Poderoso
antioxidante, que melhora o desempenho da atividade cerebral, alivia os efeitos
nocivos do estresse e previne doenças neurodegenerativas, como Parkinson e
Alzheimer
Não são poucos os
benefícios que a vitamina C traz para a saúde. O mais conhecido, provavelmente,
seja o efeito fortalecedor do sistema imunológico, ajudando na prevenção de
gripes e resfriados. Mas ela também oferece proteção contra doenças
cardiovasculares e previne, por exemplo, a arteriosclerose e hipertensão. Além
disso, a substância possui funções que podem ajudar na perda de peso e ganho de
massa muscular, protege contra doenças oculares, como a catarata, e combate o
envelhecimento da pele, do cabelo e das unhas.
Além de todos estes
benefícios, a vitamina C é benéfica para o desempenho da atividade cerebral.
Estudos recentes têm demonstrado o importante papel que a substância desempenha
para saúde e bom funcionamento do cérebro, especialmente em razão de sua ação
antioxidante, que previne o dano e envelhecimento da massa cinzenta, assim como
de outras estruturas do corpo. Exemplo disso é o estudo publicado no periódico
Frontiers in Physiology, da Universidade do Sul da Flórida, em dezembro de
2015, em que se demonstrou a importância da substância para a manutenção do
equilíbrio as funções cerebrais e seu papel na prevenção de doenças como
obesidade, câncer, males neurodegenerativos, hipertensão e doenças autoimunes.
De acordo
com Olavo Rodrigues, farmacêutico clínico, mestre em Biotecnologia e
superintendente de Desenvolvimento de Produtos e Assuntos Regulatórios da
Natulab, ela atua em dois processos relevantes para o Sistema Nervoso Central:
a remoção de radicais livres produzidos naturalmente pelo metabolismo celular e
o sistema de consumo de energia dos neurônios. “A vitamina C pode ativar o
suprimento alternativo de energia nos casos de consumo total (depleção) da
glicose no cérebro”, explica. Nestes casos, a energia passa a ser produzida a
partir do ácido lático, prevenindo falhas do funcionamento cerebral por falta
de energia.
Ao ser liberada nas conexões entre os
neurônios, a vitamina C põe em ação sua função antioxidante. “Ela sequestra os
radicais livres danosos, chamados de Espécies Reativas do Oxigênio (ERO’s) que
podem danificar o DNA e proteínas vitais, melhorando o desempenho das funções
cerebrais”, explica o superintendente da Natulab.
Vale ressaltar
ainda que a vitamina C pode ser uma importante aliada na prevenção de doenças
neurodegenerativas, como o Alzheimer e o Parkinson,
uma vez que o estresse oxidativo, ou seja, a produção de radicais livres
no cérebro são a causa da degeneração dos neurônios. “A maneira como o cérebro
consome energia e o resultado de seu processo de funcionamento, que resulta na
liberação dos ERO’s, faz com que ele seja altamente dependente de antioxidantes
para proteção contra o Mal de Alzheimer, Parkinson, doença de Huntington,
Esclerose Lateral Amiotrófica (EAL), entre outros processos
neurodegenerativos”, afirma Olavo. Além disso, a vitamina C ainda provoca a
redução nos níveis de cortisol, um
hormônio que tem sua liberação estimulada pelo estresse, aliviando suas
consequências negativas.
Para
obter as vantagens da vitamina C, seu consumo deve ser regular. Existem vários alimentos, principalmente frutas e legumes de coloração
verde, vermelha e amarela, com sabor cítrico (a exemplo de laranja, limão,
goiaba, acerola, manga, morango, pimentão, tomate e brócolis), ricos na
substância. “Nos casos de alimentação desbalanceada e em períodos de estresse e
desgaste físico e mental intenso, pode ser necessário um aporte maior por meio
da suplementação, com a orientação adequada de um profissional, seja ele médico,
nutricionista ou farmacêutico”, conclui.
Vale lembrar que a
carência da substância causa o escorbuto, uma doença que pode ser fatal e cujos
sintomas são inchaço, dores nas articulações, hemorragia nas gengivas e feridas
que não cicatrizam.
Fonte:
IMS Health | PMB – Set’17 (unidades)