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segunda-feira, 15 de outubro de 2018

Cegueira em cães e gatos: Dá para prevenir?


Os animais de companhia conseguem se comunicar por meio da troca de olhares com os seus tutores, e dessa forma, podem expressar fome, alguma situação que cause desconforto ou mesmo reconhecer o universo a sua volta. Por esse motivo, os cuidadores precisam estar sempre alertas aos problemas que podem causar cegueira em cães e gatos.

O desenvolvimento da cegueira em pequenos animais pode estar associado à vários fatores, sendo portanto, multifatorial, podendo até – em alguns casos - estar associada a quadros reversíveis. Como principais causas encontradas na literatura, nós temos a conjuntivite, glaucoma, catarata, doenças da córnea, doenças da retina, ceratoconjuntivite e doenças sistêmicas como Diabetes Mellitus, Hipertensão Arterial, Hipotireoidismo, Ehrlichiose e viroses como Cinomose nos cães e Herpesvírus nos gatos.

Não existe uma única faixa etária para o acometimento da cegueira em nossos bichinhos, pois depende da causa envolvida no processo. Por exemplo, a catarata que é uma das causas de cegueira, pode estar presente desde o nascimento como no caso da catarata congênita, mas pode também estar presente em animais de dois a quatro anos de idade (cataratas juvenis) ou ainda cataratas senis, que são observadas geralmente a partir dos oito anos de idade em cães. Não existe um único "tipo" de animal predisposto ao desenvolvimento da cegueira, uma vez que se trata de uma condição patológica multifatorial e apenas o médico veterinário, através de uma complexa avaliação clínica, poderá responder de forma mais adequada a esse questionamento.

O tratamento das doenças é bastante variável, pois está associada ao fator desencadeante. De acordo com a causa temos tratamentos medicamentosos, como é o caso da conjuntivite, ceratoconjuntivite seca e glaucoma, podendo chegar aos tratamentos cirúrgicos como nos casos de catarata, ectrópio e entrópio.

Certamente nossos amiguinhos terão algumas limitações, mas de uma maneira geral, a cegueira é um problema de visão com o qual eles podem perfeitamente conviver. Com relação ao ambiente em que o animal vive, deve-se evitar mudar objetos e móveis de lugar e o fornecimento de alimento e água deve ser feito sempre no mesmo local, pois como já observado, o animal se acostuma com a arrumação do ambiente em que vive. Um cuidado especial precisa ser tomado com relação às piscinas, que devem ser cobertas.

Dessa maneira, a prevenção da cegueira em animais de companhia está intimamente associada à avaliação médica veterinária, realizada por profissionais com o objetivo de identificar possíveis fatores predisponentes e a forma mais adequada para o controle, eliminação ou tratamento dos mesmos, a fim de evitar o aparecimento dessa condição patológica que, muitas vezes, compromete a qualidade de vida de nossos animais.











 Úrsula Silva - professora do curso de Medicina Veterinária da Anhanguera de Niterói

DST em cães, proteção e tratamento


Os animais de estimação podem adquirir doenças sexualmente transmissíveis ao acasalar ou até mesmo durante um passeio.

O assunto é tão pouco abordado que muitos tutores nem desconfiam que esse tipo de doença também se manifesta entre os animais. As DSTs em cães podem causar sofrimento, reduzir a qualidade de vida do pet e até mesmo ser fatais.
Existem duas principais doenças que atinge os cachorros:

TVT

O tumor venéreo transmissível ou Tumor de Sticker, é um tumor contagioso que afeta principalmente os cães que vivem nas regiões urbanas. Ainda não se sabe a causa da doença, mas especialistas desconfiam que o responsável seja um vírus.
Essa DST em cachorro é transmitida pelo o contato com os órgãos sexuais de pets afetados. Isso acontece durante o cruzamento ou até mesmo durante um passeio, pois os cães têm o hábito de lamber e cheirar a região genital de um animal que não conhecem.
Os sintomas dessa DST são visíveis a olho nu e o tutor pode percebê-los em casa. Os animais acabam por desenvolver nódulos e tumores na região genital e em mucosas, como a boca e as narinas. Esses tumores sangram com facilidade e doem, fazendo com que o pet deixe de comer e/ou urinar.
Felizmente, há um tratamento com 90% de chances de cura da doença afirma Livia Romeiro do Vet Quality Centro Veterinário 24h. Ele consiste na remoção cirúrgica dos tumores e em um período de quimioterapia, que costuma causar efeitos colaterais nos cães, como perda de pelos, anemia, febre e problemas gastrointestinais.  

Brucelose

Essa doença, causada pela bactéria Brucella Canis ou Brucella abortus, infecta não apenas os cães, mas também os gatos.
A bactéria penetra em qualquer mucosa do animal, como ânus e boca, causando sintomas difíceis de serem percebidos.
Nas fêmeas, a doença causa inflamação uterina e aborto. Nos machos, há inflamação do saco escrotal e esterilidade.
Desde que são infectados, os pets já podem transmitir a doença para outros cães. Isso pode ocorrer durante o acasalamento, através do contato com o sêmen e a urina de pets contaminados.
No parto, os filhotes são contaminados e, caso ocorra um aborto, o material expelido também será contagioso.
Para o tratamento, é recomendada a castração. Porém, mesmo após a retirada dos órgãos reprodutivos, a contaminação continua acontecendo, o que faz com que alguns veterinários indiquem sacrificar o animal.

Previna as DSTs em cães

Para que o pet não seja contaminado, é preciso evitar o contato do peludo com os agentes causadores das doenças.
Para isso, se o tutor está pensando em cruzar o seu pet, deve-se tomar alguns cuidados. Realizar exames para assegurar que o animal está saudável e solicitar ao tutor do parceiro que faça o mesmo, minimizando o risco de adquirir doenças durante o ato sexual.
Durante o cio das fêmeas, deve-se ficar de olho em seus movimentos! Não permitir que machos desconhecidos se aproximem e certificar que ela está em um local seguro. Devido ao instinto, os animais costumam fugir de casa e podem acasalar até mesmo entre frestas no portão em minutos.
Já no dia a dia, tome cuidado nos passeios. Não há nada de errado socializar com outros animais, mas nada de cheirar ou lamber as áreas genitais dos cães desconhecidos, pois não há como saber se o animal é ou não saudável.
Se o pet estiver doente em casa, isole-o dos demais cachorros durante o tratamento e o período de contaminação da doença. Pergunte ao veterinário quando a reaproximação deve acontecer, protegendo o animal sadio.

Dicas ajudam a amenizar os efeitos do “Jet Lag”


Há quem sinta cansaço, enjoos, dificuldades de concentração, irritação, insônia, entre tantos outros sintomas que o “Jet Lag” ou descompensação horária pode causar. As consequências variam de pessoa para pessoa e de viagem para viagem, mas a boa notícia é que algumas medidas podem ajudar a amenizar o problema.

O “Jet Lag”, que atinge milhares de viajantes e turistas, consiste em alterações físicas que são provocadas devido à alteração de rotina, como horas de espera em aeroportos, conexões ou com a mudança do fuso horário. De acordo com o neurologista Shigueo Yonekura, médico do Instituto de Medicina e Sono de Campinas e Piracicaba, o problema é mais acentuado quando a diferença de horário entre o ponto de partida e o destino é superior a quatro horas.


Como prevenir o “Jet Lag”?

Uma maneira de driblar em parte o problema é começar a adaptação antes mesmo do embarque. Tente calcular os horários nos quais deveria estar almoçando e jantando no país para onde viajará e passe a seguir essa rotina.

Outra dica do neurologista é tentar marcar a viagem proporcionando o desembarque durante o dia, para poder expor-se ao sol e começar a adaptação ao fotoperíodo (tempo ao qual o corpo fica exposto à luz natural) o mais rápido possível. 

A direção da viagem também influencia se você vai sentir “Jet Lag” ou não. Tente dormir mais cedo algumas noites antes da sua viagem se você estiver indo para leste. Caso esteja indo para oeste, tente dormir mais tarde algumas noites antes.

Yonekura também recomenda refeições leves e de acordo com o novo fuso horário.  Refeições pesadas podem tornar ainda mais difícil para o corpo se adaptar e sintomas como constipação e diarreia vão deixar a sua viagem pouco desagradável.

A hidratação é importante durante o voo. O ar condicionado e as condições em geral do avião fazem com que seja propício consumir pouco líquido, o que se repercutirá no seu estado físico fazendo com que o “Jet Lag” o ataque ainda mais.

O neurologista faz um alerta, só use medicamentos para amenizar os efeitos do “Jet Lag” com prescrição médica.




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