Poupar é um
hábito pouco frequente entre os brasileiros, segundo Indicador de Proteção ao
Crédito (SPC Brasil) e Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A
falta desse hábito atinge todas as pessoas, mas afeta principalmente aqueles com
pouca renda familiar. A prioridade dos brasileiros é pagar contas e dívidas, e
por isso, é comum encontrar pessoas em busca de orientação financeira.
Apesar da
variedade de dicas encontradas na internet, Leanderson Reis, mentor e
coordenador da equipe da Academia de Planejamento Financeiro GFAI, afirma que
para ser efetivo, o planejamento financeiro deve ser personalizado.
“O planejador
financeiro analisa o comportamento de cada cliente, assim como seus objetivos
de vida, sonhos e dificuldades, para oferecer um serviço personalizado. Nem
sempre o que é bom para um serve para o outro. É como um diagnóstico médico:
cada pessoa demanda um remédio específico baseado em seu histórico. É
impossível imaginar um doutor prescrevendo o mesmo medicamento para todas as
pessoas e o mesmo acontece com o planejador financeiro”, argumenta.
É importante
ressaltar que o planejamento financeiro não é apenas uma ferramenta para
controlar as finanças, mas principalmente, um instrumento para a realização de
sonhos, como viajar ou comprar a casa própria.
“O planejador não apenas dá dicas de investimento ou ajuda a
escolher onde fazer sua poupança. O trabalho vai muito além de vender produtos
financeiros. É um trabalho holístico e completo onde os interesses do cliente
são o foco”, complementa Leanderson.
Sabendo que os
brasileiros buscam soluções para os problemas, inclusive financeiros, na
internet e em outros meios pouco confiáveis, Leanderson separou algumas
orientações sobre o trabalho do planejador a fim de esclarecer mitos sobre o
planejamento financeiro:
- Objetivos
diferentes: o bom planejamento financeiro é
feito por alguém que entende os objetivos de vida do cliente, quais são seus
hábitos em relação ao dinheiro, o que ele deseja construir ou alcançar no futuro
e assim, juntos, traçar um Plano Financeiro abrangendo gestão de fluxo de
caixa, gestão de ativos, gestão de riscos, planejamento sucessório,
planejamento tributário e planejamento de aposentadoria.
- Hábitos
específicos: em alguns casos, os objetivos podem ser iguais, mas ainda
assim é preciso avaliar o perfil comportamental de cada indivíduo. Algumas
pessoas, por exemplo, não conseguem abrir mão de certos confortos diários e
tudo isso deve ser levado em conta na hora de se planejar.
- Economia variável: agora a inflação está em
patamares razoáveis que permitem o planejamento a longo prazo e o cálculo de
projeções demonstra as vantagens de uma boa administração do dinheiro.
Entretanto, para ter êxito é necessário saber aonde aplicar e o valor para
tirar o melhor proveito de um investimento que cabe no seu bolso.