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sexta-feira, 19 de outubro de 2018

Hipertensão na gravidez aumenta o risco de parto prematuro


De acordo com a ONG Prematuridade.com, fumo e álcool são fatores de alto risco


17 de novembro é o Dia Mundial da Prematuridade e a Associação Brasileira de Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros - ONG Prematuridade.com – quer chamar a atenção para as causas do nascimento de prematuros e ajudar as mamães a estarem preparadas caso isso ocorra, com que históricos o nascimento de prematuros é mais comum e até mesmo dar dicas para evitar partos prematuros.

Você sabia que 15 milhões de crianças nascem antes da 37 semana de gravidez em todo o Mundo. No Brasil, a taxa de partos antecipados é de 12,4%, de acordo com dados do Sistema de Informações Sobre Nascidos Vivos (Sinasc) e do Ministério da Saúde (2014). Somos o 10o país no ranking da prematuridade, como revela o relatório do estudo Born Too Soon realizado pela ONG americana March of Dimes.

Estão em maior risco para trabalho de parto prematuro as mulheres que já passaram por um parto prematuro, que estão grávidas de gêmeos ou múltiplos ou com história de problemas de colo do útero ou uterinos.

Além disso, outros fatores podem levar ao parto prematuro como infecções do trato urinário, sangramento vaginal, distúrbios de coagulação e algumas anomalias congênitas do bebê.

Sem pretender neste texto listar todas as causas e condições para que aconteça um parto prematuro, vamos focar no que a mulher pode fazer para afastar ao máximo o risco, principalmente a fatores relacionados a hipertensão.

Vamos começar com uma explicação sobre hipertensão gestacional. A hipertensão induzida pela gestação a níveis maiores que 140/90 ocorre após as 20 semanas de gestação, desaparecendo até 6 semanas após o parto. É uma complicação que acompanha entre 5% e 7% das grávidas brasileiras. O aumento da pressão sanguínea diagnosticado durante a gestação em mulheres que nunca haviam antes demonstrado o problema é classificado como doença hipertensiva específica da gestação (DHEG).

O aumento da pressão pode comprometer a saúde e a vida da mãe e aumenta o risco de parto prematuro induzido, já que a retirada da placenta tende a baixar a pressão. Quanto ao bebê, o problema causa o endurecimento da placenta, impedindo a passagem de nutrientes para o feto.

Não existe uma única causa. Há o consenso de que o problema é resultado, entre outras coisas, da má adaptação do organismo materno a sua nova condição. Outros motivos são a alimentação desequilibrada, assim como o excesso de sal, e o sedentarismo. Embora o começo do problema esteja na formação da placenta, os principais agravantes da hipertensão são mesmo os hábitos alimentares.

Quem já era hipertensa antes da gravidez deve, junto com o cardiologista e o ginecologista, estudar soluções para controlar o problema durante a gestação. 

Muitas vezes, os especialistas optam por trocar o anti-hipertensivo que a mulher já tomava por outro medicamento da mesma classe e mais indicado para esse período. E, claro, é preciso redobrar os cuidados com o aumento do peso e a alimentação. Outra providência é aumentar a suplementação de ácido fólico. As futuras mamães que já tinham hipertensão antes de engravidar não se enquadram nos casos de doença hipertensiva específica da gestação (DHEG), no entanto, a partir do momento em que a pressão não para de subir, os sintomas e os procedimentos adotados pelos médicos são similares aos da pré-eclâmpsia e da eclampsia.

Não há como diagnosticar a DHEG antes da gestação, claro. Mas alguns cuidados comuns podem ajudar a controlar a pressão arterial antes e durante a gestação.
Vovó já dizia que no momento da confirmação da gravidez, é importantíssimo que a mulher se afaste de fumo e bebidas alcoólicas.

A hipertensão por si só altera perigosamente a estrutura das artérias. As baforadas pioram o que já está ruim. Sem contar que quem fuma está mais propenso à formação de placas nesses caminhos, porque as substâncias tóxicas do cigarro contribuem para elevar os níveis de açúcar e gordura no sangue. O tabaco aumenta a pressão arterial temporariamente a cada tragada. E continua mais alta mesmo algum tempo depois que a bituca foi apagada.

consumir três doses de bebidas alcoólicas de uma vez só resulta em uma elevação temporária da pressão arterial. Já pessoas que exageram na ingestão de bebidas alcoólicas frequentemente podem sofrer com aumentos na pressão arterial a longo prazo. Outro problema é que as bebidas alcoólicas são calóricas. Uma garrafa de cerveja de 600 ml, por exemplo, tem 270 calorias. O abuso na ingestão de bebidas pode causar o acúmulo de calorias e, consequentemente, o aumento de peso e o ganho de peso também está associado à elevação da pressão arterial.
O uso frequente destas substâncias aumenta o risco de doenças arteriais e durante a gravidez causam malformações do feto e aumenta chances de parto prematuro.

A mulher deve estar constantemente vigilante sobre sua pressão arterial. Cheque-a sempre que achar conveniente, siga uma dieta equilibrada e permaneça na faixa de peso adequada. Converse com o obstetra e, se preciso, faça acompanhamento com nutricionista e cardiologista.


Novembro Roxo

O Novembro Roxo, reconhecido internacionalmente pela luta, ainda não ganhou representatividade no Brasil como tem no exterior. Para inserir a demanda na agenda pública brasileira, serão distribuídos materiais informativos em um trabalho de sensibilização com parlamentares e sociedade civil. Países como Estados Unidos da América, México, Alemanha, entre outros, juntamente com a Global Illumination Initiative, iluminam de roxo - cor símbolo da causa - prédios públicos e monumentos. Alguns exemplos são Empire State Building, Niagara Falls, Portão de Brandenburgo, entre outros.







Sobre a ONG Prematuridade.com
A Associação Brasileira da Pais, Familiares, Amigos e Cuidadores de Bebês Prematuros – Prematuridade.com, nasceu em 10 de abril de 2011 com um blog sobre prematuridade e uma página no Facebook. Em novembro de 2014, a iniciativa foi além e nasceu a ONG Prematuridade.com! A Organização não é vinculada a nenhuma marca, empresa ou instituição, mas trabalha em parceria com esses para a realização de projetos voltados à prevenção do parto prematuro, educação continuada para equipes neonatais e a área da busca de implementação de políticas públicas voltadas à causa – "advocacy". Hoje a entidade está ligada as mais importantes organizações internacionais dedicadas à causa, a March of Dimes e a EFCNI – Fundação Europeia para o Cuidado dos Recém-nascidos, representando o Brasil na Rede Mundial de Prematuridade - World Prematurity Network. À frente da Associação Nacional Prematuridade.com Denise Suguitani fundadora e diretora-executiva e Aline Hennemann, vice-diretora executiva, e uma equipe de apoiadores das áreas de Comunicação e Conselhos Fiscal e Científico.




Dor nas costas: o certo é procurar um reumatologista ou um ortopedista?

Sem saber qual a real diferença entre as especialidades, pacientes ficam na dúvida na hora de escolher o profissional adequado para seu problema


A dor em região lombar ou lombalgia é o principal sintoma de procura por atendimento médico no mundoE a grande dificuldade é chegar a um diagnóstico. Isso acontece, entre outros fatores, por causa da anatomia da coluna, que por conta das inervações, nem sempre é possível saber o local exato da dor. 

Mas quando a dor da coluna ou nas articulações  – aguda ou crônica – acontece, qual é o especialista a ser consultado? É caso de ir a um ortopedista ou seria melhor um reumatologista? Essa dúvida é bem comum, pois ambas as especialidades atuam de forma próxima, algumas vezes até de maneira complementar, mas cada uma tem sua característica própria.
De acordo com a reumatologista Karine Luz, da Clínica Ultrarticular de São Paulo, quando a dor é causada por inflamação, o reumatologista é o mais indicado para tratar o problema. O ortopedista, por sua vez, trata dos problemas do aparelho locomotor.  “Realmente é difícil para o paciente distinguir qual profissional procurar. Mas se a dor ou inchaço aparecer após um trauma ou uma torção, o ideal é procurar um ortopedista. Caso os sintomas sejam crônicos e acompanhados de sinais inflamatórios como dor, vermelhidão, calor, e dificuldade de movimento, o reumatologista é o profissional mais adequado”afirma Dra. Karine.
Outra diferença entre ortopedista e reumatologista é que a ortopedia é uma especialidade cirúrgica que cuida de correções de problemas musculoesqueléticos mecânicos e traumas. “Já a reumatologia é uma especialidade clínica que utiliza tratamento com medicamentos e reabilitação física. Muitas doenças autoimunes são tratadas pelo reumatologista”, diz a especialista. “É importante realizar o diagnóstico correto o mais rápido possível para iniciar o tratamento apropriado, assim na presença de dor persistente nas articulações, na coluna ou alguns sinais como febre de causa não infeciosa é essencial agendar uma consulta com um reumatologista”, afirma ela.
Por fim, para acabar de vez com essas dúvidas, a Dra. Karine esclarece: “Se o problema for mecânico relacionado aos ossos (fraturas, luxações de menisco, de ligamentos ou outras relacionadas à prática de esportes), procure um ortopedista. Nós, reumatologistas, cuidamos dos problemas inflamatórios das articulações e tecidos que as cercam (ossos, músculos, tendões e ligamentos)", conclui.




Karine Luz - Médica responsável pela clínica Ultrarticular, São Paulo. Formada pela Universidade Católica de Pelotas, com especialização em Reumatologia na Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), onde realizou mestrado e doutorado com estudos em infiltração em reumatologia e o uso do ultrassom na artritereumatóide. Possui cursos e treinamentos para o uso do ultrassom nas doenças reumatológicas em centros de referência internacionais: Universidade de Leeds (Inglaterra), Università Pollitecnica dele Marche (Itália) e Universidade de Barcelona (Espanha). Membro da Comissão de Imagem da Sociedade Brasileira de Reumatologia e do Grupo de Ultrassom do PANLAR (Pan American League of Associations for Rheumatology).


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