O mundo mudou e, consequentemente, o mercado mudou com ele. Nesse contexto, a única forma de não ficar para trás, é investindo em inovação - e por inovação, pressupõe-se a criação de novos produtos, serviços, processos e participação em novo mercados. Mas como pensar em algo novo que possa contribuir com o crescimento de um negócio que já existe? O primeiro passo é assumir um posicionamento proativo a partir da predição das tendências do mercado para, assim, traçar os planejamentos estratégicos para a empresa.
Em meio à crise do coronavírus, o que vimos foram
empresas de todos os portes se arriscando em segmentos diferentes dos que
estavam habituadas como alternativa para se manterem competitivas e
sobreviverem. Esse fenômeno diz muito sobre como iremos direcionar os negócios
nos próximos anos: nos pautando de acordo com o comportamento do consumidor e
com o que o mercado pede.
Para uma empresa se manter competitiva, ela deve
pensar em produtos novos que sejam interessantes para o futuro, com base no que
vemos no presente. Daí que vem a palavra “predição”, que consiste em calcular a
posição futura de um alvo ao fim de certo tempo, com base na posição atual do
mesmo.
Quando a empresa se agarra na tradição e fecha as
portas para a inovação, quem toma a dianteira são empresas concorrentes, e que,
hoje, não são mais nossas vizinhas, elas estão espalhadas ao redor do mundo. É
fundamental se manter atento à direção em que a concorrência caminha e ativar
nosso radar de tendências para não perder a liderança. Em outras palavras, ou
trazemos a inovação para o nosso mercado, ou ficamos fora dele.
Uma metodologia eficaz de análise de predição de
mercado é a chamada “coolhunting”, que atua como um
gerenciamento de tendências. Seu conceito se resume na observação do
comportamento das pessoas e do mundo, para assim, predizer as novas tendências
de mercado. Dessa forma, é possível antever as ameaças para respondê-las a
tempo, ao passo em que também pode-se identificar as oportunidades e
potencializá-las.
Seguindo essa lógica, o coolhunter é o
profissional que se mantém atento ao que acontece à sua volta. Ele tem a missão
de utilizar métodos de coleta de dados para encontrar sinais que apontem para
mudanças na sociedade e estabelecer padrões entre eles e, por isso, demanda um
tempo de pesquisa constante. Com essas pistas, as empresas são capazes de
inovar e se manter relevantes no mercado.
De modo geral, o mais importante a se fazer é
pensar o planejamento estratégico de uma empresa de forma mais preditiva, não
passiva, isto é, ir atrás do que o mercado está buscando. Possuir senso crítico
para analisar os cenários e agir preventivamente é a chave para quem quer ter
bons insights e inovar sem correr o risco de ficar no prejuízo.
A partir do momento em que temos o norte da bússola, inovar fica muito mais
fácil.
Alexandre
Pierro - sócio-fundador da PALAS e um dos únicos brasileiros a participar
ativamente da formatação da ISO 56.002, de gestão da inovação.
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