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quarta-feira, 7 de março de 2018

Você sabia que AVC e infarto matam mais mulheres do câncer de mama e útero?



Médico explica como elas podem prevenir as doenças cardiovasculares

Quando o assunto é saúde da mulher, doenças como o câncer de mama são facilmente associadas ao público feminino. O que poucas pessoas sabem é que alterações cardíacas nas mulheres também podem comprometer a qualidade de vida e até mesmo levar a morte. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS) um terço de todas as mortes de mulheres, em todo o mundo, ocorre devido a doenças cardiovasculares.

Um estudo divulgado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), em 2016 apontou que 17 milhões de brasileiras têm problemas de coração. Conforme estudo da SBC, as doenças do aparelho circulatório são a principal causa de mortalidade feminina no Brasil. O médico cardiologista Fausto Stauffer, destaca que as taxas de mortalidade por acidente vascular cerebral (AVC) e infarto em mulheres são maiores até mesmo que a incidência dos cânceres de mama e útero.

De acordo com o médico, a faixa etária de maior risco, é a partir dos 60 anos. "Nesta idade, o número de mortes por doença cardiovascular é de quatro a seis vezes maior que por câncer ginecológico", afirma.

Stauffer ressalta que é controlar os fatores de risco para doença aterosclerótica (placas de ateroma), que nada mais é do que o acúmulo de gordura nas paredes dos vasos sanguíneos. "Esse acúmulo leva ao estreitamento das artérias, reduzindo o fluxo sanguíneo para os órgãos. No caso do cérebro, ocasiona o AVC e no coração, o infarto, detalha.

Para ele, é importante manter algumas práticas: "É preciso fazer exercício físico, controlar peso, pressão arterial, glicose no sangue, colesterol e não fumar", destaca.


Sintomas

O cardiologista alerta que para infarto é preciso valorizar sempre a dor no tórax, associada ou não a outros sintomas, como, mal estar, suor frio, sensação de desmaio, dor ou dormência no braço.
É necessário ainda, notar se há qualquer dificuldade para movimentar um membro, caminhar, falar ou se há perda súbita de consciência, esses sintomas, segundo Stauffer, podem indicar um quadro de AVC.

Tratamento
Segundo o médico é preciso sempre procurar o especialista, para usar medicações que diminuem o dano e ao mesmo tempo diminuem a chance de ter um novo. Além disso, nos dois casos é importante a reabilitação. "O risco é maior nas mulheres na menopausa, independente se fazem ou não reposição hormonal", aponta.


Campanha aposta em mobilização nas redes sociais para estimular testes de HIV

Iniciativa estimula a realização periódica de testagem, o que possibilita o diagnóstico e tratamento precoce aumentando a expectativa e qualidade de vida das pessoas vivendo com HIV.1

 Você já fez o teste de HIV? Essa é a questão que compõe o lema do Teste na Testa, uma campanha que chega para desmistificar e tornar mais frequente o hábito de se testar para o HIV. Por meio do website www.testenatesta.com.br, a população terá acesso a conteúdos segmentados para quem fez ou não fez o teste, com informações específicas para cada perfil. Voltada para o público jovem, a ação conta com uma seleção de influenciadores digitais que terão como missão engajar as pessoas para conhecerem o endereço eletrônico e incentivar a realização do teste de diagnóstico da infecção.
A criação de uma campanha, que tem como público-alvo os jovens, vem atender a preocupação em relação ao aumento do diagnóstico da infecção pelo HIV na população entre 15 e 24 anos no Brasil. Segundo o boletim epidemiológico realizado entre 2016 e 2016, a taxa de detecção quase triplicou entre os homens brasileiros com 15 a 19 anos (de 2,4 para 6,7 casos/100 mil habitantes) e mais do que dobrou entre os de 20 a 24 anos (de 16,0 para 33,9 casos/100 mil habitantes).2
Quem acessar o website e já tiver feito o teste para detecção do vírus será conscientizado sobre a relevância da testagem contínua e locais onde procurar orientação. Já quem nunca realizou o exame, encontrará conteúdos sobre onde pode realizá-lo e a importância do diagnóstico precoce.

A voz das redes sociais – Outro objetivo do Teste na Testa é criar um movimento nas redes sociais, estimulando a testagem para o HIV. Por meio do website também será possível a participação de qualquer pessoa através da personalização da foto do usuário com o filtro da campanha para compartilhamento nas redes sociais. Além disso, foi selecionado um time de influenciadores digitais que compartilharão em seus canais no Instagram se já fizeram ou não o exame. A ideia é que, a partir daí, se inicie um compartilhamento de informações, relatos das experiências pessoais e a conscientização em relação à importância da testagem.
A campanha Teste na Testa é uma iniciativa da GSK/ViiV Healthcare para apoiar o Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/AIDS (UNAIDS) e a meta 90-90-90. A meta é de que, até o ano de 2020, 90% das pessoas vivendo com HIV sejam diagnosticadas, 90% destas estejam em tratamento e, daquelas em tratamento, 90% estejam com a carga viral suprimida.3 No Brasil, estima-se que das 830 mil pessoas que vivem com HIV no país, 84% estão diagnosticadas; que 72% destas estão em tratamento antirretroviral; e que destas, 91% estão com carga viral indetectável.4



Referências bibliográficas:
1.                  BRASIL. Ministério da Saúde. Diagnóstico do HIV. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/publico-geral/o-que-e-hiv/diagnostico-do-hiv>. Acesso em 11 jan. 2018.
2.                  BRASIL. Ministério da Saúde. Boletim epidemiológico HIV/Aids 2017. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/pt-br/pub/2017/boletim-epidemiologico-hivaids-2017>. Acesso em 15 jan. 2018.
3.                  UNAIDS. 90–90–90 - An ambitious treatment target to help end the AIDS epidemic. Disponível em: <http://www.unaids.org/en/resources/documents/2014/90-90-90>. Acesso em: 22 jan. 2018.
4.                  BRASIL. Ministério da Saúde. Relatório de Monitoramento Clínico do HIV 2017. Disponível em: <http://www.aids.gov.br/sites/default/files/noticia/2017/65068/apresentacao_relmonitclinico_imprensa_24112017_arpp.pdf>. Acesso em 15 jan. 2018.


Campanha de vacinação em Roraima vai reforçar proteção contra sarampo



Cerca de 400 mil pessoas, entre brasileiros e venezuelanos, deverão ser vacinadas durante a campanha, que será realizada pelo Ministério da Saúde em conjunto com o Estado e os municípios 


Começa no próximo sábado (10) a campanha de vacinação contra o sarampo em Roraima, que será realizada pelo Ministério da Saúde em conjunto com o Estado e todos os 15 municípios. Deverão ser vacinadas cerca de 400 mil pessoas, entre brasileiros e imigrantes venezuelanos até 10 de abril, data prevista para o final da mobilização. O “dia D” será no primeiro dia de mobilização (10/03). Também haverá campanha publicitária, que será divulgada na televisão, rádio, internet, carro de som e mobiliário urbano. Além de evitar novos casos da doença, a estratégia governamental quer impedir que o vírus volte a circular de forma sustentada no Brasil. Até esta terça-feira (6), foram confirmados seis casos de sarampo no estado, todos em crianças imigrantes da Venezuela. Está em investigação um óbito e 24 casos.


“O Brasil está tomando todas as medidas necessárias para garantir a saúde dos brasileiros e dos venezuelanos em Roraima, porque sabemos o impacto que a imigração traz para a sociedade. Além da campanha de vacinação, uma série de ações está em curso para evitar novos casos da doença, incluindo o repasse de recursos e treinamento de profissionais”, explicou o ministro da Saúde, Ricardo Barros.

No momento, a Venezuela enfrenta um surto da doença, inclusive no município de Caroni, que faz fronteira com o estado brasileiro. Para aumentar as coberturas vacinais e proteger a população de Roraima, o Ministério da Saúde, em conjunto com gestores locais, vem realizando uma série de ações, como vacinação de bloqueio e intensificação da vacinação nos municípios. A intensificação de vacinação já está sendo realizada desde fevereiro, com o envio de doses pelo Ministério da Saúde.

Fazem parte do público-alvo da campanha as pessoas não vacinadas contra doença, entre 6 meses e 49 anos de idade. A vacina tríplice viral é contraindicada para gestantes e crianças abaixo dos seis meses, mesmo em situações de surto de sarampo. Pessoas com imunodepressão deverão ser avaliadas e vacinadas, segundo orientações do Centro de Referência para Imunobiológicos Especiais. É aconselhável que a gravidez seja evitada até, pelo menos, um mês após a vacinação.


AÇÕES – Uma equipe do Ministério da Saúde permanece na região para acompanhar as ações e prestar orientação no enfrentamento da situação. O Ministério da Saúde realizou, no final de fevereiro, treinamento para 277 profissionais de saúde e 26 técnicos sobre aspectos gerais da doença e ações de vigilância epidemiológica. Além disso, a pasta apoiou os gestores locais na revisão de mais de 42 mil prontuários e fichas de atendimento, com o intuito de encontrar casos de sarampo que possam ter passado despercebidos pela assistência. Também foi realizada intensificação vacinal nos estrangeiros presentes no posto da Polícia Federal. O município está com uma equipe de vacinadores fixa neste local para dar continuidade à vacinação.

O país permanece com o certificado de eliminação da doença, concedido pela Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), em 2016. Entre 2013 e 2015, ocorreram surtos relacionados à importação, sendo que o maior número de casos foi registrado nos estados de Pernambuco e Ceará, totalizando 1.310 casos confirmados. Em 2016, o país recebeu a certificação de eliminação.

“Até o momento, não há evidência de transmissão autóctone de casos no Brasil. Portanto, pela situação atual, o país não perde o certificado de eliminação da doença. A situação continuará sendo acompanhada pela OPAS e pela Organização Mundial de Saúde”, afirmou o representante da OPAS no Brasil, Joaquín Molina.


IMIGRAÇÃO – O Governo Federal acompanha a situação da imigração de Venezuelanos no norte do país. O ministro da Saúde, Ricardo Barros, assinou em janeiro deste ano, em Boa Vista (RR), Plano Integrado de Ação para a Saúde dos Imigrantes no estado de Roraima. A estratégia possui ações que orientam, ampliam e qualificam a assistência na atenção básica e hospitalar e de vigilância em saúde, e define os responsáveis pela assistência no estado. Dentre as medidas estão ainda ações de alimentação e nutrição, e assistência à população em situação de rua. O Ministério da Saúde produziu ainda materiais bilíngue (português e espanhol) com informações sobre acesso e cuidados de doenças prioritárias e agravos de saúde.

Para reforçar o monitoramento da situação epidemiológica, controle vetorial e estímulo à vacinação, principalmente na população migrante em situação de rua, o horário de atendimento de Unidades Básicas de Saúde para a vacinação foi ampliado. Além das vacinas, são disponibilizados soros e kits de medicamentos, composto por antibióticos e anti-inflamatórios, além de insumos, como luvas e máscaras descartáveis. Ainda foi realizada a capacitação de profissionais de saúde em agravos de doenças prevalentes no estado e diagnóstico e manejo clínico de arboviroses.

Para ampliar a capacidade de atendimento, o Ministério da Saúde reforçou a atenção básica com recursos de R$ 2,5 milhões/ano, que possibilitou a habilitação de 11 Agentes Comunitários de Saúde; 10 Equipes de Saúde da Família; 9 Equipes de Saúde Bucal; 3 Núcleos de Apoio à Saúde da Família e 4 Unidades Odontológicas Móveis.

No final de 2017 foi assinado convênio entre Ministério da Saúde e o Corpo de Bombeiros do Estado de Roraima para mapeamento das condições de saúde da população migrante e capacitação das forças de saúde e segurança para atender emergências. O valor foi de R$ 4 milhões.

Além disso, o Ministério da Saúde doou equipamentos e mobiliários para estruturação de dois leitos de estabilização no Hospital Estadual Délio Tupinambá, em Pacaraima, no valor de R$ 324 mil, qualificando o cuidado imediato no município para que não haja a necessidade de transferência imediata de qualquer caso mais grave para a capital, Boa Vista. Os 73 equipamentos e mobiliários eram pertencentes à Força Nacional do SUS. Oito ambulâncias do SAMU 192 foram doadas ao estado em 2017, no valor de R$ 1,3 milhão.

O Ministério da Saúde aumentou o Teto MAC em R$ 12 milhões ao estado, em 2017, para ampliar a capacidade de atendimento. Além disso, foram habilitados serviços de média e alta complexidade, com 39 novos serviços, entre leitos, Rede Cegonha, Saúde Bucal, Rede de Atenção Psicossocial, entre outros. O impacto anual é de R$ 18,4 milhões.

Também foi enviada equipe da Força Nacional do SUS, que fez diagnóstico da situação dos atendimentos locais. Foram coletadas informações de funcionamento, atendimento, abastecimento de medicamentos, presença ou aumento de doenças, além da situação dos principais hospitais que atendem a região.


FEBRE AMARELA – Para aumentar a cobertura vacinal, os estados do Rio de Janeiro e São Paulo decidiram continuar a estratégia de vacinação da população. A medida conta com o apoio do Ministério da Saúde. Dados preliminares enviados pelas Secretarias de Saúde dos três estados ao Ministério da Saúde apontam que, até 6 de março, 17,3, milhões de pessoas foram vacinadas, incluindo o acumulado do público vacinado nos municípios. O número corresponde a 76% do público-alvo previsto na campanha. O Ministério da Saúde reforça a importância da vacinação da população dos estados do Rio de Janeiro, Bahia e São Paulo durante a campanha contra febre amarela.

“Essa cobertura mostra o comprometimento dos estados na imunização contra a febre amarela e a necessidade de realizar essa estratégia. O processo de vacinação é crescente nas áreas com recomendação no Brasil e a recomendação é que os estados e municípios continuem vacinando até atingir a alta cobertura”, avaliou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Adeilson Cavalcante.

Conforme dados repassados ao Ministério da Saúde pelos estados, até o dia 6 de março, 8,4 milhões (90%) de pessoas foram vacinadas em São Paulo e 7,1 milhões (71,5%) no Rio de Janeiro. Já no estado da Bahia, 1,8 milhão de pessoas foram vacinadas, o que totaliza 55% do público-alvo.

Para auxiliar os estados e municípios na realização da campanha, o Ministério da Saúde repassou aos estados no ano de 2018 até o momento, 23,8 milhões de doses da vacina.

Para os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia foram enviados 18,4 milhões de doses para implementação da Campanha de Vacinação Contra a Febre Amarela. Foram 13,4 milhões para São Paulo, 4,7 milhões para o Rio de Janeiro e 300 mil para a Bahia.




  Camila Bogaz e Amanda Mendes
Agência Saúde

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