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sexta-feira, 4 de dezembro de 2020

Dia Internacional do Voluntário: data homenageia aqueles que dedicam parte do tempo para ajudar o próximo

Neste dia, a Fight For The Poor se destaca por desenvolver projetos dentro e fora do Brasil

 

No próximo sábado, 5 de dezembro, é comemorado o Dia Internacional do Voluntário. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas em 1985, com a intenção de promover ações de voluntariado em todas as esferas da sociedade ao redor do mundo. Um bom modo de promover essas ações é refletir sobre elas e enaltecer ONGs que assumem a tarefa de ajudar o próximo.

O Brasil é o sétimo país mais desigual do mundo. Segundo o último relatório divulgado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) no fim de 2019, quando se trata de desigualdade, o Brasil fica atrás apenas de nações do continente africano, como África do Sul, Namíbia, Zâmbia, República Centro-Africana, Lesoto e Moçambique. No país tropical, apenas 10% da população detém a maior parte da renda da pátria.

Em maio de 2020 o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) divulgou o resultado da pesquisa que revela um abismo maior entre ricos e pobres no Brasil. De acordo com o instituto, o 1% da população com rendimento maior recebe 33,7 vezes mais que a metade da população com o menor rendimento. Esses índices preocupantes mostram a urgência de políticas e iniciativas para auxiliar às pessoas com menor poder aquisitivo.

Nesse sentido, o Instituto Fight For The Poor (F4TP) trabalha buscando diminuir essa desigualdade. O instituto é um canal para a realização de projetos sociais que causam impacto positivo na sociedade. "Com projetos criativos e inovadores conectamos pessoas dispostas a fazer a diferença por um mundo melhor", afirma Guilherme Basso, presidente do F4TP



Projetos desenvolvidos

Todo projeto que a F4TP abraça é social, que beneficia pessoas carentes e que levem a transformação na vida dos beneficiados. Fundada em 2012, a ONG já promoveu mais de 15 ações no Brasil, sendo a maioria em Brasília, e outra no Piauí, além de uma ação fora do país, no Haiti. "Nossos projetos são específicos, com prazo definido para começo, meio e fim", explica Guilherme.

"Estive no Haiti por três vezes entre 2010 e 2011. Lá trabalhei em projetos de reconstrução e ajuda humanitária. Nessas viagens também conheci e me envolvi com a ONG MAIS (Missão em Apoio a Igreja Sofredora). Por conhecer o projeto, e saber da seriedade, ficamos sabendo que eles estavam com uma campanha para comprar um carro, para ajudar no deslocamento de doações e voluntários. A meta financeira era de R$40.000. Conseguimos levantar todo o valor, com doações online e também offline", lembra Guilherme.

Além de ações no país caribenho, o Fight For The Poor organizou o The Street Store (Loja de Rua) na Cidade Estrutural, em Brasília. A ideia do projeto é doar roupas, fazendo com que as pessoas carentes da comunidade tenham uma experiência de shopping. "Montamos araras, provadores e colocamos os voluntários como atendentes dessa Loja na Rua. A gente queria que essa experiência desse mais dignidade para as pessoas que muitas vezes não tem a condição de ir ao shopping ou a uma loja comprar uma roupa de qualidade. Nossa equipe selecionou todas as doações e colocou somente roupas sem defeitos para doação. Também distribuímos um almoço na comunidade", conta Guilherme.

O instituto também desenvolveu inúmeros outros projetos no Brasil. Logo após ser fundado, em 2012, lançaram uma ação de crowdfunding. "O primeiro projeto foi chamado de Manancial de Vida, com o objetivo de arrecadar doações para a reforma da creche. Foram arrecadados quase R$2500 em doações pela plataforma de crowdfunding, além de várias outras doações de parceiros", detalha o presidente do F4TP.

No ano seguinte, 2013, foi a vez do projeto Mais Água ser financiado pelo crowdfunding, visando arrecadar doações para alugar caminhões pipa para levar água nas regiões semi-áridas do Piauí. "Na época, a região estava vivendo uma das piores secas de todos os tempos. Conseguimos captar R$2.000 pela plataforma e financiamos 20 caminhões pipa que foram enviados e abasteceram várias famílias e comunidades. Cada caminhão abastecer um vilarejo pequeno por 1 mês", lembra o ativista.

Em 2014, 2015 e 2016 o Fight For The Poor desenvolveu mais sete ações no Distrito Federal. Entre elas, o beleza solidária e Fight Day. "Tanto o Beleza Solidária quanto os eventos Fight Day foram ações com o objetivo de captar recursos e doações para os projetos e instituições que ajudamos. O Beleza Solidária foi um evento no Salão Frank Rodrigues, na Asa Norte, quando todo o valor arrecadado em serviços no dia foi destinado para a Fight", finaliza o presidente da ONG.

O último projeto do Instituto aconteceu em 2016, após isso, Guilherme se mudou para os Estados Unidos e se dedicou a consultorias no terceiro setor e empresas sociais. Depois de quatros anos, a ONG retorna, no final de 2020, com ações envolvendo o voluntariado. Novos projetos estão sendo idealizados para atuar na Cidade Estrutural.

 

Implantação de e-commerce: por onde começar?

Em tempos onde o digital ganhou ainda mais força, trilhar os passos corretos é essencial!

 

A expansão do e-commerce no Brasil bateu novo recorde em 2020: foram registradas 1,3 milhões de lojas online em todo o País, o que representa crescimento de 40%, se comparado ao ano anterior. É o que revela a pesquisa Perfil do E-Commerce Brasileiro, mapeamento realizado pelo PayPal Brasil em parceria com a BigData Corp, divulgada recentemente.

Segundo a pesquisa, o reflexo do crescimento se dá em razão da pandemia do novo coronavírus e da necessidade de digitalização. Com isso, os pequenos e médios negócios precisaram migrar para o comércio eletrônico para garantirem sobrevivência diante do atual cenário. Em 2019, cerca de 27% dos e-commerces eram de pequeno porte e faturavam até R$250 mil por ano. Hoje, esses mesmos negócios passaram a representar perto da metade das lojas online, aproximadamente 48%.

Apesar da prioridade de estar no ambiente digital, inúmeros empresários têm dificuldades em inserir seu negócio no meio eletrônico. Por onde eu começar? Fazer sozinho ou contratar uma empresa? Precisa de um sistema específico? Essas são apenas algumas das dificuldades que os empreendedores decidem partir para o universo digital.

Tratando especificamente do ramo farmacêutico, algumas necessidades dos lojistas devem ser levadas em consideração, no momento da contratação da empresa que implantará o e-commerce como, por exemplo, atendimento à legislação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária); segmentação dos tipos de produtos; priorização dos hábitos de compra do consumidor e integração com o sistema ERP (Enterprise Resource Planning), que é o Sistema Integrado de Gestão.

Para o diretor de marketing da MyPharma, plataforma de loja virtual especializada no ramo farmacêutico, Carlos Henrique Soccol, é preciso ter atenção e conhecimento mínimo para não errar na escolha do prestador de serviço.

“Infelizmente, existem empresas que não agem com boa intenção e acabam enganando lojistas com ferramentas difíceis de serem operadas ou até mesmo ineficientes para o tipo de negócio”, alerta Carlos.

Ainda segundo ele, a implantação do e-commerce farma deve conter tecnologia capaz de integrar o sistema ERP primordialmente com a  gestão de estoque, legislações da Anvisa, banco de itens pré-cadastrados com imagens, otimização para mecanismos de busca SEO (Search Engine Optimization) e delivery dos produtos, o que a maioria das pequenas e médias farmácias devem priorizar, principalmente neste momento de pandemia.

“Na nossa empresa, os serviços possibilitam que os empreendedores farma tenham em pouco tempo sua loja virtual com site e aplicativo prontos com todas as ferramentas mencionadas. Além de todo o apoio tático do time da empresa, que contribui para o sucesso do cliente, por meio de dicas e consultoria estratégica, há centenas de farmácias clientes espalhadas nos 27 estados do Brasil” afirma o diretor de marketing da MyPharma, Carlos Henrique Soccol.


Busca do consumidor por crédito tem alta de 4,5% em outubro, revela Serasa Experian

População com renda mensal de R$500 até R$2.000 impulsionou o índice, com maior variação entre as demais

 

O Indicador de Demanda do Consumidor por Crédito da Serasa Experian mostra que a procura por crédito cresceu 4,5% em outubro, quando comparada com o mês anterior. A variação positiva foi impulsionada por aqueles com menor renda, com ganhos mensais de até R$ 2 mil.  No mês a mês, as pessoas com menores faixas de renda continuam sendo responsáveis pela maior procura por crédito. Aqueles com ganho mensal de até R$ 500 têm destaque em outubro, com a segunda alta seguida, de 4,8%.

Apesar do aumento, esse é o segundo menor aumento do ano, perdendo apenas para janeiro, quando o índice registrou 1,6%. Na relação com setembro/20 o cenário é de alta, mas em desaceleração. O economista da Serasa Experian, Luiz Rabi, explica que isso ocorreu porque os consumidores ainda sentem o impacto do corte no auxílio emergencial. ”Nesse mês, a demanda por crédito está menos diretamente ligada ao consumo, e mais à necessidade de honrar os compromissos financeiros.Com a lenta retomada econômica e os fortes níveis de desemprego, muitas pessoas estão se apoiando nas renegociações, o que significa obter crédito mais barato para quitar dívidas mais caras”, finaliza Rabi. 

Todas as regiões brasileiras, ainda na análise mensal, demonstram altas. Em ordem crescente estão Norte (2,4%), Sudeste (3,1%), Centro-Oeste (5,2%), Nordeste (6,4%) e Sul, que ganhou destaque por ter sido a única região a não registrar desaceleração, marcando 6,7% em outubro ante 3,7% em setembro/20.


Curso on-line da Serasa Experian apoia saúde financeira dos brasileiros
Para auxiliar e orientar os consumidores a cuidarem de suas finanças pessoais, a Serasa Experian disponibiliza um curso on-line e gratuito que apresenta fundamentos básicos sobre organização financeira. O conteúdo traz dicas de como elaborar o orçamento doméstico, priorizar dívidas, negociar, construir um fundo de emergência, entre outros conceitos básicos de finanças pessoais.

Por meio do planejamento e das técnicas econômicas ensinadas, é possível concretizar ambições de curto, médio e longo prazo. Para ter acesso ao conteúdo gratuito basta entrar no site e começar os estudos!
 

 

Serasa Experian

www.serasaexperian.com.br

 

Agência Internacional de Energia avaliará políticas para promoção de biocombustíveis do Brasil


Objetivos são ajudar o país e outros líderes em bioenergia a identificar gargalos, apontar ações necessárias e compartilhar as melhores práticas; iniciativa foi apresentada durante a quarta edição da BBEST (foto: Eduardo Cesar/Pesquisa FAPESP)


Os biocombustíveis desempenham um papel fundamental na descarbonização do setor de transportes. As atuais políticas de expansão da produção e de uso em escala global, porém, não são suficientemente ambiciosas, avalia a Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês).

A fim de superar esse entrave, a IEA avaliará a eficácia das políticas implementadas por países líderes na produção de combustíveis de baixo carbono para o transporte, como o Brasil. Os objetivos são ajudá-los a identificar os gargalos, apontar as ações necessárias e compartilhar as melhores práticas a fim de auxiliar outras nações a avançar na agenda da bioenergia.

A iniciativa foi apresentada por representantes da instituição durante a quarta Brazilian Bioenergy Science and Technology Conference (BBEST), que aconteceu de forma on-line entre os dias 30 de novembro e 2 de dezembro.

O evento faz parte das atividades do Programa FAPESP de Pesquisa em Bioenergia (BIOEN) e aconteceu paralelamente à segunda edição da Biofuture Summit, promovida pela Plataforma Biofuture – consórcio formado por 20 países, incluindo o Brasil, com o objetivo de fomentar soluções de transporte de baixo carbono e a bioeconomia.

“Estamos confiantes de que o compartilhamento das melhores práticas, avaliadas com metodologias rigorosas, fará com que mais países adotem políticas eficazes para implantar a bioenergia de forma sustentável, criar empregos e reduzir as emissões de dióxido de carbono, de modo a atingir as metas energéticas e climáticas globais”, disse Faith Birol, diretor-executivo da IEA, na abertura do evento.

Em fase-piloto, o projeto terá políticas voltadas ao desenvolvimento de biocombustíveis para transporte e abrangerá, inicialmente, cinco países. No momento estão sendo analisadas as políticas implementadas pelo Brasil, Estados Unidos e Países Baixos.

“A ideia é fazer uma caracterização do cenário da bioenergia nesses países, que apresentam diferenças em termos de maturidade de mercado e acesso a tecnologias, por exemplo, descrever e analisar suas políticas de bioenergia”, explicou Paolo Frankl, líder da divisão de energias renováveis da IEA.

“Esse trabalho resultará na produção de indicadores da evolução da produção e uso de biocombustíveis nesses países e em uma análise de seus portfólios de políticas de bioenergia”, afirmou Frankl.

A contribuição da bioenergia no consumo final de energia e a participação dos combustíveis de baixo carbono no total da energia utilizada pelo setor de transporte dos países serão algumas das métricas para a construção dos indicadores.

Serão também analisadas as taxas de crescimento dos biocombustíveis nesses países e seu alinhamento com cenários de desenvolvimento sustentável de bioenergia projetados pela IEA, além do montante de gases de efeito estufa que o país deixa de emitir com o uso de biocombustíveis.

Os seis critérios de avaliação das políticas implementadas pelos países serão: grau de prioridade da bioenergia no planejamento energético, segurança e clareza das políticas, acesso ao mercado, apoio financeiro, governança e estímulo à inovação no setor.

“Partimos do princípio de que as políticas precisam ser adaptadas ao contexto específico de cada país e que não existem balas de prata, ou seja, soluções que sirvam para todos. Também há diferentes políticas por meio das quais é possível obter resultados eficazes semelhantes”, avaliou Frankl.

Em relação às políticas para garantir o acesso da bioenergia ao mercado, o Brasil, por exemplo, estabeleceu a obrigatoriedade da mistura de 27% de etanol na gasolina. Os Países Baixos seguiram uma linha semelhante ao estabelecer a obrigatoriedade de mistura de etanol e biodiesel.

“Temos discutido como implementar uma série de políticas voltadas a estimular o uso de biocombustíveis no setor de transporte, aviação e marítimo”, disse Kees Kwant, ministro de Relações Econômicas e Climáticas dos Países Baixos.

Os mecanismos econômicos usados pelos Países Baixos e o Brasil para expandir a produção e o uso de biocombustíveis também se assemelham: pautam-se pela emissão de certificados de descarbonização por produtores de etanol e de biodiesel e pela compra desses papéis por empresas que vendem derivados de petróleo em proporções equivalentes aos volumes vendidos.

No Brasil, os distribuidores já detêm cerca de 60% dos certificados de descarbonização instituídos pelo programa Renovabio, necessários para atingir a meta de comercialização estipulada para este ano, de mais de 20 milhões de certificados dos chamados Créditos de Descarbonização por Biocombustíveis (CBios), disse Danielle Machado e Silva Conde, superintendente adjunta de biocombustíveis e qualidade de produto da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

“Mais de 200 produtores de bioenergia já foram certificados e mais de 15 milhões de CBios – equivalentes a 15 milhões de toneladas de emissões de CO2 evitadas – foram registrados este ano”, afirmou Bento Albuquerque, ministro de Minas e Energia.

Ação urgente

De acordo com dados da IEA, a produção e uso de biocombustíveis, que representam 50% do total da bioenergia consumida no mundo hoje, vêm crescendo, mas em ritmo muito menor do que o necessário para atingir as metas de desenvolvimento sustentável do setor energético. Além disso, o setor foi severamente atingido pela crise econômica causada pela pandemia de COVID-19, que resultou em uma queda de 12% na produção – a primeira após duas décadas de crescimento (leia mais em https://agencia.fapesp.br/34472/).

Para reverter esse declínio e promover a retomada do crescimento dos biocombustíveis, os representantes da Biofuture estão conclamando as nações a adotarem os princípios para incentivar a implementação de políticas e programas de recuperação e aceleração da bioeconomia pós-COVID-19 propostos pelos 20 países-membros da Plataforma.

Um desses princípios é que os países não devem retroceder em relação às metas estabelecidas antes da pandemia para a promoção dos biocombustíveis e a bioeconomia. Outro princípio é a reavaliação dos subsídios aos combustíveis fósseis.

“A Plataforma Biofuturo tem sido fundamental para preencher uma lacuna no debate ambiental e energético internacional, no qual o papel e a necessidade de uma bioenergia sustentável têm sido amplamente ignorados. Desde o lançamento da Plataforma, os países-membros anunciaram e trabalharam em novas políticas e programas importantes para a bioenergia, biocombustíveis e bioeconomia”, disse Ernesto Araújo, ministro das Relações Exteriores.

Como posição de destaque no desenvolvimento da bioeconomia, o Brasil pode liderar a resposta global à situação atual ao fomentar parcerias internacionais em tópicos-chave como uso responsável da terra e tecnologia de colheita, avaliaram os participantes do evento, que reuniu 450 inscritos, de 34 países.

“O Brasil é referência em bioenergia por ter desenvolvido matriz energética amplamente renovável, em grande parte devido ao sucesso de sua indústria de biocombustíveis. Um dos fatores que contribuíram para isso é a existência no país de uma comunidade de pesquisa robusta que tem ajudado a resolver diversos desafios de ciência e tecnologia na área”, avaliou Glaucia Mendes Souza, professora do Instituto de Química da Universidade de São Paulo (IQ-USP) e membro da coordenação do Programa BIOEN.

O presidente da FAPESP, Marco Antônio Zago, destacou que o Programa BIOEN, que visa o avanço do conhecimento básico e aplicado em áreas relacionadas à produção de bioenergia, faz parte da missão da Fundação de apoiar pesquisas que contribuam para o desenvolvimento do Estado de São Paulo.

“Desde o início do Programa BIOEN, que tem obtido um grande sucesso, uma das preocupações dos pesquisadores tem sido a proteção do meio ambiente, promovendo, por exemplo, a redução do consumo de água pela indústria sucroenergética”, disse Zago.
 

 


Elton Alisson

Agência FAPESP 

https://agencia.fapesp.br/agencia-internacional-de-energia-avaliara-politicas-para-promocao-de-biocombustiveis-do-brasil/34758/

 

Home office à luz da CLT

Com o avanço de novos mecanismos eletrônicos, ferramentas online, aplicativos, telefones inteligentes, softwares etc., permitem a prestação de serviços de forma descentralizada, isto é, nos mais diversos locais, bastando, para tanto, uma fonte de energia e sinal de internet, ou seja, em qualquer lugar longe da sede do empregador.

Hoje, vivenciamos a 4ª Revolução Industrial, conceito este desenvolvido pelo criador do Fórum Econômico Mundial, o alemão Klaus Schwab, o qual, analisou a nova fase de industrialização, apelidando-a de “fábrica inteligente”, assim a definiu como um conjunto de tecnologias emergentes em si mesmas, mas a transição em direção a novos sistemas que foram construídos sobre a infraestrutura da revolução digital, [trecho do livro “A Quarta Revolução Industrial, de Klaus Schwab].

O modelo de industrialização “fábrica inteligente” afeta toda a nossa sociedade, criando novas formas de consumo, novas formas de se relacionar, novos meios de produção e, em especial para o presente artigo novas formas de prestação de serviços.

Logo, afirmo que a quarta revolução industrial corrompe com a clássica forma de prestação de serviços, qual seja uma vez que o local do serviço deixa de ter certa relevância, ainda mais, no e momento em que estamos vivendo situação inédita, ou seja, de isolamento social decorrente da pandemia do convid-19.

Ressalto, por oportuno, que essa alteração da forma clássica da relação empregatícia não é de hoje.

A Lei nº. 12.551, de 15 de dezembro de 2011, alterou o art. 6º da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), equiparando os efeitos jurídicos da subordinação aos trabalhadores que exercem suas atividades por meios telemáticos e informatizados à aqueles trabalhadores que exercem sua atividade por meios pessoais e diretos.

Ou seja, o trabalho realizado fora da sede patronal já era uma realidade antes de 2011, ou seja, não é, como creem alguns, uma inovação legislativa frente a pandemia.

Ao se mostrar, a prestação dos serviços à distância, certo aumento de produtividade e redução nos custos da atividade, esta forma de prestação de serviços ganhou imenso destaque e aceitação empresarial.

Tanto é que, diversos amigos, das mais diversas áreas, como por exemplo: engenheiros, bancários, professores, comerciantes, médicos, advogados etc., tiveram seu contrato de trabalho alterado, para que a realização dos serviços seja feita à distância.

Destaco, por oportuno, que não se trata de alteração, apenas, em relação à pandemia, mas por tempo indeterminado, uma vez que, os empregadores sentiram, nesse primeiro momento, às vantagens do serviço à distância.

Porém, entendo que a mudança no local da prestação de serviços deve ser muito bem avaliada, tanto pelo empregador quanto pelo empregado.

O ser humano é um ser social. E, conforme a lição do pensador grego Aristóteles, o ser humano, para atingir sua plenitude, é necessário que conviva convivência com outros homens – politika.

“(...), o homem precisa de outras pessoas porque é um ser carente. Assim, precisa de outras pessoas para se sentir pleno e feliz. (...)”.

Desta forma, somos seres sociais, não só porque dependemos de outros para viver, mas porque os outros influenciam na maneira como convivemos.

Maior exemplo, dos dias atuais, é o imenso universo das redes sociais. Como cada comentário postado influencia nossa vida em sociedade.

Porém, o isolamento, não para fins de prevenção de doenças (convid-19) ele traz diversos problemas ao ser humano, grande parte deles de ordem psicológica.

Muitas dessas patologias mentais não possuem tratamento rápido, podendo levar anos e, em alguns casos, o indivíduo jamais se recupera, servindo, o tratamento, apenas ameniza  o estado de saúdo do trabalhador enfermo.

Mas, o quê isto pode influenciar as partes no contrato de emprego.

Para o empregado é nítida sua implicação, eis que estamos falando da sua saúde.

Para o empregador ocorre outras situações, como, por exemplo, o afastamento do empregado por doença equiparada ao acidente do trabalho, ao ser constatado a ocorrência de diversos casos afastamentos, a alíquota do recolhimento previdenciário poderá ser aumentada, isto sem falar em eventuais demandas trabalhistas com pleitos de indenizações, pensionamentos vitalícios etc.

Desculpe o brocado popular, mas, para o empregador, “o barato poderá custar caro”.

Portanto, frente à todas as questões levantadas no presente artigo, entendo como válida a adoção do teletrabalho (Home Office), principalmente em tempos de isolamento social necessário, ressalvando, contudo, que a decisão deve ser tomada com bastante parcimônia pelas partes do contrato de emprego.

 



 Bruno Faigle - Senior Lawyer – Lima & Vilani Advogados Associados


Especialista oferece dicas para melhorar as vendas durante o período de festas

 Alexandre Slivnik, palestrante e especialista em encantamento de clientes, relata que mesmo com a pandemia é possível oferecer boas experiências para os clientes e melhorar os resultados


O final do ano é um dos períodos mais promissores para diversos negócios e, em particular, o setor de vendas, que ganha volume com as festas de final de ano. No entanto, com um cenário um pouco diferente devido a pandemia e a quarentena, muitas empresas podem ser impactadas nesse momento. Por isso é fundamental ter em mente estratégias para encantar os consumidores, especialmente nas lojas físicas, uma vez que houve uma grande mudança de hábito durante esse tempo.

Alexandre Slivnik, especialista em treinamento e desenvolvimento com especialização em Harvard, afirma que é ainda mais importante ter cuidado com os consumidores atualmente. “Os últimos meses do ano precisam de muito planejamento e é claro que com o coronavírus existem mais preocupações. As três principais coisas que devem ser levadas em consideração para os negócios, ao meu ver são o propósito, a sustentabilidade e a experiência do cliente. Principalmente o último, pois as pessoas não estão saindo de casa e, quando saem para fazer uma compra, esperam que seja algo especial”, comenta.

Antes mesmo do início da quarentena, as vendas na internet já estavam em alta e crescendo cada vez mais. Com a cautela para evitar contágio pela Covid-19, boa parte dos compradores passou a optar pela web, causando um grande impacto negativo nas lojas físicas. Portanto, segundo o especialista, quando um cliente está disposto a ir até um estabelecimento presencialmente, é fundamental oferecer aquilo que não está disponível online, que é o atendimento exclusivo e humanizado.

Para isso, é ideal que os colaboradores também estejam engajados e conheçam a fundo todos os produtos e serviços do local. “Qualquer tipo de negócio necessita de pessoas que estejam aptas a oferecer para os clientes algo fora do comum. Conhecendo a empresa e o que ela vende, é possível alcançar excelentes resultados de experiência, além de proporcionar mais visibilidade para todos os produtos da loja. Afinal, o cliente não quer saber de termos técnicos, mas espera o carinho e contato humano dos vendedores”, ele declara.

Também é importante levar em consideração a estruturação do planejamento e garantir que novas crises não causem tantos transtornos. Uma boa forma de fazer isso é inserindo o negócio em novas plataformas ou mesmo visualizar oportunidades com os erros.

O encantamento de clientes ainda é imprescindível para as empresas que se adaptaram a esse movimento e criaram seus sites e lojas online. “Embora haja praticidade na compra via web, há aqueles clientes receosos e com dúvidas, então ter colaboradores que conheçam a marca e os produtos ajudam a tranquilizar esse comprador e podem criar uma conexão com eles. Sempre recomendo que a opção de ajuda e atendimento esteja bastante visível nos sites de vendas, seja na página inicial ou em todas as outras”.

O especialista ressalta que a crise por si só, não traz oportunidades, mas os problemas causados por ela podem trazer soluções e fazer com que algo novo se torne positivo, e aí sim a oportunidade aparece. “Pessoas que transformam essas dores do mercado resolvem problemas, transformam clientes em fãs e conquistam resultados extraordinários! ”, finaliza.

 



Alexandre Slivnik - reconhecido oficialmente pelo governo norte americano como um profissional com habilidades extraordinárias (EB1). É autor de diversos livros, entre eles do best-seller O Poder da Atitude. É diretor executivo do IBEX – Institute for Business Excellence, sediado em Orlando / FL (EUA). É Vice-Presidente da Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) e diretor geral do Congresso Brasileiro de Treinamento e Desenvolvimento (CBTD). É professor convidado do MBA de Gestão Empresarial da FIA / USP. Palestrante e profissional com mais de 20 anos de experiência na área de RH e Treinamento. É atualmente um dos maiores especialistas em excelência em serviços no Brasil. Palestrante Internacional com experiência nos EUA, EUROPA, ÁFRICA e ÁSIA, tendo feito especialização na Universidade de HARVARD (Graduate School of Education - Boston/ EUA). www.slivnik.com.br

 

Inclusão de pessoas com deficiência no mercado de trabalho também requer adaptação

Espaços devem ser alterados e equipes precisam de orientações específicas para promover integração

 

Em 03 de dezembro, o mundo comemorou o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência, instituído pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 1992 para celebrar o fim do ciclo iniciado em 1983 (ano em que a entidade adotou o Programa Mundial de Ação a respeito das Pessoas com Deficiência). A própria Organização estima que 10% da população mundial tenha algum tipo de deficiência.

No caso da professora e tradutora Cristina Faraj, a deficiência motora teve origem no nascimento, devido à falta de oxigenação no cérebro por um curto período (anoxia). “Hoje tenho um problema de coordenação motora. É uma condição que me fez enfrentar bullying e preconceito, seja na formação escolar, seja na inserção do mercado de trabalho. Em alguns momentos tive vontade de tentar esconder essa limitação, mas hoje sou feliz pelas minhas conquistas”, afirma.

Cristina é formada em Letras (Inglês-Tradução) pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e ingressou no Estado logo na primeira vez em que prestou concurso público. Apesar do sucesso profissional, logo no início da carreira a professora teve dificuldades para conseguir um emprego e sentiu que a deficiência motora era uma das principais razões para as recusas.


Legislação e inclusão

São consideradas pessoas com deficiência aquelas que têm impedimento de longo prazo, de natureza física, mental, intelectual ou sensorial, que impeça a participação plena e efetiva na sociedade, em igualdade de condições. No Brasil, o Decreto nº 5.296/2004 descreve os diferentes tipos de deficiência.

Além disso, a Lei nº 8.213/1991, conhecida como Lei de Cotas, prevê uma série de medidas com o objetivo de inserir e integrar pessoas com deficiência no mercado de trabalho. Empresas a partir de 100 colaboradores têm a obrigação de empregar uma parcela de pessoas com algum grau de deficiência. A cota mínima varia entre 2% e 5%, dependendo do total de trabalhadores na empresa.

Para a fonoaudióloga do Hospital Paulista Christiane Nicodemo, no entanto, as empresas devem se preocupar em não apenas empregar a pessoa com deficiência, mas também integrá-la à empresa, respeitando suas dificuldades e promovendo suas potencialidades.

“Quando contrata e emprega um funcionário com deficiência, a empresa não está apenas cumprindo a lei. Está promovendo uma função social, humanitária. Para isso, é preciso que a área de Recursos Humanos tenha a sensibilidade de facilitar o ambiente de trabalho de acordo com a deficiência do novo colaborador, capacitar os gestores e os demais funcionários, de modo que a pessoa não se sinta acuada, preterida ou discriminada em seu cotidiano laboral”, avalia a especialista.

Cada forma e grau de deficiência requerem adaptações específicas no ambiente de trabalho. Contratar um cadeirante para um local com escadas e sem elevadores/rampas, por exemplo, impede que o trabalhador interaja corretamente com os colegas e superiores e limita seu desenvolvimento.


Deficientes auditivos

No caso específico dos deficientes auditivos, a fonoaudióloga Christiane ressalta que um dos aspectos mais importantes é que o ambiente de trabalho – principalmente no espaço de quem tem alguma limitação – seja bem iluminado, com sinalizações claras e de fácil acesso. Além disso, é essencial que os outros funcionários sejam orientados sobre as formas corretas de interagir com o deficiente auditivo.

“É preciso sempre sinalizar a essa pessoa quando desejamos falar com ela. Dê um toque no ombro, se aproxime, fale de frente à pessoa. Ao sair para almoçar ou tomar um café, convide-a. Promova o deficiente auditivo ao convívio com o restante da equipe e evite informar os funcionários apenas pela linguagem falada. Invariavelmente, você irá se movimentar e a pessoa com limitação auditiva não conseguirá acompanhar a mensagem. Além disso, fique atento às próprias estações de trabalho. As divisórias precisam ser, no máximo, de acrílico para permitir que o deficiente auditivo tenha uma melhor compreensão da comunicação”, explica.

Nos últimos anos, iniciativas públicas e privadas têm oferecido cursos de capacitação para pessoas com deficiência. Um dos objetivos é afastar completamente uma das teses de muitas empresas que não cumprem a lei, ao alegarem que o mercado não oferece deficientes físicos capacitados.

“O governo de São Paulo vem promovendo cursos gratuitos de qualificação. A Federação Brasileira de Bancos (FEBRABAN) também oferece um programa de cursos gratuitos. É muito importante que outros setores da indústria e de serviço desenvolvam iniciativas semelhantes, de modo a capacitar esses profissionais para um leque maior de funções”, diz Christiane.


Reabilitação

Quem tem algum grau de deficiência pode também reabilitar-se a partir de terapias específicas, aparelhos de auxílio e cirurgias que o ajude a diminuir a limitação, seja ela qual for. Cristina destaca, no entanto, que a abordagem da reabilitação ao profissional com deficiência deve ser feita de um modo que respeite sua própria vontade, sua independência e seus interesses profissionais.

“Por exemplo, passei por uma escola em que sofri certo preconceito de alunos e colegas da docência por conta da minha limitação motora. A então diretora insistia constantemente que eu deveria passar pela readaptação. Para uma pessoa que tem alguma deficiência, isso não é algo fácil de ouvir. Até que um dia, sem qualquer aviso prévio, fui chamada a uma reunião na qual me informaram que eu teria de começar a readaptação. Fiquei sem reação, saí bem chateada. A readaptação me fez bem, mas a forma como foi conduzido esse pedido foi desgastante”, conta.

Independentemente do tipo e do grau de deficiência, é importante ressaltar que profissionais com alguma limitação podem realizar uma enorme gama de funções. Para isso, é preciso que a lei seja cumprida, mas também que empresas, gestores de recursos humanos e os próprios trabalhadores se conscientizem sobre a importância de inserir e integrar pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

“O trabalho tem também a função de ressignificar a vida da pessoa com deficiência. Uma cultura de inclusão permite esses profissionais participem ativamente do ambiente de trabalho, compreendendo suas limitações, mas também cientes do quanto podem evoluir e crescer”, afirma a fonoaudióloga.

“Entendo que as pessoas devem se esforçar para evoluir, mas quem tem alguma dificuldade não pode ser deixado para trás. Fala isso como educadora e como alguém que tem uma limitação motora. É preciso promover essa inclusão e ajudar quem tem qualquer tipo de deficiência a caminhar lado a lado com as outras pessoas”, conclui Cristina.

 


Hospital Paulista de Otorrinolaringologia

MÉDICOS BLOGUEIRINHOS: ESPECIALISTA DESTACA CUIDADOS QUE PROFISSIONAIS DA SAÚDE DEVEM TER AO USAR AS REDES SOCIAS

  Há muitas maneiras de usar a mídia social na área de saúde, incluindo promoção da conscientização, incentivo ao envolvimento do paciente e compartilhamento de mensagens de saúde, mas é preciso se atentar aos exageros.

  

As redes sociais já fazem parte do cotidiano das pessoas e a cada dia mais influencia muitos aspectos da sociedade, especialmente a saúde. Facebook, Instagram, Twitter e YouTube não são mais novidades. A inovação está no modo como as redes são utilizadas. É fácil perceber que o impacto da mídia social já atinge clínicas médicas, principalmente, porque muitos profissionais aderiram a esses canais de comunicação como forma de divulgar seu trabalho e de consolidar sua marca.

Mas, o uso das mídias sociais na área da saúde apresenta desafios. De acordo com a especialista em Marketing Médico Maeve de Nóbrega, é necessário que os profissionais da saúde tomem cuidado ao lidar com pacientes de maneira online. “O que publicamos nas nossas redes gera impactos diferentes nas pessoas e só nós podemos controlar se isso é negativo ou positivo, o que não podemos esquecer é que estes profissionais promovem saúde, segurança e vida e é isso que os pacientes precisam enxergar” – destaca.

Ainda segundo a expert em marketing de serviços, os profissionais precisam se questionar sobre duas coisas: O que vem primeiro? Sua reputação ou sua divulgação? “Estamos acostumados a ver blogueiros compartilhando o seu dia a dia, stories no carro sobre seu almoço, dicas, vida e gostos pessoais, no entanto, ao se tratar de profissionais da saúde o foco principal deve ser fornecer informações benéficas e interessantes que acabarão por criar um diálogo ou algum tipo de feedback com pacientes ou potenciais pacientes” – explica Maeve. 

A especialista orienta ainda que o perfil nas redes sociais de médicos e outros profissionais deve representar tanto a sua imagem como profissional de saúde quanto do consultório e clínica. “Não há problema em ser mais animado ou mais sério, desde que seja profissional. A reputação do profissional está em jogo e por isso, o médico precisa reconhecer que as ações online e o conteúdo postado pode afetar negativamente sua reputação entre pacientes e colegas.”  

Um profissional da saúde nas redes sociais tem certa autoridade e, por isso, suas publicações podem virar regra na vida das pessoas, dessa forma Maeve indica que outro grande erro que muitos cometem é não terem o bom e velho bom senso na hora de postar. “Não há problema em um médico publicar sobre hábitos saudáveis, alimentos ideais e etc. O erro se constitui quando o profissional não sabe divulgar isso de uma maneira correta. Stories na academia são bacanas desde que o médico faça com que isso gere um interesse pela saúde e não pelo seu corpo, por exemplo” – explica. De acordo com a consultora, o mais importante é que seu perfil nas redes sociais seja o mais profissional possível, que ele transmita quem aquele médico é ou como quer ser visto.  

Por isso que ao utilizar as mídias sociais esses profissionais precisam se atentar ao que postar e como postar, dessa forma, quando usada de forma responsável, a mídia social pode ser uma ferramenta poderosa para promover a educação em saúde, construir relacionamentos positivos com o profissional de saúde e o paciente e melhorar a qualidade da saúde.

 


Maeve Nóbrega
www.maevenobrega.com.br

 

Venda de carros: aumenta número de golpes digitais durante pandemia

Interessados em carros seminovos e usados são as principais vítimas; falsos anúncios virtuais aumentaram cerca de 900% na pandemia


Desde o início da pandemia da Covid-19, as plataformas digitais se tornaram grandes protagonistas de vendas para diversos produtos. Entre eles, o setor automotivo foi um dos que mais percebeu tais mudanças e precisou se adaptar rapidamente ao novo modelo de negócio para driblar a crise. Porém, em contrapartida, a falta de conhecimento desses meios, principalmente pela população, causa um alerta: os golpes online cresceram consideravelmente nos últimos meses.

A atuação mais frequente das empresas no universo digital aliado a desinformação trouxe consigo um ataque maior de golpistas que aguardam uma simples brecha de conhecimento para fazer vítimas. De acordo com a Associação Brasileira de Leiloaria, durante o período de pandemia, aumentou em mais de 900% o número de golpes online envolvendo falsas ofertas - a maioria referente a venda de automóveis. Enquanto isso, nas primeiras semanas de pandemia, a Polícia Civil emitiu um alerta sobre o crescimento dos golpes com automóveis realizados em aplicativos de compra e venda e também em empresas de fachada que sequer existem.

Flávio Maia, diretor de Planejamento e Marketing da Associação dos Revendedores de Veículos de Minas Gerais (ASSOVEMG), comenta que a segurança se tornou um dos principais desafios desse período. “Assim como as empresas passam por um processo de readaptação para os meios online, a população em geral também precisa se adequar. O problema é que a falta de informação - ou excesso dela - pode confundir ainda mais o consumidor que não possui experiência nesse meio”, diz.

Portanto, ele afirma que é preciso levar essa informação de forma segura e eficaz. “É aí que atuação dos lojistas se torna também importante, pois em nossos canais podemos expor o que é seguro e ensinar os principais cuidados que o cliente precisa ter. Além, é claro, de oferecer o nosso serviço de forma acessível para que o consumidor possa resolver tudo conosco sem precisar recorrer para ajuda de terceiros que podem ocasionar tais golpes”, acrescenta.


Como ter segurança?

Maia destaca que o primeiro passo é evitar a compra de carros em meios que podem oferecer algum tipo de dúvida. “A primeira coisa a se fazer é encontrar empresas sérias e credenciadas; buscar redes verificadas para tirar dúvida, caso necessário. Evite o uso de aplicativos ou grupos em redes sociais para esse tipo de transação. Nunca realize depósitos antes de pesquisar a empresa e ter a compra certificada”, orienta.

Mas como saber quais são esses órgãos, além da certeza se os canais de venda e atendimento são seguros e verificados? Flávio explica que o primeiro passo é sempre procurar comprar veículos em lojas, desta forma além de toda a segurança jurídica o cliente conta com 90 dias de garantia do bem. O 2º passo é buscar lojas que possuem o selo de credenciamento da ASSOVEMG, pois existe um rigoroso processo de qualidade para admitir as lojas - tais como tempo de abertura do CNPJ, pesquisas qualitativas de reclamações nos principais sites destinados a este fim, consulta junto aos órgãos de defesa do consumidor, entre outros”, completa.

Outro ponto importante é sempre exigir um Laudo Cautelar do veículo - que seria uma espécie de carta de procedência em que constam informações como possíveis passagens por leilão, se o motor é realmente o original ou se o veículo passou por algum sinistro.  “Caso tenha qualquer dúvida, não hesite em buscar os canais oficiais da ASSOVEMG ou dos nossos associados. Nunca passe informações pessoais por redes sociais ou telefone. E, ao receber informações através das redes sociais, sempre verifique a veracidade do conteúdo”, finaliza.

 

 

Fonte: Flávio Maia - formado em administração com MBA em projetos na Fundação Dom Cabral e Finanças no IBMEC. É também sócio fundador da AutoMAIA Veículos

 

ASSOVEMG

assovemg.org.br/associados-assovemg/

 

Guerra do consumo: como redefinir o processo para se tornar competitivo


De acordo com o Ministério da Economia, o Brasil registrou a abertura de 782.664 novas empresas no segundo quadrimestre de 2020. A alta no número de empresas em atividade foi de 4,5% em relação ao primeiro período do ano de 2020, somando 19.289 milhões. Os microempreendedores individuais são responsáveis por 55,4% das empresas ativas no Brasil durante o período analisado.

Em um cenário cada vez mais competitivo, como criar ou manter uma empresa ativa no mercado? O especialista em marketing e estratégia de negócios, Frederico Burlamaqui, lembra que a habilidade do gestor é fator crucial para definir o sucesso da empresa. “98% das pesquisas viabilidade de negócios que realizamos mostram que o mercado de atuação desejado está saturado”, afirma.

A competitividade e sucesso do negócio está diretamente ligada ao seu processo de gestão. Burlamaqui, que atua diretamente na organização geral das empresas, indica que é preciso avaliar todas as áreas, mas com uma visão global do negócio. “Realizamos uma jornada de redefinição do processo – desde a estrutura até o processo final, organizando a empresa para que seja um desejo de consumo do cliente final”, afirma. Segundo o especialista, a jornada de redefinição consiste na análise de seis pontos cruciais para o sucesso e saúde financeira da empresa:

 

1-         Pessoas – quem são as pessoas que fazem parte da sua empresa? Quais a s habilidades e conhecimentos elas precisam ter? Estão alinhadas com seus valores? Entendem o que de fato a empresa faz? É importante proporcionar um conhecimento global da sua empresa a todos os envolvidos, à fim de unificar os objetivos e unir forças em todas as áreas;


2-         Valor – Por que os clientes deveriam escolher sua empresa? A partir da perspectiva do seu cliente, qual o benefício encontrado em comprar do seu negócio? Comparado com os concorrentes, substitutos, equivalentes ou frente a não adquirir nenhum item? Essas definições devem definir e inspirar todas as ações da empresa: comunicação, marketing, relacionamento, definição de público e parceiros. O Valor gerado pela empresa deve inspirar todos os processos e decisões dela;


3-         Marca – "Marca é o que falam de você, quando você não está presente", desse modo, primeiro é necessário arrumar a casa, preparar o terreno e manter todos os processos da empresa orientados a construir uma marca que desperte a preferência dos consumidores. Todos os elementos do Sistema de Identidade da Marca (entre eles, o Logotipo), deve evidenciar os fatores pelos quais a empresa busca ser lembrada, desejada e vir a se tornar a primeira escolha do cliente;


4-         Comunicação – além de desenvolver um discurso comercial, a empresa precisa conversar com o cliente. Mapeie os momentos em que as pessoas querem comunicação rápida e outros que querem uma comunicação mais elaborada, um atendimento mais atencioso. Assim, é possível definir onde a empresa precisa estar – contato imediato, redes sociais, pós-vendas – e proporcionar uma comunicação assertiva com o cliente;


5-         Recorrência – quem é e de onde vem o seu público? Qual a jornada do consumidor para adquirir soluções como as suas? Com essa análise, é possível entender qual o caminho que o cliente percorre para chegar até você e lançar estratégias para que esse mesmo caminho seja mais eficaz e incentivador de novas e maiores compras em outros momentos;


6-         Encantamento – o cliente pode ser impactado de diversas formas: a apresentação dos produtos, a forma como o acompanhamento de todo o processo de vendas foi feita, ações sociais da empresa e até mesmo surpreender o cliente com um presente, um voucher de aniversário – tudo isso gera encantamento. O cliente é o principal multiplicador de vendas de uma empresa e, quando ele é impactado de forma positiva, torna-se defensor da marca.


O especialista alerta que para 2021 é muito provável um acirramento da crise econômica, achatamento do poder aquisitivo e, consequentemente, maior competição entre as empresas. “Ninguém vende nada, quem compra é o cliente. Organize a sua empresa para torná-la objeto de desejo para o cliente”, finaliza.

 



Frederico Burlamaqui Marketing & Estratégia

www.marketingestrategia.com.br

   

Pessoas com deficiência não podem sofrer segregação no sistema educacional

E quase no apagar das luzes de 2020, um ano repleto de inseguranças, que também atingiram a área da educação, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu pela suspensão dos efeitos do Decreto 10.502 que instituiu nova política nacional de educação especial às pessoas com deficiência. A suspensão vem em boa hora. Chega ainda em tempo de se pensar na estratégia de ensino a ser adotada em 2021 pelas famílias de pessoas com deficiência. Ou, pelo menos, chega a tempo de impedir que famílias, no afogadilho e premidas por pressões externas, retirem seus filhos das escolas regulares.

Mas, afinal, do que trata o Decreto? 

O Decreto 10.502 não nasce de forma preconceituosa. Criado com boa intenção, ele tem o objeto principal de fornecer serviços e recursos especializados à deficiência de cada educando. Para isso, previu a criação de escolas especiais destinadas às especificidades de cada deficiência, sob o argumento de uma política inclusiva. 

No entanto, o Decreto deixou de ratificar o conteúdo principiológico da Convenção Internacional dos Direitos das Pessoas com Deficiência, ao prever a criação de escolas e classes especiais. Isso porque a Convenção reitera o compromisso de plena e efetiva participação e inclusão na sociedade, bem como o respeito pela diferença como parte da diversidade humana.

Divisa-se, portanto, que o Decreto carrega em si preconceito e discriminação, ao voltar a segregar as pessoas com deficiência na educação especial, em vez de reforçar a necessidade de adoção de medidas eficazes para a promoção de uma sociedade inclusiva. 

Sabe-se que o direito reflete os valores de seu tempo. Miguel Reale, em sua teoria tridimensional do direito, já afirmava que o fenômeno jurídico deve ser compreendido sob três aspectos: fato jurídico, valor e norma propriamente dita, do que se conclui que o fenômeno cultural, os valores, possuem fundamental importância na análise da norma. 

E, na espécie, o valor que deve ser atendido pela legislação não é a segregação, mas, ao contrário, a inclusão. Inclusão esta que vem florescendo no espectro jurídico e social. Inclusão que desabrocha junto com o reconhecimento das potencialidades das pessoas com deficiência.

A efetiva inclusão no ambiente escolar regular trará benefícios a todos: aos educandos com deficiência que poderão, finalmente, elaborar um projeto de vida e ascender a postos e cargos; e aos educandos sem deficiência que desenvolverão, além das capacidades intelectuais, o aspecto sócio afetivo, correlacionado ao respeito à diversidade, cooperação, solidariedade e motivação. 

Uma sociedade justa e solidária, como preconizado pela Constituição Federal, é formada por pessoas que tenham desenvolvido também a potencialidade sócio afetiva, como dimensão vital do ser humano. Estes são os valores trazidos com a Convenção Internacional e a Lei Brasileira de Inclusão. Estes são os valores da atual concepção social da deficiência, sob a égide dos direitos humanos. 

É fundamental entender que os alunos com deficiência não podem e não devem sofrer nenhuma segregação, especialmente, no sistema educacional. A pessoa com deficiência tem direito a educação de qualidade, em escola regular, com as adaptações necessárias para garantir um aprendizado em condições de igualdade, promovendo a sua autonomia. E, nesse ponto, um efetivo programa educativo individualizado possui muita relevância.

Vale destacar também que, por lei, é direito o ensino do sistema braile, libras e o uso de tecnologia adequada para que o estudante possa ampliar suas habilidades funcionais e participar com igualdade. O deficiente também tem direito à educação superior, profissional e tecnológica, com as mesmas oportunidades que os demais alunos.  

A inclusão de alunos com deficiência é e continuará a ser um desafio. No entanto, esse desafio não pode culminar com limitações à matrícula e à estada da criança com deficiência na escola regular, mesmo porque qualquer conduta discriminatória é passível de punição na esfera criminal.

Estes são os valores atuais da sociedade. Esse é o nosso desafio.

 


Viviane Limongi - mestre e doutoranda em Direito Civil e sócia do escritório Limongi Sociedade de Advogados


Bolsa S&P Dow Jones anuncia índice de criptomoedas para 2021

A S&P Dow Jones anunciou o lançamento de um índice de criptomoedas em 2021, esse índice acontece por conta da evolução do mercado de ativos digitais e a necessidade de dados confiáveis de preços. Segundo a S&P Dow Jones os recursos do índice devem facilitar o acesso de investidores à nova classe de ativos.

Como esse anuncio influencia o mercado de criptomoedas e o setor? Especialistas do mercado dão sua opinião sobre o assunto:

Segundo João Canhada, CEO da Foxbit, "Isso mostra um grande avanço rumo a profissionalização do setor, apesar de já ter mais de 1000 exchanges em diversas localidades, o mercado tradicional precisa de fontes mais tradicionais e confiáveis dentro do setor financeiro para se expor a ativos digitais como o Bitcoin dado a alta regulamentação. Um índice como esse vai refletir em uma formação de preço mais justa ao ativos digitais e ajudar a diminuir sua volatilidade no longo prazo e permitindo que diversas instituições tradicionais participem do setor, isso adiciona uma liquidez enorme e potencializa o Bitcoin no longo prazo."

Para Bernardo Schucman, CEO da FastBlock, “O índice é visto com muito bons olhos, pois o preço dos bitcoins é muito variável de exchange para exchange e ter um índice arbitrado por uma instituição do nível S&P Dow Jones, traz uma credibilidade e segurança maior para o ativo digital e para futuros investidores”.


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