Criteo divulga
estudo com resultados sobre o comportamento de consumo durante o mês de maio;
65% dos brasileiros continuará presenteando normalmente em datas comemorativas
O isolamento social ditou uma nova forma de
consumo, como demonstra um estudo recente realizado pela Criteo. Comprar
mercadorias online, pedir comidas por serviços de delivery e realizar compras
através de aplicativos para smartphones estão entre os principais
comportamentos adotados por brasileiros durante a pandemia do coronavírus. De
acordo com dados da análise, 67% dos consumidores descobriu, ao menos, uma nova
forma de compra que pretende manter para o “novo normal”, fase pós isolamento
social.
A empresa de tecnologia, especializada em fornecer
aos profissionais de marketing de todo o mundo publicidade confiável e
impactante, realizou um estudo aprofundado correspondente ao comportamento de
consumidores nas duas últimas semanas de maio, entre os dias 13 e 29 do mês. No
Brasil, o isolamento social redefiniu os hábitos de consumo pessoais e
expectativas a longo prazo.
Outra pesquisa da Criteo também demonstrou um
aumento vertiginoso de 233% na venda de alimentos online durante o mês de
abril. O estudo recente mostra que esse comportamento veio para ficar: mais da
metade (52%) dos brasileiros entrevistados afirmou que pretende aumentar a
compra de mantimentos online e incorporar essa nova forma de consumo.
NOVOS HÁBITOS
Os dados mostram que o impacto do coronavírus no
fechamento de negócios “não essenciais”, afetou diretamente as compras online
e, consequentemente, gerou o desenvolvimento de novos hábitos. Além disso, com
mais tempo em casa, 53% dos brasileiros passaram a cozinhar mais e pretendem
transformar isso em um costume.
O isolamento social forçado também foi visto, por
cerca de dois terços dos entrevistados (65%), como uma oportunidade para
repensar antigos hábitos. Sem os deslocamentos básicos do dia-a-dia, a
necessidade por praticar exercícios cresceu - assim como a compra de aparelhos
de ginástica e download de aplicativos de treinos. Para os brasileiros que
descobriram essa prática, 50% pretende mantê-la com o fim da pandemia.
O home office também ganhou seu espaço. Com os
escritórios fechados, a parte dos brasileiros enfrentou uma situação nova:
trabalhar de casa. Apesar de estar em um ambiente mais sujeito à distrações,
funcionários e empresas notaram mais pontos positivos do que negativos, e 46%
dos que adotaram essa prática pretendem mantê-la.
COMEMORAÇÕES A DISTÂNCIA
Passamos por datas comemorativas durante a
pandemia, como Páscoa e Dia das Mães e, agora, Dia dos Namorados. Apesar de
muitos não poderem estar juntos fisicamente, isso não impede os casais de se
presentearem. De acordo com os dados fornecidos pela Criteo, 65% dos
brasileiros continuarão presenteando normalmente.
Neste 12 de junho, em comparação com o ano
anterior, os consumidores se adiantaram para garantir os presentes. Em 2019,
foi possível perceber um crescimento de 25% das compras no dia anterior à data;
neste ano, as vendas marcaram um aumento de 18% em 8 dias antes do Dia dos
Namorados.
Presentear com flores foi uma das principais
apostas dos brasileiros, com um crescimento de 111% da categoria. Já a venda de
artigos esportivos aumentou 41%, 9 dias antes da data comemorativa, e também
foi uma opção de presente considerada entre os casais.
Devido à distância, o envio de presentes também
cresceu: 41% vai aumentar, nos próximos meses, a prática de comprar presentes
online e selecionar o destinatário como quem vai recebê-lo. Em contrapartida,
35% vão diminuir a entrega presencial.
Os presentes não materiais, como cupons,
vale-presentes e vouchers aumentaram durante a pandemia e ganharam o gosto do
brasileiro, já que 36% afirmou que vai utilizá-los mais nas próximas datas
especiais.
RENOVANDO O GUARDA-ROUPAS
A variação de peso também alterou tanto o consumo
online, como vai alterar o consumo em lojas físicas, com uma gradual abertura
dos shoppings.
Segundo os dados apresentados na pesquisa, mais da
metade dos brasileiros ganhou, em média, mais de 3 kg durante o confinamento.
Os Millennials são os que lideram essa lista.
Mesmo que em uma proporção menor, também existe uma
parcela dos que diminuíram de peso, sendo a Geração Z a que mais tem
representantes dessa fatia (22%).
As mudanças corporais que ocorreram com o período
de isolamento e a mudança de rotinas, leva os consumidores a sentirem maior
necessidade de renovar o guarda-roupas e comprar peças mais confortáveis.
RETORNO GRADUAL
Mesmo com a abertura gradativa de shoppings, uma
grande parcela dos consumidores vai demorar para frequentar lojas físicas.
Cerca de 4 entre 10 brasileiros está pronto para voltar aos shoppings daqui a 2
meses. Um parcela ainda maior, 27%, diz que vai demorar de 3 a 5 meses para
entrar em lojas físicas; 18% acredita que o processo vai levar de 6 a 9 meses;
enquanto 16% afirma que só voltará aos estabelecimentos depois de passados mais
de 9 meses.
Dos respondentes, apenas 15% estariam dispostos a
voltar a frequentar shoppings imediatamente, o que fortalece ainda mais o
comércio online no Brasil.
Em relação às viagens, apesar de 68% dos
brasileiros estarem ansiosos para viajar de novo, 38% dizem que vão demorar
mais de 9 meses para entrar em um avião, enquanto 24% afirma que esse processo
deve demorar de 6 a 9 meses. A preferência, por enquanto, fica por viagens
curtas, de um dia ou um final de semana.
METODOLOGIA
As análises da Criteo são baseadas em um banco de
dados com informações de mais de 80 países e 2 bilhões de compradores mensais
ativos, que gastam cerca de US $ 900 bilhões anualmente em aproximadamente
20.000 sites de comércio eletrônico. A partir desse enorme conjunto de dados, a
Criteo pode observar tendências globalmente e entre regiões - Ásia-Pacífico,
Europa e Américas.
Criteo