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quinta-feira, 20 de setembro de 2018

90 ANOS DE MICKEY MOUSE: CONHEÇA 10 CURIOSIDADES SOBRE O PERSONAGEM


O personagem mais amado do mundo comemora 90 anos de sua primeira aparição oficial em dia 18 de novembro, data de lançamento do seu primeiro curta "Steamboat Willie"

Passaram-se 90 anos desde sua criação e Mickey Mouse continua vivo na memória de crianças e adultos ao redor do mundo, e é a franquia número 1 da The Walt Disney Company.


Em seu nonagésimo aniversário, confira algumas curiosidades do personagem mais icônico do mundo:

No início, o personagem principal de Walt Disney não era Mickey...
 
E sim Oswald, o coelho sortudo. Walt Disney acreditava que o personagem seria um sucesso, mas em uma viagem para tentar conseguir dinheiro para a produção, os investidores deram uma resposta negativa e, como os direitos autorais do personagem pertenciam a eles, assumiram o controle do personagem.



O primeiro nome de Mickey Mouse, na verdade era...

Mortimer!
Após a reunião com os investidores de Oswald, Walt Disney e sua esposa voltaram a Los Angeles em um trem onde, Walt passou o tempo criando um ratinho alegre e com grandes orelhas redondas.


O nome "Mickey" foi sugerido por outra pessoa

Lillian, esposa de Walt, achou o nome Mortimer muito pretensioso e sugeriu Mickey. A partir daí, nascia um astro!



Nem tudo foi sucesso no começo!

Após criar o personagem, Walt Disney começou a trabalhar imediatamente no primeiro desenho animado de Mickey Mouse:

Plane Crazy. O entusiasmo desapareceu quando nenhum distribuidor quis comprar o filme. Em sua segunda tentativa, Walt produziu outro desenho animado mudo intitulado Mickey, The Gallopin' Gaucho, porém a Warner Bros. havia iniciado os filmes falados.


A estreia de Mickey Mouse nos cinemas foi um grande marco...

Com Steamboat Willie, Mickey Mouse fez sua estreia nas telas de cinema em 18 de novembro de 1928, no Colony Theatre de Nova York, como o astro do primeiro desenho animado com som sincronizado.


As primeiras palavras de Mickey foram...

"Hot Dog! Hot Dog!", a fala faz parte do curta-metragem The Karnival Kid (1929). Daquele momento em diante, na maioria dos curtas de Mickey durante a Segunda Guerra Mundial foi o próprio Walt Disney que deu voz a Mickey.



Mickey Mouse possui nomes diferentes em alguns idiomas

Apesar do nome Mickey Mouse ser conhecido no mundo todo, em italiano, é chamado de Topolino; em alemão, é o Micky Maus; em espanhol, Raton Mickey; em sueco, Musse Pigg; e em mandarim, Mi Lao Shu.



Mickey participou da cerimônia do Oscar duas vezes

Em 1998, o personagem subiu ao palco para entregar um envelope ao ator Tom Selleck. Já em 2003, Mickey voltou a aparecer na cerimônia como animação ao lado da atriz Jennifer Garner.



Mickey Mouse chegou à televisão em 1950

Nesta década, Walt produziu um especial de Natal para televisão chamado "One Hour in Wonderland". O desenho clássico Relojoeiros das Alturas (1937) também foi apresentado como parte das comemorações de fim de ano.



Mickey Mouse foi o primeiro personagem de desenhos animados a ser amplamente licenciado

O primeiro livro de Mickey Mouse foi publicado em 1930 e a
Ingersoll Watch Company produziu o primeiro relógio do Mickey em 1933.
 


A florada do ipê e a rede social secreta da natureza

 Mais de 20 espécies de ipê ocorrem no Brasil

Em setembro, em várias regiões do Brasil, floresce o ipê, uma árvore de flores grandes e vistosas que embelezam as matas e cerrados, praças e ruas das cidades. Os galhos sem folhas contrastam com as inflorescências densas, nas quais milhares de flores se espremem para expor a beleza de seus estames e estigmas e, assim, atrair aves, abelhas, borboletas e outros insetos polinizadores que auxiliarão a produzir as sementes que serão dispersas pelo vento em alguns meses. É impossível não notar essa florada que desperta interesse e curiosidade em muita gente.

O botânico americano Alwyn Gentry foi um dos primeiros cientistas a estudar as plantas tropicais da família das bignoniáceas e suas interessantes estratégias para sinalizar aos animais a presença de néctar e pólen. Ele observou que uma florada colorida, massiva e curta atrai uma gama grande de animais que aprenderam, ao longo da evolução, que a visita a uma árvore chamativa como esta é a certeza de encontrar alimento.

Nas mais de 20 espécies de ipê que ocorrem no Brasil, as flores são amarelas, brancas, roxas e rosadas e, cada uma ao seu tempo, disputam a atenção dos polinizadores. O zum-zum dos animais é especialmente evidente nas plantas que estão nas suas áreas naturais – ou seja, nas matas dos parques e demais áreas protegidas –, mas pode ainda ser ouvido nas árvores usadas na arborização de inúmeras cidades brasileiras.  

Por ser bem marcada temporalmente, é comum que a florada do ipê estimule nas pessoas um espírito observador, o mesmo que moveu o botânico Gentry a começar a associar os períodos de florada com suas próprias atividades do dia a dia. Lembrar “o que eu estava fazendo na florada do ano passado?” ou “será que a florada está acontecendo sempre na mesma época?” são indagações comuns de um bom observador da natureza e do mundo que o cerca.

Uma associação recorrente envolve a observação de que o clima tem se tornado cada vez mais quente, as chuvas seguindo ritmos imprevisíveis – de tempestades torrenciais a secas severas – e a natureza supostamente se adaptando a essas mudanças. A ciência tem mostrado milhares de evidências de alterações nos ritmos de plantas e animais devido às anomalias climáticas. E por que não pensar que, seguindo este ritmo alucinante de emissões de carbono na atmosfera e de elevações de temperaturas que a Terra está sofrendo, o próprio ipê poderá modificar sua florada, adiantando, atrasando ou mesmo dessincronizando seu relógio biológico... será, então, que no futuro teremos uma florada descompassada?

É triste pensar que o homem seja capaz de descaracterizar um ritmo que a história evolutiva das plantas moldou ao longo de milhões de anos. No entanto, essa pegada gigante que o homem moderno está deixando no planeta, especialmente nos últimos 100 anos, leva a crer que perderemos ainda muito mais das espécies e das suas relações ecológicas.  

Enquanto a florada do ipê não muda de forma mais perceptível, temos a chance de observá-la e admirá-la. Somos milhões de pessoas que, ao mesmo tempo, observamos, fotografamos e publicamos as flores da estação. Os mecanismos evolutivos que levaram as plantas a florescerem massivamente foram determinados pelos polinizadores e o clima, não pelo homem. No entanto, a conexão entre indivíduos da espécie humana devido a um bem oferecido pela natureza – no caso, a beleza das flores - é algo recente e real e que nos faz refletir sobre o passado e o futuro de nossa espécie.

A natureza é - e sempre foi - capaz de criar laços estreitos entre nós, pois dependemos dela para sobreviver. Seja na produção de água para o nosso consumo, na renovação do ar atmosférico, na reciclagem do solo que utilizamos na agricultura, na polinização de espécies alimentícias ou no bem-estar promovido pela contemplação da natureza, não é possível o homem existir sem as áreas naturais. A natureza promove uma “rede social secreta” de pessoas que se sentem humanas e pertencentes a um mesmo planeta. Se dermos maior valor a essas conexões únicas, seremos capazes em pensar num futuro sustentável e possível.




Marcia C. M. Marques - ecóloga, professora da UFPR e membro da Rede de Especialistas em Conservação da Natureza.

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