. Todas receberam ligações telefônicas de profissionais do HSPE e foram questionadas sobre o seu estado emocional no período de isolamento social.

 Freepik


Numa análise segmentada, a comparação dos dados entre maio e outubro de 2020 apontou alta significante nas questões relacionadas a humor deprimido, como tristeza ou perda de interesse por atividades. O aumento de 10 para 23 relatos positivos de humor deprimido indicou aumento de 7,14%. Já os relatos de insônia intermediária, que é quando se acorda no meio da noite, subiram de seis para 15, um aumento de 4,95%, seguindo os cálculos diferenciados dos especialistas.

A referência para definir os níveis de ansiedade manifestados pelos idosos foram 21 questões da Escala de Classificação de Hamilton de avaliação de depressão (HAM-D 21), que aborda humor, insônia, atividades e ansiedade.

O resultado do levantamento mostra como o período pandêmico afeta a saúde mental dos idosos e isso preocupa os especialistas que afirmam que a solidão e o isolamento na velhice podem desencadear transtornos emocionais e distúrbios psicológicos.

Para a psiquiatra do HSPE Dra Heloísa Batistucci, além do isolamento social, que reforça uma quebra de vínculo do idoso com suas atividades externas, outros fatores também contribuem no aumento da tristeza e da ansiedade. A morte de alguém da família, a dependência destes idosos em razão de alguma doença e a perda da independência, são motivos que abrem portas para que os idosos se sintam mais inseguros, ansiosos, mal-humorados ou até mesmo depressivos.

"Observamos que, comparado ao primeiro contato realizado em maio, o aumento foi estatisticamente significante para humor deprimido, insônia intermediária e ansiedade. Isso enfatiza a importância do constante estímulo físico e psíquico dos participantes, bem como do convívio social, contribuindo para a manutenção da saúde como um todo", afirma o médico e especialista em Medicina Preventiva e Social Dr. Milton Morales Filho responsável pela avaliação e estudo realizado pelo Programa PAI.

Para a diretora do PAI, Dra Gilka Barbosa Lima Nery, sempre é necessário reforçar diferentes abordagens para manter os idosos ativos, como ações preventivas, atividade física, artesanato, yoga, oficinas de memória, teatro e canto. "O PAI, acompanhando os idosos e realizando atividades a distância, tem cumprido seu papel de agregar e dar suporte aos idosos nessa pandemia. A sensação de pertencer a uma comunidade e saber que há alguém que se preocupa com eles e dá amparo, é muito importante para a preservação da saúde dos idosos, pois a solidão pode levar à depressão", declarou a médica Gilka Nery.

Com o atendimento presencial temporariamente suspenso por conta da pandemia, os idososs que antes participavam presencialmente das atividades do PAI passaram a receber pelos celulares programações de videoaulas de educação física, inglês e foram convidados a participar de outras atividades, como Concurso de Poesia.

O HSPE é referência pública em atendimento de saúde para a população idosa. Ao monitorar a rotina dos idosos e obter em tempo real os efeitos positivos das atividades oferecidas, o PAI contribuiu para a melhoria da qualidade de vida e equilíbrio da saúde mental do idoso. 



Sobre o Programa de Atendimento ao Idoso (PAI)

O Programa de Atendimento ao Idoso "Mário Covas" (PAI) foi inaugurado em junho de 2002 com o objetivo de estimular o envelhecimento ativo e saudável dos servidores estaduais aposentados. Atualmente, o PAI atende 185 idosos, com média de idade de 70 anos. O programa oferece atividades como: musculação, alongamento, dança, canto, teatro, oficina de smartphone, informática, artesanato.

 


Instituto de Assistência Médica ao Servidor Público Estadual de São Paulo (Iamspe)


Dor no ombro é superada apenas por dor lombar

Condição atinge até 50% da população em geral, segundo dados da Sociedade Brasileira de Estudos da Dor (SBED)


Você cuida bem dos seus ombros? Pois saiba que essa articulação pode sofrer ao longo da vida devido a vícios de postura que são adotados no dia a dia, além de traumas e movimentos repetitivos. Mesmo que você não perceba, há certos movimentos e posturas que podem comprometer a saúde dos seus ombros.
 
Conforme a idade avança, é muito provável que você sinta dores no ombro por uma série de razões. “A queixa de dores na região os ombros é algo muito comum na prática da fisioterapia”, comenta Walkíria Brunetti, fisioterapeuta especialista em Pilates e RPG.
 
“A pessoa pode começar a sentir dores em atos simples do dia a dia, como pentear o cabelo, tentar fechar um zíper na parte de trás das costas, pegar algum objeto localizado acima da cabeça. A dor também pode aparecer ao levantar levemente os braços, um pouco acima dos ombros,” cita Walkíria. A dor pode surgir lentamente ou abruptamente. Além disso, pode ser uma dor mais leve ou insuportável”.
 
Com a ajuda da fisioterapeuta, listamos abaixo as cinco condições mais comuns que podem causar dores nos ombros. Confira.


 
Manguito rotador


A lesão no manguito rotador corresponde a cerca de 70% dos casos de dor no ombro. O manguito rotador é o nome que se dá a um grupo de músculos e tendões que ajuda a manter os ombros em seu encaixe, bem como permite os movimentos circulares da região.
 
Entre os principais sintomas estão dor e rigidez no ombro ao levantar o braço acima da cabeça ou quando é preciso estender os braços para a parte posterior do tronco.
 
“Vale lembrar que problemas no manguito rotador podem estar relacionados ao processo degenerativo próprio do envelhecimento dos tendões. Isso ocorre devido a mudanças na vascularização do manguito ou ainda a alterações metabólicas associadas à idade. Como causas secundárias, podemos citar traumas relacionados a acidentes”, comenta Walkíria.


 
Ombro congelado


O ombro congelado, cujo termo médico é capsulite adesiva, é outra causa comum de dor nos ombros. Ocorre quando há espessamento e enrijecimento dos tecidos ao redor da articulação do ombro. Geralmente se desenvolve em pessoas de 40 a 60 anos.


 
Osteoartrite


Embora menos comum do que em outras articulações do corpo humano, a osteoartrite também pode afetar os ombros. Nesses casos, o fator chave é o envelhecimento.


 
 Bursite/ Tendinite


A bursa é uma estrutura que contém o líquido sinovial, responsável por reduzir o atrito entre o músculo e osso. Os tendões e a bursa dos ombros podem inflamar, muitas vezes devido ao uso excessivo da articulação em movimentos repetitivos ou a fatores anatômicos.


 
Fraqueza muscular


A má postura, bem como treinos de força indevidos podem enfraquecer os músculos que movimentam a cabeça do úmero e a escápula. Como isso, os movimentos do ombro se tornam ineficientes.
 
A elevação dos ombros, por exemplo, é uma postura muito comum e que pode causar dores severas na região tanto nos ombros, como na região cervical.
 
“O estresse é um dos motivos que podem contribuir para elevarmos os ombros, quase sempre sem perceber. Com os ombros elevados, a rotação da cabeça fica mais limitada, podendo comprometer a cervical”, reforça Walkíria.
 
“Por outro lado, temos os ombros refletidos para a frente do corpo. Isso pode ocorrer, principalmente, quando a pessoa está em uma mesa trabalhando em um computador. É comum inclinar o corpo para frente. Os ombros e a cabeça acabam saindo do eixo correto”, completa.  
 
Em todos os casos, temos uma desorganização da musculatura, da tensão e da força, que compromete os ombros, podendo levar ao encurtamento e ao enfraquecimento da região”, diz a especialista.


 
Proteja seus ombros


A melhor maneira de prevenir lesões e dores na região dos ombros é fazer alongamentos e exercícios de fortalecimento.

“A fisioterapia pode ser muito importante quando há dor e inflamação. Além de atuar nessas duas condições, o objetivo das sessões é corrigir possíveis vícios de postura para prevenir novas lesões”, comenta Walkíria.
 
Na alta do paciente, podemos ainda passar alongamentos e exercícios de fortalecimento que podem ser feitos em casa, com adaptações para quem não tem halteres ou instrumentos profissionais. É importante buscar fontes confiáveis caso a pessoa opte por procurar treinos em redes sociais e sites. Em muitos casos, isso pode agravar as lesões.
 
Alongar os ombros é algo simples e deve ser uma prática diária. Previne lesões, bem como aumenta a flexibilidade. Exercícios para os músculos da região dos ombros são fundamentais para estabilizar a articulação e, claro, para fortalecimento muscular”, encerra Walkíria.


A pandemia do sedentarismo

Em tempos em que os números de mortes por Covid-19, anunciados diariamente, preocupam e assustam a todos, estimativas reveladas recentemente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em relação às mortes causadas pelo sedentarismo nos fazem pensar que além da batalha contra o coronavírus, devemos nos entrincheirar para combater também os maus hábitos que ameaçam a saúde e a vida de milhões de pessoas ao redor do mundo.

De acordo com estimativa da OMS, até 5 milhões de mortes por ano poderiam ser evitadas, em todo o mundo, se tivéssemos um aumento na prática de atividade física regular. Considerada como a doença do século, o sedentarismo está associado ao comportamento ou acomodação decorrente dos confortos que a vida moderna trouxe à boa parte da população. Os riscos desse mau hábito para o nosso corpo são inúmeros, entre eles doenças cardiovasculares, osteoporose, diabetes, obesidade, aumento do colesterol, hipertensão arterial, infarto do miocárdio, entre outros. O risco de um infarto é, em média, 54% maior em pessoas sedentárias; e o de derrame cerebral, 50% maior. 

Ainda de acordo com dados da OMS, um em cada quatro adultos não pratica exercício físico suficiente. O mesmo acontece com quatro de cada cinco adolescentes. Além dos prejuízos para a saúde, estima-se que, em todo mundo, o sedentarismo custe US$ 54 bilhões em cuidados diretos de saúde, além de outros US$ 14 bilhões em perda de produtividade. Para mudar este cenário, devemos combater o sedentarismo em todas as idades e circunstâncias, até mesmo em situações de pessoas que vivem com limitações físicas ou condições crônicas. As novas diretrizes da OMS sugerem que devem ser destinadas pelo menos duas horas e meia a cinco horas, por semana, para atividade aeróbica moderada a vigorosa, no caso dos adultos. Para crianças e adolescentes, a média recomendada é de uma hora por dia.

A Covid-19 fez com que muitas pessoas se isolassem em casa, reduzindo drasticamente a movimentação e a atividade física. Novas recomendações da agência de saúde mundial afirmam que, apesar do cenário pandêmico e da necessidade de ainda mantermos o distanciamento social, as pessoas, em todas as faixas etárias, devem se manter ativas fisicamente. Devemos nos mover todos os dias, encontrando dentro da realidade de cada um as condições ideais de segurança para tanto, seja com a prática de desportos ou até mesmo mantendo a regularidade em práticas como caminhada, dança e atividades domésticas, como a limpeza.

As novas diretrizes contra o sedentarismo incluem ainda o incentivo às mulheres a manter a atividade física regular durante a gravidez e após o parto. Entre os muitos benefícios da prática regular de atividade física estão a prevenção e o controle de doenças cardíacas, diabetes tipo 2 e câncer. O exercício físico regular ajuda também a diminuir os sintomas da depressão e ansiedade, reduzindo o declínio cognitivo e melhorando a memória e a saúde do cérebro. Ser fisicamente ativo pode prolongar a nossa vida e até mesmo garantir a qualidade de vida nos anos finais da nossa existência. No caso dos idosos, deve haver o cuidado de incluir na rotina atividades que estimulem o equilíbrio e a coordenação, além do fortalecimento muscular, o que ajuda na prevenção de quedas e melhora da condição física.

Por tudo isso, o conselho a ser dado é movimentar-se regularmente. Cuidar para manter hábitos saudáveis de vida onde o sedentarismo não encontre brecha para se estabelecer. Porque para essa doença não existe vacina.

 


Fabiano Lago - endocrinologista da Estância do Lago - Spa & Wellness.


4 fatores para levar em consideração antes de pedir um empréstimo

Especialista da Creditas elenca pontos importantes para escolher a melhor opção de crédito e não se enrolar em dívidas


Com o começo do ano, as contas começam a chegar. IPTU, IPVA, matrícula e material escolar. Além disso, as metas de reformar a casa, começar a estudar, investir no próprio negócio ou casar entram no orçamento. Para organizar as contas e planos destes primeiros meses, pedir um empréstimo pode ser uma solução, mas é preciso ter atenção em alguns pontos antes de decidir solicitar um crédito.  

Segundo Otavio Machado, especialista em educação financeira da Creditas, plataforma líder em crédito e soluções 100% online para o consumidor na América Latina, todas as linhas de crédito podem ser boas, desde que sejam utilizadas para o fim correto. Para isso, é fundamental pesquisar e estudar as opções. Caso contrário, o risco de se endividar é grande.

Otavio elencou quatro pontos para se levar em consideração antes de fazer um pedido de empréstimo: 

 

1 -  Qual o motivo do empréstimo?

Antes de tudo, é importante pensar sobre a real necessidade que levou à busca do crédito e qual a finalidade do dinheiro. Dessa forma, é possível entender qual modalidade tem o perfil e os prazos mais adequados e garantir que o dinheiro será usado da maneira mais saudável possível. Alguns dos motivos podem ser:

  • Quitar dívidas do cartão de crédito: a dívida do cartão de crédito é uma das mais caras do mundo, ultrapassado os três dígitos em juros, sendo uma das principais causas do mau endividamento entre os brasileiros.
  • Para o casamento: fazer uma festa de casamento é, para muitos, um grande sonho. E muitos casais adiam o grande dia por questões financeiras.
  • Para reformar: transformar um imóvel por vezes é sinônimo de estresse por conta de imprevistos financeiros que surgem ao longo da obra e, de quebra, pode trazer um mau endividamento se não houver planejamento.
  • Empréstimo estudantil: recorrer a um financiamento é uma das principais formas de ingresso ao ensino superior por parte de milhares de jovens de baixa renda. 
  • Para investir no negócio: nem todo empreendedor possui a reserva financeira necessária para a abertura e manutenção inicial de uma empresa, por este motivo, muitos recorrem ao empréstimo para tornar o negócio possível. 


2 - Qual a situação financeira atual?

Além de definir um objetivo específico para a tomada de crédito, é essencial analisar a situação financeira atual e ter cuidado para não contratar uma opção com prazos muito curtos para pagar. Dessa forma, é melhor optar por alongar o pagamento das parcelas para ficar com um orçamento mensal mais "folgado”. O planejamento financeiro precisa estar em dia para confirmar se tem condições de arcar com as parcelas do empréstimo com tranquilidade. Não esqueça: as prestações não podem apertar o orçamento e deixar sem recursos ao longo do mês”, explica Otavio. 

Para auxiliar no planejamento, optar por linhas de crédito com garantia é uma boa opção, já que oferecem juros mais baixos e prazos mais longos para pagar. “O recurso precisa ajudar no controle financeiro e não ser a causa dele.”, finaliza Machado. 


3 - Pesquise a empresa ideal

A internet possibilita o acesso muito mais simples às instituições que oferecem diversos tipos de empréstimos e conhecer bem a empresa onde se vai contratar é fundamental para fugir de golpes e de taxas de juros abusivas. 

“Fique de olho na imagem da empresa. Para isso, é importante conferir as redes sociais, os comentários no Reclame Aqui e consultar o site do Bacen, que identifica as empresas que estão autorizadas a conceder empréstimos. Quanto mais seguro com a escolha a pessoa estiver, melhor”, reforça Otavio. 

Solicitar um empréstimo em um banco tradicional implicará em trabalhar com uma instituição que possui altos custos operacionais. Uma fintech ou empresa especializada em crédito online, possui gastos menores e o empréstimo fica mais barato.

4 - Conheça as taxas que serão cobradas

Para entender se as parcelas do empréstimo contratado realmente vão caber no bolso é importante saber o quanto será pago em juros e escolher as opções mais baratas. Na Creditas, por exemplo, existem linhas de crédito com garantia que as taxas partem de 0,75% ao mês. 

“O ideal é escolher o empréstimo com os menores juros, assim, pode-se contratar uma quantia maior para pagar uma dívida ou reformar o imóvel com o mesmo valor de parcela que pegaria com uma taxa mais alta. Uma alternativa saudável é recorrer ao crédito com garantia de imóvel, de veículo ou o consignado privado. As parcelas são menores, os juros mais baixos e o prazo de pagamento mais longo, tornando-se a modalidade ideal para não comprometer todos os os recursos” finaliza Machado. 

 


Creditas

Quais lições a COVID-19 deixa para a Educação em 2021?

Ana Regina Caminha Braga, psicopedagoga especialista em Gestão Escolar e Educação Especial, fala sobre o uso da tecnologia e a valorização dos professores

 

A vida é repleta de desafios, e em 2020 não foi diferente. A pandemia da COVID-19 virou o mundo de cabeça para baixo e colocou em xeque todas as concepções de ensino e aprendizagem existentes. Felizmente foi possível encontrar alternativas, principalmente em prol da educação de qualidade. Agora, em 2021, as maiores lições são o uso significativo da tecnologia e a valorização dos professores, pedagogos e gestores educacionais. É o que conta a psicopedagoga Ana Regina Caminha Braga, especialista em Gestão Escolar e Educação Especial. 

“A educação à distância já era praticada há muitos anos pelo Ensino Superior, mas nunca de forma tão aprofundada como neste ano. Já a Educação Básica, essa sim teve de se reinventar”, aponta. “Diversas escolas ingressaram pela primeira vez no universo das plataformas online, correndo contra o tempo para se adaptar aos novos métodos e driblar as dificuldades pedagógicas. Afinal, não é somente dar aula frente as câmeras, mas sim levar dinamicidade e ludicidade aos alunos a partir de estratégias diferenciadas”, explica a psicopedagoga. 

A valorização dos professores também se faz bastante presente. A pandemia provou a capacidade multifuncional e a importância desses profissionais na vida dos alunos. E não apenas de maneira fantasiosa, mas sim profissional e prática, mostrando que sem uma educação de qualidade é impossível formar qualquer outra profissão. 

“Após um período de avaliação dos resultados obtidos no último ano letivo, chegou a hora de elaborar novas diretrizes e levantar um diálogo sobre a participação do aluno e a prática docente. Para isso, é preciso que os professores sejam capazes de utilizar a tecnologia em sua totalidade, a fim de entregar uma educação ainda mais eficaz a todos os níveis de ensino. E isso só será possível com o apoio dos públicos da Educação”, complementa Ana Regina Caminha Braga.


Vai fazer ENEM? Saiba como se preparar para a prova

Kátia Ribeiro de Souza

Pedagogo dá dicas para os candidatos alcançarem melhores resultados na avaliação que acontecerá, excepcionalmente, em janeiro


Considerado como uma das principais vias de acesso ao ensino superior, o ENEM (Exame Nacional de Ensino Médio), é aplicado todos os anos para milhões de estudantes. Na última prova, em 2019, segundo o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), foram 3,9 milhões de candidatos. Embora este esteja sendo um ano atípico por conta da pandemia de covid-19, o exame está programado para acontecer em janeiro de 2021. 

Ainda que com dificuldades e muitos obstáculos a serem superados, o estudante precisará estar atento e bastante empenhado para obter bons resultados na prova, que avalia o desempenho em conteúdos do ensino médio. Professor Luizinho Magalhães, diretor acadêmico da rede de escolas Luminova, que tem por objetivo democratizar o acesso à educação de qualidade, compartilha uma série de dicas importantes para ajudar nos estudos para quem vai se submeter à prova. 

Aproveite o fim do ano e o recesso escolar para estudar

As férias são para descansar, espairecer. Mas, dada a importância do ENEM na vida do estudante, é importante que ele reserve algumas horas do dia para retomar os estudos, mesmo longe da sala de aula. Há muitas plataformas digitais e gratuitas que oferecem revisão de conteúdo ou simulados do ENEM e dos principais vestibulares do País.

Mantenha uma rotina de estudos, sem exageros, mas com foco

Vale revisar conteúdos, sobretudo os que têm maior dificuldade, mas também é preciso fazer pausas, estabelecer limites e horários para estudos. Nessa fase, o ideal é que o jovem estude de vinte minutos até uma hora e meia por dia. Sabendo diferenciar esses períodos dos momentos de lazer, a rotina que antecede a prova se torna mais leve e menos desgastante.

Do caderno ao tablet: anote!

Seja pelo tradicional caderno, lápis e livro, ou pelo tablet, computador e até mesmo celular, fazer anotações sobre o conteúdo é uma importante ferramenta de memorização. Leia o texto e escreva palavras-chaves de um lado e informações mais esmiuçadas do outro. Depois, faça um resumo – que pode ser também desenhos, fluxogramas ou gráficos – e leia tudo novamente. 

Leia obras literárias obrigatórias e as que lhe agradam mais

Embora a prova cobre algumas obras literárias, ler é um hábito saudável e enriquecedor. Melhoramos nosso vocabulário substancialmente e aprendemos muito com a leitura, seja de títulos obrigatórios ou não. Além disso, ler também pode ser muito prazeroso e uma forma de espairecer e se distrair. Este último é algo importante, também, para quem se prepara para uma avaliação complexa como o ENEM. 

Leve em conta o lado emocional

Somos seres humanos, sofremos, nos decepcionamos e ficamos inseguros, mas é preciso passar por cada uma dessas emoções com serenidade e equilíbrio. Estudar é importante, revisar conteúdos é fundamental, mas estar bem consigo mesmo fará toda diferença ao se submeter à prova. Evite passar mais de duas horas seguidas estudando e procure praticar um hobby, ou alguma atividade que goste mais, em pequenos intervalos. Relaxar e descansar na véspera fará com que o candidato esteja bem, física e psicologicamente, quesitos tão importantes quanto dominar os assuntos da avaliação. E, como o ano de 2020 foi difícil e muito atípico para todos, é importante ter em mente que, independentemente de resultados, demos o nosso melhor e o que resta agora é buscar equilíbrio entre estudos e lazer, praticar atividades ou hobbies, lembrando que, nestes tempos, sempre com a devida segurança.

 

Luminova

www.escolaluminova.com.br

Bitcoin quebra nova barreira, chega a US$41 mil e mira valorização em 2021

Especialistas apontam desvalorização das moedas tradicionais, crise global e halving como principais impulsionadores da criptomoeda


Com alta de quase 300% em 2020, o Bitcoin (BTC) se consolidou como um dos melhores investimentos do ano. Após semanas de oscilação, a criptomoeda ultrapassou a barreira dos US$41 mil e agora testa novas barreiras. Com a crise da Covid-19 e desvalorização da maior parte das moedas correntes, muitos investidores foram atraídos a investir.

Apesar de não ser a primeira vez que o preço do Bitcoin sobe exponencialmente, especialistas estão otimistas com a continuidade do movimento de alta da moeda, que se consolida como uma das principais opções do mercado.


A jornada para a Lua: Como o bitcoin chegou a R$150 mil em 2020?

O ano de 2020 ficará marcado na breve história do mercado de Bitcoin: queda de 40%, desespero nos mercados financeiros, recuperações históricas e entrada de investidores institucionais foram alguns dos fatos determinantes para a criptomoeda.

Durante o ano, os investidores de BTC começaram com grandes expectativas devido ao processo de halving - que a cada quatro anos corta o fornecimento de bitcoins pela metade - e os ânimos só aumentavam com o criptoativo chegando a meio bilhão de transações já em fevereiro. Entretanto, muitos perderam a esperança em março, quando os mercados de todo o mundo desabaram, incluindo a criptomoeda - que viu seu preço sofrer queda de 40%. 

Mas o clima apocalíptico durou pouco para a primeira criptomoeda funcional do mundo. Já no dia 24/04, o BTC se recuperava 100% da queda de março, superando índices como o Ibovespa, Dow Jones e até mesmo o ouro - tradicional reserva de valor em tempos de crise.


A invasão dos institucionais

Ainda em fevereiro deste ano, o CEO da Foxbit, João Canhada gravou uma live com Felipe Trovão, CSO da exchange, onde comentavam as perspectivas para o halving do Bitcoin que aconteceria em maio. Canhada foi enfático ao dizer acreditar que o antigo topo histórico de R$72.000 seria superado até 2021. O executivo, à época, lembrou as antigas máximas de US$1.000 em 2013 e US$19.800 em 2017, ambas em um período de 12 a 15 meses após os halvings anteriores. Portanto, a expectativa era parecida para 2020. Além disso, a importância que o CEO dava para a escassez do Bitcoin nunca foi tão decisiva este ano, com os bancos centrais batendo recordes de impressão de dinheiro em resposta à pandemia do novo coronavírus.

O início da adoção institucional da moeda e o último halving, ambos em meados de maio, contribuíram para um crescimento exponencial no interesse de investidores pela criptomoeda. Com o corte pela metade da emissão de novos bitcoins, os investidores institucionais passaram a olhar com mais atenção para o discurso dos entusiastas da criptomoeda. Em nota enviada aos clientes, o bilionário gestor do fundo Tudor BVI Global Fund, Paul Tudor Jones II, explicou como o Bitcoin oferecia uma proteção contra a inflação do dólar. Apesar de separar apenas 1% dos fundos para alocar em BTC, o investimento já era mais relevante que todos os contratos futuros em aberto na CME Bitcoin na época do anúncio.

“Estamos testemunhando a Grande Inflação Monetária – uma expansão sem precedentes de toda forma de dinheiro, diferente de tudo o que o mundo desenvolvido já viu”, disse o investidor veterano de 65 anos, apontando o Bitcoin como o melhor hedge para a expansão monetária. A notícia abriu espaço para diversos outros executivos que se sentiram obrigados a estudar mais a fundo o Bitcoin, e vários outros investidores comentaram positivamente sobre o ativo, como foi o caso de Stanley Druckenmiller.


Metade dos bitcoins emitidos por dia

Com a mineração do bloco 630.000, em 11 de maio de 2020, o Bitcoin comemorou o seu terceiro halving e a emissão diária de moedas caiu de 1.800 bitcoins para somente 900. Contrastando o significativo aumento da emissão de moeda estatal por parte de governos e bancos centrais durante a crise, a escassez da oferta de Bitcoin fez a moeda aumentar de  preço. No começo de junho, o Bitcoin estava subindo cerca de 170% desde o ponto mais baixo de março e estava totalmente recuperado da crise.Embora a criptomoeda ainda seja altamente volátil, o mercado de Bitcoin amadureceu bastante ao longo do ano.

Prova disso foi a decisão da Microstrategy de tornar o Bitcoin sua moeda padrão para as reservas de tesouro. No dia 11 de agosto, um comunicado à imprensa revelou que a empresa acreditava no Bitcoin como "um investimento legítimo que pode ser superior ao dinheiro".

Agindo de acordo com sua estratégia, a empresa listada na bolsa americana Nasdaq continuou comprando BTC, totalizando mais de US$1 bi ao final do ano. Seguindo seus passos, a empresa do CEO do Twitter, Square, também investiu em bitcoin diretamente.

A empresa de pagamentos, através do seu aplicativo CashApp já permitia a compra e venda de BTC para seus 30 milhões de usuários. Mas foi apenas em 8 de outubro que a empresa comprou 4709 bitcoins para compor suas reservas. Mais tarde, separaram 10 milhões de dólares para incentivar empresas que mineram bitcoin com energia verde.

Com 10 vezes mais clientes que o app de pagamentos da Square, o PayPal também entrou de cabeça no mercado de cripto neste ano. Hoje, segundo análise da Pantera Capital, as compras de bitcoin através do serviço superam a quantidade de bitcoins emitidos em um mesmo período. Ambas as fintechs viram suas receitas aumentarem significativamente após abraçar a criptomoeda.


Perspectivas para 2021

Se o ano de 2020 foi positivo, os analistas apostam que 2021 será ainda melhor. João Canhada (CEO da Foxbit) fez outra previsão e afirmou que o Bitcoin pode chegar a US$ 200 mil se o efeito do halving se repetir. “A perspectiva para 2021 é a entrada de novos gigantes do mercado nesse segmento. Bilionários e grandes empresas devem seguir  mesmo caminho e anunciar que estão trabalhando com Bitcoin ou investindo na criptomoeda como reserva de valor. Isso certamente trará impactos positivos na precificação do BTC”, destaca Canhada.

Já para Neto Guaraci, COO da startup de cashback em criptomoedas Coingoback.com e administrador de um dos maiores grupos de Facebook sobre Bitcoin no Brasil, 2021 será o ano da ‘bancarização do Bitcoin’. “Em 2021 veremos a entrada das fintechs de cripto no setor bancário. Isso vai popularizar o acesso desses ativos digitais como nunca vimos antes. O bitcoin estará nas suas compras, no app do seu banco, no seu cartão, maquininha e por aí vai”, afirma Guaraci.

Segundo Isac Honorato, CEO do Coingoback.com, a narrativa do bitcoin se fortaleceu e os institucionais estão procurando outros criptoativos. “Recentemente a CME anunciou futuros de ether, esse é um movimento importante e uma clara sinalização de que outros ativos digitais podem ter sua vez. O bitcoin já é o ouro digital, qual será a próxima narrativa a se tornar realidade para o mercado?”

 

 

Foxbit


Procura pela CNH Digital cresceu 70% no Estado de São Paulo em 2020

Documento eletrônico traz mais facilidade e agilidade; Valor jurídico é o mesmo da CNH física


A Carteira Nacional de Habilitação Digital já faz parte da vida de 3.424.474 milhões de pessoas no Estado de São Paulo. Desse total, 70% fizeram o download do documento no ano de 2020, o que corresponde a 2.380.684 milhões de cidadãos. Os dados são do Denatran (Departamento Nacional de Trânsito).

 

A CNH Digital é uma versão eletrônica da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) e tem o mesmo valor jurídico da impressa, que continua sendo emitida aos condutores pelo Detran.SP. O documento em formato digital está disponível desde 2018 pelo órgão estadual de trânsito.

 

Utilizar a habilitação de maneira eletrônica é fácil. A CNH é acessada por meio de um QR Code presente no documento físico e é disponibilizada por um aplicativo, o CDT (Carteira Digital de Trânsito), da Serpro (Empresa de Tecnologia da Informação do Governo Federal). Esse aplicativo está disponível nos principais sistemas operacionais dos telefones celulares e permite que o condutor gere a CNH sem precisar comparecer a uma unidade de atendimento do Detran.SP ou do Poupatempo.

 

O código para baixar a CNH no aplicativo CDT é enviado no e-mail de cadastro do cidadão. Há também a opção de acesso pelo site do Poupatempo na aba "Serviços" (Desça até o ícone "CNH - Carteira Nacional de Habilitação" e clique em "Consultas e Acompanhamentos". Em seguida, clique em "Consulta do código de segurança da CNH digital").

 

Os motoristas que estão com a habilitação vencida ou a vencer em 30 dias podem fazer o pedido de renovação da CNH, de forma online, pelo portal (www.poupatempo.sp.gov.br) ou aplicativo Poupatempo Digital. O condutor, no entanto, não deve ter qualquer tipo bloqueio no prontuário, como suspensão, por exemplo. 

 

Já para condutores com a habilitação emitida antes da nova tecnologia digital - sem o QRCODE- é preciso solicitar uma segunda via do documento para obter a versão online. A solicitação também pode ser feita pelo site ou aplicativo do Poupatempo. O valor da taxa é o mesmo da renovação.


 

Confira o passo a passo para obter o documento digital

 

1 - Instale o aplicativo "CDT - Carteira Digital de Trânsito" no seu smartphone.


 

2 - Cadastro de usuário:


- Uma vez instalado o aplicativo, abra e selecione: “Entrar com gov.br”


- Na tela seguinte informe o CPF e selecione “Próxima”. (Tela do Gov.br)


- Na próxima tela deverá ser informada a senha do usuário. Caso o usuário não possua conta no Gov.br, deverá criar uma conta. Após criar a conta, deve retornar ao aplicativo e clicar em “Entrar com gov.br”.


 

3 – Baixar a CNH digital:


Após o login, selecionar a opção “Habilitação”, em seguida selecionar “Toque aqui para adicionar a sua CNH”;


Não estando habilitado, o usuário deve optar por um módulo de autenticação. São eles: “Validação pelo celular (Validação Facial); Certificado Digital (Portal de Serviços Denatran); Sem certificado digital (Validação de balcão do Detran).


 

Ao escolher a validação facial o usuário deverá:


- Informar o CEP à época da emissão da CNH Física;


- Efetuar a leitura do QR Code;


- Realizar a Validação Facial, atendendo às solicitações do aplicativo;


- Ao final da validação facial, informar o número do telefone;


- Pronto! Está disponibilizada a CNH digital em seu smartphone

 

Como incluir a inovação no planejamento estratégico de 2021?

O mundo mudou e, consequentemente, o mercado mudou com ele. Nesse contexto, a única forma de não ficar para trás, é investindo em inovação - e por inovação, pressupõe-se a criação de novos produtos, serviços, processos e participação em novo mercados. Mas como pensar em algo novo que possa contribuir com o crescimento de um negócio que já existe? O primeiro passo é assumir um posicionamento proativo a partir da predição das tendências do mercado para, assim, traçar os planejamentos estratégicos para a empresa.

Em meio à crise do coronavírus, o que vimos foram empresas de todos os portes se arriscando em segmentos diferentes dos que estavam habituadas como alternativa para se manterem competitivas e sobreviverem. Esse fenômeno diz muito sobre como iremos direcionar os negócios nos próximos anos: nos pautando de acordo com o comportamento do consumidor e com o que o mercado pede.

Para uma empresa se manter competitiva, ela deve pensar em produtos novos que sejam interessantes para o futuro, com base no que vemos no presente. Daí que vem a palavra “predição”, que consiste em calcular a posição futura de um alvo ao fim de certo tempo, com base na posição atual do mesmo.

Quando a empresa se agarra na tradição e fecha as portas para a inovação, quem toma a dianteira são empresas concorrentes, e que, hoje, não são mais nossas vizinhas, elas estão espalhadas ao redor do mundo. É fundamental se manter atento à direção em que a concorrência caminha e ativar nosso radar de tendências para não perder a liderança. Em outras palavras, ou trazemos a inovação para o nosso mercado, ou ficamos fora dele.

Uma metodologia eficaz de análise de predição de mercado é a chamada “coolhunting”, que atua como um gerenciamento de tendências. Seu conceito se resume na observação do comportamento das pessoas e do mundo, para assim, predizer as novas tendências de mercado. Dessa forma, é possível antever as ameaças para respondê-las a tempo, ao passo em que também pode-se identificar as oportunidades e potencializá-las.

Seguindo essa lógica, o coolhunter é o profissional que se mantém atento ao que acontece à sua volta. Ele tem a missão de utilizar métodos de coleta de dados para encontrar sinais que apontem para mudanças na sociedade e estabelecer padrões entre eles e, por isso, demanda um tempo de pesquisa constante. Com essas pistas, as empresas são capazes de inovar e se manter relevantes no mercado.

De modo geral, o mais importante a se fazer é pensar o planejamento estratégico de uma empresa de forma mais preditiva, não passiva, isto é, ir atrás do que o mercado está buscando. Possuir senso crítico para analisar os cenários e agir preventivamente é a chave para quem quer ter bons insights e inovar sem correr o risco de ficar no prejuízo. A partir do momento em que temos o norte da bússola, inovar fica muito mais fácil.

 

 

Alexandre Pierro - sócio-fundador da PALAS e um dos únicos brasileiros a participar ativamente da formatação da ISO 56.002, de gestão da inovação.

www.gestaopalas.com.br 


Educação: a vacina mais eficaz contra fake news

Checar a autoria, data, origem da informação, bem como a credibilidade da fonte. Tudo isso está sempre ao alcance de um clique para quem recebe - e compartilha - fake news. Basta pesquisar no Google o título da mensagem acompanhado da palavra "boato". Facilmente a pessoa vai encontrar conteúdos que podem confirmar se a informação contida no material é verdadeira ou falsa. E por que as pessoas resistem em fazer isso? Diversos  fatores e números respondem a essa pergunta.  

A alta taxa de analfabetismo no Brasil (11,5 milhões de pessoas, segundo o IBGE) faz com que as pessoas estejam suscetíveis a receber uma informação, não compreendê-la corretamente e repassá-la apenas por não saber interpretar um texto. Dados da Kaspersky mostram que 16% dos brasileiros desconhecem completamente o termo fake news e 62% não sabem reconhecer uma notícia falsa. Os últimos números do Pisa mostram ainda que apenas 2% dos estudantes brasileiros são capazes de compreender textos longos, lidar com conceitos abstratos e estabelecer distinções entre fato e opinião, com base em pistas implícitas relativas ao conteúdo ou fonte das informações.

Seria fácil ficar aqui apenas apontando as causas pelas quais as fake news se tornaram uma das maiores pragas da era moderna. Mas é mais produtivo destacar como essa batalha deve ser travada. Afinal, como saber identificar - sem precisar recorrer ao Google - que um discurso, apesar de atraente, pode ser mentiroso? Como diferenciar uma informação falsa de outra verdadeira? Isso só é possível com o desenvolvimento de senso crítico e da capacidade de analisar situações complexas. 

E só conseguiremos que gerações inteiras sejam capazes de desenvolver esse tipo de competência a partir do momento que treinarmos nossas crianças e jovens para exercitarem o domínio da leitura e da escrita. Não por acaso, a BNCC  já incluiu a abordagem na grade curricular brasileira, o que deverá permitir a construção de uma aprendizagem sobre o que é e como se produz a informação, com o objetivo de combater a desinformação. Leitores mais críticos estarão mais preparados para evitar as armadilhas das fake news

A escola deve oferecer uma preparação que permita ao aluno analisar situações complexas, que desenvolva a capacidade de olhar uma informação e fazer uma interpretação correta, de enxergar o que está por trás dessa notícia, o que ela reflete, qual a influência do contexto, da cultura local e a quem ela interessa. Um dos desafios da Educação como um todo é garantir que o aluno adquira a capacidade de ter diferentes olhares sobre um mesmo assunto e, para isso, precisamos envolver todas as áreas do conhecimento.

E para que a Educação consiga formar cidadãos com independência e senso crítico para decidir sobre o consumo de qualquer tipo de informação, esse trabalho precisa ser iniciado desde cedo, já na infância. A Educação Midiática deve ser introduzida nas escolas já nos níveis iniciais de ensino. O ideal é trabalhar essa abordagem em todos os níveis, promovendo uma construção - permeada tanto pela análise dos meios de comunicação, das diferentes mídias, como também por um aprendizado mediado pela tecnologia.

A reforma do Ensino Médio vem para somar esforços nessa batalha, tornando possível fazer um trabalho ainda mais aprofundado. O Novo Ensino Médio amplia o tempo mínimo do estudante na escola de 800 para 1.000 horas anuais e define uma nova organização curricular, mais flexível, e ainda oferece diferentes possibilidades de escolhas aos estudantes, os Itinerários Formativos, com foco nas áreas de conhecimento e na formação técnica e profissional. Por isso mesmo, é tão importante que essa reforma seja implantada o quanto antes pelas escolas. Numa guerra na qual a falta de educação midiática significa a perda de oportunidades e participação social para milhares de alunos, não se pode perder tempo.

 


Milena dos Passos Lima - coordenadora editorial do Sistema Positivo de Ensino

 

Dia 8 de janeiro, dia do Fotógrafo

Celebre este dia valorando a esses profissionais a sua devida importância


Era 1985, em Paris. Dois irmãos unidos, atualmente conhecidos como irmãos Lumière, foram os responsáveis pela criação da fotografia. Naquela época algo inédito e com muita tecnologia, apesar da baixa qualidade se comparada com as câmeras atuais e com os aparelhos disponíveis para os profissionais no século XXI, a fotografia chegou revolucionando não só os modos de registrar momentos, como também a vida das pessoas.

Ao invés de ficarem horas esperando para uma pintura ficar pronta, com a invenção da fotografia, os irmãos Lumiére trouxeram a facilidade de, em poucos minutos, se ter registrado o momento desejado. Até mesmo no mundo da arte, essa invenção acarretou em mudanças. As pinturas, que antes eram somente para se ter gravado momentos reais, começaram a ter modificações. A imaginação se tornou uma grande aliada dos pintores, já que pararam de ter como objetivo principal mostrar a realidade física.

Agora, em 2021, no dia 8 de janeiro, celebramos o dia do fotógrafo, profissional este que usufrui da câmera para o registro de momentos. Mesmo atualmente tendo várias ferramentas que nos ajudam na captura de fotos como celulares, tablets, computadores e etc., os fotógrafos são essenciais para o aproveitamento de cada segundo de cada momento. 

O tempo não volta. Momentos especiais como a notícia de que um filho está a caminho, o nascimento do mesmo, um pedido de casamento ou até mesmo um aniversário, são ocasiões que não queremos esquecer. E qual a melhor maneira de eternizar um momento, se não o fotografando? 

Para as irmãs Alline Moltocaro e Quenia Moltocaro, fotógrafas, assim como os irmãos Lumière, “A fotografia não permite só o registro de algum momento, mas sim possibilita as pessoas colecionarem memórias inesquecíveis”. Sócias, as irmãs trabalham juntas há mais de 11 anos. Sempre tendo como objetivo oferecer às pessoas recordações eternas, as fotógrafas ainda afirmam que “Com a fotografia, você pode deixar registrada a sua história e a de outras pessoas. Ela te ajuda, no futuro, a lembrar do passado.”

Uma das melhores fotógrafas do Brasil, já que fazem parte do grupo seleto Magos da Luz, as irmãs donas da empresa QA Sisters são especialistas em fotografia de família. Para Aline, “É revigorante ver o olhar de uma mãe apaixonada pelo filho através da câmera. Não só isso, melhor ainda é poder fazê-la ver e sentir a mesma emoção todos os dias após olhar para a fotografia”.

A fotografia não veio somente como mais uma facilidade que as tecnologias nos trouxeram, mas sim como uma forma de manter o coração aquecido em um dia de saudade. E os profissionais fotógrafos, muito mais do que enquadramento, controle de iluminação e cliques, fazem de momentos passageiros, eternos e inesquecíveis. 

 


QA Sisters

Quenia Mara Moltocaro

Alline Moltocaro

http://www.qasisters.com.br/

Instagram: @qasisters

Facebook: QA Sisters Fotografia


9 de janeiro de 1822: o início do caminho para a independência brasileira

 Todo mundo sabe que a independência do Brasil é celebrada no dia 7 de setembro. No entanto, em 9 de janeiro de 1822, um importante fato foi crucial para que este caminho fosse pavimentado. Professor de História mostra o que de importante aconteceu naquele dia.

 

Não é possível falar da história do Brasil sem lembrar de um fato importante que aconteceu no dia 9 de janeiro de 1822. Naquele dia, Dom Pedro I se recusou a retornar para Portugal e dar continuidade no processo de colonização brasileiro. Aquele momento se tornou conhecido como o “Dia do Fico”.

É importante observar que Dom Pedro I foi muito pressionado pela família real a retornar para Portugal, e ao mesmo tempo pelas elites brasileiras. Conforme lembra o professor de História, Ueldison Alves de Azevedo, “esse foi o período que o analfabetismo estava em alta e apenas as elites agrárias tinha estudos. Logicamente, ela apoiava a iniciativa de um Brasil independente, principalmente os pernambucanos, que antes mesmo do processo de independência começar no território brasileiro, a denominada confederação do Equador. Formada por um grupo de republicanos, defendia a mudança do governo nacional”, conta.

Aliás, o professor de História destaca um erro ao se contar este fato marcante: “É muito equivocado falar no campo da historiografia que Dom Pedro ficou para agradar a massa. Isso nunca foi verdade, o interesse dele foi fazer a vontade de uma pequena quantidade de pessoas ricas que tinha ideais políticos definidos”.

Ainda assim, Ueldison ressalta que é sempre importante lembrar que por mais os interesses particulares estiveram envolvidos, “essa decisão do imperador é de muita importância para colocar o Brasil no caminho da identidade nacional. Pela primeira vez, temos um governo nosso, apesar de ser único império dentre as repúblicas da América latina”.

A partir do “Dia do Fico”, Dom Pedro I assume um poder sem igual, conforme fica destacado quando foi promulgada a constituição de 1824. “Esse documento é o fruto dessa iniciativa e do apoio a Dom Pedro I, pois ela traz os princípios do iluminista Barão de Montesquieu, o qual defendia que um Estado deveria ser dividido em três poderes, judiciário, legislativo e executivo. Porém, o imperador ainda criou o quarto poder, chamado de moderador”.

E que poder era esse? O professor de História apresenta: “Em poucas palavras, o moderador centraliza todo o poder nas mãos do imperador. Até a igreja teve dedo de mudanças através do império”.

Outro detalhe importante do governo imperial, consenso entre historiadores, reforça Ueldison, é que, “apesar de termos um governo déspota, absolutista, este foi o primeiro que trouxe uma identidade política ao nosso país. Com ele tivemos símbolos de riquezas nacional como o nosso próprio tesouro, que durante muito tempo ficou no Estado do Rio de Janeiro no Palácio da Quinta do Boa Vista, sendo que lá era a sede do governo imperial”.

Além disso, Ueldison Azevedo reforça que “devemos olhar o quanto o Dia do Fico foi importante para nossa formação como sociedade, ainda que de maneira tardia no século XIX”, completa.

 

 

Fabiano de Abreu

 

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