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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Passeio com cachorro: Você está fazendo certo?


Especialista em comportamento animal e passeadora da DogHero tira as dúvidas mais frequentes dos tutores


"Vamos passear!" Para alguns cães, basta ouvir o tutor dizer estas palavras mágicas para pular de alegria e abanar o rabo sem parar. Além de toda a felicidade do cachorro ao sair de casa e se exercitar um pouco, são diversos os benefícios de passear com o pet. "Independentemente de viverem em um grande quintal, de brincarem todo dia ou de terem a companhia de outro animal em casa, passear é uma necessidade básica, tão importante quanto alimentação, vacinas e amor", explica Renata Ragazini, especialista em comportamento animal e passeadora da DogHero, aplicativo que conecta passeadores e anfitriões que hospedam os pets em casa a tutores de cães. Mas será que você está tirando o máximo proveito dessa oportunidade? A coleira usada é a correta? Pode levar água para ele? Para sanar algumas destas dúvidas recorrentes, Ragazini separou algumas dicas. Confira:


Como fazer o melhor passeio para o cachorro?

- Sempre esteja em dia com o controle de pulgas e carrapatos, vermífugo, vacina V8 ou V10 e vacina contra raiva;

- Verifique se os acessórios de passeio estão em ordem, como a plaquinha de identificação, pois, em caso de fuga, as chances do cãozinho voltar para casa são maiores;

- Certifique-se de que a temperatura do chão está agradável para o cachorro. "Um dia é encostar as costas da sua mão na superfície por 10 segundos. Se você suportar, significa que está adequado para o cão", explica Renata;

- Sempre leve água e petiscos.


Sem guia, com coleira ou peitoral?

- Mesmo que o cachorro seja adestrado, não é recomendado sair com ele sem guia. "As chances de um acidente acontecer, como um atropelamento, ou comer algo indevido, sem você ver são muito altas", diz Renata;

- A opção mais segura é a peitoral com engate na frente, chamada anti-puxão. "Coleiras de pescoço aumentam as chances de ocorrer glaucoma", explica a especialista.


Como passear com o cachorro no parque, onde tem outros cães?

- Verifique a linguagem corporal do seu e dos outros cães;

- Caso o cachorro lamba o nariz, boceje ou sacuda como se tivesse acabado de sair de um banho, isso demonstra que ele está estressado e as chances de uma briga iniciar são grandes.


Contrate um profissional adequado

- Nem sempre o tutor encontra tempo para passear com o cão, nestes casos, a melhor solução é encontrar um passeador profissional para acompanhar o pet nas caminhadas;

- Na DogHero, o passeador passa por orientação presencial e aprende a lidar com diversas situações que podem acontecer durante um passeio. Além disso, um dos requisitos é ser apaixonado por cachorro.


Como escolher o melhor passeador para meu cachorro?

- O aplicativo DogHero indica o passeador ideal de acordo com as informações que o tutor forneceu sobre o cachorro, como endereço, duração e frequência de passeios. O app seleciona e qualifica presencialmente os passeadores para oferecer sempre a melhor experiência;

- O aplicativo ainda tem rastreio por GPS: o tutor sabe quando o passeio começa e termina, o trajeto efetuado e tudo o que aconteceu, até mesmo quantos xixis seu pet fez. E, caso ele se machuque ou passe mal durante o passeio, há reembolso dos gastos com veterinário em até R$ 5 mil reais.




Conheça os perigos da Cinomose e proteja seu animal de estimação


Vírus é altamente infeccioso e pode causar imunossupressão, além de alta morbidade e mortalidade


A cinomose é uma doença muito grave que atinge os animais de diversas espécies. É um vírus de distribuição mundial que pode causar um processo infeccioso agudo e levar a morte. O problema acomete os animais não vacinados, de qualquer idade, raça e sexo, mas principalmente os filhotes, entre dois e três meses de vida, período em que o sistema imunológico se encontra ainda muito frágil, e gradativamente a imunidade transmitida pela mãe começa a cair.

Consultamos o Instituto Veterinário de Imagem (IVI), a fim de apontar os pontos de atenção da doença. "É importante que ao identificar os sintomas o tutor procure por orientação de um especialista, com o intuito de que a recuperação aconteça de forma rápida, para que o seu cachorro volte a ter a qualidade de vida que merece", afirma Carinne Liessi Brunato, médica veterinária do Instituto Veterinário de Imagem (IVI).


Como ocorre a transmissão?

Por ser um vírus pode se espalhar pelo ar, por via respiratória e por meio de gotículas infectantes das excreções e secreções de animais infectados. Nem sempre os animais com a infecção apresentam sintomas, por isso, o número de animais infectados é muito maior dos que os que apresentam algum sinal clínico.

Animais acometidos pela cinomose eliminam partículas virais a partir do 5º dia após a infecção. Os cães podem transmitir o vírus antes de apresentar sintomas e continuar eliminando por 60 a 90 dias.


Sintomas

Secreções nasais e oculares, tosse úmida e produtiva, dificuldade respiratória, vômitos, broncopneumonia, perda de apetite e diarreia. Em estágio mais avançado em que atinge o sistema nervoso central, começam a aparecer alterações neurológicas como convulsões, paralisia dos membros pélvicos, incoordenação motora, tremores e outras alterações.


Diagnóstico

Em geral é feito com base no exame físico, histórico do animal e exames laboratoriais. Os principais exames para pesquisa do vírus são feitos em amostras biológicas como sangue, urina, saliva, secreções nasal e ocular. Os principais métodos realizados são o ELISA (Enzime Linked Immuno Sorbent Assay), testes rápidos baseados em imunoenzimáticos, imunofluorescência e PCR.


Tratamento

A cinomose é uma enfermidade difícil de ser erradicada e para minimizar os casos é importante a conscientização dos cuidadores para que vacinem seus animais de estimação, controlando o acesso de animais a rua, higienizando corretamente ambientes com animais infectados pelo vírus e buscando informações sobre o combate à doença.

Prevenção sem dúvida é o melhor remédio. Manter a carteirinha de vacinação do bichinho em ordem vai garantir sua saúde. Em caso de infecção, não há um cuidado específico e, em geral é feito um tratamento sintomático e de suporte para que a imunidade desses animais seja reestabelecida.

Existem testes laboratoriais que foram projetados para determinar os níveis de anticorpos para cinomose e outras doenças, tendo como objetivo avaliar o estado de imunidade dos animais sobre esse patógeno.

É importante ter em mente que, sempre que você notar qualquer alteração de comportamento ou saúde do seu bichinho é imprescindível comunicar o veterinário para um diagnóstico preciso.



Mitos e verdades da leishmaniose visceral


Doença, ainda comum em algumas regiões do país, traz riscos à saúde humana e à dos pets


Você já ouviu falar em leishmaniose visceral? Trata-se de uma doença infecciosa classificada como zoonose, o que significa que pode trazer riscos à saúde humana e dos animais domésticos. Isso porque os pets – principalmente os cães -, quando infectados por meio do mosquito-palha, tornam-se hospedeiros do protozoário causador da doença, permitindo assim a infecção de outros mosquitos, que podem infectar outros animais e também pessoas. 

Para se ter uma ideia da gravidade do problema, de acordo com o Ministério da Saúde, quando não diagnosticada e tratada adequadamente a leishmaniose pode levar à morte em 90% dos casos. A prevenção é essencial e deve ser feita por meio do controle ambiental – evitando o acúmulo de lixo e material orgânico em ambiente aberto – bem como o uso de inseticidas para evitar a proliferação do vetor e utilização de coleiras repelentes e vacinação nos animais, a qual pode ser feita a partir dos quatro meses de idade.


Sintomas e medidas preventivas

Nos cães, os sintomas mais comuns são perda de peso, queda anormal de pelos, aparecimento de descamações e feridas de pele, sangramento do nariz e inchaço nas patas. Nos humanos a doença pode causar febre de longa duração e perda de peso, o que a assemelha aos sintomas de outros problemas, dificultando o seu diagnóstico. Tanto os animais como os humanos podem estar infectados com o protozoário mas não apresentarem os sintomas clínicos da doença. 

Segundo a gerente de produtos da unidade Pet da MSD Saúde Animal, Silvana Badra, é importante manter os animais protegidos por meio de coleira repelente, pois além de garantir cerca de 98% de eficácia na proteção contra a picada dos mosquitos transmissores do protozoário que causa a leishmaniose, esse recurso também é ectoparasiticida e ajuda a afastar outros parasitas como pulgas e carrapatos. Além disso, recomenda-se abrigar o animal dentro de casa durante a noite, período de maior atividade dos mosquitos transmissores da doença. 

“É necessário que o tutor se atente às medidas preventivas a fim de proteger seu pet e sua família”, afirma a veterinária, que complementa “o tratamento da leishmaniose ainda exige um investimento alto e acompanhamento periódico com o veterinário, já que os medicamentos apenas melhoram os sintomas e reduzem a carga parasitária, mas não eliminam o protozoário”. 

Confira alguns mitos e verdades relacionados à doença: 


·         O cão pode transmitir a leishmaniose diretamente para o dono: MITO. O cão, após picado pelo mosquito infectado pelo protozoário, pode ficar doente ou se tornar um reservatório. A interação e convívio diário com o pet não causam a leishmaniose. A doença é transmitida quando um mosquito pica um animal infectado e em seguida pica um humano.

·         O uso da coleira repelente protege quase 100% contra o mosquito transmissor: VERDADE. Embora a vacina também seja uma medida de proteção dos cães, ela tem uma taxa de eficiência menor que a coleira, que ainda protege o animal de outros parasitas externos.

·         Todo cão diagnosticado deve ser submetido à eutanásia: MITO. Dependendo do estado de saúde do pet, o tutor pode optar por fazer o tratamento medicamentoso, que embora não o cure da leishmaniose, pode controlar a carga parasitária e os sintomas clínicos.

Além disso, o animal diagnosticado com a doença precisa fazer um acompanhamento constante com o veterinário, a fim de avaliar o desenvolvimento dos seus sintomas e a carga de protozoários presentes – que indica se ele está suscetível a transmitir a leishmaniose ou não. Os especialistas também recomendam o uso da coleira repelente durante o tratamento do cão, a fim de reduzir o risco da disseminação da doença.

·         As medidas preventivas nos animais devem ser adotadas mesmo quando o pet não vive em área endêmica: VERDADE. Como a leishmaniose é muitas vezes silenciosa – com sintomas que podem demorar a aparecer – é possível que o indivíduo ou o pet infectado viaje ou se mude, carregando a doença e contribuindo para sua disseminação local. Além disso, existem diversas zonas endêmicas no país. Lembre-se: quando você protege seu pet contra a doença, você também protege a sua família.





MSD Saúde Animal


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