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quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

Confiança do consumidor marca 47,2 em novembro e fica abaixo do índice registrado no início do ano, apontam CNDL/SPC Brasil


Indicador mostra que 27% dos brasileiros estão otimistas com economia. Para 46%, situação financeira não é boa nem ruim e maioria espera uma melhora para os próximos seis meses


O fim do ano se aproxima, mas o consumidor ainda não demonstra a mesma confiança que tinha nos primeiros meses de 2019. Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que o Indicador de Confiança do Consumidor marcou 47,2 pontos em novembro, abaixo do registrado em janeiro de 2019, que foi de 49,0 pontos. Já na comparação com outubro, o índice ficou um pouco acima (46,6 pontos) e também superou os resultados novembro de 2018 (46,2 pontos). Pela metodologia, o indicador varia de zero a 100, sendo que somente resultados acima de 50 pontos mostram uma percepção otimista do consumidor.

A frustração com a lentidão na retomada econômica ainda é evidente quando se avalia o quadro atual. Em termos percentuais, apenas 9% dos consumidores consideram o momento da economia bom. Os principais motivos apontados são: maior otimismo das pessoas com a economia (55%), expectativa de queda da inflação para os próximos meses (45%) e redução das taxas de juros (43%). Em contrapartida, seis em cada dez (66%) consumidores acham o cenário econômico ruim. Neste caso, as principais razões estão ligadas a uma percepção de alta dos preços dos produtos e serviços (66%), ao desemprego alto (65%) e às elevadas taxas de juros (30%). Enquanto 25% mostram-se neutros.

Para o presidente da CNDL, José Cesar da Costa, mesmo com a recuperação da economia em curso, os consumidores ainda lidam com efeitos da crise, como o endividamento, o achatamento da renda e os altos níveis de desemprego no país. “O que se espera é que ao longo dos próximos meses, o anúncio de uma agenda positiva consiga aumentar o quadro da confiança, recuperando o desgaste que se observou ao longo deste ano”, analisa.


27% dos brasileiros acreditam na retomada da economia para os próximos seis meses; 42% não estão pessimistas nem otimistas

No horizonte dos próximos seis meses, a expectativa é mais animadora: 27% dos consumidores estão otimistas com o futuro da economia. E os principais motivos desse bom humor são:  percepção de melhora nos indicadores econômicos (38%), o fato de concordarem com as medidas econômicas adotadas pelo governo (36%) e a crença de uma maior estabilidade política (34%).

Por outro lado, 27% consideram-se pessimistas por terem a sensação de que os preços continuam subindo (49%) e o desemprego segue elevado (44%). Há também os que discordam das medidas econômicas do governo (42%), os que se sentem receosos em relação às instabilidades políticas (32%) e os que acreditam que as leis e instituições não favorecem o desenvolvimento do país (26%). No entanto, a maioria dos consumidores (42%) não está pessimista nem otimista.

“Após meses de revisões de crescimento econômico para baixo, o cenário mostra-se um pouco mais otimista diante da aprovação da reforma da Previdência e as discussões sobre mudanças no sistema tributário”, analisa o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.


Maioria dos brasileiros avalia como regular vida financeira atual, mas 57% acreditam que situação deve melhorar nos próximos seis meses

Quando se trata da própria vida financeira, a maioria (46%) dos consumidores considera sua situação regular, ou seja, nem boa nem ruim.  Por outro lado, 37% têm uma percepção negativa e apenas 17% avaliam sua vida financeira como boa. Entre os que avaliaram sua condição como ruim, o principal motivo está relacionado ao alto custo de vida (60%), seguido do desemprego (30%) e da redução da renda familiar (26%). Em contrapartida, os que afirmam estar com uma boa situação financeira justificam pelo fato de terem conseguido pagar as contas em dia (50%), controlar as finanças (44%), obtido aumento nos rendimentos (23%) e ter uma reserva financeira (22%).

Ao investigar o que os brasileiros esperam para os próximos seis meses, a sondagem descobriu que seis em cada dez (57%) estão bastante otimistas com a vida financeira. Essa expectativa de melhora deve-se à crença na recuperação da situação econômica do país (39%), na esperança de conseguir um aumento na renda ou um novo emprego (31%). Outras razões apontadas foram: boa gestão das finanças (28%) e investimento na carreira para alcançar boas oportunidades (20%). Já 18% não souberam explicar motivo desse sentimento de melhora.

Em contrapartida, 11% dos consumidores afirmam estar pessimistas com a vida financeira. O principal motivo é a crença de que a situação do país pode piorar (67%), seguido pelo fato de não ter perspectiva de uma nova colocação ou de aumento na renda (25%), medo do desemprego (13%) e por estarem inadimplentes (12%). Outros 12% não sabem ao certo o motivo desse pessimismo. Além desses, 29% acreditam que a situação financeira não será boa nem ruim.


Mesmo com queda da inflação, alto custo de vida é principal queixa dos consumidores. Desemprego e endividamento pesam para famílias

Ainda de acordo com o levantamento, o que mais tem pesado na vida financeira das famílias é o alto custo de vida, em razão do elevado preço dos produtos e serviços (54%). O desemprego (17%) e o endividamento (14%) aparecem logo em seguida. A sondagem indicou que para 60% dos consumidores a inflação cresceu, enquanto para 25% manteve-se estável e para 9% houve uma queda. Na visão dos brasileiros, as despesas que mais subiram foram com conta de luz (91%), supermercados, padaria e mercearia (86%), combustíveis (83%), medicamentos (76%) e vestuário (73%). Além disso, a maioria (58%) dos consumidores afirma não gastar além do seu orçamento. Já os que dizem passar do limite, 13% gastam, em média, R$ 623,40 a mais do que deveriam.

Outro dado mostra que para 44% dos consumidores, as oportunidades de emprego devem ser as mesmas nos próximos seis meses, enquanto 33% acreditam que serão maiores e 14% que serão menores. O otimismo com o emprego, que vinha crescendo até janeiro de 2019, passou a cair desde então, refletindo a queda geral da confiança. No início do ano, 48% apostavam em mais oportunidades para o próximo semestre em relação a novembro de 2018.

“O crescimento econômico acabou vindo abaixo do que se previa no início do ano, e por isso, a confiança demonstrada pelos consumidores nos primeiros meses não se sustentou. A boa notícia é que os indicadores mais recentes mostram o início de aceleração da atividade econômica, que associado à agenda de reformas, poderá impactar a confiança nos próximos meses”, pondera Pellizzaro Junior.



Metodologia

Foram entrevistados 800 consumidores, a respeito de quatro questões principais: 1) a avaliação dos consumidores sobre o momento atual da economia; 2) a avaliação sobre a própria vida financeira; 3) a percepção sobre o futuro da economia e 4) a percepção sobre o futuro da própria vida financeira. O Indicador e suas aberturas mostram que há confiança quando estiverem acima do nível neutro de 50 pontos. Quando o indicador vier abaixo de 50, indica falta de confiança.

 



Afinal, a maconha foi liberada no Brasil?



Muito está se falando da liberação da maconha medicinal pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), no entanto, isso não significa que houve, de fato, a liberação para uso da maconha de forma recreativa ou a venda da erva livremente. Na prática, o que foi liberado é o uso exclusivamente medicinal da maconha. Ou seja, o uso de medicamentos com base na maconha está aprovado, mas a comercialização da erva continua sendo crime.

Assim, a decisão da Anvisa regulamenta apenas e tão somente a fabricação, venda e prescrição de medicamentos com base na Cannabis para fins medicinais, ou seja, não libera a utilização, venda ou fabricação para outros fins, o que também é considerado crime.

É bom salientar, ainda, que não está liberada a venda da erva da maconha para fins medicinais, mas sim medicamentos que se utilizam do Cannabis, em especial do canabidiol (CBD) e também do tetrahidrocanabinol (THC). No entanto, alguns medicamentos podem sofrer restrições, em especial os baseados em THC, uma vez que esta tem maiores reações psicoativas, em razão de ser um psicotrópico neurodepressor de ação rápida. O canabidiol não costuma ter grandes restrições no mercado mundial.

Ainda, a comercialização não será permitida em farmácias e drogarias de manipulação, mas tão somente nas redes que vendem produtos já industrializados, lembrando que deverá ocorrer forte fiscalização nos medicamentos.

Quando os medicamentos devem chegar às prateleiras?

A regulamentação da Anvisa passa a valer daqui a três meses. Ou seja, a partir de março de 2020 os medicamentos já devem estar disponíveis na farmácia, no entanto, ainda não se sabe o custo final disso. Isto porque, os produtos deverão ser importados, já que no Brasil não existem laboratórios que fabricam esse tipo de medicamento. Aliás, é importante destacar, os custos destes medicamentos não devem ser baixos e sua comercialização será restrita a prescrição médica, de modo em que não será possível que qualquer pessoa vá até uma farmácia e compre o produto.

Tenho prescrição médica, mas o custo é alto. O SUS é obrigado a me fornecer o medicamento?

Sim, em regras gerais, o SUS será obrigado a fornecer os medicamentos para quem não tiver condições financeiras de adquiri-lo, desde que comprovada a necessidade e a impossibilidade de adquiri-lo em razão da renda. Aliás, não são só os medicamentos com base na Cannabis que o SUS é obrigado a fornecer, existem diversos medicamentos não aprovados pela Anvisa, mas que já possuem regulamentação e devem ser fornecidos pelo SUS, de acordo com o Supremo Tribunal Federal.

Os ministros do STF determinaram que, para concessão dos medicamentos sem registros da Anvisa, é obrigatório comprovar três requisitos:

•             a existência de um pedido de registro do medicamento no Brasil, em trâmite por mais de 365 dias e sem conclusão, para medicamentos comuns ou, para medicamentos de doenças raras, estar em trâmite por mais de 120 dias;
•             a existência e aprovação de registro deste medicamento em agências regulatórias de outros países, a fim de comprovar que, de fato, o medicamento já passou por algum tipo de avaliação e é utilizado em outros locais;
•             a inexistência de um medicamento substituto devidamente registrado que possa trazer os mesmos efeitos na recuperação da saúde da pessoa enferma, o que pode ser atestado por laudo do médico responsável pelo tratamento.

Assim, todas as pessoas que tiverem necessidade de medicamentos não aprovados pela Anvisa, cumprindo os requisitos acima e com o laudo médico em mãos, podem procurar um advogado especialista no assunto e garantir estes medicamentos de forma gratuita, através de uma ordem judicial. Importante ressaltar que os requisitos definidos pelo Supremo não se aplicam em medicamentos sem registros na Anvisa e que estejam em fase de testes, pois nestes casos, o Estado não será obrigado a fornecer medicamentos. 

Deste modo, quem tiver prescrição médica e a necessidade de um medicamento especifico com base na Cannabis, e não tiver condições de comprá-lo, deverá procurar um advogado especialista no assunto ou a defensoria pública para requisitar judicialmente a concessão do medicamento.





Renato Falchet Guaracho - advogado, coordenador da área civil do escritório Aith, Badari e Luchin Advogados e fundador do blog www.possocolocarnopau.com.br

Como funciona o relatório de estágio?


O documento é necessário para o acompanhamento das atividades do estudante


O estágio é um momento de fundamental importância na carreira do jovem. Afinal, por meio dessa ferramenta, ele possui a oportunidade de vivenciar todo o conteúdo teórico aprendido em classe. Além disso, pode desenvolver competências pessoais. Portanto, vale a pena entender como funciona.

Segundo o Art. 2º da Lei 11.788/08, o ato educativo escolar “poderá ser obrigatório ou não-obrigatório, conforme determinação das diretrizes curriculares da etapa, modalidade e área de ensino e do projeto pedagógico do curso”. Certas profissões carecem de um treino além dos livros para possibilitar ao discente o aprendizado. Por isso, em formações como as de licenciatura e biomédicas, a atividade é pré-requisito para a conclusão.

O estudante situado no tipo mandatório precisa entregar relatório com todas as suas tarefas e, esse, vale nota! É como se o período de treinamento na organização fosse uma matéria adicional na grade. Portanto, o propósito do documento nesse caso é registrar e reportar para a instituição de ensino os temas aprendidos e praticados na companhia.

Já na variedade não compulsória, a meta é acompanhar e avaliar os afazeres desenvolvidos pelo educando na oragnização a fim de verificar se são adequados e correlatos com o curso. Nos dois casos, a apresentação é periódica, em prazo não superior a 6 (seis) meses.

Se você é empresário, possui um papel fundamental na formação dos estudantes brasileiros! Exerça seu poder de manter e ampliar a característica educativa dessa modalidade. Segundo o Inep/MEC, há 17.680.780 alunos prontos para construírem um futuro. Contribua com a transformação de vida deles!



Seme Arone Júnior - presidente da Abres - Associação Brasileira de Estágios


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