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terça-feira, 10 de julho de 2018

Doenças de inverno: será que é só um resfriado?


Para o pneumologista do Hospital 9 de Julho, o clima seco, a poluição do ar e os ambientes fechados favorecem as doenças respiratórias como bronquite, asma e sinusite


Espirros, coriza, congestão nasal e dores de cabeça podem ser sintomas de um resfriado. Porém, na maioria dos casos, esses sinais podem estar atrelados a doenças respiratórias crônicas. Segundo o Dr. Alexandre Kawassaki, pneumologista do Hospital 9 de Julho, cerca de 10% dos brasileiros apresentam quadros variados de asma, enquanto 30% sofrem com rinite alérgica. “Os sintomas dessas doenças são facilmente confundidos com o de um resfriado, o que dificulta o diagnóstico e o tratamento adequado, essencial para se evitar complicações, como infecções graves ou crises respiratórias” explica o especialista.

Segundo o Dr. Kawassaki, além das quedas de temperatura, a baixa umidade do ar é responsável por boa parte das crises respiratórias. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde)*, o índice ideal da umidade do ar para manter o sistema respiratório em boas condições de saúde é em torno de 60%. Durante o inverno, esse número costuma cair para 30%. O especialista ressalta que os problemas respiratórios e as infecções por vírus e bactérias também se tornam mais frequentes por causa do ressecamento das mucosas das vias aéreas. Todos esses fatores podem desencadear e agravar os casos de asma, além de sangramento nasal e alergias.

Para saber diferenciar o resfriado de outros problemas, listamos abaixo as principais doenças respiratórias e quais são os seus sintomas. Confira!


Asma/Bronquite: O nome correto da doença é asma, mas é mais conhecida por “bronquite”. Caracteriza-se pela inflamação dos brônquios, vias que conduzem o ar que é respirado até os alvéolos pulmonares (pequenas estruturas que fazem a troca gasosa entre o ar e sangue nos pulmões). No paciente com asma, os brônquios deixam de eliminar o muco pelas vias respiratórias e acumulam secreção, causando as inflamações e dificultando a passagem do ar.


Pneumonia: O Dr. Kawassaki alerta que algumas gripes podem evoluir para uma pneumonia. A doença é uma infecção dos alvéolos, estruturas pulmonares responsáveis pela oxigenação do sangue. Os principais sintomas são tosse, dores no peito e nas costas, febre e fadiga. Durante o inverno, são muito comuns as pneumonias virais, com origem por meio do mesmo vírus da gripe. O grupo de maior risco são crianças, idosos e pessoas com baixa imunidade, por apresentarem consequências mais graves se a doença não for tratada rapidamente.


Rinite: Com a queda da umidade e o aumento da poluição do ar, as crises de rinite,  inflamação da mucosa nasal, são mais comuns pela inalação de alérgenos (substâncias que causam alergia como a poeira e pelo de animais). Os sintomas podem ser vermelhidão nos olhos, coceira na região do nariz e garganta, por conta do ressecamento do ar, e espirros frequentes.


Sinusite: A sinusite é parecida com a rinite, muitas vezes sendo considerada mais grave. É caracterizada por tosse produtiva e sensação de secreção escorrendo pela garganta, podendo ocorrer dores no rosto, principalmente na região da testa e maxilas. Isso acontece devido a inflamação da mucosa dos seios da face que gera essa dor. A doença é normalmente tratada com o uso de antibióticos e lavagem nasal. Por isso, o diagnóstico precoce é importante para evitar a progressão da doença.

Para amenizar os sintomas, o Dr. Kawassaki explica que é importante não ficar em ambientes fechados ou mantê-los, sempre que possível, umidificados e ventilados. “Outras dicas como fazer limpeza nasal com soro fisiológico diariamente, limpar os ambientes com panos úmidos para que a poeira não se espalhe também são algumas alternativas para passar o inverno mais saudável” explica o médico, que reforça “Em casos de piora dos sintomas, é importante procurar o atendimento médico o quanto antes”.




 
Fonte: https://www.paho.org/bra/


 

Sabe aquela coceirinha chata? Quer saber o que isso significa?


Sociedade Brasileira de Dermatologia ajuda você a entender sobre as doenças que podem causar esse sintoma


A maioria das pessoas, em algum momento da vida, sofreu com uma coceira incômoda, quando não insuportável, em alguma parte do corpo. Coceira na pele, dependendo da intensidade e evolução, pode comprometer de forma significativa a qualidade de vida dos pacientes. Por isso, é importante saber o que pode estar por trás desse problema.

O prurido ou coceira na pele é um motivo de alerta principalmente quando persiste por mais de 6 semanas ou é recorrente. Mesmo quando tratada e, principalmente quando não aparecem lesões na pele, a coceira pode estar associada a doenças sistêmicas, precisando de diagnóstico e tratamento. 

Normalmente, quando a coceira é aguda, pode ser decorrente de uma reação adversa por medicamento tomado nas últimas semanas ou ser causada por alguma substância irritante que entrou em contato com a pele (dermatite de contato). Pode ainda ser desencadeada por picadas de insetos, algumas vezes acompanhar viroses ou ainda ser causada por certas doenças dermatológicas específicas como a escabiose, dermatite seborreica, dermatite atópica, eczema e micoses.

A coceira também pode ter causa psicológica e até psiquiátrica e muitas vezes piora com a ansiedade, com o calor e com exercícios.

Conheça as principais doenças da pele que podem dar coceira:


Ressecamento da pele (xerose)

A xerose ou ressecamento da pele pode ser encontrada em qualquer parte do corpo, principalmente nas pernas, braços e mãos. Banhos quentes, demorados, com esponjas e com muito sabonete, o sol, o vento, o frio, a poluição e produtos químicos são os fatores externos mais conhecidos como causadores de xerose. A idade é outro fator que influencia o grau de ressecamento da pele. Assim, idosos, crianças e mulheres na menopausa tendem a ter a pele mais seca. Para evitar a xerose é preciso alguns cuidados, como tomar banhos mornos, sem esponjas e com pouco sabonete, usar filtros solares, utilizar hidratantes, evitar a exposição solar prolongada e usar luvas apropriadas durante a manipulação de produtos químicos.


Dermatite Atópica

É um dos tipos mais comuns de alergia da pele. Não contagiosa, genética e crônica, se caracteriza por pele seca e coceira intensa. Geralmente ocorre em pessoas com história pessoal ou familiar de asma, rinite ou mesmo eczema atópico. Provoca lesões avermelhadas, descamativas, escoriadas e, muitas vezes, com crostas principalmente nas dobras do cotovelo, atrás dos joelhos e pescoço. A pele do paciente atópico funciona como uma barreira protetora inadequada e com isso, qualquer estímulo externo pode desencadear a coceira. O contato com materiais ásperos, exposição a poluição, ar condicionado, fumaça, poeira, fragrâncias ou corantes adicionados a loções ou sabonetes, detergentes e produtos de limpeza em geral, roupas de lã e de tecido sintético, baixa umidade do ar, frio intenso, calor e transpiração, infecções, estresse emocional e certos alimentos são fatores de risco para o desencadeamento da coceira. Fortalecer a barreira da pele usando hidratantes específicos para pele muito seca, protegendo do sol e evitando os fatores de risco, são a base do tratamento.


Sarna (Escabiose)

É uma parasitose humana causada pelo ácaro Sarcoptes Scabiei. A fecundação do ácaro ocorre na superfície da pele. Após o macho morrer, a fêmea penetra na pele, cava um túnel por 30 dias e deposita os ovos. Quando eles eclodem, liberam larvas que voltam à superfície da pele para completar o ciclo. O contágio se dá pelo contato entre humanos, por contato direto com pessoa ou roupas e outros objetos contaminados. O principal sintoma é a coceira ou prurido, que é sentido principalmente à noite. As principais lesões na pele são os túneis e, nas suas extremidades, pequenas vesículas. As lesões aparecem geralmente entre os dedos das mãos, nas axilas, nos punhos, na palma da mão, auréolas e genitais. O tratamento é individualizado para cada paciente.


Líquen Plano

Trata-se de uma doença inflamatória crônica que pode afetar as mucosas, a pele, as unhas e o cabelo, acometendo homens e principalmente mulheres de meia idade sendo raro em crianças. É uma doença recorrente e pruriginosa de causa desconhecida provavelmente mediada por mecanismos imunológicos, podendo estar associada a algumas doenças sistêmicas e mesmo a alguns medicamentos. O ato de coçar pode desencadear lesões novas, por isso é imperioso evitar sempre a coçadura.  A doença pode acometer só a pele, ou só a mucosa oral ou se apresentar em ambas localizações. O ressecamento da pele e o stress podem ser fatores de piora da coceira.


Urticária

A urticária é uma irritação da pele caracterizada por placas avermelhadas e/ou vergões que parecem picada de inseto que duram até 24hs, desaparecem e depois retornam em outras áreas, deixando a sensação de que estão se movimentando pelo corpo. A doença gera coceira intensa e pode surgir em tamanhos e locais variados. A urticária pode ser crônica ou aguda. A aguda desaparece em pouco tempo, e, ao identificar os possíveis gatilhos – como uso de medicamentos ou alimentação – recomenda-se ao paciente que evite a exposição a tais agentes. Em determinados casos, o médico especialista pode solicitar exames de sangue e da pele para confirmar os fatores que desencadeiam a urticária aguda. O diagnóstico da classificação entre a aguda ou crônica é determinado pela duração, sendo a duração da crônica maior do que seis semanas. A urticária quando crônica normalmente é multifatorial e pode estar associada a doenças sistêmicas e doenças autoimunes.


Dermatite de Contato

A dermatite de contato é uma reação inflamatória na pele decorrente da exposição a um agente capaz de causar irritação ou alergia. Existem dois tipos de dermatite de contato: a irritativa, causada por substâncias ácidas ou alcalinas, como sabonetes; e a alérgica, que surge após repetidas exposições a um produto ou substância. 

As lesões da pele acometem o local de contato com a pele, podendo se estender à distância, ou seja, fora do local de contato do problema, por exemplo, uma alergia a esmalte pode dar coceira nas pálpebras. As dermatites de contato podem ocorrer tanto no ambiente doméstico como nas atividades de lazer e no trabalho. O diagnóstico pode ser esclarecido pelo teste alérgico de contato. A partir da substância testada, pode ser sugerida a causa da dermatite de contato e iniciar o tratamento mais indicado para cada paciente.   


Caspa (Dermatite Seborreica)

É uma inflamação na pele que causa descamação, vermelhidão, oleosidade e coceira em algumas áreas onde a pele é oleosa ou gordurosa, como couro cabeludo, sobrancelhas, pálpebras, vincos do nariz, lábios, atrás das orelhas e tórax. Trata-se de uma doença de caráter crônico, com períodos de melhora e piora dos sintomas. Não é contagiosa, nem causada por falta de higiene. Ansiedade, baixa temperatura, situações de fadiga, consumo de álcool, medicamentos e deficiência de alguns nutrientes podem ser fatores de risco para o surgimento e manutenção das lesões. O tratamento precoce das crises é importante e pode envolver as seguintes medidas: lavagens mais frequentes para diminuir a oleosidade da pele, porém sem uso de substâncias irritantes, a utilização de xampus específicos e tentar evitar os fatores de piora descritos acima.


Piolho (Pediculose)

Conhecida popularmente como piolho, mais comum em crianças, é uma doença parasitária causada por insetos sugadores de sangue que vivem e se reproduzem na superfície da pele e dos pelos. É importante a família saber que as crianças não devem ir de cabelo molhado para a escola, porque a umidade e a aglomeração de indivíduos favorecem a infestação do piolho. Portanto, o ideal é que os cabelos sejam lavados ao final do dia. As crianças de cabelos compridos devem ir à escola com os cabelos presos. É importante orientar os pequenos para não compartilharem objetos de uso pessoal como escovas de cabelo, pentes, arcos e bonés.


Prurido Gravídico (na gravidez)

Durante a gravidez podem ocorrer dermatoses específicas da gestação que causam coceira intensa. Normalmente ocorre na primeira gravidez e no último trimestre. A mais frequente se manifesta com pápulas nas estrias abdominais poupando a região ao redor do umbigo. 



Dor no estômago pode ser o alerta para diversas doenças


As dores de estômago estão longe de ter somente uma causa. De acordo com o gastroenterologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, Eduardo Berger, realizar o diagnóstico correto é essencial para evitar confusão com doenças que tenham sintomas semelhantes.

O conselho do médico está relacionado a um incômodo comum, popularmente conhecido como dor na "boca do estômago", localizada no ponto mais alto da região mediana do abdômen. Berger explica que nestes casos, pode haver um engano quanto ao motivo.

"Inúmeras situações clínicas provocam sintoma doloroso naquele local, o que confunde quem o está sentindo. O incômodo pode estar atrelado a problemas bíleo-pancreáticos, ou seja, no fígado, vesícula e pâncreas. Além disso, pode estar relacionado com problemas cardíacos e outras afecções digestivas, que envolve apendicite, verminose e outras doenças intestinais", ressalta.

Para evitar um diagnóstico incorreto, observar as características da dor é o primeiro passo. Entre os pontos a serem questionados, segundo o médico, estão; a forma como o sintoma surgiu, o tipo, o ritmo, periodicidade e quais fatores o fazem melhorar ou piorar.

Somente após a confirmação de tratar-se de uma doença estomacal, é que os cuidados com alimentação e hábitos de vida serão aconselhados ao paciente. O gastroenterologista afirma que, realmente, na maioria dos casos, o consumo de café e álcool piora o quadro de saúde.

Na lista do que deve ser evitado está também o estresse, que segundo Eduardo Berger, aumenta a secreção gástrica e consequentemente eleva a dor. Mas além desse mal estar, a atenção deve ser ampliada a outros sintomas que podem surgir.

"As lesões gástricas mais sérias comprometem sensivelmente a digestão. Então, uma perda acentuada do apetite, a sensação de plenitude muito precoce e os vômitos volumosos são sinais de alerta", conclui.






Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos
Rua Borges Lagoa, 1.450 - Vila Clementino, Zona Sul de São Paulo.


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