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sexta-feira, 1 de dezembro de 2017

Incidência de queimaduras causadas por fogos de artifício aumenta no final do ano



 Enfermeiro especialista em feridas ensina o que fazer e o que não fazer após o acidente para minimizar as consequências


Dados do Ministério da Saúde mostram que o aumento de queimaduras causadas por acidentes com fogos de artifício pode chegar a triplicar em razão da festa de ano-novo, na comparação com os outros meses do ano. Os números registrados em janeiro superam os das festas de julho, período também tradicional de comemorações com fogos.

As queimaduras feridas causadas por agente externo e são classificadas de acordo com sua gravidade e análise da profundidade de tecido lesado, em queimaduras de 1º, 2º e 3º graus. Em casos mais graves, podem atingir camadas mais profundas como tecido celular subcutâneo, músculos, tendões e ossos.

As queimaduras de 1º grau são queimaduras leves, superficiais e afetam apenas a epiderme. Apresentam uma vermelhidão no local, seguida de inchaço e dor variável. “Não há formação de bolhas e a pele não se desprende”, explica o enfermeiro estomaterapeuta da Membracel, Antonio Rangel. Já nas de 2º grau podem ser superficiais ou mais profundas e existe uma destruição maior da epiderme e derme. As feridas mais profundas são indolores e as bolhas costumam apresentam uma base branca. As mais superficiais caracterizam-se pela formação e bolhas com base rósea e por causar bastante dor. Em média, as feridas cicatrizam entre 7 e 21 dias.

Nas queimaduras de 3º grau ocorre destruição total de todas as camadas da pele, e o local pode ficar esbranquiçado ou escuro. Nesse caso, a dor é geralmente pequena, pois a queimadura é tão profunda que danifica as terminações nervosas da pele. “Estas podem ser muito graves e até fatais. Essas lesões não reepitelizam, sendo necessário realizar enxerto de pele”.   

O que fazer após o acidente?

O especialista ressalta que as pessoas ainda têm muitas dúvidas sobre o que é correto fazer após o acidente. “Existem algumas crendices populares que são extremamente perigosas, como passar pasta de dente e manteiga após o acidente. Isso irá piorar ainda mais a lesão, pois poderá causar irritação e contaminação”. A recomendação, para casos de queimaduras de 1º e 2º grau, é colocar a parte afetada imediatamente debaixo de água corrente fria por cerca de 10 minutos. É possível também fazer compressas úmidas e frias e colocar sob a região atingida. “A água irá resfriar a região e também contribuir para a hidratação da lesão.” Já para casos de feridas mais graves, as de 3º grau, a indicação é buscar atendimento de saúde emergencial. 


Como tratar as queimaduras?

O tratamento dependerá de cada caso. Procurar orientação médica é a recomendação mais importante. O tratamento adequado pode ajudar a acelerar a regeneração da pele e minimizar as consequências, deixando cicatrizes menos aparentes, por exemplo. 

Para as lesões de 1º e 2º grau, a utilização de pomadas e cremes específicos é uma das indicações mais comuns. O uso de curativos que promovem a cicatrização e auxiliam na evolução do tratamento, como a membrana porosa regeneradora Membracel, também traz excelentes resultados. “A membrana proporciona o alívio imediato da dor e acelera a regeneração da pele atingida e deve ser colocada, no caso das queimaduras de 2º grau, somente após o rompimento da bolha.”




Fonte: Membracel




Presentes de natal: quais são as regras para troca no varejo?



Dia 26 de dezembro é conhecido como o dia da troca. Milhares de pessoas voltam ao varejo não mais para comprar, mas sim para trocar os presentes que ganharam e não gostaram ou não serviram. Nesse momento, muitos consumidores tem dúvidas sobre quais são as regras para a troca. 

É preciso salientar que existem duas modalidades de troca: a dos presentes sem defeitos (regidas por convenções dos fornecedores) e a dos presentes com defeito (regidas pelo Código de Defesa do Consumidor). Para facilitar o entendimento, o resumo abaixo é bem claro sobre como cada um deve agir.


Produtos sem defeito comprados em lojas que não oferecem troca: Nessa caso, não há obrigatoriedade de troca pelo CDC - Código de Defesa do Consumidor. Contudo, na hora de comprar, é sempre bom evitar esse tipo de comércio. Se não, é possível que o presenteado seja obrigado a ficar com um presente que não lhe agrade.


Produtos em perfeitas condições com prazo para troca:  No geral, é fornecida uma etiqueta com a data em que o produto foi comprado e o prazo limite para a troca. Exija essa etiqueta ou algum documento (pode ser a nota fiscal com um carimbo ou declaração ) por escrito, por precaução. Não confie apenas na palavra do vendedor (ele pode ser substituído e você não encontrá-lo depois no estabelecimento) ou apenas em prova testemunhal. Como não há obrigação de troca, o fornecedor pode limitar por quais produtos podem ser trocados.


Produtos com defeito: Em casos assim, o produto deve ser trocado de forma imediata. Não sendo, o prazo máximo é até 30 dias (Artigo 18, § 1º do CDC). Pelo CDC, não sendo o vício sanado nesse prazo, o consumidor pode exigir a substituição do produto por outro da mesma espécie, em perfeitas condições de uso, ou mesmo a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos ou ainda o abatimento proporcional do preço.

Se você tiver que ir às lojas no dia 26, vá consciente de todos os seus direitos. Negocie com os varejistas a fim de que você não fique no prejuízo. Afinal, ninguém merece ficar sem presente ou com algo que não goste ou não funcione.






Lélio Braga Calhau - Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela UNIVALE, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ e Coordenador do site e do Podcast "Educação Financeira para Todos".





Festas de final de ano: Fogos de artifício podem gerar a Fonofobia nas crianças



 Segundo a Profa Dra. Tanit Ganz Sanchez, Otorrinolaringologista e presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ), a Fonofobia, é um transtorno psicológico caracterizado por medo de qualquer tipo de barulho e pode se manifestar com os fogos das comemorações


Nas festas de final de ano, aumentam os avisos e orientações sobre cuidado ao manusear os fogos de artifício usados por muitos como forma de comemoração. Há risco de queimaduras, dilacerações de membros do corpo, como dedos, mãos e até os braços e, em alguns casos, até de morte.

Porém, as exposições de bebês e crianças aos fogos de artifício podem gerar um problema invisível aos olhos dos adultos, mas bem impactante para as crianças.

 “Se o bebê ou a criança for exposto ao barulho da queima de fogos, pode sofrer lesões no ouvido, mas provavelmente só vai chorar e não vai saber contar isso aos pais. Na verdade, ele pode ter dor no ouvido pelo som alto ou até zumbido e perda auditiva, sendo que esses últimos podem ser temporários ou definitivos.

 Algum tempo depois dessa lesão, ele pode ter hipersensibilidade auditiva, ou seja, uma intolerância aos sons normais do cotidiano, como a televisão, conversas, rádio, dentre outros. Esse incômodo pode acontecer alguns dias ou semanas após a exposição aos barulhos”, explica aProfa Dra. Tanit Ganz Sanchez, Otorrinolaringologista e presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido (APIDIZ).

Dados da Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), indicam que o ouvido humano tolera bem os sons de até 85 decibéis, sem sofrer prejuízo. O barulho gerado com a explosão dos fogos de artifício pode chegar até 150 decibéis. É quase o dobro da carga indicada para a saúde auditiva, além de chegar aos ouvidos de maneira abrupta, o que nem sempre permite que as pessoas se protejam.

Além disso, nas crianças, a exposição a fogos de artifícios pode gerar um outro problema, também invisível e nem sempre compreendido pelos pais. “Choro e irritabilidade das crianças na presença de barulho pode representar uma forma de manifestar a Fonofobia (medo de sons), enquanto as crianças não adquirem vocabulário suficiente para se expressar. “A fonofobia é um desconforto emocional muito forte por medo de eventos comemorativos com fogos de artifício ou outros sons altos. Esses pacientes, sejam crianças ou não, precisam ser dessensibilizados através de sons baixos para que não tenham muito comprometimento da vida social”. complementa a Dra. Tanit, que também é presidente do GANZ – Grupo de Apoio as Pessoas com Zumbido no Ouvido, Entenda mais sobre a Hipersensibilidade auditiva e Fonofobia:

A Hipersensibilidade Auditiva é uma intolerância aos sons do dia-a-dia. Por mais que seja esperado que os sons altos incomodem mais pessoas do que os sons baixos, os portadores de hipersensibilidade já começam a incomodar com sons a partir de 95-100 decibéis. Para se ter uma noção, uma conversa em volume normal alcança cerca de 65-70 dB.

Nos casos mais graves de Hipersensibilidade, as pessoas já sentem desconforto ao ouvirem sons de 40 ou 50 dB, o que praticamente inviabiliza uma vida profissional ou social. “A hipersensibilidade auditiva pode aparecer sozinha ou acompanhar o zumbido no ouvido, um som interno e individual que afeta crianças, adolescentes, jovens, adultos e idosos”, complementa a médica.

Já a Fonofobia é um transtorno psicológico e se caracteriza pelo medo exagerado de barulhos, sejam eles altos e/ou repentinos, que causam uma série de desconfortos clínicos no indivíduo. Chamadas de fonofóbicos, essas pessoas são extremamente sensíveis aos sons e preferem estar em ambientes onde o silêncio predomina.  

A Fonofobia é resultado de ouvir o som de um alarme, autofalantes, tiros, balões e fogos de artifícios estourando. “Para alguns a hipersensibilidade é tamanha que até uma porta batendo pode desencadear o medo”, explica a Dra. Tanit Ganz Sanchez. 





Profa  Dra. Tanit Ganz Sanchez - Otorrinolaringologista com doutorado e livre-docência pela FMUSP, Diretora-Presidente do Instituto Ganz Sanchez e Presidente da Associação de Pesquisa Interdisciplinar e Divulgação do Zumbido – APIDIZ. Assumiu a “missão” de desvendar os mistérios do zumbido e é pioneira nas pesquisas no Brasil, sendo reconhecida por sua didática, objetividade e compartilhamento aberto de ideias.



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