Neste dia, a Fight For The Poor se
destaca por desenvolver projetos dentro e fora do Brasil
No próximo sábado, 5 de dezembro, é comemorado o Dia Internacional
do Voluntário. A data foi instituída pela Organização das Nações Unidas em
1985, com a intenção de promover ações de voluntariado em todas as esferas da
sociedade ao redor do mundo. Um bom modo de promover essas ações é refletir
sobre elas e enaltecer ONGs que assumem a tarefa de ajudar o próximo.
O Brasil é o sétimo país mais desigual do mundo. Segundo o último relatório
divulgado pelo Pnud (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento) no fim
de 2019, quando se trata de desigualdade, o Brasil fica atrás apenas de nações
do continente africano, como África do Sul, Namíbia, Zâmbia, República Centro-Africana,
Lesoto e Moçambique. No país tropical, apenas 10% da população detém a maior
parte da renda da pátria.
Em maio de 2020 o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística)
divulgou o resultado da pesquisa que revela um abismo maior entre ricos e
pobres no Brasil. De acordo com o instituto, o 1% da população com rendimento
maior recebe 33,7 vezes mais que a metade da população com o menor rendimento.
Esses índices preocupantes mostram a urgência de políticas e iniciativas para
auxiliar às pessoas com menor poder aquisitivo.
Nesse sentido, o Instituto Fight For The Poor (F4TP) trabalha buscando diminuir
essa desigualdade. O instituto é um canal para a realização de projetos sociais
que causam impacto positivo na sociedade. "Com projetos criativos e
inovadores conectamos pessoas dispostas a fazer a diferença por um mundo
melhor", afirma Guilherme Basso, presidente do F4TP
Projetos desenvolvidos
Todo projeto que a F4TP abraça é social, que beneficia pessoas carentes e que
levem a transformação na vida dos beneficiados. Fundada em 2012, a ONG já
promoveu mais de 15 ações no Brasil, sendo a maioria em Brasília, e outra no
Piauí, além de uma ação fora do país, no Haiti. "Nossos projetos são
específicos, com prazo definido para começo, meio e fim", explica
Guilherme.
"Estive no Haiti por três vezes entre 2010 e 2011. Lá trabalhei em
projetos de reconstrução e ajuda humanitária. Nessas viagens também conheci e
me envolvi com a ONG MAIS (Missão em Apoio a Igreja Sofredora). Por conhecer o
projeto, e saber da seriedade, ficamos sabendo que eles estavam com uma
campanha para comprar um carro, para ajudar no deslocamento de doações e
voluntários. A meta financeira era de R$40.000. Conseguimos levantar todo o
valor, com doações online e também offline", lembra Guilherme.
Além de ações no país caribenho, o Fight For The Poor organizou o The Street
Store (Loja de Rua) na Cidade Estrutural, em Brasília. A ideia do projeto é
doar roupas, fazendo com que as pessoas carentes da comunidade tenham uma
experiência de shopping. "Montamos araras, provadores e colocamos os
voluntários como atendentes dessa Loja na Rua. A gente queria que essa
experiência desse mais dignidade para as pessoas que muitas vezes não tem a
condição de ir ao shopping ou a uma loja comprar uma roupa de qualidade. Nossa
equipe selecionou todas as doações e colocou somente roupas sem defeitos para
doação. Também distribuímos um almoço na comunidade", conta Guilherme.
O instituto também desenvolveu inúmeros outros projetos no Brasil. Logo após
ser fundado, em 2012, lançaram uma ação de crowdfunding. "O primeiro
projeto foi chamado de Manancial de Vida, com o objetivo de arrecadar doações
para a reforma da creche. Foram arrecadados quase R$2500 em doações pela
plataforma de crowdfunding, além de várias outras doações de parceiros",
detalha o presidente do F4TP.
No ano seguinte, 2013, foi a vez do projeto Mais Água ser financiado pelo
crowdfunding, visando arrecadar doações para alugar caminhões pipa para levar
água nas regiões semi-áridas do Piauí. "Na época, a região estava vivendo
uma das piores secas de todos os tempos. Conseguimos captar R$2.000 pela
plataforma e financiamos 20 caminhões pipa que foram enviados e abasteceram
várias famílias e comunidades. Cada caminhão abastecer um vilarejo pequeno por
1 mês", lembra o ativista.
Em 2014, 2015 e 2016 o Fight For The Poor desenvolveu mais sete ações no
Distrito Federal. Entre elas, o beleza solidária e Fight Day. "Tanto o
Beleza Solidária quanto os eventos Fight Day foram ações com o objetivo de
captar recursos e doações para os projetos e instituições que ajudamos. O
Beleza Solidária foi um evento no Salão Frank Rodrigues, na Asa Norte, quando
todo o valor arrecadado em serviços no dia foi destinado para a Fight",
finaliza o presidente da ONG.
O último projeto do Instituto aconteceu em 2016, após isso, Guilherme se mudou
para os Estados Unidos e se dedicou a consultorias no terceiro setor e empresas
sociais. Depois de quatros anos, a ONG retorna, no final de 2020, com ações
envolvendo o voluntariado. Novos projetos estão sendo idealizados para atuar na
Cidade Estrutural.
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