Amar a si
mesmo faz parte de um processo fundamental em nossas vidas, que permite amar os
outros de uma forma mais sincera
Na atual cultura social, é muito comum dar mais
importância ao exterior e ao que acontece ao redor para formar uma impressão de
si mesmo. Inclusive, o fato de se amar é, muitas vezes, considerado um ato
egoísta. Esta é uma crença totalmente errada, já que amar os outros começa pelo
amor a si mesmo, formando, por sua vez, parte do amor universal e o amor pela
humanidade.
De acordo com João Gonsalves, escritor, terapeuta
transpessoal e pesquisador, "mais importante do que ter 'pé no chão' é ter
amor próprio e, como consequência disso, a auto aprovação. Ao nos aprovarmos,
nosso sistema já estará saudável e nos aproximará de pessoas que estão em
harmonia conosco e a paixão poderá ser vivida intensamente sem
preocupações", explica.
O amor próprio é a origem da felicidade para os que
têm e os que estão no entorno dessa pessoa sentirão os benefícios que emanam
naturalmente dela. "A baixa autoestima interfere em todos os
relacionamentos, pois ela já é um sentimento de ser menos, não ter valor e,
portanto, não ser reconhecido e aceito. Sendo assim, a tendência dessa pessoa é
que tenha relacionamentos onde tudo isso aflora, pois, o externo é a
representação do nosso subconsciente, onde temos nossas crenças, (o famoso
espelho) e a baixa autoestima é uma programação subconsciente de que não mereço
ser amado e isso, por si, já irá gerar experiências onde não me sentirei amado.
As crenças são auto realizadoras", alerta João.
O amor romântico pode ser conceituado como
uma necessidade do outro, que precisa necessariamente de reciprocidade
para ser satisfatório e, na verdade, não é amor e, sim, a necessidade que a
pessoa sente de ser nutrido pelo outro.
"Uma pessoa pode viver um romance
com amor, mas o romance não é o amor, pois depende de reciprocidade e o amor é
uma doação natural do ser", segundo João. Amar é diferente de se
apaixonar, pois o amor não depende de reciprocidade, nem de benefícios que o
outro pode nos dar. Amar é um sentimento profundo de boa vontade, de bem
querer, onde realmente desejamos que o outro seja feliz e, se pudermos, para
contribuir para essa felicidade, sem objetivar receber nenhuma recompensa.
Apaixonar-se é um sentimento que está sedimentado
no desejo de se relacionar afetivamente e sexualmente com a outra pessoa
e esse sentimento, para prosperar, precisa necessariamente de
reciprocidade. "Todo relacionamento íntimo necessita de reciprocidade,
pois para beijar, precisa duas pessoas, assim como para fazer sexo. A
paixão nos leva a querer uma interação, uma troca e não é uma doação e, sim,
uma necessidade do outro", conclui.
O profissional destaca que a importância
de cultivar o amor cotidianamente é muito grande, porque, ao ser
amoroso, você se torna mais compreensivo, pacífico e fica em harmonia, o
que já se faz muito compensador. "Porém, tem muitos outros benefícios,
como manter boa saúde, ter melhores relacionamentos e manter um estado de
paz interior. Ser uma essência amorosa e agir em coerência com essa essência
traz um grande bem estar e o corpo e mente ficam saudáveis", finaliza
João.
João
Gonsalves - Terapeuta de autoconhecimento
Email joaodedeusjd@uol.com.br
Fanpage: João Gonsalves
Site: www.joaogonsaves.com.br
Estrada Manoel Lages do Chão 1335 - Cotia - São
Paulo.