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segunda-feira, 13 de maio de 2019

Sono do bebê: individual e intransferível


A educadora integrativa Bia Rangel é especialista em sono dos bebês e resumiu em 10 tópicos as principais dúvidas que cercam as mães no primeiro ano dos filhos.

- Bebês acordam de madrugada e é normal! Porque eles possuem necessidade nutricional de mamar de madrugada. Então, não crie expectativas de muitas horas seguidas de sono do seu bebê, os despertares para alimentá-lo são muito bem-vindos e irão garantir um sono profundo em seguida. Por exemplo, um bebê de 2 ou 3 meses que acorda a cada 3 horas para mamar tem um sono de qualidade, assim como um bebê de 6 meses que ainda acorda 2 vezes. Uma amamentação estabelecida e um sono organizado são essenciais para o bom desenvolvimento desse bebê. Bebê que mama bem, dorme bem e bebê que dorme bem, mama bem.

- Não compare o sono do seu filho com o de outro recém-nascido. Cada bebê tem seu ritmo e alguns bebês pequenos podem naturalmente prolongar seus intervalos de sono
. Consulte sempre o pediatra.

- Compartilhar o quarto significa sono seguro para o seu bebê, segundo a Academia Americana de Pediatria. Recentemente, a AAP divulgou um estudo sobre a SMSL (Síndrome da Morte Súbita do Lactente), onde fez algumas recomendações para a redução do risco da SMSL e uma delas é a de que os bebês durmam no mesmo quarto que os pais, próximo a cama dos pais, até 1 ano (no mínimo por 6 meses), mas em superfícies (camas) separadas. Crianças até 1 ano devem ser colocadas pra dormir de barriga pra cima (a partir do momento em que a criança consegue virar e desvirar, podemos deixá-la a posição que ela assumir).

- O organismo dos bebês não está pronto para passar muitas horas acordado. Eles precisam de descanso de tempos em tempos para que possam retomar as suas atividades. As sonecas diurnas são extremamente importantes pra um bom desenvolvimento do bebê. Impedir que o bebê tire sua soneca só vai deixá-lo muito cansado, estressado e provavelmente acarretará em um sono agitado e com despertares durante a madrugada.

- Colo não estraga. Os bebês humanos são os mamíferos mais dependentes de suas mães. Ao nascerem ainda precisam de mais um tempo para se adaptarem e concluírem algumas etapas de desenvolvimento. Chamamos este período de EXTEROGESTAÇÃO, que significa que o bebê precisa ser gestado fora do corpo da mãe. Alguns estudiosos afirmam que esse período vai até 90 dias do bebê, outros acreditam que seja até os 9 meses. O que precisamos fazer é seguir os nossos instintos e atender às necessidades dos nossos bebês. Sempre que seu bebê solicitar, dê colo, não tenha medo, seu bebê não usará fraldas pra sempre, não andará no carrinho pra sempre. Aos poucos, ele vai crescer, se desenvolver e a necessidade de colo diminuir e os pais vão ajudá- lo a criar habilidades para não ficar no colo o tempo todo, assim como o ajudar a andar, falar, comer, dormir etc. 

- Bebês choram, choram muito e por tudo, porque é a única forma de se comunicar que eles têm. Precisamos acolher, aprender a acalmar esse choro. Pode ser com colo, balanço, música, peito etc. Bebês precisam se alimentar de pouco em pouco tempo, pois possuem uma capacidade gástrica pequena e eles não nascem sabendo mamar, a mãe e o bebê precisam de um tempo e de muita ajuda até se ajustarem. Bebês, ficam vermelhos, se contorcem, se esticam, têm muitos gases, não sabem o que é dia ou noite, eles passaram 9 meses dentro da barriga da mãe, rodeados de líquido, no escuro, ouvindo os batimentos e a voz da mãe. Então, entenda que o seu bebê vai precisar de muito colo, amor, paciência e uma dedicação extrema para se adaptar a esse novo mundo.

- O sono noturno começa a ser construído desde o momento em que acordamos. Dormir pouco durante o dia, estar muito cansado, receber muitos ou poucos estímulos, necessidade afetiva dos pais, falta de rotina durante do dia, passar do horário de dormir, ir deitar antes do horário de dormir, insegurança... Enfim, são muitos aspectos a analisar. O importante é ter em mente que tudo que é feito durante o dia irá afetar o sono da noite.

- Bebês não sabem o que é manha. Eles não sabem falar e a única forma de comunicação é o choro, ou seja, se ele está chorando é porque precisa de algo. É muito importante verificar qual a necessidade dele e, se possível, atendê-la. Caso não seja possível, ofereça apoio e acolhimento ao choro. Existem alguns treinamentos do sono que utilizam a técnica de deixar o bebê chorar até que “aprenda” a dormir sozinho. NÃO FAÇA ISSO! Deixar o bebê chorando, sem acolhimento, gera o aumento de cortisol. O excesso de cortisol no cérebro de um bebê pode destruir conexões neurológicas importantes. As partes do cérebro responsáveis pelo controle emocional, caso se percam nessa fase, não se desenvolvem mais. Chamamos esse episódio de ESTRESSE TÓXICO, que ocorre quando a criança experimenta um intenso, frequente e prolongado sofrimento. Este tipo de situação aumenta o risco de estresse e problemas de desenvolvimento até a vida adulta.

- Para melhorarmos a qualidade do sono de um bebê não existe uma “receita de bolo”
. É preciso avaliar a criança e sua família como um todo e deixar chorando nunca fará bem ao bebê. Os resultados de uma organização no sono aparecem depois de muita dedicação, paciência e persistência. Desconfie sempre de fórmulas mágicas que resolvem seus problemas em 3 dias.

- Os bebês nascem com a produção de melatonina (hormônio responsável pela regulação do sono) irregular. Esse hormônio só vai começar a se ajustar por volta dos 3 meses de vida e, por isso, o leite materno contém uma grande quantidade de melatonina, produzida pelo corpo da mãe e que passa para o bebê através da amamentação. O leite materno é o melhor e mais completo alimento que existe para o bebê. Então, nada de cair no conto de dar um “complemento” para o bebê dormir melhor.


Seu filho tem dificuldades para se comunicar? Ter um animal de estimação pode ajuda-lo


Especialista em desenvolvimento infantil recomenda que pais deixem as crianças terem mais contato com os Pets


Crianças da Clínica FONOterapia durante sessão de Pet Terapia


Muitas crianças apresentam certa dificuldade de se comunicar na primeira infância. É comum que elas troquem palavras e sons ou até mesmo que demorem para começar a falar. É claro que cada uma tem seu tempo e isso deve ser respeitado. Porém, algumas atividades podem estimular seu filho a falar e se comunicar melhor e uma delas é a interação com os animais de estimação.

A fonoaudióloga, especialista em linguagem e desenvolvimento infantil, Raquel Luzardo, conta que pensando no vínculo de afeto estabelecido entre as crianças e os animais decidiu trazer a Pet Terapia para sua clínica, na zona oeste de São Paulo. “O trabalho desses animais terapeutas é bastante difundido em UTIs e unidades de tratamento de câncer infantil. Mas eu decidi trazê-los para perto de crianças que precisam de um estímulo a mais para se comunicar. “, explica a profissional com 19 anos de experiência e que também atende pacientes que apresentem casos de gagueira, síndrome de Down ou dentro do espectro autista.

Raquel conta que a Pet Terapia tem sido muito bem recebida pelos pais e pelas crianças. “O Rafa, 2, não falava nada ainda, mas foi numa destas sessões com o cachorro que ele falou ‘au au’. O Théo, 1, também não verbalizava e teve medo de se aproximar no início. Ao fim do dia, ele estava falando ‘dá au au’ e abraçando o animal”. A profissional conta que são esses detalhes podem parecer pequenos, mas que em cada situação é uma grande evolução no quadro da criança. Outro caso lembrado pela fonoaudióloga é o de Marcela, 9, que não apresentava muito gosto pela leitura, mas estimulada a ler para o animal, acabou lendo um livro inteiro com ele repousando em seu colo.

A especialista explica que neste tratamento, as crianças são estimuladas não só a se comunicar melhor verbalmente, mas também precisam entender e exercitar a paciência, o compartilhamento e o respeito. “Eles precisam esperar sua vez de interagir, entender que o animal não é seu e está ali para todos e também que ele precisa ser tocado com carinho e respeito e sem agressividade”.




Raquel Luzardo - fonoaudióloga, especialista em linguagem e desenvolvimento infantil, diretora da Clínica FONOterapia, atua há mais de 19 anos em atendimento de crianças, orientação familiar e assessoria escolar. Casada com o Yan e mãe do Gabriel, acredita que a comunicação é a ferramenta para as relações acontecerem de forma plena e feliz!


Clínica FONOterapia
Rua Cotoxó, 611, Sala 73
Perdizes - São Paulo - SP
(11) 3864 7724


Termos negativos na infância podem criar crenças limitantes


É preciso estar atento ao falar com as crianças porquê algumas palavras e ações podem impedir o desenvolvimento pessoal e, até mesmo, criar traumas


‘Você é burro’, ‘você é desatento’ e ‘olha o que fulano já fazia na sua idade’ são alguns exemplos de frases que podem desenvolver crenças limitantes, ou seja, ideias que a pessoa considera como verdadeiras e que impedem o crescimento pessoal. Embora estes conceitos possam ser criados em todas as fases da vida, são mais prejudiciais quando gerados até os 11 anos, pois é a época em que a criança forma os filtros com a qual enxergará o mundo.

“Nosso cérebro está programado para considerar como verdadeiro tudo o que acreditamos, ou seja, tudo no que cremos acaba se manifestando em nossas vidas”, explica Gisa Azeredo, coach e terapeuta comportamental. “Assim, se a vida toda alguém me disse que relacionamentos são difíceis, eu já terei uma resistência e pensamentos negativos ao me relacionar com as pessoas.”

Segundo a profissional, o mesmo ocorre com a criação de traumas e fobias. Exemplo é que disseram a uma criança que olhar para borboletas poderia cegá-la, desenvolvendo o medo do inseto. Porém, hoje, mesmo adulta e consciente de que isso não é possível, a menina continua temendo borboletas porquê foi criado um trauma.

Vale destacar que, apesar do contato com pais ser maior, os pensamentos limitantes podem ser criados por qualquer pessoa, tais como professores, médicos e amigos. No entanto, ainda que uma das principais fontes criadores destas ideias seja a fala, elas também podem surgir a partir da observação das experiências de outras pessoas e de imposições sociais – como padrões de beleza e de vestimenta.

Para evitar o mindset (modo de pensar) limitante desde a infância, a orientação é alterar a conotação negativa das frases ditas às crianças. Por exemplo, ao invés de dizer que ela está fazendo determinada atividade errada, é possível sugerir uma mudança: ‘o que você acha de fazermos deste jeito?’. Além disso, Gisa destaca que as comparações nunca devem ser feitas. “Dizer o quanto alguém é melhor do que a criança gera muitos traumas. Somos únicos e ninguém deve ser comparado”, completa.

Um dos caminhos para superar os pensamentos limitantes é a ressignificação. Para isso, o primeiro passo é identificar com clareza qual é a crença e, em seguida, buscar quais situações a desencadearam. “Depois, é preciso encontrar uma crença, que seja fortalecedora, para substituir a ideia limitante”, afirma a especialista. “Mas, para que o mindset seja, de fato, alterado, é necessário que esta nova crença se torne um hábito e uma verdade para a mente.”

No cotidiano, com o objetivo de mudar as crenças pessoais, Gisa destaca que é necessário querer que estas mudanças aconteçam, uma vez que elas dependem apenas da própria pessoa. “Algumas ações podem contribuir neste processo, como acreditar que você está em evolução constante, buscar treinamentos comportamentais e terapias”, assinala.





Gisa Azeredo - Formada em Practitioner em PNL (Programação Neurolinguística), Coach, Análise Quântica e Constelação Familiar, Gisa Azeredo trabalha, desde 2008, com o objetivo melhorar a vida das pessoas por meio do desenvolvimento pessoal, fazendo com que elas encontrem o caminho para a realização de objetivos mantendo as emoções e as questões comportamentais em equilíbrio. Acreditando que as pessoas podem ter uma vida melhor fazendo o que realmente gostam, a profissional se dedica a treinamentos e coaching pessoal e empresarial, uma vez que tem vivência no ambiente corporativo na área administrativa e comercial, como a Petrobrás, onde trabalhou por seis anos. Além disso, Gisa também é palestrante e terapeuta comportamental.


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