Pesquisar no Blog

sexta-feira, 3 de maio de 2019

Insônia pode causar doenças cardiovasculares e neurológicas


Mal que atinge 75 milhões de brasileiros, a insônia pode ser freada com alimentação e mudança de hábitos noturnos, para não desencadearem problemas maiores de saúde


Uma noite de sono bem dormida, com 8h de descanso, que garanta vigor para o dia seguinte é privilégio. Isso porque, de acordo com a Associação Brasileira do Sono (ABS), 75 milhões de pessoas sofrem de insônia no Brasil. Este é o distúrbio do sono mais comum entre os brasileiros, à frente até do ronco e da apneia. 

A insônia nada mais é que a dificuldade de iniciar o sono ou de mantê-lo e está ligada à baixa produção de melatonina, o hormônio que regula nossso relógio biológico. A baixa produção desta substância é mais comum em pessoas que já passaram dos 50 anos. Se o jovem apresenta sono desregulado, o caso deve ser investigado.

"A insônia, na maioria das vezes, é provocada ou agravada por um fator externo, como dores no corpo, trauma emocional e trabalho em turnos diferentes, por exemplo. Até mesmo o baixo nível sócio-econômico e a preocupação com o desemprego podem estar entre as causas de insônia. O fator genético também pode influênciar, mas é uma parcela muito pequena, 5% a 15% dos casos apenas”, explica a Dra Louise Soares, fisioterapeuta e especialista em Saúde Integrativa.   
   
Noites mal dormidas podem levar a problemas maiores. Pesquisas demonstram que a insonia aumenta o risco de doenças como hipertensão, doenças cardiovasculares, derrames, doenças neurológicas, alzheimer.  

O sono tem a função de reparar o sistema biológico, pois é durante a noite que alguns hormônios são produzidos pelo organismo, como o GH que é mais conhecido como “hormônio do crescimento” e também a Lepitina, que é responsável pelo apetite.  


Alimentação saudável é um caminho
 
O que muitas pessoas não sabem é que a produção de melatonina pelo cérebro está diretamente ligada à alimentação saudável. Nas folhas verdes escuras, aveia sem glútem, chocolate, semente de girassol, amêndoas estão presentes o ácido fólico. Já no bife de fígado, no pistache, nas castanhas e no salmão estão presentes a vitamina B6. Estas duas substâncias ajudam no processo para a criação da melatonina.

“As pessoas têm muito preconceito com bife de fígado, mas ele é excepcional! É no bife de fígado que estão diversos elementos especiais e diversas vitaminas. Então eu recomendo que as pessoas consumam pelo menos uma vez por semana. Existem muitas opções para conseguir esses nutrientes que ajudam a produzir a melatonina. É só você querer e ter um pouco de criatividade”, afirma a especialista. 

Louise Soares alerta sobre o uso indiscriminado da melatonina não natural para conseguir boas noites de sono. Neste caso, as dosagens devem ser analisadas caso a caso e, se tomadas em doses exageradas, podem causar dependência e fazer com que a glândula presente no cérebro pare de produzir o hormônio. 


Cuide do seu espaço 

As mudanças na alimentação são apenas uma parte do processo que vai ajudar a resolver o problema da insônia. Os hábitos, principalmente no período noturno, também são cruciais para quem luta para ter uma boa noite de sono. 
Louise Soares elencou algumas atividade que podem ser praticadas por quem sofre com a insônia. 

  • Terapia de higiene do sono: Retirar e corrigir comportamentos que atrapalham o sono. Ou seja, não tire cochilos durante a tarde, regule os horários e procure dormir diariamente no mesmo horário. Evite comer muito tarde e, se for comer, prefira alimentos leves e de fácil digestão. 

  • Terapia de controle de estímulos: Utilize a cama apenas para dormir ou para o ato sexual. Não leia, estude ou assista TV na cama, pois isso se torna um estímulo para que o corpo entenda que a cama não é feita para dormir;
     
  • Terapia da restrição do sono: Limite seu tempo na cama. Se o relógio despertou, não enrole muito e levante rápido;
     
  • Terapias cognitivas: Identifique os problemas emocionais que estão atrapalhando o seu sono. O trabalho de um psicólogo pode te ajudar a entender e solucionar essa dificuldade em conseguir dormir; 

  • Técnicas de relaxamento: Yoga e meditação ajudam a relaxar. Ouça músicas com ondas Delta. 

  • Terapia Cognitivo-Comportamental Multicompetente: Associe todas as técnicas anteriores  


Ministério da saúde assina portaria que determina a incorporação do único medicamento para atrofia muscular espinhal no SUS



Assinada pelo Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, portaria estabelece a disponibilização do Spinraza® (nusinersena) para um dos tipos da doença


O Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna Araújo, assinou em 24 de abril a portaria SCTIE/MS Nº24 que determina a disponibilização do medicamento Spinraza® (nusinersena) no Sistema Único de Saúde (SUS). Contudo, o acesso regular ao tratamento será somente para pacientes com AME 5q tipo I – com diagnóstico genético confirmatório que não estejam em ventilação mecânica invasiva permanente. A portaria foi assinada durante uma reunião no Senado Federal da Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS) e publicada em 25 de abril no Diário Oficial da União (DOU). Estavam presentes na cerimônia o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, o presidente da CAS, senador Romário (Pode-RJ), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, e a senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP).

O anúncio da incorporação vem depois do resultado da última consulta pública, encerrada no final de março, que reuniu mais de 41 mil contribuições opinativas em apenas dez dias, além das 490 contribuições técnicas e científicas[1]. Para Fátima Braga, presidente da Associação Brasileira de Atrofia Muscular Espinhal (Abrame), o recorde de contribuições da consulta pública e o engajamento de toda a sociedade, foram fundamentais para a tomada de decisão do Ministério da Saúde.

A presidente da Abrame reconhece a inclusão da terapia no sistema público de saúde como uma grande vitória da sociedade, e também como uma oportunidade sem igual para definir uma nova política de cuidado para os pacientes com AME. "A incorporação do Spinraza® (nusinersena) no SUS é uma grande vitória e uma questão de sobrevivência. Acompanhamos todo o processo, desde a aprovação do registro sanitário, e esperávamos ansiosamente por essa notícia. Isso vai mudar as nossas vidas". Apesar do avanço, Fátima discorda de uma das restrições presentes na Portaria, para pacientes que estão em ventilação mecânica invasiva permanente: "Entendemos a complexidade dos processos de avaliação de um medicamento para que seja fornecido pelo SUS, mas quem tem AME sabe o quanto é importante contar com essa opção, é a única disponível no mundo. Com essa restrição, muitos pacientes com o tipo I continuarão desassistidos".

A portaria SCTIE/MS Nº24 determina o acesso regular para os pacientes com AME 5q tipo I. A Biogen, detentora do registro do medicamento, reconhece o avanço que a portaria traz. "A incorporação do tratamento no SUS é uma grande conquista social. Nós reconhecemos esse momento como uma vitória, a decisão do Ministério da Saúde é um marco importante para comunidade de AME no Brasil. O nosso compromisso com a disponibilização do medicamento de forma ampla, sem qualquer tipo de restrição, e de acordo com a indicação da bula, permanece. Todos os pacientes devem ser beneficiados com o tratamento pela rede pública de saúde", reforça André Liamas, diretor de acesso ao mercado e relações corporativas da Biogen.

Para os pacientes com os tipos II e III, o Ministério da Saúde se comprometeu[2] a viabilizar o acesso ao tratamento por compartilhamento de risco, uma proposta inédita no Brasil, mas já adotada em outros países, como Itália, Inglaterra, Canadá, França, Espanha e Alemanha. Essa nova modalidade envolverá a pasta e o laboratório responsável pelo medicamento e condiciona o pagamento do tratamento a melhora na vida real.

A Biogen está em conversa com o Ministério da Saúde para explorar as possibilidades do modelo de compartilhamento de risco. "Essa modalidade ainda está em construção. Dada a complexidade e caráter inovador do modelo de compartilhamento de risco, são múltiplas as variáveis a serem acordadas. Por isso, cada detalhe deve ser estudado e revisado, a fim de garantir uma proposta viável, objetiva e justa para todas as partes, especialmente para os pacientes", diz Liamas.

Existem mais de seis mil pacientes, em todo o mundo, que já fazem uso da medicação. A tecnologia tem sido testada e documentada em novos estudos de vida real. O Spinraza® (nusinersena) é a primeira e até agora a única terapia medicamentosa disponível para tratar atrofia muscular espinhal, doença rara, grave, degenerativa, e a maior causa genética de morte de crianças de até dois anos de idade[3].

Na visão clínica do médico neurologista Edmar Zanoteli, a dispensação da terapia será transformadora. "Até agora só contávamos com terapias paliativas. A inclusão desse medicamento no sistema de saúde pode ser um marco no tratamento da atrofia muscular espinhal, que passará a contar com uma terapia medicamentosa que, no mínimo, impede a sua progressão, algo sem precedentes no universo das doenças neurodegenerativas", esclarece.

Considerando a incorporação tradicional referente à população elegível, a Lei 12.401/2011 e o Decreto 7.646 colocam que a partir da decisão publicada no DOU, o Ministério da Saúde tem 180 dias para garantir que os pacientes recebam o tratamento pela rede pública. Houve compromisso por parte da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos em obedecer esse prazo. Dentro desses 180 dias o Ministério também deverá publicar o Protocolo Clínico e de Diretrizes Terapêuticas (PCDT) - documento que estabelece critérios para o diagnóstico da doença ou do agravo à saúde, definições sobre o tratamento, as posologias recomendadas, os mecanismos de controle clínico e o acompanhamento e a verificação dos resultados terapêuticos, a serem seguidos pelos gestores do SUS.






[1] Disponível em http://conitec.gov.br/index.php/consultas-publicas-2019-encerradas
[2] Disponível em http://www.youtube.com/watch?v=f-0zkY9B7DU
[3] Farrar MA, Kiernan MC. The Genetics of Spinal Muscular Atrophy:Progress and Challenges. Neurotherapeutics; 2015; 12:290–302.


Usar colírio na gravidez pode prejudicar o bebê


 Nenhum medicamento passa por testes com gestantes. Entenda como os colírios podem prejudicar o feto e a mãe.



A OMS (Organização Mundial da Saúde) estima que 3% dos defeitos congênitos sejam causados pelo uso de medicamentos ou drogas durante a gravidez. Pior: muitos não tem ‘conserto’  e são carregados por toda a vida.  O oftalmologista Leôncio Queiroz Neto do Instituto Penido Burnier faz um alerta às gestantes: “Até as gotinhas de colírio, aparentemente inofensivas, podem afetar o bebê”, afirma. Isso porque, explica, em mulheres grávidas a elevação dos hormônios sexuais altera o metabolismo hepático das drogas que ficam mais concentradas na corrente sanguínea.  Além disso, nenhum colírio passa por testes com gestantes antes dos lançamentos, esclarece.. Por isso, para o FDA (Food em Drugs Administration), agência americana que regulamenta os medicamentos, nenhum tipo de colírio pode ser considerado sem risco para o feto.


Menor troca de oxigênio e nutrientes

Queiroz Neto destaca que alguns remédios prejudicam o bebê pela menor troca de oxigênio e nutrientes entre a mãe e o feto através da placenta. É o que acontece pelo uso abusivo de colírio vasoconstritor para deixar os olhos branquinhos. Isso porque, os vasos sanguíneos da placenta também contraem e a nutrição do feto fica comprometida, esclarece. O oftalmologista afirma que embora esta privação não seja suficiente para o bebê nascer com alguma deformidade, pode refletir na saúde em algum momento da vida. Para a futura mãe, o uso indiscriminado desse tipo de colírio predispõe à catarata precoce, alterações cardíacas e elevação da pressão arterial.

O especialista destaca que a maioria das gestantes fica com o olho vermelho porque o aumento da produção do estrogênio provoca a síndrome do olho seco. Outros sintomas da síndrome são: sensação de areia nos olhos, visão embaçada e fotofobia. O tratamento pode ser feito com lágrima artificial sem conservante que não prejudica o feto, ou com uma dieta rica em ômega 3.  Por isso recomenda incluir no preparo de pães e bolos farinha de linhaça,  comer sardinha, salmão, bacalhau e uma castanha do Pará/dia. Isso porque estes alimentos são as principais fontes de ômega 3.


Contração da musculatura uterina

O médico alerta que gestantes portadoras de glaucoma devem passar por reavaliação com um oftalmologista causo utilizam no controle da pressão intraocular colírios análogos de prostaglandina que são contraindicados durante a gravidez. “Este tipo de colírio pode induzir à contração da musculatura uterina e levar à interrupção prematura da gestação”, afirma.  Já os betabloqueadores, destaca, podem alterar a frequência cardíaca do feto e da mãe.  Dos medicamentos para glaucoma o mais seguro para gestantes é o tartarato de brimonidina que não revelou alterações em fetos de ratos segundo relatório do FDA.

O oftalmologista ressalta que a boa notícia é a maioria das grávidas têm diminuição da pressão intraocular durante a gestação, principalmente na segunda metade da gestação por causa do aumento da produção de progesterona e relaxina.


Prevenção

Queiroz Neto afirma que qualquer colírio usado na gravidez pode afetar a saúde do bebê. Por isso, todo cuidado é pouco para não contrair uma conjuntivite.

As principais recomendação para prevenir a contaminação da conjuntiva por vírus ou bactéria são: a lavar as mãos com frequência, evitar aglomerações, Não compartilhar maquiagem, fronhas e computadores para prevenir a contaminação dos olhos por bactéria ou vírus. Usar colírio antibiótico ou anti-inflamatório pode comprometer a imunidade do feto. A maioria dos adultos que têm astigmatismo e ceratocone, abaulamento da parte central da córnea, são pessoas alérgicas. A exposição de bebês a antibióticos durante a gestação ou nos primeiros seis meses de vida aumenta a chance de ter quadros alérgicos por toda vida.  A boa saúde começa na gestação. Por isso, todo cuidado é pouco neste período, conclui.


.::Dia Mundial da Hipertensão Pulmonar::.


Pulmonar X Arterial: entender a diferença entre essas hipertensões ajuda no diagnóstico precoce

Em 2019, o Dia Mundial da Hipertensão Pulmonar quer alertar as pessoas sobre os sintomas dessa doença que é confundida facilmente com outros problemas pulmonares


A hipertensão acontece quando a pressão nos vasos sanguíneos é maior do que deveria ser, fazendo com que o sangue se force contra a parede dos vasos ou artérias com muita força. Essa condição é popularmente conhecida como “pressão alta”, mas o que muita gente não sabe é que ela não se limita apenas à pressão arterial (HA), podendo acometer diretamente os vasos sanguíneos do pulmão e gerar uma condição conhecida como Hipertensão Pulmonar (HP).

Por ser menos popular e discutida que a HA, o dia 5 de maio foi escolhido como o Dia Mundial da Hipertensão Pulmonar, justamente para conscientizar a população dos sinais e sintomas que essa doença pode provocar, uma vez que seu diagnóstico é demorado e confundido com outras condições pulmonares. Mesmo conhecida em menor escala, a HP atinge mais de 26 milhões de crianças e adultos no mundo todo, de acordo com a Associação Americana de Hipertensão Pulmonar (PHA). Mas no que, exatamente, essas hipertensões se diferem?


Onde acontece

A primeira diferença é que na hipertensão comumente conhecida (também denominada como hipertensão arterial ou "hipertensão sistêmica"), a pressão nos vasos sanguíneos arteriais em todo o corpo está elevada para além do recomendado. “Na HP, os vasos sanguíneos especificamente nos pulmões são afetados e podem se tornar rígidos, danificados, estreitos ou bloqueados. Como resultado, o lado direito do coração deve trabalhar mais para bombear o sangue, o que pode levar à insuficiência cardíaca e até à morte” esclarece Dr. Caio Júlio Cesar dos Santos Fernandes, do Grupo de Circulação Pulmonar do INCOR – Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP.


Sintomas

Mesmo com o nome parecido, os sintomas dessas doenças se diferem entre si. Enquanto a hipertensão arterial pode causar dores de cabeça, no peito, tonturas, zumbido no ouvido e até sangramento nasal, a hipertensão pulmonar causa fadiga extrema e dificuldade para respirar, podendo causar desmaios. Por se tratar de sintomas comuns a outras doenças pulmonares como a asma, o diagnóstico da HP demora a ser feito e muitas vezes também é confundido com a falta de preparo do indivíduo para realizar exercício físico.


Casos raros

Tanto a HP como a HA são condições que podem atingir adultos ou crianças, homens ou mulheres, de qualquer idade ou raça. Mesmo assim, existe um tipo de hipertensão pulmonar que é mais rara e de difícil diagnostico: hipertensão tromboembólica crônica, a HPTEC. No total, existem cinco tipos de HP e segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a classificação funcional do paciente com a hipertensão pulmonar, incluindo a hipertensão pulmonar tromboembólica crônica, varia numa escala de 1 a 4. Tais indicadores representam desde a ausência de limitação para atividades habituais, até a incapacidade de realizar qualquer tipo de esforço físico e a presença de fadiga mesmo em repouso.  

“A HPTEC é rara, mas é a única das hipertensões pulmonares que pode ser curada por meio de cirurgia. O seu surgimento pode ocorrer quando o corpo não consegue dissolver um coágulo de sangue nos pulmões. Isso pode levar ao surgimento de tecido cicatricial (fibrose) nos vasos sanguíneos dos pulmões, bloqueando o fluxo normal” diz dr. Caio.


Diagnóstico e tratamento

Talvez a maior diferença esteja no diagnóstico, uma vez que a hipertensão arterial é facilmente diagnosticada, enquanto a pulmonar pode levar muito mais tempo. “Em países desenvolvidos, o diagnóstico da hipertensão pulmonar pode levar de 2 a 3 anos para ser feito. Em muitos casos, após o diagnóstico, 75% dos pacientes já apresentam um quadro de HP grave”, diz dr. Caio.

O tratamento, entretanto, tem uma característica em comum: é necessário analisar o quadro individual de cada paciente antes de iniciar qualquer intervenção. Na HA, é possível mudar a alimentação e implementar exercícios físicos para baixar a pressão arterial, mas há casos que o uso de medicamentos é necessário. Já nas HP, os tratamentos podem variar desde tratamento medicamentoso, exercícios físicos supervisionados, até cirurgia e transplante de pulmão.

Desde 2017, os pacientes mais graves da HPTEC inoperável lutam para ter seu medicamento incorporado ao SUS. De acordo com Paula Menezes, Presidente da ABRAF – Associação Brasileira de Apoio à Família com Hipertensão Pulmonar e Doenças Correlatas, a incorporação do medicamento significa uma nova esperança e a chance de viver dignamente com uma doença que, em muitos casos, impossibilita seus pacientes até mesmo de pentear os cabelos e fazer outras tarefas simples do dia-a-dia.

“Entender que a hipertensão pulmonar existe e que seu diagnóstico precoce pode trazer diversos benefícios para a vida do paciente é o mote para o ano de 2019. Precisamos conhecer os sintomas e lutar pelo diagnóstico precoce e pelo tratamento adequado para cada um”, finaliza Paula.




Bayer


Espondilite anquilosante: data alerta para doença sem cura


Inflamação autoimune acomete principalmente homens jovens portadores do antígeno HLA-B27


Em 7 de maio é celebrado o Dia Mundial da Espondilite Anquilosante, doença crônica que tem como principais sintomas: dor persistente na coluna, que melhora com exercício e piora com repouso, e rigidez matinal da coluna. Embora atinja pequena parte da população – cerca de 1% - a doença não tem cura e pode limitar consideravelmente os movimentos do paciente, devido às dores, calcificação e enrijecimento da coluna.

Segundo o ortopedista e professor do curso de Medicina da Universidade Positivo, Dr. Bruno Bonacin Moura, a espondilite anquilosante inicialmente costuma causar dor nas nádegas, que geralmente se espalha pela parte traseira das coxas e parte inferior da coluna - atingindo com maior intensidade um dos lados do corpo. Inflamação das articulações dos quadris, ombros, joelhos e tornozelos também são frequentes. “Alguns pacientes podem sentir fadiga, ter anemia, uveíte (inflamação nos olhos), perder apetite e peso. Já a inflamação das articulações entre as costelas e coluna vertebral pode causar dor no peito e prejudicar a respiração profunda”, completa o ortopedista.

A doença atinge três vezes mais homens que mulheres, com idade entre 20 e 40 anos, porém as causas da doença não são claramente definidas. Estudos demonstram a existência de um fator genético facilitador para a doença – a presença do antígeno HLA-B27 – relacionado também a outras disfunções reumáticas classificadas como espondiloartrites: artrite psoriásica, artrite reativa, Síndrome de Reiter e artropatias enteropáticas (associadas a doenças inflamatórias intestinais).

O diagnóstico da espondilite anquilosante geralmente é feito a partir de uma detalhada anamnese e exames de imagem, como radiografia, tomografia e ressonância magnética. Existe ainda um teste molecular para detecção do alelo HLA-B27, que auxilia na investigação de casos de pacientes com sintomas reumáticos. “A presença ou positividade do marcador genético HLA-B27 não fará o diagnóstico isoladamente, mas pode colaborar em casos que os demais exames não sejam conclusivos”, comenta Moura. Cerca de 90% dos pacientes com espondilite anquilosante são HLA-B27 positivos.

O exame molecular utiliza a técnica de PCR (Reação em cadeia da Polimerase), que consiste em amplificar milhares de vezes uma região específica de DNA. “A tecnologia permite uma análise de alta sensibilidade, com resultados que podem ficar prontos em algumas horas”, revela o responsável pelo laboratório da Mobius Life Science, Lucas França.

O diagnóstico precoce da doença agiliza o tratamento, que busca minimizar a inflamação e dor e estacionar a progressão da doença, mantendo a mobilidade das articulações e a postura ereta. O tratamento consiste em fisioterapia e exercícios para correção postural, uso de relaxantes musculares e analgésicos para alívio da dor, além de medicamentos que ajudam a inibir a evolução da doença.

O Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza os medicamentos mediante cadastro e acompanhamento do paciente. “Após a fase aguda da doença, pacientes que realizam um programa regular de exercícios, podem chegar a fazer uso de remédios com doses reduzidas ou apenas esporadicamente”, ressalta o Dr. Bruno Moura.




Mobius Life Science


7 sinais de alerta para o Alzheimer


 Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE) explica a importância do diagnóstico precoce. Conheça as possibilidades de tratamento



De acordo com a Associação Brasileira de Alzheimer, é muito comum que os sintomas iniciais da doença sejam confundidos com o processo de envelhecimento normal. Essa confusão tende a adiar a busca por orientação profissional, resultando em um diagnóstico tardio e complicações.

Para aumentar a percepção sobre a doença, o Centro de Excelência em Recuperação Neurológica (CERNE) preparou uma lista com os 7 principais sinais de alerta para a manifestação do Alzheimer:


- Perda progressiva da capacidade de tomar decisões e gerir o orçamento

- Não saber a data ou estação do ano em que está

- Dificuldade em manter uma conversa, com esquecimento de palavras ou perda do raciocínio

- Esquecer onde guardou algo e não ser capaz de refazer seus caminhos

- Perda progressiva da capacidade de acompanhar um filme ou novela

- Perda progressiva da capacidade de se lavar, vestir ou alimentar

- Esquecimento progressivo de informações que conhecia


Para efeito de comparação, são sinais normais de envelhecimento:

- Tomar decisões erradas pontualmente

- Cometer erros ocasionais

- Ficar confuso sobre o dia ou estação em que está, mas depois se lembrar

- Esquecer palavras esporadicamente

- Perder coisas ocasionalmente, mas conseguir refazer seu caminho para encontrá-la


Jogos auxiliam na sociabilidade

O CERNE São José dos Pinhais oferece tratamentos para estimular e acompanhar o paciente, com equipe multidisciplinar. Na Terapia Ocupacional, são fornecidas orientações aos cuidadores e realizadas adaptações no ambiente físico da moradia, para minimizar o risco de queda. “É importante ajudar a família a manter a participação e autonomia do paciente nas atividades diárias, de lazer e trabalho”, explica a terapeuta ocupacional Daniela Higashi.

Nesse processo, as atividades propostas, que estimulam as habilidades motoras, cognitivas e emocionais, aumentam gradualmente em dificuldade, para que o paciente sinta sucesso no desempenho. E os jogos são uma parte especial do tratamento.

“Como há um declínio no desempenho social, os jogos podem ser um estímulo à interação social com outros idosos, pois eles se encontram para jogar”, explica Daniela.

Já as atividades cognitivas buscam estimular a percepção visual, a atenção, memória, concentração, orientação espacial e lateralidade, entre outros. Tudo isso pensando na manutenção da qualidade de vida, autonomia e independência do paciente com Alzheimer o maior tempo possível.



Respirar pela boca provoca consequências à saúde da criança



O processo natural de respiração, que envolve a entrada e saída do ar pelo nariz, classificado como respiração nasal, é uma missão quase que impossível para algumas crianças. Para elas, esse fluxo ocorre pela boca, ocasionando consequências negativas à saúde. De acordo com o pediatra do Hospital Edmundo Vasconcelos, Rubens Tadeu Bonomo, o problema pode ter diferentes causas.

O hábito, classificado como respiração oral, pode ser desenvolvido por quatro motivos: infecções de repetição das amigdalas, desvio do septo, crescimento das adenoides e rinite alérgica. No primeiro caso, o médico explica que as sucessivas infecções nas amígdalas acabam aumentando o tamanho do órgão, e consequentemente, dificultando a respiração nasal.

Essa dificuldade ocorre também quando há o crescimento das adenoides, que reduz o espaço existente entre o nariz e a faringe, e em casos de rinite alérgica, que em seu estágio leve pode ter o tratamento ignorado, levando a um problema crônico, como lembra o médico.

"Em alguns casos da rinite crônica a criança pode apresentar o bruxismo- dormir apertando e rangendo os dentes, e provocando dores de cabeça, dificuldades para engolir e falar, insônia e sonolência diurna", enfatiza Bonomo.
Mas respirar pela boca acarreta ainda outras consequências negativas à saúde dos pequenos. Segundo o médico, isso implica em receber um ar que não foi filtrado, umidificado e aquecido a temperatura ideal, e, portanto, eleva as chances da criança roncar, babar demasiadamente, desenvolver crises de apneia- parada momentânea da respiração por, pelo menos, dez segundos, e ter mais infecções de garganta, ouvido e gripes.

Os prejuízos, nos casos mais graves, são sentidos também no desenvolvimento do crânio. "Nestas situações, a respiração oral provoca um crescimento mais vertical do crânio, predispondo a formação de um palato, céu da boca, em forma de V invertido, diminuído o espaço destinado à erupção dentária, resultando no crescimento errado dos dentes e interferindo também na alimentação, deixando o ato de mastigar e engolir mais cansativo", exemplifica o médico.

O pediatra esclarece que o diagnóstico precoce pode evitar esses problemas à saúde da criança. "Investigar e detectar a causa é primordial para designar o tratamento indicado, que na maioria das vezes envolve diferentes profissionais. Quanto mais cedo isso for feito, menor o risco de sequelas", conclui.





Hospital Edmundo Vasconcelos
Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.
Site: www.hpev.com.br
Facebook: www.facebook.com/ComplexoHospitalarEV
Twitter: www.twitter.com/Hospital_EV
YouTube: www.youtube.com/user/HospitalEV
Linkedin:www.linkedin.com/company/19027549
Instagram:www.instagram.com/hospitaledmundovasconcelos/



10 de maio - Dia Internacional de Atenção à Pessoa com Lúpus


Entendendo o Lúpus
  • Trata-se de uma doença autoimune, ou seja, o sistema imunológico do paciente ataca o seu próprio organismo. Isso gera danos irreversíveis aos tecidos e órgãos e pode levar à morte prematura.2,3
  • A incidência de morte em pacientes com Lúpus que têm menos de 40 anos é 10 vezes maior do que a população em geral.4
  • O Lúpus está relacionado à predisposição genética e pode ser desencadeado por fatores hormonais e ambientais, tais como: luz solar, infecções e alguns medicamentos.5,6
  • A doença pode ser classificada de 3 formas. O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), no qual um ou mais órgãos internos são acometidos, o Lúpus Cutâneo, que é restrito à pele e o Lúpus Induzido por Drogas, que surge após a administração de medicamentos, podendo haver comprometimento cutâneo e de outros órgãos – há melhora com a retirada do medicamento que desencadeou o quadro.5,7
  • O Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES), é a forma mais séria da doença e também a mais comum afetando aproximadamente 70% dos pacientes com lúpus.8
  • Ele afeta principalmente as mulheres, sendo 9 em 10 pacientes, com risco mais elevado de início de LES durante a idade fértil.9
  • Sintomas desencadeados pela doença, como dores nas articulações, podem impedir atividades simples, como a prática de atividades físicas, e também a rotina de trabalho, com isso, mais de 50% dos pacientes param de trabalhar em até 15 anos após o diagnóstico de Lúpus.6,10,11
  • Não há cura para a doença, mas é possível controlar e conviver com ela com o acompanhamento médico regular.5,12


Incidência e Prevalência:
  • Globalmente o Lúpus afeta aproximadamente 40 pessoas a cada 100.000 habitantes.13

  • No Brasil, estima-se uma prevalência de 98 casos para cada 100.000 brasileiros, sendo aproximadamente 200 mil casos de Lúpus no país.1


Sintomas mais frequentes do LES:

O LES pode afetar qualquer órgão do corpo e os sintomas podem variar muito em termos de gravidade e de intensidade. Alguns dos sintomas mais comuns incluem: Fadiga debilitante, febre baixa, perda de apetite, queda de cabelo, inflamação nas articulações - sendo esta observada em mais de 90% dos pacientes. As lesões de pele mais características são manchas avermelhadas no rosto, conhecidas como “lesões em asa de borboleta”. Podem ocorrer ainda manifestações em outros órgãos como rins, pulmão, coração e cérebro.2,14


Diagnóstico:

O Lúpus é diagnosticado através da presença de um conjunto de sinais e sintomas e alterações em exames. O diagnóstico prematuro de LES é difícil devido aos sintomas não-específicos, como mal-estar, dor nas articulações ou fadiga. Os sinais externos da doença podem ser poucos.2,6


Tratamento:

Deve ser individualizado para cada paciente, dependendo das manifestações apresentadas. O médico reumatologista determinará o tratamento mais adequado, sendo que os objetivos incluem: reduzir a atividade da doença, tratar os sintomas e crises, reduzir os danos a órgãos. Um dos grandes desafios dos médicos é fazer um equilíbrio entre o tratamento dos sintomas e a minimização dos eventos adversos causados pelas medicações comumente utilizadas.6,11



GSK




Referências bibliográficas
  1. SENNA, ER. et al. Prevalence of rheumatic diseases in Brazil: a study using the COPCORD approach. The Journal of Rheumatology, 31(3): 594-7, 2004.
  2. BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção a Saúde. Portaria 100, de 7 de fevereiro de 2013. Protocolo clínico e diretrizes terapêuticas: lúpus eritematoso sistêmico. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2013/prt0100_07_02_2013.html>. Acesso em: 11 abr. 2018.
  3. NOSSENT, J. et al. Disease activity and damage accrual during the early disease course in a multinational inception cohort of patients with systemic lúpus erythematosus. Lupus, 19: 949 – 956, 2010.
  4. BERNATSKY S. et al. Mortality in systemic lupus erythematosus. Arthritis Rheum, 54: 2550–7, 2006
  5. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA SUPERANDO O LÚPUS. Saiba mais sobre o Lúpus. Disponível em: <http://lupus.org.br/site/saiba-mais-sobre-o-lupus/>. Acesso em: 02 abr. 2018.
  6. BORBA, E.F. et al. Consenso de lúpus eritematoso sistêmico. Rev Bras Reumatol, 48(4): 196-207, 2008.
  7. MOTA, LMH. et al. Lúpus Induzido por Drogas – Da Imunologia Básica à Aplicada. Rev Bras Reumatol,  47(6): 431-7, 2007.
  8. Lupus Foundation of America. Statistics on Lupus. Disponível em: https://resources.lupus.org/entry/facts-and-statistics Acesso em: 02 maio 2018.
  9. D’CRUZ, DP. et al. Systemic lupus erythematosus. Lancet, 369(9561): 587-96, 2007.
  10. KATZ, P. et al. Disability in value life activities among individuals with systemic lupus erythematosus. Rheumatology (Oxford), 52(9): 465-73, 2008.
  11. YELIN, E. et al. Work dynamics among persons with systemic lupus erythematosus. Arthiritis Rheum, 57(1): 56-63, 2007.
  12. SOCIEDADE BRASILEIRA DE REUMATOLOGIA. Lúpus Eritematoso Sistêmico (LES) – Cartilha da SBR, 2011. Disponível em: < https://www.reumatologia.org.br/pacientes/orientacoes-ao-paciente/lupus-eritematoso-sistemico-les-cartilha-da-sbr/>. Acesso em: 19 abr. 2018.
  13. RAHMAN A. et al. Systemic lupus erythematosus. N Engl J Med, 358: 929–39, 2008.
  14. GALLOP, K. et al. Development of a conceptual model of health-related quality of life for systemic lupus erythematosus from the patient’s perspective. Lupus, 12: 934-43, 2012.

Posts mais acessados